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Aula 5 Word - Bases de Gestão - Pensamento Econômico

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DISCIPLINA: BASES DE GESTÃO (EGT0070/3558227) 9043 Ano: 2020 
Professor: RODOLPHO DE BRITTO SILVA 
 
AULA 5 – Pensamento econômico. 
 
Objetivos: 
Módulo 1 - Reconhecer os conceitos fundamentais da Economia. 
Módulo 2 - Identificar os ferramentais básicos da Microeconomia na compreensão do comportamento de 
mercados distintos. 
Módulo 3 - Reconhecer os principais agregados macroeconômicos. 
 
Definição. 
Noções elementares das ciências econômicas a partir dos ferramentais da Microeconomia, da 
Macroeconomia e do desenvolvimento econômico. 
 
Propósito. 
Apresentar o funcionamento das firmas, a composição dos mercados e a formação dos grandes agregados 
econômicos, além dos reflexos dessas variáveis no cotidiano das organizações. 
 
TEMA: Introdução. 
 
Certamente em algum momento de sua vida você já se deparou com alguns dos questionamentos a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos esses questionamentos se referem ao campo de estudos da Economia, que estuda o funcionamento 
das atividades econômicas da sociedade global. Para compreender essa área de conhecimento, é 
necessário conhecer os conceitos fundamentais da Economia, os ferramentais básicos da Microeconomia e 
os principais agregados macroeconômicos. É o que veremos neste tema. 
 
TEMA: Conceitos fundamentais. 
 
O estudo introdutório da Economia tem o intuito de estimular a busca por respostas para os principais 
problemas econômicos, demonstrar as principais teorias e correntes econômicas e sua aplicabilidade em 
questões práticas na vida dos indivíduos e no funcionamento das organizações. 
Mas você sabe quando a economia moderna surgiu? 
 
De acordo com Pinho e Vasconcellos (2017), o marco inicial da economia moderna surgiu entre os séculos 
XVIII e XIX. Nessa época, foram fundamentados diversos princípios econômicos, desenvolvidos a partir de 
três tipos de concepções: 
 
1. Mecanicista. 
Os economistas desse grupo explicavam as leis econômicas de maneira similar ao comportamento da 
Física, empregando, inclusive, a mesma terminologia (estática, dinâmica, elasticidade, fluidez etc.). 
 
 
2. Organicista. 
Os economistas desse grupo afirmavam que as leis econômicas se comportavam como um órgão vivo e 
usavam a mesma terminologia da Biologia (órgãos, funções, circulação, fluxos). 
3. Humanista. 
Para os economistas desse grupo, a Economia é uma ciência social e reflete as atitudes do ser humano, 
cheias de aspectos psicológicos, e a preocupação em fixar relações de causa e efeito entre os fenômenos 
sociais. 
 
Como pudemos ver nas três concepções, a Economia possui uma forte inter-relação com outras ciências — 
Matemática, Estatística, Política, História, Geografia e Sociologia —, embora tenha o seu núcleo de estudo 
muito bem delimitado. Essa particularidade possibilita ao estudante interagir com vários outros domínios 
do conhecimento científico, empregando o seu ferramental teórico visto na Economia para avaliar de 
forma sistemática o comportamento humano em sociedade. 
 
Diante de tantas concepções, como podemos definir a Economia? 
 
Segundo Samuelson e Nordhaus (2004): 
“ A Economia pode ser definida como a ciência que estuda a forma como as sociedades utilizam os recursos 
escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem entre os vários indivíduos”. 
 
Observe que, nessa definição, estão presentes três conceitos fundamentais: 
 
1. Escassez. 
Representa o objeto da economia e consiste em uma restrição física, afinal, temos meios de produção e 
recursos insuficientes para atender aos desejos e necessidades de todos os seres humanos. 
2. Eficiência. 
Está relacionada à combinação ótima dos insumos produtivos (trabalho, capital e terra) para obter a 
máxima produção e ao uso racional dos meios disponíveis para alcançar um objetivo previamente 
determinado. 
3. Equidade. 
É a distribuição justa da prosperidade econômica entre os membros da sociedade. A desigualdade de renda 
é consequência de uma baixa equidade. 
 
Atualmente, podemos perceber que a equidade talvez seja o grande desafio de ser colocado em prática de 
forma ampla. Alguns economistas, para explicar a situação da desigualdade de renda, afirmam ser preciso 
esperar o bolo crescer para depois distribuir, pois não se pode distribuir o que não foi produzido. 
Mas o que isso significa? 
 
Vamos utilizar os três conceitos mencionados para fundamentar a explicação. Para muitos economistas, a 
relação entre eficiência e equidade no sistema econômico representa um trade-off, situação em que há um 
conflito de escolha. Nesse caso, para se ter uma distribuição mais justa da renda entre os agentes 
econômicos, é necessário abrir mão de uma parcela da eficiência produtiva. Sobre esse conflito de escolha, 
leia o poema Ou isto ou aquilo de Cecília Meireles: 
 
Ou isto ou aquilo. 
 
Ou se tem chuva e não se tem sol, 
ou se tem sol e não se tem chuva! 
 
