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Economia Graduação SU M ÁR IO R ÁP ID O APReSentAçãO Plano de ensino- APRenDIzAgeM IntRODUçãO AO COnCeItO DA eCOnOMIA MICROeCOnOMIA MACROeCOnOMIA DeSenvOlvIMentO e CReSCIMentO eCOnôMICO COntAbIlIDADe nACIOnAl OU SOCIAl e CenÁRIOS eCOnôMICOS COMéRCIO InteRnACIOnAl InflAçãO RefeRênCIAS ReSPOStAS DAS AtIvIDADeS De AUtOAvAlIAçãO 7 8 11 26 47 57 71 91 78 85 93 ECONOMIA Tânia Maria dos Santos Nodari Joaçaba 2014 © 2014 editora Unoesc – Direitos desta edição reservados à editora Unoesc Rua getúlio vargas, 2125, bairro flor da Serra, CeP 89600-000 – Joaçaba, SC, brasil fone: (49) 3551-2065 – fax: (49) 3551-2000 – e-mail: editora@unoesc.edu.br é proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, sob quaisquer meios, sem a permissão expressa da editora Unoesc. n761e nodari, tânia Maria dos Santos. economia / tânia Maria dos Santos nodari. – Joaçaba: ed. Unoesc, 2014. 94 p. ; 30 cm. – (Série Unoesc virtual) Bibliografia: p. 91-92 ISbn 1. economia. 2. Microeconomia. 3. Macroeconomia. 4. Desenvolvimento econômico. I. título. CDD 330 Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc Reitor Aristides Cimadon vice-reitor Acadêmico nelson Santos Machado vice-reitores de Campus Campus de São Miguel do Oeste vitor Carlos D’Agostini Campus de videira Antonio Carlos de Souza Campus de Xanxerê genesio téo Coordenação geral da Unoesc virtual lucivani gazzóla Coordenação Pedagógica Alessandra nichele Magro Coordenações locais da Unoesc virtual Campus de São Miguel do Oeste Adiles Ana bof Campus de videira Daniela Medeiros dos Santos Stedile Campus de Xanxerê Janine lauschner Secretaria executiva e logística elisabete Cristina gelati Designer Instrucional greici fernandes da Silva Professor Autor tânia Maria dos Santos nodari Coordenação editora Unoesc Débora Diersmann Silva Pereira Revisão linguística e Metodológica giovana Patrícia bizinela designer Gráfico e diagramação Simone Dal Moro SUMÁRIO APReSentAçãO .............................................................................................................................................................................7 Plano de ensino-aPRendiZaGeM ...................................................................................................................................8 UnIDADe 1 IntRODUçãO AO eStUDO DA eCOnOMIA ............................................................................................11 SeçãO 1 COnCeItO De eCOnOMIA ..................................................................................................................................12 SeçãO 2 AS neCeSSIDADeS, OS benS eCOnôMICOS e OS SeRvIçOS ..............................................................16 SeçãO 3 SISteMA eCOnôMICO ..........................................................................................................................................20 SeçãO 4 DIvISãO DA teORIA eCOnôMICA: MACROeCOnOMIA e MICROeCOnOMIA .............................21 UnIDADe 2 MICROeCOnOMIA .............................................................................................................................................26 SeçãO 1 IntRODUçãO AO eStUDO DOS MeRCADOS ..............................................................................................28 SeçãO 2 eStRUtURAS De MeRCADO e ClASSIfICAçãO DOS MeRCADOS ...................................................29 SeçãO 3 IntRODUçãO AO eStUDO DA DeMAnDA ...................................................................................................36 SeçãO 4 IntRODUçãO AO eStUDO DA OfeRtA ........................................................................................................42 UnIDADe 3 MACROeCOnOMIA ............................................................................................................................................47 SeçãO 1 COnCeItO De MACROeCOnOMIA ..................................................................................................................48 SeçãO 2 eStRUtURA DA AnÁlISe MACROeCOnôMICA ........................................................................................51 SeçãO 3 POlítICAS gOveRnAMentAIS: MetAS De POlítICAS MACROeCOnôMICAS ..........................52 SeçãO 4 InStRUMentOS De POlítICAS MACROeCOnôMICAS .........................................................................54 UnIDADe 4 COntAbIlIDADe nACIOnAl OU SOCIAl e CenÁRIOS eCOnôMICOS .......................................57 SeçãO 1 ORIgeM DA COntAbIlIDADe nACIOnAl OU SOCIAl ..........................................................................58 SeçãO 2 PRInCIPAIS AgRegADOS MACROeCOnôMICOS ......................................................................................60 SeçãO 3 eMPRegO e DeSeMPRegO .................................................................................................................................67 UnIDADe 5 COMéRCIO InteRnACIOnAl .......................................................................................................................71 SeçãO 1 COMéRCIO InteRnACIOnAl ............................................................................................................................72 UnIDADe 6 InflAçãO..............................................................................................................................................................78 SeçãO 1 IntRODUçãO à InflAçãO ................................................................................................................................79 SeçãO 2 CAUSAS DA InflAçãO ..........................................................................................................................................80 SeçãO 3 COnSeqUênCIAS DA InflAçãO ......................................................................................................................81 UnIDADe 7 DeSenvOlvIMentO e CReSCIMentO eCOnôMICO ........................................................................85 SeçãO 1 COnCeItOS De CReSCIMentO e De DeSenvOlvIMentO eCOnôMICO .....................................86 SeçãO 2 fOnteS De CReSCIMentO .................................................................................................................................87 SeçãO 3 CARACteRíStICAS DOS PAíSeS SUbDeSenvOlvIDOS .........................................................................89 RefeRênCIAS .............................................................................................................................................................................91 ReSPOStAS DAS AtIvIDADeS De AUtOAvAlIAçãO .................................................................................................93 Continua na próxima páginaPerguntaSaiba mais Veja como aproveitar a sua apostila Este espaço permite que você faça suas anotações! Para refletir exclamação 7 PL AN O DE E N SI N O- AP RE N DI ZA GE M Economia APReSentAçãO SeJA beM-vInDO AO COMPOnente CURRICUlAR eCOnOMIA! A partir da evolução da sociedade o estudo da ciência econômica passa a ter uma maior importância porque os agentes econômicos encontram maiores dificuldades para lidar com a escassez de recursos diante da necessidade e variedade das neces- sidades humanas que estão sendo ampliadas. as pessoas, influenciadas pelas novas tecnologias que criam novos bens e serviços, ampliaram o consumo. Os mercados estão cada vez mais globalizados e a estrutu- ra social e ambiental das regiões interferem diretamente na competitividade e na sustentabilidade das organizações. Para sobreviver diante desse novo cenário, são essenciais os conhecimentos na área da economia, pois é preciso entender que os recursos são limitados, enquanto a necessidade da população é constantemente ampliada. é preciso saber lidar com as questões econômicas que nos afetam dia a dia e com os recursos disponíveis. Participar economicamente da sociedade requer a compreensãodo papel que as questões econômicas desempenham em nossa vida, pois delas depende o nosso modo de vida, ou seja, o que comemos, onde estudamos, os produtos que consumi- mos, entre outros. é imprescindível saber lidar com as questões econômicas para melhorarmos a qualidade de vida. este componente curricular tratará de alguns aspectos da economia, relacionados à microeconomia e à macroeconomia. Analisaremos o comportamento de consu- midores e produtores/vendedores/indicadores econômicos, o papel da política econômica e a interação com os agentes econômicos. em nossos estudos vamos procurar entender a questão da escassez, para poder- mos administrar os recursos escassos; para isso, vamos estudar os principais con- ceitos em economia, a divisão dessa ciência, a contabilidade nacional e os cenários econômicos na atualidade. bons estudos! Professora tânia Maria dos Santos nodari 8 Economia Pl An O De e n SI n O- AP Re n DI zA ge M PlAnO De ensino-aPRendiZaGeM EM EN TA Conceitos fundamentais em economia; Microeconomia: de- manda, oferta e equilíbrio de mercado; estruturas de mercado; Teoria da firma: produção, custos e lucro; Macroeconomia: demanda e oferta agregada, política monetária, fiscal, cambial, comércio internacional, inflação, desenvolvimento e crescimen- to econômico; Contabilidade nacional; Cenários econômicos. ObjETIVO GErAl COnHeCeR um conjunto de teorias e conceitos econômicos que são a base de toda a análise econômica e que regulam a sociedade. ObjETIVOS ESpECífICOS CoMPReendeR a influência das questões econômicas na vida das pessoas; RelACIOnAR os estudos deste componente curricular com os demais componen- tes do curso; DeSenvOlveR a habilidade de trabalhar em equipe; COnHeCeR as principais questões da economia e sua interpretação na realidade brasileira atual, bem como seu significado e sua importância. METOdOlOGIA O componente curricular será desenvolvido por meio do Portal de ensino Unoesc, que é a sala de aula virtual. As aulas serão acompanhadas por um grupo de profes- sores que presta assistência metodológica e pedagógica para o desenvolvimento da aprendizagem. Além disso, o guia de estudo serve para orientar o aprendizado por meio de um diálogo, facilitando a compreensão dos conteúdos que serão trabalhados. 