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FERRAMENTAS-BIM-PARA-ARQUITETURA-MÓDULO-BÁSICO-1

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1 
 
 
FERRAMENTAS BIM PARA ARQUITETURA MÓDULO 
BÁSICO 
1 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. NOSSA HISTÓRIA ........................................................................................................................ 2 
2. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 3 
3. Softwares dos Sistemas BIM ....................................................................................................... 6 
1. 2.1 ArchiCAD .............................................................................................................................. 8 
2. 2.2 Revit ................................................................................................................................10 
3. ..................................................................................................................................................10 
4. Modelagem Paramétrica – Os D’s do BIM ..................................................................................12 
5. Principais benefícios e funcionalidades BIM ..............................................................................14 
1. A Visualização em 3D do que Está Sendo Projetado ...............................................................14 
6. MODELOS BIM ..........................................................................................................................17 
7. Referências ...............................................................................................................................19 
 
 
2 
 
 
 
1. NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em 
atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com 
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível 
superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no 
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de 
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem 
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras 
normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e 
eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. 
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de 
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do 
serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
Experiências sobre o ensino do paradigma BIM (Building Information Modeling) 
no Brasil mostram a sua paulatina introdução nos cursos de graduação em arquitetura 
e em engenharia (Vincent, 2006; Andrade, 2007; Florio, 2007; Ruschel & Guimarães 
Filho, 2008; Ruschel et al., 2011; Menezes et al., 2012; Romcy, Cardoso & Miranda, 
2013). 
É possível perceber uma evolução nas discussões sobre o tema na academia, 
que inicialmente focavam vantagens e desvantagens da modelagem geométrica (3D), 
passando a discutir aspectos como colaboração e multidisciplinaridade nas fases 
iniciais da projetação. No entanto, observou-se que essa inserção no ensino encontra-
se em fase inicial, e se dá geralmente de forma pontual, em uma ou duas disciplinas 
do currículo representação gráfica, e ou projeto de arquitetura. Poucas experiências 
relatam integração com disciplinas técnicas (instalações, estrutura, construção, etc.) 
especialmente junto à graduação. Isto evidencia uma adoção incipiente do paradigma, 
revelando a necessidade de estratégias mais efetivas para acelerar a difusão, adoção 
e amadurecimento do ensino de BIM no país. 
Este trabalho relata a experiência de introdução do paradigma BIM no curso de 
graduação em Arquitetura e Urbanismo (noturno) da Faculdade de Arquitetura da 
Universidade Federal da Bahia (FAUFBA), criado em 2008 no âmbito do Plano de 
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). 
Alguns dos principais aspectos intrínsecos do paradigma BIM que dificultam a 
sua adoção seja no ensino, seja na prática profissional, são a complexidade envolvida, 
a vastidão do escopo a que se propõe, a sofisticada plataforma tecnológica e os 
significativos custos envolvidos. 
O BIM contempla um conceito complexo, pois compreende um processo 
colaborativo e integrado que utiliza um ambiente gráfico computacional tridimensional 
e paramétrico para execução dos projetos, e outras atividades que abrangem o ciclo 
de vida da edificação, desde o estudo de viabilidade, a projetação, o planejamento da 
construção, a construção, a operação, a manutenção, até a demolição ou a 
requalificação. O uso do BIM favorece a integração entre essas fases, contribuindo 
para o gerenciamento das atividades, possibilitando a redução de custos, de conflitos 
entre disciplinas e favorecendo a comunicação entre os diversos agentes envolvidos 
com a edificação durante o seu ciclo de vida. 
4 
 