Ou se calça a luva e não se põe o anel, 
ou se põe o anel e não se calça a luva! 
 
Quem sobe nos ares não fica no chão, 
Quem fica no chão não sobe nos ares. 
 
 
É uma grande pena que não se possa 
estar ao mesmo tempo em dois lugares! 
 
Ou guardo dinheiro e não compro o doce, 
ou compro o doce e não guardo o dinheiro. 
 
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo... 
e vivo escolhendo o dia inteiro! 
 
Não sei se brinco, não sei se estudo, 
se saio correndo ou fico tranquilo. 
 
Mas não consegui entender ainda 
qual é melhor: se é isto ou aquilo. 
 
Esse poema ilustra bem o conflito de escolha existente na relação entre eficiência e equidade. Para que as 
necessidades humanas sejam satisfeitas, é preciso se valer de recursos produtivos disponíveis, que são 
escassos. Esse desequilíbrio, inevitavelmente, implica escolhas. 
 
Como, então, satisfazer necessidades ilimitadas com recursos limitados? 
 
As teorias econômicas ajudam a responder a essa pergunta por meio de três questões fundamentais: 
 
1. O que e quanto produzir? 
A sociedade deve escolher, dentro de um leque de possibilidades, quais bens e serviços serão produzidos e 
em que quantidade. Os produtores aumentam ou diminuem a sua produção de acordo com os preços 
(rentabilidades) dos produtos. 
 
2. Como produzir? 
De acordo com o nível tecnológico existente, consideramos que os fatores de produção são os recursos 
básicos empregados na oferta de bens e serviços e podem ser divididos em: 
A) Terra ou recursos naturais (N): recursos naturais utilizados no processo produtivo. 
B) Mão de obra ou trabalho (L): trabalho empregado na produção de bens e serviços. 
C) Capital (K): máquinas, equipamentos e imóveis empregados no processo. É importante destacar que, em 
Economia, o termo capital refere-se ao capital físico e não ao capital financeiro. 
 
3. Para quem produzir? 
A sociedade deve decidir quais os setores que serão beneficiados na distribuição do produto: 
A) Trabalhadores, capitalistas ou proprietários da terra? 
B) Mercado interno ou mercado externo? 
 
Mais uma vez nos deparamos com o problema da escassez. Quer ver? Se uma quantidade infinita de bens 
pudesse ser produzida e caso as necessidades humanas pudessem ser completamente satisfeitas, não 
estaríamos preocupados com a utilização racional dos recursos produtivos, nem em desenvolver novas 
tecnologias para aumentar a eficiência de produção. Além disso, também não estaríamos pensando em 
questões relacionadas ao meio ambiente. 
 
A relação básica entre escassez e escolha dá origem a um termo muito empregado na economia: o custo de 
oportunidade. Ele representa o valor associado à melhor alternativa não escolhida. Ou seja, ao tomarmos 
uma decisão, renunciamos aos benefícios que outras opções poderiam nos proporcionar. Vejamos um 
exemplo: 
 
Imagine que você tenha R$100.000,00 e decida comprar ações. 
 
O seu custo de oportunidade é abrir mão do rendimento da poupança para arriscar o capital em busca de 
uma rentabilidade maior. 
 
Para saber mais sobre esse assunto, assista ao vídeo a seguir em que o professor Paulo Roberto Vieira fala 
sobre a relação entre a escassez e o surgimento dos mercados.A forma como as sociedades respondem a essas três questões fundamentais (O que e quanto produzir? 
Como produzir? Para quem produzir?) depende de seus Sistemas de Organização Econômica, que podem 
ser divididos em: Sistema de Concorrência Pura (ou Perfeitamente Competitivo), Sistema de Economia 
Mista e Economia Centralizada (planificada ou de direção central). Vamos conhecê-los a seguir. 
 
Sistema de Concorrência Pura (ou Perfeitamente Competitivo). 
1. Neste modelo não existe a interferência do governo na atividade econômica. 
2. Predomina a livre interação entre produtores (ofertantes) e consumidores (demandantes) na 
determinação dos preços de bens e serviços. 
3. Por meio dessa interação, os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem 
produzir) são resolvidos mediante o chamado mecanismo de preços, promovendo o equilíbrio nos vários 
mercados. 
 
A partir da grande crise dos anos 1930, questionou-se a capacidade de autorregulação do mercado, o qual, 
agindo livremente, não consegue garantir que a economia opere sempre com pleno emprego de seus 
recursos, evidenciando a necessidade de uma maior atuação do governo na atividade econômica. 
 
Sistema de Economia Mista. 
 
Prevalecem as forças de mercado da demanda (consumidores) e da oferta (produtores), mas com a 
intervenção governamental em áreas estratégicas, como infraestrutura, energia, saneamento e 
telecomunicações. De acordo com Vasconcellos (2010), a atuação do governo justifica-se com o objetivo de 
eliminar as distorções alocativas (na alocação de recursos) e distributivas e de promover a melhoria do 
padrão de vida da população a partir das seguintes formas: 
 
1. Atuação sobre a formação de preços, corrigindo externalidades (via impostos e subsídios), 
tabelamentos, fixação de salário mínimo, preços mínimos, taxa de câmbio, taxa de juros. 
2. Complemento da iniciativa privada, principalmente de investimentos em infraestrutura básica (energia, 
estradas etc.), pois o setor privado não consegue assumir esses gastos, devido ao custo elevado e à demora 
no retorno do capital investido. 
3. Fornecimento de serviços públicos: iluminação, água, saneamento básico e outros. 
4. Fornecimento de bens públicos, gerais, fornecidos pelo Estado, que não são vendidos no mercado; 
fundamentalmente, justiça e segurança. 
5. Compra de bens e serviços do setor privado: o governo é, isoladamente, o maior agente do sistema e, 
portanto, o maior comprador de bens e serviços. 
 
