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QUESTIONARIO UNIDADE II - FENOMENOLOGIA - UNIP

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 
Jornal Folha da Região de Araçatuba, 28 de agosto de 2010, 
Caderno Vida, página D3, Astrologia. 
Sagitário (22/11 a 21/12) – Quanto dura um momento? Não se pode medi-lo em tempo 
cronológico, mas em experiências que o integrem. O mesmo tempo cronológico de uma tortura e 
de um beijo apaixonado é experimentado de forma diferente. 
Verificando os dizeres astrológicos e baseando-se no pensamento fenomenológico existencial de 
Heidegger sobre o “tempo”, está incorreto afirmar que: 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
O tempo não é outra coisa para o Dasein a não ser uma sucessão de 
agoras. 
 
 Pergunta 2 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Leia o trecho da notícia a seguir, retirada do canal de notícias R7 
(http://noticias.r7.com/), sobre os desabamentos em Petrópolis (RJ), em 2011: 
“Psicólogos dizem que vítimas da tragédia precisam reconstruir identidades 
Perdas inesperadas de parentes e bens pessoais causam transtornos e traumas 
(Monique Cardone, do R7, e Gabriela Pacheco, do R7, em Petrópolis, 2011) 
“’Qualquer barulho lembra aquela noite’. Essa é a sensação do pedreiro Luiz Cláudio 
Ramos Fonseca, que perdeu a casa onde morava na região conhecida como Buraco do 
Sapo, em Itaipava, distrito de Petrópolis, uma das cidades da região serrana do Rio de 
Janeiro mais atingidas pelo temporal do último dia 11. De acordo com os psicólogos, esse 
tipo de trauma é comum após experiências em situações de desastre, como os 
deslizamentos e enchentes na serra, que deixaram centenas de mortos e milhares de 
desabrigados e desalojados. 
Segundo o psicólogo Othon Vieira Neto, especialista em emergência e crise, as pessoas 
que sobreviveram a tragédias como essas têm perdas rápidas e inesperadas de familiares 
e bens pessoais. 
– Cada amigo, parente e até objetos fazem parte da história das pessoas. Quando elas 
perdem tudo, é como se tivessem perdido a identidade. 
De acordo com Neto, em relação aos pertences, não são os objetos caros que fazem mais 
falta. 
– As pessoas se emocionavam mais com a perda dos álbuns de fotos do que qualquer 
outra coisa simples. E isso não dá para recuperar e nem comprar de novo, como uma 
televisão ou um sofá. [...] 
Para a psicóloga Patrícia Adnet, o maior desafio dos profissionais de saúde que vão 
trabalhar junto com as vítimas é mostrar o sentido de viver novamente após o trauma. 
– O psicólogo vai ter que ouvir o desabafo, o choro e acolher esses moradores. Eles vão 
intervir no sentido de ajudar a construir uma nova identidade porque muitos não querem 
mais viver porque eles até entendem que podem recuperar a casa, mas não a família que 
morreu.” 
Fonte: http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/psicologos-dizem-que-vitimas-da-
tragedia-precisam-reconstruir-identidades-20110122.html 
Critelli (2012) se refere à importância da capacidade de narrar os acontecimentos, pois 
essa narrativa forma o senso comum, suporte da sensação de realidade. Para a autora, se 
a realidade for caótica, torna-se insuportável e a reação mais comum é de recusá-la. “Um 
mundo que não puder ser narrado não pode ser habitado.” (p. 33) As tragédias são um 
modo possível de abalar a sensação de realidade. Nesse contexto, está correto afirmar: 
I – Os eventos da vida precisam ser arranjados numa história para lidarmos com eles. Os 
nexos que os articulam fundam sua compreensibilidade, ao mesmo tempo em que 
indicam a identidade daquele para quem esses eventos são significativos. 
II – A matéria apresenta a situação de pessoas que perderam a noção da realidade, por 
 
