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1 
 
 
 
 
FACULDADE ESTÁCIO DE CARAPICUÍBA 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
ESTUDOS DE CASO II, III E IV 
 
 
 
Ione maria gomes da silva de jesus 
RA. 202108048119 
 
 
 
 
 
Pratica simulada do trabalho 
 Tutor: Prof. Jason 
 
 
 
 
Carapicuíba – São Paulo 
2022 
 
 
 
 
 
 
http://portal.estacio.br/
2 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ª VARA DO TRABALHO DE 
SETE LAGOAS/MG. (estudo de caso II) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NELSON AVIZ, Nacionalidade “...”, estado civil “...”, 
nascido em “...” técnico de informática, portador do RG n. “...” emitida em “...”, 
inscrito no CPF/MF sob o nº “...”, PIS nº “...” e CTPS nº “...”, filho de “...”, , residente 
domiciliado “...”, e-mail: “...” por sue advogado Nome “...”, OAB/ nº “...”, e-mail:”...”, 
com escritório situado “...”, onde recebe intimações, vêm, mui respeitosamente, à 
presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 840, §1º, da Consolidação 
das Leis do Trabalho e 319 do Código de Processo Civil, propor, 
 
 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, pelo rito sumaríssimo. 
 
 
 
 Em face de: ALFA LTDA, estabelecida “...” regularmente 
inscrita no C.N.P.J. Nº. “...”, pelos motivos que passa a expor: 
 
 
 
 
 
3 
 
1. DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PREVIA 
Por força do artigo 625-A da CLT, é facultado ao 
empregado, ora reclamante, passar pela Comissão de Conciliação Prévia. Frise-se 
que no mesmo sentido, a Comissão de Uniformização de jurisprudência do E. 
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região na resolução administrativa 
nº08/2002(DJE 12/11/2002) obteve como resultado a seguinte súmula. 
 
SUMULA Nº. 2 
Comissão de Conciliação Prévia. Extinção do Processo. 
(Resolução Administrativa nº. 08/2002 – DJE12/11/2002) 
“O comparecimento perante a Comissão de Conciliação 
Prévia é uma faculdade assegurada ao Obreiro, 
objetivando a obtenção de um título executivo 
extrajudicial, conforme previsto pelo artigo 625-E, 
parágrafo único da CLT, mas não constitui condição da 
ação, nem tão pouco pressuposto processual na 
reclamação trabalhista, diante do comando emergente do 
artigo 5º, XXXV, da Constituição Federal.” (Sala das 
Sessões, 23 de outubro de 2002). 
 
 
 
2. DO BENEFICIO DA JUSTIÇA GRATUITA 
Requer o reclamante que lhe seja deferido os benefícios 
da gratuidade da justiça, nos termos do artigo 98, do Novo Código de Processo Civil, 
vez que o reclamante não possui condições financeiras de custear a presente 
demanda, sem prejuízo do próprio sustento. 
 
Conforme se denota da inclusa cópia da CTPS em anexo 
do obreiro, este se encontra desempregado, portanto sem salário, deste modo faz 
jus ao benefício da justiça gratuita, nos termos do parágrafo 3º do artigo 790 da CLT. 
 
4 
 
Assim, demonstrado o cabimento do presente pedido, 
requer o reclamante lhe seja deferida a gratuidade da justiça, uma vez que estão 
presentes os requisitos previstos em lei para o deferimento da benesse pleiteada. 
 
 
3. DA COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO JUGAR 
Cumpre esclarecer que o reclamante teve como local de 
trabalho a cidade de Sete Lagoas/MG. 
 
 
4. DOS FATOS 
O reclamante foi contratado pela reclamada em 
17/12/2017, para exercer as funções de técnico de informática, foi contratada para 
laborar de segunda a sábado das 20h as 5h, com 20 minutos de intervalo para 
refeição e descanso. Recebeu como ultimo salário a importância de R$1.200,00 
como consta no contracheque em anexo. Fora dispensado por justa causa em 
24/04/2018. 
O reclamante foi despedido por justa causa, porem não foi 
informado do porque da demissão por justa causa, onde não recebeu qualquer 
indenização, mas apenas o saldo salarial do último mês. 
 
O local de trabalho era de difícil acesso e não servido por 
transporte público regular, pelo que a empresa fornecia o transporte para ir ao 
trabalho e voltar dele, de forma que Nelson demorava uma hora no trajeto de ida e 
outra uma hora no de volta. 
 
O reclamado descontava o valor recolhido para o FGTS 
do reclamante onde tal valor deveria ser pago pelo reclamante e não pelo funciona 
como consta em seu contracheque. 
 
O reclamado teve como função anotada em sua CTPS a 
de auxiliar de serviços gerais, porem exercia a função de técnico de informática, a 
5 
 
reclamada anotou nas anotações gerais da CTPS do obreiro que o mesmo fora 
dispensado por justa causa. 
 
No contracheque do reclamante conste o salario de R$ 
1.200,00 e uma cota de salário-família; já na parte de descontos, há INSS, vale-
transporte e FGTS 
 
Ocorre que tais acusações são totalmente infundadas, 
conforme passará a demonstrar, motivo pelo qual vem em busca da tutela 
jurisdicional. 
 
 
5. DO DIREITO 
 O Reclamado acusa indevidamente o Reclamante de 
conduta inadequada, que motivaria a justa causa. 
 No Direito Brasileiro, vigora o princípio da preservação da 
função social do trabalho, consagrado pela doutrina: 
"O art. 7º, I, da CF consagra o direito fundamental social dos 
trabalhadores à proteção da relação de emprego contra a 
dispensa arbitrária ou sem justa causa e, paralelamente, 
estabelece uma indenização compensatória, dentre outros 
direitos, nos termos da lei complementar." (BEZERRA LEITE, 
Carlos Henrique. Curso de Direito do Trabalho. 9ª ed. Saraiva, 
2018. Versão kindle, Cap. XIV) 
 Já o inciso I, do art. 7º da Constituição Federal dispõe 
como um dos direitos fundamentais dos trabalhadores, a proteção contra a 
despedida arbitrária na relação de emprego: 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de 
outros que visem à melhoria de sua condição social: 
/lei/CF/constituicao-federal/art-7
/lei/CF/constituicao-federal/art-7,inc-I
/lei/CF/constituicao-federal
/lei/CF/constituicao-federal/art-7,inc-I
/lei/CF/constituicao-federal/art-7
/lei/CF/constituicao-federal
/lei/CF/constituicao-federal/art-7
6 
 
I - relação de emprego protegida contra despedida 
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei 
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre 
outros direitos; 
 Assim, considerando que dos fatos narrados não é 
possível extrair falta grave que pudesse culminar com a pena mais grave na 
relação trabalhista: DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA, tem-se por necessária a 
reversão da justa causa. 
 O TST, ao disciplinar sobre o tema, destaca, para fins de 
enquadramento à Justa Causa, a necessária comprovação de: 
a) tipicidade da conduta; 
b) autoria obreira da infração; 
c) dolo ou culpa do infrator; 
d) nexo de causalidade; 
e) adequação e proporcionalidade; 
f) imediaticidade da punição; 
g) ausência de perdão tácito; 
h) singularidade da punição (non bis in idem); 
i) caráter pedagógico do exercício do poder disciplinar 
Requisitos previstos em: TST, AIRR - 939-26.2017.5.12.0001, 
Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, 3ª Turma, DEJT 
07/01/2019 
 No entanto, a dispensa, ora impugnada, não observa os 
referidos requisitos, reconfigurando a validade da justa causa aplicada, vejamos. 
5.1. DA AUSÊNCIA DE TIPICIDADE DA CONDUTA 
 Para configuração da justa causa exige-se a configuração 
de algum dos motivos previstos no Art. 482 da CLT, quais sejam: 
Art. 482- Constituem justa causa para rescisão do contrato de 
trabalho pelo empregador: 
/lei/CF/constituicao-federal/art-7,inc-I
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-482
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-482
7 
 
a)ato de improbidade; 
b)incontinência de conduta ou mau procedimento; 
c)negociação habitual por conta própria ou alheia sem 
permissão do empregador, e quando constituir ato de 
concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou 
for prejudicial ao serviço; 
d)condenação criminal do empregado, passada em julgado, 
caso não tenha havido suspensão da execução da pena; 
e)desídia no desempenho das respectivas funções;f)embriaguez habitual ou em serviço; 
g)violação de segredo da empresa; 
h)ato de indisciplina ou de insubordinação; 
i)abandono de emprego; 
j)ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço 
contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas 
condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de 
outrem; 
k)ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas 
praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, 
salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 
l)prática constante de jogos de azar. 
m)perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei 
para o exercício da profissão, em decorrência de conduta 
dolosa do empregado. 
Parágrafo único- Constitui igualmente justa causa para 
dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada 
em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança 
nacional. 
 Ou seja, a lei é expressamente clara aos fatos que 
justificam a demissão por justa causa, o que não se enquadra ao presente caso. 
 Assim, considerando que o motivo da demissão por justa 
causa limitou-se a indicar motivo, tem-se pela total atipicidade da conduta, requer à 
reversão da justa causa e ainda a condenação ao pagamento de todas as verbas 
rescisórias. 
8 
 
 
5.2. DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO 
Assim reconhecido a reversão da justa causa, o autor tem 
direito a indenização do aviso prévio, conforme dispõe o artigo 487 da CLT. 
Portanto, deverá a ré indenizá-lo na forma da Lei. 
 