 
Outro aspecto dificultador está relacionado a plataforma tecnológica, pois para 
que o BIM seja utilizado em todo o ciclo de vida da edificação, o edifício virtual deverá 
ser modelado através de diferentes ferramentas, com diferentes objetivos. A troca de 
informações entre esses programas deve ocorrer sem a degradação dos dados, 
evitando o retrabalho de inserção de elementos perdidos, e garantindo a utilização 
eficiente da informação. Por isso, a definição da plataforma de trabalho, da rede e 
pacotes de software, compõe um aspecto essencial da adoção. 
Por último, a implantação também é dificultada pelo significativo custo da 
infraestrutura necessária, que compreende: mão de obra qualificada e proficiente, 
implicando em treinamento; hardware adequado às ferramentas, solicitando, em geral, 
máquinas com grande capacidade de processamento; e ferramentas específicas para 
cada uso. Devido ao ritmo das inovações, estas tecnologias possuem rápida 
obsolescência e preços elevados, resultando em necessidade de atualizações 
frequentes e representando custos significativos. 
Além das dificuldades próprias do paradigma, tem--‐se o ensino de graduação, 
seja de Arquitetura ou de Engenharia Civil, calcado em disciplinas isoladas onde em 
cada uma delas são tratados de temas específicos e especializados, mas de forma 
fragmentada, esquecendo-se muitas vezes de que a edificação constitui uma 
unidade única, destinada a cumprir um determinado papel, ou mais de um, ao longo 
da sua vida útil. 
Em função disto, é preciso entender que este tipo de abordagem não mais é 
capaz de dar conta dos desafios ambientais, tecnológicos e socioeconômicos que 
estão colocados na contemporaneidade. 
Assim, o desafio da introdução do paradigma BIM no ensino passa inicialmente 
pelo entendimento da importância de se enfrentar o ciclo de vida da edificação como 
um todo e contínuo, e não o enfrentamento de forma parcial e assíncrono que 
normalmente acontece: incialmente, a projetação nos cursos de Arquitetura, seguida 
pela construção nos cursos de Engenharia Civil. 
Assumindo‐se esse entendimento, no segundo momento torna‐se evidente a 
necessidade da integração das várias disciplinas, o que se constitui talvez no maior 
desafio, não só em função da especialização das mesmas, mas, sobretudo, pelos 
profissionais nelas envolvidos. Alterar rotinas de trabalho consolidadas, práticas 
consagradas e culturas estabelecidas, talvez seja o maior desafio a ser superado no 
processo de adoção do paradigma. Isto só será possível na medida em que os vários 
5 
 
 
profissionais entendam a importância da integração e estejam dispostos a 
desenvolver novas práticas colaborativas.O terceiro aspecto a ser considerado é como inserir o paradigma neste 
complexo contexto, que envolve duas formações complementares e cada vez mais 
separadas, um grande número de disciplinas e profissionais, que vai demandar 
profundas alterações em conceitos, conteúdos e metodologias. O paradigma BIM ou 
simplesmente BIM, ou ainda, a Modelagem da Informação da Construção, não pode 
ser entendida como uma nova ou mais uma disciplina. Isto seria impraticável, dada a 
sua complexidade. 
Por outro lado, BIM deve ser visto como uma nova forma de abordagem da 
edificação e do seu ciclo de vida. Assim, os novos conteúdos, sejam conceitos, 
tecnologias e métodos, precisam ser cuidadosamente integrados nas disciplinas já 
existentes nos referidos cursos, e estas adequadamente relacionadas entre si. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
3. SOFTWARES DOS SISTEMAS BIM 
 
Muitos acreditam que BIM é um software, mas isso não é correto. BIM quer 
dizer Modelagem da Informação da Construção de um Edifício. Existem diversos 
softwares que trabalham com o BIM (cerca de 150 homologados pela Building Smart). 
Cada produto apresenta características e capacidades distintas, tanto em relação aos 
sistemas orientados ao projeto quanto às ferramentas de produção BIM. Dessa forma, 
a escolha de um software afeta as práticas de produção, interoperabilidade e as 
capacidades funcionais de uma organização de projeto para elaborar determinados 
tipos de projetos. Outro ponto é que nenhuma plataforma será ideal para todos os 
tipos de empreendimentos. O Quadro 1 apresenta os pontos fortes e fracos dos 
principais produtos disponíveis no mercado. 
 
Quadro 1 - Pontos fortes e fracos dos principais softwares BIM. 
SOFTWARE PONTOS FORTES PONTOS FRACOS 
ARCHICAD 
Interface intuitiva e simples de 
usar; ampla biblioteca de objetos 
e um rico conjunto de aplicações 
de suporte em construção e 
gerenciamento de facilities; 
Limitações nas suas 
capacidades de modelagem 
paramétricas, não suportando 
regras de atualização entre 
objetos em uma montagem ou 
aplicação de operações 
boolenas entre objetos; 
Problemas com projetos 
grandes, apesar de dispor de 
modos efetivos de gerenciar 
tais projetos, dividindo-o em 
grandes módulos. 
BENTLEY 
SYSTEMS 
Ferramentas de modelagem 
para quase todos os aspectos da 
indústria AEC; Suporta 
modelagem de superfícies 
curvas complexas; múltiplos 
níveis de suporte para 
desenvolvimento de objeto 
paramétricos personalizados; 
permite a definição de 
montagens de geometrias 
paramétricas complexas; 
suporte escalável para grandes 
empreendimentos com muitos 
objetos. 
Interface de usuário grande e 
não integrada, dificultando a 
navegação e aprendizado; 
Módulos funcionais 
heterogêneos com diferentes 
comportamentos de objetos; 
Bibliotecas menos amplas que 
produtos similares; eficiência na 
integração de suas várias 
aplicações reduz o valor e a 
amplitude do suporte que esses 
sistemas proporcionam 
individualmente. 
7 
 