9 PL AN O DE E N SI N O- AP RE N DI ZA GE M Economia Para fim de avaliação de aprendizagem do componente curricular são atribuídas notas de zero a dez pontos, considerando-se o seguinte procedimento: O professor atribuirá notas de zero a dez às atividades avaliativas a distância, que serão no mínimo duas avaliações por componente curricular, denominadas AD e uma prova escrita individual, abrangente e presencial, denominada AP, das quais resultará a nota da média semestral, denominada A1, com os seguintes pesos: • As atividades avaliativas a distância parciais de A1, denominadas AD, terão peso 4,0; • A atividade avaliativa abrangente de A1, presencial, denominada AP, terá peso 6,0. é fundamental que você leia as unidades de estudo deste componente curricular para realizar as atividades avaliativas! EVENTO ATIVIdAdE dATA Início do compo- nente curricular Aula presencial. leitura do programa de aprendizagem e orientações iniciais. _______/______ Unidade 1 leitura da Unidade. _______/______ Realização das atividades de autoavaliação. ______/______ Realização das atividades avaliativas a distância. ______/______ Unidade 2 leitura da Unidade. _______/______ Realização das atividades de autoavaliação. ______/______ Aula virtual _______/______ Unidade 3 leitura da Unidade. _______/______ Realização das atividades de autoavaliação. _______/______ Unidade 4 leitura da Unidade. _______/______ Realização das atividades de autoavaliação. _______/______ Unidade 5 leitura da Unidade. _______/______ Realização das atividades de autoavaliação. Unidade 6 leitura da Unidade. _______/______ Realização das atividades de autoavaliação. Unidade 7 leitura da Unidade. _______/______ Realização das atividades de autoavaliação. Avaliação presencial (AP) Avaliação presencial (AP) – 2ª chamada Avaliação presencial (A2) fOrMAS E MOMENTO dE AVAlIAçãO C R O n O g R A M A D e e S t U D O 10 PL AN O DE E N SI N O- AP RE N DI ZA GE M Economia durAçãO A carga horária total do componente curricular é de 60 horas, incluindo o processo de avaliação. O tempo previsto para a duração do componente curricular é de aproxi- madamente 40 dias. O material e a metodologia foram desenvolvidos de forma que o conteúdo possa ser estudado durante esse período e dentro desta carga horária. o cronograma de atividades serve para orientar o seu estudo, mas você deve ficar atento às datas e prazos para a realização das atividades. bIblIOGrAfIA báSICA MAnKIW, n. gregory. Introdução à economia. 5. ed. tradução Allan vidigal Has- tings. São Paulo: Cengage learning, 2010. tradução de: Principles of economics. tROSteR, Roberto luis; MORCIllO, francisco Mochón. Introdução à economia. São Paulo: Makron books, 2009. vASCOnCellOS, Marco Antonio Sandoval de; gARCIA, Manuel enriquez. funda- mentos de economia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. gReMAUD, Amaury Patrick; vASCOnCellOS, Marco Antonio Sandoval de; tOnetO JÚnIOR, Rudinei. Economia brasileira contemporânea. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007. KRUgMAn, Paul Robin; ObStfelD, Maurice. Economia Internacional. tradução eliezer Martins Diniz. 8. ed. São Paulo: Prentice Hall brasil, 2010. tradução de: International economics. KRUgMAn, Paul Robin; WellS, Robin. Introdução à economia. tradução Helga Hoffmann. Rio de Janeiro: elsevier, 2006. tradução de: economics. lOPeS, luiz Martins; vASCOnCellOS, Marco Antonio Sandoval de. Manual de ma- croeconomia: nível básico e nível intermediário. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. RIeDI, Adriana Maria Correa; teSSeR, Daniel. Teoria Econômica I. Joaçaba: Uno- esc virtual, 2009. vASCOnCellOS, Marco Antonio Sandoval de; gARCIA, Manuel enriquez. Econo- mia. São Paulo: Saraiva, 2008. bIblIOGrAfIA COMplEMENTAr uNIdAdE 1 IntRODUçãO AO eStUDO DA eCOnOMIA ObjETIVOS dE AprENdIzAGEM ao final desta unidade, você terá condições de: • CoMPReendeR os principais conceitos sobre economia; • ConHeCeR a importância do estudo da ciência econômica; • saBeR como funciona a economia diante da escassez de recursos. rOTEIrO dE ESTudO Com o objetivo de alcançar o que está proposto a esta unidade, o conteúdo está dividido nas seguintes seções: SEçãO 1 Conceito de economia SEçãO 2 As necessidades, os bens econômi- cos e os serviços SEçãO 3 definição de sistema econômico SEçãO 4 Divisão da teoria econômica: macroeconomia e microeconomia 12 IN TR OD UÇ ÃO A O ES TU DO D A EC ON OM IA Economia pArA INICIAr NOSSOS ESTudOS A economia está presente em todos os momentos de nossas vidas. A situação eco- nômica de cada um, ou seja, os recursos que cada um dispõe, vão determinar seu modo de viver: o que comprar, onde investir, onde estudar e estar consciente sobre a limitação dos recursos é fundamental para a qualidade de vida. é comum em jornais, tv, internet encontrarmos notícias sobre a economia como varia- ções do desemprego, crescimento econômico, inflação, diferenças e aumentos salariais, balança de pagamentos, diferenças regionais, taxa de câmbio, aumento de impostos. também é frequente ouvirmos comentários como “crises no câmbio”, “queda ou aumento da bolsa de valores”, “crise financeira internacional” sobre a competivida- SEçãO 1 Conceito de Economia A economia é, de certo modo, uma ciência complexa, pois lida com os desejos das pessoas e a dificuldade de adquirir o que desejam. é comum as pessoas utilizarem a palavra economia para demonstrarem o desejo de “guardar” dinheiro, “poupar”: “este ano consegui poupar um bom dinheiro.” de nos negócios, provocados pelo processo de internacionalização,conhecido como globalização. A partir deste processo, os mercados se tornaram globalizados provocando uma mudança na estrutura socioeconômica e ambiental das regiões que interfere diretamente na competitividade e na sustentabilidade das organizações. A Economia é a ciência das escolhas, ou seja, não podemos ter os bens e os serviços que necessitamos ao mesmo tempo; por isso, estamos sempre fazendo escolhas. Estas escolhas se aplicam também para as empresas, Governo, enfim, para todos os agentes econômicos. Se os bens existissem em abundância não haveria necessidade da Economia. “O objetivo de estudar a economia é [...] aprender a não ser enganado pelos economistas.” (Joan Robinson – economista britânica (1903-1983)) Economia é poupar? 13 IN TR OD UÇ ÃO A O ES TU DO D A EC ON OM IA Economia Sim, mas é bem mais ampla e complexa. O termo economia é originário da palavra grega oikosnomos (oikos = casa e nomos = lei), e significa a arte de administrar uma casa, uma empresa, um município, um estado ou um país. dessa forma, pode-se definir economia, segundo oliveira (2005, p. 153, grifo do autor), como: [...] a ciência responsável por estudar a forma pela qual os indivíduos e/ou sociedades determinam ou escolhem, como serão utilizados os recursos produtivos escassos na produção das diversas categorias de bens e servi- ços, colocados no mercado à disposição dos vários indivíduos e grupos da sociedade, com o intuito de satisfazer suas infinitas necessidades. Contudo, mais do que conhecer a origem e a tradução literal da palavra, precisamos entender o seu significado mais amplo, ou seja, a “administração da casa” envolve o provimento das necessidades das pessoas da casa e, mais ainda, a escolha de quais serão atendidas, já que não é possível satisfazer todas as necessidades ou os desejos de todos. Para Kotler (1998, p. 27), “[...] necessidade humana é um estado de privação de alguma satisfação básica [...] desejos são carências por satisfações es- pecíficas para atender às necessidades.” As pessoas têm também necessidades coletivas, como estradas, escolas, justiça e saúde e não há recurso suficiente para todos; por isso, a necessidade de utilizar os recursos de forma racional. observe no esquema 1 como estão classificadas as necessida- des humanas. esquema 1 – Classificação das necessidades humanas fonte: adaptado de troster e Morcillo (2002). 14 IN TR OD UÇ ÃO A O ES TU DO D A EC ON OM IA Economia ainda em relação à definição de economia, Pinho e Vasconcellos (2006, p. 2) colo- cam que: economia é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar os recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, de forma a satisfazer as necessidades humanas. De acordo com McConnell e brue (2001, p. 21), a economia preocupa-se em “[...] fa- zer o melhor com o que se tem [...]”; portanto, trata-se de uma ciência da eficiência, ou seja, de como atender ao maior número das necessidades dos indivíduos com os recursos de que se dispõe. Montoro filho et al. (1983, p. 13) complementa conside- rando que essas definições evidenciam de forma explícita que o objeto da ciência econômica é o estudo da escassez. Podemos constatar, observando a vida das pessoas, que as ne- cessidades humanas são limitadas quanto ao número. Assim que uma pessoa consegue dinheiro para se alimentar, comprar a casa própria, o carro, por exemplo, outras necessidades vão surgir: como roupas modernas, tv de última tecnologia, entre outras. Economia é uma parte das ciências sociais que estuda a utilização dos recursos produtivos finitos para a satisfação do maior número possível das infinitas necessidades humanas. Você concluiu a primeira seção! Reflita sobre o que acabou de ler e realize a autoavaliação. você pode conferir suas respostas ao final deste material. 