estarem incapazes de articular o ocorrido num nexo de sentido. 
III – Segundo a psicóloga Patrícia Adnet, o maior desafio dos psicólogos é “mostrar o 
sentido de viver após o trauma”. Ou seja, é acompanhar as pessoas cuja realidade ruiu no 
desvelamento de sentido para esse acontecimento em suas biografias, abrindo-se para o 
futuro possível, que é condição humana. 
IV – A psicologia fenomenológica existencial, por compreender que desastres abalam a 
existência das pessoas, pode explicar a elas que essa situação logo passará e que, como a 
existência é abertura para o futuro, em breve retomarão suas vidas. 
Estão corretas apenas: 
Resposta Selecionada: d. 
I, II e III. 
 
 
 Pergunta 3 
0,3 em 0,3 pontos 
 
A experiência da angústia tem destaque na fenomenologia de Heidegger, pois ela 
possibilita uma visão clara da condição existencial. A respeito dessa experiência no 
contexto fenomenológico-existencial está correto afirmar: 
I – Na angústia, o ente intramundano desaba, não sendo mais relevante e 
significante. 
II – A angústia é precisamente a experiência do ser-no-mundo enquanto tal, do 
próprio mundo. 
III – Temor e angústia são diferentes, pois a angústia é “de” alguma coisa e o temor é 
temor diante do nada. 
Apresenta(m) corretamente as ideias de Heidegger acerca do modo de ser da 
angústia somente a(s) afirmativa(s): 
 
Resposta Selecionada: d. 
I e II. 
 
 
 Pergunta 4 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Segundo Dastur e Cabestan (2015, p. 64), 
“É na crítica ao psicologismo à qual se dedica Husserl no primeiro tomo de 
suas Investigações Lógicas , publicadas em 1900, e em sua definição da consciência 
em termos de intencionalidade e de sentido, que ele encontrou pela primeira vez os 
motivos de se opor ao naturalismo e ao biologismo de Freud.” 
Verifica-se a intencionalidade na Daseinsanalyse de Binswanger nas seguintes 
concepções: 
I – Binswanger assume a existência como ser-no-mundo, isto é, existência e mundo 
como uma unidade indissociável. 
II – Nas análises fenomenológicas de Binswanger, buscam os símbolos e significados 
ocultos por trás dos fenômenos patológicos manifestos. 
III – Nas análises do mundo do melancólico, do maníaco etc., pois objeto (mundo) e 
consciência (existência) se constituem concomitantemente. 
Está correto somente o que se afirma em: 
 
Resposta Selecionada: c. 
I e III. 
 
 
 Pergunta 5 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Analise as duas afirmativas a seguir: 
I. A nostridade constitui uma unidade originária que possibilita todo si mesmo e toda 
ipseidade. 
II. Binswanger compartilha com Freud o entendimento de que a libido é o fundamento 
do amor e, portanto, da nostridade. 
Assinale a alternativa correta: 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
A primeira afirmativa é uma proposição verdadeira e a segunda é 
uma proposição falsa. 
 
 Pergunta 6 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Edna procura um psicólogo fenomenológico-existencial. Relata que está em crise no seu 
casamento. Ela e João "não se entendem mais". Procurou finalmente a psicoterapia devido 
a uma briga que tiveram na semana passada. Ela preparou um jantar para os dois, mas ele 
jantou rápido e foi assistir futebol na TV. "Nem elogiou minha comida! Quando eu falei 
isso para ele, ele explodiu e saiu de casa. Acho que foi ver o jogo num bar lá perto. Voltou 
de madrugada." 
Com base nas reflexões de Critelli (2012), o psicólogo investiga com Edna o que ela 
esperava (quais eram as intenções) no momento da briga com João. Ele faz isso, pois: 
(Assinale a alternativa correta) 
 
Resposta 
Selecionada: 
a. 
Os atos de Edna não são autossignificantes. O significado deles aparece 
nas relações com os outros. Pensando na especificidade da relação com 
João, o significado das ações de Edna depende de como elas repercutem 
nele. 
 