Economia Centralizada (planificada ou de direção central). 
 
O sistema produtivo é controlado por um órgão central de planejamento e não pelas forças de mercado. O 
Estado é o detentor dos recursos, dos meios de produção e define o que é necessário ser produzido para a 
sociedade. Nessa situação, não há a propriedade privada; todos os bens pertencem ao governo. De acordo 
com Vasconcellos (2010), uma economia centralizada apresenta ainda as seguintes características: 
 
1. Papel dos preços no processo produtivo. 
Os preços representam apenas recursos contábeis que permitem o controle da eficiência das empresas. Ou 
seja, os preços são apenas escriturados contabilmente: as empresas têm quotas físicas de matérias-primas, 
por exemplo, mas não fazem nenhum desembolso monetário, apenas registram o valor da aquisição com 
os custos de produção. 
 
2. Papel dos preços na distribuição do produto. 
Os preços dos bens de consumo são determinados pelo governo. Normalmente, o governo subsidia 
fortemente os bens essenciais e taxa os bens considerados supérfluos. 
 
3. Repartição do lucro. 
Uma parte do lucro vai para o governo. Outra parte é usada para investimentos na empresa dentro das 
metas estabelecidas pelo governo. A terceira parte é dividida entre os administradores (os burocratas) e os 
trabalhadores como prêmio pela eficiência. Se o governo considera que determinada indústria é vital para 
o país, esse setor será subsidiado, mesmo que apresente ineficiência na produção ou prejuízos. 
 
Resumindo: 
As diferenças entre os sistemas de economia de mercado (Concorrência Pura e Economia Mista) e 
Economia Centralizada podem ser resumidas em dois aspectos: 
 
A) Meios de produção: Propriedade pública X Propriedade privada. 
 
B) Problemas econômicos fundamentais são resolvidos ou por um órgão central de planejamento, ou pelo 
mercado. 
O que e quanto produzir? 
Como produzir? 
Para quem produzir? 
 
FIM DO MÓDULO I. 
 
Verificando o aprendizado. 
 
QUESTÃO 1. (Economista - Embratur - 2011) Sobre os problemas econômicos, de escassez e escolha e de 
livre mercado, assinale a alternativa correta: 
 
a) A eficiência representa o objeto de estudo da economia. 
 
b) As necessidades humanas são ilimitadas e os recursos produtivos existentes na natureza são escassos, 
ou seja, não são encontrados em grande abundância. 
 
c) Serviços é a denominação usual de coisas tangíveis, resultantes das atividades primárias e terciárias de 
produção. 
 
d) As necessidades humanas são limitadas, e os recursos produtivos existentes na natureza são 
encontrados em grande abundância, não havendo, portanto, o problema de se tornarem escassos. 
 
Parabéns. Resposta correta é a alternativa B. 
 
Questão 2. De acordo com a teoria econômica: 
 
I. O trade-off é o termo que define uma situação de escolha conflitante, ou seja, quando uma ação 
econômica, visando à resolução de determinado problema, acarreta, inevitavelmente, outros problemas. 
 
II. O custo de oportunidade é aquilo que o agente econômico deve ter de recompensa para abrir mão de 
algum consumo. 
 
III. A visão organicista da economia explica as leis econômicas de maneira similar ao comportamento da 
Física. 
 
 
IV. A eficiência está relacionada à combinação ótima dos insumos produtivos (trabalho, capital e terra) com 
vista à máxima produção. 
 
Está correto o que se afirma em: 
a) I e II, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) I e IV, apenas. 
d) III e IV, apenas. 
 
Parabéns. A resposta correta é a alternativa C. 
 
 
Módulo 2. 
- Identificar os ferramentais básicos da Microeconomia na compreensão do comportamento de mercados 
distintos. 
 
TEMA: Princípios de Microeconomia. 
 
A Microeconomia é o ramo da Ciência Econômica que se preocupa com a análise do comportamento das 
unidades econômicas – os consumidores, as famílias e as empresas – na formação dos preços em mercados 
específicos. Esse ramo observa a atuação das diversas unidades econômicas como se fossem individuais 
nesses mercados. 
 
Na definição de Microeconomia, falamos de “mercados específicos”. Mas, afinal, o que é mercado? 
 
Mercado é grupo de compradores (demandantes) e vendedores (ofertantes) que tem potencial para 
negociar uns com os outros. 
 
