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Psicologia do Consumo

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Indaial – 2016
Psicologia do consumo
Profª. Bianca Aparecida Grubert Gonçalves de Araújo
Prof. Tiago Pedro Nicchellatti
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2016
Elaboração:
Profª. Bianca Aparecida Grubert Gonçalves de Araújo
Prof. Tiago Pedro Nicchellatti
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
159
A658p Araújo; Bianca Aparecida Grubert Gonçalves de
Psicologia do Consumo / Bianca Aparecida Grubert Gonçalves de 
Araújo; Tiago Pedro Nicchellatti: UNIASSELVI, 2016.
165 p. : il.
ISBN 978-85-515-0026-2
 
1.Psicologia – outros aspectos. 
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
III
aPresentação
Caro acadêmico! Bem-vindo à disciplina de Psicologia do Consumo!
Este Livro Didático será seu guia nesta disciplina, com o objetivo de 
orientá-lo nos seus estudos e contribuir para ampliar seus conhecimentos 
relacionados à Psicologia do Consumo.
Para que nosso objetivo seja alcançado e você amplie seu 
conhecimento acerca desta disciplina, este Livro Didático está dividido 
em três unidades. A primeira unidade fará uma abordagem histórica sobre 
a psicologia, com questões como: De onde veio a psicologia? Quais são 
os principais nomes encontrados na história da psicologia? E a partir de 
quando a psicologia é reconhecida como uma ciência?
Ainda, na primeira unidade, veremos como a psicologia foi levada 
para as organizações, qual é a relação dela com a área de marketing nas 
organizações e como ela pode auxiliar a compreender os consumidores.
Na segunda unidade deste livro, o foco está voltado à compreensão 
do comportamento do consumidor. Como a psicologia pode auxiliar a 
compreender o comportamento do consumidor e fazer com que isso traga 
resultados positivos para as organizações.
E, para finalizar, na terceira unidade veremos alguns mecanismos 
por meio dos quais a psicologia pode influenciar o consumo de produtos e 
serviços.
A psicologia do consumo, assim como a psicologia em si têm por 
objetivo compreender o comportamento humano. No entanto, a psicologia 
do consumo busca compreender o comportamento do consumidor e 
transformar essas informações em resultados para as organizações.
Lembre-se, sua dedicação é de fundamental importância para o 
melhor aproveitamento desta disciplina!
Bons estudos e sucesso na sua vida acadêmica!
Profª. Bianca Aparecida Grubert Gonçalves de Araújo
Prof. Tiago Pedro Nicchellatti
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 – CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA ........................................................... 1
TÓPICO 1 – HISTÓRIA DA PSICOLOGIA ....................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 CONCEITO DE PSICOLOGIA .......................................................................................................... 4
3 CONTEXTO HISTÓRICO DA PSICOLOGIA ............................................................................... 5
4 EVOLUÇÃO DA PSICOLOGIA ........................................................................................................ 9
5 PISICOLOGIA ENQUANTO CIÊNCIA .......................................................................................... 11
5.1 ESCOLAS DE PENSAMENTO DA PSICOLOGIA ..................................................................... 13
5.2 PRINCIPAIS TEORIAS DO SÉCULO XX ................................................................................... 14
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 17
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 18
TÓPICO 2 – PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL ........................................................................... 21
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 21
2 ÁREAS DE TRABALHO DA PSICOLOGIA................................................................................... 22
3 O QUE É UMA ORGANIZAÇÃO? ................................................................................................... 23
4 PSICOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES ........................................................................................... 26
5 DIFERENÇAS INDIVIDUAIS DO SER HUMANO ..................................................................... 30
5.1 VALORES ......................................................................................................................................... 30
5.2 PERCEPÇÃO .................................................................................................................................... 31
5.3 INTELIGÊNCIA ............................................................................................................................... 32
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 34
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 35
TÓPICO 3 – INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA DO CONSUMO .................................................. 37
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 37
2 ORIGEM DA PSICOLOGIA DO CONSUMO ............................................................................... 38
3 A PSICOLOGIA E O MARKETING ................................................................................................ 41
4 RECONHECENDO O CONSUMIDOR ........................................................................................... 44
5 TEORIAS MOTIVACIONAIS............................................................................................................ 45
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 49
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 52
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................53
UNIDADE 2 – COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA 
 AO CONSUMO ............................................................................................................. 55
TÓPICO 1 – COMPREENDENDO O CONSUMIDOR ................................................................... 57
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 57
2 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR .................................................................................... 58
3 O CONSUMIDOR COMO INDIVÍDUO ........................................................................................ 61
3.1 PERSONALIDADE E PERCEPÇÃO ............................................................................................ 62
sumário
VIII
4 A VAIDADE E O CONSUMISMO .................................................................................................... 63
4.1 A VAIDADE DE ATINGIMENTO ................................................................................................ 65
4.2 A VAIDADE FÍSICA ........................................................................................................................ 66
4.3 O CONSUMISMO ............................................................................................................................ 68
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 70
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 72
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 73
TÓPICO 2 – PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR ............................................................................... 75
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 75
2 FATORES QUE INFLUENCIAM O CONSUMO ........................................................................... 76
2.1 FATORES PESSOAIS ....................................................................................................................... 78
2.1.1 Idade e estágio da vida ......................................................................................................... 78
2.1.2 Ocupação e condições econômicas ....................................................................................... 80
2.1.3 Estilo de vida ........................................................................................................................... 80
2.2 FATORES CULTURAIS .................................................................................................................. 80
2.2.1 Cultura...................................................................................................................................... 81
2.2.2 Subcultura ................................................................................................................................ 82
2.2.3 Classes sociais.......................................................................................................................... 82
2.3 FATORES SÓCIO-GRUPAIS .......................................................................................................... 83
2.3.1 Grupos de referência e família .............................................................................................. 83
2.3.2 Papéis e posições sociais ........................................................................................................ 84
2.4 FATORES PSICOLÓGICOS ........................................................................................................... 84
2.4.1 Motivação ................................................................................................................................. 85
2.4.2 Percepção ................................................................................................................................. 85
2.4.3 Aprendizagem ......................................................................................................................... 86
2.4.4 Crenças e atitudes ................................................................................................................... 86
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 87
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 88
TÓPICO 3 – MOTIVAÇÃO DO CONSUMO .................................................................................... 89
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 89
2 FATORES MOTIVACIONAIS ........................................................................................................... 90
2.1 TEORIA X E Y DE MCGREGOR .................................................................................................. 90
2.2 TEORIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW .......................................................................... 92
2.3 TEORIA DOS DOIS FATORES DE HERZBERG ......................................................................... 94
2.4 SISTEMAS SENSORIAIS ................................................................................................................ 98
3 APRENDIZAGEM E MEMÓRIA ...................................................................................................... 99
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................101
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................104
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................106
UNIDADE 3 – INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO ............................................107
TÓPICO 1 – INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS PARA O CONSUMO ............................................109
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................109
2 INFORMAÇÃO E PERCEPÇÃO ......................................................................................................110
3 AMBIENTE DE COMPRAS ..............................................................................................................111
IX
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................112
4 PSICOLOGIA DAS CORES .............................................................................................................114
4.1 HISTÓRIA DA PSICOLOGIA DAS CORES ..............................................................................114
4.2 SIGNIFICADO DAS CORES ........................................................................................................115
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................117
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................118
TÓPICO 2 – INFLUÊNCIAS SOCIAIS PARA O CONSUMO ......................................................121
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................121
2 ABORDAGEM COGNITIVA NO ESTUDO DAS EMOÇÕES .................................................121
2.1 TEORIASDAS EMOÇÕES ...........................................................................................................125
2.2 TEORIA DE JAMES-LANGE .......................................................................................................126
2.3 TEORIA DE CANNON-BARD ....................................................................................................127
2.4 PERSPECTIVA COGNITIVISTA DAS EMOÇÕES ...................................................................127
2.4.1 Perspectiva culturalista das emoções .................................................................................128
3 GRUPOS DE REFERÊNCIA ............................................................................................................128
3.1 FORMAS DE INFLUÊNCIA DOS GRUPOS DE REFERÊNCIA ...........................................131
4 PERSONALIDADE E ESTILO DE VIDA ......................................................................................132
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................136
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................137
TÓPICO 3 – MÉTODOS E TÉCNICAS PARA ESTIMULAR O CONSUMO ...........................139
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................139
2 NEUROMARKETING: ENTENDENDO A MENTE DOS CONSUMIDORES .....................139
2.1 PRINCIPAIS TÉCNICAS .............................................................................................................141
2.2 O NEUROMARKETING E SUA APLICAÇÃO NAS EMPRESAS .........................................144
3 GATILHOS MENTAIS ......................................................................................................................149
3.1 RELAÇÃO DOR X PRAZER .......................................................................................................149
3.2 PROVA SOCIAL .............................................................................................................................150
3.3 URGÊNCIA.....................................................................................................................................150
3.4 ESCASSEZ ......................................................................................................................................151
3.5 HISTÓRIA .......................................................................................................................................152
3.6 AUTORIDADE ...............................................................................................................................152
3.7 POR QUÊ? .......................................................................................................................................153
3.8 GARANTIA ....................................................................................................................................153
3.9 RECIPROCIDADE .........................................................................................................................154
3.10 NOVIDADE ..................................................................................................................................155
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................156
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................157
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................159
X
1
UNIDADE 1
CONCEITOS BÁSICOS DA 
PSICOLOGIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade, você será capaz de:
• compreender a origem da psicologia e os principais nomes que contribuíram 
para sua evolução;
• conhecer como o estudo da psicologia está relacionado às organizações;
• compreender como a psicologia e o marketing se encontram;
• identificar a importância do comportamento humano para a área de 
marketing, a fim de compreender o consumidor.
