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Controle de Processos Industriais Prof: Marcelo Tavares marcelo.t@estacio.br Sumário Introdução Modelagem matemática de Sistemas Dinâmicos Análise da Resposta Transitória Ações de Controle Básicas e Controladores Automáticos Industriais Análise pelo Método do Lugar das Raízes Análise no Domínio da Frequência Diagramas de Bode Critério de Estabilidade de Nyquist Conceitos Sistema: é uma combinação de componentes que atuam em conjunto e realizam um certo objetivo (não é limitado apenas a algo físico). Planta: é um sistema a controlar. Processo: toda operação a ser controlada. Variável controlada: é a grandeza ou a condição que é medida e controlada. 3 Conceitos Variável manipulada: é a grandeza ou condição variada pelo controlador de modo a afetar o valor da variável controlada. Distúrbios: ou perturbação é caracterizado por um sinal que tende a afetar de modo adverso o valor da variável de saída. Controle com retroação: se refere a uma operação que, em presença de distúrbios, tende a reduzir a diferença entre o sinal de saída e o sinal de referência. 4 Comparação entre Malha Aberta e Malha Fechada Do ponto de vista da estabilidade, o sistema em malha aberta é mais fácil de ser construído; Por outro lado, a estabilidade é um problema importante nos sistemas de controle em malha fechada; Sistemas em malha aberta possuem menos componentes e portanto são mais simples e baratos; Em geral, os sistemas em malha fechada só serão viáveis quando o processo requerer elevada precisão e robustez. 5 Comparação entre Malha Aberta e Malha Fechada Vantagens do sistema em malha aberta: São simples de serem construídos e têm fácil manutenção; São menos dispendiosos que o sistema correspondente em malha fechada; Não apresentam problema de estabilidade; São adequados quando existem dificuldades de medição da saída ou quando a medição precisa da saída não é economicamente possível. 6 Comparação entre Malha Aberta e Malha Fechada Desvantagens do sistema em malha aberta: Distúrbios e mudanças na calibração causam erros, e a saída pode apresentar diferenças em relação ao padrão desejado; Para que a saída mantenha a qualidade requerida, é necessária uma regulagem periódica. 7 Projeto e compensação de sistemas de controle Procedimentos: 1. Estabelecer os objetivos de controle 2. Identificar as variáveis a serem controladas; 3. Escrever as especificações; 4. Estabelecer a configuração do sistema; 5. Obter um modelo do processo, do atuador e do sensor; 6. Descrever um controlador e selecionar parâmetros- chave para serem ajustados; 7. Otimizar os parâmetros e analisar o desempenho. 8 Modelos matemáticos de sistemas Para compreender e controlar sistemas complexos, deve-se obter modelos matemáticos quantitativos destes sistemas; Como tais sistemas são dinâmicos por natureza, as equações que os descrevem são usualmente equações diferenciais ordinárias (EDO); O modelo matemático de um sistema dinâmico é definido como um conjunto de equações que representa a dinâmica do sistema com precisão ou, pelo menos, razoavelmente bem. 9 Modelos matemáticos de sistemas Um mesmo sistema pode ser representado de muitas maneiras diferentes e, portanto, pode ter vários modelos matemáticos, dependendo da perspectiva a ser considerada; A dinâmica de muitos sistemas mecânicos, elétricos, térmicos, econômicos, biológicos ou outros pode ser descrita em termos de equações diferenciais. 10 Modelos matemáticos de sistemas Essas equações diferenciais são obtidas pelas leis físicas que regem dado sistema, como as leis de Newton para sistemas mecânicos e as leis de Kirchhoff para os sistemas elétricos; Devemos sempre ter em mente que construir modelos matemáticos adequados é a parte mais importante da análise de sistemas de controle como um todo. 11 Modelos matemáticos de sistemas Os modelos matemáticos podem assumir diferentes formas; Dependendo do sistema considerado e das circunstâncias particulares, um modelo pode ser mais adequado que outros; Uma vez obtido o modelo matemático de um sistema, podem ser utilizadas várias ferramentas analíticas e de computação para efeito de análise e síntese. 12 Modelos matemáticos de sistemas Deve-se estabelecer uma conciliação entre a simplicidade do modelo e a precisão dos resultados da análise; Na obtenção de um modelo matemático relativamente simplificado, frequentemente torna-se necessário ignorar certas propriedades físicas inerentes ao sistema. 13 Modelos matemáticos de sistemas Em particular, se for desejável um modelo matemático linear de parâmetros concentrados, é sempre necessário ignorar certas não linearidades e os parâmetros distribuídos que podem estar presentes no sistema físico; Se os efeitos que essas propriedades ignoradas têm sobre a resposta forem pequenos, pode-se obter boa aproximação entre os resultados da análise de um modelo matemático e os resultados do estudo experimental do sistema físico. 