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2 1 - Planejamento do Sistema de Movimentacao e Armazenagem de Materiais

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Planejamento do Sistema de 
Movimentacao e Armazenagem de 
Materiais
APRESENTAÇÃO
O projeto de plantas industriais engloba não somente o dimensionamento dos recursos 
produtivos (quantidade e tipos de máquinas, equipamentos, mão de obra), mas também toda a 
infraestrutura necessária ao adequado e eficiente fluxo de materiais, o que inclui a definição dos 
sistemas de movimentação e de armazenagem de materiais.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as diferentes atividades de movimentação e 
armazenagem de materiais, identificar suas características e dimensionar áreas de armazenagem 
necessárias ao suporte do fluxo produtivo em plantas industriais.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Contrastar as atividades de movimentação e armazenagem de materiais com as atividades 
de produção industrial.
•
Expressar os aspectos relacionados ao sistema de movimentação de materiais em plantas 
industriais.
•
Identificar dimensões e características das áreas de armazenagem de materiais em plantas 
industriais.
•
DESAFIO
Tomar a decisão de alterar um sistema de produção, movimentação ou armazenagem é uma 
tarefa que envolve muitos riscos. Igualmente, seguir operando com um sistema inadequado 
também pode ser fatal para um negócio.
Entre as opções de processo, o Just-in-time é uma das escolhas que podem ser feitas. Esse 
modelo pode ser adotado para o relacionamento da empresa tanto com os fornecedores quanto 
com os clientes.
Após ler essas informações, avalie situação a seguir:
Maycon Carbone
Caixa de texto
Todas as práticas e modelos apresentados têm sua eficiência comprovada. Porém, há muitos riscos envolvidos nessa estratégia, tanto nos recebimentos Just-in-time quanto na produção e na entrega dos produtos utilizando a mesma estratégia. Para o tipo de negócio, que lida com matérias-primas que usualmente vêm de regiões distantes, é muito arriscado contar que os fornecedores possam fazer as entregas Just-in-time. Aliado ao fato de que o processo produtivo iniciará somente após o pedido, há grande risco de paralisações da produção e atrasos de entregas.
Caso o negócio cresça o suficiente, no futuro ele poderá atrair os fornecedores para perto de sua fábrica, o que viabilizaria o Just-in-time na entrega dos fornecedores.
INFOGRÁFICO
As plantas industriais têm por características a constante movimentação e a armazenagem 
temporária de materiais: as matérias-primas e os componentes são recebidos dos fornecedores e 
armazenados até que sejam necessários ao processo produtivo. Quando isso ocorre, os materiais 
percorrem itinerários diversos da área de armazenagem, passando pelas diferentes áreas de 
produção, até que se transformem em produtos acabados, que são, então, armazenados até o 
momento de sua venda ou despacho.
Veja no Infográfico como ocorre esse fluxo de movimentação e armazenagem de materiais em 
uma planta industrial.
CONTEÚDO DO LIVRO
O projeto de plantas industriais inclui não somente as áreas de produção, mas também os 
espaços e a configuração necessários à armazenagem de materiais, bem como máquinas, 
equipamentos e sistemas necessários à movimentação desses materiais, de forma a garantir um 
fluxo eficiente no sistema produtivo.
Acompanhe o capítulo Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais, 
da obra Projeto de plantas industriais, que serve de referencial teórico para esta Unidade de 
Aprendizagem.
Boa leitura!
PROJETO DE 
PLANTAS 
INDUSTRIAIS
Henrique 
Martins Rocha
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
R672p Rocha, Henrique Martins. 
 Projeto de plantas industriais / Henrique Martins Rocha. 
 – Porto Alegre : SAGAH, 2017.
 150 p. : il. ; 22,5 cm.
 ISBN 978-85-9502-158-7
 1. Engenharia de produção. 2. Plantas industriais. I. 
Título.
CDU 658.5
Planejamento do sistema 
de movimentação e 
armazenagem de materiais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Contrastar as atividades de movimentação e armazenagem de ma-
teriais com as atividades de produção industrial.
  Expressar os aspectos relacionados ao sistema de movimentação de 
materiais em plantas industriais.
