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Introdução a Patologia

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O processo patológico conta com: 
• Alterações bioquímicas 
• Alterações genéticas 
• Alterações moleculares 
• Alterações funcionais 
• Alterações morfológicas 
• Sinais e sintomas 
Saúde: estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico e social em que vive, de 
modo que o indivíduo se sente bem (saúde subjetiva) e não apresenta sinais ou alterações 
orgânicas (saúde objetiva). Relaciona-se ao individuo como UM TODO. 
Doença: estado de falta de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social, no qual o individuo 
se sente mal (sintomas) e apresenta alterações orgânicas evidenciáveis (sinais). 
Normalidade: parâmetros estabelecidos a partir de observações de populações homogêneas, de 
mesma etnia, que vivem em ambientes semelhantes. 
Elementos de uma doença: 
• Etiologia: estudo das causas. 
• Patogênese/patogenia: estudo dos mecanismos (eventos celulares, bioquímicos e 
moleculares). 
• Anatomia patológica: estudo das alterações morfológicas dos tecidos que, em conjunto, 
recebem o nome de lesões. 
• Fisiopatologia: estudo das alterações funcionais de órgãos e sistemas afetados, 
manifestações clinicas. 
• Patogenia: parte da patologia que estuda o MECANISMO DE FORMAÇÃO DAS LESOES. 
• Lesão: conjunto de alterações morfológicas, moleculares e funcionais que surgem nos 
tecidos após agressão. 
 
Agressões: origem no meio externo ou a partir do próprio organismo. 
• Agentes físicos (variações de temperatura, forças mecânicas) 
• Agentes químicos (álcool, poluentes ambientais) 
• Agentes biológicos (vírus, bactérias) 
• Alterações a expressão genica 
• Modificações nutricionais 
• Mecanismos de defesa do organismo 
 
Mecanismos de defesa 
Pele e mucosa = barreiras mecânicas 
1. Defesa contra AGENTES INFECCIOSOS 
• Fagocitose, o sistema complemento, reação inflamatória 
• Resposta inata (imediatamente após a agressão) 
• Resposta adquirida (memoria) 
 
2. Defesa contra AGENTES GENOTÓXICOS (que agridem o genoma) 
• Sistema de reparo do dna 
 
3. Defesa contra COMPOSTOS QUIMICOS TOXICOS 
• Radicais livres (sistemas enzimáticos de detoxificação e antioxidante) 
 
4. Mecanismos defensivos podem se tornar agressores 
 
Adaptação: capacidade da célula, dos tecidos ou do próprio individuo de, frente a um estimulo, 
modificar sua funções dentro de certos limites. 
• Pré-condicionamento de células à hipóxia 
• Hipertrofia do REL por substancias nele metabolizadas 
• Hipertrofia muscular por sobrecarga de trabalho 
Lesão: conjunto de alterações morfológicas, moleculares e funcionais que surgem nas células e 
tecidos após agressão. Os aspectos morfologicos de uma lesão podem variar de acordo com o 
momento que ela é examinada. 
1. Alterações macroscópicas 
2. Alterações microscópicas 
3. Alterações moleculares 
 
A ação dos agentes agressores se faz por dois mecanismos: 
• Ação direta: alterações moleculares que se traduzem em modificações morfológicas. 
• Ação indireta: mecanismos de adaptação que induzem alterações moleculares e alterações 
morfológicas. 
 
Respostas do organismo às agressões: 
➢ Calor, agente químico invasivo, bactéria invasora: 
• Modificações na microcirculação, saída de leucócitos e plasma dos vasos para o 
interstício 
• Reação inflamatória (leucócitos são capazes de fagocitar microrganismos e tecido 
lesão para facilitar a reparação, podendo produzir lesão nos tecidos) 
➢ Mecanismos de agressão às moléculas são comuns à diferentes agentes agressores 
➢ Defesas do organismo são semelhantes diante de agressões distintas 
 
Deficiências de ATP interferem nas bombas eletroliticas, nas sínteses celulares e no ph intracelular, 
fazendo com que haja ACÚMULO DE ÁGUA NO INTERIOR DAS CELÚLAS > degeneração 
hidrópica. 
1. Diminuição do fluxo sanguíneo 
2. Agentes que inibem enzimas da cadeia respiratória 
3. Aumento da exigência de atp 
Classificação das lesões 
As lesões comprometem um tecido/órgão, composto por: 
1. Células 
2. Componente intercelulares 
3. Circulação sanguínea e linfática 
4. Inervação 
 