 
REVIT 
Interface amigável e de fácil 
aprendizado; amplo conjunto de 
bibliotecas desenvolvidos por 
terceiros; por ser líder do 
mercado é a interface preferida 
para interligação direta; suporte 
bidirecional a desenhos, 
permitindo a geração e/ou 
modificação tanto via modelo 
quanto vistas; suporte a 
operações simultâneas no 
mesmo projeto; possui excelente 
biblioteca de objetos que suporta 
uma interface multiusuário. 
Projetos maiores que 220 
megabytes, o sistema fica lento; 
limitações nas regras 
paramétricas para lidar com 
ângulos; não suporta 
superfícies curvas complexas. 
TEKLA 
STRUCTURES 
Modela estruturas que 
incorporam todos os tipos de 
materiais estruturais e 
detalhamento; suporte a 
modelos muito grandes e 
operações simultâneas no 
mesmo projeto com múltiplos 
usuários ao mesmo tempo; 
suporta a compilação de 
bibliotecas de componentes 
personalizados paramétricos 
complexos com pouca ou 
nenhuma programação. 
Funcionalidades são bastantes 
complexas e difíceis de 
aprender e utilizar plenamente; 
O poder de suas facilidades de 
componentes paramétricos 
requer operados sofisticados 
com alto nível de habilidade; 
Não suporta a importação de 
superfícies multicurvadas 
complexas de aplicações 
externas. 
VICO 
SOFWARE 
O módulo de modelagem é o 
mesmo do Archicad possuindo 
as mesmas vantagens; 
atribuição de composições aos 
objetos do modelo, definindo 
tarefas e recursos necessários 
para sua construção; atividades 
de cronograma definidas e 
planejadas usando técnicas da 
linha de balanço e integração à 
softwares de planejamento; 
permite simulações 4D e 5D. 
O módulo de modelagem é o 
mesmo do Archicad possuindo 
as mesmas desvantagens. 
Fonte: Adaptado de Eastman et al., 2014. 
 
Apesar da tabela acima mostrar software individuais, a indústria de softwares 
está cada vez mais oferecendo um conjunto (“Suites”) de programas que podem ser 
integrados nas diversas etapas do BIM. O quadro abaixo mostra as principais 
plataformas no mercado atual de 2015. 
 
8 
 
 
Quadro 2 - Plataformas BIM 2015. 
 
 Fonte: Adaptado de Eastman et al., 2014. 
 
1. 2.1 ArchiCAD 
 
O ArchiCAD foi um dos primeiros softwares BIM desenvolvidos para arquitetos, 
em 1984, pela Graphisoft, empresa Húngara sediada em Budapest, que foi adquirida 
no ano de 2006 pelo grupo Nemetschek. 
A Nemetschek é uma empresa Alemã sediada em Munique e fundada em 1963 
pelo professor Georg Nemetschek, que fez seu “IPO” em 1999, adquiriu o Vectorworks 
no ano 2000; a Graphisoft e o Scia em 2006; a Data Design System (DDS-CAD) em 
2013; o BlueBeam em 2014; e o Solibri em 2015. 
 
9 
 
 
Figura 1 - Representação dos produtos que compõem o portfólio da Nemetschek e da 
Graphisoft, indicados para o segmento de edificações. 
Fonte: Adaptado de Eastman et al., 2014. 
 
Na figura apresentada a seguir, serão apresentadas as descrições dos 
principais produtos que compõem a oferta da Nemetschek para o mercado de 
edificações, com a especificação dos correspondentes formatos de arquivos gerados 
e lidos e a homologação de importação e exportação ifc, quando existir. 
 