  Identi� car dimensões e características das áreas de armazenagem de 
materiais em plantas industriais.
Introdução
O projeto de Plantas Industriais engloba não somente o dimensionamento 
dos recursos produtivos (quantidade e tipos de máquinas e equipamentos, 
bem como mão de obra), mas também toda a infraestrutura necessária 
ao adequado e eficiente fluxo de materiais, o que inclui a definição dos 
sistemas de movimentação e de armazenagem de materiais.
Neste texto, você vai estudar as diferentes atividades de movimenta-
ção e armazenagem de materiais, identificar suas características e dimen-
sionar áreas de armazenagem necessárias ao suporte do fluxo produtivo 
em plantas industriais.
U N I D A D E 3 
Processo logístico em plantas industriais
As plantas industriais, como unidades de operações (ou seja, de transformação 
dos insumos em produtos acabados) têm intensa movimentação de materiais: 
os insumos são recebidos dos fornecedores, devendo ser armazenados, movi-
mentados para as áreas de produção, processados, movimentados para o local 
de armazenagem e dali expedidos para os distribuidores ou clientes fi nais, 
como mostrado na Figura 1.
Figura 1. Ambiente de mercado e interações da empresa.
A importância de um arranjo físico eficiente vai além da eficácia de um 
processo mais enxuto e funcional, e afeta os custos de uma operação, visto 
que o arranjo físico faz parte do projeto de processos, estando diretamente 
ligado à tecnologia de processos, ao projeto do trabalho e ao projeto da rede 
de suprimentos (RODRIGUES, 2017). Desta forma, independentemente do 
tipo de arranjo físico presente na planta, é necessário planejar os locais, as 
dimensões e a configuração das áreas de armazenagem de materiais, bom 
como os sistemas de movimentação a serem utilizados.
Para tanto, alguns aspectos precisam ser considerados, como o tipo de 
arranjo físico, o volume de produção e as características do processo produtivo 
e do produto em si. Por exemplo, você precisa identificar se existe um fluxo 
contínuo ou intermitente. 
Outra dimensão relacionada à produção envolve a produção empurrada e 
a produção puxada, diferenciadas a seguir. 
Na produção empurrada, a produção ocorre com base em previsões 
de demanda e, ao final, com a formação de estoque de produtos acabados, 
procura-se vendê-los. Na realidade, o conceito de “empurrar” acontece em 
todos os elos da cadeia produtiva: compramos matéria-prima e “empurramos” 
para a fábrica. Em seguida, “empurramos” a matéria-prima para a área da 
produção, produzindo os produtos que são, então, “empurrados” para os 
 Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais 116
estoques da fábrica e dali são novamente “empurrados” para os distribuidores 
e, em seguida, “empurrados” para as lojas. Essa é a modalidade encontrada, 
por exemplo, nos produtos que você vê nas lojas de departamentos: fogões, 
geladeiras, etc. Tais produtos foram produzidos antes de alguém pensar em 
comprá-los. Na modalidade de produção empurrada, existe o MTS (do inglês 
make to stock: produzir para estoque) e, como o regime é sempre o de empurrar, 
há normalmente a formação de estoques intermediários. Por exemplo, ao em-
purrarmos a matéria-prima, é comum que ela fique esperando a disponibilidade 
de máquinas e equipamentos para as operações de produção, da mesma forma 
que os produtos ficam estocados nas lojas esperando pelos consumidores para 
serem comprados. Outra modalidade é a ATO (do inglês assemble to order: 
montar conforme pedido), em que os materiais são “empurrados”, mas não o 
produto final, ou seja, temos tudo o que é necessário para concluir o produto 
final, mas só o fazemos quando há um pedido do cliente. Por exemplo,os 
sanduíches em uma lanchonete: o dono não deixa os sanduíches preparados 
à espera dos pedidos. Eles são preparados (montados) no momento em que o 
cliente faz o pedido, diferentemente dos sanduíches prontos para consumo, 
lacrados e refrigerados, que encontramos em alguns locais, como supermer-
cados e lojas de conveniência.
