Buscar

Apostila PC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 174 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 174 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 174 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

NP-1 
 
 
 
SUMÁRIO 
DIREITO ADMINISTRATIVO.................................................................02 
 Profº João Tayah 
DIREITO ADMINISTRATIVO.................................................................20 
 Profº Renato Cabral. 
DIREITO CONSTITUCIONAL.................................................................59 
 Profº Glaython Barreto/ Profª Mayara Almeida 
MATEMÁTICA.....................................................................................89 
 Profº Ali Assi/Karon Ribeiro 
LÍNGUA PORTUGUESA......................................................................103 
 Profª Cristiane Balieiro 
INFORMÁTICA..................................................................................119 
 Profº. Delson Assunção/ Mateus Amélio 
DIREITO PENAL.................................................................................167 
 Profº Fabiano Pignata.
 
1 
 
 
 
NP-1 
 
 
DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
PROFº JOÃO TAYAH 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NP-1 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS DE DIREITO 
ADMINSTRATIVO 
• “Conjunto harmônico de princípios jurídicos que 
regem os órgãos, os agentes e as atividades 
públicas tendentes a realizar, concreta, direta e 
imediatamente os fins desejados pelo Estado.” (Hely 
Lopes Meirelles) 
• “Conjunto de regras e princípios aplicáveis à 
estruturação e ao funcionamento das pessoas e 
órgãos integrantes da administração pública, às 
relações entre estas e seus agentes, ao exercício da 
função administrativa, especialmente às relações 
com os administrados, e à gestão dos bens públicos, 
tendo em conta a finalidade geral de bem atender ao 
interesse público.” (Marcelo Alexandrino e Vicente 
Paulo) 
 
Fontes do Direito Administrativo 
• Lei 
• Jurisprudência 
• Doutrina 
• Costumes 
 
• Lei 
• Fonte primordial (primária) do Direito 
Administrativo, sendo empregada, para este efeito, o 
sentido amplo (que abrange normas constitucionais, 
normas legais e atos normativos/regulamentares). 
• Jurisprudência 
• É o entendimento reiterado dos Tribunais. 
• Em regra, não tem aplicação geral e efeito 
vinculante. 
▪ Exceções: controle abstrato de 
constitucionalidade e súmulas vinculantes, casos em 
que se tornam fontes primárias do Direito 
Administrativo. 
• Doutrina 
• Conjunto de teses e construções teóricas acerca 
do direito positivo. 
• Costumes 
• São os costumes sociais e os costumes 
administrativos. 
 
 
 
 
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO 
 
• Regime Jurídico da Administração Pública 
– É utilizada para designar, em sentido amplo, os 
regimes de direito público e de direito privado a que 
pode submeter-se a Administração Pública. 
• Regime Jurídico Administrativo 
– “É reservado tão-somente para abranger o 
conjunto de traços, de conotações, que tipificam o 
Direito Administrativo, colocando a Administração 
Pública numa posição privilegiada, vertical, na 
relação jurídico-administrativa.” (Maria Sylvia 
Zanella Di Pietro) 
– Distancia-se do tratamento predominantemente 
encontrado no direito privado, pois “confere à 
Administração prerrogativas sem equivalente nas 
relações privadas e impõe à sua liberdade de ação 
sujeições mais estritas do que aquelas a que 
estão submetidos os particulares.” (Rivero, 
1973:35). 
• Supremacia do Interesse Público sobre o 
Privado 
– É oriundo do Estado de Bem-Estar Social (“Welfare 
State”), quando o Direito deixou de ser mero 
instrumento assecuratório de direitos dos 
indivíduos e passou a funcionar como meio para a 
consecução da justiça social. 
– “Proclama a superioridade do interesse da 
coletividade, firmando a prevalência dele sobre o 
do particular, como condição, até mesmo, da 
sobrevivência e asseguramento deste último.” 
(Celso Antônio Bandeira de Mello) 
– Fundamenta a existência de prerrogativas de 
ordem pública como os atributos especiais do ato 
administrativo, prazos judiciais mais extensos, 
intervenção do Estado na propriedade, cláusulas 
exorbitantes nos contratos administrativos, etc. 
– Está presente tanto no momento da elaboração 
da lei como no momento da execução em concreto 
pela Administração Pública. 
– A vontade estatal se proclama de forma 
unilateral e autoritária, inexistindo acordo de 
vontades. 
• Exceção: nas atividades estranhas ao exercício 
da função administrativa, há o chamado “regime 
parcialmente sujeito ao direito privado”. 
 3 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
• Indisponibilidade do Interesse Público 
– O patrimônio e o interesse público não são de 
propriedade da Administração, tampouco de seus 
agentes públicos. Cabe-lhes, assim, a sua gerência 
e conservação, com o fito de resguardá-los em prol 
da coletividade. Os administradores públicos não 
podem gerenciar os recursos públicos visando 
atender a interesses privados. 
– Traduz-se pelas restrições jurídico-
constitucionais na realização de concurso público, 
licitação, motivação dos atos administrativos, 
restrições a alienações de bens públicos, etc. 
 
INTERESSE PÚBLICO 
• Não é simplesmente o somatório dos interesses 
individuais, pois não se restringe à vontade da 
maioria. 
• Como no conceito de “vontade geral” de 
Rousseu, o ponto de intersecção entre interesses 
privados e o interesse público é a Lei – o instituto 
jurídico considerado em abstrato. 
• CRFB, art. 1°, parágrafo único. 
• Interesse Público Primário 
– Diz respeito aos interesses diretos do povo, os 
interesses gerais imediatos. 
• Interesse Público Secundário 
– Consiste nos interesses imediatos do Estado 
enquanto detentor de personalidade jurídica, 
titularizando direitos e obrigações. 
– De qualquer forma, o interesse público 
secundário, voltado geralmente à prosperidade 
arrecadatória do Estado, só pode ser considerado 
legítimo se não for contrário ao interesse público 
primário, sob pena de sequer ser reputado interesse 
público, mas meramente interesse governamental 
injusto. 
 
SISTEMA JURÍDICO ADMINISTRATIVO 
• Sistema Inglês (Judiciário ou Jurisdição 
Una) 
– Todos os litígios – de natureza administrativa ou 
de interesses exclusivamente privados – são 
resolvidos judicialmente pela Justiça Comum, ou 
seja, pelos juízes e tribunais do Poder Judiciário. 
– Utilizado nos EUA, Bélgica, Romênia, México, 
dentre outros países. 
– Não implica vedação à existência de solução 
em litígios do âmbito administrativo, porém não há a 
chamada “preclusão administrativa” de forma plena. 
Tampouco acarreta óbice ao dever-poder de 
autotutela da Administração Pública. 
– CRFB, art. 5°, XXXV. 
• Sistema Francês (Contencioso 
Administrativo ou Dualidade de Jurisdição) 
– O Poder Judiciário é impedido de conhecer as 
causas cujo objeto sejam atos da Administração 
Pública, pois estes estão sujeitos à chamada 
jurisdição especial do contencioso administrativo, 
com tribunais e julgadores próprios, integrantes da 
própria administração. 
– É adotado na Suíça, na Finlândia, na Grécia, na 
Turquia e na Iugoslávia, dentre outros países. Não é 
adotado no Brasil. 
• "Para bem conhecer a natureza dos povos, é 
necessário ser príncipe, e para bem conhecer a dos 
príncipes, é necessário pertencer ao povo." 
(Nicolau Maquiavel) 
 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Noção de Princípio Administrativo 
• “São os postulados fundamentais que inspiram 
todo o modo de agir da Administração Pública.” 
(José dos Santos Carvalho Filho) 
• De acordo com Robert Alexy e Ronald Dworkin, 
diferenciam-se das regras porque o conflito entre 
estas é dirimido no plano de validade. Os princípios 
admitem um critério de ponderação de valores, 
sendo atribuído um grau de preponderância. 
 
Princípios Expressos 
• Legalidade 
– É a diretriz básica da conduta dos agentes 
públicos, controlando a Administração e garantindo a 
observância de direitos individuais. 
– Legalidade privada (CRFB, art. 5°, II) x 
legalidadeestrita (atuação “secundum legem”). 
– Os atos são vinculados (lei determinativa) ou 
discricionários (lei autorizativa). 
 
Vamos cantar? 
“Só se a lei autorizar, pode o agente praticar a 
conduta 
Se a lei silenciar, a conduta estará proibida” 
 
• Impessoalidade (Igualdade, Isonomia ou 
Finalidade) 
– Toda a atuação estatal deve guiar-se pela 
busca da satisfação do interesse público, sob pena 
de nulidade por desvio de finalidade. 
– Impessoal é “aquilo que não pertence a uma 
pessoa em especial” (Caldas Aulete, p. 2.667). 
– Veda a promoção pessoal (CRFB, art. 37, §1°). 
 4 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
– Proíbe a adoção de medidas que visem a 
favoritismos ou perseguições. 
– “Os atos e provimentos administrativos são 
imputáveis não ao funcionário que os pratica, mas ao 
órgão ou entidade administrativa da Administração 
Pública, de sorte que ele é o autor institucional do 
ato. Ele é apenas o órgão que formalmente 
manifesta a vontade estatal.” (José Afonso da Silva). 
– Moralidade 
 
 
– Liga-se às ideias de probidade e boa-fé, nunca 
desprezando-se o elemento ético objetivo da 
conduta. 
– É um vício de consciência, intencional, que 
acarreta uma ilegalidade em sentido amplo. 
– CRFB, art. 37, §4°, art. 5°, LXXIII e art. 85, V. 
SV 13. 
 
• Publicidade 
– Possui dupla acepção, a saber: 
• Necessidade de publicação em imprensa oficial 
como requisito de eficácia dos atos administrativos 
gerais que devam produzir efeitos externos ou 
onerem o patrimônio público; 
• Exigência de transparência na atuação 
administrativa (CRFB, art.5°, XXXIII e XXXIV); 
– Exceção: informações imprescindíveis à 
segurança da sociedade e do Estado (interesse 
social) ou que digam respeito à esfera de intimidade 
do particular (CRFB, art. 5º, LX). 
 