1 Marque V, se a sentença for verdadeira, e f, se for falsa: A. ( ) A palavra Economia tem origem em Roma e significa poupar, guardar dinheiro. b. ( ) Conforme a economia é possível os indivíduos satisfazerem todas as necessidades. C. ( ) Desejo é um estado de privação de alguma satisfação básica e necessidade é a carência de satisfações específicas no atendimento das infinitas necessidades. AuTOAVAlIAçãO 1 15 IN TR OD UÇ ÃO A O ES TU DO D A EC ON OM IA Economia d. ( ) O objeto da ciência econômica é o estudo da escassez e, por isso, nos países desenvolvidos, todas as necessidades humanas são plenamente atendidas. E. ( ) As necessidades da sociedade dividem-se em coletivas e públicas. f. ( ) por causa da escassez de recursos as pessoas podem contar com os recursos disponíveis para satisfazer suas necessidades, sem se preocupar com a sua limitação. AuTOAVAlIAçãO 1 As necessidades humanas são ilimitadas, enquanto os re- cursos são limitados; por isso, temos que escolher entre “Ou Isto ou Aquilo”. Ou Isto ou Aquilo Ou se tem chuva e não se tem sol ou se tem sol e não se tem chuva! Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva! Quem sobe nos ares não fica no chão, quem fica no chão não sobe nos ares. é uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo nos dois lugares! Ou guardo o dinheiro e não compro o doce, ou compro o doce e gasto o dinheiro. Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo… e vivo escolhendo o dia inteiro! 16 IN TR OD UÇ ÃO A O ES TU DO D A EC ON OM IA Economia não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranquilo. Mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo. (MeIReleS, 2001, p. 1483). Agora podemos dar continuidade ao estudo, aprofundando um pouco mais os conhecimentos. vamos à Seção 2! SEçãO 2 As necessidades, os bens econômicos e os serviços Independentemente do grau de desenvolvimento de cada nação, nenhuma dispõe de todos os recursos para satisfazer a todas as necessidades da coletividade. recursos produtivos são todos os bens disponíveis para a produção de bens e serviços que venham satisfazer às necessi- dades humanas. inicialmente, os recursos foram classificados em recursos naturais (terra), capital e trabalho. Hoje, encon- tramos classificações mais amplas, que compreendem, também, conhecimento (tecnologia) e cultura. Segundo Sandroni (2002, p. 513), os recursos naturais podem ser divididos em duas categorias: bens econômicos e bens livres. • bens econômicos: são aqueles que têm valor econômico, ou seja, para podermos utilizá-los é necessário pagar por eles. Pos- suem como característica o fato de serem finitos, às vezes raros, serem passíveis de apropriação e, evidentemente, serem úteis para a satisfação de alguma necessidade humana. exemplos: a terra, os metais, as pedras preciosas, o petróleo; • bens livres: são aqueles que utilizamos sem necessidade de pagamento. não são passíveis de apropriação ou existem em abundância. exemplos: a luz do sol, o ar, as praias, entre outros. Uma observação importante é que muitos bens, antigamente considerados bens livres, estão se tornando bens econômicos 17 IN TR OD UÇ ÃO A O ES TU DO D A EC ON OM IA Economia em razão do surgimento de usos que antes não existiam ou do aumento da procura, o que os torna relativamente escassos em alguns locais. eXeMPlO Há 50 anos não existiam, na região de Joaçaba, serviços de forne- cimento de água, porém, as pessoas utilizavam a água de fontes e poços sem que houvesse problemas para a saúde e sem pagar nada por isso. Hoje, para terem acesso à água potável, precisam pagar pelo fornecimento por meio de rede ou envasada. Com o ar acontece uma situação semelhante. Ainda não estamos pagando para respirar, e esperamos que isso não aconteça, mas muitas empresas gastam somas vultosas de dinheiro para con- trolar a sua emissão de poluentes no ar. Podemos dizer, então, que estas empresasestão pagando para utilizá-lo. na verdade, nós mesmos já pagamos, quando compramos carros, pelo custo dos catalisadores que têm a finalidade de diminuir a emissão de poluentes no ar utilizado pelos motores. Conforme vimos, as necessidades humanas são infinitas e os fatores de produção (econômicos) – capital, trabalho, tecno- logia e recursos naturais – são finitos, com raras exceções. as- sim, na “administração da casa” é necessário escolhermos não somente as necessidades humanas a serem satisfeitas, mas quem serão as pessoas que terão suas necessidades satisfei- tas, quanto e quando. essas são as questões ou perguntas básicas a que a economia procura responder: • O que e quanto produzir? • Para quem produzir? • Como produzir? A última questão está relacionada à utilização, em diferentes proporções, dos fatores de produção disponíveis e às dife- rentes tecnologias para a obtenção de bens ou serviços que atendam às necessidades escolhidas. você deve se lembrar, conforme o conceito de economia estu- dado anteriormente, que ela faz parte das ciências sociais. 18 IN TR OD UÇ ÃO A O ES TU DO D A EC ON OM IA Economia Vamos entender por quê? A economia está inserida nas ciências sociais porque estuda as formas de organiza- ção encontradas pelas diferentes sociedades para responder às questões econômi- cas. Assim, é natural que tenha crescido em importância a partir do momento em que a forma de organização das sociedades, para satisfazer às suas necessidades tornou-se mais complexa. Isso ocorreu a partir do século XvIII (1701-1800), com o aparecimento de grandes concentrações urbanas e com a Revolução Industrial. vasconcellos e garcia (2004) explicam mais detalhadamente cada uma das ques- tões que a economia visa responder: O que e quanto produzir? essas questões estão relacionadas com a escassez dos recursos de produção, ficando a cargo da sociedade escolher, entre as possibi- lidades dos meios de produção, quais produ- tos serão produzidos e em que quantidade serão disponibilizados à sociedade. Como produzir? Também fica a cargo da sociedade decidir quais recursos de produção serão utilizados para a produção de bens e serviços e que tecnologia será utilizada; cabe aos produto- res definir os métodos mais eficientes para a maior produção possível com o menor custo. Para quem produzir? Cabe à sociedade decidir como os membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção, ou seja, a distribuição da renda dependerá da determinação dos salários, da renda da terra, dos juros e dos benefícios do capital, ou seja, o destino da produção certa- mente será para os que possuem renda. quadro 1 – Problemas econômicos fundamentais fonte: o autor. Agora que você já conhece os problemas que a economia procu- ra solucionar, realize a autoavaliação a seguir: 19 IN TR OD UÇ ÃO A O ES TU DO D A EC ON OM IA Economia 2 Aprendemos que a economia estuda a satisfação das necessidades humanas, utilizando-se dos fatores de produção disponíveis. Correlacione, entre os itens a seguir, aqueles que representam os fatores de produção e aqueles que caracterizam as necessidades humanas: (A) fatores de produção (b) necessidades humanas ( ) são finitos(as). ( ) são infinitos(as). ( ) Podem ser essenciais ou psicológicos(as). ( ) Podem ser classificados(as) como terra, capital, trabalho, tecnologia e empregabilidade. ( ) Podem ser agrupados(as) como livres e econômicos. 3 A respeito de recursos naturais, descritos por Sandroni (2002), podemos dividi-los em duas categorias: os bens livres e os bens econômicos. Relacione as colunas a seguir identificando-as: ( A ) bens livres ( b ) bens econômicos ( ) luz do sol ( ) Praias ( ) Madeira ( ) terras agrícolas ( ) Petróleo ( ) Minério de ferro AuTOAVAlIAçãO 1 20 IN TR OD UÇ ÃO A O ES TU DO D A EC ON OM IA Economia SEçãO 3 Sistema econômico Os sistemas econômicos são as formas de organização entre os diferentes agentes econômicos que caracterizam o funcionamento da economia e, consequentemente, da sociedade. vasconcellos e garcia (2004, p. 3) esclarecem que sistema econômico é uma forma particular de se organizar a produção, a distribuição e o consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam, com vistas à melhoria no padrão de vida e do bem-estar da coletividade. entre as diferentes formas de organização econômica, destacamos o socialismo e o capitalismo. SOCIAlISMO O socialismo tem como principal característica o controle do estado sobre os meios de produção, a propriedade coletiva dos fatores de produção. O estado (órgão central de planejamento) detém o controle total da economia, determinando o que, como, quanto e para quem é produzido, definindo também os preços. Seu principal expoente foi a já extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Atualmente, ainda encontramos alguns países com esse modelo econômico, como China e Cuba, apesar da tendência de abertura aos valores do capitalismo. O sistema socialista também pode ser chamado de economia centralizada ou economia planificada. CApITAlISMO O capitalismo apresenta como características funda- mentais a propriedade privada dos fatores de produ- ção, a livre iniciativa e a presença do estado apenas como provedor de alguns serviços básicos, como segurança, saúde, educação, infraestrutura básica, e re- gulador do mercado, ou seja, o estado não determina o que deve ser produzido, como ou quanto, apenas age no mercado de forma a evitar abusos que prejudiquem a coletividade ou contrariem alguma legislação da so- ciedade em questão. é a interação entre compradores e vendedores que determina quais produtos devem ser comercializados, como devem ser produzidos, em que quantidade e quais preços devem ser aplicados. quadro 2 – formas de organização econômica fonte: o autor. Atualmente, o modelo econômico com maior repercussão no mundo é o capitalista. Assim, todo o conteúdo estudado dentro deste componente curricular está inserido neste modelo econô- mico, com as suas respectivas características. Portanto, consi- deraremos que a interação entre compradores e vendedores é que irá responder às questões econômicas básicas. 