14 Classificação dos sistemas Os sistemas podem ser classificados em sistemas lineares e não lineares; Um sistema é dito linear se o princípio da superposição for aplicável; Na pesquisa experimental de um sistema dinâmico, se causa e efeito forem proporcionais (é válido o princípio da superposição), o sistema é considerado linear; Além disso, é possível que o sistema seja linear apenas em uma determinada faixa de operação. 15 Classificação dos sistemas 16 𝑥 𝑡 - Entrada 𝑦(𝑡) – Saída 𝑥1 𝑡 → 𝑦1 𝑡 𝑥2 𝑡 → 𝑦2 𝑡 Superposição: 𝒙𝟏 𝒕 + 𝒙𝟐 𝒕 → 𝒚𝟏 𝒕 + 𝒚𝟐 𝒕 𝒚 𝒕 = 𝒇𝒕 𝒕 . 𝒙(𝒕) Classificação dos sistemas Sistemas lineares invariantes no tempo: são sistemas descritos por equações diferenciais lineares de coeficientes constantes; Sistemas não lineares e variantes no tempo: são sistemas descritos por equações diferenciais cujos coeficientes são funções do tempo. 17 Transformada de Laplace O método da transformada de Laplace substitui a solução mais difícil de equações diferenciais pela solução mais fácil de equações algébricas; Só pode ser aplicada a sistemas lineares invariantes no tempo. 18 Transformada de Laplace A transformação de Laplace para uma função do tempo, 𝑓(𝑡), é: ℒ 𝑓 𝑡 = 𝐹 𝑠 = 0 ∞ 𝑓 𝑡 𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 𝑓 𝑡 ⟹ função de tempo em que 𝑓 𝑡 = 0 para 𝑡 < 0; 𝑠 ⟹ uma variável complexa, 𝑠 = 𝜎 + 𝑗𝜔; ℒ ⟹ símbolo operacional que indica que a grandeza que ele antecede vai ser transformada por meio da integral de Laplace; 𝐹 𝑠 ⟹ transformada de Laplace de 𝑓 𝑡 . 19 Transformada de Laplace A transformada de Laplace existe para equações diferenciais lineares para as quais a integral de transformação converge; Sinais que sejam fisicamente realizáveis sempre possuem a transformada de Laplace. 20 Transformada de Laplace A transformação de Laplace inversa é descrita como: ℒ−1 𝐹 𝑠 = 𝑓 𝑡 = 1 2𝜋𝑗 𝑐−𝑗∞ 𝑐+𝑗∞ 𝐹 𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑑𝑠 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 > 0 𝑐 ⟹ abcissa de convergência, é uma constante real e é escolhida com valor superior à parte real de todos os pontos singulares de 𝐹 𝑠 . 21 Transformada de Laplace As integrais de transformação têm sido usadas para deduzir tabelas de transformadas de Laplace que são usadas comumente para a grande maioria de problemas. Exemplo: 22 Transformada de Laplace 23 Transformada de Laplace Alternativamente, a variável 𝑠 de Laplace pode ser considerada o operador diferencial, tal que 𝑠 = 𝑑 𝑑𝑡; Além disto, pode-se ter o operador integral, tal que 1 𝑠 = 0 𝑡 𝑑𝑡. 24 Transformada de Laplace 1. Encontrar a resposta no tempo do sistema representado pelo circuito ao lado através da transformada de Laplace: a) para 𝑣 𝑡 igual a um impulso unitário; b) para 𝑣 𝑡 igual a um degrau de amplitude E. 25 −𝑣 𝑡 + 𝑣𝑅 𝑡 + 𝑣𝐿 𝑡= 0 (Lei de Kirchhoff p/ tensões) 𝑣𝑅 𝑡 = 𝑅. 𝑖(𝑡) (R) 𝑣𝐿 𝑡 = 𝐿. 𝑑𝑖(𝑡) 𝑑𝑡 (L) −𝑣 𝑡 + 𝑅. 𝑖(𝑡) + 𝐿. 𝑑𝑖(𝑡) 𝑑𝑡 = 0 Transformada de Laplace −𝑉 𝑠 + 𝑅. 𝐼 𝑠 + 𝐿. (𝑠. 𝐼 𝑠 + 𝐼 0 ) = 0 (𝑅.+𝐿. 𝑠). 𝐼(𝑠) = 𝑉 𝑠 𝐼(𝑠) = 1 (𝑅. +𝐿. 𝑠) 𝑉 𝑠 Transformada de Laplace 26 Transformada de Laplace −𝑉 𝑠 + 𝑅. 𝐼 𝑠 + 𝐿. 𝑠. 𝐼(𝑠) = 0 (𝑅 + 𝐿. 𝑠). 𝐼(𝑠) = 𝑉 𝑠 𝐼(𝑠) = 1 (𝑅 + 𝐿. 𝑠) 𝑉 𝑠 Para tensão de entrada igual ao impulso unitário: 𝑉 𝑠 = 1 𝐼(𝑠) = 1 (𝑅 + 𝐿. 𝑠) 𝐼(𝑠) = 1 𝐿 ( 𝑅 𝐿 + 𝑠) Transformada de Laplace 27 Para tensão de entrada igual ao impulso unitário: 𝑉 𝑠 = 1 𝐼(𝑠) = 1 (𝑅 + 𝐿. 𝑠) 𝐼(𝑠) = 1 𝐿 ( 𝑅 𝐿 + 𝑠) Transformada inversa: 𝑖 𝑡 = 1 𝐿 𝑒−𝑡𝑅/𝐿 Transformada de Laplace 28 Transformada de Laplace 2. Encontrar a resposta no tempo do sistema representado pelo circuito abaixo através da transformada de Laplace para 𝑖 𝑡 igual a um degrau unitário. 29 Expansão em Frações Parciais: Polos distintos Seja a função em Laplace 𝐹 𝑠 dada por: 𝐹 𝑠 = 𝐵 𝑠 𝐴 𝑠 = 𝐾 𝑠 + 𝑧1 𝑠 + 𝑧2 ⋯ 𝑠 + 𝑧𝑚 𝑠 + 𝑝1 𝑠 + 𝑝2 ⋯ 𝑠 + 𝑝𝑛 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚 < 𝑛 Se 𝐹 𝑠 só possui polos distintos, então 𝐹 𝑠 pode ser expandida em uma soma de frações parciais simples: 𝐵 𝑠 𝐴 𝑠 = 𝑎1 𝑠 + 𝑝1 + 𝑎2 𝑠 + 𝑝2 +⋯+ 𝑎𝑛 𝑠 + 𝑝𝑛 Em que os termos 𝑎𝑘, chamados resíduos, são calculados por: 𝑎𝑘 = 𝐵 𝑠 𝐴 𝑠 𝑠 + 𝑝𝑘 𝑠 = −𝑝𝑘 30 Exercícios Encontre a transformada inversa de Laplace para: a) 𝐹 𝑠 = 𝑠+3 𝑠+1 𝑠+2 b) 𝐹 𝑠 = 𝑠3+5𝑠2+9𝑠+7 𝑠+1 𝑠+2 c) 𝐹 𝑠 = 2𝑠+12 𝑠2+2𝑠+5 31 Expansão em Frações Parciais: Polos múltiplos Seja a função em Laplace 𝐹 𝑠 dada por: 𝐹 𝑠 = 𝐵 𝑠 𝐴 𝑠 = 𝐵 𝑠 𝑠 + 𝑝 𝑛 𝐹 𝑠 pode ser expandida em uma soma de frações parciais: 𝐵 𝑠 𝐴 𝑠 = 𝑏1 𝑠 + 𝑝 + 𝑏2 𝑠 + 𝑝 2 +⋯+ 𝑏𝑛 𝑠 + 𝑝 𝑛 Em que os termos 𝑏𝑘 são calculados por: 𝑏𝑛 = 𝐵 𝑠 𝐴 𝑠 𝑠 + 𝑝 𝑛 𝑠 = −𝑝 𝑏𝑘 = 1 𝑛 − 𝑘 ! 