Vamos Cantar? 
“Segundo o Princípio da Publicidade 
É vedada a prática de atos sigilosos 
Mas existem exceções proibindo divulgar 
Informações que ponham em risco a segurança e a 
intimidade” 
 
• Eficiência 
– Os serviços públicos devem ser fornecidos com 
presteza, perfeição e rendimento funcional 
(Fernanda Marinela). 
– Desdobra-se nas concepções de atualidade, 
economicidade, public management e administração 
gerencial. Foi inserida como princípio administrativo 
na CRFB por meio da EC 19/98. 
– CRFB, art. 5°, XXXV e LXXVIII. 
– Não pode servir de pretexto para suprimir a 
observância de outros princípios. 
 
Princípios Reconhecidos 
• Razoabilidade 
– “A Administração, ao atuar no exercício da 
discrição, terá de obedecer a critérios aceitáveis do 
ponto de vista racional, em sintonia com o senso 
normal de pessoas equlibradas e sdas finalidades 
que presidiram a outorga da competência exercida.” 
(Celso Antônio Bandeira de Mello) 
– Incide sobre o mérito administrativo e o processo 
legislativo (Ex.: ADI 1.158), perfazendo análise de 
congruência entre o fato ensejador e a medida 
tomada. 
• Proporcionalidade 
– Torna ilegal o chamado excesso de poder, 
revestindo-se de um tríplice fundamento: 
• Adequação: o meio empregado deve ser 
compatível com o fim colimado; 
• Exigibilidade: a conduta deve ter-se por 
necessária, não havendo outro meio menos gravoso 
para alcançar o fim público, ou seja, causa o menor 
prejuízo possível; 
• Proporcionalidade em sentido estrito: as 
vantagens a serem conquistadas devem superar as 
desvantagens. 
 
Vamos cantar? 
“Eu andei errado, eu pisei na bola 
Matei um pardalzinho usando um canhão 
Mas o exagero é sempre ilegal 
É inválida a conduta desproporcional” 
 
• Autotutela 
– Possibilita à Administração Pública exercer 
controle sobre seus próprios atos, apreciando-os 
quanto ao mérito e quanto à legalidade, sem prejuízo 
da verificação de legalidade pelo Poder Judiciário 
(Súm. 473, STF). O controle pode ser de: 
 
 
• Continuidade dos Serviços Públicos 
 5 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
– Em razão da natureza premente e inadiável das 
necessidades sociais básicas, os serviços públicos 
não podem sofrer interrupções, envolvendo o próprio 
poder público e os seus delegatários. 
– Sustenta institutos limitativos como os atinentes 
ao direito de greve do servidor público e ao “exceptio 
non adimpleti contractus” (exceção do contrato não 
cumprido) do particular que contrata com a 
Administração. 
• Segurança Jurídica 
– “Se é assente que a Administração pode cancelar 
seus atos, também o é que por força do princípio da 
segurança jurídica obedece aos direitos adquiridos 
e reembolsa eventuais prejuízos pelos seus atos 
ilícitos ou originariamente lícitos, como consectário 
do controle jurisdicional e das responsabilidades dos 
atos da Administração.” (Luiz Fux) 
– Sustenta a credibilidade administrativa e seu 
poder normativo, revelando a confiança necessária 
para embasar o lastro democrático (Princípio da 
Proteção à Confiança, existente no Direito Alemão, 
aspecto subjetivo do princípio). 
– Veda a aplicação retroativa de interpretação 
sobre norma jurídica (Lei 9.784/99, art. 2°, caput). 
– Remete à “Teoria do Fato Consumado”, segundo 
a qual existem ocasiões em que: 
• a convalidação do ato causa menos transtornos 
que sua supressão do ordenamento jurídico (Lei 
9.784/99, art. 54); 
• mantém-se os atos praticados por funcionário de 
fato; 
• fixa-se prazo para que a anulação seja possível 
(Lei 9.784/99, art. 54); 
• há modulação dos efeitos da ADIN ou súmula 
vinculante. 
“A administração é a arte de aplicar 
as leis sem lesar os interesses.” 
(Honoré de Balzac) 
 
 QUESTÕES 
 01) Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de 
Niterói - RJ Prova: FGV - 2018 - Prefeitura de 
Niterói - RJ - Analista de Políticas Públicas e 
Gestão Governamental 
Próximo do término da construção de um túnel que 
passa sob um morro onde existe uma grande 
comunidade, os peritos verificam que, em função do 
peso das casas, a construção desabaria. 
O governador do Estado, tomando ciência do fato, 
decide realizar a desapropriação de 100 casas que 
se localizavam na encosta do morro, mesmo 
sofrendo duras críticas de grupos da população. 
Ao agir, pautando-se nos princípios da 
Administração Pública, o governador teve a sua 
decisão motivada, especificamente, pelo princípio 
a) da autotutela. 
b) da legalidade. 
c) da especialidade. 
d) da supremacia do interesse público sobre o 
privado. 
e) da segurança jurídica. 
 
02) Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: AL-MA Prova: 
FGV - 2013 - AL-MA - Consultor Legislativo - 
Orçamento Público 
"Os bens e interesses públicos não pertencem à 
administração pública nem a seus agentes. Cabe-
lhes apenas administrá-los em prol da coletividade, 
esta, sim, a verdadeira titular dos direitos e 
interesses públicos". 
O fragmento acima se refere à diretriz que norteia os 
princípios da Administração Pública, denominada 
a) supremacia do interesse público. 
b) tutela ou controle. 
c) presunção da legitimidade. 
d) indisponibilidade. 
e) razoabilidade. 
 
03) Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: SEE-PE Prova: 
FGV - 2016 - SEE-PE - Professor de 
Administração 
O serviço público brasileiro é guiado por princípios 
que auxiliam na busca pela melhor forma de atender 
os interesses da sociedade. Esses princípios se 
dividem em princípios explícitos, descritos no Art. 37 
da Constituição de 1988, e princípios implícitos, 
surgidos do Direito Administrativo e da interpretação 
jurídica da Constituição. 
Assinale a opção que apresenta dois dos princípios 
implícitos mais reconhecidos da Administração 
Pública. 
a) Legalidade e Impessoalidade. 
b) Moralidade e Razoabilidade. 
c) Impessoalidade e Proporcionalidade. 
d) Supremacia do Interesse Público e 
Indisponibilidade. 
e) Moralidade e Impessoalidade. 
 
04) Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: MPE-AL Prova: 
FGV - 2018 - MPE-AL - Analista do Ministério 
Público - Gestão Pública 
O prefeito de um município brasileiro, após finalizar a 
restauração do estádio de futebol durante seu 
mandato, anunciaque colocará um busto com sua 
própria imagem na entrada da arena. De acordo com 
os princípios expressos da Administração Pública, a 
ação do prefeito viola diretamente o princípio da 
a) supremacia do interesse público. 
b) indisponibilidade do interesse público. 
c) imparcialidade. 
d) impessoalidade. 
e) publicidade. 
 
 6 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
05) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de 
Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de 
Salvador - BA - Agente de Trânsito e Transporte 
O Município de Salvador elaborou plano estratégico 
para melhorar as atividades de fiscalização pelos 
agentes de trânsito e transporte e as condições de 
segurança, higiene e conforto dos veículos do 
sistema de transporte público. 
Neste contexto, a busca de melhores resultados 
práticos, menos desperdícios e maior produtividade 
decorre do seguinte princípio da Administração 
Pública: 
a) Moralidade. 
b) Impessoalidade. 
c) Isonomia. 
d) Segurança Jurídica. 
e) Eficiência. 
 
06) Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ Prova: 
FGV - 2016 - MPE-RJ - Estágio Forense 
Prefeito Municipal determinou às diretoras das 
escolas municipais que promovessem a afixação de 
cartazes, na entrada de cada unidade de ensino, 
contendo a fotografia de sua esposa com os 
seguintes dizeres: “A primeira dama Maria, mulher 
guerreira e dedicada às causas filantrópicas, será 
candidata a Deputado Estadual nas próximas 
eleições e conta com o seu apoio”. A conduta do 
Prefeito viola frontalmente, a um só tempo, os 
princípios administrativos expressos no art. 37, 
caput, da Constituição Federal de 1988 da: 
a) isonomia e razoabilidade; 
b) eficiência e pessoalidade; 
c) improbidade e lealdade; 
d) impessoalidade e moralidade; 
e) competitividade e igualdade. 
 
07) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de 
Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de 
Salvador - BA - Especialista em Políticas 
Públicas 
Prefeito de determinado município do Estado da 
Bahia nomeou sua esposa, médica de notório 
conhecimento e atuação exemplar, para exercer o 
cargo de Secretária Municipal de Saúde. No caso em 
tela, com as informações apresentadas acima, a 
princípio, de acordo com a jurisprudência do 
Supremo Tribunal Federal, 
a) não é possível afirmar que houve flagrante 
violação ao princípio da impessoalidade pela prática 
de nepotismo, pois o cargo de secretário municipal 
possui natureza política. 
b) não é lícito o ato administrativo de nomeação, pois 
houve flagrante violação ao princípio da moralidade 
pela prática de nepotismo. 
c) é possível afirmar que houve flagrante ato de 
improbidade administrativa, por violação aos 
princípios da eficiência e legalidade. 
d) é possível afirmar que houve flagrante crime 
eleitoral pela prática de ato expressamente proibido 
pelo texto constitucional que viola a impessoalidade. 
e) é possível afirmar que houve flagrante falta 
disciplinar pela prática de ato punível com a sanção 
funcional de afastamento cautelar da função pública. 
 
08) Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: ALERJ Prova: 
FGV - 2017 - ALERJ - Especialista Legislativo - 
Qualquer Nível Superior 
Elias, prefeito municipal, informou à sua assessoria 
que gostaria de promover, junto à população, as 
realizações de sua administração. Na ocasião, foi 
informado que esse tipo de publicidade não poderia 
conter nomes e imagens, de modo que, longe de ter 
caráter educativo, informativo ou de orientação 
social, visasse à promoção pessoal de Elias. 
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar 
que a orientação da assessoria está em harmonia 
com o denominado princípio da: 
a) responsabilidade; 
b) transparência; 
c) avaliação popular; 
d) impessoalidade; 
e) eletividade. 
 
09) Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: MPE-BA Prova: 
FGV - 2017 - MPE-BA - Assistente Técnico - 
Administrativo 
Os princípios de Direito Administrativo são 
postulados básicos fundamentais que permeiam a 
atuação dos agentes públicos na constante busca da 
satisfação dos interesses coletivos. 
Dentre os chamados princípios implícitos, merece 
destaque o da autotutela, que ocorre, por exemplo, 
quando: 
a) a penalidade de demissão é aplicada a servidor 
público que recebeu vantagem indevida no exercício 
da função, após regular processo administrativo 
disciplinar; 
b) o Estado garante ao cidadão o direito de acesso à 
informação, mediante procedimento célere e 
transparente, com a expedição da certidão 
requerida; 
c) o Município procede à reintegração de servidor 
público ilegalmente demitido, atendendo à ordem 
judicial, com ressarcimento de todas as vantagens; 
d) o Prefeito revoga, por considerar que não é mais 
oportuno, um decreto sem qualquer vício de 
legalidade que proibia o estacionamento de veículos 
em determinada via pública; 
e) o Governador do Estado pratica o ato de 
nomeação de pessoa não concursada para cargo em 
comissão, com exercício de função de 
assessoramento parlamentar. 
 
10) Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: SEGEP-MA 
Prova: FGV - 2013 - SEGEP-MA - Agente 
Penitenciário 
"Princípios administrativos são os postulados 
fundamentais que inspiram todo o modo de agir da 
administração pública. Representam cânones pré-
normativos, norteando a conduta do Estado quando 
no exercício de atividades administrativas." 
(Carvalho Filho, J . S., 2012). 
 7 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
Tendo em conta a existência de princípios expressos 
e também dos chamados princípios implícitos ou 
reconhecidos, assinale a alternativa que apresenta 
somente princípios implícitos ou reconhecidos. 
a) Razoabilidade, publicidade e autotutela. 
b) Continuidade do serviço público, supremacia do 
interesse público e segurança jurídica. 
c) Eficiência, indisponibilidade do interesse público e 
segurança jurídica. 
d) Moralidade, proporcionalidade e indisponibilidade 
do interesse público. 
e) Publicidade, autotutela e proporcionalidade. 
 
QUESTÃ
O 
GABARIT
O 
QUESTÃ
O 
GABARIT
O 
01 D 06 D 
02 D 07 A 
03 D 08 D 
04 D 09 D 
05 E 10 B 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
 
 Espécie do gênero ato jurídico. 
 
 
 
 
 
CONCEITO DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
 Fatos Administrativos (Atos materiais) 
 São as atividades com repercussão meramente 
material no exercício da função administrativa, que 
não contém uma manifestação de vontade. Ex.: 
pavimentação de ruas, mudança da localização de 
setor, serviço de limpeza das ruas, etc. 
 Atos (privados) da Administração 
 Têm natureza de ato privado, desprovidos, 
portanto, do regime jurídico de Direito Público. 
 Perfazem-se quando da celebração de contrato de 
aluguel, da emissão de cheques ou da intervenção no 
domínio econômico por parte das empresas estatais, 
por exemplo. 
 Atos Administrativos 
 São atos provindos da vontade estatal, aptos a 
propiciar efeitos jurídicos com finalidade pública, 
estando, destarte, regidos pelos ditames do Direito 
Público. 
 Pressupõem sempre uma manifestação unilateral 
da vontade administrativa. 
 Podem ser implementados pelos três órgãos de 
Poder, embora configure atividade típica do Executivo. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
 Quanto aos destinatários 
 Individuais: direcionam-se a pessoa(s) 
determinada(s), ou seja, a título singular ou plúrimo. 
Ex.: nomeação, exoneração. 
 Gerais: atinge toda uma coletividade, de forma 
indeterminada. Ex.: placas de trânsito, decretos, 
instruções normativas. 
 Quanto à formação de vontade 
 Simples: são formados pela declaração jurídica de 
um só órgão, singular ou colegiado. 
 Complexos: existem duas manifestações volitivas, 
envolvendo dois órgãos distintos e independentes. 
Ex.: concessão de aposentadoria 
 Compostos: existe a manifestação de vontade de 
um único órgão, que depende da ratificação 
(confirmação, homologação ou aprovação) de outro 
órgão (geralmente pertencenteà mesma estrutura 
jurídica), que é condição para geração de seus efeitos. 
Ex.: vistos, pareceres, homologação. 
 
Vamos cantar? 
“Não se esqueça que ato complexo 
É aquele formado por vontade de dois órgãos 
É diferente do ato composto 
Por vontade de um só órgão 
Mais aprovação de outro” 
 
 Quanto ao grau de liberdade da Administração 
em sua prática 
 Vinculados: não existe margem de liberdade para 
decisão, conquanto a lei predetermine de modo 
completo todo o modo de agir do agente público. 
Confere direito subjetivo ao administrado sobre a sua 
observância. Ex.: aposentadoria compulsória, licença 
maternidade. 
 Discricionários: existe liberdade para se efetuar uma 
avaliação ou decisão do caso concreto, segundo 
critérios de conveniência e oportunidade 
prelecionados pela autoridade exequente, nos 
ditames da lei autorizativa. Ex.: autorização para 
porte de arma, conceitos jurídicos indeterminados 
(bem comum, conduta escandalosa, moralidade, 
etc.). 
 
 
*Os atos administrativos são espécies de atos 
jurídicos em sentido estrito. 
 8 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
Mérito Administrativo 
▪ Só existe em atos discricionários, casos em 
que, por previsão legal, existe margem de 
liberdade dada ao agente público para decidir 
sobre a oportunidade e conveniência do ato 
administrativo. 
▪ Oportunidade 
 Escolha do momento adequado para a prática 
do ato. 
▪ Conveniência 
 Aferição do atendimento ao interesse público. 
 
 Quanto à posição jurídica da Administração 
 Atos de império: são aqueles praticados pela 
Administração no gozo de prerrogativas de 
autoridade. Ex.: interdição de estabelecimento, 
desapropriação. 
 Atos de gestão: são os praticados sem o uso de 
poderes comandantes. Ex.: aluguel de um bem, 
autorização de uso. 
 Atos de expediente: atos internos, relacionados 
às rotinas administrativas, sem conteúdo decisório. 
Ex.: protocolo e movimentação de processos. 
• Quanto à situação de terceiros 
 Internos: produzem efeitos apenas no interior da 
Administração. Ex.: pareceres, informações. 
 Externos: produzem efeitos sobre terceiros. Ex.: 
admissão, licença. 
• Quanto aos efeitos 
 Constitutivos: fazem nascer uma situação 
jurídica, seja de forma originária, seja extinguindo 
ou modificando situação anterior. Ex.: nomeação e 
demissão de servidor público. 
 Declaratórios: afirmam a preexistência de uma 
situação de fato ou de direito. Ex.: certidão de 
matrícula. 
 Quanto à formação 
 Perfeito: passou por todas as fases de 
produção. 
 Válido: está conforme à lei. 
 Eficaz: já está disponível para produzir seus 
efeitos jurídicos. 
 
ELEMENTOS (REQUISITO DE VALIDADE) 
 Competência (Sujeito ou Agente) 
 É a atribuição legal permissiva que confere ao 
agente público legitimidade para a prática dos atos 
atinentes à sua função (atribuições funcionais). 
 É de exercício obrigatório para os órgãos e 
agentes. 
 É irrenunciável e intransferível, embora haja 
previsão legal para a avocação e delegação de 
competência (Lei 9.784/99, arts. 11 a 15). 
▪ OBS: Não é possível a avocação ou a 
delegação de competência para: 
a) Atos Normativos; 
b) Decisões de Recursos Administrativos; 
c) Atos de competência exclusiva. 
 É imodificável pela vontade de agente, haja 
vista ser sempre dotada de natureza vinculada. 
 É imprescritível, pois o seu não-exercício não 
acarreta a extinção da competência. 
 Sua inobservância dá origem ao excesso de 
poder. 
 Objeto (Conteúdo) 
 “É o próprio conteúdo material do ato” (Marcelo 
Alexandrino). 
 “É a alteração no mundo jurídico que o ato 
administrativo se propõe a processar” (José dos 
Santos Carvalho Filho). 
 Integra o mérito administrativo, razão porque 
pode assumir a forma vinculada ou a discricionária. 
 Não pode ser ilícito (açambarca a ausência de 
previsão legal e a desconformidade com a lei), 
impossível ou indeterminável. 
 Forma 
 É o modo de exteriorização do ato 
administrativo. 
 É requisito vinculado e imprescindível à validade 
do ato. 
▪ OBS: possibilidade de convalidação de vício de 
forma, se não contrariar expressa exigência da lei. 
 Como regra, deve seguir rito formal, sendo 
comum a forma escrita. Exceções a esta regra 
existem, como as ordens verbais na relação de 
hierarquia, os sinais de trânsito, etc. 
 A motivação faz parte da forma, tanto que sua 
ausência implica nulidade do ato por vício de 
forma. A motivação pode ser considerada um 
princípio administrativo. 
 Motivo 
 É a causa imediata (pressuposto de direito ou 
de fato) do ato administrativo, confirmando uma 
subsunção do fato à norma. 
 Assim como o objeto, pode se revestir de 
vinculação ou discricionariedade, integrando o 
mérito administrativo. 
 Difere da motivação, pois esta é a expressão 
textual da situação de fato que levou o agente à 
manifestação de vontade. A motivação é 
obrigatória, ressalvados os casos em que haja 
dispensa legal ou incompatibilidade com a natureza 
da medida. 
 9 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
 Teoria dos Motivos Determinantes 
▪ O ato administrativo deve guardar 
compatibilidade com a situação de fato que gerou a 
manifestação de vontade, sob pena de nulidade. 
Ou seja, o motivo não pode ser ilegítimo nem 
inexistente. 
Vamos cantar? 
“Se o ato é praticado com base num motivo 
E o motivo é falso ou inexistente 
O ato é nulo, o ato é nulo 
É o que afirma, é o que afirma 
A chamada, a chamada 
Teoria dos Motivos, Teoria dos Motivos 
Determinantes, Determinantes” 
 
 Finalidade (Fim) 
 “Desde que a Administração Pública só se 
justifica como fator de realização do interesse 
coletivo, seus atos hão de dirigir sempre e sempre 
para um fim público” (Hely Lopes Meirelles) 
 Sua inobservância acarreta o desvio de poder 
(ou desvio de finalidade), hipótese de nulidade 
insanável do ato administrativo. 
 Enquanto o objeto representa um fim imediato ou 
resultado prático, a finalidade traduz a vontade 
coletiva, o interesse público, o fim mediato colimado 
pelo ato estatal. 
 É sempre vinculado, determinado pela lei. Sua 
inobservância acarreta a necessária nulidade do ato. 
 