Essa definição expressa a relação entre a oferta, representada por pessoas ou empresas dispostas a vender 
determinados produtos, e a demanda (procura), a qual consiste em um grupo de pessoas ou empresas a 
fim de adquirir bens e serviços. Vale lembrar que as empresas também podem ser demandantes, pois 
precisam adquirir materiais de consumo, máquinas, equipamentos e mão de obra para o seu processo 
produtivo. 
 
Em um conceito mais amplo, mercado pode ser entendido como um espaço de interação e troca, regido 
por normas e regras (formais ou informais), onde são emitidos sinais como, por exemplo, os preços, que 
influenciam as decisões dos atores envolvidos. Ao estudarmos o funcionamento de um mercado, 
procuramos compreender algumas questões: 
 
Qual é o objeto de troca, ou seja, os bens e serviços envolvidos? 
Qual é o grau de similaridade entre bens e serviços? 
Existe a possibilidade de substituição ou de complementaridade entre eles? 
Quem são os compradores e os vendedores? 
 
Qual é o local de encontro para as negociações e trocas? 
 Há espaços físicos, como feiras, ou espaços virtuais, como a internet? 
Como compradores e vendedores se relacionam trocando informações (sobretudo de preços) e 
negociando? 
Quais são as diferentes formas de organização dos mercados? 
 
Para entendermos a formaçãode preços em mercados específicos, dividiremos o mercado em lado da 
demanda e lado da oferta. Como o funcionamento do mercado e a formação de preços dependem da 
interação entre vendedores e consumidores, faremos a junção dessas duas teorias, chegando aos conceitos 
de equilíbrio e desequilíbrio de mercado. 
Vejamos a seguir. 
 
TEMA: Teoria da demanda. 
 
De acordo com Sandroni (2016), a demanda, também chamada de procura, pode ser definida da seguinte 
forma: 
“Demanda é a quantidade de um bem ou serviço que um consumidor deseja e está disposto a adquirir por 
um preço específico e em determinado momento”. 
 
Os modelos de demanda tentam explicar o que determina a escolha individual dos compradores. Sabemos 
que o consumidor visa satisfazer suas necessidades e desejos da melhor maneira possível, levando em 
consideração seus gostos e preferências. Entretanto, ele fará isso enfrentando diversas restrições. 
 Observe o exemplo a seguir: 
 
Exemplo 
Suponhamos as seguintes informações de preços (Px) e quantidades demandadas (Qdx), obtidas e 
tabeladas com base em uma pesquisa hipotética, no município do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2020. A 
função demanda, calculada para o produto x, pode ser expressa por: 
Qdx = –5Px + 30. 
 
Percebe-se, claramente, que quando o preço do produto aumenta, sua quantidade demandada diminui. 
Quando o preço está em R$1,00, são demandadas 25 unidades do produto, enquanto que, ao preço de 
R$5,00 (maior preço da tabela), somente 5 unidades são demandadas. 
Veja a representação gráfica dessa situação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A curva de demanda (em vermelho) representa a relação entre os preços alternativos e quantidades 
demandadas do produto, por unidade de tempo, coeteris paribus. Essa expressão do latim significa: tudo o 
mais permanecendo constante, ou seja, se as demais variáveis que influenciam a demanda permanecem 
constantes, podemos afirmar que há uma relação inversamente proporcional entre o preço do produto e a 
sua quantidade demandada. E isso resume a Lei da Demanda. 
 
Atenção! 
 
Na Microeconomia, expressamos o mesmo conceito a partir das linguagens literal, matemática, tabular e 
gráfica. No exemplo anterior, o -5 representa o coeficiente angular da função do primeiro grau. O sinal 
negativo informa que a quantidade demandada (Qdx) varia em proporção inversa ao preço (Px). Pode-se 
construir a tabela e o gráfico a partir da equação dada ou, de modo inverso, definir a equação a partir do 
gráfico ou tabela. 
 
 
 
Em outros termos, segundo a Lei da Demanda: 
 
Quando o preço de um bem se eleva e todas as demais variáveis se mantêm inalteradas (coeteris paribus)... 
A quantidade demandada desse bem diminui. 
 
Da mesma forma, à medida que o preço de um produto diminui (coeteris paribus)... A quantidade 
demandada aumenta. 
 
Cabe destacar que, efetivamente, a quantidade demandada (Qdx) do produto no mercado não é 
influenciada somente pelo preço (Px); uma série de outras variáveis também afeta a demanda desse 
produto. Segundo Vasconcellos (2010), devemos considerar outros fatores que também afetam a demanda 
dos consumidores: 
 
1. Preço dos produtos substitutos ou sucedâneos (Ps). 
São aqueles que atendem às mesmas necessidades e funções. Por exemplo, a margarina é um produto 
substituto da manteiga. Sabe-se que um aumento de preços da manteiga reduziria sua quantidade 
demandada e levaria o consumidor a buscar mais a margarina. 
 
2. Preços de produtos complementares (Pc). 
São aqueles bens que tendem a ser consumidos conjuntamente. Um exemplo de bens complementares são 
o pão e a margarina. Se o preço do pão baixar, haverá um aumento da quantidade consumida e, 
consequentemente, de margarina, uma vez que os dois são frequentemente oferecidos em conjunto. Em 
outros termos, se temos dois bens complementares A e B, um aumento no consumo de A resulta em uma 
procura maior de B e vice-versa. 
 