𝑑 𝑛−𝑘 𝑑𝑠 𝑛−𝑘 𝑠 + 𝑝 𝑛 𝐵 𝑠 𝐴 𝑠 𝑠 = −𝑝 32 Exercícios Encontre a transformada inversa de Laplace para 𝐹 𝑠 = 𝑠2+2𝑠+3 𝑠+1 3 33 Teorema do Valor Final A aplicação do teorema do valor final é bastante útil para determinar o estado estacionário ou valor final da resposta 𝑦 𝑡 ; O teorema do valor final estabelece que: lim 𝑡→∞ 𝑦 𝑡 = lim 𝑠→0 𝑠𝐹 𝑠 Restrições: 𝐹 𝑠 não pode ter polos múltiplos na origem; 𝐹 𝑠 não pode ter polos sobre o eixo imaginário; 𝐹 𝑠 não pode ter polos no semiplano direito. 34 Teorema do Valor Final: Exemplos e exercícios 1. Encontrar o valor final da corrente do circuito abaixo para 𝑢 𝑡 igual a um degrau de amplitude 𝐸 = 10𝑉. 2. Encontrar o valor final da tensão no capacitor do circuito abaixo: a) Para 𝑖 𝑡 igual a um degrau unitário; b) Para 𝑖 𝑡 = sin 𝜔𝑡 , em que 𝜔 = 1 𝐿𝐶. 35 Função de Transferência As funções de transferência são utilizadas para caracterizar as relações de entrada e de saída de componentes ou de sistemas; Ela representa a dinâmica do sistema (ou de um componente); A função de transferência de um sistema, representado por uma equação diferencial linear invariante no tempo, é definida como a relação da transformada de Laplace da saída e a transformada de Laplace da entrada, admitindo-se todas as condições iniciais nulas. 36 Função de Transferência A FT de um sistema é um modelo matemático que constitui um método operacional de expressar a equação diferencial que relaciona a variável de saída à variável de entrada; A FT é uma propriedade inerente do sistema, independentemente da magnitude e da natureza da função de entrada; A FT inclui as unidades necessárias para relacionar a saída à entrada, porém não fornece nenhuma informação relativa à estrutura física do sistema. 37 Função de Transferência Se a FT de um sistema for conhecida, a resposta (saída) pode ser estudada para vários tipos de entrada, visando o entendimento da natureza do sistema; Se a FT de um sistema não for conhecida, ela pode ser determinada experimentalmente aplicando-se sinais de entrada conhecidos e verificando as respectivas saídas. 38 Diagrama de Blocos Um diagrama de blocos de um sistema é uma representação gráfica das funções desempenhadas por cada componente e do fluxo de sinais entre eles; Diferindo da representação matemática abstrata pura, um diagrama de blocos tem a vantagem de indicar mais realisticamente o fluxo de sinais do sistema real. 39 Diagrama de Blocos As setas são designadas como sinais e indicam a direção do fluxo de sinais; O sinal pode passar somente no sentido indicado pelas setas. 40 Diagrama de Blocos Vantagens: Fica fácil construir um diagrama de blocos para todo o sistema pela simples interligação dos blocos componentes, de acordo com o fluxo de sinais; Possibilidade de avaliar a contribuição de cada componente para o desempenho global do sistema; A operação funcional do sistema pode ser visualizada mais facilmente pelo exame do diagrama de blocos do que pelo exame do próprio sistema físico. 41 Diagrama de Blocos Elementos de um diagrama de blocos: Somador: soma (ou subtrai) dois ou mais sinais. É importante que os sinais tenham as mesmas dimensões e unidades. Ponto de ramificação: é o ponto do qual o sinal que vem de um bloco avança simultaneamente em direção a outros blocos ou somadores. Todo sistema de controle linear pode ser representado por diagramas de blocos constituídos por blocos, somadores e pontos de ramificação. 42 Diagrama de Blocos A representação em um diagrama de blocos de um dado sistema pode, muitas vezes, ser reduzida a um diagrama com um número menor de blocos que o diagrama original por meio de técnicas de redução; Como as funções de transferência representam sistemas lineares e invariantes no tempo, a multiplicação é comutativa: 43 Diagrama de Blocos Para obter 𝑌2 𝑠 = 𝐺2 𝑠 𝐺1 𝑠 𝑋1 𝑠 , pressupõe-se que, ao conectar o primeiro bloco no segundo, o efeito de carga deste sobre o primeiro bloco é desprezível; Se houver interação entre os dispositivos interconectados, deve-se considerar esta mudança na função de transferência e utilizar a função de transferência corrigida. 44 Diagrama de Blocos 45 Diagrama de Blocos 46 Diagrama de Blocos Procedimento para construir um diagrama de blocos: Escrever as equações dinâmicas de cada componente; Obter a transformada de Laplace dessas equações para condições iniciais nulas; Representar individualmente, em forma de bloco, a transformada de Laplace de cada equação; Agrupar os elementos em um diagrama de blocos completo. 47 Diagrama de Blocos Exemplo 1: Exemplo 2: 48 Diagrama de Blocos Redução do diagrama de blocos Um diagrama de blocos complexo, que envolve muitas malhas de realimentação, pode ser simplificado por meio de uma reorganização por etapas; Isso reduz o trabalho necessário para a análise matemática subsequente; A medida que o diagrama de blocos é simplificado, as funções de transferência nos novos blocos tornam-se mais complexas. 