Esta unidade está dividida em três tópicos e em cada um deles, você 
encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
TÓPICO 1 – HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
TÓPICO 2 – PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
TÓPICO 3 – INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA DO CONSUMO
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
1 INTRODUÇÃO
Para compreendermos o que é a psicologia em si, precisamos conhecer 
de onde ela veio. Assim, neste primeiro tópico vamos abordar os fatos históricos 
que influenciaram a psicologia e que fizeram com que ela se tornasse o que é hoje.
Muitos anos antes da psicologia vir a se tornar ciência, ela pertenceu 
à filosofia. O principal objetivo dos filósofos em estudar o ser humano era 
compreender a alma dele. Isso tudo acontecia há muitos anos antes de Cristo.
Com o passar dos anos e o aperfeiçoamento do estudo na psicologia, 
médicos e cientistas sentiram a necessidade de estudar mais a fundo o 
comportamento humano. Para suprir essa necessidade, Wundt, médico alemão, 
criou um laboratório onde passou a realizar experimentos com o objetivo de 
explicar o comportamento do ser humano. Com isso, a psicologia deixou de ser 
filosófica e passou a ser ciência.
Várias escolas de pensamento relacionados à psicologia foram surgindo. 
Dentre essas escolas antigas estão o Funcionalismo, o Estruturalismo e o 
Associacionismo. Com o passar dos anos, mais precisamente no século XX, essas 
escolas foram substituídas por novas teorias da psicologia, como o Behaviorismo, 
a Teoria Gestalt e a Psicanálise de Freud.
Todos os assuntos citados acima, veremos em detalhes no decorrer deste 
tópico. Vamos iniciar nossos estudos com a história da psicologia.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
4
2 CONCEITO DE PSICOLOGIA
Para darmos início aos estudos da psicologia do consumo, vamos começar 
com a origem da psicologia e compreender o que significa a psicologia em si e 
qual é sua funcionalidade.
 
A palavra psicologia tem sua origem do grego, com a junção de duas 
palavras psyche, que tem como significado alma, e logos que significa estudo. 
Assim, nós podemos afirmar que a psicologia, segundo a língua grega, é o estudo 
da alma.
Segundo Bock, Furtado & Teixeira (1999), a psicologia tem uma ligação 
com o fato do surgimento das máquinas na era industrial. Você deve se perguntar, 
mas como isso é possível?
Vamos explicar. Segundo os autores, nós, seres humanos, fomos capazes 
de criar máquinas fantásticas que nos auxiliaram naquele período e que nos 
auxiliam nos dias de hoje. Com a criação das máquinas, o mundo começou a ser 
pensado como uma máquina, o que facilitou o entendimento de muitas questões. 
No entanto, essa forma de pensar e toda essa evolução atingiu também a ciência.
FIGURA 1 - MÁQUINAS E A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: <https://anafigueredo.wordpress.com/2013/10/24/ah-revolucao-industrial/revolucao/>. 
Acesso em: 7 jun. 2016.
TÓPICO 1 | HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
5
Assim, uma questão foi levantada. Se tudo no universo funciona com 
o mesmo dinamismo de uma máquina, para conhecermos o psiquismo do ser 
humano é preciso conhecer a “máquina de pensar” do ser humano, como os 
autores mesmo dizem. É preciso compreender como funciona a mente humana 
para melhor compreender o ser humano.
A psicologia teve sua origem por meio da filosofia. Os primeiros a 
pensarem em estudar a mente humana foram os filósofos gregos, que buscavam 
compreender a alma do ser humano, sendo assim, chamavam a psicologia de 
estudo da alma humana (AGUIAR, 2005). 
 
Com o passar dos anos, o significado de psyche começou a ser traduzido 
como mente e o que antes era o estudo da alma, passou a ser o estudo da mente. 
Noentanto, o estudo na mente começou a enfrentar sérios problemas, pois a 
mudança da terminologia alma para mente não foi aceita por todos.
Não se conseguiu chegar a uma conceituação aceita por todos. Sua 
própria natureza é controvertida. Sua investigação mobiliza as camadas 
mais profundas do inconsciente, sendo, portanto, ameaçadora para o 
próprio investigador. Por essa razão, o estudo da mente deu origem 
a superstições e preconceitos, alguns deles ainda presentes (AGUIAR, 
2005, p. 135).
Com toda essa mudança na psicologia, o estudo da mente humana não 
era bem visto. A ideia que se tinha da psicologia no começo da sua história, era 
que a psicologia estava envolvida com misticismo e que o psicólogo era uma 
espécie de adivinho da mente humana.
Assim, para darmos continuidade a nossos estudos sobre a psicologia do 
consumo, vamos conhecer de onde surgiu a psicologia, conhecendo um pouco da 
sua história. Veremos também quem são os principais nomes que fizeram com 
que a psicologia nascesse e viesse a se tornar a ciência que conhecemos hoje.
3 CONTEXTO HISTÓRICO DA PSICOLOGIA
Começaremos nossos estudos pela história da psicologia com um 
questionamento: Você já parou para pensar de onde veio a psicologia? Por que 
surgiu a psicologia? E qual é seu objetivo?
O estudo da história da psicologia se faz necessário para podermos 
entender as questões do passado que influenciaram ou que ainda influenciam 
o presente. Segundo Goodwin (2005) o estudo da história no geral é importante 
para a melhor compreensão do que se passa no presente.
O autor ainda cita vários fatores que justificam o estudo da história da 
psicologia. O primeiro deles se refere à pouca idade da psicologia. Se compararmos 
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
6
a psicologia com as demais ciências, ela é considerada uma das mais novas 
ciências existentes, com pouco mais de cem anos. Em função da psicologia ser, 
podemos dizer que “tão nova”, é que a psicologia moderna tem forte ligação com 
seu passado (GOODWIN, 2005).
O segundo motivo do estudo da história da psicologia citado pelo autor 
é que muitas das questões que perseguem a psicologia ainda continuam sem 
resposta. Para Goodwin (2005, p. 22), “Uma segunda razão relacionada pelo 
interesse da história da psicologia entre os psicólogos é que o campo ainda está às 
voltas com muitas das mesmas questões que a ocupavam há um século”. Assim, 
acredita-se que o estudo da história se faz necessário para poder responder a 
tantas perguntas que ainda estão sem respostas.
Outro fator que podemos considerar como o terceiro motivo para o 
estudo da psicologia é o fato de que o crescimento e a diversificação do campo da 
psicologia aconteceram de forma rápida. A consequência deste rápido crescimento 
é a falta de estudos mais aprofundados sobre alguns aspectos da psicologia. Este 
fator está relacionado com o fator citado anteriormente relacionado com a falta de 
respostas de algumas perguntas que rondam a psicologia há anos.
Além de encontrarmos várias respostas para questões do presente com 
o estudo do passado, o quarto motivo citato por Goodwin (2005) é o fato de 
nos tornarmos mais críticos quanto aos fatos. Com a compreensão da história, 
passamos a criticar muito mais os acontecimentos no presente.
Goodwin (2005, p. 23) ainda destaca que “O estudo dos vultos da história 
e sua contribuição para o desenvolvimento da psicologia só poderá aumentar 
a compreensão do que faz as pessoas agirem como agem”. Com isso, podemos 
afirmar que o estudo da história da psicologia tem seu objetivo voltado ao 
entendimento do comportamento do ser humano e o motivo de suas ações nas 
mais variadas situações.
Após todas as justificativas dadas pelo autor sobre a importância do 
estudo da história da psicologia, podemos nos perguntar: qual é a funcionalidade 
da psicologia? Segundo Costa (2008), “Há milhares de anos atrás [sic], desde que 
o Homem se percebeu como um ser pensante, inserido em um complexo que 
chamou de Natureza, ele vem buscando respostas para suas dúvidas e fatos que 
comprovem e expliquem a origem, as causas e as transformações do mundo”. 