 
ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 Imperatividade (Coercibilidade ou Poder 
Extroverso do Estado) 
 Traduz a possibilidade de a Administração, 
independente da concordância do terceiro envolvido, 
criar-lhe obrigações ou impor-lhe restrições. 
 Não está presente em todos os atos 
administrativos, mas principalmente nos atos 
punitivos e atinentes ao poder de polícia. 
 Presunção de Legalidade (ou de Legitimidade) 
e de Veracidade 
 Todo ato administrativo presume-se verdadeiro e 
conforme ao Direito, estando aptos a produzirem 
todos os seus efeitos desde a sua edição, até que 
seja decretada a sua invalidade. 
 É estabelecida uma presunção juris tantum 
(presunção relativa), cabendo a quem alega o ônus 
da prova de existência do eventual vício. 
 
 Autoexecutoriedade 
 O ato administrativo, por si só, tem o condão de 
criar direitos obrigações, submetendo a todos os que 
se situem em sua órbita de incidência (Vedel). 
 Diz respeito à possibilidade de praticar atos 
administrativos, utilizando-se inclusive da força (se 
necessário) sem que se precise obter autorização 
judicial prévia. 
 Não reveste todos os atos administrativos, pois é 
qualidade própria dos atos inerentes ao exercício de 
atividades típicas da Administração, atuando na 
condição de Poder Público. São os casos em que 
haja autorização em lei (apreensão de mercadorias, 
cassação de licença para dirigir) ou se trate de 
medida urgente, que possa causar prejuízo maior 
(demolição de prédio, internação de pessoa com 
doença contagiosa). 
 Tipicidade 
 “É o atributo pelo qual o ato administrativo deve 
corresponder a figuras definidas previamente pela lei 
como aptas a produzir determinados resultados” 
(Maria Sylvia Zanella Di Pietro) Como corolário do Princípio da Legalidade, 
possui o objetivo de afastar a possibilidade de a 
Administração praticar atos inominados. 
 Representa uma garantia para o administrado, 
pois impede que seja vítima de uma arbitrariedade, 
consubstanciada pela prática de ato unilateral e 
coercitivo sem previsão legal. 
 
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
 Atos normativos 
 Contêm determinações gerais e abstratas. 
 Não podem inovar o ordenamento jurídico, uma 
vez que se prestam a regulamentar conteúdo já 
disciplinado em lei. Por isso são chamados de atos 
derivados ou secundários. 
 Exceção: decretos autônomos – Poder Normativo 
- (CRFB, 84,VI) 
 Têm como exemplos os decretos ou 
regulamentos (exclusivos dos Chefes do Executivo), 
os regimentos, os regulamentos, as deliberações e 
as resoluções. 
 10 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
 Atos ordinatórios 
 “São os atos administrativos internos, 
endereçados aos servidores públicos, que veiculam 
determinações concernentes ao adequado 
desempenho de suas funções.” (Marcelo Alexandrino 
e Vicente Paulo) 
 Fundamentam-se no Poder Hierárquico e não 
atinge os administrados, ou seja, possuem efeitos 
internos. São inferiores aos atos normativos. 
➢ “Ordinário, avisa na portaria que a ordem de 
serviço é circular ao despacho de ofício!” 
➢ CAIO PODE: circulares, avisos, instruções, 
ordens de serviço, portarias, ofícios e despachos. 
• Atos negociais 
 São utilizados em situações nas quais o 
ordenamento jurídico exige que o particular obtenha 
anuência prévia da Administração para realizar 
determinada atividade ou direito. 
 Assumem a forma de um ato vinculado (se o 
administrado preencher todos os requisitos legais 
para o exercício do direito) ou de um ato 
discricionário (quando há mero interesse do 
administrado, e não direito subjetivo). 
 Podem consistir em licenças (alvarás, CNH), 
autorizações (porte de arma, serviço de táxi, serviços 
privados de saúde, uso de bem público), ou 
permissões (uso permanente se bem público). 
 Atos enunciativos 
 São atos que contém algum juízo de valor, uma 
opinião, uma recomendação de atuação 
administrativa. 
 Não produzem efeitos jurídicos, haja vista 
dependerem sempre de um outro ato de conteúdo 
decisório. 
 São exemplos os pareceres, as certidões e os 
atestados. 
• Atos punitivos 
 São os meios pelos quais a Administração pode 
impor diretamente sanções a seus servidores ou 
administrados em geral. Pode ter fundamento: 
 No Poder Disciplinar: servidores públicos e 
particulares dotados de vínculo jurídico específico 
(contrato administrativo); 
 No Poder de Polícia: afeta particulares em geral, 
não ligados à Administração por vínculo jurídico 
específico. 
 
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 Anulação (ou Invalidação) 
 É o desfazimento do ato administrativo em razão 
da existência de vício de legalidade, que pode estar 
atrelado a qualquer dos elementos que o compõem. 
 Trata-se de obrigação para a Administração, 
sendo, portanto, um ato vinculado, visto que a 
Administração possui o dever de obediência à 
legalidade e em respeito ao Princípio da 
Autotutela (Lei 9.784/99, art. 53 e Súmula 473, 
STF). 
 Exceção: convalidação de atos com 
irregularidades superáveis (Lei 9.784/99, art. 55). 
 Pode ainda ser realizado pelo Judiciário (ações 
ordinárias, reclamações, remédios constitucionais e 
CRFB, art. 5°, XXV). 
 A nulidade não origina direitos, não pode ser 
confirmada, não convalesce com o decurso do 
tempo e opera ex tunc. 
 Revogação 
 É a retirada do mundo jurídico de ato válido, mas 
segundo critérios de valores da autoridade 
administrativa, tornou-se inoportuno e/ou 
inconveniente. 
 São insuscetíveis de revogação os atos do VC 
PODE DA 
 Vinculados; 
 Que exauriram os seus efeitos, consumados (Ex.: 
férias já gozadas); 
 Integrativos de procedimento administrativo; 
 Atos enunciativos (meramente declaratórios). 
 Que geram direitos adquiridos; 
 VC PODE DA 
 Surge como consequência do Poder 
Discricionário, em controle de mérito. 
 Seus efeitos operam ex nunc. 
 Não se permite o controle judicial sobre os 
critérios de conveniência e oportunidade, visto que o 
controle de mérito resulta na revogação, só possível 
à própria Administração. O exame judicial somente 
pode se dirigir aos aspectos de legalidade 
(adequação à lei e aos requisitos do ato) ou 
legitimidade (observância dos princípios 
administrativos) do ato, que resultam na anulação, 
em homenagem ao Princípio da Separação dos 
Poderes. 
 
Vamos cantar 
“Alalaôôôôôôô, se anulooooooou 
Judiciário e o Poder Executivo 
Com efeitos ‘ex tunc’, um defeito é o motivo 
Alalaôôôôôôô, se revogooooooou 
Só o Executivo pode revogar seus atos 
Com efeitos ‘ex nunc’, a causa é o interesse 
público” 
 
 
 11 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
• Convalidação (Saneamento) dos Atos 
Administrativos 
o Significa corrigir, regularizar um ato administrativo 
com defeito sanável, desde a origem (“ex tunc”). 
Relaciona-se com os atos denominados anuláveis. 
o Para ser sanado, o ato administrativo irregular deve 
preencher dois requisitos (art. 50 da Lei 9.784/99): 
▪ Não acarretar lesão ao interesse público; e 
▪ Não acarretar prejuízo a terceiros. 
o São defeitos sanáveis: 
▪ Vício relativo à competência quanto à pessoa, (não 
quanto à matéria), desde que não seja exclusiva; 
▪ Vício de forma, desde que a lei não considere a 
forma elemento essencial. 
o Pode recair sobre atos discricionários ou vinculados. 
 
PARA MEMORIZAR 
 
 
 
 
Anulação x Revogação x Convalidação 
 
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
 Extinção natural 
 Decorre do cumprimento normal dos efeitos do 
ato. Ex.: permissão de uso por prazo certo e 
férias. 
 Caducidade 
 “Funda-se no advento de nova legislação que 
impede a permanência da situação anteriormente 
consentida.” (Diógenes Gasparini) 
 Cassação 
 O beneficiário do ato deixa de cumprir requisito 
capaz de manter válido o ato administrativo. 
 Contraposição (Derrubada) 
 Prática ulterior de ato administrativo que torne 
impossível a manutenção da situação anterior. 
 