49 Diagrama de Blocos 50 Diagrama de Blocos Exemplo: 51 Diagrama de Blocos Exemplo: 52 Diagrama de Fluxo de Sinais: Introdução O diagrama de fluxo de sinal é uma ferramenta visual para representar a relação causal entre componentes do sistema; O diagrama de fluxo de sinal, além do uso para obtenção de uma função de transferência equivalente de um sistema, pode ser usado para explicar vários conceitos de controle moderno. 53 Diagrama de Fluxo de Sinais: Elementos e Definições Nós: sinais internos como a entrada comum para vários blocos ou a saída de um somador. São usados para representar variáveis. 54 Diagrama de Fluxo de Sinais: Elementos e Definições Caminho: é a sequência de nós conectados, a rota passando de uma variável a outra, nadireção do fluxo, sem incluir nenhuma variável mais de uma vez. 55 Diagrama de Fluxo de Sinais: Elementos e Definições Caminho direto: caminho da entrada para a saída, sem incluir nenhum nó mais de uma vez. 56 Diagrama de Fluxo de Sinais: Elementos e Definições Malha: caminho que se origina e termina no mesmo nó. 57 Diagrama de Fluxo de Sinais: Elementos e Definições Ganho do caminho: produto dos ganhos dos ramos que formam um caminho. 58 Diagrama de Fluxo de Sinais: Elementos e Definições Ganho de malha: é o ganho do caminho associado com uma malha. 59 Diagrama de Fluxo de Sinais: Elementos e Definições Nó de entrada: é um nó que possui somente ramos que se afastam dele. 60 Diagrama de Fluxo de Sinais: Elementos e Definições Nó de saída: é um nó que possui somente ramos que se dirigem a ele. 61 Diagrama de Fluxo de Sinais: Elementos e Definições Caminhos que não se tocam: caminhos não se tocam se não existem nós comuns entre eles. 62 Diagrama de Fluxo de Sinais: Álgebra 1. O valor da variável representada por um nó é igual a soma de todos os sinais que entram no nó; 2. O valor da variável representada por um nó é transmitido por todos os ramos que deixam o nó; 3. Ramos paralelos na mesma direção conectando dois nós podem ser substituídos por um único ramo com ganho igual à soma dos ganhos dos ramos em paralelo. 63 Diagrama de Fluxo de Sinais: Álgebra 4. Uma conexão em série de ramos unidirecionais pode ser substituído por um único ramo com ganho igual ao produto dos ganhos dos ramos; 5. Uma malha com realimentação pode ser substituída por um equivalente. 64 Diagrama de Fluxo de Sinais: Construção O diagrama de fluxo de sinal pode ser construído facilmente a partir do diagrama de blocos do sistema. 65 Diagrama de Fluxo de Sinais: Regra de Mason A função de transferência de um sistema pode ser determinada a partir do diagrama de fluxo de sinal através da regra de Mason. Esta regra é útil em casos onde é muito difícil determinar a função de transferência equivalente de um diagrama de blocos usando a álgebra de blocos. 66 Diagrama de Fluxo de Sinais: Regra de Mason A regra de Mason é dada por: 67 Diagrama de Fluxo de Sinais: Exercícios Encontre a função de transferência do sistema acima. 68 Diagrama de Fluxo de Sinais: Exercícios Encontre o diagrama de fluxo de sinais e a função de transferência do sistema acima. 69 Espaço de Estado: Introdução Teoria de controle moderno: Surgiu da necessidade de controlar sistemas complexos que podem ter entradas e saídas múltiplas, ser linear ou não, variante ou invariante no tempo; É essencialmente uma abordagem no domínio do tempo; O modelo obtido presta-se prontamente para solução e análise computacional. 70 Espaço de Estado: Introdução Modelagem do sistema em Espaço de Estado: Considere um sistema físico representado por uma EDO de ordem n (ou várias EDOs de ordem maior que 2); Escolhe-se um conjunto de variáveis (variáveis de estado), de forma a representar este sistema por um conjunto de EDO’s de primeira ordem. 71 Espaço de Estado: Introdução Modelagem do sistema em Espaço de Estado: A solução da formulação no domínio do tempo de um problema de sistema de controle requer o uso de computadores digitais (solução numérica); O domínio do tempo é o domínio matemático que incorpora a resposta e a descrição de um sistema em função do tempo; A representação no domínio do tempo de sistemas de controle é a base essencial para a teoria de controle moderno e para a otimização de sistemas. 72 Espaço de Estado: Definições Conceito de estado de um sistema dinâmico: O estado de um sistema é um conjunto de variáveis cujos valores, em conjunto com os sinais de entrada e as equações que descrevem a dinâmica, irão fornecer o estado e a saída futuros do sistema; Para um sistema dinâmico, o estado do sistema é descrito em função de um conjunto de valores das variáveis de estado 𝑥1 𝑡 , 𝑥2 𝑡 ,⋯ , 𝑥𝑛 𝑡 . 