Assim, é possível afirmar que o estudo da psicologia surgiu a partir de 
uma necessidade do homem de compreender melhor seus sentimentos, reações, 
emoções e percepção do universo onde está inserido. Durante anos buscamos 
explicações de nosso comportamento e emoções por meio dos personagens da 
mitologia grega e essa crença permaneceu durante anos (COSTA, 2008).
Enfim, o que podemos afirmar sobre a importância do estudo da psicologia 
e da história desta jovem ciência é a possibilidade de conseguirmos desvendar os 
TÓPICO 1 | HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
7
muitos “porquês” que vão aparecendo durante nossos estudos. Neste contexto, 
pela necessidade de saber o “porquê” das mais variadas reações do ser humano é 
que o Wilhelm Wundt decidiu estudar mais profundamente a psicologia.
A intensão de Wundt com os estudos da psicologia era desvendar os 
mistérios da consciência humana, ou seja, identificar como funciona a consciência 
do ser humano e explicar suas emoções. Para realizar esse feito, Wundt fundou 
um dos mais conhecidos laboratórios de psicologia experimental, localizado na 
Alemanha, berço de toda sua formação.
Wilhelm Wundt (1832-1920) é geralmente celebrado nos manuais 
de história da psicologia como o fundador da psicologia científica. 
Como data para esta fundação, é frequentemente citado o ano de 1879, 
quando ele inaugurou o Laboratório de Psicologia Experimental na 
Universidade de Leipzig, supostamente o primeiro em seu gênero. 
(ARAÚJO, 2009, p. 37).
Neste laboratório, o pesquisador, médico e filósofo das ciências naturais 
realizava várias pesquisas relacionadas com a percepção do ser humano. Weiten 
(1992) destaca que uma das pesquisas realizadas por ele se relaciona aos estímulos 
do ser humano. Wundt passou horas expondo pessoas a estímulos audiovisuais e 
depois solicitava para que eles descrevessem o que haviam sentido. Deste modo, 
foi possível realizar o estudo dos componentes da consciência e da percepção do 
ser humano.
 FIGURA 2 - WILHELM WUNDT
FONTE: <https://funpsychology.wordpress.com/legends-of-psychology/wilhelm-wundt/>. 
Acesso em: 22 maio 2016.
Após a realização desta pesquisa, mais ou menos no mesmo período, 
outros pesquisadores se interessaram em realizar pesquisas nesta área, como 
o estudo da percepção e visão das cores, audição, escala de condução nervosa 
e as experiências sensoriais. Todas essas pesquisas passaram a ser feitas pela 
influência das primeiras pesquisas realizadas por Wundt (WEITEN, 1992).
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
8
Em se tratando da influência da mitologia grega na compreensão do ser 
humano, Costa (2008, p. 2) menciona que:
Através da Filosofia grega, que foi instituída no Ocidente, foi-nos 
possível conhecer as bases e os princípios fundamentais de conceitos 
que conhecemos como razão, racionalidade, ética, política, técnica, 
arte, física, pedagogia, cirurgia, cronologia e, principalmente, o 
conceito de ciência. 
Com a influência da filosofia grega no auxílio do conhecimento do ser 
humano, podemos citar vários filósofos que tiveram participação significativa 
para a construção da psicologia.
No quadro a seguir estão relacionados os nomes de alguns dos grandes 
filósofos que influenciaram a psicologia.
QUADRO 1 - FILÓSOFOS GREGOS E A PSICOLOGIA
FILÓSOFOS INFLUÊNCIA
Pitágoras
Para Pitágoras a sabedoria pertencia somente aos deuses, mas que 
era possível o ser humano apreciá-la. O mundo se explicava por 
meio da matemática e que de alguma maneira essas explicações 
matemáticas do Universo influenciam o ser humano.
Parmênides
Para ele, a única explicação aceitável é aquela que partia da razão. Os 
sentidos devem ser ignorados e precisamos realizar nossas análises 
somente com a força do pensamento.
Heráclito
Já Heráclito se opõe aos pensamentos de Parmênides. Para ele, tudo 
muda e muitas das coisas da vida são movidas peloemocional 
humano.
Aristóteles Para ele, o que controla as ações do ser humano é a razão, a partir dos dados do sentido.
FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/doc/3050392/Um-Breve-Resumo-da-Historia-da-
Psicologia>. Acesso em: 22 maio 2016.
Com isso, podemos perceber que a psicologia tem grande influência da 
filosofia. Todos esses grandes filósofos têm seu percentual de contribuição para 
o surgimento da psicologia. Vale ressaltar que estes pensadores têm registros das 
suas descobertas há muitos anos antes de Cristo. 
No entanto, como vimos anteriormente, o estudo da psicologia se tornou 
mais evidente a partir das pesquisas de Wilhelm Wundt no ano de 1879. No 
tópico a seguir, veremos como foi a evolução da psicologia ao longo dos anos.
TÓPICO 1 | HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
9
4 EVOLUÇÃO DA PSICOLOGIA
Como vimos no tópico anterior, a psicologia teve sua origem por meio 
dos famosos filósofos gregos que tentavam explicar o comportamento humano 
de alguma forma. Cada um dos filósofos seguia uma linha de raciocínio que os 
diferenciava dos demais, que por muitas vezes discordavam uns dos outros.
Segundo Regato (2014), antes do surgimento da psicologia como ciência, 
tudo o que era referente ao estudo da alma era realizado pelos filósofos. Era 
chamado de estudo da alma tudo o que se referia, naquela época, ao estudo do 
comportamento humano. Assim, a psicologia se manteve oculta na filosofia por 
cerca de 2000 anos.
Com isso, o estudo do comportamento humano era feito pelos filósofos 
e, cada filósofo, por sua vez, contribuiu de alguma forma para a formação da 
psicologia que temos hoje. Tomamos como exemplo os filósofos Sócrates, Platão 
e Aristóteles.
Na imagem a seguir podemos ver a figura de Sócrates, Platão e Aristóteles 
nesta mesma ordem.
FIGURA 3 - SÓCRATES, PLATÃO E ARISTÓTELES
FONTE: <http://twixar.me/mGW1>. Acesso em: 24 jul. 2019
Sócrates (469-399 a.C. aproximadamente) foi um filósofo que se dedicava 
à educação dos jovens da época e defendia que o conhecimento que chegava até 
nós, na época, era imperfeito, pois era transmitido por meio de sentimentos. Ele 
acreditava que o único conhecimento era o que tínhamos de nós mesmos e nada 
mais (CHIARATTI, 2013; BARBOSA, 2012). 
No entanto, Sócrates, ao contrário, dos chamados pensadores pré-
socráticos, que explicavam a conduta humana por meio de mitos e crenças 
religiosas não aceitavam esta ideia e defendiam que a atuação humana parte da 
racionalidade (REGATO, 2014).
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
10
Por ter sido aluno de Sócrates, Platão (426-348 a.C. aproximadamente) 
também acreditava que o conhecimento era algo imperfeito. Ele diferencia no 
homem um mundo imaterial que ele identifica como sendo a mente do ser 
humano. Platão vê a alma e o corpo humano como algo dissociável, ou seja, duas 
coisas que podem ser separadas e destaca que o comportamento do ser humano 
está na alma. (REGATO, 2014; BARBOSA, 2012).
Por sua vez, Aristóteles discorda de todas as ideias de Platão, apesar de 
ter sido seu discípulo. Segundo Chiaratti (2013, p. 6), “Para Aristóteles, a criança, 
ao nascer, não traz nenhuma bagagem de conhecimento. É através da experiência 
que irá adquirir conhecimento, pois, no seu entender, nada há na inteligência que 
não tenha passado pelos sentidos”. 
Para Aristóteles (384-322 a.C.), o conhecimento que temos é adquirido 
com nossas experiências. Ele defendia que todo conhecimento se origina da 
sensibilidade humana e que nada pode estar no espírito sem antes ter passado 
por alguma experiência sensorial anterior (REGATO, 2014; BARBOSA, 2012).
Com o passar dos anos, as demais ciências existentes foram evoluindo 
e a psicologia por sua vez acabou ficando defasada. A partir de então, sentiu-
se a necessidade de ter estudos voltados à psicologia. Em consequência desta 
necessidade, surgiu uma tendência chamada de “corrente experimental”, que 
visa ao estudo focado à psicologia. Esse estudo dominou os séculos XVIII, XIX e 
XX (BERGAMINI, 2005)
A partir de então, se passou a criar laboratórios focados no estudo 
das reações do ser humano. A psicologia experimental, como até então era 
chamada, focava na fisiologia e na biologia, a fim de dividir os componentes 
que influenciavam o comportamento humano em partes. Esse processo era 
realizado a fim de compreender como aconteciam as reações do ser humano. 
(BERGAMINI, 2005).
UNI
A partir de então a psicologia começa a se diferenciar da filosofia para se tornar 
uma ciência.