Figura 2 - Portfolio de produtos Nemetschek mais direcionados ao segmento de edificações, 
com breve descrição, formatos de arquivos gerados e lidos e certificação de exportação e 
importação ifc, quando aplicável. 
 
10 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado de Eastman et al., 2014. 
2. 2.2 Revit 
3. 
Segundo Netto, (2016) o nome Revit vem das palavras em inglês “Revise 
Instantly”, que significa Revise instantaneamente, ou seja, ao desenhar no Revit, as 
alterações de um objeto se dão instantaneamente em todos os objetos iguais de 
11 
 
 
maneira simultânea e em todas as vistas do desenho em que ele aparece, de forma 
imediata. 
Netto (2016) afirma que o Revit é uma ferramenta que utiliza um novo conceito, 
o BIM (Building Information Modeling, ou Modelagem da Informação da Construção), 
com o qual os edifícios são criados de uma nova maneira. Os arquitetos não estão 
mais desenhando vistas em 2D de um edifício 3D, mas projetando um edifício em 3D 
virtualmente. Segundo a autora supracitada, essa nova forma de projetar traz vários 
benefícios, tais como: 
 Examinar o edifício de qualquer ponto. 
 Testar e analisar o edifício. 
 Verificar interferências entre as várias disciplinas atuantes na construção. 
 Quantificar os elementos necessários à construção. 
 Simular a construção e analisar os custos em cada uma das fases. 
 Gerar uma documentação vinculada ao modelo que seja fiel a ele. 
Por se tratar de um modelo virtual, é possível utilizar informações reais para 
analisar conflitos de projeto, realizar estudo de insolação, uso de energia, entre outras 
facilidades. Os construtores do projeto têm a facilidade de simular várias opções de 
construção, economizando material e tempo de obra (NETTO, 2016). 
O Revit Architecture completa a solução BIM junto com o Revit Structure(projeto de estrutura) e o Revit MEP (Projeto de instalações elétricas, hidráulicas e ar-
condicionado). A interoperabilidade deles garante a solução completa do protótipo 
digital do edifício (NETTO, 2016). 
Todos os objetos do Revit pertencem a uma família e essas famílias pertencem 
a categorias ou classes. As categorias (classes) são os elementos construtivos 
(paredes, vigas, pilares etc.) ou os objetos de anotação do desenho (texto, cotas, 
símbolos etc.) (NETTO, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
4. MODELAGEM PARAMÉTRICA – OS D’S DO BIM 
 
A Modelagem Paramétrica é uma particularidade das ferramentas BIM e um 
diferencial aos objetos 3D, pois, apesar destes serem muito utilizados para facilitar a 
visualização gráfica, suas informações não possuem atributos e os dados não são 
integrados, ou seja, alterações podem ser feitas sem a interligação precisa com as 
demais disciplinas, diferentemente dos objetos modelados nas ferramentas BIM. 
De forma abrangente, os objetos paramétricos são definidos, segundo 
EASTMAN et al. (2014), da seguinte forma: 
a) Consistem em definições geométricas e dados e regras associadas; 
b) São objetos 3D, possuindo geometria integrada e não são representados por 
múltiplas vistas 2D independentes. Devido a isso, modificações de dimensões em uma 
vista são automaticamente refletidas nas outras vistas; 
c) As regras paramétricas modificam automaticamente as geometrias 
associadas. É possível vincular elementos, de forma que, por exemplo, ao diminuir a 
altura de uma parede, a inclinação do telhado se ajusta automaticamente; 
d) Além das características geométricas, é possível determinar um conjunto de 
atributos para o objeto, por exemplo, materiais estruturais, dados acústicos e dados 
de energia, vinculados a informações de peso, custo, durabilidade, entre outros; 
e) O modelo é composto por regras que limitam ações que violam a viabilidade 
do objeto. Por exemplo, não é possível inserir uma porta fora de uma parede. 
Ainda, de acordo com BOMFIM et al. (2016) “o sistema BIM reduz a 
probabilidade de erros tanto no projeto, quanto na obra. Isso se dá através de uma 
parametrização de componentes que irão compor o objeto arquitetônico a ser criado.” 
Essa parametrização é capaz de transformar um sistema produtivo de 2D para até 
7D, a depender do nível de informações que o projetista forneça ao modelo em 
produção. 
Modelagem 3D: Segundo FOUQUET et al. (2011), “os avanços na modelagem 
3D permitiram que se colocassem informações referenciadas nos modelos 
geométricos, permitindo maior compreensão durante o seu desenvolvimento e das 
intenções de projeto”. 
Modelagem 4D: “O BIM 4D introduz atributos de tempo ao modelo, permitindo 
o uso da tecnologia para modelagem e planejamento, simulando as etapas de 
13 
 