21 IN TR OD UÇ ÃO A O ES TU DO D A EC ON OM IA Economia 4 Assinale a alternativa correta. São características do sistema econômico capitalista: (A) Planejamento central do governo sobre o que e como produzir. (b) Propriedade privada. (C) a interação entre compradores e vendedores define o preço dos produtos. (D) livre iniciativa. (e) Propriedade coletiva do capital. 5 Assinale as alternativas que estão relacionadas ao sistema capitalista: (A) A interação entre compradores e vendedores é que irá responder às questões econômicas básicas. (b) O estado determina o que deve ser produzido e age impedindo abusos que prejudiquem a coletividade. (C) é a interação entre compradores e vendedores que determina quais produtos devem ser comercializados, como devem ser produzidos, em que quantidade e quais preços devem ser aplicados. AuTOAVAlIAçãO 1 (( )( SEçãO 4 divisão da Teoria Econômica: macroeconomia e microeconomia Com o desenvolvimento da economia, é natural que essa área do saber começasse a se subdividir conforme o objeto de estu- do. Desse modo, a economia é dividida em macroeconomia e microeconomia. 22 IN TR OD UÇ ÃO A O ES TU DO D A EC ON OM IA Economia Para gremaud et al. (2003, p. 101), genericamente, a microeconomia: [...] é concebida como o ramo da Ciência econômica voltado ao estudo do comportamento das unidades de consumo representadas pelos indivíduos e/ou famílias (estas, desde que caracterizadas por um orçamento único), ao estudo das empresas, suas respectivas produções e custos, e ao estudo da geração e preços dos diversos bens, serviços e fatores produtivos. a microeconomia estuda ocomportamento de setores específicos do sistema econômi- co; basicamente, tenta entender e explicar o comportamento de compradores e vende- dores/produtores e os mecanismos de formação de preços em mercados específicos. Ainda gremaud et al. (2003, p. 101) distinguem esse conceito do de macroeconomia porque esta se interessa pelo estudo dos agregados, como a produção, o consumo e a renda popu- lacional como um todo, e não para cada mercado específico. Como os próprios prefixos (macro e micro) sugerem, a macroe- conomia aborda aspectos mais abrangentes da economia, isto é, estuda o funcionamento dos sistemas econômicos como um todo, ou seja, a interação entre os agentes econômicos e o comporta- mento dos diferentes agregados econômicos (PIb, Pnb, Renda nacional, nível de emprego, investimento, juros, moeda, exporta- ção, importação, entre outros) e seus reflexos sobre a economia, como inflação, crescimento, recessão e desenvolvimento. 6 relacione os elementos estudados pela micro e pela macroeconomia nas colunas a seguir: ( A ) Microeconomia ( b ) Macroeconomia ( ) Mercado mundial de soja. ( ) nível de emprego no Uruguai. ( ) Crescimento econômico do estado de Santa Catarina. ( ) nível da inflação no Brasil. ( ) Demanda de televisores em Joaçaba. ( ) Produção de automóveis no brasil. AuTOAVAlIAçãO 1 23 IN TR OD UÇ ÃO A O ES TU DO D A EC ON OM IA Economia 7 Assinale as alternativas corretas: (A) A macroeconomia é a parte do estudo da economia que visa estudar o comportamento de setores específicos do sistema econômico. (b) A microeconomia é a parte do estudo da economia que acompanha o funcionamento dos sistemas econômicos como um todo. (C) O estudo do PIb, Pnb e Renda nacional é acompanhado pela análise macroeconômica. (D) O estudo do comportamento de compradores e vendedores/produtores e os mecanismos de formação de preços em mercados específicos é realizado pela microeconomia. Para complementar nossos estudos, leia e reflita sobre o texto a seguir, escrito por Mar- shall (1961 apud ROSSettI, 2000, p. 44-45): Economia: um estudo da riqueza e um ramo do estudo do homem A economia é um estudo da humanidade, nas atividades correntes da vida; exami- na a ação individual e social em seus aspectos mais estreitamente ligados à obten- ção e ao uso das condições materiais do bem-estar. Assim, é um estudo da riqueza e, mais importante, uma parte do estudo do homem. O caráter do homem tem sido moldado por seu trabalho cotidiano e pelos recur- sos materiais que emprega, mais que por outra influência qualquer, à parte a dos ideais religiosos. Os dois grandes fatores na história do mundo têm sido o religio- so e o econômico. Aqui e ali, o ardor do espírito militar ou artístico predominou por algum tempo, mas as influências religiosas e econômicas nunca foram deslo- cadas do primeiro plano, mesmo passageiramente, e quase sempre foram mais importantes do que as outras todas juntas. vista dessa forma, a economia é um estudo dos homens tal como vivem, agem e pensam, nos assuntos comuns da vida, mas diz respeito, principalmente, aos moti- vos que afetam de modo intenso e constante a condução do homem no campo das transações mercantis e dos negócios. e como as transações e seus benefícios são mensuráveis, a economia conseguiu avançar mais que os outros ramos do estudo do homem. Assim como a balança de precisão do químico torna sua disciplina mais exata do que outras ciências físicas, a balança do economista, apesar de mais grosseira e imperfeita, deu à economia uma exatidão maior do que a de qualquer outro ramo das Ciências Sociais. naturalmente, em termos comparativos, a econo- 24 IN TR OD UÇ ÃO A O ES TU DO D A EC ON OM IA Economia mia não tem a mesma precisão das ciências físicas exatas, pois relaciona-se com as forças sutis e sempre mutáveis da natureza humana. é essencial notarmos que o economista não arroga a possibilidade de medir os motivos e as inclinações humanas, ele só o faz indiretamente, através de seus efei- tos. Avalia as motivações da ação por seus resultados, do mesmo modo como o faz o cidadão comum, diferindo dele somente pelas maiores precauções que toma em esclarecer os limites de seu conhecimento. Alcança suas conclusões provisórias pela observação da conduta humana sob certas condições, sem tentar penetrar questões de ordem transcendental. na utilização do conhecimento, considera os incentivos e os fins últimos que levaram à busca de determinadas satisfações. as medidas econômicas dessas satisfações são o ponto de partida da economia. Passemos, agora, a outro ponto. quando dizemos que um resultado ou efeito é medido pela ação que o causou, não estamos admitindo que toda ação humana deliberada seja resultado de um cálculo econômico. As pessoas não ponderam previamente os resultados econômicos de cada uma de suas ações; nem todas as ações humanas são objeto de cálculo econômico. O fato da vida de que a econo- mia se ocupa, especialmente, é aquele em que calculam-se, com mais freqüência, os custos e os benefícios de determinada ação ou de um empreendimento, antes de sua execução, e em que é possível calcular seus resultados e efeitos. Devemos lembrar que os motivos das ações humanas não residem, necessaria- mente, apenas em benefícios materiais, economicamente mensuráveis. envolvi- dos pelas forças da concorrência, muitos homens de negócios são, muitas vezes, estimulados mais pela expectativa de vencer seus rivais que propriamente, pelo interesse de ampliar sua riqueza. O desejo de obter a aprovação ou evitar a cen- sura de seus pares, no meio social em que vivem, pode também levar, comumente, a ações e decisões de significativos efeitos econômicos. Podemos melhor ilustrar essas ideias enumerando algumas das principais ques- tões estudadas pela economia. quais as causas que afetam o consumo e a produção, a distribuição e a troca de ri- quezas, a organização da indústria e do comércio, o comércio exterior, as relações entre empregados e empregadores; como essas questões são influenciadas umas pelas outras. Qual o alcance e a influência da liberdade econômica; qual sua importância, efeitos imediatos e remotos; até que ponto os inconvenientes da liberdade econô- mica, para os que dela não se beneficiam, justificam modificações em instituições como a propriedade e a livre empresa; em que medida poderíamos fazer essas modificações sem enfraquecer a energia dos que promovem o progresso. 25 IN TR OD UÇ ÃO A O ES TU DO D A EC ON OM IA Economia Como deve se distribuir a incidência de impostos entre as diferentes classes da so- ciedade; quais os empreendimentos de que a sociedade, por ela mesma, deve encar- regar-se e quais os que se farão por intermédio do governo; em que medida o gover- no deve regulamentar a forma como os homens de empresa dirigem seus negócios. Sob que aspectos, em matéria econômica, os deveres de uma nação em relação a outra diferem dos que têm entre si os cidadãos de uma mesma nação. Assim considerada, a economia é o estudo das condições materiais da vida em sociedade e dos motivos que levam os homens a ações com consequências econômicas. São seus objetos de estudo: a pobreza, enquanto estudo das causas da degradação de uma grande parte da humanidade; as condições, motivações e razões da riqueza; as ações individuais e sociais ligadas à obtenção do bem-estar. nesta Unidade iniciamos os estudos introdutórios de economia e estudamos sobre a importância de utilizarmos racionalmente os recursos disponíveis porque eles são es- cassos. também conhecemos os sistemas econômicos e a divisão da teoria econômica. na próxima Unidade vamos iniciar os estudos referentes à microeconomia. uNIdAdE 2 MICROeCOnOMIA ObjETIVOS dE AprENdIzAGEM ao final desta unidade, você terá condições de: • ConHeCeR as principais questões estudadas pela microeconomia; • CoMPReendeR a importância do mercado e como está classificado; • idenTiFiCaRe enTendeR os fatores que influenciam o nível da oferta e o nível da demanda. rOTEIrO dE ESTudO Com o objetivo de alcançar o que