TÓPICO 1 | HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
11
5 PISICOLOGIA ENQUANTO CIÊNCIA
Para entendermos a psicologia como ciência, primeiro precisamos ter 
uma breve compreensão do que vem a ser a ciência em si. Segundo Aguiar (2005, 
p. 138), “Por ciência, entende- se aqui a forma rigorosa do saber humano, isto é, 
o conjunto de conhecimentos precisos e metodicamente ordenados com relação a 
determinado domínio do saber”. 
Assim, podemos dizer que a ciência está relacionada ao conhecimento do 
ser humano, ou ainda com o estudo da capacidade do ser humano em dominar 
determinados conhecimentos.
Ou ainda, a ciência pode ser definida como:
[...] um processo permanente de conhecimento do mundo, um 
exercício de diálogo entre o pensamento humano e a realidade, em 
todos os seus aspectos. Nesse sentido, tudo o que ocorre com o homem 
é motivo de interesse para a Ciência, que deve aplicar seus princípios 
e métodos para construir respostas (BOCK, FURTADO & TEIXEIRA, 
1999, p. 34).
Como vimos logo no começo desta unidade, Wundt foi um dos primeiros 
estudiosos a realizar experimentos com seres humanos. Seus experimentos eram 
voltados a descobrir como nós, seres humanos, reagimos nas mais diversas 
condições.
Wundt foi um dos primeiros a criar um laboratório específico para 
realizar este tipo específico de experiência. Segundo Bergamini (2005) a pesquisa 
da psicologia na América começou a ser feita por um médico chamado Willian 
James. Wundt deu o pontapé inicial, podemos dizer, para que a psicologia viesse 
a se tornar uma ciência. Até então, durante seus experimentos, a psicologia era 
conhecida como psicofísica.
Wilhelm Wundt (1832-1920), fisiólogo alemão da Universidade de Leipzig 
e pioneiro da Psicologia Experimental, cria o primeiro laboratório para realizar 
experimentos na área de psicofisiologia, fato que pode ser considerado o início da 
psicologia como ciência independente (BARBOSA, 2012).
IMPORTANT
E
Antes de a psicologia vir a ser de fato uma ciência, ela ficou conhecida 
como psicofísica. Isso só foi possível graças aos estudos e experimentos realizados por 
Wilhelm Wundt.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
12
A criação de seu laboratório aconteceu na Alemanha na universidade de 
Leipzig, que como citado anteriormente, tinha como principal função a realização 
de experimentos psicofisiológicos. O fato de Wundt ter criado este laboratório 
e dar início a este estilo de pesquisa, fez com que ele se tornasse conhecido 
como o pai da Psicologia Moderna ou Psicologia Científica (BOCK; FURTADO; 
TEIXEIRA, 1999).
As experiências de Wundt aconteciam da seguinte forma: 
Um exemplo: o experimentador estimulava o sujeito com uma 
picada de agulha e esse fazia o relato introspectivo sobre tamanho, 
intensidade e duração do estímulo, descrevendo o caminho percorrido 
no seu interior, como que descrevendo o processo mental. Wundt 
acreditava que cada processo da mente envolvia simultaneamente 
um processo físico, daí a análise dos estímulos físicos, e um processo 
mental, sensações mentais correspondentes. (BARBOSA, 2012, p. 46)
Ao receber o estímulo, o indivíduo descrevia tudo o que ele sentida a 
partir do estimulo externo, que neste caso era a picada de agulha. Ele descrevia 
como se realizava o processo mental. Por sua vez, Wundt acreditava que todo 
processo mental gerava simultaneamente um processo físico, sendo assim, surge 
a necessidade de analisar os estímulos físicos com os estímulos psicológicos.
 FIGURA 4 - WUNDT EM SEU LABORATÓRIO COM SEUS COLEGASDE TRABALHO
FONTE: <http://catalog.flatworldknowledge.com/bookhub/reader/127?e=stangor-ch01_s02>. 
Acesso em: 1 jun. 2016.
TÓPICO 1 | HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
13
5.1 ESCOLAS DE PENSAMENTO DA PSICOLOGIA
Segundo Bock, Furtado e Teixeira (1999), as três primeiras escolas 
conhecidas na área da psicologia são:
• Funcionalismo, de William James (1842-1910)
• Estruturalismo, de Edward Titchner (1867-1927)
• Associacionismo, de Edward L. Thorndike (1874-1949)
A partir da existência do funcionalismo é que a psicologia começou a ser 
sistematizada. Essa sistematização da psicologia começou nos Estados Unidos e 
acabou por exigir dos demais estudiosos nesta área a mesma sistematização para 
o estudo do ser humano. O funcionalismo procura responder ao que nós seres 
humanos fazemos e porque fazemos as coisas como fazemos. (BOCK; FURTADO; 
TEIXEIRA, 1999).
Um pouco confuso? Vamos simplificar. A partir do estudo do 
comportamento humano, o funcionalismo procura explicar quais são as funções 
mentais dos seres humanos (BERGAMINI, 2005).
IMPORTANT
E
O funcionalismo tenta desvendar para que servem todas as atividades da 
nossa mente.
O estruturalismo parte do mesmo princípio que o funcionalismo, porém 
estuda outro fator da consciência. Como o próprio nome já diz, o objetivo 
principal desta escola é desvendar a estrutura de nossa mente. Esse estudo já teve 
seu início nas experiências de Wundt. No entanto, quem deu nome a esta escola 
foi Titchner. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 1999).
De acordo com Bergamini (2005, p. 46) “Com sua nova forma de pensar, 
os pesquisadores introduzem a anatomia e a fisiologia no domínio da psicologia, 
marca fundamental das pesquisas atuais sobre comportamento”. Assim, nós 
podemos identificar que essa escola procura estudar a estrutura física do nosso 
cérebro, incluindo todos os seus componentes.
Por fim, a terceira escola antes das principais teorias atuais é o 
associacionismo. O associacionismo teve como representante principal Edward 
L. Thorndike que foi responsável por introduzir a aprendizagem no campo 
da psicologia. Para que a aprendizagem aconteça, é preciso que as associações 
aconteçam, sejam elas simples ou mais complexas.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
14
Esta escola afirmava que a aprendizagem só acontecia por meio da 
associação das ideias. Segundo Bock, Furtado & Teixeira, (1999, p. 42), “Assim, 
para aprender um conteúdo complexo, a pessoa precisaria primeiro aprender as 
ideias mais simples, que estariam associadas àquele conteúdo”.
Para compreendermos melhor a diferença entre cada escola, podemos 
observar o esquema de comparação a seguir:
QUADRO 2 - COMPARAÇÃO DAS ESCOLAS DE PSICOLOGIA
Funcionalismo Estruturalismo Associacionismo
Para que e por
que o ser humano 
age das mais
variadas formas.
Estuda a
estrututa da
mente humana.
O processo de
aprendizagem
só acontece por
meio da associação
de ideias.
FONTE: Os autores
O que podemos perceber ao longo da histórica evolutiva da psicologia é 
que ela surgiu com os filósofos, com o objetivo do estudo da alma. No entanto, 
com a chegada de Wundt e seu laboratório de pesquisas, a psicologia deixou de 
ser simplesmente um estudo da alma e passou a ser um estudo científico.
Com isso, a ciência da psicologia procurou entender, digamos assim, a 
psicologia “sem a alma”, com estudos e testes realizados em laboratório a fim 
de entender a parte física da consciência humana. A partir de então, a psicologia 
começa a seguir outros caminhos.
Assim nos afirmam Bock, Furtado e Teixeira, (1999, p. 43), “Se antes a 
Psicologia estava subordinada à Filosofia, a partir daquele século ela passa a ligar-
se a especialidades da Medicina, que assumira, antes da Psicologia, o método 
de investigação das ciências naturais como critério rigoroso de construção do 
conhecimento”.
5.2 PRINCIPAIS TEORIAS DO SÉCULO XX 
Após o surgimento dessas escolas da psicologia e da mudança da 
psicologia da área da filosofia para a área da ciência, no século XX ocorreu outra 
grande mudança na área da psicologia. As três escolas que citamos anteriormente, 
funcionalismo, estruturalismo e associacionismo deixaram de existir.
TÓPICO 1 | HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
15
No lugar dessas escolas surgiram as três teorias de maior relevância na 
história da psicologia. Behaviorismo ou Teoria (S-R), do inglês Stimuli-Respond 
que significa estímulo e resposta, a Gestalt e a Psicanálise. (BOCK; FURTADO; 
TEIXEIRA, 1999).
A palavra behavior quer dizer comportamento em inglês, e foi a partir 
desta ideia que se criou a teoria denominada Behaviorismo. Essa teoria nasceu 
com Jonh Watson a partir da visão funcionalista, escola que vimos no tópico 
anterior. (BARBOSA, 2012)
O Behaviorismo teve seu maior desenvolvimento nos Estados Unidos. 