3. Renda dos consumidores (R). 
Relacionada ao poder de compra dos consumidores. Quanto maior a renda do consumidor, maior é a sua 
quantidade demandada de bens normais. Por outro lado, consumidores com rendas mais baixas 
demandam uma menor quantidade de produtos, tendo em vista a sua restrição orçamentária. 
 
À medida que a renda dos consumidores aumenta, a sua demanda por bens e serviços também cresce. Essa 
máxima é válida para a maioria dos produtos que são conhecidos como bens normais. No entanto, os 
produtos conhecidos como bens inferiores apresentam uma relação inversamente proporcional entre 
renda e demanda. Em outros termos, quando o rendimento dos consumidores aumenta, a demanda pelo 
bem inferior diminui; e à medida que o rendimento diminui, a demanda aumenta. Vejamos alguns 
exemplos de bens e serviços considerados inferiores que apresentam um aumento em sua demanda 
quando há redução na renda dos consumidores: 
 
1. Passagem de ônibus. 
Os consumidores substituem o uso dos carros pelo transporte público. 
2. Ovo. 
Os consumidores substituem o consumo de carne pelo consumo do ovo. 
3. Serviços públicos de saúde. 
Os consumidores substituem o consumo dos serviços particulares de saúde pelo público. 
 
Podemos expressar a função demanda da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA: Teoria da oferta. 
 
De acordo com Sandroni (2016), oferta pode ser definida como: 
“Oferta é a quantidade de bens ou serviços que se produz e oferece no mercado por certo preço e em 
determinado período”. 
 
Os modelos de oferta tentam explicar o que determina a escolha individual dos vendedores, dando ênfase 
à influência dos preços dos bens e serviços. Para entender a teoria da oferta, observe o exemplo a seguir: 
 
Exemplo. 
Consideremos as seguintes informações de preços (Px) e quantidades ofertadas (Qox), obtidas e tabeladas 
com base em uma pesquisa hipotética, no município do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2020. A função 
oferta, calculada para o produto x, pode ser expressa por: 
Qox = 2Px - 4 
 
Ao contrário do observado com as quantidades demandadas, as quantidades ofertadas aumentam à 
medida que o preço sobe. Em outros termos, a um preço mais alto (produto valorizado), o produtor tem 
mais incentivos para aumentar a produção. Assim, a maior quantidade ofertada (12 unidades) ocorre 
quando houver o maior nível de preço (R$8,00). Veja a representação gráfica dessa situação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção! 
 
A curva de oferta representa a relação entre os preços alternativos e quantidades ofertadas do produto, 
por unidade de tempo, coeteris paribus. 
 
Oferta: refere-se à curva toda (em vermelho); 
Quantidade ofertada: refere-se a um ponto sobre a curva de demanda (A, B, C, D, E, F). 
 
Além do preço do próprio produto, existem outras variáveis que influenciam a oferta de um bem, podendo-
se destacar: 
 
1. Custo de produção (CP). 
Preços dos insumos e fatores de produção, como mão de obra, matérias-primas, terra, entre outros. 
2. Nível tecnológico (NT). 
Melhoria na forma de combinar os fatores de produção. 
3. Condições climáticas (CC). 
Escassez de precipitações, geadas, altas ou baixas temperaturas e outros. 
 
 
Podemos expressar a função oferta da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA: Equilíbrio de mercado. 
 
Após o conhecimento das curvas de oferta e de demanda, é possível entender como ocorre a formação de 
preços dos bens. Em Microeconomia, o equilíbrio de mercado expressa o resultado da interação entre as 
forças de oferta e de demanda, que são determinadas pelo processo de negociação entre produtores 
(vendedores) e consumidores. 
 
Em equilíbrio, o preço satisfaz tanto ao consumidor quanto ao produtor, de tal forma que a quantidade 
demandada é igual à quantidade ofertada. Podemos expressar a função equilíbrio da seguinte forma: 
Equilíbrio = Qdx = Qox 
 
Veja a representação gráfica dessa equação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assim como na análise gráfica, podemos definir o preço e a quantidade de equilíbrio, igualando-se as 
funções de demanda e de oferta. 
 
TEMA: Estruturas de mercado. 
 
A formade atuação da empresa no ambiente econômico, seu planejamento estratégico e suas 
possibilidades de sucesso dependem muito da sua forma de organização no ambiente econômico. São três 
os elementos básicos que determinam as estruturas mercadológicas nas quais acontecem a atuação das 
firmas: 
1. Número de empresas que compõem o mercado. 
2. Tipo de produto, ou seja, se as empresas fabricam produtos idênticos ou diferenciados. 
3. Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado. 
 
 
E quais são as estruturas de mercado? 
Veja a seguir. 
 