Aviso Prévio. Tempo de serviço. Integração. “O aviso 
Prévio indenizado leva ao pagamento imediato e seu 
período é considerado como de serviço para os efeitos 
trabalhistas. A anotação na carteira de trabalho (“data de 
saída” prevê esse documento) é a do despedimento ( 
TRT/SP. RO 40.564/95 Valentin Carrion, Ac.9ª T. 
31.90/97)” 
 
 Assim, faz jus ao pagamento da incorporação do aviso 
prévio em 13º salário, férias proporcionais +1/3, Tudo com reflexos das horas extras 
habituais, consoante o artigo 487, § 1º da CLT, e ainda de acordo com a Resolução 
TST n.º 03/92, de 05/11/92, que aprova a Súmula 305, vejamos: 
 
“O pagamento relativo ao período do aviso prévio trabalhado 
ou não, está sujeito à contribuição do FGTS.” 
 
 Ou seja, sobre o 13º salário, férias proporcionais 
acrescido de 1/3 constitucional, sobre o FGTS e multa de 40% sobre o montante do 
FGTS. Sendo ainda que a CTPS do autor deverá ser anotada com data de admissão 
em 17/12/2017 e constar como data de saída 28/05/2018, já contado com a projeção 
do aviso prévio indenizado. 
 
Assim requer seja condenada a ré ao pagamento do aviso 
prévio indenizado de 3 dias do período de 28/04/2018 a 28/05/2019, com os devidos 
reflexos das horas extras. 
 
 
9 
 
5.3. DAS FÉRIAS + 1/3 
Reconhecido a reversão da justa causa, requer seja a 
reclamada condenada ao pagamento de férias proporcional + 1/3 de forma 
simples na proporção de 5/12 avos observado o período de 17/12/2017 a 
28/05/2018, já projetado e contabilizado o aviso prévio indenizado, tudo com 
acréscimo de 1/3 constitucional e os devidos reflexos das horas extras. 
 
 
5.4. DO 13º SALÁRIO 
Reconhecido a reversão da justa causa, requer seja a 
reclamada condenada ao pagamento do 13º salario proporcional de 2018 na 
proporção de 5/12 já contado o aviso prévio indenizado, e os devidos reflexos das 
horas extras. 
 
 
6. DA FALTA DO INTERVALO INTRAJORNADA 
 O reclamante foi contratado pela reclamada em 
17/12/2017, para exercer as funções de técnico de informática, foi contratada para 
laborar de segunda a sábado das 20h as 5h, com 20 minutos de intervalo para 
refeição e descanso. Fora dispensado em 24/04/2018. 
 
 Tendo em vista que não era concedido 1 (uma) hora de 
intervalo diário , requer o pagamento do período acima descrito, com base no valor 
da hora normal de trabalho, consoante artigo 71 da CLT. 
 
Aqui, mostra-se pertinente uma análise do artigo 71 da 
CLT, caput e § 3º, tendo em vista que somente poderá ser reduzido por ato do 
Ministro do Trabalho quando, ouvida a Secretaria de Segurança e Higiene do 
Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às 
exigências concernentes à organização dos refeitórios e quando os 
respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a 
horas suplementares, senão vejamos: 
 
10 
 
"Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda 
de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo 
para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 
(uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em 
contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. 
(...) 
§ 3º - O limite mínimo de 1 (uma) hora para repouso ou 
refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho 
quando, ouvida a Secretaria de Segurança e Higiene do 
Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende 
integralmente às exigências concernentes à organização dos 
refeitórios e quando os respectivos empregados não estiverem 
sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares (...)." 
(grifos nossos) 
 
Da leitura do § 3º do artigo 71 da CLT, tem-se que é 
preciso, para a autorização da redução do intervalo intrajornada, o atendimento a 
uma série de requisitos, os quais deverão ser apresentados aos órgãos do Ministério 
do Trabalho e Emprego. Constatadas as condições, o órgão executivo expede o ato 
autorizador da redução do intervalo intrajornada. 
 
Nos termos do artigo 71 da CLT, tendo em vista que 
não era concedido 1 (uma) hora integral, sendo concedido somente 20 minutos de 
intervalo intrajornada é devido 40 minutos diários, sendo assim requer seja a 
reclamada condenada a pagar ao reclamante 109 horas extras referente ao 
período laborado de 17/12/2017 a 28/04/2020, com acréscimo de 50% referente 
período de intervalo suprimido durante o período supracitado, tudo com os 
devidos reflexos nas verbas contratuais (salários, férias+1/3, 13º salário, horas 
extras, insalubridade, FGTS e DSR). 
 
7. DO ADICIONAL NOTURNO 
 Conforme informado, a jornada de trabalho era 
desenvolvida no horário de 20hrs. às 5 hrs. do dia seguinte, de segunda a sábado. 
11 
 
 Portanto, configurado o trabalho noturno, nos termos do 
art. 73, § 2º da CLT: 
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou 
quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do 
diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo 
de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. 
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 
minutos e 30 segundos. 
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o 
trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas 
do dia seguinte. 
 Todavia, apesar de cristalina previsão legal, o Reclamante 
não recebia adequadamente o adicional de trabalho noturno, bem como, o cômputo 
das horas trabalhadas não era realizado conforme determinação do referido 
dispositivo legal, qual seja, 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. 
 A disposição contida no artigo 73 da CLT objetiva a 
garantir a higidez física e saúde mental do trabalhador, considerando a penosidade 
do labor noturno, uma vez que o trabalhador dedica maior esforço do que na jornada 
em período diurno. 
 Ademais, as diferenças decorrentes da redução da hora 
noturna e respectivos reflexos, por ocasião do rompimento do contrato de trabalho, 
não estavam incluídas nas verbas rescisórias. 
 Assim, demonstrada a atividade noturna, devido o 
pagamento do adicional de 20% sobre cada hora (52min e 30s) por toda a 
contratualidade. 
 
8. DAS HORAS EXTRAS E SEUS REFLEXOS 
O reclamante laborou das 20h00 as 05h00 durante o 
período em que laborou para a reclamada com intervalo para refeição e descanso 
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73,par-2
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73,par-1
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73,par-2
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho
12 
 
de 20min., portanto trabalhava semanalmente por 48h00 assim estendia sua jornada 
semanal em 04h00. 
. 
Portanto é devido o pagamento de 04h00 semanais 
durante todo o período trabalhado, considerando a habitualidade da sobre jornada, 
essas horas extras devem integrar a remuneração para todos os efeitos legais, de 
modo que devem refletir nas férias + 1/3, 13º salários, DSR’s, FGTS e verbas 
rescisórias, pelo que requer a condenação da Reclamada ao pagamento das horas 
extras e reflexos. 
Assim deve a reclamada ser condenada a pagar ao 
reclamante 24 horas extras com acréscimo de 50%, tudo com os devidos 
reflexos, por serem habituais deverão refletir nas verbas contratuais (férias de todo o 
período + 1/3, 13º salário de todo período, DSR, FGTS de todo o período) e 
rescisórias (saldo de salário, férias proporcionais+1/3 constitucional, 13º salário 
proporcional, FGTS dessas verbas e ainda 40% de indenização pela dispensa sobre 
o valor do FGTS de todo o período não depositado e sobre o FGTS das verbas 
rescisórias). 
 
 
9. DO DESVIO DE FUNÇÃO 
 Conforme esclarecido, o reclamante fora contratado para 
exercer a função de auxiliar de serviços gerais, contudo exercia atividades bem 
distintas daquelas contratadas, exercendo rotineiramente atividades de técnico de 
informática. 
 O desvio de função trata-se de conduta ilícita que deve 
ser combatida pelo Judiciário, pois retrata uma determinação unilateral e autoritária 
do empregador sem a justa remuneração devida, causando inequívoca lesão ao 
trabalhador. neste sentido: 
RECURSO ORDINÁRIO. COMPANHIA ESTADUAL DE 
ÁGUAS E ESGOTOS. DESVIO DE FUNÇÃO. 
CONFIGURAÇÃO. DIFERENÇAS SALARIAIS. DEVIDAS. O 
13 
 
desvio de função consiste no exercício de função diversa 
daquela para a qual o trabalhador foi contratado, sem que haja 
alteração no seu salário. Assim, o desvio de função envolve a 
hipótese em que um empregado exerce a mesma função de 
outro, embora não esteja registrado como tal e perceba salário 
diferente, nos termos do art. 460 da CLT. Comprovado nos 
autos que o autor trabalhava desviado de função, impõe-se o 
pagamento de diferenças salariais e reflexos pertinentes. 
Recurso da reclamada a que se nega provimento. (TRT-1, 
00114494120145010541, Relator Desembargador/Juiz do 
Trabalho: PAULO MARCELO DE MIRANDA SERRANO, 
Gabinete do Desembargador Paulo Marcelo de Miranda 
Serrano, Publicação: DEJT 11-05-2018) 
#5051571 
 As atividades delegadas ao trabalhador, por não serem 
compreendidas no cargo a que fora contratado o Reclamante, deve terem 
contrapartida a justa remuneração atinente ao cargo como consta na CCT a 
remuneração adequada para o cargo que de fato o reclamante exercia é de 
R$1.800,00. 
 Ou seja, o cargo ocupado como consta na CTPS não 
contempla atividades exercidas pelo Reclamante, devendo a reclamada ser 
condenada a pagar ao reclamante a diferença devida em relação ao cargo anotado 
em sua CTPS para o a justa remuneração de acordo com o cargo que efetivamente 
ocupa no período de 17/12/2017 a 28/05/2018 já profetado o aviso prévio pelo 
desvio de função demonstrado que deverão refletir nas verbas contratuais (férias de 
todo o período + 1/3, 13º salário de todo período, DSR, FGTS de todo o período). 
 