Segundo Bergamini (2005, p. 49), “Os behavioristas são conhecidos como 
pertencentes à corrente que defende a ligação necessária entre estímulo-resposta, 
na qual ‘dado o estímulo, a psicologia pode prever a resposta e vice-versa’”.
Essa teoria traz a abordagem de que todo o estímulo dado ao nosso 
cérebro tem como consequência algum tipo de resposta. A partir destes estudos 
foi possível prever as respostas ou então a partir das respostas identificar qual foi 
o estímulo realizado.
Gestalt é uma palavra alemã que não possui tradução exata, no entanto, 
alguns estudiosos chamam essa teoria de Psicologia da Forma. De acordo com 
Bock, Furtado e Teixeira (1999), essa é uma das teorias mais coesas de toda a 
história da psicologia.
O objetivo de estudo desta teoria está na compreensão dos processos 
psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, ou seja, quando o estímulo do ambiente 
é percebido de forma diferente do que é realmente. 
NOTA
A palavra ilusão quer dizer o engano dos sentidos, sendo assim, a ilusão de ótica 
significa o engano da visão.
Para os pesquisadores desta teoria, conhecidos como “gestaltistas”, não 
existem respostas ou estímulos isolados, as pessoas se comportam a partir de 
determinada organização, configuração ou forma desses estímulos. Trata-se de 
um processo holístico; de uma visão global de comportamento do ser humano 
(BEGAMINI, 2005).
Para entendermos melhor o que estuda esta teoria Bock, Furtado e Teixeira 
(1999), nos trazem o exemplo do cinema ou ainda de um desenho animado. Os 
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
16
movimentos que vemos na tela é simplesmente uma ilusão de ótica, pois para que 
o desenho seja animado, é necessário que as imagens sejam sobrepostas umas nas 
outras, causando o efeito de movimento. 
E a última das três teorias mais importantes da psicologia para o século 
XX é a psicanálise. O grande personagem da psicanálise é Sigmund Freud. 
A psicanálise nasce com Sigmund Freud (1856-1939), o qual a partir de 
sua prática médica postula o inconsciente como objeto de estudo da ciência. 
Freud e a psicanálise, ao contrário do Behaviorismo, se detém a investigar 
processos obscuros do psiquismo, analisando sonhos, fantasias e esquecimentos 
(BARBOSA, 2012).
Segundo Bock, Furtado e Teixeira (1999), a psicanálise é um termo utilizado 
para definir uma prática profissional, um método de investigação e uma teoria. 
Como teoria, a psicanálise busca caracterizar conhecimentos de forma 
sistêmica para compreender o funcionamento da vida psíquica. Como método de 
investigação, busca encontrar o significado oculto das coisas que se manifestam por 
meio dos sonhos, delírios ou algumas associações feitas por nós seres humanos. 
FIGURA 5 - SIGMUND FREUD
FONTE: <www.alternet.org>. Acesso em: 6 jun. 2016.
Por fim, como prática profissional refere-se à análise, que busca o 
autoconhecimento por meio da análise com o objetivo de cura por si mesmo 
(BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 1999).
Com a última das três teorias principais da psicologia do século XX, 
chegamos ao final do primeiro tópico desta unidade. Vamos dar continuidade 
aos nossos estudos nos próximos tópicos com a psicologia das organizações e a 
psicologia para o marketing, focandono comportamento do consumidor.
17
Neste tópico, você viu:
• O conceito de psicologia.
• Principais filósofos relacionados com o surgimento da psicologia.
• Como a psicologia deixou de ser filosófica para se tornar uma ciência por meio 
das pesquisas de Wundt.
• As principais escolas da psicologia: Funcionalismo, Estruturalismo e 
Associacionismo.
• As principais teorias que vieram a partir do século XX sobre a psicologia: 
Behaviorismo, Gestalt e a Psicanálise.
RESUMO DO TÓPICO 1
18
1 Como vimos nos estudos até aqui, a psicologia percorreu um longo caminho 
até chegar a ser a psicologia que é conhecida hoje. Sua origem foi por meio 
do interesse de grandes filósofos, como Sócrates, em compreender melhor 
o ser humano. Para isso, foi necessário começar a estudar o comportamento 
humano e assim, aos poucos, foram surgindo as escolas de pensamento da 
psicologia. Com relação a essas escolas, analise as sentenças a seguir:
I- O funcionalismo é responsável pela sistematização da psicologia. Com isso, 
foi possível compreender como os seres humanos realizam os processos e 
porque os realizam. Todo esse processo começou na Alemanha.
II- O estruturalismo tem como principal função descobrir o que se passa em 
nossa mente. É o estudo de como funciona o cérebro humano. Esse estudo 
teve origem com Wundt.
III- O associacionismo foi uma escola responsável pela introdução da 
aprendizagem na psicologia. Essa escola de pensamento defendia que o 
aprendizado acontece por meio de associações de ideia.
IV- O estruturalismo procura por estruturar fisicamente o cérebro humano. 
Sendo assim, essa escola de pensamento está baseada em fontes bem 
diferenciadas das outras escolas.
Assinale a alternativa CORRETA:
( ) As sentenças III e IV estão corretas.
( ) As sentenças I e IV estão corretas.
( ) As sentenças II e III estão corretas.
( ) Somente a sentença II está correta.
2 A psicologia vem evoluindo com o passar dos anos, primeiramente, ela não 
era reconhecida como uma ciência, mas como uma outra forma de filosofia. 
Com sua evolução, a psicologia foi se desligando da filosofia e se tornando 
cada vez mais uma ciência. Com todas essas mudanças que aconteceram na 
psicologia, a partir de quando ela passou a ser uma ciência e como foi essa 
transição?
3 Além das escolas de pensamento tradicionais que fizeram com que a 
evolução da psicologia fosse possível, a partir do século XX, novas teorias 
envolvendo a psicologia começaram a surgir. As teorias mais importantes 
deste século foram a Gestalt, Psicanálise e o Behaviorismo. Com relação à 
teoria da Psicanálise, assinale a alternativa CORRETA:
AUTOATIVIDADE
19
( ) Essa teoria também é conhecida como teoria da forma.
( ) A psicanálise defende que toda ação gera uma reação, sendo assim, 
podemos dizer que tudo o que acontece com o ser humano encadeará uma 
reação.
( ) A psicanálise busca explicar como compreendemos a questão da ilusão de 
ótica, pois nem tudo o que vemos é realmente o que é.
( ) A psicanálise tem por objetivo buscar o significado oculto nas coisas, por 
meio de como elas se manifestam, seja por sonhos ou delírios.
20
21
TÓPICO 2
PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior, compreendemos um pouco da história da psicologia. 
De onde ela surgiu, suas raízes e qual é o objetivo principal dos estudos da 
psicologia. Vimos, também, quais foram as figuras principais que marcaram a 
história da psicologia e que são lembradas até hoje por sua importância na história 
da psicologia.
Você já deve ter se perguntado por que as empresas, firmas, fábricas ou 
instituições são chamadas de organizações. Temos um conceito pré-estabelecido de 
organização que, muitas vezes, deixa essa compreensão um pouco confusa.
Vamos explicar melhor porque as empresas são denominadas organizações. 
Veremos também a diferença entre os conceitos de organizar, organização e 
organizações, bem como as diferentes visões das organizações dentro de algumas 
teorias.
Outro tema abordado neste tópico é a psicologia organizacional. Assim como 
a psicologia em sua forma pura busca compreender o comportamento humano, a 
psicologia organizacional busca compreender o comportamento humano dentro 
das organizações.
Para compreender essa vertente do comportamento humano, a psicologia 
organizacional passa por três fases bem marcadas na sua história, sendo a primeira 
a psicologia industrial, durante o período da Revolução Industrial, a psicologia 
organizacional e a psicologia do trabalho. Em cada uma dessas fases o foco 
claramente será o cuidado das pessoas, porém de formas diferentes.
