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Aulas 4, 5, 6, 7 8, 9 e 10 - Solo, água, clima, planta e suas interações com a irrigação - Prof Claudinei

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1
IRRIGAÇÃO E DRENAGEM
Aulas 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10
2
CAPÍTULO 2
Solo, água, clima, planta e suas interações com a 
irrigação
2.1 - Introdução ...................................................................................40 
2.2 - Água no solo ...............................................................................41 
2.3 - Infiltração da água no solo ..........................................................66 
2.4 - Estações meteorológicas .............................................................71 
2.5 - Evapotranspiração (ET) ..............................................................76 
2.6 - Turno de rega e período de irrigação ..........................................87 
2.7 - Precipitação.................................................................................94 
2.8 - Época de irrigação ......................................................................96 
2.9 - Qualidade da água .......................................................................97 
Aula 4
3
2.1. INTRODUÇÃO
 Finalidades básicas da irrigação:
 Fornecimento da água para suprir as necessidades hídricas
das culturas (Parciais ou Totais) e possibilitar o seu
desenvolvimento;
 Promover a lixiviação e diluição do excesso de sais em áreas
com problema de salinidade (áreas áridas e semi-áridas).
 A técnica de irrigação, didaticamente, compreende duas etapas:
 Engenharia de irrigação:
- Como irrigar  método de irrigação e suas características.
 Ciência da irrigação:
- Quando e quanto irrigar?
4
 A análise desses dois pontos leva em consideração:
 Solo: armazenamento, infiltração, salinidade etc.
 Água: disponibilidade e qualidade.
Planta: espécie, fase de desenvolvimento,
espaçamento etc.
Clima: precipitação, umidade relativa, radiação,
velocidade do vento, temperatura.
 Sistema de irrigação: método, tipo e características.
Fatores operacionais: Capacidade de gestão, qualidade
da mão de obra, disponibilidade da assistência técnica
etc.
 Outras.
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
microporosidade
microporos
22
23
CAPÍTULO 2
Solo, água, clima, planta e suas interações com a 
irrigação
2.1 - Introdução ...................................................................................40 
2.2 - Água no solo ...............................................................................41 
2.3 - Infiltração da água no solo ..........................................................66 
2.4 - Estações meteorológicas .............................................................71 
2.5 - Evapotranspiração (ET) ..............................................................76 
2.6 - Turno de rega e período de irrigação ..........................................87 
2.7 - Precipitação.................................................................................94 
2.8 - Época de irrigação ......................................................................96 
2.9 - Qualidade da água .......................................................................97 
Aula 5
2.2. ÁGUA NO SOLO
a) Umidade do solo
Em PESO (base seca, base úmida) ou em VOLUME
24
b) Métodos para determinação da umidade do solo
 Método Padrão de Estufa:
 DUPEA
 Tensiômetro
 Outros métodos:
c) Disponibilidade da água no solo
2.2. ÁGUA NO SOLO
a) Umidade do solo
 Fundamental importância, pois indica em que condições
hídricas ele se encontra;
 Para a irrigação, a umidade do solo deve ser determinada e
servirá de parâmetro para a quantidade de água a ser
aplicada.
 Percentagem de umidade: quantidade de água no solo
 Pode ser em peso ou em volume:
 No caso de percentagem em peso: base seca ou base úmida
25
26
 
Amostradores
%volume:
%peso:
 A determinação de umidade em peso é bem mais fácil:
◦ A amostra pode ser deformada;
◦ Trado simples (holandês) e, ou, um enxadão;
◦ Não permite a obtenção do resultado em milímetros.
 Porcentagem de umidade em base úmida
 Porcentagem de umidade em base seca
 Transformação 
EXEMPLO
Amostragem:
M1 = 120 g
M2 = 100 g
M3 = 20 g
27
Obs: Nos cálculos de irrigação, trabalha-se sempre
a umidade do solo, em base seca, embora alguns
equipamentos forneçam essa umidade em base
úmida (transformação);
 Irrigação: desejável umidade em volume (lâmina - mm).
 Porcentagem de umidade em 
volume  
100.% 
solodeVolume
águadeVolume
Uvol 
 
 Maior problema: conhecer o volume da amostra (trados especiais);
o Converter %Upeso em %Uvolume: multiplicar pela densidade
aparente do solo (da).
 Densidade aparente  
solodoVolume
osolodoMassa
cmgda
sec
)/( 3  
 
Obs: Parece um contra-senso: a densidade
aparente também necessita do volume da
amostra: VALOR ESTÁVEL / ANOTADO
28
Exemplo 2.1:
Umidade de um solo: valor de 20% (peso).
Da = 1,2 g/cm3
Cultura: profundidade efetiva do sistema radicular= 50 cm,
Determine a porcentagem de umidade em volume, bem como
a água armazenada no solo, em mm e em m3/ha.
Resolução:
% Uvolume = 20% * 1,2 = 24%
Z = 50 cm = 500 mm
24% de 500 mm = 0,24 x 500 mm =120 mm de água
armazenada
Considerando a relação: 1 mm = 1 L/m2 = 10 m3/ha: 
O Solo apresenta armazenamento de 1.200 m3 de água/ha
29
b) Métodos para determinação da umidade do solo
 Vários são os métodos de determinação de umidade no solo;
 Não diferem em relação à finalidade (quantificar a umidade do
solo)
 Principais diferenças: forma de medição, local de medição,
instalação, preço, tempo de resposta e, principalmente,
operacionalidade no campo;
 Métodos: medida da tensão (tensiômetro e células eletrométricas),
medida da dispersão de nêutrons (sonda de nêutrons) e sistemas
alternativos (DUPEA e microondas), entre outros.
 Método-referência para calibração: Método Padrão de Estufa;
30
 Método Padrão de Estufa:
 DUPEA
 Tensiômetro
 Outros métodos:
b) Métodos para determinação da umidade do solo
a) Método Padrão de Estufa:
 Equipamento utilizado: estufa comum, mantida a uma temperatura
entre 105 – 110 ºC (Figura 2.1);
 A amostra é pesada, colocada na estufa (24 - 48 h). Após a
secagem, pesa-se novamente a amostra e calcula-se a %U (eq):
31
(A) (B) 
 
Figura 2.1 – Estufa de secagem (A) e balança de precisão (B). 
 
100
32
21
% 



MM
MM
Ubs 
- M1 = peso do solo + peso da lata; 
- M2 = peso do solo seco + peso da lata; e 
- M3 = peso da lata de amostragem. 
 
Observações:
 É um método de elevada precisão e serve de referência (padrão) para 
calibração de outros métodos;
 Método simples, fácil e que exige tempo para amostragem e operação.
 Principal inconveniente: demora no tempo de resposta ( 24 - 48 horas);
 Esse método tem-se tornado viável devido à redução nos custos dos
equipamentos utilizados (estufa e balança de precisão).
32
b) DUPEA (Determinador de Umidade por Equivalência de Água)
 Criação: DEA / UFV;
 Inicialmente para grãos e posteriormente para solos;
 É um equipamento artesanal muito simples;
 Sua precisão depende: CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO;
 Resultado: na hora, expresso em base úmida (transformar);
Figura 2.2 - Foto de um Determinador de Umidade por Equivalência de Água (DUPEA).
33
 Exemplo 2.4:
Ao fazer determinação de umidade no DUPEA, o volume gasto para 
equilibrar o aparelho foi de 20 cm3. Determine o valor correspondente à 
umidade em bases úmida e seca.
Resolução:
◦ » 20 cm3  20 ml  %U(Base Úmida) = 20%
 
%25
%20100
%20100
% 


x
Ubs
34
c) Tensiômetro
 É um equipamento para medição DIRETA da TENSÃO de água no solo,
sendo a UMIDADE DO SOLO determinada de forma INDIRETA (Figura
2.4A);
 Componentes: cápsula de cerâmica, corpo (tubo), vacuômetro e sistema de
vedação;
 Tipos mais utilizados: vacuômetros metálico, de mercúrio e digital;
 (A) (B) 
 
 
Figura 2.4 – Instalação do tensiômetro (A) e tensiômetro com seus 
componentes (B). 
 