10. DANOS MORAIS 
 A demissão por justa causa, sem motivação justificante é 
caso típico do cabimento de dano moral. A conduta da reclamada por arbitrária, 
abusiva conferiu ao trabalhador a pena mais gravosa que poderia receber sem ter 
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-460
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho
14 
 
dado motivo para tanto e ainda na onde consta as anotações gerais na CTPS 
anotou que o reclamante fora dispensado por justa causa. 
 A redação dada pela reforma Trabalhista é de perfeita 
aplicação: 
Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou 
omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da 
pessoa física ou jurídica, as quais são as titulares exclusivas 
do direito à reparação. 
 Afinal, diante de conduta lesiva à honra objetiva do 
Reclamante, perfeitamente caracterizado o dano extrapatrimonial indenizável. 
 Não há de se falar, portanto, em obrigação da parte 
autora de comprovar o efetivo dano moral que se lhe causou, tratar-se-ia de tarefa 
inalcançável a necessidade de demonstração de existência de um dano psíquico. 
 Afinal, além da inexistência de prova cabal, o Reclamante 
foi submetido a injusto constrangimento, gerando o dever de indenizar. 
RECURSO PATRONAL. JUSTA CAUSA. NÃO 
CONFIGURAÇÃO.A extinção de contrato de trabalho por justa 
causa é ato de extrema gravidade que exige o mesmo grau de 
prudência em sua aplicação, com a observância de diversos 
requisitos, além da certeza de que o fato desencadeador da 
resolução tenha se operado nos termos do art. 482 da CLT. No 
caso concreto, não restou demonstrada falta grave para 
embasar a penalidade mas, ao contrário, foi comprovada a 
conduta patronal de "forçar" a demissão por justa causa, com o 
intuito de reduzir os valores da dispensa e potencializar seus 
lucros às custas dos direitos irrenunciáveis do trabalhador, 
razão pela qual impõe-se a manutenção da sentença que 
reconheceu a ruptura contratual como tendo sido imotivada. 
Recurso desprovido. DANO MORAL. NEXO DE 
CAUSALIDADE. TEORIA DO DANO DIRETO E IMEDIATO. O 
dever de indenizar surge quando o evento danoso é efeito 
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-482
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho
15 
 
necessário de determinada causa. Conforme vaticina a teoria 
do dano direto e imediato, tal expressão, constante do art. 403 
do CC, deve ser interpretada em conjunto com a subteoria da 
necessariedade da causa. No caso concreto, restou 
evidenciado o nexo causal, pois o dano moral sofrido pelo 
reclamante foi efeito direto e imediato da conduta da ré. Assim, 
é devida a indenização pelo abalo sofrido. Recurso da 
reclamada a que se nega provimento. (TRT-1, 
01001993220175010244, Relator Desembargador/Juiz do 
Trabalho: ENOQUE RIBEIRO DOS SANTOS, Gabinete do 
Desembargador Enoque Ribeiro dos Santos, Publicação: DEJT 
09-06-2018, #851571) #5051571 
 Ou seja, o reclamante não pode ser enquadrado em 
qualquer dos incisos previstos no Art. 482 da CLT, configurando a demissão por 
justa causa ato atentatório à dignidade do trabalhador, gerando o dever de indenizar. 
 Reque por tento que seja o reclamado condenado a pagar 
dano moral em grau médio ao reclamante. 
 
11. DO FGTS DESCONTADO 
 O reclamante durante todo o período em que laborou para 
a reclamada teve o seu FGTS descontado de seu salario como demonstrado em seu 
contracheque 
 Vejamos o que diz a lei no 5.107, de 13 de setembro de 
1966 a cerca do tema 
Art 2º Para os fins previstos nesta Lei, todas as empresas 
sujeitas à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ficam 
obrigadas a depositar, até o dia 20 (vinte) de cada mês, em 
conta bancária vinculada, importância correspondente a 8% 
(oito por cento) da remuneração para no mês anterior a cada 
/lei/CC/codigo-civil/art-403
/lei/CC/codigo-civil
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-482
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho
16 
 
empregado, optante ou não, excluídas as parcelas não 
mencionadas nos arts. 457 e 458 da CLT. 
 Sendo indevido o desconto do FGTS do pagamento do 
funcionário, requer seja a reclamada condenada a devolver os valores descontados 
em relação aos valos do FGTS. 
 
 
12. DA PRATICA DE CRIME CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO. 
Requer o Reclamante, a determinação de ofícios ao 
Ministério Publica, para que seja tomadas todas as medidas cabíveis referentes aos 
efetivos proprietários da Reclamada, por praticarem crime contra a organização do 
trabalho, especialmente o crimetipificado no artigo 203 do CP., qual seja, a 
frustração de direito assegurado por Lei Trabalhista. 
 
O notável professor Damásio de Jesus, em sua obra 
“Código Penal Anotado” ( Ed. Saraiva, SP. 1.989, pág. 545) nos auxilia na definição 
do direito frustrado, que é o objeto jurídico do crime: 
“Direito frustrado, deve ser autorgado a seu titular 
pela legislação trabalhista (Leis, Convenções 
Coletivas do Trabalho, Sentenças judiciais com força 
normativa, etc.). Pouco importa seja o direito 
trabalhista frustrado renunciável ou irrenunciável.” 
 Nossa Carta Magna consagra a proteção ao salário do 
trabalhador, em seu artigo 7º, inciso X. 
 
 
13. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Cediço que, com a nova redação da CLT, em razão da 
Reforma Trabalhista, passou-se a prever a possibilidade de honorários 
advocatícios em favor dos advogados de ambas as partes, conforme artigo 791-A 
e seguintes. Vejamos: 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
17 
 
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, 
serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o 
mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze 
por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, 
do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-
lo, sobre o valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017). 
 
Assim, em razão do trabalho dos procuradores da parte 
Autora, necessário que ante aos aspectos do presente caso, sejam fixados em 
15% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico 
obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
 
 
14. IMPOSTO DE RENDA E RECOLHIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS 
Caso o reclamante tenha que arcar com alguma parcela a 
título de Imposto de Renda, deverá ser observada a natureza de cada parcela 
deferida, se remuneratória ou indenizatória, sendo determinado por V.Exa., que 
somente se efetuem recolhimentos se as parcelas mensais devidas, assim 
calculadas, ultrapassarem o limite de isenção mensal, já que foi o não cumprimento 
do contrato pela reclamada que gerou o pagamento acumulado de diferenças 
geradas mês a mês, de modo que se estas parcelas tivessem sido pagas no 
momento correto, o reclamante estaria isento do pagamento de Imposto de Renda. 
Incide em espécie o anexo III da IN RFB 1.558/2015. 
 
Ainda, deverá ser observado que juros de mora são mera 
punição ao empregador inadimplente, conforme dispõe a Lei 8.541/92, estando 
isento da incidência do Imposto de Renda. Incide em espécie a Súmula 53 do Egr. 
TRT da 4ª Região. 
Já quanto aos descontos previdenciários, deverá ser 
observado o valor do teto máximo de contribuição previsto pela Previdência Social. 
 
Para a correção monetária deverá ser observado que o 
pagamento dos salários deveria ser efetuado no mês próprio ao da prestação do 
18 
 
serviço, devendo ser utilizado o FACDT do mês em que se gerou o débito. Caso não 
seja admitido o acima exposto, deverá ser adotado o FADCT do dia seguinte ao 
vencimento da obrigação, nos termos da Súmula nº. 21 deste Egr. TRT4. 
 
 
15. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS 
Sem dúvidas, a conduta da Reclamada beira o absurdo 
no que tange aos recolhimentos previdenciários, bem como de FGTS, horas extra e 
adicional de periculosidade. 
O juiz do Trabalho é competente para determinar a 
expedição de ofício às autoridades do INSS, da Delegacia Regional do Trabalho e 
do Ministério Público para adoção de medidas ante a constatação de infrações 
cometidas pelo empregador contra direitos de seus empregados. 
 
 Sendo assim, se requer as devidas expedições de ofícios 
para o INSS, DRT e Ministério Público. 
 
 
16. DAS PROVAS ATRAVÉS DE DOCUMENTOS 
Sem prejuízo da produção de prova oral, requer que a 
reclamada junte aos autos todos os comprovantes de pagamentos, de depósitos 
fundiários GR’s e RE’s, controle de frequência nos termos e finalidades dos artigos 
396 e 400, II, CPC c.c. Sumula. 338 do TST. 
 Exibidos os recibos pela reclamada, a autora desde já 
requer, de toda forma, o pagamento das verbas pleiteadas. 
 
 
17. DA CORREÇÃO MONETÁRIA E DOS JUROS DE MORA 
 Para cálculo da correção monetária deverá ser observado 
o índice referente ao mês em que ocorreu o fato gerador da obrigação respectiva, ou 
seja, o mês da própria prestação laboral. 
 Tal decorre do fato de que o prazo previsto no artigo 459, 
parágrafo único da Consolidação das Leis do Trabalho é aplicável somente em 
19 
 
relação à quitação do salário mensal do empregado, não podendo ser respeitado 
para cálculo de parcelas reconhecidas através de decisão judicial. 
 Por fim requer seja utilizado do IPCA-E como índice de 
correção monetária dos créditos da presente ação. 
 
 
18. DOS PEDIDOS 
Diante de todo exposto vem, perante Vossa Excelência, 
reclamar o recebimento das seguintes verbas e requerer o que segue: 
 
 Que seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuito, devido à difícil 
situação econômica do autor que atualmente não possui condições de 
custear o processo, sem prejuízo próprio. 
 