73 Espaço de Estado: Definições Variáveis de estado: As variáveis de estado descrevem a configuração presente de um sistema e podem ser usadas para determinar a resposta futura, dadas as excitações de entrada e as equações que descrevem a dinâmica. 74 Espaço de Estado: Definições Vetor de estado: Vetor formado pelas n variáveis de estado necessárias para descrever completamente o comportamento de um sistema: 𝒙 𝑡 = 𝑥1 𝑡 𝑥2 𝑡 ⋮ 𝑥𝑛 𝑡 Determina univocamente o estado do sistema 𝒙(𝑡) para qualquer instante 𝑡 ≥ 𝑡0. 75 Espaço de Estado: Definições Espaço de estado: Espaço n-dimensional, cujos eixos coordenados são formados pelos eixos das variáveis de estado 𝑥1, 𝑥2, ⋯ , 𝑥𝑛 ; Qualquer estado pode ser representado por um ponto no espaço de estado. 76 Espaço de Estado: Equações no espaço de estados A análise no espaço de estados envolve três tipos de variáveis que estão presentes na modelagem de sistemas dinâmicos: variáveis de entrada, variáveis de saída e variáveis de estado; A representação de um dado sistema no espaço de estados não é única; No entanto, o número de variáveis de estado é o mesmo para qualquer das diferentes representações do sistema no espaço de estado. 77 Espaço de Estado: Equações no espaço de estados Exercício: Obtenha o modelo em espaço de estado do sistema acima usando como variáveis de estado as tenções no capacitor e indutor 78 Espaço de Estado: Equações no espaço de estados Um sistema dinâmico deve conter elementos que memorizem os valores de entrada; Em um sistema de controle em tempo contínuo, os integradores servem como dispositivo de memória; Portanto, as saídas destes integradores podem ser consideradas variáveis que definem o estado interno do sistema dinâmico; Então, as saídas dos integradores podem ser escolhidas como variáveis de estado. 79 Espaço de Estado: Equações no espaço de estados O número de variáveis de estado que definem completamente o sistema dinâmico é igual ao número de integradores deste sistema; Na prática, é usual escolher um conjunto de variáveis de estado que possam ser facilmente medidas; Esse efeito de memória descrito está associado à capacidade de armazenar energia. 80 Espaço de Estado: Equações no espaço de estados Considere um sistema de múltiplas entradas e saídas, sendo 𝑚 o número de entradas e 𝑛 o número de integradores; A resposta deste sistema é descrita por um sistema de equações diferenciais de primeira ordem escritas em função das variáveis de estado e das entradas: 𝑥1 = 𝑥2 = ⋮ 𝑥𝑛 = 𝑎11𝑥1 + 𝑎12𝑥2 +⋯𝑎1𝑛𝑥𝑛 + 𝑏11𝑢1 +⋯+ 𝑏1𝑚𝑢𝑚 𝑎21𝑥1 + 𝑎22𝑥2 +⋯𝑎2𝑛𝑥𝑛 + 𝑏21𝑢1 +⋯+ 𝑏2𝑚𝑢𝑚 ⋮ 𝑎𝑛1𝑥1 + 𝑎𝑛2𝑥2 +⋯𝑎𝑛𝑛𝑥𝑛 + 𝑏𝑛1𝑢1 +⋯+ 𝑏𝑛𝑚𝑢𝑚 81 Espaço de Estado: Equações no espaço de estados Este sistema pode ser escrito na forma matricial: 𝑑 𝑑𝑡 𝑥1 𝑥2 ⋮ 𝑥𝑛 = 𝑎11 𝑎12 𝑎21 𝑎22 ⋯ 𝑎1𝑛 𝑎2𝑛 ⋮ ⋱ ⋮ 𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 𝑥1 𝑥2 ⋮ 𝑥𝑛 + 𝑏11 ⋯ 𝑏1𝑚 ⋮ ⋱ ⋮ 𝑏𝑚1 ⋯ 𝑏𝑚𝑚 𝑢1 ⋮ 𝑢𝑚 82 Espaço de Estado: Equações no espaço de estados Em uma forma mais compacta, temos a equação diferencial de estado: 𝒙 = 𝑨𝒙 + 𝑩𝒖 A equação diferencial de estado relaciona a taxa de variação do estado do sistema com o estado do sistema e os sinais de entrada. 83 Espaço de Estado: Equações no espaço de estados Em geral, as saídas de um sistema linear podem ser relacionadas com as variáveis de estado e com os sinais de entrada pela equação de saída: 𝒚 = 𝑪𝒙 + 𝑫𝒖 84 Espaço de Estado: Equações no espaço de estados Representação do sistema dinâmico em espaço de estados: 𝒙 = 𝑨𝒙 + 𝑩𝒖 𝒚 = 𝑪𝒙 + 𝑫𝒖 Representação em diagrama de blocos: 85 Espaço de Estado: Correlação entre FTs e Equações no espaço de estados Método para obter a função de transferência (FT) de um sistema de entrada e de saída únicasa partir das equações no espaço de estado: Transformada de Laplace das equações em espaço de estado: 86 Espaço de Estado: Correlação entre FTs e Equações no espaço de estados A FT é definida para condições iniciais nulas: 87 Espaço de Estado: Correlação entre FTs e Equações no espaço de estados Exemplo Obtenha a função de transferência do sistema mecânico, sabendo que seu modelo em espaço de estado é: 88 Espaço de Estado: Correlação entre FTs e Equações no espaço de estados Solução: Temos: Logo: 89 Espaço de Estado: Correlação entre FTs e Equações no espaço de estados Solução: 90 Espaço de Estado: Correlação entre FTs e Equações no espaço de estados Em sistemas com múltiplas entradas e saídas, o mesmo procedimento é válido: 𝑮 𝑠 = 𝑪 𝑠𝑰 − 𝑨 −1𝑩+𝑫 Note que esta equação resulta em uma matriz 𝑮 𝑠 chamada Matriz de Transferência; A matriz de transferência relaciona a saída 𝒀 𝑠 com a entrada 𝑼(𝑠) : 𝒀 𝑠 = 𝑮 𝑠 𝑼(𝑠) Se a dimensão de 𝑼(𝑠) é 𝑟 e a dimensão de 𝒀 𝑠 é 𝑚, a matriz de transferência 𝑮 𝑠 tem dimensão 𝑚 × 