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PROVAS NO DIREITO PROCESSUAL CIVIL DEPOIMENTO PESSOAL E CONFISSÃO DIREITO PROCESSUAL CIVIL II PROVAS ART. 332 A 443 CPC CONCEITO, DESTINATÁRIO E FINALIDADE No processo civil, o termo prova é utilizado para designar um meio pelo qual a parte tenta convencer o magistrado da sua versão dos fatos. Podendo ser uma atividade ou instrumento onde a parte comprova os fatos. O juiz é o destinatário das provas, que tem como finalidade a formação da convicção daquele, trazendo o fato da causa como um objeto. FATOS QUE NÃO DEPENDEM DE PROVA - ART 374 CPC FATOS INCONTROVERSOS FATOS NOTÓRIOS FATOS QUE POSSUAM PRESUNÇÃO LEGAL DE EXISTÊNCIA OU VERACIDADE FATOS AFIRMADOS POR UMA PARTE E CONFESSADOS PELA OUTRA PARTE O ÔNUS DA PROVA ART. 373 CPC O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Em suma, o ônus da prova, em regra, cabe a quem alega determinado fato. Isso vale não apenas para as partes, mas para todos aqueles que intervenham no processo INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA ART 373 §1º Poderá haver modificação da regra natural de distribuição dos ônus probatório. A isso, então, dá-se o nome de distribuição dinâmica / inversa do ônus da prova, possível nas seguintes situações: PRINCÍPIOS DAS PROVAS LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO ORALIDADE COMUNHÃO DA PROVA CONTRADITÓRIO AUTORRESPONSABILIDADE DAS PARTES IMEDIATIVIDADE ESPÉCIES DE PROVAS As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz (art. 369 CPC). ATA NOTARIAL – ART. 384 PROVA DOCUMENTAL – ART. 405 A 429 DEPOIMENTO PESSOAL – ART. 385 A 388 PROVA TESTEMUNHAL – ART. 442 A 449 CONFISSÃO – ART. 389 A 395 PROVA PERICIAL – ART. 464 A 480 EXIBIÇÃO DE DOCTO OU COISA – ART. 396 A 403INSPEÇÃO JUDICIAL – ART. 481 A 484 DEPOIMENTO PESSOAL CONCEITO Depoimento pessoal é o meio de prova pelo qual o juiz interroga a parte, com vistas ao esclarecimento de certos pontos controvertidos da demanda, ou mesmo para obter a confissão. PROCEDIMENTO O depoimento pessoal pode ser requerido pelas partes ou determinado de ofício pelo juiz (art. 385, CPC/2015).Se é intimada e a parte não comparecer ela pode sofrer uma pena de confesso, e se caso ele se recuse a responder os fatos alegados pela parte contrária vão ser presumido como verdadeiros (ART.385 parágrafo 1.°). DEPOIMENTO PESSOAL Com relação às pessoas que não estão obrigadas a depor, o Novo Código amplia as hipóteses de exclusão. Veja: Art. 388. A parte não é obrigada a depor sobre fatos: I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados; II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo; III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível; IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III. Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família. CONFISSÃO É quando a parte admite a verdade de um fato contrário ao seu interesse e favorável a outra parte. A confissão não acarreta necessariamente julgamento em seu favor, pois é apenas mais um elemento para a convicção do juiz. Não prejudica terceiros. A confissão se verificará nos autos via prova documental ou oral. Pode ser realizada de forma judicial ou extrajudicial. A judicial pode ser expressa (real) ou tácita (ficta ou presumida). EFICÁCIA DA CONFISSÃO A CAPACIDADE PLENA A MANIFESTAÇÃO DE VONTADE NÃO PODE TER VÍCIOS A DISPONIBILIDADE DO DIREITO A INEXIGIBILIDADE DE FORMA ESPECIAL PARA VALIDADE DO ATO JURÍDICO A confissão é indivisível, em regra nos termos do art. 395, ou seja, não se pode fracionar em pontos que convierem para qualquer das partes. Tem-se por exceção a hipótese de cisão quando o fato confessado trouxer consigo novos fatos, capazes de servir de base para reconvenção ou ainda fato impeditivo, modificativo ou extintivo de direitos. AFINAL, PORQUE AS PROVAS SÃO IMPORTANTES? Sem a prova, não reúne o juiz condições de convencimento diante das alegações de autor e réu, devendo desconsiderá-las, ressalvadas exceções legais em que a prova está dispensada. NATUREZA JURÍDICA DAS PROVAS PROCESSUAL Porque destina-se a produzir efeitos em juízo quando o direito não é cumprido. MATERIAL E PROCESSUAL Direito material no momento em que disciplina o fato a ser provado, o objeto da prova. Direito processual quando determina a validade dessa prova, o ônus, o procedimento. Tem alcance genérico e não se limitam ao processo. CONSTITUCIONAL A prova tem seu objeto na verdade, possui como finalidade imediata permitir a garantia plena ao acesso a justiça. Esse instituto é cercado pela ordem constitucional competindo ao direito material e processual regular apenas as formas e procedimentos pelos quais poderá se realizar. HIERARQUIA DE PROVAS EXISTE HIERARQUIA DE PROVAS NO SISTEMA PROCESSUAL BRASILEIRO? COMO DEVE O JUIZ PROCEDER QUANDO HOUVER CONTRADIÇÃO ENTRE CONTEÚDO DE PROVAS DE ESPÉCIES DIFERENTES, OU AINDA, ENTRE PROVAS DA MESMA ESPÉCIE? Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento. HIERARQUIA DE PROVAS “SISTEMA DE LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO”, MAS... a) Fica condicionado às alegações das partes e às provas dos autos; b) Tem que observar os critérios legais sobre provas e sua validade não pode ser desprezada pelo juiz; c) O juiz fico adstrito às regras de experiência, quando faltam normas legais sobre as provas; d) As sentenças devem ser sempre fundamentadas, o que impede julgamentos arbitrários ou divorciados da prova dos autos. DEPOIMENTO PESSOAL X CONFISSÃO DEPOIMENTO PESSOAL CONFISSÃO Pode ser judicial ou extrajudicial. A judicial pode ser espontânea (apresentada pela parte fora do depoimento pessoal) ou provocada (apresentada em depoimento pessoal). A confissão provocada poderá ser real (quando advém das respostas as perguntas realizadas no depoimento pessoal) ou ficta (quando resultado da omissão da parte). Para alguns doutrinadores a confissão é o resultado do meio de prova depoimento pessoal. É uma declaração unilateral da parte. A confissão é espécie de negócio jurídico, podendo ser anulada por erro de fato ou coação. (Art. 393 CPC) Não gera por si só a extinção do processo com resolução do mérito, é apenas um elemento para que o juiz forme sua convicção em relação a lide Deve ser requerido pela outra parte Pena de confesso Quando a parte intimada a depor (art. 385 § 1º e art. 386) não comparecer ou se recusar a falar Proibição de assistir o depoimento É vedado a quem ainda não depôs, da outra parte (art. 385 § 2º) assistir ao interrogatório da outra parte interrogatório da outra parte Escritos utilizados para parte depor A pasrte não pode utilizar escritos (art. 387) anteriormente preparados Escusa de depor - Art. 388 É obrigada quando tratar de ações de estado e de família. É um instrumento por meio do qual as partes alcançam informações a respeito de fatos relevantes para o processo. Requerimento (art. 385)
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