Cápsula porosa 
Corpo do tensiômetro 
Vacuômetro metálico 
Sistemade vedação 
35
c) Tensiômetro
 Cuidados na instalação: perfeito contato entre a cápsula e o solo.
 Trados específicos e cuidados;
 Problema: solos expansivos
 Procedimentos de instalação:
 Escorva do tensiômetro (retirada do ar interno da cápsula);
 Preencher com água (destilada ou fervida) e colocado em um
recipiente com água durante 24 horas (apenas a imersão da cápsula
porosa na água do recipiente);
 Vencido o tempo de escorva, procede-se à instalação.
 Capacidade para leitura: tensões de até - 0,75 atm, (perde escorva);
 Limitações: cobre apenas parte da “água disponível no solo”:
Solos arenosos: cobre ± 70% da água disponível.
Solos argilosos: cobre ± 40% da água disponível.
36
Curva de Retenção de Água no Solo 
Propriedade: Sítio Jatobá 
Proprietário: Edson Schwambach 
Localidade: Paula Cândido Data: 21/4/2005 
Amostra Tensão (KPa) 
Ponto Prof. 0 2 3 4 10 30 50 100 500 1500 Da 
 (cm) Unidade volumétrica (cm3/cm3) g/cm3 
P1 0-20 -0,465 -0,435 -0,355 -0,3 -0,256 -0,236 -0,206 -0,196 -0,187 -0,174 1,34 
P2 20-40 -0,519 -0,468 -0,419 -0,377 -0,323 -0,299 -0,274 -0,264 -0,252 -0,241 1,35 
 
Figura 2.6 - Gráfico de potencial matricial versus umidade do solo.
37
 Exemplo 2.6
A equação a seguir descreve a curva característica de retenção
de água de um solo:
 Considere um tensiômetro instalado em uma posição adequada
da profundidade efetiva do sistema radicular e determine a
umidade do solo para o dia em que a leitura foi de –0,60 atm.
 Resolução:
b) Umidade atual
-0,11
T 4,25U
 
U = porcentagem de umidade do solo (em peso). 
T = tensão da água no solo (em atm). 
 
38
 
%86,2660,–4,25U 
-0,11
0 
Obs.:
 A equação potencial apresentada é muito simples para
descrever adequadamente a evolução da relação entre a
tensão e a % de umidade do solo.
 Em trabalhos que necessitem de maior precisão, recomenda-
se a utilização de outros modelos de curva de retenção, por
exemplo o de van Genuchten (1980).
 No software Soil Water Retention Curve (SWRC) são
apresentados alguns dos principais modelos de curva de
retenção (DOURADO NETO et al., 2000).
39
d) Outros métodos:
Métodos Eletrométricos (A e B)
 Sonda de nêutrons (C e D)
 TDR (E)
 Medidores de Capacitância (F e G)
40
41
CAPÍTULO 2
Solo, água, clima, planta e suas interações com a 
irrigação
2.1 - Introdução ...................................................................................40 
2.2 - Água no solo ...............................................................................41 
2.3 - Infiltração da água no solo ..........................................................66 
2.4 - Estações meteorológicas .............................................................71 
2.5 - Evapotranspiração (ET) ..............................................................76 
2.6 - Turno de rega e período de irrigação ..........................................87 
2.7 - Precipitação.................................................................................94 
2.8 - Época de irrigação ......................................................................96 
2.9 - Qualidade da água .......................................................................97 
Aula 6
42
 Parâmetros utilizados:
◦ Capacidade de campo (CC):
 É o limite superior de água no solo, sendo a máxima
quantidade de água que o solo pode reter sem causar danos
ao sistema;
 É um parâmetro extremamente importante para fins de
quantificação do armazenamento de água no solo;
◦ Ponto de murcha permanente (PMP):
 Limite inferior de água disponível no solo;
 Determinação é mais comum em laboratório,
Determinação CC e PMP
 Laboratório: Utiliza a curva característica de retenção de água
amostra de solo a tensões predefinidas e posterior
determinação da umidade da mesma;
 Método prático: campo (+ complicado)
43
44
CC e PMP:
 Amostra para laboratório: curva de retenção;
 CC: -0,1 atm Solo Arenoso, -0,33 atm Solo Argiloso 
 Cuidado: MUITA VARIABILIDADE → ÌNFORMAÇÕES LOCAIS
 PMP: -15 atm para qualquer solo
Retenção da Água no Solo
Curva de Retenção
0.00
5.00
10.00
15.00
20.00
0.00 5.00 10.00 15.00
Tensão (Atm)
U
m
id
a
d
e
 d
o
 S
o
lo
 (
%
)
45
Determinação da 
CC pelo método 
de laboratório
Extrator de Richards
Capacidade de Campo “Teste da Bacia de Saturação” 
 Solo: Propriedades Físico-Hídricas
CC = Umidade do solo após as 48 horas
- Satura o solo;
- Cobre com lona por 48 horas;
47
(Solo como uma caixa d’água)
48
Água no solo disponível às plantas
• Disponibilidade Total de Água no solo
Da
PmpCc
DTA
10
)( 

Textura do solo
Disponibilidade total de água no 
solo
mm cm-1
Argiloso 2,0
Média 1,4
Arenoso 0,6
• Capacidade total de água no solo ZDTACTA .
 f
Grupos de culturas
Fator f
Faixa comum
Verduras e legumes 0,3 - 0,4
Frutas e forrageiras 0,4 - 0,5
Grãos e algodão 0,5 - 0,6
− solo seco
− PMP
− CC
− solo saturado
• Capacidade real de água no solo CRA = CTA . f
 f
− solo seco
− PMP
− CC
− solo saturado
 Irrigação Real Necessária (IRN): ≤
=
𝐼𝑅𝑁
𝐸𝑎
CRA = CTA . f
 Irrigação Total Necessária (ITN): 
  Exemplo 2.8
- Cultura: 
 feijão 
 profundidade radicular de 40 cm e 
 f de 0,5; 
- Solo: 
 
 CC = 33 % (em peso); 
 PMP = 16 % (em peso); 
 Da = 1,20 g/cm3; 
- Irrigação: 
 aspersão 
 eficiência de 85%. 
 