E, por fim, veremos quais são as características, identificadas pela psicologia, 
que fazem com que nós seres humanos nos diferenciemos uns dos outros. Dentre as 
várias características, as principais são: os valores tanto individuais quanto coletivos, 
a percepção, que já vinha sendo apontada na teoria de Gestalt e a inteligência, bem 
como os tipos de inteligência identificados pelo psicólogo Gardner.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
22
2 ÁREAS DE TRABALHO DA PSICOLOGIA
A psicologia, nestes 100 anos de história, foi, aos poucos, ampliando sua 
área de atuação. Hoje podemos ver a atuação de psicólogos além das clínicas 
de terapia. Segundo Bertoldi (2011), os psicólogos estão inseridos em vários 
contextos, com o objetivo de auxiliar e melhorar a qualidade de vida, seja na 
educação ou na vida profissional do ser humano. Souza (2013) elenca sete áreas 
de atuação da psicologia. Segundo ele, essas são as melhores áreas para os 
psicólogos atuarem em termos de oportunidades de trabalho. No entanto, ainda 
existem muitas outras áreas em que a participação do psicólogo é fundamental:
1- Psicologia Clínica 
2- Psicologia Organizacional
3- Psicologia Acadêmica
4- Psicologia Institucional
5- Psicologia Hospitalar 
6- Psicologia Escolar
7- Psicologia Social
No entanto, segundo o Conselho Federal de Psicologia (2006), que 
regulamenta o exercício da profissão de psicólogo, estabelece por meio da 
Concessão e Registro do Título Profissional de Especialista em Psicologia algumas 
especialidades:
I- Psicologia Escolar/Educacional
II- Psicologia Organizacional e do Trabalho
III- Psicologia de Trânsito
IV- Psicologia Jurídica
V- Psicologia do Esporte
VI- Psicologia Clínica
VII- Psicologia Hospitalar
VIII- Psicopedagogia
IX- Psicomotricidade
Para nossos estudos, nesta disciplina, vamos focar na evolução da 
psicologia organizacional. Além das áreas oficiais, a psicologia entra na área do 
consumo, a fim de compreender o que faz o ser humano sentir a necessidade de 
comprar.
Esses estudos da psicologia voltados para essa área é que auxiliam os 
profissionais de marketing das organizações a compreenderem o consumidor. 
Com isso, essas organizações conseguem atender às necessidades e aos desejos 
dos clientes.
Antes de chegarmos na psicologia voltada para o consumo, abordaremos 
a psicologia dentro das organizações e conceituaremos as organizações para o 
nosso estudo.
TÓPICO 2 | PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
23
3 O QUE É UMA ORGANIZAÇÃO?
Você deve estar se perguntando por que estudar o conceito de organização 
se o tema desta disciplina é psicologia do consumo, não é mesmo? Pois bem, 
vamos fazer uma relação bem simples para compreendermos melhor. 
O consumidor é alguém que utiliza produtos ou serviços desenvolvidos 
por alguém. No entanto, é preciso que alguém os desenvolva e os coloque no 
mercado, certo? Assim, para que o consumidor tenha o que consumir, é preciso 
que alguém ou algumas pessoas produzam os itens em questão.
Com isso, podemos dizer que essas pessoas formam uma organização, 
empresa que desenvolve, produz e coloca no mercado os produtos e serviços que 
satisfaçam as necessidades dos clientes e dos consumidores. Praticamente, todos 
os bens de consumo são resultado de ações coletivas que são organizadas dentro 
de organizações de negócio (CHILD, 2012).
Child (2012) ainda faz uma diferenciação entreorganizar, organização e 
organizações, como podemos ver no quadro a seguir: 
 QUADRO 3 – DIFERENÇA ENTRE OS CONCEITOS.
Ordenar os 
esforços coletivos
para o alcance
dos objetivos.
Grupos ou sistemas 
organizados.
Forma de organizar.
A ação de organizar.
Organizar Organização
Organizações
FONTE: Adaptado de Child (2012)
Com certeza, você já ouviu falar de organizações. Mas a palavra organização 
pode ser aplicada em significados diferentes. O que irá mudar para estabelecer o 
conceito de organização é o contexto no qual a palavra está empregada. 
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
24
Provavelmente, ao ler o título deste subtópico, além de remeter a 
organizações como empresa, você deve ter relacionado a palavra com o significado 
de organizar determinados ambientes ou trabalhos. Essa relação não está errada. 
No entanto, as organizações em questão neste estudo serão as organizações no 
seu sentido de empresa e indústria.
Vamos ver a seguir quais são os conceitos encontrados na literatura 
sobre organização. Segundo o dicionário Michaelis on-line, organização é o “ato 
ou efeito de organizar, é a forma como alguma coisa está disposta para que 
funcione”. A definição disponibilizada pelo dicionário é a definição básica que 
temos em mente, é o que nós relacionamos de imediato quando vemos a palavra 
organização.
No entanto, alguns autores têm uma visão diferenciada de organização. 
Para Zanelli, Andrade e Bastos (2014), o termo organizar está vinculado a três 
significados principais:
a) Constituir o organismo de algo; estabelecer as bases de algo; ordenar, arranjar, 
dispor;
b) Dar às partes de disposição necessária para as funções a que ele se destina; 
c) Tornar uma organização definitiva; constituir-se, formar-se.
Assim, a palavra organização é utilizada tanto para ações de construção 
de algo como para descrever características ou qualidade de algo construído.
NOTA
A palavra organização pode tanto descrever uma ação como pode também 
caracterizar algo. Ex.: organização = empresa ou indústria.
Fato é que para que tudo funcione corretamente, em qualquer lugar, é 
necessário o mínimo de organização. As empresas precisam ser organizadas para 
que tudo funcione da melhor maneira possível. Caso contrário, fica praticamente 
inviável alcançar qualquer objetivo. A partir de então, podemos identificar por 
que as empresas são denominadas organizações.
Se mais pessoas além de um pequeno grupo estão envolvidas e se a 
atividade organizada e contínua, alguma forma de hierarquia surge 
naturalmente, de tal forma que uma ou mais pessoas assumem 
a liderança, formulando instruções, coordenando e controlando 
os resultados. Juntas, essas manifestações do ato de administrar 
normalmente são chamadas de organização, como na expressão “a 
organização da companhia XYZ”. (CHILD, 2012, p. 4).
TÓPICO 2 | PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
25
No entanto, o conceito de organização ou organizações tem percepções 
específicas. Segundo Zanelli, Andrade e Bastos (2014), a organização pode ser 
definida por meio de três perspectivas diferentes, sendo elas sistemas racionais, 
sistemas naturais e sistemas abertos.
Na perspectiva dos sistemas naturais, as organizações são formadas por 
pessoas que trabalham em grupo para o alcance dos objetivos em comum, ou 
seja, a organização é formada por uma coletividade. Essa coletividade é formal 
com regras e determinam o comportamento das pessoas nela inseridas. 
A partir dessas ideias existem algumas teorias que veem a organização 
como um sistema racional. Vejamos as teorias a seguir:
QUADRO 4 - TEORIAS DO SISTEMA RACIONAL
Teoria da Administração Científica
Teoria Administrativa
Teoria da Burocracia
Teoria do Comportamento Administrativo
• Teoria essa formada por Taylor, defende que as pessoas precisam trabalhar 
de forma organizada com descrição clara de suas tarefas e no ritmo adequado.
• Teoria de Fayol que defende a disposição do trabalho de forma ordenada e 
 com uma hierarquia a ser seguida.
• Simon, desenvolvedor desta teoria, defende que dentro das organizações 
 os objetivos estejam especifícadas e que haja formalização nos processos.
• Teoria elaborada por Max Weber, salienta que nas organizações é necessário que 
exista divisão de trabalho, hierarquia entre os setores, regras que determinam 
o desempenho, seleção de pessoas qualificadas e emprego visto como carreira.
FONTE: ZANELLI, C. J.; ANDRADE J. E. B.; BASTOS, A. V. B. (2014)
Com o quadro acima, podemos identificar quais teorias defendem as 
organizações que funcionam como um sistema racional.
Na visão do sistema natural, as organizações funcionam em sintonia com 
a sociedade na qual estão inseridas e compartilham caraterísticas em comum 
com a sociedade. Seguem esse modelo de sistema para explicar as organizações a 
escola das relações humanas e a teoria de sistemas corporativos.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
26
Já na percepção das organizações como sistemas abertos, as organizações 
não funcionam de forma fechada. Elas precisam interagir com o mundo externo 
para que possam sobreviver. As organizações precisam de fluxo de pessoas de 
informações e de recursos para que possam funcionar. Sendo assim, a teoria que 
se encaixa neste sistema é a teoria Contingencial (ZANELLI et al., 2014).
Bem, agora que conseguimos compreender um pouco mais sobre 
organização, vamos ver no tópico a seguir como as organizações e a psicologia se 
cruzam. Veremos como funciona a psicologia organizacional e sua importância 
dentro das organizações.
4 PSICOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES
Após as evoluções pelas quais a psicologia passou, o objetivo principal da 
psicologia é o estudo do comportamento humano. Vimos, no Tópico 1 desta unidade, 
que a história da psicologia vem de longa data, mesmo ela sendo considerada uma 
ciência relativamente nova. Agora que já sabemos o que é psicologia e o que são as 
organizações veremos qual é a relação entre essas duas áreas. 
Como vimos no primeiro tópico, a psicologia é a ciência que estuda o 
comportamento humano, suas emoções e motivações. No entanto, ela pode ser 
dividida em várias especializações: psicologia como ciência, com foco nas teorias 
que a formam ou então pode ser uma ciência aplicada, ou, ainda, psicologia 
aplicada (SPECTOR, 2010).