Na produção puxada, a demanda é que dita os passos e o ritmo da pro-
dução. Assim, existe a modalidade MTO (do inglês make to order: produzir 
conforme pedido), em que os insumos são adquiridos, e os produtos são pro-
duzidos e entregues somente a partir dos pedidos feitos pelos clientes. Nesse 
caso, obviamente não há a formação de estoques intermediários, pois tudo é 
produzido estritamente conforme a necessidade. Produtos específicos, feitos 
por encomenda, personalizados, bem como produtos referentes a pedidos 
de exportação (em que demandas específicas de cada país determinam uma 
fabricação diferenciada) são exemplos de produção puxada.
Em casos específicos, em que a empresa precisa atender demandas espe-
cíficas não só de fabricação, mas do próprio desenvolvimento (criação) do 
produto ou serviço demandado pelo cliente, temos a caracterização do ETO 
(do inglês engineering to order: engenharia conforme pedido).
As dimensões que caracterizam a produção sob encomenda, puxada, por 
não gerarem excessos de material, ou seja, acúmulo de estoques, são bastante 
rápidas e com perdas e desperdícios muito reduzidos, constituindo o que é 
comumente chamado de produção enxuta.
117Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais
Assim, da mesma forma que você precisa dimensionar os recursos neces-
sários à produção (como a quantidade de máquinas e equipamentos, a mão 
de obra e a infraestrutura), é necessário dimensionar os recursos referentes à 
movimentação e armazenagem de materiais nas plantas industriais (referentes 
a insumos, material em processo ou produtos acabados), além de materiais de 
suporte (como peças de reposição para manutenção, consumíveis e material 
de escritório).
Ao considerar todos esses aspectos no projeto das plantas industriais, você 
garante que haja espaço e condições adequadas para o fluxo de materiais no 
processo produtivo, sem estrangulamentos do fluxo nem espaço excedente 
(que é uma forma de desperdício), ou distâncias excessivas a serem percorridas 
pelo material (o que consome tempo e recursos sem que, de fato, seja agregado 
valor ao produto). Nesse sentido, “[...] o processo logístico, que vai desde a 
chegada da matéria-prima ao consumidor, é considerado uma entidade única 
e sistêmica que deve ser constantemente ajustada e alinhada, sempre de forma 
a considerar o todo [...]” (PAULA, 2015, p.13).
O projeto de plantas industriais abrange as diversas dimensões logísticas 
em seu planejamento, em especial a logística empresarial. O termo logística é 
definido pelo Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP) 
como o processo de planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo 
correto, o fluxo e a armazenagem de matérias-primas e estoque durante a 
produção de produtos acabados, e as informações relativas a estas atividades, 
desde o ponto de origem até o ponto de consumo, visando a atender aos requi-
sitos do cliente. Já o termo logística empresarial é definido por Ballou (2001) 
como todas as atividades de movimentação e armazenagem − que facilitam o 
fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de 
consumo final, assim como os fluxos de informação que colocam os produtos 
Leia sobre o conceito de pensamento enxuto, que 
engloba a produção, no site do Lean Institute Brasil: 
https://goo.gl/BXEiDA
 Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais 118
em movimento −, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados 
aos clientes a um custo razoável.
Ballou (2009, p.17) defende que “[...] a logística empresarial estuda como 
a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de 
distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização 
e controle efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que 
visam facilitar o fluxo de produtos [...]”. Ampliando o conceito, temos que:
A logística é definida como a colocação do produto certo, na quantidade 
certa, no lugar certo, no prazo certo, na qualidade certa, com a docu-
mentação certa, ao custo certo, produzindo no menor custo, da melhor 
forma, deslocando mais rapidamente, agregando valor ao produto e 
dando resultados positivos aos acionistas e clientes. Tudo isso respei-
tando a integridade humana de empregados, fornecedores e clientes e 
a preservação do meio ambiente (ROSA, 2010, p.17).
Para saber mais sobre logística, você pode acessar os seguintes sites:
www.anac.gov.br
www.antaq.gov.br
www.antt.gov.br
www.aslog.org.br
www.brandstsc.wordpress.com
www.cebralog.com
www.cnt.org.br
www.cscmp.org
www.dnit.gov.br
www.guiadelogistica.com.br
www.ilos.com.br
www.transportes.gov.br
As atividades da logística são definidas com base na função que elas 
exercem. São elas:
  processamento de pedidos;
  sistema de informações logísticas;
  compras;
119Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais
  políticas de estoque;
  transporte e distribuição;
  custos logísticos;
  embalagens de proteção;
  localização;
  manuseio e movimentação de materiais; e 
  armazenagem.