1. Concorrência perfeita (pura). 
É uma estrutura de mercado que visa descrever o funcionamento ideal de uma economia, servindo de 
parâmetro para o estudo das outras estruturas de mercado. Trata-se de uma construção teórica. Apesar 
disso, algumas aproximações dessa situação de mercado poderão ser encontradas no mundo real, como é 
o caso dos mercados de vários produtos agrícolas. 
Destacam-se como principais características desta forma de organização econômica: 
 
a) Número muito grande de empresas e de consumidores (mercado atomizado). 
Neste tipo de estrutura, cada participante representa uma parcela muito pequena do mercado, um 
“átomo”, de tal forma que nenhum agente econômico, agindo individualmente, consegue alterar o preço 
de mercado. 
b) Produtos homogêneos. 
As empresas oferecem produto semelhante, homogêneo. O produto oferecido por uma empresa A é o 
mesmo produto oferecido pela empresa B. Um exemplo são os produtos agrícolas. 
c) Livre entrada e saída de firmas. 
Não existem barreiras legais e econômicas para a entrada e para a saída de firmas no mercado (facilidade 
de entrada e saída de empresas). 
 
2. Monopólio. 
Quando falamos de concorrência perfeita, estamos abordando um tipo de estrutura de mercado situada no 
extremo da concorrência. Em um ponto diametralmente oposto, temos o monopólio, uma situação de 
mercado em que existe um só produtor de um bem ou serviço que não tenha substituto próximo. Com isso, 
o monopolista exerce grande influência na determinação do preço a ser cobrado pelo seu produto: ou os 
consumidores se submetem às condições impostas pelo vendedor, ou simplesmente deixam de consumir o 
produto. 
As principais características do monopólio são: 
 
a) Determinado produto é ofertado por uma única firma. 
Uma única firma oferece o produto em um mercado. 
b) Não há substitutos próximos para esse produto. 
O monopolista não enfrenta concorrência. 
c) Impossibilidade de entrada de novas firmas. 
Para que o monopólio exista, é preciso manter concorrentes em potencial afastados do segmento. 
 
No Brasil, temos o exemplo da Petrobrás, que exerce monopólio no setor de petróleo por meio de um 
controle estatal. 
 
3. Oligopólio. 
O oligopólio é uma estrutura de mercado que se situa entre a concorrência perfeita e o monopólio. O setor 
produtivo brasileiro é altamente oligopolizado, sendo possível encontrar inúmeros exemplos, como 
serviços de telefonia móvel, serviços bancários, montadoras de veículos, setor de cosméticos, indústria de 
papel, indústria química, indústria farmacêutica, indústria de bebidas, dentre outras. 
Os mercados oligopolizados possuem as seguintes características: 
 
a) Pequeno número de empresas grandes controla a oferta de um bem ou serviço. 
O mercado pode ter muitas empresas, mas poucas dominam a oferta do produto. 
b) Produtos homogêneos ou diferenciados. 
Existem exemplos de oligopólios em que os bens são homogêneos, como o caso da indústria de alumínio e 
cimento; e de oligopólios em que os produtos são diferenciados, como o setor de cosméticos no Brasil. 
 
 
 
c) Dificuldade de entrada de novas empresas. 
O difícil acesso de novos concorrentes pode ser explicado por uma série de barreiras como: proteção de 
patentes, controle de insumo produtivo chave e tradição. 
 
No Brasil, de acordo com o Banco Central (2019), temos o oligopólio de cinco bancos que detinham, em 
2018, 84,8% do mercado de crédito e 83,8% dos depósitos totais. 
São eles: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa econômica, Santander, Itaú. 
 
Como consequência desse oligopólio, temos: 
a) Altas taxas de juros repassadas ao consumidor final no país. 
b) Em contrapartida, os bancos têm mantido altos índices de rentabilidade. 
 
4. Concorrência monopolística. 
Estrutura de mercado que contém elementos da concorrência perfeita e do monopólio, ficando em 
situação intermediária entre as duas formas de organização de mercado. 
Vejamos as características dessa estrutura de mercado: 
 
a) Existência de grande número de compradores e de vendedores. 
Da mesma forma que na concorrência perfeita, apresenta grande número de firmas, cada qual 
respondendo por uma fração da produção total de mercado. 
b) Cada firma produz e vende um produto diferenciado, embora substituto próximo. 
A diferenciação caracteriza a maioria dos mercados existentes. Cada produtor procura diferenciar seu 
produto a fim de torná-lo único. 
c) Existência de livre entrada e saída de firmas. 
Da mesma forma que no mercado de concorrência perfeita, não existem barreiras legais ou de qualquer 
outro tipo que impeçam a livre entrada e saída de firmas no mercado. 
 
Grande parte dos empreendimentos dos setores de serviços e varejistas podem ser enquadrados como 
concorrência monopolística, destacando-se: bares, restaurantes, escritórios de advocacia, clínicas médicas, 
escritórios de contabilidade e de consultorias. 
 
Resumindo. 
 
Preparamos um quadro-resumo com as principais características das estruturas de mercado: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO II. 
 
 
Verificando o aprendizado. 
 
QUESTÃO 1. Dada a curva de demanda abaixo, o deslocamento do ponto A para o ponto B pode 
significar: 
 
 
 
 
 
 
 
a) Um aumento na quantidade demandada do próprio bem. 
b) Uma diminuição no preço do bem complementar. 
c) Um aumento no preço do próprio bem. 
d) Um aumento no preço do bem substituto. 
 
Parabéns. A alternativa é a letra C. 
 