 
construção antes do início da mesma e estabelecendo melhores estratégias de 
planejamento” (MOTTER; CAMPELO, 2014). 
Modelagem 5D: Segundo SMITH (2014), “a modelagem 5D permite a geração 
de imediato dos orçamentos de custos financeiros e representações gráficas do 
modelo, com cronogramas associado ao tempo”. 
Modelagem 6D: “O sistema 6D permite estender o BIM para a gestão de 
instalações. Isso porque o núcleo do modelo BIM é uma rica descrição dos elementos 
de construção e serviços de engenharia que fornece uma descrição integrada para 
um edifício” (SMITH, 2014). 
Modelagem 7D: “A incorporação de componentes de sustentabilidade ao 
conceito de BIM gera modelos 7D, que permitem aos projetistas atender elementos 
específicos do projeto, comparar conformidade e validar as diferentes opções de 
estimativas de energia e demais sistemas” (SMITH, 2014). 
 
Figura 3 – Os D’s do BIM 
 
 Fonte: Adaptado de Eastman et al., 2014. 
 
 
14 
 
 
5. PRINCIPAIS BENEFÍCIOS E FUNCIONALIDADES BIM 
1. A Visualização em 3D do que Está Sendo Projetado 
 
Nos projetos desenvolvidos em CAD (Computer Aided Design), tecnologia 
baseada apenas em documentos, as representações em plantas, cortes, vistas ou, no 
melhor dos casos, em desenhos de perspectivas e detalhes, não permitiam a correta 
visualização e a perfeita compreensão do que estava sendo projetado. 
O ‘leitor’ das informações documentadas em desenhos precisava usar sua 
imaginação para construir, apenas mentalmente, as imagens tridimensionais de uma 
edificação ou instalação projetada, combinando as informações documentadas e 
fragmentadas em diferentes desenhos. 
 
Figura 4 - Desenho em CAD, representando as instalações de ar condicionado de uma 
edificação. É preciso construir mentalmente as imagens tridimensionais das projeções. 
 
A modelagem 3D possibilita a visualização exata do que está sendo projetado, 
por mais complexa que seja a instalação ou edificação, além de oferecer 
funcionalidades para a detecção automática de interferências geoespaciais entre 
objetos. 
 
 
15 
 
 
Figura 5 - Imagem 3D renderizada, gerada por software BIM, representando parte das 
instalações de ar condicionado de uma edificação. 
 
Como dito anteriormente, nem todas as soluções de modelagem 3D são BIM, 
mas, se forem BIM, certamente serão 3D. As soluções BIM trabalham como gestores 
de bancos de dados, de forma que qualquer alteração ou revisão realizada em 
qualquer parte de um modelo será automaticamente considerada em todas as demais 
formas de visualização da correspondente massa de dados e informações, sejam 
tabelas, relatórios ou desenhos (documentos), gerados a partir do modelo (e em 
inexorável consequência do modelo). 
Somente a correta e inequívoca visualização do que está sendo projetado 
garante o entendimento e a eficácia no processo de comunicação e alinhamento entre 
todos os envolvidos na construção de um empreendimento (incorporadores, 
projetistas, especificadores, orçamentistas, compradores, construtores, etc.), inclusive 
nas suas fases mais iniciais. Em outras palavras, mesmo aqueles que não são 
familiarizados com os termos técnicos da construção civil (proprietários e investidores, 
por exemplo) conseguem entender perfeitamente o projeto. Tudo isso se traduz em 
menor desgaste e em menor quantidade de problemas durante a fase de execução. 
 