Chamamos a sua atenção para a localização, que se refere a identificar 
o local em que a planta deve ser instalada, sendo um elemento fundamental 
que, junto com o planejamento do arranjo físico e da capacidade de produção, 
formam os pilares essenciais do projeto dos sistemas de produção. Quanto à 
localização, são cruciais os aspectos relacionados a facilidades e disponibi-
lidade de terreno para a construção da planta, bem como benefícios fiscais. 
Veja no Quadro 1 os outros itens que merecem destaque na sua análise. 
Disponibilidade de 
matérias-primas
É preciso avaliar se a nova localização fornece 
as condições necessárias para a obtenção das 
matérias-primas envolvidas na fabricação de seus 
produtos, avaliando, inclusive, se permanecerá 
comprando seus insumos dos mesmos fornecedores 
ou se existem outros fornecedores no local. 
Recursos básicos É necessário avaliar se a região apresenta garantia 
e potencial de expansão para o fornecimento 
de recursos como energia elétrica, que são 
essenciais para o processo produtivo da fábrica.
Mão de obra É preciso avaliar se a mão de obra atual poderá 
ser aproveitada na nova localização ou se 
será necessário contratar novos funcionários 
residentes nas proximidades do local. Nesta 
segunda alternativa, a qualidade da mão de 
obra pode ser um fator determinante, incluindo 
aspectos como experiência e treinamentos 
necessários para o desempenho das atividades.
Quadro 1. Itens de destaque na localização.
(Continua)
 Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais 120
Note que as decisões de localização afetam diretamente as funções de 
transporte e distribuição, dentre outras, por conta das interações com o am-
biente externo da planta, ao passo que o planejamento do arranjo físico 
é voltado para as operações internas, afetando as funções de manuseio e 
movimentação de materiais, além de armazenagem. 
Movimentação de materiais em plantas 
industriais
A movimentação de materiais − tanto nas áreas de produção como nas áreas 
de armazenagem − pode assumir um elevado grau de complexidade, abrindo 
espaço para ganhos incrementais de produtividade a partir do investimento 
em equipamentos e de metodologias de movimentação adequadas (atividades 
manuais ou mecanizadas), com possibilidade de automação dos sistemas de 
movimentação.
Os equipamentos de movimentação podem otimizar o espaço de diversas 
formas. As empilhadeiras, por exemplo, ampliam o aproveitamento do espaço 
de armazenagem ao possibilitar o uso de prateleiras com aproximadamente 
3,65 metros de altura.Sem esse tipo de equipamento, possivelmente a utili-
zação máxima de altura não passaria de 1,80 metro. Além disso, a utilização 
de esteiras automatizadas pode resolver vários problemas de configuração 
Qualidade de vida e 
serviços essenciais
É necessário avaliar questões como rede de 
ensino local (impactante sobre a qualidade da 
mão de obra), saúde, segurança, transporte 
público e mobilidade urbana e infraestrutura 
de telecomunicações, todos correspondendo a 
aspectos importantes, direta ou indiretamente 
envolvidos no desempenho da operação.
Localização 
dos mercados 
consumidores
É preciso avaliar a distância entre esta localidade 
e o posicionamento de clientes e fornecedores, 
bem como verificar se apresentam boas 
condições logísticas, que permitam tanto 
a obtenção de matérias-primas quanto o 
despacho dos produtos acabados.
Quadro 1. Itens de destaque na localização.
(Continuação)
121Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais
de layout do armazém ou de restrição quanto à largura de corredores, que 
impediriam, por exemplo, o uso de empilhadeiras de movimentação.
O recebimento é uma etapa que não exige muita mão de obra e possui 
poucos fatores de risco de operação. Entretanto, não é possível automatizá-la 
completamente, pois na maioria dos casos, ainda é necessária mão de obra 
nessa etapa, porque existe um importante fator de conferência dos materiais 
recebidos, embora essa tarefa possa ser feita com o uso de equipamentos de 
identificação e leitores de códigos de barra.