Ainda de acordo com o autor, a psicologia dentro das organizações pode 
apresentar duas divisões principais. Pode ser industrial com foco nos recursos 
humanos das organizações ou organizacional, focando na empresa como um todo.
Segundo Bertoldi (2011), a psicologia organizacional e do trabalho 
surgiu a partir da Revolução Industrial em meados do século XIX, com o 
objetivo de encontrar pessoas adequadas para os novos postos de trabalho 
que estavam surgindo.
A autora também explica que com a Revolução Industrial os trabalhos 
deixaram de ser manuais e com isso surgiu uma nova lógica de trabalho, com 
horários preestabelecidos e instrumentos de trabalhos mais sofisticados. Assim, 
era necessário mudar a forma como selecionar trabalhadores para esse novo perfil 
de trabalho que surgia a partir de então.
As condições de trabalho com a Revolução Industrial não eram as 
melhores. Na época, as pessoas trabalhavam muitas horas por dia sem ter sequer 
as condições básicas para a realização de suas atividades. Tendo em vista melhorar 
as condições de trabalho naquela época, várias pesquisas foram surgindo com 
esse objetivo.
TÓPICO 2 | PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
27
Uma das pesquisas mais conhecidas neste campo foi realizada por Elton 
Mayo, por volta do ano de 1920. Suas investigações foram realizadas na empresa 
Western Electric Company, com o objetivo de identificar se as condições de trabalho 
influenciavam na reação dos funcionários. Essa pesquisa ficou mundialmente 
conhecida como estudos de Hawthorne (ZANELLI et al., 2014).
DICAS
Para saber mais detalhes sobre a pesquisa de Hawthorne realizada por Elton Mayo, 
acesse o site disponível em: <http://www5.fgv.br/ctae/publicacoes/Ning/Publicacoes/00-Artigos/JogoDeEmpresas/Karoshi/glossario/ESTUDOS.html>.
Com todas as mudanças que foram acontecendo naquela época no campo 
organizacional e do trabalho, a necessidade de olhar para o trabalhador de forma 
diferenciada foi evoluindo. Se compararmos as condições de trabalho daquela 
época, por volta do século XIX, com as condições de trabalho nos dias de hoje 
certamente veremos grandes diferenças.
FIGURA 6 - CONDIÇÕES DE TRABALHO: PASSADO X PRESENTE
FONTE: Revolução Industrial: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_de_montagem#/media/
File:Ford_assembly_line_-_1913.jpg>. Dias de hoje: <http://motordream.uol.com.br/noticias/
ver/2012/05/11/mercedes-benz-reinaugura-fabrica-de-juiz-de-fora-para-a-producao-de-
caminhoes>. Acesso em: 18 jun.16.
Revolução Industrial Dias de Hoje
No entanto, essas mudanças não aconteceram de forma imediata. Para 
que chegássemos às organizações que temos nos dias de hoje, a psicologia passou 
por três fases bem marcadas na história.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
28
A primeira fase da psicologia organizacional é conhecida como Psicologia 
Industrial. Nesta fase, a preocupação maior era conseguir alocar o homem no 
ambiente de trabalho, onde ele viesse a gerar mais resultado para a organização. 
O período desta fase foi por volta de 1924 até o ano de 1970. 
Para que a alocação dos trabalhadores se desse da forma mais correta 
possível era necessária a realização de testes que pudessem identificar qual seria 
o melhor local para cada trabalhador desempenhar suas funções. Isso tudo com o 
objetivo de ampliar a lucratividade da organização (BERTOLDI, 2011).
Ainda para esse período encontramos outra característica:
A parte industrial, que originalmente denominou o campo, é a mais 
antiga e busca gerenciar a eficiência organizacional por meio do uso 
apropriado dos recursos humanos. Ela se preocupa com questões de 
eficiência no projeto de tarefas, seleção e treinamento de funcionários 
e avaliação de desempenho (SPECTOR, 2010, p. 13).
O período da segunda fase compreende os anos de 1970 a 1990. Neste 
período começaram as preocupações com a organização como um todo. 
Incluindo as questões de como o clima e a cultura organizacional podem afetar 
o desempenho dos trabalhadores. Assim, o trabalhador deixa de ser visto como 
apenas um mero trabalhador e passa a ser visto como um indivíduo que faz parte 
da organização (BERTOLDI, 2011).
Ainda sobre a fase da psicologia organizacional, como foi denominado 
esse período, podemos identificar que:
A parte organizacional se desenvolveu a partir do movimento de 
relações humanas nas organizações. Seu foco no funcionário como 
indivíduo é maior do que o existente na parte industrial. Ela se 
preocupa em compreender o comportamento individual e aumentar 
o bem-estar dos funcionários no ambiente de trabalho (SPECTOR, 
2010, p. 8).
A terceira fase compreende os anos de 1990 em até os dias de hoje. Essa 
fase ficou conhecida como Psicologia Organizacional e do Trabalho. A partir de 
então, a preocupação com os funcionários ficou ainda maior. O foco passou a ser 
o bem-estar do trabalhador em seu local de trabalho (ZANELLI et al., 2014).
Segundo Bertoldi (2011, p. 27) a psicologia do trabalho: 
Passa a se ocupar da saúde e do bem-estar do trabalhador e de questões 
como ergonomia, abriu a discussão de temas como poder e conflitos. 
Direciona-se ao estudo e à compreensão do trabalho humano em todos 
os seus significados e manifestações. 
TÓPICO 2 | PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
29
Com isso, passa-se compreender que o bem-estar dos funcionários pode 
influenciar no desenvolvimento de suas atividades.
No quadro a seguir, podemos compreender melhor quais são as diferenças 
entre cada um desses períodos que envolvem a psicologia nas organizações.
QUADRO 5 - COMPARAÇÃO DAS FASES DA PSICOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES
FONTE: Bertoldi (2011) 
Em todas as fases apresentadas acima, o foco da psicologia é compreender 
o ser humano em sua atuação dentro das organizações. Podemos observar 
que esse é um tema relativamente novo. Assim como há alguns anos surgiu o 
interesse pelo estudo do comportamento das pessoas dentro das organizações, 
há um interesse de as orgaizações compreenderem como as pessoas de fora das 
organizações se comportam em relação a ela.
Para que compreendermos esse comportamento? Essa resposta veremos 
aos longo dos estudos desta disciplina.
Para começarmos a responder à pergunta citada, vamos estudar quais são 
as principais diferenças individuais do ser humano. Essa é o ponto de partida 
para compreendermos o comportamento do consumidor.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
30
5 DIFERENÇAS INDIVIDUAIS DO SER HUMANO
O ser humano é um ser que não sabe viver sozinho. As pessoas não são 
iguais e agem de forma diferente, e no decorrer de nossa vida precisamos saber 
lidar com essas diferenças comportamentais do ser humano. Para a psicologia, 
existem alguns processos básicos que diferenciam as pessoas umas das outras 
que são os valores de cada indivíduo, a percepção que cada um tem sobre vários 
aspectos e a inteligência.
5.1 VALORES 
Quando ouvimos falar de valores, uma das ideias que vem em nossa 
mente é a ideia de precificação das coisas. O valor monetário que encontramos ao 
comprarmos algum produto ou solicitar algum serviço. No entanto, o conceito de 
valor pode variar dependendo do contexto onde está inserido.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 
(2010), a expressão valores é utilizada em vários contextos e com muita frequência. 
As expressões relacionadas com valores que mais ouvimos são: valores éticos, 
valores morais, falta de valores no meio político. No entanto, você já parou para 
pensar o que realmente significam esses “valores”? 
O que podemos afirmar com relação à definição de valores é que a palavra 
é muito utilizada, porém se torna difícil estabelecermos um conceito diante de 
tantas aplicações diferentes. O valor pode sim ser o valor monetário atribuído a 
objetos, roupas ou demais itens a serem vendidos. No entanto, valores também 
podem ser considerados como características individuais do ser humano ou de 
um grupo, ou ainda pode ser a concepção de um desejo que pode estar implícito 
ou explícito (VIANA, 2007).
Para ficar mais claro o que são valores, Bertoldi (2011, p. 36), explica que:
Valores são basicamente convicções das pessoas sobre o que é certo ou 
errado. Variam de um grupo para outro, inclusive entre grupos dentro 
de uma organização e perpassam as relações interpessoais. Servem de 
guia de conduta, ou seja, orientam o comportamento das pessoas. 
IMPORTANT
E
Os valores são a concepção individual de cada um sobre o certo e o errado e 
que ainda podem variar de pessoa para pessoa.
TÓPICO 2 | PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
31
Em função de os valores variarem de pessoa para pessoa é que não 
possuímos um único valor. O grande desafio da convivência em grupo é lidar 
com as diferenças e falta de valores que encontramos na sociedade.
Além dos valores pessoais e individuais, também encontramos os valores 
organizacionais e os valores das organizações de trabalho no qual estamos 
inseridos. Valores esses que muitas vezes não condizem com os nossos e em 
função disso o resultado é o descontentamento das pessoas no local de trabalho.