QUESTÃO 2. Ao contrário da concorrência perfeita, na concorrência monopolística os bens são: 
 
a) Homogêneos e substitutos perfeitos. 
b) Homogêneos e substitutos próximos. 
c) Únicos e sem substitutos próximos. 
d) Heterogêneos e substitutos próximos. 
 
Parabéns. A alternativa correta é a letra D. 
 
 
Módulo 3. 
- Reconhecer os principais agregados macroeconômicos. 
 
TEMA: Princípios de Macroeconomia. 
 
Segundo Garcia e Vasconcellos (2002), a Macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a 
determinação e o comportamento de grandes agregados. 
Tais como: 
1. Renda e produtos nacionais. 
2. Nível geral de preços. 
3. Emprego e desemprego. 
4. Estoque de moeda e taxas de juros. 
5. Balança de pagamentos e taxa de câmbio. 
 
Esses fatores mostram que a teoria macroeconômica se preocupa com questões conjunturais de curto 
prazo, como desemprego e inflação, e de longo prazo, como distribuição de renda e crescimento 
econômico. Isso parece distante da sua realidade? Claro que não! Ao longo dos últimos anos, você deve ter 
ouvido algumas das seguintes afirmações: 
O PIB brasileiro caiu x% no trimestre. A Inflação Subiu Y% etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essas são algumas variáveis analisadas no estudo da Macroeconomia (PIB, inflação e balança comercial). 
 
Para entender bem a diferença... 
 
1. Macroeconomia. 
O tipo de análise é agregada; 
O foco está no desempenho da economia como um todo. 
 
2. Microeconomia. 
O tipo de análise é específica; 
O foco está nas interações entre empresas / consumidores e produção/preço em setores específicos. 
 
TEMA: Instrumentos de política macroeconômica. 
 
O governo possui instrumentos de política macroeconômica para alterar o comportamento da economia e 
melhorar a qualidade de vida da população. Esses instrumentos variam de acordo com a política 
macroeconômica adotada: 
 
 1. Política fiscal. 
Diz respeito aos instrumentos disponíveis pelo governo para a arrecadação de impostos e contribuições 
(política tributária) e o controle de suasdespesas (gastos públicos). Ela também é utilizada para estimular 
ou inibir os gastos do setor privado. Um exemplo foi a política do governo federal de redução do IPI 
(Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre automóveis e produtos da linha branca, como 
eletrodomésticos, que impulsionou o consumo das famílias em 2012. 
 
2. Política monetária. 
Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos, sendo os recursos 
disponíveis para sua emissão, compra e venda de títulos, regulamentação sobre crédito e taxas de juros, 
entre outros. 
 
3. Política cambial e comercial. 
Trata da atuação governamental no setor externo da economia. A política cambial diz respeito à ação do 
governo sobre a taxa de câmbio. O governo fixa ou permite que a taxa de câmbio seja flexível por meio do 
Banco Central. A política comercial refere-se aos instrumentos que estimulam as exportações – estímulos 
fiscais e taxas de juros subsidiadas – e ao controle das importações – tarifas e barreiras maiores. 
 
4. Política de rendas. 
Refere-se à interferência do governo na formação de renda, mediante o controle e congelamento dos 
preços. Esse controle sobre os preços e salários é obtido pelo combate ao aumento persistente e 
 
generalizado nos preços, que é a inflação. As políticas anti-inflacionárias brasileiras são o salário mínimo e o 
congelamento de preços e salários, por exemplo. 
 
Uma política macroeconômica bem-sucedida tem impacto direto no ritmo da atividade econômica, 
podendo melhorar a geração de emprego e renda e até mesmo a distribuição dos recursos entre os 
habitantes do país. Quando o governo emprega as suas políticas econômicas, ele tem o intuito de alcançar 
os seguintes objetivos: 
 
1. Alto nível de emprego. 
Considera-se emprego a utilização dos recursos produtivos (trabalho, capital e recursos naturais). Quanto 
maior a utilização de recursos produtivos, maior o ritmo da atividade econômica. Na situação de 
desemprego, temos ociosidade na utilização de recursos produtivos, dentre os quais a mão de obra. 
 
TEMA: Crescimento e desenvolvimento econômico. 
 
Muitas pessoas confundem os conceitos de crescimento e desenvolvimento econômico. Embora existam 
diversas interpretações, podemos afirmar: 
 
1. Crescimento econômico. 
Está relacionado ao aumento de variáveis quantitativas, como a renda ou a renda per capita. 
2. Desenvolvimento econômico. 
Considera indicadores qualitativos de melhoria da qualidade de vida da população, como expectativa 
média de vida, grau de concentração da renda, mortalidade infantil, escolaridade, dentre outros. 
 
Todos os objetivos da política econômica apresentados buscam levar o país a um grau de desenvolvimento 
econômico. Para tal, precisa garantir o crescimento econômico, que é medido principalmente por dois 
indicadores: 
 
1. Produto Interno Bruto (PIB). 
Representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa 
determinada região durante um período. 
2. PIB per capita. 
É expresso pela divisão do PIB pelo número de habitantes da região. Esse indicador de renda média é o 
mais recomendado para analisar o crescimento econômico, pois demonstra a relação entre o produto 
nacional e a população da região. Note que, se o PIB real crescer 10% em um ano, mas a população crescer 
10% ou mais, a renda por habitante estará estagnada ou declinante. 
 