está proposto a esta unidade, o conteúdo está dividido nas seguintes seções: SEçãO 1 Introdução ao estudo dos mercados SEçãO 2 estruturas de mer- cado e classifica- ção dos mercados SEçãO 3 Introdução ao estudo da demanda SEçãO 4 Introdução ao estudo da oferta 27 M IC RO EC ON OM IA Economia pArA INICIAr NOSSOS ESTudOS A microeconomia preocupa-se em estudar o comportamento do consumidor e da Unidade Produtora isoladamente. Tem como finalidade estudar o comportamento de dois agentes econômicos, ou seja, o consumidor e o produtor e a interação entre esses grupos em mercados específicos. O consumidor é o agente que necessita de bens e serviços para satisfazer às suas necessidades e o produtor é o agente que produz estes bens e serviços. nesta Unidade você vai estudar os mercados no que diz respeito a estruturas e classificação e também vai entender em que consiste a demanda e a oferta. antes de iniciarmos a Unidade vamos refletir sobre as conside- rações do sociólogo norte-americano fairchild (1942, p. 27): Há cinco meios de obter riqueza: fazer, comprar, achar, receber em dádiva e roubar. Achar e receber em dádiva dependem de caprichos da sorte ou pessoal e não ocorrem de forma regular. O mesmo acontece com roubar, e o roubo, ainda quando cuida- dosamente organizado em grande escala, não é reco- nhecido pela sociedade como atividade normal. Por conseguinte, a ciência que trata da riqueza limita-se a dois dos cinco meios indicados: fazer e comprar. a microeconomia se preocupa em explicar como é fixado o pre- ço e seus fatores de produção e se divide em: • Teoria do Consumidor: estuda a preferência do consumidor analisando seu comportamento, suas escolhas, as restrições quanto a valores e à demanda de mercado; • Teoria de Empresa: estuda a reunião do capital e do traba- lho de uma empresa a fim de produzir produtos conforme a demanda do mercado e a oferta dos consumidores dispostos a consumi-los; • Teoria da produção: estuda o processo de transformação da matéria-prima adquirida pela empresa em produtos específicos para a venda no mercado. A teoria da produção se refere aos servi- ços como transportes, atividades financeiras, comércio e outros. 28 M IC RO EC ON OM IA Economia SEçãO 1 Introdução ao estudo dos mercados existem diversas definições de mercado. Por tradição histórica, entende-se mercado, ba- sicamente, como o local ou área geográfica onde compradores (consumidores) e vende- dores (produtores) realizam a troca de propriedade, de um determinado produto. Rossetti (2002, p. 395, grifo nosso) conceitua que: “[...] em sua acepção primitiva, a palavra mercado dizia respeito a um lugar determinado onde os agentes econômi- cos realizavam suas transações.” Agentes econômicos, para o autor, são as unidades familiares, as empresas e o governo. Para nos referirmos a um mercado, precisamos ter clareza so- bre três aspectos: produto, abrangência do mercado e período de tempo. veja o quadro a seguir: Quadro 3 – Aspectos a serem analisados no mercado PRODUtO é necessário conhecer o produto que estamos tratando; mudando um pouco sua característica, os compradores e os vendedores podem não ser mais os mesmos, alterando, assim, o processo de formação de pre- ço. O preço pode variar em função dos serviços adicionados ao produ- to. Um exemplo disso é a diferença existente entre o preço da soja em grão e o preço do farelo de soja; podemos afirmar que o farelo de soja agregou um diferencial, o que reverte maior lucratividade à indústria que o beneficiou. AbRAngênCIA DO MeRCADO Devemos conhecer o tamanho do mercado. essa dimensão costumava estar relacionada à área geográfica ocupada; por exemplo: o mercado de refrigerantes da cidade de Curitiba é diferente do mercado de re- frigerantes da região metropolitana de Curitiba. Contudo, em tempos de internet, esse aspecto ganha uma conotação mais ampla, pois as lojas virtuais não têm seu alcance definido por uma área geográfi- ca. nesses casos, para delimitar a abrangência do mercado, não são utilizadas referências geográficas (área, cidade, região, etc.), mas do número de compradores reais e potenciais, volume de vendas (em unidades e em valor), características dos consumidores, entre outras. essas informações podem ser utilizadas de forma complementar aos dados de localização geográfica em mercados tradicionais. O PeRíODO De teMPO é importante compreendermos claramente o período de tempo ao qual nos referimos, pois é comum, na análise de mercados, compararmos períodos de tempo diferentes de um mesmo produto para avaliar a sua evolução. também não é raro encontrarmos produtos que possuam alguma sazonalidade de demanda ou de oferta; dessa forma, a época ou período de tempo afetam a formação de preços ou as quantidades negociadas do mercado. exemplos: mercados de roupas de banho, alguns tipos de medi- camentos (antibióticos), cosméticos e até mesmo alguns tipos de alimentos (panetone). fonte: Riedi e tesser (2009, grifo do autor). 29 M IC RO EC ON OM IA Economia o mercado é formado pelos fluxos de produto e renda, respectivamente, a oferta e a demanda da economia. 1 Os elementos necessários para identificarmos o mercado a ser estudado são: (A) endereço (b) Características do produto (C) Abrangência de mercado. (D) número de produtores. (e) Marketing. ( f) Período de tempo. 2 A definição da abrangência é um fator fundamental para delimitarmos o mercado que pretendemos analisar. O principal elemento utilizado para determinarmos a abrangência do mercado é o(a): (A) número de compradores. (b) volume de vendas. (C) área geográfica. (D) escolaridade dos consumidores. (e) valor dos produtos comercializados. AuTOAVAlIAçãO 2 SEçãO 2 Estruturas de mercado e classificação dos mercados após identificarmos exatamente um mercado para que possamos analisá-lo, é necessário conhecermos as suas características principais, também chamadas de estruturas de mercado. São elas: • Concentração de mercado; • diferenciação de produto; 30 M IC RO EC ON OM IA Economia • dificuldades para a entrada de novas firmas no mercado. É com base nas estruturas de mercado que podemos classificar os diferentes tipos de mercado. essa classificação nos permite identificar rapidamente as característi- cas principais de um mercado e fornece algumas informações sobre os mecanismos de formação de preço e a competitividade. O GRAu DE hOmOGEnEiDADE DO PRODutO (DifEREnCiAçãO DO PRODutO) Ocorre quando dois ou mais produtos são considerados iguais pelos consumidores; significa em que medida dois produtos podem ser substitutos para a satisfação de uma determinada necessidade. Montoro filho et al. (1983, p. 112) explica que pro- dutos substitutos ou concorrentes são aqueles que guardam uma relação de substituição, ou seja, o consumo de um pode substituir o consumo do outro. Para as empresas, costuma ser interessante diferenciar o seu produto em relação aos concorrentes, pois se o consumidor não encontrar bons substitutos para um produto aceitará pagar mais caro para adquiri-lo e esse é o objetivo da diferenciação. não bas- ta, contudo, simplesmente ser diferente; é de extrema relevância que esta diferenciação complemente a satisfação das necessida- des do consumidor, uma vez que a diferenciação deve ser perce- bida e desejada por ele. existem algumas situações em que a empresa não busca a dife- renciação, mas a homogeneização. é o caso de empresas que lan- çam produtos similares a algum produto já existente com grande sucesso de vendas. nesse caso, a empresa que lançou o produto similar ao de sucesso ou parte do conceito original e busca uma diferenciação para atingir um determinado nicho de mercado, ou estará sempre à sombra do produto original. nesse último caso, é necessário optar por uma política de redução de preços paraconseguir vender o seu produto. eXeMPlO os medicamentos de classificação genérica atendem à mesma necessi- dade do medicamento de marca, porém, com preços mais acessíveis. Por essa razão, Reis e Mandetta (2003, p. 86) lembram que, na classificação genérica, somente o nome da droga é considerado. Kotler (1998) descreve nicho como um grupo mais restrito de compradores, tratando- se de um pequeno mercado, cujas necessidades ainda não foram 100% atendidas. 31 M IC RO EC ON OM IA Economia veja no quadro 4 as formas de diferenciação de produto: quadro 4 – formas de diferenciação de produto bRInDeS e PROMOçÕeS A oferta de brindes e promoções para os consumidores, como sorteios de prêmios e viagens é uma forma de diferenciação do produto. é possível encontrar isso todos os dias nos supermercados; entre dois produtos similares, muitos consumidores optam por aquele que oferece o brinde ou promoção. ADIçãO De IngReDIenteS De qUAlIDADe SUPeRIOR AO PRODUtO Se as matérias-primas são de origem controlada (mais saudáveis ou ecologica- mente corretas), pode haver uma diferen- ciação do produto para os consumidores. exemplos: refrigeradores e aerossóis que não usam CFC e não danificam a camada de ozônio, detergentes biodegradáveis e sabonetes com glicerina. eMbAlAgeM A embalagem pode diferenciar um produ- to para o consumidor por diversas razões, como facilitar a utilização e o manuseio do produto, possibilitar uma melhor visuali- zação (embalagens transparentes), trazer uma quantidade que seja mais adequada ao consumidor (embalagens tamanho família ou reduzido), praticidade (emba- lagens descartáveis, com tampa abre-fácil, embalagens recicláveis), etc. SeRvIçOS ADICIOnA- DOS AO PRODUtO O consumidor pode dar preferência a um determinado produto em relação a outros similares em virtude de oferecer servi- ços que atendam a alguma necessidade associada à aquisição, como entrega a domicílio, assistência técnica, serviço de atendimento, entre outros. IMAgeM (OU PROPA- gAnDA) Muitos produtos utilizam a propaganda não apenas para anunciar o produto e torná-lo conhecido entre os consumido- res, mas também para associá-lo a alguma imagem que atraia o público consumidor desejado. é fácil percebermos isso em pro- pagandas de cigarros, refrigerantes, cerve- jas, automóveis e brinquedos infantis. fonte: Riedi e tesser (2009). A diferenciação está associada às características intrínsecas ao produto ou a algum item ou serviço adicionado a ele. Preço me- nor não é um fator de diferenciação; esta é justamente utilizada para tornar o produto mais essencial ao consumidor, aumentan- do o consumo, e/ou cobrar um preço mais alto por ele, ou seja, diminuir o preço é, na verdade, sintoma da falta de diferencia- ção do produto e uma estratégia para conquistar mercado. 