 
 Pergunta 7 
0,3 em 0,3 pontos 
 
 Leia a citação de Critelli (2012) e a tira de Fabio Moon e Gabriel Sá ( Folha de São Paulo, 
19/09/09). 
“Somos criaturas que existem e sabem que existem. Podemos nos distinguir de tudo o que 
nos rodeia e, o mais extraordinário, podemos nos distinguir de nós mesmos. [...] Talvez 
por isso mesmo sejamos incapazes de existir se não obtivermos resposta para três 
fundamentais questões existenciais: Quem sou eu? Qual o sentido da vida? Que sentido eu 
faço nela?” (CRITELLI, 2012, p. 11) 
 
 
 
 
 
 
Recorrendo à historiobiografia e ao quadrinho, responda: O que é ser protagonista da 
própria vida, isto é, “ser narrador de si mesmo”? Considere as respostasa seguir e indique 
a incorreta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
É possível conhecer os nexos biográficos, nas não realinhar o 
destino de uma existência. 
 
 
 Pergunta 8 
0,3 em 0,3 pontos 
 
O pensar fenomenológico não considera o homem e os demais entes da natureza da 
mesma maneira. Enquanto no homem seu ser está em suas diversas possibilidades 
de se ser-no-mundo, os elementos da natureza e os entes que não são humanos não 
têm possibilidade de virem-a-ser eles mesmos. No contexto fenomenológico-
existencial: 
I - O homem é um tempo que se esgota, um intervalo entre o nascimento e a morte, 
que se emprega, que se empenha, que se reserva, que se omite, enquanto vive. 
 
II - Ao homem, cabe desenvolver o conhecimento para garantir sua sobrevivência por 
meio do controle da natureza; 
II) Sendo a existência uma possibilidade, cada qual tem que transformar esta 
possibilidade no seu acontecimento. 
A partir da fenomenologia de Heidegger, estão corretas: 
Resposta Selecionada: e. 
Apenas I e III. 
 
 
 Pergunta 9 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Binswanger descreve o modo de ser-no-mundo chamado por ele de “excentricidade”. 
Indica esse modo de ser com um exemplo: um pai, cuja filha está com câncer, que deixa 
sob a árvore de Natal para ela um caixão. [BINSWANGER, L. Tres formas de la existencia 
frustrada, 1956, Buenos Aires: Amorrortu ed.] 
Para uma análise existencial dessa pessoa (ou dessa situação), é necessário: 
I – Recorrer à noção de ser-no-mundo, de Heidegger, e considerar os nexos referências 
deste mundo e o modo como o paciente nele se projeta. 
II – Assumir que se trata de uma existência enferma, ou seja, que não se tornou ser-no-
mundo. 
III – Buscar as experiências ocultas que geram este comportamento excêntrico na 
biografia do paciente. 
IV – Investigar os motivos para seu comportamento. 
Estão corretas somente: 
 
Resposta Selecionada: d. 
I e IV. 
 
 
 Pergunta 10 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Escreve um biógrafo de Heidegger a respeito da condição humana: “enquanto ele [Dasein] 
viver, nunca está concluído, inteiro e encerrado como seu objeto, mas sempre aberto para 
o futuro, cheio de possibilidades.” (Safranski, 1999, p. 191) Qualquer interpretação 
científica sobre o ser-aí é uma automistificação. Ele prossegue: “[...] a vida humana nos 
escapa quando a queremos compreender de uma postura teórica.” (p. 186) Nesse trecho, 
o autor se refere ao poder-ser que Dasein é, que significa que: 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
O ser-aí está sempre aberto para novas possibilidades fáticas de ser. O 
ser-aí só deixa de ser ser possível quando realiza sua derradeira 
possibilidade existencial.

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