 Assim, considerando que o motivo da demissão por justa causa limitou-se a 
indicar motivo, tem-se pela total atipicidade da conduta, requer à reversão da 
justa causa e ainda a condenação ao pagamento de todas as verbas 
rescisórias quais sejam: 
 
o Assim requer seja condenada a ré ao pagamento do aviso prévio 
indenizado do período de 28/04/2018 a 28/05/2019. ______R$1.800,00 
 
o Requer seja a reclamada condenada ao pagamento de férias 
proporcional + 1/3 de forma simples na proporção de 5/12 avos 
observado o período de 17/12/2017 a 28/05/2018, já projetado e 
contabilizado o aviso prévio indenizado, tudo com acréscimo de 1/3 
constitucional. _____________________________________R$800,00 
 
o Requer seja a reclamada condenada ao pagamento do 13º salario 
proporcional de 2018 na proporção de 5/12 já contado o aviso prévio 
indenizado. _______________________________________R$600,00 
 
 requer seja a reclamada condenada a pagar ao reclamante 109 horas extras 
referente ao período laborado de 17/12/2017 a 28/04/2020, com 
20 
 
acréscimo de 50% referente período de intervalo suprimido durante o 
período supracitado, tudo com os devidos reflexos nas verbas 
contratuais. ___________________________________________R$1.337,73 
 
 Assim, demonstrada a atividade noturna, devido o pagamento do adicional de 
20% sobre cada hora (52min e 30s) por toda a contratualidade. ___R$918,40 
 
 deve a reclamada ser condenada a pagar ao reclamante 24 horas extras 
com acréscimo de 50%. _________________________________R$294,54 
 
 devendo a reclamada ser condenada a pagar ao reclamante a diferença 
devida em relação ao cargo anotado em sua CTPS para o a justa 
remuneração de acordo com o cargo que efetivamente ocupa no período de 
17/12/2017 a 28/05/2018 já profetado o aviso prévio pelo desvio de função 
_____________________________________________________R$3.210,00 
 
 requer seja a reclamada condenada a devolver os valores descontados em 
relação aos valos do FGTS. _______________________________R$384,00 
 
 Reque por tento que seja o reclamado condenado a pagar dano moral em 
grau médio ao reclamante.______________________________R$30.505,30 
 
 Caso a reclamada não quite as verbas incontroversas em primeira audiência, 
faz jus ainda a multa do artigo 467 da CLT 
 
 Requer que a reclamada arque com a totalidade correspondente à 
contribuição previdenciária, a teor do disposto no artigo 33, § 5º, da Lei 
8.213/91, posto que não houve o tempestivo recolhimento, conforme lhe 
competia. 
 
 Requer as devidas expedições de ofícios para o INSS, DRT e Ministério 
Público. 
21 
 
 
 Que sejam fixados em 15% de honorários advocatícios sobre o valor queresultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não 
sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
 
 
19. REQUERIMENTOS FINAIS 
“Ad cautelam”, requer, outrossim, de Vossa Excelência se 
digne determinar seja a Reclamada instada a juntar os comprovantes de 
pagamentos de salário, recolhimentos previdenciários, comprovantes dos depósitos 
do FGTS, bem como cartões ou livros de ponto, sob pena de perícia contábil e as 
sanções dos artigos 396 e 400 ambos do Código de Processo Civil. Caso a 
reclamada tenha quitado alguma das verbas acima postuladas, após 
comprovação nos autos, requer o autor a devida compensação. 
Sem prejuízo da produção de prova oral, requer que a 
reclamada junte aos autos todos os comprovantes de pagamentos, de depósitos 
fundiários GR’s e RE’s, controle de frequência nos termos e finalidades dos artigos 
396 e 400, II, CPC c.c. Sumula. 338 do TST. 
Pelo exposto, postula o Reclamante se digne Vossa 
Excelência determinar a NOTIFICAÇÃO CITATÓRIA da Reclamada para que, 
querendo, compareça à audiência a ser designada, a fim de apresentar a defesa que 
possuir pena de confissão quanto à matéria de fato, em decorrência de sofrer os 
efeitos da revelia, devendo, a final, ser a presente reclamação totalmente 
PROCEDENTE, condenando-se a Reclamada ao pagamento do principal corrigido 
monetariamente, tomando com ÉPOCA PROPRIA o mês de competência e não o 
subsequente, acrescido de JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA, na 
forma da Lei, custas e demais despesas, processuais, e a responder pelos 
HONORARIOS ADVOCATÍCIOS, devidos de acordo com o artigo 133 da 
Constituição Federal de 1.988, assim como pelas PARCELAS PREVIDENCIÁRIAS 
E FISCAIS, haja vista que, não tendo quitado as verbas ora postuladas nas épocas 
próprias, deixou de deduzir do Reclamante, naquela oportunidade, as cotas 
devidas, pelo que nesta altura já não mais poderão fazer, devendo, s.m.j., arcar 
exclusivamente com esse ônus. 
22 
 
O INSS e IRRF constituem de rigor, ônus da Reclamada 
inadimplente (LEI 8.213/91, artigo 33, § 5º e CCB, artigo 159). Por cautela, em 
respondendo o Reclamante, justo que se observem os PRINCIPIOS 
CONSTITUCIONAIS DA ISONOMIA E DA PROGRESSIVIDADE TRIBUTARIA, 
Constituição Federal de 1988, artigos 150, II e 153, § 2º, I, respectivamente. 
Dá-se à causa o valor de R$ 39.839,97 (trinta e nove mil, 
oitocentos e trinta e nove reais e noventa e sete centavos). 
 
Termos em que, 
P. Deferimento. 
Cidade, data. 
 
ADVOGADO 
OAB/ESTADO Nº 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ª VARA DO TRABALHO DE 
PARAUAPEBAS /PARA. (estudo de casa III) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TITO, Nacionalidade “...”, estado civil “...”, nascido em “...” 
técnico de informática, portador do RG n. “...” emitida em “...”, inscrito no CPF/MF 
sob o nº “...”, PIS nº “...” e CTPS nº “...”, filho de “...”, , residente domiciliado “...”, e-
mail: “...” por sue advogado Nome “...”, OAB/ nº “...”, e-mail:”...”, com escritório 
situado “...”, onde recebe intimações, vêm, mui respeitosamente, à presença de 
Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 840, §1º, da Consolidação das Leis do 
Trabalho e 319 do Código de Processo Civil, propor, 
 
 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, pelo rito sumaríssimo. 
 
 
 
 Em face de: PIZZARIA GOURMET LTDA, estabelecida 
“...” regularmente inscrita no C.N.P.J. Nº. “...”, pelos motivos que passa a expor: 
 
 
 
 
 
24 
 
1. DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PREVIA 
Por força do artigo 625-A da CLT, é facultado ao 
empregado, ora reclamante, passar pela Comissão de Conciliação Prévia. Frise-se 
que no mesmo sentido, a Comissão de Uniformização de jurisprudência do E. 
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região na resolução administrativa 
nº08/2002(DJE 12/11/2002) obteve como resultado a seguinte súmula. 
 
SUMULA Nº. 2 
Comissão de Conciliação Prévia. Extinção do Processo. 
(Resolução Administrativa nº. 08/2002 – DJE12/11/2002) 
“O comparecimento perante a Comissão de Conciliação 
Prévia é uma faculdade assegurada ao Obreiro, 
objetivando a obtenção de um título executivo 
extrajudicial, conforme previsto pelo artigo 625-E, 
parágrafo único da CLT, mas não constitui condição da 
ação, nem tão pouco pressuposto processual na 
reclamação trabalhista, diante do comando emergente do 
artigo 5º, XXXV, da Constituição Federal.” (Sala das 
Sessões, 23 de outubro de 2002). 
 
 
 
2. DO BENEFICIO DA JUSTIÇA GRATUITA 
Requer o reclamante que lhe seja deferido os benefícios 
da gratuidade da justiça, nos termos do artigo 98, do Novo Código de Processo Civil, 
vez que o reclamante não possui condições financeiras de custear a presente 
demanda, sem prejuízo do próprio sustento. 
 
Conforme se denota da inclusa cópia da CTPS em anexo 
do obreiro, este se encontra desempregado, portanto sem salário, deste modo faz 
jus ao benefício da justiça gratuita, nos termos do parágrafo 3º do artigo 790 da CLT. 
 
25 
 
Assim, demonstrado o cabimento do presente pedido, 
requer o reclamante lhe seja deferida a gratuidade da justiça, uma vez que estão 
presentes os requisitos previstos em lei para o deferimento da benesse pleiteada. 
 
 
3. DA COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO JUGAR 
Cumpre esclarecer que o reclamante teve como local de 
trabalho a cidade de Parauapebas/Pará. 
 
 
4. DOS FATOS 
O reclamante foi contratado pela reclamada em 
15/12/2018, para exercer as funções de motoboy, foi contratada para laborar seis 
vezes na semana das 18h as 03h30, com 40 minutos de intervalo para refeição e 
descanso. Recebeu como ultimo salário a importância de R$1.100,00 (um salario 
mínimo) como constas nos contracheque em anexo. Fora dispensado em 
20/09/2019. 
 
 Tito exercia suas funções durante seis dias na semana, 
com folga na 2ª feira, sendo que, uma vez por mês, a folga era em um domingo. 
 
 Tito fazia em média 10 entregas em seu turno de trabalho, 
e normalmente recebia R$1,00 (um real) de bonificação espontânea de cada cliente, 
gerando uma média de R$260,00 (duzentos e sessenta reais) mensais que não era 
contabilizado em seu salario. 
 
 No mês de agosto de 2019, Tito fez a entrega de uma 
pizza na casa de um cliente. Ocorre que o cozinheiro da pizzaria se confundiu no 
preparo e assou uma pizza de calabresa, sendo que o cliente era alérgico a esse 
produto (linguiça). Ao ver a pizza errada, o cliente foi tomado de fúria incontrolável, 
começou a xingar e a ameaçar Tito, e terminou por soltar seus cães de guarda, 
dando ordem para atacar o entregador. Tito correu desesperadamente, mas foi 
mordido e arranhado pelos animais, sendo lesionado gravemente. Em razão disso, 
26 
 
ele precisou se afastar por 30 dias para recuperação, recebendo o benefício 
previdenciário pertinente do INSS. 
 
 Tito gastou R$ 30,00 na compra de vacina antirrábica, 
que por recomendação médica foi obrigado a tomar, porque não sabia se os 
cachorros eram vacinados. 
 
 No mês de março de 2019 houve ainda dedução de R$ 
31,80 (trinta e um reais e oitenta centavos) a título de contribuição sindical, sem que 
tivesse autorizado o desconto. 
 