32 M IC RO EC ON OM IA Economia as dificuldades ou barreiras à entrada de novas empresas no mercado ocorrem por diversos fatores. Confira no esquema a seguir: esquema 2 – dificuldades ou barreiras para a entrada de novas firmas no mercado fonte: o autor. ClASSIfICAçãO dOS MErCAdOS Podemos classificar os mercados em relação à oferta (vendedo- res/produtores), segundo Rossetti (2002), da seguinte forma: 33 M IC RO EC ON OM IA Economia Quadro 5 – Classificação dos mercados em relação à oferta MONOpÓlIO nesse mercado há somente uma empresa produtora ou vendedora; não existem produtos substitutos e as barreiras para a entrada de novas firmas no mercado são grandes. existe a possibilidade de manipulação de preços, tornando o mercado ineficiente. OlIGOpÓlIO A principal característica é o pequeno número de vendedores; os produtos podem ser homogêneos ou apresentar algumas diferencia- ções – neste caso, o mercado pode ser mais competitivo. normalmente, existem dificuldades para a entrada de novas firmas no mercado, o que possibilita a formação de cartéis com a finalidade de controlar a produ- ção e os preços. CONCOrrÊN- CIA MONO- pOlISTA Apesar de ser facilmente confundida com o oligopólio, tende a pos- suir um número maior de firmas, assim como um maior esforço para a diferenciação dos produtos. Além disso, praticamente não existem dificuldades para a entrada de novas firmas no mercado, condições que normalmente conduzem a uma concorrência acirrada, com pouco espa- ço para a manipulação do mercado. CONCOrrÊN- CIA pErfEI- TA O mercado apresenta um número de empresas muito grande; na ver- dade, grande o suficiente para que uma empresa sozinha não possa interferir no preço do mercado ao decidir comprar ou vender. O produto é homogêneo e praticamente não há barreiras para a entrada de novas firmas no mercado, as informações sobre o mercado são de fácil acesso e disponíveis para todos. fonte: Riedi e tesser (2009). no que se refere à demanda pelos fatores de produção (compra- dores), o raciocínio é semelhante e os mercados podem ser clas- sificados, também, de acordo com a sua estrutura. Vasconcellos e Garcia (2004) afirmam que a questão da concentração de merca- do é o ponto básico dessa classificação; conforme Quadro 6: Quadro 6 – Classificação dos mercados conforme a demanda MONOpSÔNIO Mercado no qual há apenas um comprador e muitos vendedores. Tende a existir influência no preço por parte do comprador. OlIGOpSÔNIO Ocorre quando existem poucos compradores. Podemos citar o exemplo do mercado de pro- dutos agropecuários (soja, milho, gado, suínos, etc.); em determinadas regiões, o número de atacadistas ou indústrias que compram a pro- dução dos agropecuaristas é muito menor do que o número de produtores, o que pode gerar alguma margem para a manipulação de preços por parte dos compradores. CONCOrrÊNCIA pErfEITA O grande número de ofertantes faz com que o preço tenda a não sofrer alterações diante da decisão de comprar ou não por parte de apenas um comprador, e dificilmente há barganha de preço. fonte: garcia (2004 apud RIeDI; teSSeR, 2009). 34 M IC RO EC ON OM IA Economia Dentro do chamado Sistema brasileiro de Defesa da Concorrência, o Conselho Administrativo de Direito econômico (CADe), autarquia ligada ao Ministério da Justiça, desde 1962 (lei n. 4.137), tem a finalidade de verificar se está acontecendo abuso de poder econômico por parte de alguma empresa ou grupo de empresas e analisar processos de fusão com o propósito de obter maior poder de mercado. esse foi o caso da fusão da Antártica com a brahma e da compra da Kolynos pela Colgate, por exemplo. quando não há ganho para os consumidores com preços me- nores ou em tecnologia/qualidade, o CADe pode interferir na negociação, estabe- lecendo condições para que o negócio se realize ou mesmo desfazendo a fusão ou aquisição (vASCOnCellOS; gARCIA, 2004, p. 85). fatores ou recursos de produção: são os elementos utilizados para se produzir um determinado bem ou serviço. são classificados em: trabalho, capital, terra, tecnologia e empresariedade. produção: é o processo no qual se combinam e tranformam os fatores de produção adquiridos pela empresa, visado produzir um bem ou serviço. 3 A concentração de mercado diz respeito ao número de compradores e vendedores e suas participações na quantidade comercializada de produtos em um dado mercado. um mercado tende a ser pouco concentrado quando o: (A) número de compradores e vendedores é pequeno. (b) número de compradores e vendedores é grande. (C) percentual de cada comprador e vendedor no total das vendas é pequeno. (D) percentual de cada comprador e vendedor no total das vendas é grande. 4 Assinale a alternativa correta. São formas de diferenciar um produto: (A) Oferecer brindes e promoções. (b) Aprimorar a embalagem do produto. (C) Diminuir o preço do produto. (D) Oferecer garantia. (e) Oferecer serviço de entrega a domicílio. (f) Associar o produto aos valores culturais dos consumidores-alvo. (g) Utilizar ingredientes biodegradáveis ou orgânicos. (H) Oferecer descontos. AuTOAVAlIAçãO 2 35 M IC ROEC ON OM IA Economia 5 Classifique com f se a sentença for falsa e com V se for verdadeira: A. ( ) quanto mais próxima de 100% for a participação de uma empresa no mercado, maior será o grau de concentração e menor o grau de concorrência do mercado. b. ( ) diferenciação de produto, dificuldades para a entrada de novas firmas em dado mercado e concentração do mercado estão relacionadas às estruturas de mercado. C. ( ) Podemos afirmar que a concentração de mercado é avaliada segundo o número de compradores e vendedores e a participação no mercado. Se existirem 80 vendedores, mas apenas quatro ou menos forem responsáveis por 80% da oferta do produto, o mercado ainda será considerado concentrado. D. ( ) Um mercado tende a ser eficiente quando quatro ou mais produtores são responsáveis pela oferta de 75% ou menos dos produtos. e. ( ) é relevante diferenciar o produto, porque se o consumidor não encontrar bons substitutos para ele, aceitará pagar mais caro para adquiri-lo. f. ( ) abrangência do mercado, período de tempo e definição precisa do produto são variáveis extremamente importantes quando nos referirmos a um mercado. g. ( ) Podemos concluir que um mercado é eficiente quando a formação dos preços de um dado produto sofrerá algum tipo de manipulação. 6 tratando de classificação de mercados, correlacione as seguintes colunas: (A) Concorrência pura ou perfeita ( ) trata-se de uma forma de mercado na qual há somente um comprador para muitos vendedores dos serviços. (b) Monopólio ( ) neste mercado há um número relativamente grande de empresas com certo poder concorrencial, porém, com segmentos de mercados e produtos diferenciados, seja por características físicas, embalagem, seja por prestação de serviços complementares (pós-venda). (C) Oligopólio ( ) é um mercado no qual existem poucos compradores que dominam o mercado para muitos vendedores. (D) Concorrência monopolista ( ) é um mercado em que há um grande número de vendedores (empresas) de forma que uma empresa, isoladamente, por ser insignificante, não afete os níveis de oferta do mercado nem o preço de equilíbrio. (e) Monopsônio ( ) esse mercado se caracteriza por apresentar condições diametralmente opostas às da concorrência perfeita. nele, existe um único empresário dominando a oferta do produto. AuTOAVAlIAçãO 2 36 M IC RO EC ON OM IA Economia SEçãO 3 Introdução ao estudo da demanda É possível definir o conceito de demanda como uma relação que expressa as quan- tidades de um produto que os consumidores estão dispostos a comprar conforme os diferentes níveis de preço. Para Cunha (2004, p. 20), demanda é “[...] as várias quantidades de um bem ou serviço econômico que o consumidor estará disposto a retirar do mercado, durante um certo instante de tempo qualquer, sendo conhecido seu preço.” O que primeiro precisamos observar na demanda é a disposição dos consumidores a comprar, e não o fato da compra. Como exemplo, podemos dizer que se o preço for R$ 0,15, a demanda será de 81 pãezinhos ao mês, mas se o preço for R$ 0,20, o consumo será de 65 unidades no mesmo período. Contudo, outras variáveis importantes devem ser incorporadas à definição de demanda. a primeira diz respeito ao período de tempo ao qual nos referimos. assim, como na definição de mer- cado, para determinarmos a demanda, precisamos conhecer claramente o intervalo e o período de tempo. eXeMPlO Demanda mensal de pneus em dezembro de 2004 ou o consumo de pneus semanal em dezembro de 2004; aos mesmos preços, a quantida- de pode ser diferente. Da mesma forma, o consumo mensal de pneus em março de 2004 pode ser diferente da demanda em dezembro de 2004. eXeMPlO Caso sua renda mude, os consumidores provavelmente estarão dispostos a consumir uma quantidade maior ou menor do produto, mesmo que o preço e o período de tempo se mantenham constantes. O mesmo acontece com outros fatores, como preços de outros produtos, moda, etc. e a segunda diz respeito à importância de limitarmos a varia- ção dos fatores capazes de afetar a disposição dos consumido- res a comprarem mais ou menos do produto em questão. Demanda, portanto, pode ser descrita como a relação que expressa as quantidades que os consumidores estão dispos- tos a adquirir de determinado produto, conforme os diferen- tes níveis de preços, em um determinado período de tempo, mantendo-se constantes todas as demais condições. 