51
MÉTODO DAS EQUAÇÕES: Operacional 
 Disponibilidade Total de Água no Solo (DTA):
 Capacidade Total de Água no Solo (CTA):
 Capacidade Real de Água no Solo (CRA):
Fator de disponibilidade de água no solo (f)
 Irrigação Real Necessária (IRN): =
 Irrigação Total Necessária (ITN): 
52
Tabela 2.2 - Eficiência de aplicação média (Ea) dos sistemas de 
irrigação
Sistema de Irrigação Eficiência Média (%) 
Irrigação localizada 90 a 95 
Pivô central 85 a 95 
Aspersão convencional 80 a 90 
Irrigação por sulcos 50 a 70 
 
CRA = CTA . f
Da
PmpCc
DTA
10
)( 

ZDTACTA .
CRA = CTA . f
=
𝐼𝑅𝑁
𝐸𝑎
  Exemplo 2.8 (pelo método das equações:
- Cultura: 
 feijão 
 profundidade radicular de 40 cm e 
 f de 0,5; 
- Solo: 
 
 CC = 33 % (em peso); 
 PMP = 16 % (em peso); 
 Da = 1,20 g/cm3; 
- Irrigação: 
 aspersão 
 eficiência de 85%. 
 
 a) Calcular: DTA, CTA, CRA, IRN (lâmina líquida, mm) e ITN
(lâmina bruta, mm)
53
Resolução:
  
04,220,1
10
1633


DTADa
PmpCc
DTA
10
)( 

ZDTACTA . 6,8140*04,2 CTA
mm
mm
 8,405,0*6,81 CRACRA = CTA . f mm
 Vamos fazer :
→ IRN = 40,80 mm (lâmina líquida)
mm (lâmina bruta).
ou
→ por exemplo IRN = 8,5 mm e ITN= 10 mm CRAIRN 
 CRAIRN 
 
48
85,0
80,40
ITN
54
 Exemplo 2.6
A equação a seguir descreve a curva característica de
retenção de água de um solo:
 a) Supondo que a equação acima seja em um solo arenoso
(Cc = –1/10 atm), determine a umidade do solo (% peso)
quando este atinge a capacidade de campo.
 b) Considere um tensiômetro instalado em uma posição
adequada da profundidade efetiva do sistema radicular e
determine a umidade do solo para o dia em que a leitura foi
de –0,60 atm.
 c) Determine a lâmina de irrigação necessária para elevar
esse solo à capacidade de campo, considerando Da = 1,35
g/cm3 e uma profundidade de sistema radicular de 50 cm.
-0,11
T 4,25U
 
U = porcentagem de umidade do solo (em peso). 
T = tensão da água no solo (em atm). 
 
55
 Resolução:
a) Capacidade de campo
b) Umidade atual
c) LLirrigação = IRN =
IRN
LBirrigação = ITN
 
%72,324,25U 
-0,11
0,10– 
 
%86,2660,–4,25U 
-0,11
0 
  
mm55,3950x35,1
10
86,2672,32



56
Ua
=
𝐼𝑅𝑁
𝐸𝑎
 Exemplo 2.7
Considere um tensiômetro instalado a uma profundidade
efetiva do sistema radicular de 40 cm em um solo argiloso (Cc:
40% e Da: 1,28 g/cm3) e determine a lâmina líquida a ser
aplicada de irrigação para o dia em que a leitura foi de –0,55
atm. A equação da curva característica de retenção de água no
soloé a seguinte:
-0,15
 3,22 TU 
 
- U = porcentagem de umidade, em peso; 
e 
- T = tensão da água no solo, em atm. 
 
 Resolução
Lirrigação = IRN =
 
mm92,7940x28,1x
10
39,2440


 
%39,2455,3,22U 
-0,15
0– 
57
58
CAPÍTULO 2
Solo, água, clima, planta e suas interações com a 
irrigação
2.1 - Introdução ...................................................................................40 
2.2 - Água no solo ...............................................................................41 
2.3 - Infiltração da água no solo ..........................................................66 
2.4 - Estações meteorológicas .............................................................71 
2.5 - Evapotranspiração (ET) ..............................................................76 
2.6 - Turno de rega e período de irrigação ..........................................87 
2.7 - Precipitação.................................................................................94 
2.8 - Época de irrigação ......................................................................96 
2.9 - Qualidade da água .......................................................................97 
Aula 7
2.3. INFILTRAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO
 Infiltração (I): é o processo de passagem da água pelo perfil do solo
 Expresso: L, mm ou centímetros;
 Velocidade de infiltração da água no solo (Vi), em cm/h ou mm/h;
 Importância: Define a possibilidade de escoamento no solo;
OBSERVAÇÕES:
 Inicialmente: Vi é função da umidade do solo (principalmente);
 No decorrer do processo, ela passa a ser função da estrutura e textura do
solo;
 Velocidade de Infiltração Básica (VIB): importante (principalmente Aspersão e
Superfície);
 Tabelas de classes do solo para determinada VIB
59
Tipos de Solo VIB (cm/h) 
Solo de VIB muito alta > 3,0 
Solo de VIB alta 1,5 - 3,0 
Solo de VIB média 0,5 - 1,5 
Solo de VIB baixa < 0,5 
 
Tabela 2.3 - Classificação do solo a partir de sua VIB
 Determinação da infiltração
◦ Determinação deve considerar o padrão de infiltração do método de 
irrigação utilizado.
Tabela 2.4 Sentido predominante da infiltração em relação ao tipo de 
irrigação realizada
60
Figura 2.10 - Representação esquemática de um infiltrômetro de anel.
 
 Perfil de instalação Vista superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 cm 
50 cm 
15cm 
15 cm 
 
3cm 5cm 
água 
Solo 
Anel 
interno 
Anel Externo 
61
 Descrição do Infiltrômetro de anel
 Dois anéis: 50 e 25 cm de diâmetro e 30 cm de altura, 
 Instalação: de forma concêntrica e enterrados 15 cm.
maravillosa
Teste de infiltração
Exemplo: Tabela 2.6 – Avaliação infiltrômetro de anel
 
T
I
VI



Tempo Régua 
Hora 
Interval
o 
Leitura 
(mm) 
Diferença 
(mm) 
Infiltração 
Acumulada 
 I (mm) 
Velocidade de 
Infiltração 
VIa (mm/h) 
09:00 0.00 100 0 0 0 
09:05 5.00 107 7 7 84 
09:10 5.00 114 7 14 84 
09:15 5.00 119/100 5 19 60 
09:20 5.00 105 5 24 60 
09:30 10.00 108 3 27 18 
09:45 15.00 116/100 8 35 32 
10:00 15.00 106 6 41 24 
10:30 30.00 110 4 45 8 
11:00 30.00 115 5 50 10 
11:30 30.00 120/100 5 55 10 
12:00 30.00 105 5 60 10 
12:30 30.00 110 5 65 10 
 
Estabilidade 
63
 Os termos importantes utilizados são os seguintes:
 I = Infiltração acumulada (mm ou cm) 
 VI: velocidade de infiltração instantânea (mm/h ou cm/h) 
 VIa: veloc. de infiltração aproximada (mm/h ou cm/h) 
T
I
VIa



Infiltração Acumulada (Ia)
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 30 45 60 90 120 150 180 210
Tempo (min)
Ia
 (m
m
)
 
 
Velocidade de infiltração (VI)
0
20
40
60
80
100
120
0 50 100 150 200 250
Tempo (min)
VI
 (m
m
/h
or
a)
 
Figura 2.11 - Infiltração acumulada em função do tempo de avaliação (A) 
e Velocidade de infiltração em função do tempo de avaliação (B). 
 