 Em 20 de setembro de 2019, após obter alta do INSS, 
Tito retornou à empresa e foi dispensado, recebendo as verbas rescisórias. 
 
Conforme passará a demonstrar, motivo pelo qual vem 
em busca da tutela jurisdicional. 
 
 
5. DA REINTEGRAÇÃO 
 O reclamante no mês de agosto de 2019, fez a entrega de 
uma pizza na casa de um cliente. Ocorre que o cozinheiro da pizzaria se confundiu 
no preparo e assou uma pizza de calabresa, sendo que o cliente era alérgico a esse 
produto (linguiça). Ao ver a pizza errada, o cliente foi tomado de fúria incontrolável, 
começou a xingar e a ameaçar Tito, e terminou por soltar seus cães de guarda, 
dando ordem para atacar o entregador. Tito correudesesperadamente, mas foi 
mordido e arranhado pelos animais, sendo lesionado gravemente. Em razão disso, 
ele precisou se afastar por 30 dias para recuperação, recebendo o benefício 
previdenciário pertinente do INSS. 
 
 Em 20 de setembro de 2019, após obter alta do INSS, 
Tito retornou à empresa e foi dispensado. 
 
27 
 
 Entretanto divido ao acidente sofrido o reclamante tem 
direito a estabilidade de 12 meses como previsto no artigo 21-A caput, da lei 
8.213/91 sendo assim requer a reintegração do obreiro ao serviço, ou que seja 
concedida indenização cabível em relação ao tempo de serviço nos moldes do art. 
496 da CLT. 
 
 
 
6. DA FALTA DO INTERVALO INTRAJORNADA 
 O reclamante foi contratado pela reclamada em 
15/12/2018, para exercer as funções de motoboy, foi contratada para laborar 6 
vezes na semana da 18h00 as 03h30, com 40 minutos de intervalo para refeição e 
descanso. Fora dispensado em 20/09/2019. 
 
 Tendo em vista que não era concedido 1 (uma) hora de 
intervalo diário , requer o pagamento do período acima descrito, com base no valor 
da hora normal de trabalho, consoante artigo 71 da CLT. 
 
Aqui, mostra-se pertinente uma análise do artigo 71 da 
CLT, caput e § 3º, tendo em vista que somente poderá ser reduzido por ato do 
Ministro do Trabalho quando, ouvida a Secretaria de Segurança e Higiene do 
Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às 
exigências concernentes à organização dos refeitórios e quando os 
respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a 
horas suplementares, senão vejamos: 
 
"Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda 
de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo 
para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 
(uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em 
contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. 
(...) 
§ 3º - O limite mínimo de 1 (uma) hora para repouso ou 
refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho 
28 
 
quando, ouvida a Secretaria de Segurança e Higiene do 
Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende 
integralmente às exigências concernentes à organização dos 
refeitórios e quando os respectivos empregados não estiverem 
sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares (...)." 
(grifos nossos) 
 
Da leitura do § 3º do artigo 71 da CLT, tem-se que é 
preciso, para a autorização da redução do intervalo intrajornada, o atendimento a 
uma série de requisitos, os quais deverão ser apresentados aos órgãos do Ministério 
do Trabalho e Emprego. Constatadas as condições, o órgão executivo expede o ato 
autorizador da redução do intervalo intrajornada. 
 
Nos termos do artigo 71 da CLT, tendo em vista que 
não era concedido 1 (uma) hora integral, sendo concedido somente 40 minutos de 
intervalo intrajornada é devido 20 minutos diários, sendo assim requer seja a 
reclamada condenada a pagar ao reclamante 38h40 horas extras referente ao 
período laborado de 15/12/18 a 20/09/2020, com acréscimo de 50% referente 
período de intervalo suprimido durante o período supracitado, tudo com os 
devidos reflexos nas verbas contratuais (salários, férias+1/3, 13º salário, horas 
extras, insalubridade, FGTS e DSR). 
 
7. DO ADICIONAL NOTURNO 
 Conforme informado, a jornada de trabalho era 
desenvolvida no horário de 18h00. às 03h30. do dia seguinte, seis vezes na 
semana. 
 Portanto, configurado o trabalho noturno, nos termos do 
art. 73, § 2º da CLT: 
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou 
quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do 
diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo 
de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. 
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73,par-2
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73
29 
 
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 
minutos e 30 segundos. 
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o 
trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas 
do dia seguinte. 
 Todavia, apesar de cristalina previsão legal, o Reclamante 
não recebia adequadamente o adicional de trabalho noturno, bem como, o cômputo 
das horas trabalhadas não era realizado conforme determinação do referido 
dispositivo legal, qual seja, 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. 
 A disposição contida no artigo 73 da CLT objetiva a 
garantir a higidez física e saúde mental do trabalhador, considerando a penosidade 
do labor noturno, uma vez que o trabalhador dedica maior esforço do que na jornada 
em período diurno. 
 Ademais, as diferenças decorrentes da redução da hora 
noturna e respectivos reflexos, por ocasião do rompimento do contrato de trabalho, 
não estavam incluídas nas verbas rescisórias. 
 Assim, demonstrada a atividade noturna, devido o 
pagamento do adicional de 20% sobre cada hora (52min e 30s) um total de 1044hrs 
por toda a contratualidade. 
 
8. DAS HORAS EXTRAS E SEUS REFLEXOS 
O reclamante laborou das 18h00 as 03h30 durante o 
período em que laborou para a reclamada com intervalo para refeição e descanso 
de 40min., portanto trabalhava semanalmente por 48h00 assim estendia sua jornada 
semanal em 04h00. 
. 
Portanto é devido o pagamento de 04h00 semanais 
durante todo o período trabalhado, considerando a habitualidade da sobre jornada, 
essas horas extras devem integrar a remuneração para todos os efeitos legais, de 
modo que devem refletir nas férias + 1/3, 13º salários, DSR’s, FGTS e verbas 
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73,par-1
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73,par-2
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho
30 
 
rescisórias, pelo que requer a condenação da Reclamada ao pagamento das horas 
extras e reflexos. 
Assim deve a reclamada ser condenada a pagar ao 
reclamante 24 horas extras com acréscimo de 50%, tudo com os devidos 
reflexos, por serem habituais deverão refletir nas verbas contratuais (férias de todo o 
período + 1/3, 13º salário de todo período, DSR, FGTS de todo o período) e 
rescisórias (saldo de salário, férias proporcionais+1/3 constitucional, 13º salário 
proporcional, FGTS dessas verbas e ainda 40% de indenização pela dispensa sobre 
o valor do FGTS de todo o período não depositado e sobre o FGTS das verbas 
rescisórias). 
 
9. DANOS MORAIS E MATERIAIS 
 No mês de agosto de 2019, o reclamante fez a entrega de 
uma pizza na casa de um cliente. Ocorre que o cozinheiro da pizzaria se confundiu 
no preparo e assou uma pizza de calabresa, sendo que o cliente era alérgico a esse 
produto (linguiça). Ao ver a pizza errada, o cliente foi tomado de fúria incontrolável, 
começou a xingar e a ameaçar o reclamante, e terminou por soltar seus cães de 
guarda, dando ordem para atacar o entregador. O reclamante correu 
desesperadamente, mas foi mordido e arranhado pelos animais, sendo lesionado 
gravemente. Em razão disso, ele precisou se afastar por 30 dias para recuperação, 
recebendo o benefício previdenciário pertinente do INSS. 
 
 O reclamante gastou R$ 30,00 na compra de vacina 
antirrábica, que por recomendação médica foi obrigado a tomar, porque não sabia 
se os cachorros eram vacinados. 
 
 Em 20 de setembro de 2019, após obter alta do 
INSS, Tito retornou à empresa e foi dispensado sendo assim de acordo com o art. 
223-c da CLT e ainda o artigo 223-f da lei nº5.452 de 01 de Maio de 1943 requer-se 
o pagamento de Dano moral e material ao reclamante 
 
31 
 
10. DA DEVOLUÇÃO DO DESCONTO PAGO AO SINDICATO 
 No mês de março de 2019 o reclamante teve a dedução 
de R$ 31,80 (trinta e um reais e oitenta centavos) a título de contribuição sindical, 
sem que tivesse autorizado o desconto. 
 
 Como previsto no art. 578 de CLT so é cabíveltal 
desconto caso o funcionário concorde o que não ocorreu, sendo assim requer que o 
valor descontado a titulo de contribuição sindical seja devolvido ao reclamante. 
 
 
 
11. DAS GORJETAS 
 O reclamante fazia em média 10 entregas em seu turno 
de trabalho, e normalmente recebia R$1,00 (um real) de bonificação espontânea de 
cada cliente, gerando uma média de R$260,00 (duzentos e sessenta reais) mensais 
que não era contabilizado em seu salario. 
 Sendo assim como previsto no art. 457 d CLT este valor 
deve integrar a remuneração no obreiro e assim deve tal valor ser contabilizado para 
o pagamento referente a 13º salario e férias. 
 
12. DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
 O reclamante foi contratado pela reclamante para prestar 
serviço de Motoboy, conforme previsto no art. 193, §4 da CLT tal atividade é 
passível de adicional de periculosidade, sendo é devido o respectivo adicional de 
30% sobre o salario do reclamante durante todo o período em que laborou para a 
reclamante. 
 
 
32 
 
13. DA PRATICA DE CRIME CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO. 
Requer o Reclamante, a determinação de ofícios ao 
Ministério Publica, para que seja tomadas todas as medidas cabíveis referentes aos 
efetivos proprietários da Reclamada, por praticarem crime contra a organização do 
trabalho, especialmente o crime tipificado no artigo 203 do CP., qual seja, a 
frustração de direito assegurado por Lei Trabalhista. 
 