37 M IC RO EC ON OM IA Economia veja os fatores capazes de afetar a demanda no esquema a seguir: esquema 3 – fatores que afetam a demanda fonte: adaptado de Riedi e tesser (2009). em economia, é comum que apenas alguns fatores, em es- pecial preço e quantidade e eventualmente algum citado no contexto de cada situação, sejam variáveis. Os demais são considerados constantes, a fim de simplificar o estu- do e estabelecer uma relação de causa e efeito, a partir de alterações em cada uma das variáveis estudadas. Pode- mos nos referir a essa suposição como coeteris paribus. prOduTOS SubSTITuTOS produto substituto ou sucedâneo é um bem que possa ser consumido em substituição a outro. Por exemplo, margarina e manteiga são, em geral, considerados bens substitutos, uma vez que exercem basicamente a mesma função. é um termo em latim que significa “o resto continua constante”. é utilizado na economia quando se quer estudar as variáveis de consumo de um produto (fRAnçOIS, 2008) http://pt.wikipedia.org/wiki/Bem_(economia) http://pt.wikipedia.org/wiki/Margarina http://pt.wikipedia.org/wiki/Manteiga 38 M IC RO EC ON OM IA Economia eXeMPlO Para a necessidade de alimentação, podemos considerar como substitutos pastel e empada. O que fará com que o consumidor escolha um ou outro é o preço e o grau de homogeneidade desses produtos, a fim de atender à sua necessidade. Caso o consumidor não considere os pro- dutos homogêneos, ele escolherá aquele que tenha maior “utilidade” (que proporcione maior satisfação) para ele. eXeMPlO Arroz e feijão – normalmente comemos feijão com arroz, mas nem sempre que comemos arroz comemos com feijão. eles são produtos complementares, no entanto, o grau de complementaridade do arroz em relação ao feijão não é igual ao grau de complementaridade do feijão em relação ao arroz. São também exemplos de produtos complementares: leite e achocolatados (nescau e outros), pneus e combustíveis, televisão e aparelho de DvD, etc. eXeMPlO vamos considerar o consumo de botinas na pequena cida- de de Mogimoró. Se o preço médio do par fosse R$ 40,00, o consumo mensal seria de 182 pares ao mês (Ponto A), mas se o preço aumentar para R$ 45,00, em média, a quantidade consumida diminuirá para 168 pares ao mês. observe o gráfi- co a seguir: prOduTOS COMplEMENTArES São aqueles consumidos juntos, isto é, um complementa a utilidade do outro. Dois produtos podem ter diferentes graus de complementaridade entre si. Assim, podemos ter duas situações distintas: a primeira é chamada variação na quantidade demandada e caracteriza- -se pela variação na quantidade de procura em razão de uma alteração no preço do produto, mantendo-se constantes todos os outros fatores capazes de afetar a demanda (Gráfico 1). 39 M IC RO EC ON OM IA Economia Gráfico 1 – Mudança na quantidade demandada fonte: Riedi e tesser (2009, p. 33). Você deve ter observado, no Gráfico 1, que a curva de demanda per- manece a mesma, o que muda é apenas a posição dentro da curva. na segunda situação, chamada de variação na curva de de- manda, o preço do produto permanece constante, o que muda é algum fator capaz de alterar a demanda (Gráfico 2). Por exemplo: se diminuir a renda do consumidor o consumo diminuirá sem que haja alterações no preço. O que acontece é que passa a existir uma nova curva de demanda; uma demonstra a quantidade que os consumidores estão dispostos a adquirir antes da queda na renda e outra demonstra sua disposição a comprar o produto após a diminuiçãoda renda. eXeMPlO Se o consumo inicial de botinas fosse de 182 pares ao mês, no valor de R$ 40,00, diante de uma queda na renda da população (inflação), o con- sumo de botinas diminuiria para 175 pares ao mês, apesar de o preço continuar o mesmo. 40 M IC RO EC ON OM IA Economia Gráfico 2 – alteração da curva de demanda fonte: Riedi e tesser (2009, p. 34). é fundamental você compreender que quanto mais à direita esti- ver a curva de demanda maior ela será; quanto mais à esquerda, menor será a demanda. dEMANdA dO CONSuMIdOr E dEMANdA dO MErCAdO A demanda pode ser individual (do consumidor) ou de mer- cado. A diferença é bastante óbvia. A demanda do consumidor individual expressa a quantidade que um comprador específico está disposto a adquirir conforme os diferentes níveis de preços em um dado conjunto de condições e de tempo. Já a demanda de mercado expressa quanto os consumidores de um mercado (como um todo) estão dispostos a consumir em um determinado conjunto de condições (coeteris paribus). na verdade, a demanda de mercado representa o soma- tório das demandas individuais de cada consumidor do mercado em questão. veja a tabela a seguir: 41 M IC RO EC ON OM IA Economia tabela 1 – quantidade individual e total consumida de pãezinhos conforme diferentes níveis de preços Consumidores quantidade consumida de pãezinhos por semana conforme os diferentes preços R$ 0,15 R$ 0,18 R$ 0,20 R$ 0,22 João 10 10 8 8 Artur 12 10 8 7 Amélia 15 13 12 11 Cláudia 8 8 7 7 Manoel 12 11 10 9 total 57 52 45 42 fonte: Riedi e tesser (2009). 7 A lei da utilidade marginal decrescente descreve o comportamento do consumidor ao adquirir unidades adicionais de um produto, mantendo o consumo dos demais produtos constante. Segundo esta lei, o consumidor: (A) somente aproveitará unidades adicionais se tiver um aumento de renda. (b) perceberá uma satisfação maior em cada unidade adicional consumida do mesmo produto. (C) perceberá uma satisfação menor em cada unidade adicional consumida do mesmo produto. (D) terá uma satisfação menor quanto maior for a sua renda. 8 Conforme a lei da utilidade marginal decrescente, caso o preço de um produto diminua, a tendência é que o seu consumo: (A) aumente. (b) diminua. (C) mantenha-se constante. 9 São fatores que afetam a demanda: (A) Renda. (b) Preço dos produtos substitutos. (C) Preço dos fatores de produção. (D) Moda. (e) Clima. AuTOAVAlIAçãO 2 42 M IC RO EC ON OM IA Economia 10 O que são produtos substitutos? (A) São produtos que são consumidos juntos. (b) são aqueles produtos classificados como similares. (C) São aqueles que podem ser utilizados para satisfazer às mesmas necessidades humanas que outros produtos. 11 Ao estudar a demanda, é possível observarmos duas situações diferentes com nomes parecidos: alteração da quantidade demandada e alteração da curva de demanda. Associe cada uma destas situações com os elementos que as caracterizam: (A) Alteração da quantidade demandada ( ) Ocorre em razão de uma mudança no preço do produto. ( ) Ocorre em razão de uma mudança em algum fator que afeta a demanda. ( ) O preço permanece o mesmo. (b) Alteração da curva de demanda ( ) A curva de demanda permanece a mesma, o que muda é a quantidade demandada. ( ) Muda a curva de demanda (surge uma nova curva). AuTOAVAlIAçãO 2 SEçãO 4 Introdução ao estudo da oferta Até agora vimos elementos relacionados aos compradores; no estudo da oferta, abordaremos o comportamento dos vendedo- res/produtores (por questão de simplificação, consideramos que os vendedores e os produtores são as mesmas pessoas). Do mesmo modo que a demanda, a oferta está baseada em duas variáveis: as quantidades e os preços dos produtos. Podemos definir, basicamente, a oferta como a relação que expressa as quantidades que os produtores estão dispostos a ofertar de um determinado produto conforme os diferentes níveis de preços . A grande diferença em relação à demanda é que, no caso da ofer- ta, analisamos o mercado pelo ponto de vista dos produtores. Portanto, a relação que se estabelece entre preços e quantidades é diretamente proporcional: quanto maior o preço do produto 43 M IC RO EC ON OM IA Economia no mercado, mais os produtores estarão dispostos a produzir. Isso porque, com um preço de venda mais elevado, torna-se mais fácil pagar os custos de produção, mes- mo em algumas situações nas quais o aumento de produção venha acompanhado do aumento de custos. Veja a seguir o Gráfico indicando a curva de oferta: Gráfico 3 – Curva de oferta fonte: Riedi e tesser (2009). de acordo com o observado no Gráfico 3, se o preço do produto no mercado fosse P1, os produtores estariam dispostos a ofertar apenas a quantidade q1. entretanto, se o preço fosse maior (P2), eles estariam dispostos a produzir uma quantidade maior (q2). no entanto, como no estudo da demanda, necessitamos de de- finições mais específicas. Precisamos determinar o período de tempo e, da mesma forma, manter estáveis os fatores capazes de alterar a disposição dos produtores a ofertarem mais ou menos produtos, mesmo com preços constantes. assim, a definição de oferta tem uma estrutura similar à de demanda: é uma relação que estabelece a quantidade de um produto que os produtores estão dispostos a ofertar conforme os diferentes níveis de preços em um determinado período de tempo, mantendo-se os demais fatores constantes, ou, ainda, é a quantidade que os produtores estão dispostos a ofertar segundo os diferentes níveis de preços em um determinado período de tempo, em coeteris paribus. 