 
VIB (mm/h) 
B 
A Infiltração acumulada (Ia) 
64
2.4 ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS
 Fundamentais em qualquer sistema de produção:
◦ Evapotranspiração;
◦ Lâmina de irrigação;
◦ Melhor horário para irrigações e pulverizações;
◦ Quantidade de precipitação pluviométrica;
◦ Previsão de doenças e outros.
 Os dados necessários em fazendas são normalmente:
 Mínimo: Temperatura max e min e Precipitação pluviométrica.
Completos: Temperatura, Umidade relativa; velocidade do vento; Radiação
solar; Precipitação pluviométrica;.
Extras: Umidade foliar
65
DIVERSOS MODELOS: COMPLETAS
66
Vantage-pro
DAVIS
MicroMetos
METOS
E5000
IRRIPLUS
DIVERSOS MODELOS: SIMPLIFICADAS
67
MANUAL
AUTOMÁTICA
E1000
Cunha
Padrão Artesanal
CHUVA
• Observações:
Variabilidade: espacial e temporal
 Precisão da medida local;
Equipamento adequado: área de coleta e locais de instalação;
San Izidro
?
69
PLUVIÓMETROS
AUTOMÁTICO
Detalhe medidor
70
CAPÍTULO 2
Solo, água, clima, planta e suas interações com a 
irrigação
2.1 - Introdução ...................................................................................40 
2.2 - Água no solo ...............................................................................41 
2.3 - Infiltração da água no solo ..........................................................66 
2.4 - Estações meteorológicas .............................................................71 
2.5 - Evapotranspiração (ET) ..............................................................76 
2.6 - Turno de rega e período de irrigação ..........................................87 
2.7 - Precipitação.................................................................................94 
2.8 - Época de irrigação ......................................................................96 
2.9 - Qualidade da água .......................................................................97 
Aula 8
2.5. EVAPOTRANSPIRAÇÃO (ETC)
 É a soma dos componentes de transpiração e evaporação;
 Sua definição é de fundamental importância, pois define o
consumo de água pelas plantas e, por consequência, a lâmina de
irrigação a ser aplicada pelo sistema;
 As nomenclaturas mais utilizadas para sua definição são:
 ETo = evapotranspiração de referência (mm/dia).
 ETc = evapotranspiração da cultura (mm/dia).
ETc = ETo x Kc
Obs: Ajustes para frequência de irrigação e forma de molhamento
71
72
Método FAO 24
Evapotranspiração da cultura (ETc)
HISTÓRICO
ETc = ETo x Kc
Método RITCHIE
Método FAO 56
ETc = ESolo + EPlanta
ETc = ETo x (Kcb + Ke)
Método GESAI Etc = ETo x Kc x Ks x KL
73
ET de referência 
ETc = ETo x Kc x Ks x KL
Cultura e sua fase de 
desenvolvimento
Freqüência de molhamento
Forma de molhamento
 Determinação da ETo
 A ETo representa a demanda hídrica de uma região (estação);
 É dependente das condições climáticas presentes no local no momento;
 Conceito antigo: evapotranspiração potencial e equivalia à evapotranspiração de 
uma superfície gramada;
 Conceito atual: 
“ETo representa a evapotranspiração de uma cultura hipotética, de porte baixo (12 
cm), com refletividade (albedo) de 0,3, uma resistência aerodinâmica de 70 s/m”;
 Pode ser determinada de diversas formas: padrão
Equação de Penman-Monteith (PM)
 
)u34,01(
)ee(u
273T
900
)GR(408,0
ETo
2
as2
hr
n





74
ETc = ETo x Kc x Ks x KL
75
Temperatura, Umidade relativa; Velocidade do vento; Radiação; Chuva .
ESTAÇÃO AUTOMÁTICA 
METOS DAVIS IRRIPLUS
Comparação: Preço, manutenção, precisão, comunicação, operacionalidade.
R$ 15.000 a 20.000 R$ 10.000 a 20.000
R$ 4.000 a 6.000
76
Evapotranspiração de referência (ETo)
•Temperatura: HARGREAVES
Tmax e Tmin 
ETc = ETo x Kc x Ks x KL

   8,170023,0ET 5,00  médmínmáx TTTRa
 
   8,170023,0ET 5,00  médmínmáx TTTRa
Lat.deg. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 
 … 
36 17,62 15,79 13,15 9,87 7,35 6,13 6,58 8,61 11,69 14,74 17,05 18,03 
34 17,62 15,92 13,40 10,27 7,80 6,58 7,06 9,05 12,02 14,90 17,05 17,99 
32 17,58 16,00 13,68 10,68 8,24 7,06 7,51 9,46 12,34 15,0617,05 17,90 
30 17,50 16,08 13,93 11,04 8,69 7,51 7,96 9,87 12,63 15,23 17,05 17,82 
28 17,46 16,16 14,13 11,41 9,14 8,00 8,40 10,27 12,91 15,35 17,01 17,70 
26 17,38 16,20 14,33 11,77 9,54 8,44 8,85 10,68 13,20 15,43 16,97 17,58 
24 17,26 16,24 14,53 12,10 9,99 8,89 9,30 11,04 13,44 15,55 16,93 17,46 
22 17,13 16,28 14,70 12,42 10,39 9,34 9,74 11,41 13,68 15,59 16,81 17,30 
20 17,01 16,24 14,86 12,71 10,80 9,78 10,15 11,73 13,89 15,67 16,73 17,09 
18 16,85 16,24 15,02 13,03 11,17 10,19 10,56 12,10 14,09 15,71 16,61 16,93 
16 16,69 16,20 15,10 13,32 11,57 10,64 10,96 12,42 14,29 15,71 16,48 16,73 
14 16,48 16,12 15,23 13,56 11,94 11,04 11,33 12,71 14,45 15,71 16,32 16,48 
 … 
 
HARGREAVES
77
DIVERSOS MODELOS: SIMPLIFICADAS
MANUAL
AUTOMÁTICA
E1000
Informações: 
www.irriplus.com.br
78
R$ 400 a 600
R$ 2.000 a 3.000
0
1
2
3
4
5
6
7
0 50 100 150 200 250 300 350
PM
HA
Equação Original
Hargreaves e
Penman-Monteith
79
0
1
2
3
4
5
6
7
0 50 100 150 200 250 300 350 400
PM
HARcorr
Equação Ajustada
Hargreaves e Penman-Monteith
Possibilidade de ajuste 
80
 Método do Tanque Classe A
 O tanque circular deve ser de aço inoxidável ou galvanizado;
 Diâmetro interno de 121 cm, altura de 25,5 cm e cheio de 
água até 5 cm da borda superior;
 Deve ser instalado sobre um estrado de madeira (15 cm de 
altura); e o nível da água não deve baixar mais que 2,5 cm do 
limite inicial;
 
Figura 2.14 - Vista de um tanque Classe A instalado em uma superfície gramada. 
 