A etapa de manuseio interno é possivelmente a que apresenta maior margem 
para automação das etapas. O manuseio de materiais e equipamentos com 
mão de obra humana expõe o funcionário a riscos ergonômicos relativos ao 
transporte de peso, por exemplo, logo, a utilização de sistemas de manuseio 
mecanizados, semiautomatizados ou automatizados pode garantir ganhos 
nos processos, nos custos e na eficiência dessa etapa. A utilização de esteiras 
transportadoras, empilhadeiras e separadores automatizados é um exemplo 
a ser considerado.
A expedição tem uma exigência menor de mão de obra, mas pode ser 
otimizada empregando estantes dinâmicas e um sistema de identificação auto-
matizado. Nas figuras a seguir, você vai ver diversos equipamentos utilizados 
para a movimentação de materiais em plantas industriais.
Figura 2. Empilhadeira transportando carga sobre palete.
Fonte: wavebreakmedia/Shutterstock.com.
 Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais 122
Figura 3. Movimentação de materiais com paleteira.
Fonte: Baloncici/Shutterstock.com.
Figura 4. Carrinho industrial.
Fonte: urfin/ShutterStock.com.
123Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais
Figura 5. Transportadora de rolos.
Fonte: alphaspirit/ShutterStock.com.
Figura 6. Esteira transportadora.
Fonte: Vivi-o/ShutterStock.com.
 Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais 124
Figura 7. Veículo Auto Guiado (AGV).
Fonte: Roboteq (c2017).
Áreas de armazenagem em plantas industriais
Armazenagem é a denominação genérica e ampla que inclui todas as ativida-
des de um local destinado à guarda temporária e à distribuição de materiais 
(depósito, almoxarifado, centro de distribuição, etc.) (MOURA, 2005).
Aspectos importantes da logística de armazenagem são o correto dimen-
sionamento das estruturas de armazenagem e a otimização da utilização dos 
espaços internos. O planejamento de tais áreas engloba a avaliação das pos-
sibilidades de uso e da configuração das instalações de armazenagem quanto 
à altura das estruturas, ao dimensionamento de comprimento, à largura e às 
possibilidades de diferentes arranjos de layout interno de armazéns (ou mesmo 
nas áreas de produção) para comportar o material em processo. Diferentes 
tipos de estruturas e recipientes são utilizados na área industrial, como você 
vai ver nas figuras a seguir.
Figura 8. Bins.
Fonte: Mundial.log (c2017).
125Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais
Figura 9. Rack aramado.
Fonte: Mundial.log (c2017).
Figura 10. Porta-paletes.
Fonte: Baloncici/ShutterStock.com.
 Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais 126
Figura 11. Estantes e prateleiras.
Fonte: sirtravelalot/ShutterStock.com.
O dimensionamento das áreas de armazenagem segue a lógica da análise 
unitária para identificar as necessidades de espaço e arranjo. Vamos ver um 
exemplo de como isso acontece. Suponha que você precisa estabelecer a área 
necessária para comportar um volume de 600 mil canetas esferográficas.
Figura 12.
Fonte: Vangelis Vassalakis/ShutterStock.com.
127Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais
As canetas são produzidas e embaladas em caixas de 7 x 3 cm de base e 16 
cm de altura, cada uma contendo 12 canetas. Essas caixas são, então, colocadas 
em caixas maiores (dimensões externas: 50 x 50 x 50 cm, com paredes de 4 
mm), as quais são colocadas sobre paletes de 1 m x 1 m x 20 cm.
Figura 13.
Fonte: urfin/ShutterStock.com.
Observe que as 600 mil canetas seriam colocadas em 50 mil caixas 
(600.000/12 = 50.000) e essas caixas seriam acomodadas em caixas maiores.
As dimensões internas das caixas maiores (isto é, descontando a espessura 
das paredes) seriam 49,2 x 49,2 x 49,2 cm e, desta forma, seria possível colo-
car 16 fileiras de 7 caixas de canetas “em pé” dentro delas. E seria possível 
empilhar um total de 3 camadas dessas fileiras. Assim, cada caixa grande 
comportaria um total de 16 x 7 x 3 = 336 caixas de esferográficas, ou seja, 
um total de 336 x 12 = 4.032 canetas.