Assim nos explica o Programa das nações unidas para o desenvolvimento 
(2010), que os valores institucionais ou organizacionais diferem de valores 
pessoais e sociais porque não são intrapsíquicos, isto é, não são propriedade 
da psique dos indivíduos. Em vez disso, são conhecidos por meio de metas, de 
normas e de culturas estabelecidas dentro das instituições ou organizações.
Os valores são algo abstrato, algo que não vemos e que normalmente não 
são ditos. Podemos perceber os valores individuais pelas ações e atitudes. E como 
já dito anteriormente, os valores individuais são a concepção que cada um tem do 
que é certo ou errado.
5.2 PERCEPÇÃO
A percepção está diretamente ligada à teoriada psicologia do século XX, 
a teoria Gestalt que conhecemos no tópico anterior. Essa teoria trabalha com a 
visão de que nós seres humanos temos do mundo e que por muitas vezes não é 
exatamente o que representa, ou seja, é a nossa percepção sobre as coisas a partir 
dos conhecimentos preestabelecidos ao longo da vida.
O fenômeno da percepção humana consiste em receber, elaborar e 
interpretar as informações que chegam até nós por meio dos sentidos. Por esse 
motivo é difícil separarmos a percepção da emoção.
A percepção, por outro lado, refere-se ao produto dos processos 
psicológicos nos quais significado, relações, contexto, julgamento, 
experiência passada e memória desempenham um papel. De acordo 
com essa distinção entre sensação e percepção, nossos olhos podem 
registrar a princípio uma série transitória de imagens coloridas em 
uma tela de TV (ou seja, o trabalho da sensação), mas aquilo que vemos 
ou percebemos na tela é uma representação de eventos visuais, com 
pessoas e objetos interagindo espacialmente de maneira significativa 
(SCHIFFMAN, 2005, p. 43).
Para compreendermos melhor o efeito da percepção e os estudos de 
Gestalt, observe as figuras a seguir:
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
32
FIGURA 7 - O QUE CONSEGUIMOS ENXERGAR?
FONTE: <http://mnunesponte.blogspot.com.br/2013/11/teoria-da-gestalt.html> Acesso em: 
19 jun. 2016.
Podemos interpretar cada uma das figuras de duas formas. Na primeira 
imagem, muitas pessoas podem ter enxergado primeiramente o vazo de flor no 
centro da imagem, já outras pessoas podem ter percebido o contorno de duas 
faces, um do lado direito e outro do lado esquerdo, ou ainda, pode haver pessoas 
que conseguirão perceber somente um dos desenhos em cada imagem.
Na segunda imagem, podemos perceber dois astronautas e logo ao fundo 
o planeta terra. Também é possível perceber o desenho de uma caveira. Isso tudo 
pode variar, dependendo do conhecimento de vida que cada pessoa tem. Com 
isso, a percepção que temos é que cada imagem pode mudar.
5.3 INTELIGÊNCIA
A palavra inteligência tem sua origem na junção de duas palavras: 
inter que significa entre e eligere que significa escolher. Assim, o significado de 
inteligência condiz com a capacidade que nosso cérebro tem de compreendermos 
as coisas no seu sentido mais profundo e escolher o melhor caminho para isso 
(ANTUNES, 1998). 
Um ser que contém inteligência não é somente aquele que tem a capacidade 
de ter boas ideias e sim aquele que tem a capacidade de aplicar as ideias que lhes 
surgem. Podemos compreender como inteligência as características de cunho 
intelectual do ser humano. A capacidade que temos de conhecer, compreender, 
raciocinar e interpretar (CUNHA, 2000).
Para que um ser humano seja reconhecido como sendo cada vez mais 
inteligente, ele deve ter a capacidade de, segundo Cunha (2000):
TÓPICO 2 | PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
33
a) Compreender as mais variadas situações de forma fácil e mais rápida.
b) Relacionar ideias. 
c) Demonstrar ideias espontâneas de forma completa e consistente auxilia no 
desenvolvimento da inteligência. 
d) Melhorar seu raciocínio lógico.
e) Se adaptar às exigências das situações mais adversas.
Todos esses fatores citados são formas pelas quais o ser humano é 
considerado detentor de inteligência.
Com relação à inteligência, o psicólogo Howard Gardner teve seus estudos 
direcionados a compreender o pensamento humano. Com isso, identificou as 
inteligências múltiplas divididas em: linguística, lógico-matemática, espacial, 
musical, sinestésica, naturalista, interpessoal e intrapessoal (GARDNER, 1995 
apud BERTOLDI, 2011).
A seguir podemos compreender melhor o que cada uma dessas 
inteligências corresponde.
QUADRO 6 - INTELIGÊNCIAS MÚLTIPAS DE GARDNER
Inteligência Espacial • Habilidade para perceber o mundo como um todo e recriar a realizada visual.
• Compreende a capacidade de utilizar o corpo
 com o objetivo de expressar a arte e o esporte.
• É a habilidade de responder adequadamente
 às reações das outras pessoas.
• A capacidade de utilizar a língua para se
 expressar. Ex.: oradores, comunicadores.
• Capacidade de se expressar por meio de sons
 com a utilização de instrumentos musicais.
• É a habilidade para lidar com séries e raciocínios 
 para reconhecer e resolver problemas.
• É a capacidade de autoconhecimento e saber 
 lidar com suas próprias emoções.
• É a capacidade de compreender os fenômenos
 naturais, climáticos, astronômicos, físicos e químicos.
Inteligência Sinestésica
Inteligência Interpessoal
Inteligência Linguística
Inteligência Musical
Inteligência Intrapessoal
Inteligência Naturalista
Inteligência Lógico-Matemática
FONTE: Bertoldi (2011)
Com a identificação e definição das inteligências identificadas por Gardner, 
chegamos ao fim do Tópico 2 desta unidade. No próximo tópico, veremos como 
a psicologia começa a auxiliar o setor de marketing das organizações e como o 
comportamento humano passa ser estudado pelas empresas para compreender 
esse comportamento na forma do comportamento do consumidor.
34
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu:
• Que o conceito de organização que primeiro vem em mente é o ato de ordenar 
as coisas, porém dependendo do contexto pode ter um significado diferenciado.
• A diferença entre organizar, organização e organizações.
• As diferentes visões de organização em função das mais diversas teorias 
administrativas.
• Como a psicologia entra no universo organizacional.
• As várias áreas que podemos encontrar a psicologia, atuando além da psicologia 
clínica.
• As fases que a psicologia organizacional passou e evoluiu para chegar no 
formato que temos hoje.
• As principais características que fazem com que as pessoas se diferenciem 
umas das outras na perspectiva da psicologia.
• As principais características são: valores, percepção e inteligência.
35
1 Quando pensamos em organizações e organização nos remetemos ao 
mesmo significado. No entanto, dependendo do contexto, essas duas 
palavras podem apresentar sentidos um pouco diferentes. Além delas, 
ainda temos a palavra organizar que diferentemente das duas primeiras 
terá sempre o mesmo sentido, seja qual for sua aplicação. Com relação à 
aplicação das palavras organização, organizar e organizações, classifique V 
para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) Organização consiste em ordenar os trabalhos para o alcance dos objetivos.
( ) Organizações podem ser grupos ou sistemas que se apresentam de forma 
organizada.
( ) Organizar consiste em estruturar os esforços de um grupo para que os 
objetivos sejam alcançados.
( ) Organizações é a ação de organizar.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) F – V – V – F.
( ) F – V – F – V.
( ) V – F – V – F.
( ) V – F – F – V.
2 A psicologia ao longo da sua história foi evoluindo. Em seu início, a psicologia 
fazia parte da filosofia, após anos de estudos e devido às pesquisas de 
Wundt, a psicologia passou a ser reconhecida como ciência. E ainda em anos 
mais recentes começou-se a pensar no estudo do comportamento humano 
dentro das organizações. A psicologia voltada para as organizações passou 
por algumas fases: da psicologia industrial para a psicologia organizacional. 
Assim, disserte sobre a psicologia organizacional.
3 A pós a Revolução Industrial, a psicologia continuou evoluindo. A psicologia 
passou por três fases: psicologia industrial, psicologia organizacional e do 
trabalho e psicologia do trabalho. Com relação à psicologia do trabalho, 
analise as sentenças a seguir:
I- Nesta fase da psicologia tudo o que diz respeito às organizações estava 
diretamente relacionado com o RH.
II- Foi nessa fase da psicologia que começaram as relações humanas no 
trabalho.
III- A partir desta fase começou a discussão sobre a qualidade de vida do 
trabalhador.
IV- Nesta fase, começou-se a prestar a atenção na saúde e bem-estar do 
trabalhador.
AUTOATIVIDADE
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Assinale a alternativa

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