“Quem mais demora a prometer 
é mais fácil no cumprir.” 
(Jean-Jacques Rosseau) 
 
QUESTÕES 
 
01) Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: FUNDAÇÃO 
PRÓ-SANGUE Prova: FGV - 2013 - FUNDAÇÃO 
PRÓ-SANGUE - Advogado 
Com relação ao ato administrativo, analise as 
afirmativas a seguir. 
I. Ato administrativo e ato da administração pública 
são sinônimos. 
II. O ato administrativo, necessariamente, é 
disciplinado pelo regime jurídico de direito público. 
III. O ato administrativo poderá ser típico ou atípico. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta 
b) se somente a afirmativa III estiver correta 
c) se somente a afirmativa II estiver correta. 
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
02) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: TJ-CE Prova: 
FGV - 2019 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área 
Técnico-Administrativa 
No bojo de um processo judicial, o Magistrado 
determinou ao servidor público João, ocupante do 
cargo efetivo de Técnico Judiciário lotado no cartório 
daquele juízo, que certificasse acerca da data de 
protocolo de certo recurso apresentado pelo réu, 
para fins de aferição de sua tempestividade. 
Atendendo à ordem do Juiz de Direito, João 
subscreveu a certidão. 
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, 
levando em conta a classificação do ato 
administrativo quanto ao grau de liberdade do agente 
 12 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
e quanto aos seus efeitos, o ato administrativo 
praticado por João é chamado, respectivamente, de: 
a) discricionário e concreto; 
b) composto e interno; 
c) vinculado e declaratório; 
d) de gestão e abstrato; 
e) de império e constitutivo.03) Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TCE-AM Prova: 
FGV - 2021 - TCE-AM - Auditor Técnico de 
Controle Externo - Área de Ministério Público de 
Contas 
O servidor público estadual do Amazonas João, 
insatisfeito com a decisão do Diretor do 
Departamento de Recursos Humanos que lhe negou 
um benefício a que entendia ter direito, ingressou 
com recurso administrativo. O servidor Antônio, 
autoridade competente para julgamento do recurso, 
não deu provimento ao recurso interposto por João, 
mas não motivou seu ato, deixando de indicar os 
fatos e os fundamentos jurídicos de sua decisão. 
Levando em consideração que, à luz das normas de 
regência e da situação fática, João realmente não 
tinha direito subjetivo ao benefício pleiteado, o ato 
administrativo de desprovimento do recurso 
praticado por Antônio: 
a) está viciado, por ilegalidade no elemento motivo; 
b) está viciado, por ilegalidade no elemento forma; 
c) está viciado, por ilegalidade no elemento 
finalidade; 
d) não está viciado, pela teoria dos motivos 
determinantes; 
e) não está viciado, pois o motivo do ato existe e é 
válido. 
 
04) Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TCE-PI Prova: 
FGV - 2021 - TCE-PI - Auditor de Controle Externo 
Como estava atrasado para chegar ao cinema, o 
cidadão Antônio estacionou seu veículo em calçada 
com alto fluxo de circulação de transeuntes. O 
agente público competente, portanto, procedeu ao 
guincho e remoção do veículo ao depósito público. 
No caso em tela, o poder público praticou 
diretamente o ato que seria obrigação do particular, 
sem a necessidade de participação deste e sem 
intervenção do Poder Judiciário, calcado no atributo 
do ato administrativo da: 
a) imperatividade, que assegura direito de 
indenização ao poder público e à coletividade; 
b) autoexecutoriedade, que consiste em meio direto 
de execução do ato administrativo; 
c) exigibilidade, que consiste em meio direto de 
execução do ato administrativo; 
d) presunção de legitimidade, que assegura direito 
de indenização ao poder público e à coletividade; 
e) presunção de veracidade, que assegura direito de 
indenização ao poder público e à coletividade. 
 
05) Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: PC-RN Prova: 
FGV - 2021 - PC-RN - Agente e Escrivão 
No curso de determinado processo administrativo, 
Maria, escrivã de Polícia Civil, praticou ato 
administrativo de autorização de troca de móveis 
entre delegacias, que era de competência da chefe 
de departamento onde está lotada. Passados cinco 
meses da prática do ato, a irregularidade foi 
verificada pela delegada Joana, chefe do 
departamento, que detém competência para a 
prática do ato. 
Constatando que não houve lesão ao interesse 
público nem prejuízo a terceiro, e com objetivo de 
sanar o vício, Joana: 
a) pode convalidar o ato, por meio da confirmação, 
cujos efeitos não retroagem à data de edição do ato 
originário; 
b) não pode aproveitar o ato, porque se trata de 
nulidade absoluta por vício nos elementos forma e 
competência; 
c) pode convalidar o ato, por meio da ratificação, 
cujos efeitos retroagem à data da edição do ato 
originário; 
d) não pode aproveitar o ato, porque já se passaram 
mais de 120 dias, razão pela qual deve iniciar novo 
processo administrativo; 
e) não pode aproveitar o ato, porque se trata de 
nulidade absoluta por vício no elemento 
competência, razão pela qual deve iniciar novo 
processo administrativo. 
 
06) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: TJ-CE Prova: 
FGV - 2019 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área 
Judiciária 
A doutrina de Direito Administrativo ensina que, caso 
vise ao interesse público a manutenção de 
determinado ato administrativo, pode ocorrer a 
correção de um vício sanável do ato, mediante a 
chamada: 
a) revogação, desde que se trate de ato vinculado e 
o vício se restrinja aos elementos forma ou motivo; 
b) repristinação, desde que se trate de ato 
discricionário e o vício se restrinja aos elementos 
motivo ou competência; 
c) convalidação, desde que não cause prejuízos a 
terceiros e que se trate de vício nos elementos forma 
ou competência; 
d) retificação, desde que se trate de ato 
discricionário com vício no elemento motivo e que 
não cause prejuízos à Administração Pública; 
e) anulação parcial, desde que não cause prejuízos 
à Administração Pública e que se trate de vício nos 
elementos motivo ou forma. 
 
07) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de 
Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de 
Salvador - BA - Fiscal de Serviços Municipais 
José é servidor público ocupante de cargo efetivo do 
executivo municipal e está lotado no departamento 
de recursos humanos. Após estudo estratégico de 
pessoal de toda a administração pública municipal, 
constatou-se a carência de servidores no 
departamento de licitação, razão pela qual o Prefeito 
praticou ato administrativo determinando a remoção 
de José para aquele órgão. 
Inconformado, José impetrou mandado de 
segurança, pleiteando judicialmente a manutenção 
de sua lotação no setor de recursos humanos. 
 13 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
A pretensão de José merece 
a) desacolhimento, porque a remoção é ato 
administrativo discricionário e, por esta razão, o 
Poder Judiciário, em regra, deve controlar apenas 
sua legalidade e não seu mérito. 
b) acolhimento, porque a remoção é ato 
administrativo vinculado e, por esta razão, o Poder 
Judiciário, em regra, deve controlar tanto seu mérito, 
como sua legalidade. 
c) acolhimento, porque a remoção é ato 
administrativo discricionário e, por esta razão, o 
Poder Judiciário, em regra, deve controlar o seu 
mérito e concluir que deve ser respeitado o direito 
subjetivo do servidor. 
d) desacolhimento, porque, apesar de a remoção ser 
um ato administrativo vinculado, tanto a 
Administração quanto o Poder Judiciário devem 
analisar seu mérito, revisando os valores de 
oportunidade e conveniência. 
e) acolhimento, porque a remoção é ato 
administrativo vinculado e, por esta razão, o Poder 
Judiciário deve controlar seu mérito e concluir que 
deve ser respeitado o direito subjetivo do servidor. 
 
08) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de 
Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de 
Salvador - BA - Especialista em Políticas 
Públicas 
Sobre a invalidação de um ato administrativo 
vinculado, praticado por um Secretário Municipal de 
Salvador no bojo de um processo administrativo 
sobre fomento de determinada política pública, é 
correto afirmar que, em regra, o ato pode ser 
a) revogado, por questão de mérito administrativo, 
pelo Poder Judiciário, ou anulado, por vício de 
legalidade, pelo Poder Legislativo. 
b) invalidado e revogado por questão de mérito e de 
legalidade, respectivamente, pelo próprio Poder 
Executivo e pelo Poder Judiciário. 
c) revogado e anulado por questão de mérito e 
legalidade, respectivamente, pelos Poderes 
Executivo, Judiciário e Legislativo. 
d) invalidado e revogado, por questão de mérito e de 
legalidade, respectivamente, somente pelo próprio 
Poder Executivo. 
e) invalidado, por vício de legalidade, pelo próprio 
Poder Executivo e pelo Poder Judiciário. 
 
09) Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ Prova: 
FGV - 2018 - MPE-RJ - Estágio Forense 
No 02/05/18, o Procurador-Geral de Justiça do 
Ministério Público do Rio de Janeiro determinou a 
remoção de João, Técnico Administrativo estável, da 
Secretaria de uma Promotoria Criminal da Capital 
para a Secretaria de uma Promotoria Cível e de 
Família de Niterói, por motivo de excesso de trabalho 
no órgão de execução de Niterói, com eficácia a 
partir de 01/06/18. Ocorre que, no dia 25/05/18, o 
Chefe do parquet estadual revogou tal ato de 
remoção do citado servidor público, eis que recebeu 
estudo da Secretaria Geral do MPRJ revelando que 
a Promotoria Criminal da Capital também estava 
com sobrecarga de trabalho. 
No caso em tela, o ato administrativo de revogação 
praticado pelo Chefe do MP está: 
a) de acordo com o ordenamento jurídico, eis que o 
Administrador Público tem a prerrogativa de revogar 
o ato administrativoque se revele inoportuno ou 
inconveniente; 
b) de acordo com o ordenamento jurídico, eis que o 
Administrador Público tem a prerrogativa de anular o 
ato administrativo que se revele inoportuno ou 
inconveniente; 
c) de acordo com o ordenamento jurídico, eis que o 
Administrador Público tem a prerrogativa de revogar 
o ato administrativo que se revele ilegal; 
d) em desacordo com o ordenamento jurídico, eis 
que criou expectativa de direito para João e apenas 
poderia ser revisto com a prévia concordância do 
servidor; 
e) em desacordo com o ordenamento jurídico, eis 
que criou direito público subjetivo de remoção para 
João e apenas poderia ser anulado com a prévia 
concordância do servidor. 
 
10) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de 
Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de 
Salvador - BA - Fiscal de Serviços Municipais 
Um pequeno hotel localizado no bairro do 
Pelourinho, no centro histórico de Salvador, decidiu 
aproveitar o movimento noturno da região para 
comercializar bebidas alcoólicas, transformando 
parte de sua área de recepção em um bar. 
Posteriormente, com o sucesso inesperado, o hotel 
adequou suas estruturas para funcionar 
exclusivamente como uma discoteca, encerrando as 
atividades de hospedagem. 
Concernente à situação exposta, tem-se como 
possível resultado 
a) a cassação imediata da licença do hotel pelo 
poder público, visto que a mudança de ramo de 
atividade representa um descumprimento das 
condições que permitiam a manutenção do ato 
administrativo que concedeu o alvará ao 
estabelecimento. 
b) a caducidade do ato administrativo que viabiliza 
as atividades do hotel, em virtude de administração 
não mais julgar oportuno e conveniente o ato 
administrativo que permitia as atividades do 
estabelecimento, decorrente da mudança de ramo. 
c) a invalidação dos efeitos jurídicos da atividade 
hoteleira do estabelecimento, amparado na 
impossibilidade de convalidação dos vícios 
insanáveis do elemento subjetivo, tendo em vista 
ilegalidade evidente das atividades da discoteca. 
d) a revogação da permissão do estabelecimento, 
desde que precedido de devido processo legal, 
obedecendo aos princípios de ampla defesa e 
contraditório, sendo imprescindível a provocação do 
judiciário para a execução do ato. 
e) o decaimento do direito de exercer a atividade de 
hotelaria, contanto que seja demonstrada motivação 
condizente com a retirada da autorização, associada 
diretamente à violação do estabelecimento ao omitir, 
do fisco, alteração cadastral. 
 