➢ Lesões celulares 
1. Lesões reversíveis ou não letais 
• Pode ocorrer o retorno à normalidade após cessada a agressão 
• Qualidade, intensidade, duração, duração da agressão, estado funcional e tipo de célula 
atingida 
• Acumulo de substancias intracelulares (degenerações) 
• Mecanismos que alteram a regulação e diferenciação celular (hipertrofias, hiperplasias e 
metaplasias) 
• A célula normal, ao sofrer uma lesão reversível, tem tumefação do RE e das mitocôndrias e 
surgem bolhas da membrana. Se ela se recupera, ela volta a ser uma célula normal. Se ela 
não se recupera, a lesão transforma-se em progressiva, onde há ruptura da membrana 
plasmática, organelas e núcleo e liberação do seu conteúdo, levando a célula à necrose. 
 
➢ Lesões do interstício (matriz extracelular): modificações da substancia fundamental 
amorfa e de fibras elásticas, colágenas e reticulares. 
 
➢ Distúrbios da circulação 
• Aumento, diminuição ou cessação do fluxo sanguíneo (hiperemia, oligoemia, isquemia) 
• Coagulação do sangue no leito vascular (trombose) 
• Presença de substancias que não se misturam ao sangue e causam obstrução vascular 
(embolia) 
• Saída de sangue do leito vascular (hemorragia) 
• Alterações das trocas de líquidos entre o plasma e o interstício (edema) 
 
➢ A lesão mais complexa que ENVOLVE TODOS OS COMPONENTES TECIDUAIS é a 
INFLAMAÇÃO: modificações locais na microcirculação e pela sida de células do leto 
vascular, acompanhadas por lesões celulares e do interstícios provocadas, principalmente, 
por ação de células fagocitárias e por alterações vasculares que acompanham o processo. 
Resumidamente, se temos uma agressão, a célula tenta se defender. Se ela não se adapta, tem 
uma lesão. 
 
Etiopatogênese geral das lesões 
Principais fatores que pode causar lesões 
1. Privação de oxigênio 
2. Agentes físicos 
3. Substancias químicas 
4. Agentes infecciosos (biológicos) 
5. Desequilíbrios nutricionais 
6. Defeitos genéticos 
7. Resposta imunitária 
 
1. Privação de oxigênio 
• Hipóxia: REDUÇÃO no fornecimento de oxigênio. 
• Anóxia: INTERRUPÇÃO no fornecimento de oxigênio. 
• Reduz respiração oxidativa aeróbica, levando à lesão celular 
• Dependendo da intensidade e da duração do fenômeno, e da suceptibilidade à 
privação de oxigênio e nutrientes, as células degeneram ou MORREM 
 
Causas da privação de oxigênio 
• Redução do fluxo sanguíneo (isquemia) 
• Oxigenação inadequada do sangue (insuficiência cardíaca) 
• Redução da capacidade de transporte de oxigênio do sangue (anemia ou envenenamento 
por CO) 
• Após grave perda sanguínea (hemorragia) 
 
2. Agentes físicos 
2.1 força mecânica 
2.2 variação da pressão atmosférica 
2.3 variações de temperatura 
2.4 eletricidade 
2.5 radiações 
contusão: o impacto é transmitido aos tecidos adjacentes, levando à ruptura de pequenos vasos 
(hemorragia e edema), sem solução de continuidade da epiderme. 
2.1 Força mecânica 
• incisão/corte: instrumento de borda afiada (ferida mais extensa do que profunda) 
• perfuração: instrumento pontiagudo (ferida mais profunda que extensa) 
• fratura: solução de continuidade dos tecidos duros (ósseo ou cartilaginoso) 
O rompimento de estruturas celulares e teciduais leva à liberação de mediadores, causando a 
resposta inflamatória (que é essencial para o reparo). 
 
2.3 Variações de temperatura 
❖ Ação local de baixas temperaturas 
• depende da rapidez com que ocorre a variação de temperatura 
• suficiente ou não para congelar a agua dos tecidos 
 
- hipóxia, vasoconstrição, oligoemia e lesões degenerativas (redução do fornecimento de o2) 
- lesão endotelial (a hipóxia aumenta a permeabilidade vascular, causando edema) 
- se o resfriamento persiste, ocorre anóxia, que pode levar à necrose das extremidades 
- desaparece controle nervoso vasomotricidade, gerando vasodilatação, congestão e aumento da 
hipóxia- congelamento da agua intracelular, que pode levar à morte celular 
❖ Efeitos sistêmicos do frio 
• Hipotermia: vasoconstrição periférica, palidez acentuada e redução progressiva da 
atividade metabólica de todos os órgãos 
• Falência cardiorrespiratória por inibição dos centros bulbares que comandam a 
respiração e a circulação, levando à morte 
 