O notável professor Damásio de Jesus, em sua obra 
“Código Penal Anotado” ( Ed. Saraiva, SP. 1.989, pág. 545) nos auxilia na definição 
do direito frustrado, que é o objeto jurídico do crime: 
“Direito frustrado, deve ser autorgado a seu titular 
pela legislação trabalhista (Leis, Convenções 
Coletivas do Trabalho, Sentenças judiciais com força 
normativa, etc.). Pouco importa seja o direito 
trabalhista frustrado renunciável ou irrenunciável.” 
 Nossa Carta Magna consagra a proteção ao salário do 
trabalhador, em seu artigo 7º, inciso X. 
 
 
14. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Cediço que, com a nova redação da CLT, em razão da 
Reforma Trabalhista, passou-se a prever a possibilidade de honorários 
advocatícios em favor dos advogados de ambas as partes, conforme artigo 791-A 
e seguintes. Vejamos: 
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, 
serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o 
mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze 
por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, 
do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-
lo, sobre o valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017). 
 
Assim, em razão do trabalho dos procuradores da parte 
Autora, necessário que ante aos aspectos do presente caso, sejam fixados em 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
33 
 
15% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico 
obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
 
 
15. IMPOSTO DE RENDA E RECOLHIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS 
Caso o reclamante tenha que arcar com alguma parcela a 
título de Imposto de Renda, deverá ser observada a natureza de cada parcela 
deferida, se remuneratória ou indenizatória, sendo determinado por V.Exa., que 
somente se efetuem recolhimentos se as parcelas mensais devidas, assim 
calculadas, ultrapassarem o limite de isenção mensal, já que foi o não cumprimento 
do contrato pela reclamada que gerou o pagamento acumulado de diferenças 
geradas mês a mês, de modo que se estas parcelas tivessem sido pagas no 
momento correto, o reclamante estaria isento do pagamento de Imposto de Renda. 
Incide em espécie o anexo III da IN RFB 1.558/2015. 
 
Ainda, deverá ser observado que juros de mora são mera 
punição ao empregador inadimplente, conforme dispõe a Lei 8.541/92, estando 
isento da incidência do Imposto de Renda. Incide em espécie a Súmula 53 do Egr. 
TRT da 4ª Região. 
Já quanto aos descontos previdenciários, deverá ser 
observado o valor do teto máximo de contribuição previsto pela Previdência Social. 
 
Para a correção monetária deverá ser observado que o 
pagamento dos salários deveria ser efetuado no mês próprio ao da prestação do 
serviço, devendo ser utilizado o FACDT do mês em que se gerou o débito. Caso não 
seja admitido o acima exposto, deverá ser adotado o FADCT do dia seguinte ao 
vencimento da obrigação, nos termos da Súmula nº. 21 deste Egr. TRT4. 
 
 
16. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS 
Sem dúvidas, a conduta da Reclamada beira o absurdo 
no que tange aos recolhimentos previdenciários, bem como de FGTS, horas extra e 
adicional de periculosidade. 
34 
 
O juiz do Trabalho é competente para determinar a 
expedição de ofício às autoridades do INSS, da Delegacia Regional do Trabalho e 
do Ministério Público para adoção de medidas ante a constatação de infrações 
cometidas pelo empregador contra direitos de seus empregados. 
 
 Sendo assim, se requer as devidas expedições de ofícios 
para o INSS, DRT e Ministério Público. 
 
 
17. DAS PROVAS ATRAVÉS DE DOCUMENTOS 
Sem prejuízo da produção de prova oral, requer que a 
reclamada junte aos autos todos os comprovantes de pagamentos, de depósitos 
fundiários GR’s e RE’s, controle de frequência nos termos e finalidades dos artigos 
396 e 400, II, CPC c.c. Sumula. 338 do TST. 
 
 Exibidos os recibos pela reclamada, a autora desde já 
requer, de toda forma, o pagamento das verbas pleiteadas. 
 
 
18. DA CORREÇÃO MONETÁRIA E DOS JUROS DE MORA 
 Para cálculo da correção monetária deverá ser observado 
o índice referente ao mês em que ocorreu o fato gerador da obrigação respectiva, ou 
seja, o mês da própria prestação laboral. 
 
 Tal decorre do fato de que o prazo previsto no artigo 459, 
parágrafo único da Consolidação das Leis do Trabalho é aplicável somente em 
relação à quitação do salário mensal do empregado, não podendo ser respeitado 
para cálculo de parcelas reconhecidas através de decisão judicial. 
 
 Por fim requer seja utilizado do IPCA-E como índice de 
correção monetária dos créditos da presente ação. 
 
 
35 
 
19. DOS PEDIDOS 
Diante de todo exposto vem, perante Vossa Excelência, 
reclamar o recebimento das seguintes verbas e requerer o que segue: 
 
 Que seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuito, devido à difícil 
situação econômica do autor que atualmente não possui condições de 
custear o processo, sem prejuízo próprio. 
 
 requer a reintegração do obreiro ao serviço, ou que seja concedida 
indenização cabível em relação ao tempo de serviço nos moldes do art. 496 
da CLT. _____________________________________________R$17.160,00 
 
 Requer seja a reclamada condenada a pagar ao reclamante 38h40 horas 
extras referente ao período laborado de 15/12/18 a 20/09/2020, com 
acréscimo de 50% referente período de intervalo suprimido durante o 
período supracitado. ____________________________________R$308,82 
 
 Assim, demonstrada a atividade noturna, devido o pagamento do adicional de 
20% sobre cada hora (52min e 30s) um total de 1044hrs por toda a 
contratualidade.________________________________________R$1.148,40 
 
 deve a reclamada ser condenada a pagar ao reclamante 24 horas extras 
com acréscimo de 50%. _________________________________R$192,96 
 
 requer-se o pagamento de Dano 
o Moral__________________________________________ R$30.505,30 
o Material ___________________________________________R$30,00 
 
 Requer que o valor descontado a titulo de contribuição sindical seja devolvido 
ao reclamante. ___________________________________________R$31,80 
36 
 
 Sendo assim como previsto no art. 457 d CLT requer que o valor pago de 
gorjeta deve integrar a remuneração no obreiro e assim deve tal valor ser 
contabilizado para o pagamento referente a 13º salarioe férias 
 
 Caso a reclamada não quite as verbas incontroversas em primeira audiência, 
faz jus ainda a multa do artigo 467 da CLT 
 
 Requer que a reclamada arque com a totalidade correspondente à 
contribuição previdenciária, a teor do disposto no artigo 33, § 5º, da Lei 
8.213/91, posto que não houve o tempestivo recolhimento, conforme lhe 
competia. 
 
 Requer as devidas expedições de ofícios para o INSS, DRT e Ministério 
Público. 
 
 Que sejam fixados em 15% de honorários advocatícios sobre o valor que 
resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não 
sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
 
 
19. REQUERIMENTOS FINAIS 
“Ad cautelam”, requer, outrossim, de Vossa Excelência se 
digne determinar seja a Reclamada instada a juntar os comprovantes de 
pagamentos de salário, recolhimentos previdenciários, comprovantes dos depósitos 
do FGTS, bem como cartões ou livros de ponto, sob pena de perícia contábil e as 
sanções dos artigos 396 e 400 ambos do Código de Processo Civil. Caso a 
reclamada tenha quitado alguma das verbas acima postuladas, após 
comprovação nos autos, requer o autor a devida compensação. 
Sem prejuízo da produção de prova oral, requer que a 
reclamada junte aos autos todos os comprovantes de pagamentos, de depósitos 
fundiários GR’s e RE’s, controle de frequência nos termos e finalidades dos artigos 
396 e 400, II, CPC c.c. Sumula. 338 do TST. 
37 
 
Pelo exposto, postula o Reclamante se digne Vossa 
Excelência determinar a NOTIFICAÇÃO CITATÓRIA da Reclamada para que, 
querendo, compareça à audiência a ser designada, a fim de apresentar a defesa que 
possuir pena de confissão quanto à matéria de fato, em decorrência de sofrer os 
efeitos da revelia, devendo, a final, ser a presente reclamação totalmente 
PROCEDENTE, condenando-se a Reclamada ao pagamento do principal corrigido 
monetariamente, tomando com ÉPOCA PROPRIA o mês de competência e não o 
subsequente, acrescido de JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA, na 
forma da Lei, custas e demais despesas, processuais, e a responder pelos 
HONORARIOS ADVOCATÍCIOS, devidos de acordo com o artigo 133 da 
Constituição Federal de 1.988, assim como pelas PARCELAS PREVIDENCIÁRIAS 
E FISCAIS, haja vista que, não tendo quitado as verbas ora postuladas nas épocas 
próprias, deixou de deduzir do Reclamante, naquela oportunidade, as cotas 
devidas, pelo que nesta altura já não mais poderão fazer, devendo, s.m.j., arcar 
exclusivamente com esse ônus. 
O INSS e IRRF constituem de rigor, ônus da Reclamada 
inadimplente (LEI 8.213/91, artigo 33, § 5º e CCB, artigo 159). Por cautela, em 
respondendo o Reclamante, justo que se observem os PRINCIPIOS 
CONSTITUCIONAIS DA ISONOMIA E DA PROGRESSIVIDADE TRIBUTARIA, 
Constituição Federal de 1988, artigos 150, II e 153, § 2º, I, respectivamente. 
Dá-se à causa o valor de R$ 39.839,97 (trinta e nove mil, 
oitocentos e trinta e nove reais e noventa e sete centavos). 
 
Termos em que, 
P. Deferimento. 
Cidade, data. 
 