 
81
ETo = EVTCA x Kt
◦ Observação: Utilizado no passado e resultados são normalmente menos
precisos do que os métodos baseados em temperatura;
◦ Estão mais sujeitos aos problemas externos (animais e vazamentos).
82
Exposição A - Tanque circundado por grama 
UR média (%) Baixa 
(< 40%) 
Média 
(40-70%) 
Alta 
(> 70%) 
Vento (km/dia) Posição do 
tanque (Rm) 
 
Leve (< 175) 1 0,55 0,65 0,75 
 10 0,65 0,75 0,85 
 100 0,70 0,80 0,85 
 1000 0,75 0,85 0,85 
Moderado (175-425) 1 0,50 0,60 0,65 
 10 0,60 0,70 0,75 
 100 0,65 0,75 0,80 
 1000 0,70 0,80 0,80 
Forte (425-700) 1 0,45 0,50 0,60 
 10 0,55 0,60 0,65 
 100 0,60 0,65 0,75 
 1000 0,65 0,70 0,75 
Muito forte (> 700) 1 0,40 0,45 0,50 
 10 0,45 0,55 0,60 
 100 0,50 0,60 0,65 
 1000 0,55 0,60 0,65 
 
83
ETc = ETo x Kc x Ks x KL

Estádio I
Ev↑
Estádio III
T ↑
Estádio II
EV ↓ e T ↑
Estádio IV
EV e T ↓ ?
Inicial Desenvolvimento Meia estação Final
84
Kc (Estádios II, III e IV)
URmin URmin
Cultura Estádio > 70% < 20%
Vento (ms) Vento (m/s)
0 a 5 5 a 8 0 a 5 5 a 8
Todas as culturas (Inicial) 1 Use Fig. 2.12 Use Fig. 2.12
Todas as culturas (Intermediário) 2 Interpolação Interpolação
Feijão (vagem) 3 0,95 0,95 1,00 1,05
4 0,85 0,85 0,90 0,90
Feijão (grãos) 3 1,05 1,10 1,15 1,20
4 0,30 0,30 0,25 0,25
Cenoura 3 1,00 1,05 1,10 1,15
4 0,70 0,75 0,80 0,85
Milho (verde) 3 1,05 1,10 1,15 1,20
4 0,95 1,00 1,05 1,10
Milho (grãos) 3 1,05 1,10 1,15 1,20
4 0,55 0,55 0,60 0,60
85
Kc (Estádio I)
VALORES COMUNS
← ?
86
Kc (Estádios II, III e IV)
URmin URmin
Cultura Estádio > 70% < 20%
Vento (m/s) Vento (m/s)
0 a 5 5 a 8 0 a 5 5 a 8
Todas as culturas (Inicial) 1 Use Fig. 2.12 Use Fig. 2.12
Todas as culturas (Intermediário) 2 Interpolação Interpolação
Feijão (vagem) 3 0,95 0,95 1,00 1,05
4 0,85 0,85 0,90 0,90
Feijão (grãos) 3 1,05 1,10 1,15 1,20
4 0,30 0,30 0,25 0,25
Cenoura 3 1,00 1,05 1,10 1,15
4 0,70 0,75 0,80 0,85
Milho (verde) 3 1,05 1,10 1,15 1,20
4 0,95 1,00 1,05 1,10
Milho (grãos) 3 1,05 1,10 1,15 1,20
4 0,55 0,55 0,60 0,60
Estádios: I → Kc = 0,5 III → Kc = 1,15 Final IV → Kc = 0,25 
Exemplo:
Feijão em 
Brasília:
87
Estádio I: → Kc = 0,5 Estádio III → Kc = 1,15 Final Estádio IV → Kc = 0,25 
0,50 
1,15
0,25
0,825 0,70
88
CAPÍTULO 2
Solo, água, clima, planta e suas interações com a 
irrigação
2.1 - Introdução ...................................................................................40 
2.2 - Água no solo ...............................................................................41 
2.3 - Infiltração da água no solo ..........................................................66 
2.4 - Estações meteorológicas .............................................................71 
2.5 - Evapotranspiração (ET) ..............................................................76 
2.6 - Turno de rega e período de irrigação ..........................................87 
2.7 - Precipitação.................................................................................94 
2.8 - Época de irrigação ......................................................................96 
2.9 - Qualidade da água .......................................................................97 
Aula 9
Modelo Simplificado: Ks = 1
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
0.020.040.060.080.0100.0
% água disponível
k
s
ks log ks lin
Modelo Logaritmo: 
Modelo Linear: 
 
 0,1
0,1



CTALn
LAALn
Ks
PMCC
PMUa
Ks



89
Coeficiente de estresse ou 
frequência de molhamento
ETc = ETo x Kc x Ks x KL

Modelo Logaritmo: 
MAIS USADO
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
0,020,040,060,080,0100,0
ks
% água disponível
ks log
ks log
 
 0,1
0,1



CTALn
LAALn
Ks
90
Valores mais utilizados:
Ks = 1 qdo a frequência alta (1 a 2 dias)
Ks = 0,9 qdo a frequência média ( 3 a 4 dias)
Ks = 0,8 qdo a frequência baixa ( 5 a 7 dias)
Ks = 0,7 qdo a frequência muito baixa ( > 7 dias)
DICA IMPORTANTE 
ETc = ETo x Kc x Ks x KL
91
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
0 20 40 60 80 100
K
L
Área Molhada ou Coberta
KELLER FERERES Keller-Bliesner
COEFICIENTE DE LOCALIZAÇÃO (KL) 
PxKl 1,0
ETc = ETo x Kc x Ks x KL

92
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
0 20 40 60 80 100
K
L
Área Molhada ou Coberta
KELLER FERERES Keller-Bliesner
COEFICIENTE DE LOCALIZAÇÃO (KL) 
Fruteiras e culturas
Mais espaçada:
ETc = ETo x Kc x Ks x KL
Olerícolas e culturas mais adensadas
Geral
93
PxKl 1,0
Modelo KELLER-BLIESNER: 
MAIS USADO
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
0 20 40 60 80 100
K
L
Área Molhada ou Coberta
KELLER FERERES Keller-Bliesner
P = percentagem de molhamento (PAM) ou
Percentagem de sombreamento (PAS).
(sempre o maior)
P = 100% → KL = 1
P = 50% → KL = 0,71
P = 25% → KL = 0,5
Mais detalhes:
Estudo sobre irrigação localizada
94
P = PAM ou PAS (sempre o maior)
PAM = Percentagem de Área Molhada
PAS = Percentagem de Área Sombreada
PxKl 1,0
Observação: 
 O cálculo do PAM e do PAS é muito simples, basta dividir a 
área molhada ou sombreada pela área total ;
 Vamos ver os exemplos de cálculos posteriormente 
(irrigação localizada) 
FIXANDO:
 Exemplo 2.10
◦ Cultura de milho (grãos).
◦ ETo média da fase inicial: 4 mm/dia.
◦ Freqüência de irrigação ou chuva = 10 dias.
◦ Velocidade média do vento 5,1 m/s.
◦ Umidade relativa mínima: 16%.
Resolução:
◦ Kc da fase inicial = 0,4 (obtido da Figura 2.9 para ETo = 4 
mm/dia e freqüência de chuva ou irrigação igual a 10 dias).
◦ Kc da fase 3 = 1,2 (obtido da Tabela 2.10 para cultura do milho 
na última coluna).
◦ Kc da fase 4 = 0,6 (obtido da Tabela 2.10 para cultura do milho 
na última coluna).
95
Figura 2.10 - Gráfico de valores de Kc para o exemplo anterior.
Valores de Kc
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140
Ciclo da Cul tura (dia s) 
K
c
 
96
 Exemplo 2.11 ORIGINAL
Um produtor necessita saber o consumo total de água para o cultivo
de uma lavoura de milho, plantada em 15/04/2001 em Viçosa, MG.
Calcule a evapotranspiração, por dia, por fase e total, informando
qual a época de máxima demanda evapotranspirativa da cultura
cultivada nas condições descritas a seguir:
◦ PLANTA: Milho, plantio no dia 15/abril.
 Duração dos estádios de desenvolvimento: 15, 30, 40 e 20 dias.
 Kc fases 1, 3 e 4: 0,40; 1,25 e 0,6 (usar método FAO).
◦ CLIMA:◦ Valores da ETo média mensal para Viçosa, MG, calculados com
uma série histórica de 1961 a 1978
◦ Ks = 1 e Kl =1 (não considerar)
Mês 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 
ETo(mm/mês) 6,6 6,3 5,6 4,5 3,7 3,2 3,5 4,4 4,8 5,3 5,8 5,9 
 