𝑟. 91 Espaço de Estado: Correlação entre FTs e Equações no espaço de estados Exemplo: Obtenha a matriz de transferência do sistema definido por: 92 Espaço de Estado: Correlação entre FTs e Equações no espaço de estados Solução: 93 Espaço de Estado: Representação de sistemas de EDOs escalares Uma equação diferencial de ordem n pode ser representada por uma equação diferencial vetorial matricial de primeira ordem; Representação no espaço de estado de sistemas de equações diferenciais lineares de ordem n cuja função de entrada NÃO possui derivadas: 94 Espaço de Estado: Representação de sistemas de EDOs escalares 95 Espaço de Estado: Representação de sistemas de EDOs escalares 96 Espaço de Estado: Representação de sistemas de EDOs escalares Representação no espaço de estado de sistemas de equações diferenciais lineares de ordem n cuja função de entrada possui derivadas: 97 Espaço de Estado: Representação de sistemas de EDOs escalares 98 Espaço de Estado: Representação de sistemas de EDOs escalares 99 Espaço de Estado: Correlação entre FTs e Equações no espaço de estados Exemplo: Obtenha as equações de estado e de saída para o sistema definido por: 100 Espaço de Estado: Correlação entre FTs e Equações no espaço de estados Solução: 101 Análise da resposta: Introdução Depois de obtido o modelo matemático de um sistema, é possível analisar seu desempenho através de vários métodos disponíveis; Na prática, geralmente o sinal de entrada de um sistema de controle não é conhecido previamente, sendo de caráter aleatório; Na análise e no projeto de sistemas de controle, devemos ter uma base de comparação de desempenho de vários sistemas de controle. 102 Análise da resposta: Introdução Uma boa base de comparação é: Definir sinais de entrada de teste específicos; Comparar a resposta dos vários sistemas a estes sinais. Muitos critérios de projeto têm como base as respostas a esses sinais; Sinais típicos de teste: degrau, rampa, impulso, parábola de aceleração, sinal senoidal, ruído branco. 103 Análise da resposta: Introdução Com os sinais degrau, rampa e impulso, tanto a análise experimental como a análise matemática dos sistemas de controle podem ser obtidas facilmente; O sinal de teste mais adequado é aquele que mais se aproxima do comportamento do sinal da entrada a que o sistema será submetido com maior frequência sob condições normais de operação. 104 Análise da resposta: Introdução Exemplos: Sistema cujas entradas variam de forma gradual com o tempo: rampa; Sistema sujeito a variações bruscas de entrada: degrau; Sistema sujeito a entradas de impacto: impulso. 105 Análise da resposta: Definições A resposta temporal de um sistema de controle consiste em duas partes: Resposta transitória: é aquela que vai do estado inicial ao estado final; Resposta estacionária (ou de regime permanente): comportamento do sinal de saída do sistema na medida em que o tempo tende ao infinito. 106 Análise da resposta: Definições Estabilidade absoluta: Um sistema de controle linear e invariante no tempo é estável se a saída sempre retorna ao estado de equilíbrio quando o sistema é submetido a uma condição inicial; O sistema de controle será instável se a saída divergir sem limites. 107 Análise da resposta: Sistemas de 1ª Ordem Representação de um sistema de 1ª ordem: Fisicamente, este sistema pode representar um circuito RC, um circuito térmico, etc. Qualquer sistema com esta mesma função de transferência irá representar a mesma saída em resposta a uma determinada entrada. 108 Análise da resposta: Sistemas de 1ª Ordem Entrada do tipo degrau unitário: Resposta do sistema: Resposta no tempo: 109 Análise da resposta: Sistemas de 1ª Ordem 110 Análise da resposta: Sistemas de 1ª Ordem Entrada do tipo rampa unitária: Resposta do sistema: Resposta no tempo: Sinal de erro: 111 Análise da resposta: Sistemas de 1ª Ordem 112 Análise da resposta: Sistemas de 1ª Ordem Entrada do tipo impulso unitário: Resposta do sistema: Resposta no tempo: 113 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem Considere o sistema de 2ª ordem abaixo, em que se deseja controlar a posição de saída: Representação em diagrama de blocos deste sistema: 114 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem Função de transferência em malha fechada: Rescrevendo a FT em função dos polos: 115 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem Na análise da resposta transitória é conveniente definir: 116 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem O comportamento dinâmico do sistema de 2ª ordem pode ser descrito em termos dos parâmetros ζ e 𝜔𝑛: 117 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 118 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 119 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 120 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 121 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 122 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 123 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 124 Em muitos casos práticos, as características de desempenho desejadas de sistemas de controle são especificadas em termos de grandezas no domínio do tempo; Frequentemente, as características de desempenho de um sistema de controle são especificadas em termos da resposta transitória a uma excitação em degrau unitário, pois este sinal é fácil de ser gerado e corresponde a uma solicitação suficientemente severa. Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 125 Na prática, a resposta transitória de um sistema de controle frequentemente apresenta oscilações amortecidas antes de atingir o regime permanente. Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 126 Ao especificar as características de resposta transitória de um sistema de controle a uma excitação em degrau unitário, é comum especificar-se algumas grandezas: Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 127 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 128 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 129 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 130 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 131 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 132 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 133 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 134 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 135 Análise da resposta: Sistemas de 2ª Ordem 136 Ações de controle básicas 137 Os controladores analógicos industriais podem ser classificados, de acordo com a ação de controle, como: Controladores de duas posições (on-off); Controladores proporcionais; Controladores do tipo integral; Controladores do tipo proporcional e integral; Controladores do tipo proporcional e derivativo; Controladoresdo tipo proporcional, integral e derivativo. Ações de controle básicas 138 Ações de controle básicas 139 Controladores auto-operados: são sistemas mais simples em que os elementos de medida e atuador são integrados em uma única unidade. Ação de controle de duas posições 140 Em um sistema de duas posições, o elemento atuante possui apenas duas posições fixas que são, em muitos casos, simplesmente “ligado” ou “desligado”. O controle de duas posição é relativamente simples e barato e, por esta razão, extremamente utilizado tanto em sistemas de controle industriais como em sistemas de controle domésticos. Ação de controle de duas posições 141 Ação de controle de duas posições 142 Ação de controle proporcional 143 Para um controlador com ação de controle proporcional, a relação entre o sinal de saída do controlador e o sinal de erro atuante é: 𝑢 𝑡 = 𝐾𝑝𝑒(𝑡) em que 𝐾𝑝 é denominado ganho proporcional. Ação de controle proporcional 144 Qualquer que seja o mecanismo real ou a forma de energia usada na operação, o controlador proporcional é essencialmente um amplificador com ganho ajustável. Ação de controle integral 145 Para um controlador com ação de controle integral, o valor da saída do controlador é variado segundo uma taxa proporcional ao sinal de erro atuante: 𝑑𝑢 𝑡 𝑑𝑡 = 𝐾𝑖𝑒(𝑡) Ou 𝑢 𝑡 = 𝐾𝑖 0 𝑡 𝑒 𝑡 𝑑𝑡 em que 𝐾𝑖 é uma constante ajustável. Ação de controle integral 146 Se o valor do erro for dobrado, a saída do controlador varia duas vezes mais rápido; Para erro atuante nulo, o valor da saída do controlador permanece estacionário; A ação de controle integral é muitas vezes denominada controle de restabelecimento (reset). Ação de controle proporcional e integral 147 A ação de controle de um controlador proporcional e integral é definida por: 𝑢 𝑡 = 𝐾𝑝𝑒 𝑡 + 𝐾𝑝 𝑇𝑖 0 𝑡 𝑒 𝑡 𝑑𝑡 Ação de controle proporcional e derivativa 148 A ação de controle de um controlador proporcional e integral é definida por: 𝑢 𝑡 = 𝐾𝑝𝑒 𝑡 + 𝐾𝑝𝑇𝑑 𝑑𝑒(𝑡) 𝑑𝑡 Ação de controle proporcional e derivativa 149 Enquanto a ação de controle derivativa possui a vantagem de ser antecipatória, apresenta as desvantagens de amplificar os sinais de ruído e causar um efeito de saturação no atuador. Note-se que a ação de controle derivativa nunca pode ser usada sozinha porque esta ação de controle somente é efetiva durante os períodos transitórios. Ação de controle proporcional, integral e derivativa 150 A combinação da ação de controle proporcional, integral e derivativa possui as vantagens de cada uma das três ações de controle individuais. 