 14 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
QUESTÃ
O 
GABARIT
O 
QUESTÃ
O 
GABARIT
O 
01 C 06 C 
02 C 07 A 
03 B 08 E 
04 B 09 A 
05 C 10 A 
 
ORGANIZAÇÃO ADMINSTRATIVA 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E GOVERNO 
 Função Administrativa ou de Estado 
▪ É aquela exercida pelo Estado ou por seus 
delegados, subjacente à ordem constitucional e legal, 
sob regime de direito público, com vistas a alcançar os 
fins colimados pela ordem jurídica. (Aricê Moacyr 
Amaral Santos) 
Ex.: o serviço público, a intervenção, o fomento e a 
polícia. 
 Função Política ou de Governo 
▪ “Implica uma atividade de ordem superior referida à 
direção suprema e geral do Estado em seu conjunto e 
em sua unidade, dirigida a determinar os fins da ação 
do Estado, a assinalar as diretrizes para outras 
funções, buscando a unidade da soberania estatal.” 
(Renato Alessi) 
Ex.: atividades colegislativas e de direção. 
▪ Não admitem o controle judicial, desde que não 
afetem direitos individuais. São exemplos de atos 
exclusivamente políticos: a convocação extraordinária 
do Congresso Nacional, a nomeação de CPIs, as 
nomeações de Ministros de Estado, a declaração de 
guerra ou paz e etc. 
 
Conceito de Administração Pública 
 Sentido Formal, Subjetivo ou Orgânico 
▪ “Conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes 
que o nosso ordenamento jurídico identifica como 
administração pública, não importa a atividade que 
exerçam.” (Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo) 
▪ Abrange os órgãos da Administração Direta e as 
entidades da Administração Indireta, açambarcando 
inclusive as entidades que não desempenham função 
administrativa. 
▪ Está especificada no art. 4° do Decreto-Lei 200/67. 
▪ Sentido Material, Objetivo ou Funcional 
▪ É o conjunto de atividades próprias da função 
administrativa, não sendo parâmetro quem a exerce. 
▪ Para fins de delineação deste conceito, são 
considerados os serviços públicos, a polícia 
administrativa, o fomento e a intervenção. 
▪ É uma atividade concreta, pondo em execução a 
vontade estatal contida na lei, com finalidade de 
satisfazer direta e imediatamente ao interesse público, 
sob regime predominante de direito público. 
 
PARA MEMORIZAR 
 
FOS chama a OAB 
- Quem faz? 
MFO chama de SP a PA e sente FOMI 
- O que faz? 
 
Organização da Administração 
 
 Centralização Administrativa 
▪ É sinônimo de Administração Direta. 
▪ Ocorre quando o Estado executa suas tarefas 
diretamente, por meio de órgãos e agentes 
integrantes desta Administração. 
▪ Integram a Administração Centralizada (ou Direta) as 
entidades políticas, que possuem autonomia 
política, traduzida pela capacidade de auto-
organização e de legislar, conferida pela CRFB. Ex.: 
União, Estados, DF e Municípios. 
 Descentralização Administrativa 
▪ É sinônimo de Administração Indireta. 
▪ É consubstanciada por meio das entidades 
administrativas, que integram a administração 
pública formal brasileira sem dispor de autonomia 
política. Integram a Administração Indireta. São elas: 
autarquias, fundações, consórcios públicos, empresas 
públicas e sociedades de economia mista. 
▪ São criadas pelas entidades políticas, na atividade 
de descentralização, mas não são subordinadas a 
elas. Envolve a relação criada entre pessoas jurídicas 
diversas, reproduzindo o Poder de Vinculação, 
Tutela, Controle Finalístico ou Supervisão 
Ministerial. 
 Desconcentração Administrativa 
▪ Ocorre sempre dentro da estrutura de uma mesma 
pessoa jurídica, dando origem aos órgãos. São 
exemplos os Ministérios (Administração Centralizada 
Desconcentrada), os departamentos de uma 
universidade (Administração Descentralizada 
Desconcentrada), etc. Classificam-se em razão: 
❖ Da matéria: Ministério da Saúde, da Educação, 
etc. 
❖ Do grau ou da hierarquia: Ministérios, 
Secretarias, Superintendências, etc. 
❖ Do critério territorial: Superintendências 
Regionais, Setoriais, etc. 
▪ Trata-se de mera técnica administrativa de 
distribuição interna de competências, perfazendo 
relação de hierarquia, de subordinação. 
 15 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
 Concentração Administrativa 
▪ É fenômeno inverso à desconcentração 
administrativa, quando a entidade, extinguindo 
determinados órgãos, concentra maior número de 
atribuições em outros órgãos maiores. 
 Orgãos versus Entidades 
 Entidades 
 Subdividem-se em: 
✓ Entidades políticas (Administração 
Centralizada): União, Estados, DF e Municípios, 
possuindo autonomia política, legislativa e 
administrativa; e em 
✓ Entidades administrativas (Administração 
Descentralizada): autarquias, fundações, consórcios 
públicos, empresas públicas e sociedades de 
economia mista, que possuem autonomia 
administrativa. 
▪ Possuem personalidade jurídica, portanto são 
sujeitos personalizados que possuem capacidade para 
contrair direitos e obrigações. 
▪ Possuem patrimônio próprio. 
▪ Possuem capacidade processual (personalidade 
judiciária). 
 Órgãos (Desconcentração Administrativa) 
▪ “É o compartimento na estrutura estatal a que são 
cometidas funções determinadas, sendo integrado por 
agentes que, quando as executam, manifestam a 
própria vontade do Estado.” (José dos Santos 
Carvalho Filho) 
▪ Não possuem personalidade jurídica, portanto não 
podem ser sujeitos de direitos ou obrigações. 
▪ Não possuem patrimônio próprio. 
▪ Não possuem capacidade processual 
(personalidadejudiciária). 
 
Administração Indireta 
 Autarquias 
▪ São entidades administrativas, com capacidade 
exclusivamente administrativa, criadas por lei 
específica, com personalidade jurídica de direito 
público, para o desempenho de serviço público 
descentralizado e específico, mediante controle 
administrativo. 
▪ Possui conceito legal (art. 5°, I, do Decreto-Lei 
200/67). 
▪ Seus atos e contratos são dotados de todas os 
privilégios e restrições atribuíveis aos entes políticos. 
▪ O juízo competente para suas lides é o da Justiça 
Federal, se federais (CRFB, art. 109, I). 
 Autarquias Especiais 
 Agências Reguladoras 
▪ São autarquias especiais de controle, pois possuem 
poder normativo técnico para regulamentar 
determinadas atividades, e seus servidores estão 
sujeitos ao regime estatutário. 
▪ Seus atos não podem ser revistos ou alterados pelo 
Executivo. 
▪ Seus dirigentes são dotados de estabilidade para o 
exercício de mandatos fixos, cuja escolha se dá pelo 
Chefe do Executivo, podendo passar por aprovação 
do Senado. 
 
Vamos cantar? 
“Agências têm, agências têm 
Regime especiaaaaaall 
Seus dirigentes são estáveis 
E têm mandatos fixos” 
 
 Agências Executivas 
▪ Podem ser autarquias ou fundações já existentes, 
desde que, para atingir seus objetivos e metas 
institucionais: 
✓ Tenham plano estratégico de reestruturação e 
desenvolvimento institucional em desenvolvimento; 
✓ Tenham celebrado contrato de gestão com o 
Ministério supervisor. 
 OAB 
▪ Segundo o STF (ADI 3.026-4/DF), é um serviço 
público independente, constituindo pessoa jurídica de 
direito público com todas as prerrogativas de direito 
público (imunidade tributária, impenhorabilidade dos 
bens, prazos em dobro, etc.), mas que: 
▪ Não integra a Administração Pública Indireta; 
▪ Não está sujeita a controle da Administração; 
▪ Não necessita prestar contas ao Tribunal de Contas; 
▪ Não precisa realizar licitação nem concurso público. 
 Fundações 
▪ Podem ser: 
✓ Privadas, caso em que são instituídas por ato de 
pessoas da iniciativa privada, mediante autorização 
legal, para a prestação de atividades desprovidas do 
poder de império da Administração; 
✓ Públicas, equivalendo-se às autarquias, inclusive 
quanto à criação por lei e aos privilégios e restrições 
de direito público (autarquias fundacionais ou 
fundações autárquicas). 
▪ Possuem três elementos: 
a) O instituidor, que separa um patrimônio a uma 
finalidade; 
b) O objeto consistente em atividade de interesse 
social (assistência social, saúde, educação, pesquisa 
ou cultura); 
 16 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
c) A ausência de fins lucrativos; 
▪ Suas áreas de atuação devem ser definidas por lei 
complementar (CRFB, art. 37, XIX). 
▪ Sujeitam-se ao controle administrativo e, se 
privadas, à fiscalização ministerial. 
 Empresas Estatais 
▪ São as empresas públicas e sociedades de 
economia mista. 
▪ São pessoas jurídicas de direito privado , criadas, 
em regra para a exploração de atividade econômica, 
somente quando necessário aos imperativos de 
segurança nacional ou relevante interesse coletivo 
(CRFB, art. 173). 
▪ Não podem gozar de privilégios fiscais não 
extensivos ao setor privado, equiparando-se a estes 
em todas as obrigações, inclusive civis, comerciais, 
trabalhistas e tributárias (CRFB, art. 173, §1º). 
▪ Não gozam de imunidade tributária, 
impenhorabilidade dos seus bens, prazos especiais 
nem outras prerrogativas especiais típicas da função 
administrativa. 
 Exceção: não estão sujeitas a falência (art. 2º, I da 
Lei 11.101/2005) e, quando executarem serviços 
públicos, gozam de imunidade tributária e 
impenhorabilidade dos seus bens, segundo o STF 
(RE 220906-DF). 
▪ Estão submetidas, entretanto, a regras de direito 
público, como as atinentes a: 
• acumulação de cargos públicos; 
• teto remuneratório; 
• OBS: Se não depender de recursos públicos para 
custeio da folha de pagamento, não se submete ao 
teto remuneratório constitucional (CRFB, art. 37, § 9º). 
• sujeição à improbidade administrativa e lei penal; 
• dever de licitar na atividade-meio; 
• exigência de concurso público para contratação; 
• sujeição a controle pelo Tribunal de Contas. 
▪ Sua criação e extinção são autorizadas por lei. 
 