97
Resolução
O valor do Kc da fase 2 foi encontrado pela interpolação (média) 
entre os valores de Kc das fases 1 e 3.
Obs.: Observe que o valor utilizado no calculo da ETc da fase 4 foi 
uma interpolação (média) do valor tabelado para a fase 3 e para a 4.
◦ Necessidades totais de água da cultura em seu ciclo: 347,98 mm;
◦ Corresponderia a um volume de 3.479,80 m3/ha;
◦ Pico máximo de demanda diária: primeira quinzena do mês de julho.
Meses Abril Maio Junho Julho 
Eto (mm/dia) 4,5 3,7 3,2 3.5 
Fases 1 2 3 3 4 
Duração (dias) 15 30 30 10 20 
Kc 0,4 0,83 1,25 1,25 0,93 
Etc (mm/dia) 1,80 3,07 4,00 4,38 3,26 
Etc (mm/fase) 27 92,13 120,00 43,75 65,10 
Etc (mm/ciclo) 347,98 
 
98
 Exemplo 2.11 MODIFICADO 1
Um produtor necessita saber o consumo total de água para o cultivo
de uma lavoura de milho, plantada em 15/04 em Viçosa, MG.
Calcule a evapotranspiração, por dia, por fase e total, informando
qual a época de máxima demanda evapotranspirativa da cultura
cultivada nas condições descritas a seguir:
 PLANTA: Milho, plantio no dia 15/abril.
 Duração dos estádios de desenvolvimento: 15, 30, 40 e 20 dias.
 Kc fases: usar método FAO.
 CLIMA:
 Úmido e ventos fracos
 Valores da ETo média mensal para Viçosa, MG, calculados com
uma série histórica:
 Não considerar Ks e nem Kl (supor valor unitário)
Mês 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 
ETo(mm/mês) 6,6 6,3 5,6 4,5 3,7 3,2 3,5 4,4 4,8 5,3 5,8 5,9 
 
99
Resolução
Obs.: Observe que o valor de Kc utilizado das fase 2 e 4 foram 
determinados por interpolação (média) do valor tabelado para as 
fases 1 e 3 e as fases 3 e final, respectivamente.
 Corresponderia a um volume de 313,33 L/m2 ou 3133,3 m3/ha;
 Valor máximo de consumo de água da cultura em seu ciclo é de 
3,675 mm/dia na primeira quinzena do mês de julho.
100
PLANTA: Milho, plantio no dia 15/abril.
Duração dos estádios de desenvolvimento: 15, 30, 40 e 20 dias.
URmin URmin
Cultura Estádio > 70% < 20%
Vento (ms) Vento (m/s)
0 a 5 5 a 8 0 a 5 5 a 8
Todas as culturas (Inicial) 1 Use Fig. 2.12 Use Fig. 2.12
Todas as culturas (Intermediário) 2 Interpolação Interpolação
Feijão (grãos) 3 1,05 1,10 1,15 1,20
4 0,30 0,30 0,25 0,25
Milho (verde) 3 1,05 1,10 1,15 1,20
4 0,95 1,00 1,05 1,10
Milho (grãos) 3 1,05 1,10 1,15 1,20
4 0,55 0,55 0,60 0,60
 Exemplo 2.11 MODIFICADO 2
Um produtor necessita saber o consumo total de água para o cultivo
de uma lavoura de milho, plantada em 15/04 em Viçosa, MG.
Calcule a evapotranspiração, por dia, por fase e total, informando
qual a época de máxima demanda evapotranspirativa da cultura
cultivada nas condições descritas a seguir:
 PLANTA: Milho, plantio no dia 15/abril.
 Duração dos estádios de desenvolvimento: 15, 30, 40 e 20 dias.
 Kc fases: usar método FAO.
 SOLO
• CC =36 % (peso), PMP = 16 % (peso) da = 1,25 g/cm3
• Z = 40 cm e f = 0,4 (máximo)
 CLIMA:
• Úmido e ventos fracos
• Valores da ETo média mensal para Viçosa, MG, calculados com uma
série histórica:
• Considerar Ks=0,9 (fase 1), 0,8 (fases 2 e 3) e 0,7 (fase 4)
• Irrigação por aspersão convencional (PAM = 100%)
Mês 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 
ETo(mm/mês) 6,6 6,3 5,6 4,5 3,7 3,2 3,5 4,4 4,8 5,3 5,8 5,9 
 
101
Resolução ET (considerando Ks e Kl)
Corresponderia a um volume de 248,44 L/m2 ou 2484,4 m3/ha;
Economia de 31% de água sem afetar a produção (248,44/313,33)
Valor máximo de consumo de água da cultura em seu ciclo é de 
2,94 mm/dia na primeira quinzena do mês de julho.
102
Mês Abril Maio Junho
ETo (mm/dia) 4.5 3.7 3.2 3.5 3.5
Fases 1 2 3 3 4
Duração (dias) 15 30 30 10 20
Kc 0.5 0.775 1.05 1.05 0.8 0.55
Ks 0.9 0.8 0.8 0.8 0.7
Kl 1 1 1 1 1
ETc (mm/dia) 2.03 2.29 2.69 2.94 1.96
ETc (mm/fase) 30.38 68.82 80.64 29.40 39.20
ETc (mm/ciclo)
Julho
248.44
Resolução : CLIMA
103
Supondo uma irrigação semanal, qual a lâmina a ser aplicada 
no dia 07/julho supondo:
- ETc = calculada no quadro anterior (ETc = 2,94 mm/dia)
- Eficiência de irrigação = 80%
Supondo uma irrigação semanal, qual a lâmina a ser aplicada no dia 
07/julho supondo o uso da umidade do solo determinada em campo:
- Umidade medida no solo (0-40 cm) U% = 32% (em peso)
- Eficiência de irrigação = 80%
ETc ( 1 a 7/07) = 7 dias x 2,94 mm/dia = 20,58 mm
Lliquida = 20,58 mm e Lbruta = 20,58/0,8 = 25,73 mm 
L liquida = ver diagrama
L liq=
(𝑪𝑪−𝑼𝒂)
𝟏𝟎
x da x Z 
Lliq = 180 – 160 mm = 20 mm
Lbruta = 20/0,8 mm = 25 mm
L liq=
(𝟑𝟔−𝟑𝟐)
𝟏𝟎
x 1,25 x 40 = 20 mm 
L B𝐫𝐮𝐭𝐚 =
𝟐𝟎
𝟎,𝟖
= 𝟐𝟓 mm 
ou equação lógica:
Resolução SOLO: diagrama no quadro
RECORDANDO
CLIMA  BALANÇO HÍDRICO
ENTRADA SAÍDA
CHUVA + IRRIGAÇÃO PERCOLAÇÃO + ESCOAMENTO
+ EVAPOTRANSPIRAÇÃO
-
ESTIMA-SE A ÁGUA DISPONÍVEL NO SOLO
(umidade do solo)
Funciona como uma conta bancária;
ÁGUA DISPONÍVEL NO SOLO
 f
Grupos de culturas
Fator f
Faixa comum
Verduras e legumes 0,3 - 0,4
Frutas e forrageiras 0,4 - 0,5
Grãos e algodão 0,5 - 0,6
ETc
10
6
C.C
P.M.P
U.Seg
U.Solo
Irrigação
Chuva
BALANÇO HÍDRICO DINÂMICO
130 mm
120 mm
110 mm
100 mm
90 mm
80 mm
70 mm
60 mm
50 mm
40 mm
30 mm
20 mm
10 mm
0 mm
L (mm) = 26% x 1,25 x 400 mm (supondo da = 1,25 g/cm3 e Z = 400 mm) 
ETc Chuva ou Irrigação 
10
7
C.C
P.M.P
U.Seg
U.Solo
Irrigação
Chuva
VERIFICAÇÃO DE CAMPO:
MEDIR UMIDADE DO SOLO
Umidade medida do Solo
108
CAPÍTULO 2
Solo, água, clima, planta e suas interações com a 
irrigação
2.1 - Introdução ...................................................................................40 
2.2 - Água no solo ...............................................................................41 
2.3 - Infiltração da água no solo ..........................................................66 
2.4 - Estações meteorológicas .............................................................71 
2.5 - Evapotranspiração (ET) ..............................................................76 
2.6 - Turno de rega e período de irrigação ..........................................87 
2.7 - Precipitação.................................................................................94 
2.8 - Época de irrigação ......................................................................96 
2.9 - Qualidade da água .......................................................................97 
Aula 10
2.6. TURNO DE REGA E PERÍODO DE IRRIGAÇÃO
 Turno de rega (TR) é o intervalo de tempo (em dias), entre
duas irrigações;
 Calculo: r
 O maior valor de ETc é utilizado para determinar o turno de
rega durante a elaboração de projeto;
 O período de irrigação (PI) é o intervalo de tempo, em dias,
necessário para o sistema irrigar toda a área;
 