ADVOGADO 
OAB/ESTADO Nº 
 
 
 
38 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ª VARA DO TRABALHO DE 
SÃO PAULO/SP. (estudo de caso IV) 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIANA RIBEIRO, Brasileira, casada, nascido em “...”, 
Auxiliar de produção, portador do RG n. 855 emitida em “...”, inscrito no CPF/MF sob 
o nº 909, PIS nº “...” e CTPS nº “...”, filho de Laura Santos, residente domiciliado na 
Rua Coronel Saturnino, casa 28, São Paulo-SP CEP 4444, e-mail: “...” por sue 
advogado Nome “...”, OAB/ nº “...”, e-mail:”...”, com escritório situado “...”, onde 
recebe intimações, vêm, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, 
com fulcro nos artigos 840, §1º, da Consolidação das Leis do Trabalho e 319 do 
Código de Processo Civil, propor, 
 
 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, pelo rito sumaríssimo. 
 
 
 
 Em face de: MALHARIA FINA LTDA, estabelecida “...” 
regularmente inscrita no C.N.P.J. Nº. “...”, pelos motivos que passa a expor: 
 
 
 
 
 
1. DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PREVIA 
39 
 
Por força do artigo 625-A da CLT, é facultado ao 
empregado, ora reclamante, passar pela Comissão de Conciliação Prévia. Frise-se 
que no mesmo sentido, a Comissão de Uniformização de jurisprudência do E. 
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região na resolução administrativa 
nº08/2002(DJE 12/11/2002) obteve como resultado a seguinte súmula. 
 
SUMULA Nº. 2 
Comissão de Conciliação Prévia. Extinção do Processo. 
(Resolução Administrativa nº. 08/2002 – DJE12/11/2002) 
“O comparecimento perante a Comissão de Conciliação 
Prévia é uma faculdade assegurada ao Obreiro, 
objetivando a obtenção de um título executivo 
extrajudicial, conforme previsto pelo artigo 625-E, 
parágrafo único da CLT, mas não constitui condição da 
ação, nem tão pouco pressuposto processual na 
reclamação trabalhista, diante do comando emergente do 
artigo 5º, XXXV, da Constituição Federal.” (Sala das 
Sessões, 23 de outubro de 2002). 
 
 
 
2. DO BENEFICIO DA JUSTIÇA GRATUITA 
Requer o reclamante que lhe seja deferido os benefícios 
da gratuidade da justiça, nos termos do artigo 98, do Novo Código de Processo Civil, 
vez que o reclamante não possui condições financeiras de custear a presente 
demanda, sem prejuízo do próprio sustento. 
 
Conforme se denota da inclusa cópia da CTPS em anexo 
do obreiro, este se encontra desempregado, portanto sem salário, deste modo faz 
jus ao benefício da justiça gratuita, nos termos do parágrafo 3º do artigo 790 da CLT. 
 
Assim, demonstrado o cabimento do presente pedido, 
requer o reclamante lhe seja deferida a gratuidade da justiça, uma vez que estão 
presentes os requisitos previstos em lei para o deferimento da benesse pleiteada. 
40 
 
 
 
3. DA COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO JUGAR 
Cumpre esclarecer que o reclamante teve como local de 
trabalho a cidade de São Paulo/SP. 
 
 
4. DOS FATOS 
A reclamante foi contratado pela reclamada em 
20/09/2016, para exercer as funções de Auxiliar de Produção, foi contratada para 
laborar de segunda a sexta das 13h30min as 22h30min, com 1 hora de intervalo 
para refeição e descanso e aos sábados das 08h00 as 12h00 sem intervalo. 
Recebeu como ultimo salário a importância de um salario mínimo como constas nos 
contracheque em anexo. Fora dispensada em 30/12/2019, recebendo as verbas da 
ruptura contratual. 
 
Marina é presidente do seu sindicato de classe, ao qual 
está filiada desde a admissão, tendo sido eleita e empossada no dia 20/06/2019 
para um mandato de 2 anos, bem como cientificada a empregadora do fato por e-
mail. 
Após o horário de seu labor, gastava 20 minutos para 
trocar o uniforme, conforme determinação da empresa. 
 
Marina recebeu a participação proporcional nos lucros de 
2016 e integral em 2017 e 2018, não tendo recebido a participação proporcional de 
2019. 
A reclamante, no ano de 2018, comprovadamente, doou 
sangue em duas ocasiões, faltou ao emprego em ambas tendo sido descontado os 
dois dias em que faltou. 
 
A reclamante foi assediada por seu superior por diversas 
vezes, onde Hugo, que era seu superior imediato sempre dizia que a reclamante 
tinha um belo sorriso. Por educação, Marina agradecia o elogio. 
41 
 
 
Em 2019, em razão de doença, Hugo ficou afastado do 
serviço por 90 dias e ela o substituiu até o seu retorno. 
 
A reclamante tem três filhos, com idades de 12, 10 e 8 
anos, conforme certidões de nascimento em anexo, entretendo durante todo o 
período em que laborou para a reclama recebeu somente duas cotas de salario 
família como está demonstrado em seus contracheques 
 
A reclamante tinha ajuizado uma ação anteriormente 
porem perdera a confiança no antigo advogado, não compareceu à audiência para a 
qual fora intimada. Essa ação havia sido distribuída à 250ª Vara do Trabalho de São 
Paulo e, em consulta pela Internet, foi verificado o seuarquivamento. Entretanto em 
momento oportuno seja juntado o comprovante de pagamento das custas 
processuais. 
 
Devido a dispensa feita em período que a reclamante 
possuía direito a estabilidade advinda do cargo que ocupa como presidente sindical, 
conforme passará a demonstrar, motivo pelo qual vem em busca da tutela 
jurisdicional. 
 
 
 
5. DO DIREITO 
DA GARANTIA DE ESTABILIDADE 
 O reclamante foi dispensado do trabalho durante o 
período que gozava da garantia de estabilidade, conforme documentos que junta em 
anexo. 
 A redação do artigo 543, parágrafo 3º da CLT é muito 
clara quanto a estabilidade do dirigente sindical: 
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-543
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-543,par-3
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho
42 
 
Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração 
sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão 
de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício 
de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe 
dificulte ou torne impossível o desempenho das suas 
atribuições sindicais. 
§ 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou 
associado, a partir do momento do registro de sua candidatura 
a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de 
associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu 
mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se 
cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta 
Consolidação. 
 No mesmo sentido, o artigo 8º da Constituição Federal 
prevê que não pode ser dispensado o empregado sindicalizado ou associado, a 
partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou 
representação, de entidade sindical ou associação profissional, até um ano após o 
final do seu mandato. 
 Assim, a demissão, dado ao Reclamante, por ser ilegal, 
configura o dever indenizatório do período correspondente. 
CIPA. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. CONVERSÃO DA 
REINTEGRAÇÃO EM INDENIZAÇÃO. PROCEDÊNCIA. 
Verificada a ausência de justo motivo para a despedida do 
cipeiro, é devida a indenização referente ao período de 
estabilidade provisória. (TRT-1 - RO: 00106276620145010019, 
Relator: RILDO ALBUQUERQUE MOUSINHO DE BRITO, Data 
de Julgamento: 13/02/2017, Terceira Turma, Data de 
Publicação: 27/02/2017, #051571) #5051571 
 Assim, por ilegal a dispensa, requer o reconhecimento da 
estabilidade provisória, com a reintegração imediata e pagamento integral dos 
salários correspondentes aos meses que o reclamante gozava de garantia de 
estabilidade, com os juros legais cabíveis e monetariamente corrigidos. 
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-543
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-543,par-3
/lei/CF/constituicao-federal/art-8
/lei/CF/constituicao-federal
43 
 
 
6. HORAS EXTRAS À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR 
 O Reclamante, além de realizar fielmente suas atividades 
como acordado, era obrigado a prolongar sua jornada em até 20 depois para trocar 
seu uniforme. 
 Ou seja, estava à disposição do Empregador em mais 20 
minutos além do horário contratual, sendo devido o reconhecimento de jornada de 
trabalho: 
HORAS EXTRAS. TROCA DE UNIFORME. O tempo 
despendido pelo empregado na troca de uniforme, quando 
ultrapassados os cinco minutos de tolerância previstos no § 1º 
do artigo 58 da CLT, caracteriza-se como tempo à disposição 
do empregador, consoante Súmula 366 do C. Tribunal Superior 
do Trabalho. Recurso da reclamada não provido, no particular. 
HORAS EXTRAS. ACORDO DE COMPENSAÇÃO. 
INVALIDADE. A prestação habitual de horas extras e o labor 
em condições insalubres sem a prévia autorização do poder 
público, nos termos do art. 60 da CLT, invalidam o acordo 
compensatório de horas extras. Entendimento firmado pelo 
Pleno deste Regional no julgamento do IUJ 0024170-
23.2015.5.24.0000. Recurso do reclamante provido. (TRT-24 
00248537120155240061, Relator: RICARDO GERALDO 
MONTEIRO ZANDONA, 2ª TURMA, Data de Publicação: 
14/02/2017, #051571) 
 Razão pela qual, o tempo dedicado a retirar o uniforme 
deve ser computado como hora extra e repercutir em todos os seus reflexos, 
conforme cálculo discriminado em anexo. 
 
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-58,par-1
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-58
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho
/lei/129815/sumulas-tst/num-366
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-60
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho
44 
 
7. DO ADICIONAL NOTURNO 
 Conforme informado, a jornada de trabalho era 
desenvolvida no horário de 13h30min. às 22h30min. 
 Portanto, configurado o trabalho noturno, nos termos do 
art. 73, § 2º da CLT: 
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou 
quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do 
diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo 
de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. 
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 
minutos e 30 segundos. 
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o 
trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas 
do dia seguinte. 
 Todavia, apesar de cristalina previsão legal, o Reclamante 
não recebia adequadamente o adicional de trabalho noturno, bem como, o cômputo 
das horas trabalhadas não era realizado conforme determinação do referido 
dispositivo legal, qual seja, 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. 
 A disposição contida no artigo 73 da CLT objetiva a 
garantir a higidez física e saúde mental do trabalhador, considerando a penosidade 
do labor noturno, uma vez que o trabalhador dedica maior esforço do que na jornada 
em período diurno. 
 Ademais, as diferenças decorrentes da redução da hora 
noturna e respectivos reflexos, por ocasião do rompimento do contrato de trabalho, 
não estavam incluídas nas verbas rescisórias. 
 Assim, demonstrada a atividade noturna, devido o 
pagamento do adicional de 20% sobre cada hora (52min e 30s) por toda a 
contratualidade. 
 