 Empresas Estatais em espécie 
▪ Sociedades de Economia Mista 
– Devem ter a forma de sociedade anônima (S/A). 
– O capital é formado parte por recursos públicos e 
parte por capital privado. No entanto, o capital é 
constituído majoritariamente pelo Poder Público, que 
mantém o controle acionário. 
– Suas ações são processadas na Justiça Estadual 
(Súm. 556 e 517, STF e Súm. 42, STJ). 
▪ Empresas Públicas 
– Podem assumir qualquer forma societária. 
– O capital é integralmente público. 
– Suas ações poderão ser processadas na Justiça 
Federal, se forem federais (CRFB, art. 109, I) 
 
Vamos cantar? 
As autarquias e as fundações 
Têm natureza de Direito Público 
Empresas Públicas e Sociedades Mistas 
São de Direito Privado” 
 
 Consórcios Públicos e Associações Públicas (Lei 
11.107/05) 
▪ São entidades criadas para a gestão associada de 
serviços entre os entes federativos, integrando a 
Administração Indireta destes entes. 
▪ O instrumento firmado pode ser celebrado entre a 
União e Estado(s), entre Estados ou entre Estado e 
Município(s) dentro de sua circunscrição geográfica. 
▪ Podem firmar contrato de rateio (os entes 
consorciados entregam recursos) ou contrato de 
programa (convênio de cooperação). 
 
Paraestatais 
 São também chamadas pessoas de cooperação 
governamental. 
 São pessoas jurídicas de direito privado sem fins 
lucrativos que produzem algum benefício para grupos 
sociais ou profissionais. 
 Não integram a Administração Pública. Podem ser: 
▪ Serviços sociais autônomos 
– São exemplos o SESC (Serviço Social do Comércio), 
o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem 
Industrial), etc. 
– Seu custeio provém de contribuições parafiscais 
compulsórias dos contribuintes, razão por que estão 
sujeitas à realização de licitação e a controle pelo 
Poder Público e Tribunal de Contas. 
– Suas ações são julgadas na Justiça Estadual (Súm. 
516, STF). 
▪ Terceiro Setor (“ONGs”) 
✓ Organizações Sociais (OS) – Lei 9.637/1998: 
– São declaradas como “entidade de interesse social e 
utilidade pública” mediante ato discricionário do 
Ministro ou órgão supervisor, por meio do qual será 
celebrado contrato de gestão; 
– Pode atuar em ensino, pesquisa, tecnologia, meio 
ambiente, cultura ou saúde, recebendo delegação 
para a gestão de serviço público; 
 17 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
– Seu órgão deliberativo superior precisa 
obrigatoriamente ter representantes do poder Público 
e da comunidade, de notória capacidade profissional e 
idoneidade moral. 
✓ Organizações da Sociedade Civil de Interesse 
Público (OSCIPs) 
– Devem habilitar-se perante o Ministério da Justiça 
para obterem a qualificação, mediante ato vinculado 
(devem estar preenchidos os requisitos da Lei 
9.790/1999), estabelecendo com a Administração um 
termo de parceria; 
– Exerce atividade de natureza privada, relacionada 
a assistência social, cultura, educação, saúde, 
nutrição, meio ambiente, produção, crédito, assessoria 
jurídica, cidadania e etc. 
 
“O Executivo do Estado moderno não é outra coisa 
senão um comitê de administração dos negócios da 
burguesia” 
(Karl Marx) 
 
QUESTÕES 
 
01) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de 
Angra dos Reis - RJ Prova: FGV - 2019 - 
Prefeitura de Angra dos Reis - RJ - Especialista 
em Desportos 
Em uma situação hipotética, o Município de Angra 
dos Reis, aproveitando o aumento de pessoal após a 
realização de um concurso público, decide criar um 
novo órgão para aprimorar os serviços de saúde na 
região. 
Nesse contexto, foi utilizado pelo Município a técnica 
administrativa conhecida por 
a) desconcentração.b) concentração. 
c) descentralização. 
d) centralização. 
e) publicização. 
 
02) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: DPE-RJ Prova: 
FGV - 2019 - DPE-RJ - Técnico Superior 
Especializado - Administração de Empresas 
Em relação às formas de descentralização e 
desconcentração administrativa, analise os itens a 
seguir. 
I. A descentralização por serviços institui uma 
entidade da administração indireta, contanto que 
seja criada por meio de lei específica. 
II. A descentralização por colaboração transfere a 
titularidade de execução da atividade da 
Administração Pública para a iniciativa privada, por 
meio de contrato ou ato unilateral. 
III. A desconcentração administrativa permite a 
criação de órgão com personalidade jurídica de 
direito público, mas sem capacidade processual. 
Está correto somente o que se afirma em: 
 
a) I; 
b) II; 
c) III; 
d) I e II; 
e) I e III. 
 
03) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de 
Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de 
Salvador - BA - Fiscal de Serviços Municipais 
Sobre a descentralização por colaboração, assinale 
a afirmativa correta. 
a) Ocorre quando a Constituição atribui a um ente 
específico que exerça atribuições próprias de forma 
autônoma ao ente central. 
b) Ocorre quando a Administração Pública transfere, 
por contrato ou ato administrativo unilateral, a 
execução de serviço público a uma pessoa jurídica 
de direito privado. 
c) Ocorre quando é outorgada a outros órgãos 
funções de determinada entidade administrativa, 
visando ao aumento de eficiência. 
d) Ocorre quando a Lei específica cede a titularidade 
de serviço público a uma pessoa jurídica do direito 
público, sem que o cedente interfira nas atividades. 
e) Ocorre quando as organizações paraestatais 
celebram ajuste com a Administração Pública por 
termo cooperação e se tornam parte da 
administração indireta. 
 
04) Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TCE-PI Prova: 
FGV - 2021 - TCE-PI - Assistente de 
Administração 
O Chefe do Poder Executivo do Estado Gama 
consultou a assessoria jurídica sobre sua intenção 
de criar um ente da Administração Pública indireta, 
com personalidade jurídica de direito público, 
incumbido da execução de atividades típicas da 
Administração Pública. A assessoria respondeu, 
corretamente, que o ente com essas características 
é a: 
a) subsidiária integral, devendo ser criada a partir de 
autorização legal; 
b) empresa pública, devendo ser criada a partir de 
autorização legal; 
c) sociedade de economia mista, devendo ser criada 
por lei; 
d) fundação pública, devendo ser criada por decreto; 
e) autarquia, devendo ser criada por lei. 
 
05) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de 
Angra dos Reis - RJ Prova: FGV - 2019 - 
Prefeitura de Angra dos Reis - RJ - Especialista 
em Desportos 
As modificações ocorridas na sociedade 
eventualmente criam a necessidade de uma 
reinvenção ou reengenharia do Estado. 
No caso do Brasil, com a redução do Estado ocorrida 
no final do século passado, em meio a um processo 
de privatizações, ocorreu o surgimento de pessoas 
jurídicas responsáveis pelo disciplinamento e pela 
fiscalização de setores do mercado. 
Essas entidades são denominadas 
 
 18 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
a) Associações Públicas. 
b) Agências Executivas. 
c) Agências Reguladoras. 
d) Organizações Sociais. 
e) Sociedades de Economia Mista 
 
06) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de 
Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de 
Salvador - BA - Especialista em Políticas 
Públicas 
No que concerne às Agências Reguladoras, 
importantes entidades criadas para fiscalizar e 
regular serviços de determinados setores 
econômicos, assinale a afirmativa incorreta. 
a) As agências devem ter necessariamente 
personalidade jurídica de direito público, dotadas de 
independência administrativa e autonomia financeira. 
b) Seus dirigentes devem possuir mandatos fixos, 
sendo estritamente vedada a possibilidade de 
exoneração ad nutum. 
c) As agências são autarquias ou fundações públicas 
que celebraram contrato de gestão com o Poder 
Público. 
d) Seus atos não podem ser revistos ou alterados 
pelo Poder Executivo, apenas pelo Judiciário, 
devendo, no entanto, agir conforme suas finalidades 
específicas. 
e) As agências podem existir tanto em âmbito federal 
quanto estadual e municipal, desde que criadas por 
lei. 
 
07) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de 
Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de 
Salvador - BA - Fiscal de Serviços Municipais 
O conceito de agência executiva foi criado com o 
objetivo precípuo de otimizar recursos, reduzir custos 
e aperfeiçoar a prestação de serviços públicos. Essa 
noção tem sua origem em um modelo utilizado nos 
Estados Unidos e foi importado pelo Brasil no 
período de reforma administrativa do Estado, na 
década de 90. Considerando as Agências 
Executivas, analise as afirmativas a seguir. 
I. É um tipo de qualificação dada à uma pessoa 
jurídica. 
II. Garante maior autonomia ao ente público. 
III. Altera a natureza jurídica da entidade. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) III, apenas. 
d) I e II, apenas. 
e) II e III, apenas. 
 
08) Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: FUNSAÚDE - 
CE Prova: FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - 
Advogado 
Foi criada, no Estado Alfa, a Fundação Pública de 
Saúde X, instituída com personalidade jurídica de 
direito privado, para execução de atividades de 
interesse social, especificamente na área de saúde 
pública e assistência social. 
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo e 
a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, em 
tema de regime jurídico, tal fundação 
a) integra a Administração Direta estadual e a 
admissão de seu pessoal ocorre por meio de 
concurso público. 
b) integra a Administração Indireta estadual e a 
admissão de seu pessoal ocorre graças ao processo 
de livre contratação. 
c) não possui isenção de custas em processos 
judiciais, eis que ostenta personalidade jurídica de 
direito privado. 
d) não se sujeita ao controle financeiro e 
orçamentário realizado pelo Tribunal de Contas 
estadual, eis que ostenta personalidade jurídica de 
direito privado. 
e) goza da garantia do duplo grau de jurisdição 
obrigatório e seus débitos judiciais são pagos por 
meio do sistema de precatórios. 
 
09) Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TCE-AM 
Provas: FGV - 2021 - TCE-AM - Auditor Técnico 
de Controle Externo - Tecnologia da Informação 
O Chefe do Poder Executivo do Estado Alfa 
consultou sua assessoria a respeito da possibilidade 
de criar um ente da Administração Pública indireta, 
que teria capital majoritário do poder público, com o 
objetivo de explorar atividade econômica em sentido 
estrito, em regime de competição com outras 
estruturas empresariais. 
A assessoria respondeu, corretamente, que esse 
ente é uma: 
a) autarquia, sendo criada por lei; 
b) empresa pública, sendo criada por lei; 
c) sociedade de economia mista, sendo criada por 
lei; 
d) empresa pública, sendo criada a partir de 
autorização legal; 
e) sociedade de economia mista, sendo criada a 
partir de autorização legal. 
 
10) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: DPE-RJ Prova: 
FGV - 2019 - DPE-RJ - Técnico Superior 
Especializado - Administração de Empresas 
“Levantamento da Confederação Nacional de 
Municípios (CNM) identificou 491 consórcios 
públicos em todo o Brasil. De acordo com o 
mapeamento inédito, do total de 5.568 municípios, 
mais de 4 mil participam de pelo menos um 
consórcio público, pessoa jurídica que executa a 
gestão de serviços públicos”. 
A notícia, retirada do site da Agência Brasil, faz 
referência à personalidade jurídica conhecida por 
consórcio público, disciplinada pela Lei nº 11.107/05. 
Quanto ao consórcio público, é correto afirmar que: 
a) é equivalente aos órgãos públicos, representando 
parte da Administração Direta de todos os entes 
participantes; 
b) necessita do firmamento de convênios especiais 
entre os partícipes para o repasse de recursos 
públicos;19 
 
 
 
PROFº JOÃO TAYAH 
NP-1 
c) seus cargos podem ser preenchidos sem a 
necessidade de realização de concurso público, 
desde que respeite regulamento próprio; 
d) poderá ser constituído tanto como pessoa jurídica 
de direito público quanto de direito privado; 
e) pode exonerar os funcionários sem motivação, 
desde que extinta a atividade geradora da formação 
do consórcio. 
 
QUESTÃ
O 
GABARIT
O 
QUESTÃ
O 
GABARIT
O 
01 A 06 C 
02 A 07 D 
03 B 08 C 
04 E 09 E 
05 C 10 D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Z 
NP-1 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
PROFº RENATO CABRAL 
 21 
 
 
 
PROFº RENATO CABRAL 
NP-1 
CAPÍTULO 1 - PRINCÍPIOS BÁSICOS DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
I – CONCEITO: 
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente 
Paulo, “os princípios são as ideias centrais de 
um sistema, estabelecendo suas diretrizes e 
conferindo a ele um sentido lógico, 
harmonioso e racional, o que possibilita uma 
adequada compreensão de seu modo de 
organizar-se. Os princípios determinam o 
alcance e sentido das regras de um 
determinado ordenamento jurídico”. 
Tratando-se de Direito Administrativo, 
podemos afirmar que os princípios servem 
como diretrizes que direcionam a atuação da 
Administração Pública, orientam a elaboração 
das leis administrativas e condicionam a 
validade de todos os atos por ela praticados. 
Alguns desses princípios estão enumerados 
de modo expresso no caput do art. 37 da CF. 
São eles: legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência. 
 
1. Princípio da Legalidade: 
O art. 5º, II, da CF estabelece: “ninguém 
será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei”. 
Todavia, este princípio deve ser interpretado 
sob dois aspectos. Para os administrados, 
significa que eles podem praticar qualquer 
ato que a lei não proíbe. Vigora, portanto, a 
autonomia da vontade. 
Noutro giro, a Administração não poderá agir 
se não houver norma legal que lhe outorgue 
atribuição para tanto. Em outras palavras, a 
Administração só pode agir se houver 
expressa previsão legal, vigorando o princípio 
da legalidade estrita. 
Portanto, o princípio em comento consagra a 
ideia de que a Administração Pública apenas 
pode ser exercida em conformidade com a 
lei. Os atos praticados que não obedecerem a 
tais parâmetros poderão ser considerados 
inválidos tanto pela própria Administração 
que o tenha editado quanto pelo Poder 
Judiciário. 
 
2. Princípio da Impessoalidade: 
O princípio da impessoalidade pode ser 
compreendido em três sentidos. 
No primeiro, relaciona-se com a finalidade 
pública que deve orientar toda a atividade 
administrativa. O objetivo de toda e qualquer 
atuação da Administração deve ser sempre a 
satisfação do interesse público. 
Nesse sentido, Marcelo Alexandrino e Vicente 
Paulo observam que a impessoalidade da 
atuação administrativa impede que o ato 
administrativo seja praticado visando a 
interesses do agente ou de terceiros, 
devendo sempre ater-se à vontade da lei. 
Impede perseguições ou favorecimentos, 
discriminações benéficas ou prejudiciais aos 
administrados. Qualquer ato praticado que 
tenha como fim a satisfação de outros 
interesses que não o interesse público será 
considerado inválido por desvio de finalidade. 
Celso Antônio Bandeira de Mello revela, 
ainda, que o princípio da impessoalidade é 
corolário da isonomia ou igualdade e tem 
desdobramentos em dispositivos da 
 22 
 
 
 
PROFº RENATO CABRAL 
NP-1 
Constituição Federal, como aquele que exige 
concurso público para o ingresso em cargo 
ou emprego público (art. 37, II), ou aquele 
que exige que as licitações públicas 
assegurem igualdade de condições a todos os 
concorrentes (art. 37, XXI). 
Também é considerada ofensa ao princípio da 
impessoalidade a nomeação de parentes e 
cônjuge para assumir cargos ou funções 
públicas. Nesse sentido, o STF expediu a 
Súmula Vinculante nº 13, com os seguintes 
termos: 
 
A nomeação de cônjuge, companheiro ou 
parente em linha reta, colateral ou por 
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da 
autoridade nomeante ou de servidor da 
mesma pessoa jurídica investido em cargo de 
direção, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de cargo em comissão ou de 
confiança ou, ainda, de função gratificada na 
administração pública direta e indireta em 
qualquer dos poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, 
compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal. 
 
O outro enfoque que pode ser dado ao 
princípio da impessoalidade encontra 
respaldo no art. 37, § 1º, da CF, o qual 
estabelece: “A publicidade dos atos, 
programas, obras, serviços e campanhas 
dos órgãos públicos deverá ter caráter 
educativo, informativo ou de orientação 
social, dela não podendo constar nomes, 
símbolos ou imagens que caracterizem 
promoção pessoal de autoridades ou 
servidores públicos”. 
Dessa forma, é proibido o agente utilizar as 
atividades da Administração para buscar 
promoção pessoal. Para ilustrar o que ficou 
dito, uma obra realizada pelo Governo do 
Estado do Amazonas jamais poderá ser 
anunciada como “mais uma obra do Governo 
Fulano de Tal”, como chegamos a presenciar 
em diversas oportunidades na história 
recente de nosso Estado. Ressalte-se, o 
realizador da obra será sempre o Governo do 
Estado do Amazonas, ficando inclusive 
vedada a utilização de quaisquer símbolos 
relacionados ao governante. 
Já a terceira vertente do princípio da 
impessoalidade sustenta que o agente 
público, quando pratica o ato no exercício de 
suas atribuições, este não age em nome 
próprio, e sim em nome da entidade a qual 
ele tá ligado. Sendo assim, se este agente, 
no exercício de suas funções, pratica um ato 
e causa um dano a terceiro, a ação judicial 
para a reparação desses danos deverá ser 
direcionada à entidade a qual o agente está 
ligado, e não ao próprio agente público. 
 
3. Princípio da Moralidade: 
A atuação ética do agente sempre será 
levada em conta para avaliar a validade de 
qualquer ato administrativo. 
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo 
mencionam que para atuar em respeito à 
moral administrativa, não é suficiente que o 
agente cumpra a lei na frieza de sua letra. Há 
 23 
 
 
 
PROFº RENATO CABRAL 
NP-1 
a necessidade que se atenda à letra e ao 
espírito da lei, que ao legal junte-se o ético. 
Quando ouvirem falar em atuação ética, 
honestidade, probidade, remetam essas 
palavras ao princípio da moralidade. 
Vale ressaltar a existência de um brocardo 
latim que proclama: nem tudo que é legal é 
honesto. Assim, há a necessidade de se 
distinguir o que é honesto do desonesto. 
 
4. Princípio da Publicidade: 
O princípio da publicidade também pode ser 
analisado sob duas vertentes. 
Na primeira, o princípio determina que a 
divulgação oficial é condição de eficácia 
(de produção de efeitos jurídicos) dos atos 
administrativos gerais e de efeitos 
externos, bem como daqueles que de 
qualquer modo onerarem o patrimônio 
público. Compreende-se por oficial a 
publicação no Diário Oficial. Todavia, 
naqueles municípios onde não há imprensa 
oficial, admite-se a afixação do ato na sede 
da Prefeitura ou da Câmara, conforme o 
Poder que o tenha produzido. 
Cumpre ressaltar que a divulgação oficial não 
é requisito de validade do ato, mas é 
pressuposto de sua eficácia, condição para 
que ele possa produzir efeitos perante seus 
destinatários externos ou terceiros. 
Numa segunda acepção, o princípio da 
publicidade relaciona-se à exigência de 
transparência da atividade administrativa, 
requisito indispensável

Outros materiais