ETc
L
TR
Liq

 
TRPI 
10
9
 Exemplo 2.12
◦ Dadas às condições de solo, planta, clima e irrigação,
calcule:
◦  Solo: CC = 28% (em peso), PM = 14 % (em peso), da =
1,25 g/cm³.
◦  Local: Patrocínio.
◦  Planta: feijão, plantio no dia 15 de março de 2003.
◦  Profundidade do sistema radicular: 40 cm.
◦  Duração dos estádios de desenvolvimento: 15, 15, 30 e
15 dias.
◦  Usar 40 % de água disponível.
◦  Irrigação: aspersão, eficiência de 85% e Ks = 1.
◦  Kc das fases 1, 3 e 4: 0,55, 1,15 e 0,25 (usar método da
FAO).
◦ Clima: Tabela a seguir:
Mês 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 
Eto 
(mm/m
ês) 
6,5 6,4 5,7 4,4 3,7 3,3 3,6 4,3 4,7 5,4 5,8 6,0 
 
11
0
11
1
a) Calcule a lâmina líquida e bruta de irrigação (Real e Total 
necessária). 
- Por equações: 
 
mmIRN 284,04025,1
10
1428








 mmITN 94,32
85,0
28

LLiq. = 140 mm – 112 mm = 28 mm 94,3285,0
28
LBruta 
11
2
Supondo Ks = 1 e Kl = 1 (100% de molhamento)
11
3
REPETIR O EXEMPLO 2.12 CONSIDERANDO UM Ks = 0,9 fase 1, Ks =0,7 na fase 2 , Ks = 0,8 na fase 3 e Ks = 0,7 na fase 4
 Observações (revisando)
  Dependendo da freqüência da irrigação (1, 2, 3, 7, 10... dias), a
evapotranspiração pode aumentar ou diminuir (evaporação). Para
corrigir essas diferenças, podem-se incluir um fator Ks: seria igual a 1
na alta freqüência e menor do que 1 em intervalos maiores;
  Considerando que na irrigação localizada não é molhada toda a
superfície do solo, a evapotranspiração deve ser ajustada. Utiliza-se o
coeficiente de localização da irrigação (KL);
 O KL é igual a 1 em irrigação que molha toda a superfície do solo
(aspersão convencional, pivô normal, autopropelido). Maiores detalhes
no item 3.6.
 O modelo fica assim descrito:
ETc = ETo x Kc x KL x Ks
ETc = Evapotranspiração da cultura, mm d
-1; 
ETo = Evapotranspiração de referência, mm d
-1; 
Kc = Coeficiente da cultura, adimensional; 
KL = Coeficiente de localização da irrigação, adimensional; 
Ks = Coeficiente de umidade do solo, adimensional; 
 
11
4
2.7. PRECIPITAÇÃO
 É um dos componentes contabilizados no balanço hídrico,
devendo ser considerada no projeto e no manejo da irrigação;
 Reduz-se o custo e se evita o excesso de aplicação de água;
 Em irrigação, trabalha-se com três conceitos importantes:
Precipitação total.
Precipitação efetiva.
Precipitação provável.
11
5
Precipitação total.
 Precipitação medida em um determinado estação;
 Valor total medido;
 Cuidado com a representatividade: área de coleta do pluviômetro
e local de instalação;
Precipitação efetiva.
 Parte da precipitação total que ficou disponível para as plantas;
 O valor depende de muitos fatores: umidade e profundidade do
solo, ...
 Parte útil da chuva para uma determinada cultura.
Precipitação provável.
Precipitação esperada para um determinado dia/época com base a
um determinado nível de probabilidade;
 Exemplo: Viçosa no dia 10/03 tem probabilidade de chover
 1,91 mm com probabilidade de 50% (1 ano a cada 2)
 4,11 mm com probabilidade de 25% (1 ano a cada 4)
 0 mm com probabilidade de 75% (3 ano a cada 4)
11
6
2.8. ÉPOCA DE IRRIGAÇÃO
 Função de vários fatores:
* Tipo e fase da cultura,
* Tipo e umidade atual do solo,
* Clima (ETc, Vel.Vel., temperatura e umidade relativa)
* Sistema de irrigação a ser utilizado e
* Sistema de manejo adotado e
* Aspectos operacionais etc.;
Importante:
 Em sistemas de irrigação por sulco, aspersão convencional e
autopropelido, em função da movimentação manual e/ou trabalhosa, a
frequência de irrigação tem grande impacto no custo do sistema, assim
espaçar o máximo possível (f);
 Já nos sistemas de irrigação localizada e pivô central, que são
automatizados, a frequência de irrigação não afeta muito o custo da
irrigação;
 Muito importante os aspectos operacionais.
11
7
2.8. ÉPOCA DE IRRIGAÇÃO
11
8
 Métodos para determinação da época de irrigação 
◦  Medições ou observações na planta
 a) Deficiência d’água na planta 
 b) Sintomas de deficiência d’água na planta
◦  Medições no solo
 a) Teor de umidade no solo
 b) Tensão d’água no solo
◦  Medições climáticas
 a) Balanço hídrico (determinação da ET)
Tema muito importante e grande demanda por parte das fazendas
irrigada:
VAMOS TRABALHAR O TEMA EM AULAS POSTERIORES E NA
TRABALHO FINAL
2.9. QUALIDADE DA ÁGUA
 É um aspecto fundamental para o êxito da utilização de 
sistemas irrigados;
 No entanto, é muitas vezes negligenciada no momento da 
elaboração de projetos;
 Seis (6) problemas básicos:
 Salinidade;
 Alcalinidade/Sodificação
 Concentração de bicarbonatos
 Concentração de íons Fe+2
 Presença de elementos tóxicos
 Contaminação por agentes patogênicos (verminoses. 
esquistossomose, etc.)
…
11
9
 PRINCIPAIS PROBLEMAS VINCULADOS À QUALIDADE DA ÁGUA DE 
IRRIGAÇÃO
 a) Alta concentração total de sais
◦ Diminuição Aumento do potencial osmótico e redução do 
potencial hídrico, dificultando a absorção de água pela planta;
◦ Altas concentrações de sais na água de irrigação (e na solução do 
solo) podem causar toxidez às plantas;
◦ Expressa em partes por milhão (ppm) ou em função da 
condutividade elétrica (CE) da água, em dS/m.
 b) Sodificação
◦ Elevada proporção da concentração de sódio em relação à de 
outros sais (principalmente cálcio e magnésio), acarreta 
problemas na estruturação do solo, dificultando o processo de 
infiltração da água, devido à obstrução ou extinção dos 
macroporos;
◦ As concentrações dos sais são expressas em miliequivalente/litro. 
A proporção relativa de sódio é expressa por intermédio da razão 
de adsorção de sódio (RAS):
 