44 M IC RO EC ON OM IA Economia esquema 4 – fatores que afetam a oferta de um determinado produto fonte: adaptado de Riedi e tesser (2009). note que a definição de oferta em economia não é a mesma utilizada no dia a dia com o significado de promoção de vendas. exemplo: a loja do zé está fazendo uma promoção sensacional, o sabão em barra está em “oferta” por R$ 0,50 à unidade. na análise da oferta em um mercado encontramos duas situações distintas: alteração na quantidade ofertada e alteração da curva de oferta. A alteração na quantidade ofertada caracteriza- -se pela variação na quantidade que os produtores estão dispos- tos a produzir/vender em virtude de uma alteração no preço do produto, mantendo-se constantes todos os outros fatores capazes de afetar a oferta. É a mesma situação descrita no Gráfico 4. A variação da curva de oferta ocorre quando o preço do produto permanece constante e o que muda é algum fator capaz de alterar a oferta. Passa a existir uma nova curva de oferta, que retrata o mercado depois da mudança no fator capaz de comprometê-la. Observe que o preço se mantém constante: 45 M IC RO EC ON OM IA Economia Gráfico 4 – alteração da curva de oferta fonte: Riedi e tesser (2009). eXeMPlO Dois tipos de peças, A e b, produzidos por uma empresa podem ser feitos na mesma máquina. Se o preço de uma delas (A) aumentar, a em- presa tenderá a produzir mais desta peça. Dessa feita, diminuirá a oferta da peça b. é importante percebermos que quanto mais à direita se localizar a curva de oferta maior ela será; quanto mais à esquerda estiver, menor será. Podemos dizer que, no Gráfico 4, a oferta o é menor do que a oferta O’. De maneira análoga ao que acontece com a demanda, a oferta pode ser individual ou de mercado. prOduTOS CONCOrrENTES Costumamos chamar de concorrentes produtos que, em econo- mia, classificamos como substitutos (que satisfazem às mesmas necessidades). Contudo, no estudo da oferta, produtos concor- rentes passam a ser aqueles que concorrem pelos mesmos fato- res de produção. 46 M IC RO EC ON OM IA Economia 12 Os fatores que podem comprometer a oferta são: (A) clima. (b) preço dos produtos substitutos. (C) preço dos fatores de produção. (D) novas tecnologias de produção. 13 Assinale a alternativa que define oferta de acordo com o que estudamos: (A) Descontosoferecidos pelos vendedores em determinados períodos. (b) Promoções de vendas. (C) Relação que estabelece as quantidades de um produto que os produtores estão dispostos a ofertar conforme os diferentes níveis de preços em um determinado período de tempo, mantendo-se os demais fatores constantes. AuTOAVAlIAçãO 2 uNIdAdE 3 MACROeCOnOMIA ObjETIVOS dE AprENdIzAGEM ao final desta unidade, você terá condições de: • entenDeR a importância do estudo da macroeconomia; • COnHeCeR a estrutura macroeconômica; • COMPReenDeR as metas e os instrumentos de políticas macroeconômicas do governo. rOTEIrO dE ESTudO Com o objetivo de alcançar o que está proposto a esta unidade, o conteúdo está dividido nas seguintes seções: SEçãO 1 Conceito de macroe- conomia SEçãO 2 estrutura da análise macroeco- nômica SEçãO 3 Políticas governa- mentais: metas de políticas macroe- conômicas SEçãO 4 Instrumentos de políticas macroe- conômicas 48 M AC RO EC ON OM IA Economia SEçãO 1 Conceito de macroeconomia pArA INICIAr NOSSOS ESTudOS O estudo da macroeconomia é muito importante porque se preocupa em estudar um conjunto de consumidores e de empresas de uma sociedade, no sentido de de- terminar os fatores que influenciam o nível total de renda e do produto do sistema econômico. A macroeconomia preocupa-se com as questões que nos afetam no dia a dia, como o aumento dos preços, o desemprego, o crescimento do país, entre outros fatores; seu objetivo é estudar os agentes econômicos em seu conjunto. nesta Unidade você vai conhecer mais profundamente o conceito de macroeconomia, a estrutura, as metas macroeconômicas e os instrumentos de políticas econômicas. A macroeconomia estuda a economia de forma total, ou seja, investiga o comportamento econômico das empresas, do go- verno e dos consumidores, que são os agentes econômicos. A teoria econômica é dividida da seguinte forma: esquema 5 – teoria econômica fonte: o autor. é muito importante estarmos atentos ao cenário macroeconô- mico do país e do mundo para podermos planejar nossa ativi- dade econômica. vamos iniciar nossos estudos! 49 M AC RO EC ON OM IA Economia veja a seguir cada uma delas detalhadamente: • Microeconomia: como já visto, é o estudo do comportamento de consumidores e produtores no mercado no qual interagem; preocupa-se em determinar os preços e as quantidades em mercados específicos; • Macroeconomia: estuda a determinação e o comportamento dos grandes agre- gados e questões conjunturais de curto prazo, como inflação e desemprego; • desenvolvimento econômico: estuda modelos de desenvolvimento que bus- cam elevar o padrão de vida da população e questões estruturais de longo prazo, como distribuição de renda; • Economia internacional: estuda as relações comerciais e financeiras internacionais. O objetivo da macroeconomia é observar as relações econômicas entre os grandes agregados: renda nacional, preços, nível de em- prego, poupança, consumo, investimentos, taxa de câmbio, taxas de juros, balanço de pagamentos e estoque de moeda. A macroeconomia preocupa-se em entender, por exemplo, por que os preços de todos os produtos estão aumentando ou diminuindo; estuda, também, o desemprego, suas causas e consequências. A macroeconomia passou a fazer parte da ciência econômica a partir da publicação da obra “A teoria geral do emprego, do juro e da moeda”, escrita em 1936 por Keynes, que foi influenciado por alguns aspectos históricos: • A crise econômica de 1929, causada pela queda da bolsa de valores de nova Iorque, que causou a grande Depressão nos estados Unidos e em outros países, provocando vários pro- blemas econômicos, como o desemprego generalizado; • As consequências das duas grandes guerras mundiais, em que se envolveram diversos países e que deixaram muitas economias abaladas; • A importância do registro da atividade econômica como um todo, para avaliar se o sistema produtivo está funcionando com eficiência, a fim de melhor aproveitar os fatores produti- vos, que são escassos. 50 M AC RO EC ON OM IA Economia esses fatores fizeram com que o estado exercesse uma acentuada interferência nas questões econômicas, como um regulador da economia. A partir disso, adveio a necessidade de criar meios para medir e avaliar os agregados econômicos. Desta necessidade surgiu a contabilidade nacional ou social, que envolve uma metodologia de cálculo para medir e avaliar os agregados macroeconômicos de cada país. o objetivo é quantificar poupança, investimento, salários, emprego e desemprego, exportações e importações, entre outros elementos. enfim, por meio da contabilidade nacional ou social, conhecemos a estrutura econômica do país em um determinado período de tempo, geralmente em um ano. Para complementar seus estudos, conheça um pouco sobre John Maynard Keynes (1883-1946): Considerado o mais importante economista do século XX; discípulo de Alfred Marshal, o fundador do Marginalismo, é o pioneiro da macroeconomia. escreveu várias obras, entre elas “A teoria geral do emprego, do juro e da moeda” (escrita durante a grande Depressão), na qual fez críticas às escolas clássicas e neoclássicas porque consideravam o fato econômi- co individualmente (microeconômico). Sua teoria geral estuda a economia como um todo (macroeconomia) e demonstra preocupações relacionadas às questões práticas da economia; causou grande repercussão na economia. Keynes represen- tou a Inglaterra na Conferência Monetária de bretton Woods (1944), que criou o fundo Monetário Internacional. 1 Escreva V se a afirmativa for verdadeira e f se for falsa: (A) ( ) A economia internacional estuda as relações comerciais e financeiras internas de um país. (b) ( ) A macroeconomia estuda a determinação e o comportamento dos grandes agregados econômicos. (C) ( ) A microeconomia estuda o comportamento global da economia; por exemplo, a inflação e as transações comerciais com outros países. (d) ( ) por meio da contabilidade nacional ou social conhecemos a estrutura econômica de um país. (E) ( ) O pioneiro da macroeconomia é Keynes. A partir de sua obra “A teoria geral do emprego, do juro e da moeda”, a macroeconomia passou a fazer parte da ciência econômica. AuTOAVAlIAçãO 3 Você chegou ao fim da primeira seção desta Unidade. Para verificar sua aprendizagem, realize a autoavaliação a seguir. Você pode conferir as respostas no final deste material. 51 M AC RO EC ON OM IA Economia SEçãO 2 Estrutura da análise macroeconômica A macroeconomia enfoca a economia formada por uma parte monetária, dividida em quatro mercados, como ilustra o quadro 7: quadro 7 – estrutura da análise macroeconômica MeRCADOS vARIÁveIS DeteRMInADAS Parte real da economia Mercado de bens e serviços Produto nacionalnível geral de preços Mercado de trabalho nível de empregoSalários nominais Parte monetária da economia Mercado financeiro (monetá- rio e títulos) taxa de juros estoque de moeda Mercado de divisas taxa de câmbio fonte: vasconcellos (2000, p. 185). quando você analisa o comportamento do mercado de bens e serviços agrega todos os bens produzidos pela economia em um determinado período de tempo e define o produto nacional como representante da agregação de todos estes bens. O preço desse produto, que significa uma média de todos os preços, é chamado nível geral de preços. O mercado de trabalho representa uma agregação de todos os tipos de trabalho existentes, na qual é determinada a taxa sala- rial e o nível de emprego. no mercado monetário, analisamos uma economia em que as trocas são efetuadas utilizando um elemento comum (a moeda); são definidas as taxas de juros, a quantidade de moeda necessária para efetuarmos as transações econômicas e a taxa de câmbio que nos possibilita calcular a relação de troca de diferentes moedas. 2 preencha o espaço em branco com a(s) palavra(s) que complete(m) corretamente a afirmativa: (A) O mercado ___________________ representa uma agregação
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