E no Brasil? Como performamos nesses dois indicadores? Veja um quadro comparativo do PIB e do PIB per 
capita em relação a outros países. 
 
O desenvolvimento econômico deve ser entendido como um processo que engloba o crescimento de 
longo prazo da renda per capita, a melhoria nas condições de vida da população e a criação de um 
ambiente social que minimize a desigualdade na distribuição de renda, poder e oportunidades. Um 
indicador muito utilizado para analisar o desenvolvimento econômico é o Índice de Desenvolvimento 
Humano (IDH). O IDH considera três variáveis: 
 
1. Renda per capita. 
2. Indicadores de saúde. 
3. Qualidade da educação. 
 
Assim, se a renda cresce muito, mas a qualidade de vida não melhora, sendo esta capturada pelos 
indicadores de saúde e educação, não haverá desenvolvimento. A partir do IDH é possível classificar os 
países em três grupos de desenvolvimento humano: 
 
1. Desenvolvidos. 
(desenvolvimento humano muito alto). 
2. Em desenvolvimento. 
(desenvolvimento humano médio e alto). 
3. Subdesenvolvidos. 
(desenvolvimento humano baixo) 
 
O mapa a seguir mostra como os países são classificados de acordo com o seu IDH. Observe: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como o cálculo do IDH baseia-se em três indicadores (educação, saúde e renda), ele pode ser calculado 
para qualquer país ou região, tendo em vista que todos os cidadãos, em alguma medida, são alcançados 
por uma dessas variáveis. 
 
Resumindo: 
 
As quatro políticas macroeconômicas são: 
Política Fiscal, Política Monetária, Política Cambial e Comercial, Política de Renda. 
 
TEMA: Conclusão. 
 
Discutimos os conceitos fundamentais da Economia, verificamos o que é a Microeconomia e suas teorias e 
finalizamos falando a respeito da Macroeconomia e de seus agregados principais. Tudo isso nos ajuda a 
entender a composição dos mercados e a formação dos grandes agregados econômicos. 
 
FIM DO MÓDULO 3. 
 
Verificando o aprendizado. 
 
QUESTÃO 1. (Biblioteconomia – BNDES, 2013) A Macroeconomia é o estudo da estrutura de economias 
nacionais e das políticas econômicas exercidas pelos seus governos com o objetivo de melhorar o 
desempenho econômico doméstico. Não se considera uma questão pertencente ao ramo da 
Macroeconomia aquela que: 
 
a) Causa desemprego. 
b) Causa aumento do nível geral de preços. 
c) Causa o desequilíbrio entre oferta e demanda de produtos. 
d) Determina o crescimento econômico de uma nação ao longo do tempo. 
 
Comentário. 
 
 
Parabéns! A alternativa C está correta, OU SEJA, Causa o desequilíbrio entre oferta e demanda de 
produtos. 
 
A Microeconomia estuda a formação de preços em mercados específicos, analisando situações de 
equilíbrio e desequilíbrio de demanda e oferta de produtos. A Macroeconomia estuda a economia como 
um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, como o desemprego, o 
crescimento econômico e a inflação. 
 
QUETÃO 2. (Adaptado de FCC - Consultor Técnico-Legislativo. Câmara Legislativa, 2018) Em que pesem as 
pequenas variações nos indicadores ao longo do tempo, o grau de concentração de renda no Brasil 
apresenta-se como um dos mais elevados do mundo, desde meados do século XX, até nossos dias. 
Destacam-se, no caso brasileiro, como causas estruturais do baixo desenvolvimento econômico, exceto: 
 
a) Os baixos índices de crescimento econômico. 
b) O poder e a habilidade política das classes dirigentes em manter situações de privilégio. 
c) A elevada concentração de riquezas do país. 
d) A ausência histórica de políticas públicas que objetivem mudanças estruturais e objetivas de forma 
consistente. 
 
Parabéns! A alternativa A está correta, OU SEJA, Os baixos índices de crescimento econômico. 
 
 
 
Referências bibliográfica. 
EL PAÍS. William D. Nordhaus e Paul M. Romer ganham o Nobel de Economia de 2018. 
Publicado em: 8 out. 2018. 
MANKIW, N.G. Introdução à Economia. Tradução da 6ª Edição Norte-Americana. Cengage 
Learning, 2013. E-book. 
PINHO, D. B.; VASCONCELLOS, M.A.S. Manual de Economia. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. 
SAMUELSON, P. A. Fundamentos da Análise Econômica. In: Coleção Os Economistas. São 
Paulo: Ed. Nova Cultural, 1997. 
SAMUELSON, P. A.; NORDHAUS, W. D. Economia. 17. ed. Lisboa: McGraw-Hill, 2004. 
SANDRONI, P. Dicionário de Economia do Século XII.Record, 2016. E-book. 
VASCONCELLOS, M.A.S. Economia: Micro e Macro. São Paulo: Atlas, 2010. 
VASCONCELLOS, M. A. S.; Garcia, H. Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva, 2010.

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