16 
 
 
Figura 6 - Imagem 3D renderizada, gerada por um software BIM, representando parte das 
instalações de ar condicionado de uma edificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
6. MODELOS BIM 
 
Um modelo de informações de construção (Modelo BIM) e uma representação 
digital multidimensional das características físicas e funcionais de uma edificação ou 
instalação. 
Diferentes modelos BIM poderão ser desenvolvidos, de acordo com os usos e 
propósitos aos quais se destinarem; e esses diferentes modelos serão desenvolvidos 
em fases especificas do ciclo de vida de um empreendimento, considerando a 
consolidação das informações, resultantes da evolução do projeto e do processo de 
definição das soluções construtivas e especificações. 
Nos casos mais comuns, desenvolvem-se modelos BIM específicos para cada 
uma das principais disciplinas que compõem uma edificação ou instalação, isto é, um 
modelo para arquitetura, outro para estrutura, outro para instalações elétricas e 
hidráulicas, e assim por diante. 
Embora sejam modelos distintos, os desenvolvimentos são realizados 
seguindo um encadeamento logico e considerando as definições e evoluções já 
realizadas, ou seja, seguindo a premissa do ‘trabalho colaborativo’, no qual o esforço 
realizado por um participante do processo pode ser totalmente aproveitado por outro, 
que atuara no projeto em fases subsequentes do ciclo de vida de um empreendimento. 
Ainda sobre variações, elas também se diversificam na forma de compartilhar 
e trocar dados, dependendo da infraestrutura disponível e da configuração das 
diferentes equipes que desenvolvem o trabalho. Uma das boas práticas e estabelecer 
o que se chama de ‘modelo federado’ ou ‘modelo compartilhado’,para facilitar a troca 
de informações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
Figura 7 - A ilustração da esquerda demonstra o processo tradicional de trocas de 
informações entre várias disciplinas, comumente envolvidas no desenvolvimento de um 
projeto baseado em documentos (CAD). A ilustração da direita demonstra o estabelecimento 
de um modelo compartilhado (ou federado), que é utilizado para a troca de informações entre 
as diferentes disciplinas. 
 
 Fonte: Adaptado de Eastman et al., 2014. 
 
Existem muitas questões que precisam ser endereçadas e tratadas para que 
esse modelo de comunicação e compartilhamento de dados realmente funcione, como 
a questão da interoperabilidade entre diferentes softwares ou diferentes tecnologias. 
Existem no mercado soluções que trabalham com formatos proprietários de arquivos 
e outras apresentadas como soluções ‘openBIM’, porque teriam adotado formatos de 
arquivos ‘abertos’. 
Por ora, talvez os pontos mais importantes a ressaltar correspondem ao fato de 
que, mesmo ainda não sendo muito simples nem de fácil resolução as questões de 
interoperabilidade e compatibilidade entre diferentes softwares, e possível viabilizar a 
realização do processo de troca de informações e interações ilustrado na figura 
anterior. 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
7. REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT ABNT NBR 
6492:1994 Representação de projetos de arquitetura (em revisão). 
 
______ Elaboração de projetos de edificações – Atividades técnicas ABNT NBR 
13531:1995. 
 
______. Sistema de classificação da informação da construção. ABNT NBR 15965: 
2011; 
 
AMERICAN INSTITUTE OF ARCHITECTS - AIA - Integrated Project Delivery: A 
Guide. AIA National e AIA California Council, 2007, disponível em https://www.aia.org, 
acesso em 14/07/2017. 
 
______ G202-2013 Project Building Informatio Modeling Protocol Form, 2013. 
 
BIM FORUM, Level of Development Specification, 2016, disponível em 
https://bimforum. org/lod/, acesso em 20 de julho de 2017. 
 
BRASIL . Lei 5.194/66 DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966 Regula o exercício das 
profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras 
providências. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5194.htm acesso em 
05/09/2017. 
 
BRASIL. Lei 9.610/98 DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. Altera, atualiza e consolida a 
legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
 
BRITISH STANDARDS INSTITUTION – BSI, PAS 1192-2:2013 – Specification for 
information management for the capital/delivery phase of construction projects using 
building information modelling disponível em https://shop.bsigroup.com, acesso 
05/09/2017. 
 
BUILDINGSMART, http://www.buildingsmart-tech.org/, acesso em 20 de julho de 
2017. 
 
______ Pset_SpaceCommon , disponível em http://www.buildingsmart-
tech.org/ifc/IFC2x3/TC1/html/psd/IfcProductExtension/Pset_SpaceCommon.xml , 
acesso em 12/07/2017. 
 
CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO - CAU, Remuneração do Projeto 
Arquitetônico de Edificações, disponível em 
http://honorario.caubr.gov.br/download/acesso em 20 de julho de 2017. 
 
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