Com as dimensões externas de 50 x 50 cm, seria possível colocar 4 caixas 
sobre o palete de 1 x 1 m. Supondo que a equipe de Engenharia de Embalagens 
determinasse que poderia haver o empilhamento de 2 alturas, cada palete 
comportaria 8 caixas grandes e, consequentemente, 8 x 4.032 = 20.160 canetas. 
Logo, para acomodar as 600 mil canetas, seriam necessários 600.000/20160 
= 30 paletes (observe que é necessário arredondar “para cima”). Precisamos, 
agora, definir como os 30 paletes serão acomodados.
 Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais 128
Se optarmos por estantes com 2 metros de largura por 1,5 metro de pro-
fundidade, com um vão de 1,5 de altura entre o piso e a primeira prateleira 
e o mesmo vão entre prateleiras, podemos colocar 2 paletes em cada vão. 
Resta determinar quantas estantes são necessárias e, para isso, precisamos 
saber quantos vãos (ou seja, quantas “alturas”) serão utilizados. Você precisa 
definir, então, qual é o alcance dos equipamentos de movimentação para que 
os paletes possam ser colocados e retirados das prateleiras.
Figura 14.
Fonte: Syda Productions/ShutterStock.com.
Supondo, por exemplo, que o alcance seja de 5 metros, os garfos da empi-
lhadeira ultrapassariam a altura do terceiro vão da estante e, consequentemente, 
poderiam ser colocados paletes até o quarto vão da estante. Desta forma, cada 
estante comportaria 4 x 2 = 8 paletes. Como temos de acomodar 30 paletes, 
precisamos, então, de 4 estantes. Considerando um raio de giro de 3 metros 
para a empilhadeira, as estantes poderiam ser acomodadas da seguinte forma 
na área de armazenagem (delimitada pela linha tracejada):
129Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais
Figura 15.
Consideramos nesse exemplo somente um produto (as canetas esferográfi-
cas). Para produtos diversos, vamos pensar no estoque de peças e componentes 
de uma montadora de automóveis. Neste caso, a lógica seria a mesma: você 
precisa identificar a quantidade a ser armazenada de cada um deles, bem como 
a forma de embalagem, para definir o volume necessário, as alturas e, conse-
quentemente, as áreas destinadas para a armazenagem dos diversos materiais.
 Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais 130
 Planejamento do sistema de movimentação e armazenagem de materiais 131
BALLOU, R. H. Logística empresarial:transportes, administração de materiais e distri-
buição física. São Paulo: Atlas, 2009.
BALLOU, R. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e 
logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
MOURA, R. A. Sistema e técnicas de movimentação e armazenagem de materiais: sistemas 
e técnicas. 5. ed. rev. São Paulo: IMAM, 2005.
MUNDIAL.LOG. Rack aramado. São Paulo: Mundial.log, [c2017]. Disponível em: <http://
www.mundiallog.com.br/rack-aramado>. Acesso em: 05 ago. 2017.
PAULA, M. M. Parametrização da movimentação e otimização da área de fracionamento 
de produtos químicos. 2015. 46 f. Monografia (Graduação em Engenharia de Produção) 
– Faculdade de Tecnologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Resende, 2015.
ROBOTEQ. Building a magnetic track guided AGV. Scottsdale: Roboteq, [c2017]. Disponível 
em: <https://www.roboteq.com/index.php/applications/100-how-to/278-building-
-a-magnetic-track-guided-agv>. Acesso em: 05 ago. 2017.
RODRIGUES. R. V. Definição de critérios para gestão do arranjo físico de peças protótipas 
utilizadas em diferentes programas em uma indústria automotiva de grande porte. 2017. 
61 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Produção) – 
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.
ROSA, R. A. Gestão logística. Florianópolis: Departamento de Ciências da Adminis-
tração / UFSC, 2010.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
 
DICA DO PROFESSOR
Além das áreas de armazenagem para matérias-primas, peças, componentes e produtos 
acabados, as plantas industriais necessitam de espaço para acomodar o material que está sendo 
processado, ou seja, que deixou de ser matéria-prima, insumo, mas ainda não se tornou produto 
pronto, acabado.