2




MgCa
Na
RAS
12
0
 c) Concentração de bicarbonatos
Altas concentrações de bicarbonatos promovem precipitação de
cálcio e magnésio, na forma de carbonatos, reduzindo a
concentração de cálcio e magnésio no solo;
 d) Concentração de íons Fe+2
◦ O ferro dissolvido na água (Fe+2) encontra-se em estado
reduzido, principalmente nas águas subterrâneas, porém ao
oxidar-se, precipita-se na forma de Fe+3 e pode obstruir
emissores;
◦ Esse processo de oxidação ocorre pela ação de bactérias e pelo
contato com o ar ou oxidantes contidos na água, em ambientes
aeróbico e anaeróbico (Boletim Técnico GESAI)
 e) Presença de elementos tóxicos
◦ Quando em altas concentrações, podem ocasionar toxidez às
culturas, por exemplo: boro, cloro e sódio;
◦ Seu grau de dano depende da concentração do elemento, da
sensibilidade da cultura e da evapotranspiração diária.
 f) Contaminação por agentes patogênicos (verminoses. 
esquistossomose, etc.)
◦ Deve-se avaliar a possibilidade de ocorrer contaminação do 
irrigante, da comunidade vizinha e dos consumidores dos 
produtos.
12
1
 Amostragem
◦ Recipiente de coleta de plástico (1 L);
◦ Local representativo;
Caracterização
 Classificação da água de irrigação
 Como base em resultados laboratoriais, a água de irrigação é
classificada segundo alguns critérios, e diversos são os
modelos destinados a essa finalidade;
 Todos tratam e classificam de forma qualitativa a água de
irrigação, sendo o método mais utilizado o proposto pela
University of California Committee Consultants (UCCC)
apresentada por Ayers & Westcot (1985);
 Avalia a qualidade da água em função da CE (salinidade) e
RAS (sodificação) entre outros parâmetros.
12
2
Perigo de salinização
◦ As águas são divididas em quatro classes, segundo sua condutividade 
elétrica (CE), ou seja, em função de sua concentração total de sais 
solúveis.
 C1 – Água com salinidade baixa (CE entre 0 e 0,25 dS/m, a 25º).
 C2 – Água com salinidade média (CE entre 0,25 e 0,75 dS/m, a 25 ºC).
 C3 – Água com salinidade alta (CE entre 0,75 e 2,25 dS/m, a 25 ºC).
 C4 – Água com salinidade muito alta (CE entre 2,25 a 5,00 dS/m, a 25°C).
 Perigo de alcalinização ou sodificação
 S1 – Água com baixa concentração de sódio (RAS  32,19 - 4,44 log CE).
 S2 – Água com concentração média de sódio (32,19-4,44 log CE < RAS  51,29-
6,66 log CE).
 S3 – Água com alta concentração de sódio (51,29 - 6,66 log CE < RAS  70,36 -
8,87 log CE).
 S4 – Água com concentração de sódio muito alta (RAS > 70,36 - 8,87 log CE).
12
3
Tabela 2.11 - Diretrizes para interpretação da qualidade da 
água para irrigação, segundo Ayers e Westcot, 1985 (FAO 29)
Grau da restrição ao uso Problemas e constituintes 
relacionados com 
 
Unidades Nenhum
a 
Moderada Severa 
Salinidade do solo 
CE da água de irrigação (Cei) 
ou 
dS/m <0,7 0,7 a 3,0 >3,0 
Total de sólidos solúveis (TST) mg/L <450 450 a 2000 >2000 
Capacidade de infiltração do solo 
RAS = 0 a 3 e Cei dS/m >0,7 0,7 a 0,2 <0,2 
RAS = 3 a 6 e Cei dS/m >1,2 1,2 a 0,3 <0,3 
RAS = 6 a 12 e Cei dS/m >1,9 1,9 a 0,5 <0,5 
RAS = 12 a 20 e Cei dS/m >2,9 2,9 a 1,3 <1,3 
RAS = 20 a 40 e Cei dS/m >5,0 5,0 a 2,9 <2,9 
Toxidade 
Sódio (Na) 
Irrigação por superfície RAS <3,0 3,0 a 9,0 >9,0 
Irrigação por aspersão m.e./L <3,0 3,0 a 9,0 >9,0 
Cloro (Cl) 
Irrigação por superfíciem.e./L <4,0 4,0 a 10,0 >10,0 
Irrigação por aspersão m.e./L <3,0 >3,0 
Boro (Bo) m.e./L <0,7 0,7 a 3,0 >3,0 
Miscelânea 
Nitrogênio (NO3 – N) mg/L <5,0 5,0 a 30,0 >3,0 
Bicarbonato (HCO3) Irrigação 
por aspersão 
m.e./L <1,5 1,5 a 8,5 >8,5 
pH Amplitude normal de 6,5 a 8,4 
 
 Baseada numa porcentagem de lixiviação entre 15 e 20%.
 Nota:
 - milimhos/centímetro (mmhos/cm) = deciSiemen/metro (dS/M).
 - miligrama/litro (mg/L)≈ partes por milhão (ppm).
 - miliequivalente/litro(m.e./L) = mg/L + peso equivalente. 12
4
 Uma classificação para definir o grau de salinidade de um solo foi 
proposta pelo Laboratório de Salinidade dos Estados Unidos (Tabela 
2.12). Classificando um solo como salino quando ele apresentar 
condutividade elétrica (CE) maior que 4 milimhos/cm (25 ºC), uma 
porcentagem de sódio trocável (PST) menor que 15% e pH inferior a 
8,5.
Tabela 2.12 - Classificação dos solos salinos e alcalinos (segundo U.S. Salinity 
Laboratory)
Condutividade elétrica da solução do solo, em milimhos/cm, a 25 ºC; e ** porcentagem de 
sódio trocável.
 Situação no Brasil:
◦ Localizado
◦ Perímetros irrigados com baixa eficiência
Denominação 
CE* 
 
P.S.T*
* 
pH Recuperação 
Normal < 4 < 15 4 a 8,5 -------------- 
Salino > 4 < 15  8,5 Lixiviação dos sais 
Salino–alcalino 
ou 
Salino–sódico 
> 4 > 15 
Próximo de 
8,5 
Aplicação de corretivos e 
lixiviação dos sais 
Alcalino ou 
sódico 
< 4 > 15 
8,5 < pH < 
10 
Aplicação de corretivos e 
lixiviação dos sais 
 
12
5
FIM CAPÍTULO 2
DÚVIDAS?
MUITO IMPORTANTE A LEITURA E 
REALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS

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