𝑢 𝑡 = 𝐾𝑝𝑒 𝑡 + 𝐾𝑝 𝑇𝑖 0 𝑡 𝑒 𝑡 𝑑𝑡 + 𝐾𝑝𝑇𝑑 𝑑𝑒(𝑡) 𝑑𝑡 Ação de controle proporcional, integral e derivativa 151 Efeitos do sensor no desempenho do sistema 152 Uma vez que as características estática e dinâmica do sensor afetam a indicação do valor real da variável de saída, o sensor representa um papel importante na determinação do desempenho global do sistema de controle. Efeitos do sensor no desempenho do sistema 153 O sensor normalmente determina a função de transferência no ramo de realimentação. Se as constantes de tempo de um sensor são suficientemente pequenas comparadas com outras constantes de tempo no sistema de controle, a função de transferência do sensor simplesmente se torna uma constante. Efeitos do sensor no desempenho do sistema 154 Efeitos da ação de controle integral sobre o desempenho 155 No controle proporcional de um processo cuja função de transferência não possui um integrador ( 1 𝑠 ), há um erro em regime permanente (erro residual) na resposta a uma excitação em degrau. Esse erro residual pode ser eliminado se for incluída no controlador uma ação de controle integral. Efeitos da ação de controle integral sobre o desempenho 156 No controle integral de um processo, o sinal de controle, em qualquer instante, é igual à área sob a curva do sinal de erro atuante até aquele instante. Efeitos da ação de controle integral sobre o desempenho 157 A ação de controle integral, embora remova o erro residual, pode resultar em uma resposta oscilatória com amplitude lentamente decrescente ou mesmo amplitude crescente, ambas usualmente indesejáveis. Efeitos da ação de controle derivativa sobre o desempenho 158 A ação de controle derivativa, quando adicionada a um controlador proporcional, propicia um meio de obter um controlador com alta sensibilidade. Uma vantagem em se usar ação derivativa é que ela responde à taxa de variação do erro atuante e pode produzir uma correção significativa antes de o valor do erro atuante tornar-se demasiadamente grande. Efeitos da ação de controle derivativa sobre o desempenho 159 Portanto, o controle derivativa antecipa o erro atuante e inicia uma ação corretiva mais cedo, tendendo a aumentar a estabilidade do sistema. Análise de estabilidade no plano complexo 160 A estabilidade de um sistema linear a malha fechada pode ser determinada pela localização dos polos a malha fechada no plano s. O fato de um sistema linear ser estável ou instável é uma propriedade do sistema em si e não depende do sinal de entrada do sistema. Critério de estabilidade de Routh 161 O critério de estabilidade de Routh diz se há ou não raízes instáveis de uma equação polinomial sem ter que resolver a equação. Este critério se aplica apenas a polinômios com apenas um número finito de termos. Quando o critério é aplicado a um sistema de controle, pode-se obter informação sobre estabilidade absoluta diretamente dos coeficientes da equação característica. Critério de estabilidade de Routh 162 Critério de estabilidade de Routh 163 Critério de estabilidade de Routh 164 Critério de estabilidade de Routh 165 Critério de estabilidade de Routh 166 O arranjo completo de coeficientes é triangular. O critério de estabilidade de Routh diz que o número de raízes com partes reais positivas é igual ao número de mudanças de sinal dos coeficientes da primeira coluna do arranjo tabular. Deve-se notar que os valores exatos dos termos da primeira coluna não precisam ser conhecidos; apenas os sinais são necessários. Critério de estabilidade de Routh 167 A condição necessária e suficiente para que todas as raízes fiquem no semiplano esquerdo do plano s é que todos os coeficientes sejam positivos e que todos os termos da primeira coluna do arranjo tabular tenham sinais positivos. Método do lugar das raízes 168 A ideia básica que fundamenta o método do lugar das raízes é a de que os valores de s que fazem a função de transferência de malha ser igual a -1 devem satisfazer a equação característica do sistema. O lugar das raízes da equação característica do sistema a malha fechada, quando o ganho varia de zero a infinito, dá ao método seu nome. O gráfico mostra as contribuições de cada polo ou cada zero a malha abeta nas localizações dos polos a malha fechada. Método do lugar das raízes 169 Método do lugar das raízes 170 Método do lugar das raízes 171 Análise no domínio da frequência 172 Faça um resumo do que são os Diagramas de Bode e o Critério de Estabilidade de Nyquist e explique a importância do uso dessas ferramentas para análise de estabilidade em um sistema de controle. Plano de ensino: Referências OGATA, K. Engenharia de Controle Moderno. 4 ed. São Paulo: Prentice-Hall do Brasil, 2003. NISE, Norman S. Engenharia de sistemas de controle. 3 ed. Rio de Janeiro: LTC. 2004. AGUIRRE, Luís Antonio et al. Enciclopédia de Automática: Controle & Automação. São Paulo: Editora Blücher. Vol 2. 173
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