Acompanhe a Dica do Professor, que traz considerações sobre como calcular as necessidades de 
espaço para esse tipo de material!
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Sobre armazenagem, é correto afirmar que é:
A) a) Uma maneira ineficiente de gerenciar recursos.
B) b) A etapa final do processo logístico.
C) c) Um custo desnecessário para a organização.
D) d) Uma parada temporária no fluxo de materiais ao longo de um ciclo produtivo.
E) e) A etapa caracterizada pelo manuseio dos materiais exclusivamente no interior do 
armazém.
2) Diferentemente dos sistemas manuais, os sistemas mecanizados empregam uma 
grande variedade de equipamentos de manuseio. Dos equipamentos citados a seguir, 
qual é considerado um equipamento de manuseio manual?
Maycon Carbone
Realce
A) a) Paleteiras.
B) b) AGV.
C) c) Empilhadeiras.
D) d) Carrinhos industriais.
E) e) Esteira transportadora.
3) "A utilização de empilhadeiras e equipamentos semelhantes permite a redução da 
área total de armazenagem", porque, "ao permitir a armazenagem em alturas 
maiores, é possível armazenar o mesmo volume de materiais em áreas menores". A 
respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
A) a) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta 
para a primeira.
B) b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa 
correta para a primeira.
C) c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa.
D) d) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma proposição verdadeira.
E) e) Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.
4) "O sistema de produção MTS tem baixo volume de estoques", porque "nele a 
produção é empurrada, com base em previsões de demanda". A respeito dessas 
asserções, assinale a opção correta:
Maycon Carbone
Realce
Maycon Carbone
Realce
A) a) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta 
para a primeira.
B) b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa 
correta para a primeira.
C) c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa.
D) d) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma proposição verdadeira.
E) e) Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.
5) Qual a área necessária para armazenar 10 pallets de 1,5 m x 1,5 m, que suportam 
caixas de 1,2 x 1,2 x 1,2 m e ficam acomodados em estantes que têm vãos de 2,5 m de 
largura por 1,5 de profundidade e altura de 2 m? Considere que os equipamentos de 
movimentação alcançam 5 m de altura e requerem um raio de giro de 3 m.
A) a) 48 m2.
B) b) 15 m2.
C) c) 30 m2.
D) d) 36 m2.
E) e) 98 m2.
NA PRÁTICA
Uma forma criativa para reduzir as áreas de armazenagem na fábrica e nos próprios 
Maycon Carbone
Realce
Maycon Carbone
Realce
Maycon Carbone
Caixa de texto
Cada estante comporta 3 pallets e, consequentemente, seriam necessárias 4 estantes. Colocando essas estantes separadas por um corredor de 3 m, teríamos (1,5 + 3 + 1,5 = 6) 6 m de largura total. Ainda, considerando as estantes lado a lado + 3 m de raio de giro, teríamos (2, 5 + 2,5 + 3 = 8) 8 m de profundidade. Assim, a área total seria de 6 x 8 = 48 m2.
fornecedores desta foi adotada pela Volkswagen e denominada de consórcio modular, na qual os 
parceiros da empresa mãe (chamados modulistas) atuam diretamente na linha de montagem do 
produto final, dividindo não só o espaço físico, mas também responsabilidades.
Dessa forma, o fluxo do sistema produtivo engloba os fluxos dos próprios parceiros, reduzindo 
transporte, armazenagem e movimentação de materiais, tornando o sistema como um todo 
altamente eficiente. Os parceiros não participam do lucro final, mas eles continuam sendo 
fornecedores, com a diferença de também montarem as peças que vendem.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Análise e localização de centros de armazenamento e triagem de resíduos sólidos urbanos 
para a rede de logística reversa: um estudo de caso no município de São Mateus, ES
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Como funciona a aplicação colaborativa? Saiba mais sobre o assunto no artigo Logística 
colaborativa: um estudo de caso no setor de armazenagem e logística.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EAN WAREHOUSING: UM CASO DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO 
ATACADISTA
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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