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73,par-2
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73,par-1
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73,par-2
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho/art-73
/lei/CLT/consolidacao-leis-trabalho
45 
 
8. Participação dos lucros 
Marina recebeu a participação proporcional nos lucros de 
2016 e integral em 2017 e 2018, não tendo recebido a participação proporcional de 
2019. 
Deste modo requer seja a reclamante condenada ao 
pagamento da participação dos lucros relativo ao ano de 2019 
 
 
 
9. DO DESCONTO DEVIDO A FALTA MOTIVADA PELA DOAÇÃO DE SANGUE 
 A reclamante, no ano de 2018, comprovadamente, doou 
sangue em duas ocasiões, faltou ao emprego em ambas tendo sido descontado os 
dois dias em que faltou. 
 
 A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT garante “um 
dia de folga a cada doze meses de trabalho, em caso de doação voluntária 
de sangue devidamente comprovada”. Como previsto no art. 473 da Consolidação 
das Leis do Trabalho. 
 
 Sendo assim requer que a reclamada seja condenada ao 
pagamento de um dia descontado devido a falta justificada em relação a doação de 
sangue. 
 
 
10. DIFERENÇA SALARIAL 
Em 2019, em razão de doença, Hugo que era superior 
direto da reclamante ficou afastado do serviço por 90 dias e ela o substituiu até o 
seu retorno. 
Porem não teve diferença salarial paga devido a 
substituição feita tendo recebido o mesmo salario habitual, ou seja, não teve seu 
salario acrescido em nada durante o período em que ocupou, exerceu o cargo de 
seu superior. 
46 
 
 O direito do funcionário substituto receber o mesmo 
salário do empregado substituído encontra suporte na Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT), em seu art. 5º: 
“a todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem 
distinçãode sexo”. 
 E ainda no art. 450: 
“Ao empregado chamado a ocupar, em comissão, 
interinamente, ou em substituição eventual ou temporária cargo 
diverso do que exercer na empresa, serão garantidas a 
contagem do tempo naquele serviço, bem como a volta ao 
cargo anterior”. 
 O Tribunal Superior do Trabalho (TST), visando pacificar 
a discussão sobre o tema, proferiu a Súmula nº 159, que serve de base em casos de 
demandas trabalhistas, para decisões da Justiça do Trabalho: 
“Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter 
eventual, o empregado substituto fará jus ao salário contratual 
do empregado substituído”. 
Deste modo requer a devida equiparação salarial do 
cargo ocupado pela reclamante no período de 90 dia em 2019 em que ocupou o 
cargo de seu superior Hugo e seus devidos reflexos. 
 
 
 
11. SALARIO FAMÍLIA 
A reclamante tem três filhos, com idades de 12, 10 e 8 
anos, conforme certidões de nascimento em anexo, entretendo durante todo o 
período em que laborou para a reclama recebeu somente duas cotas de salario 
família como está demonstrado em seus contracheques. 
 
47 
 
O salário família é determinado pelos artigos 65 a 70 da 
Lei nº 8213/91, e é um benefício concedido aos trabalhadores celetistas que 
possuem filhos de até 14 anos. 
 
Assim Reque que a reclamada seja condenada ao 
pagamento em relação a 3ª cota do salario família durante todo o período em que a 
reclamante tem direito. 
 
 
 
 
12. DA PRATICA DE CRIME CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO. 
Requer a Reclamante, a determinação de ofícios ao 
Ministério Publica, para que seja tomadas todas as medidas cabíveis referentes aos 
efetivos proprietários da Reclamada, por praticarem crime contra a organização do 
trabalho, especialmente o crime tipificado no artigo 203 do CP., qual seja, a 
frustração de direito assegurado por Lei Trabalhista. 
 
O notável professor Damásio de Jesus, em sua obra 
“Código Penal Anotado” ( Ed. Saraiva, SP. 1.989, pág. 545) nos auxilia na definição 
do direito frustrado, que é o objeto jurídico do crime: 
 
“Direito frustrado, deve ser autorgado a seu titular 
pela legislação trabalhista (Leis, Convenções 
Coletivas do Trabalho, Sentenças judiciais com força 
normativa, etc.). Pouco importa seja o direito 
trabalhista frustrado renunciável ou irrenunciável.” 
 
 Nossa Carta Magna consagra a proteção ao salário do 
trabalhador, em seu artigo 7º, inciso X. 
 
 
 
48 
 
13. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Cediço que, com a nova redação da CLT, em razão da 
Reforma Trabalhista, passou-se a prever a possibilidade de honorários 
advocatícios em favor dos advogados de ambas as partes, conforme artigo 791-A 
e seguintes. Vejamos: 
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, 
serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o 
mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze 
por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, 
do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-
lo, sobre o valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017). 
 
Assim, em razão do trabalho dos procuradores da parte 
Autora, necessário que ante aos aspectos do presente caso, sejam fixados em 
15% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico 
obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
 
 
14. IMPOSTO DE RENDA E RECOLHIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS 
Caso o reclamante tenha que arcar com alguma parcela a 
título de Imposto de Renda, deverá ser observada a natureza de cada parcela 
deferida, se remuneratória ou indenizatória, sendo determinado por V.Exa., que 
somente se efetuem recolhimentos se as parcelas mensais devidas, assim 
calculadas, ultrapassarem o limite de isenção mensal, já que foi o não cumprimento 
do contrato pela reclamada que gerou o pagamento acumulado de diferenças 
geradas mês a mês, de modo que se estas parcelas tivessem sido pagas no 
momento correto, o reclamante estaria isento do pagamento de Imposto de Renda. 
Incide em espécie o anexo III da IN RFB 1.558/2015. 
 
Ainda, deverá ser observado que juros de mora são mera 
punição ao empregador inadimplente, conforme dispõe a Lei 8.541/92, estando 
isento da incidência do Imposto de Renda. Incide em espécie a Súmula 53 do Egr. 
TRT da 4ª Região. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
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Já quanto aos descontos previdenciários, deverá ser 
observado o valor do teto máximo de contribuição previsto pela Previdência Social. 
 
Para a correção monetária deverá ser observado que o 
pagamento dos salários deveria ser efetuado no mês próprio ao da prestação do 
serviço, devendo ser utilizado o FACDT do mês em que se gerou o débito. Caso não 
seja admitido o acima exposto, deverá ser adotado o FADCT do dia seguinte ao 
vencimento da obrigação, nos termos da Súmula nº. 21 deste Egr. TRT4. 
 
 
15. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS 
Sem dúvidas, a conduta da Reclamada beira o absurdo 
no que tange aos recolhimentos previdenciários, bem como de FGTS, horas extra e 
adicional de periculosidade. 
O juiz do Trabalho é competente para determinar a 
expedição de ofício às autoridades do INSS, da Delegacia Regional do Trabalho e 
do Ministério Público para adoção de medidas ante a constatação de infrações 
cometidas pelo empregador contra direitos de seus empregados. 
 
 Sendo assim, se requer as devidas expedições de ofícios 
para o INSS, DRT e Ministério Público. 
 
 
16. DAS PROVAS ATRAVÉS DE DOCUMENTOS 
Sem prejuízo da produção de prova oral, requer que a 
reclamada junte aos autos todos os comprovantes de pagamentos, de depósitos 
fundiários GR’s e RE’s, controle de frequência nos termos e finalidades dos artigos 
396 e 400, II, CPC c.c. Sumula. 338 do TST. 
 Exibidos os recibos pela reclamada, a autora desde já 
requer, de toda forma, o pagamento das verbas pleiteadas. 
 
 
 
50 
 
17. DA CORREÇÃO MONETÁRIA E DOS JUROS DE MORA 
 Para cálculo da correção monetária deverá ser observado 
o índice referente ao mês em que ocorreu o fato gerador da obrigação respectiva, ou 
seja, o mês da própria prestação laboral. 
 Tal decorre do fato de que o prazo previsto no artigo 459, 
parágrafo único da Consolidação das Leis do Trabalho é aplicável somente em 
relação à quitação do salário mensal do empregado, não podendo ser respeitado 
para cálculo de parcelas reconhecidas através de decisão judicial. 
 Por fim requer seja utilizado do IPCA-E como índice de 
correção monetária dos créditos da presente ação. 
 
 
18. DOS PEDIDOS 
Diante de todo exposto vem, perante Vossa Excelência, 
reclamar o recebimento das seguintes verbas e requerer o que segue: 
 
 Que seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuito, devido à difícil 
situação econômica do autor que atualmente não possui condições de 
custear o processo, sem prejuízo próprio. 
 
 Assim, por ilegal a dispensa, requer o reconhecimento da estabilidade 
provisória, com a reintegração imediata e pagamento integral dos salários 
correspondentes aos meses que o reclamante gozava de garantia de 
estabilidade, com os juros legais cabíveis e monetariamente 
corrigidos.___________________________________________R$22.000,00 
 
 Requer que o tempo dedicado a retirar o uniforme deve ser computado como 
187 horas extra que deve ser pago ao reclamante, um total de ____R$935,00 
 
 Assim, demonstrada a atividade noturna, devido o pagamento do adicional de 
20% sobre cada hora (52min e 30s) por toda a contratualidade, um total de 
______________________________________________________R$468,00 
 
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 Deste modo requer seja a reclamante condenada ao pagamento da 
participação dos lucros relativo ao ano de 2019 
 
 Sendo assim requer que a reclamada seja condenada ao pagamento de um 
dia descontado

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