❖ Ação local de altas temperaturas (queimaduras): 
• O significado clínico de uma queimadura depende dos seguintes fatores: 
Profundidade da queimadura 
Porcentagem da superfície corporal envolvida 
• Lesões internas causadas pela inalação de fumaça quente e tóxica 
• Rapidez e eficácia da terapia (administração de líquidos e eletrólitos, prevenção/ 
controle de infecção nas lesões) 
Queimaduras: eram classificadas de primeiro a terceiro grau, de acordo com a profundidade da 
lesão > queimadura superficial, de espessura parcial e de espessura integral 
• Morte celular acima de 55 graus causa desnaturação de proteínas e alteração das 
atividades metabólicas 
• Podem levar ao estado de choque neurogênico (dor intensa), hipovolêmico (perda de 
plasma na área queimada), e resposta inflamatória sistêmica (liberação de grande 
quantidade de mediadores) 
• A presença de infecções não controladas pode levar ao choque séptico 
 
2.4 Eletricidade 
Lesão -> quando a corrente elétrica passa pelos tecidos completando um circuito entre 2 
condutores 
Mecanismos: 
• Disfunção elétrica em tecidos (miocárdio, músculo esquelético, SNC) 
• Produção de calor 
Efeitos dependem principalmente: 
1. Quantidade 
2. Trajeto (corrente alternada de pequena amperagem pode ser fatal se passa pelo encéfalo ou 
coração) 
3. Duração da agressão (liberação de calor) 
4. Superfície de contato (pequena: queimadura profunda) 
Grande quantidade de calor em órgãos internos -> vaporização da H2O e ruptura de vísceras e 
vasos -> Parada cardiorrespiratória 
2.4 Radiações 
Emissões de energia que se propagam como ondas eletromagnéticas ou como partículas. 
• Poder de penetração inversamente proporcional ao comprimento de onda (raios X > raios 
gama > raios UV) 
• Lesões produzidas por radiação 
1. Inalação ou ingestão de poeiras ou alimentos com partículas radioativas 
2. Exposição com fins terapêuticos ou diagnóstico 
3. Contato acidental 
4. Bombas nucleares 
 
Lesões produzidas por radiação dependem: 
• Dose e tempo de exposição (doses repetidas + lesivas) 
• Diferentes fases do ciclo celular (G2 e M + sensíveis) 
Efeitos locais da radiação ionizante: 
1.Lesões degenerativas (degeneração hidrópica à necrose) 
2.Alterações vasculares (edema, hemorragia, telangiectasia) 
3.Migração de fagócitos: remoção células mortas e estímulo para cicatrização 
Úlceras de irradiação na pele: difícil cicatrização > inibição da regeneração do epitélio e da 
proliferação endotelial e fibroblástica. 
Radiação solar 
• Raios UVA e UVB podem provocar lesões 
• Agudas: insolação e queimaduras (eritema, edemas, formação de bolhas, descamação 
hiperpigmentação) 
• Crônicas: UVB > Envelhecimento (degeneração e fragmentação fibras elásticas da derme) 
UVA > lesões genéticas > neoplasias 
 
3. Substancias químicas 
• Glicose ou sal (concentrações hipertônicas) 
• Oxigênio (altas concentrações) 
• Venenos: arsênico, cianeto ou sais mercúricos 
• Poluentes no ambiente e no ar: inseticidas e herbicidas; 
• Industriais e ocupacionais: poeira de carvão, monóxido de carbono 
• Estímulos sociais: álcool, narcóticos 
• Drogas terapêuticas 
 
❖ Absorção 
• Penetração pela via cutânea, mucosa (digestiva, respiratória, urogenital), ou parental 
(intradérmica, subcutânea, intramuscular, intravenosa) 
• Mais rápida pela via respiratória e na mucosa sublingual 
 
❖ Transporte e distribuição 
• Circulação sanguínea diretamente ou passando pela circulação linfática 
• A substância pode se dissolver no plasma (hidrossolúvel), ou se conjuga às proteínas 
plasmáticas 
 
❖ Armazenamento: agentes químicos podem se depositar em tecidos (ambiente rico em 
solvente para a substância ou precipitação do agente químico) 
 
❖ Metabolização 
• A maioria das substâncias forma produtos hidrossolúveis inativos (destoxificação), ou é 
ativada e forma metabólitos tóxicos 
• REL de hepatócitos (também em enterócitos, epitélio brônquico e células renais) 
 
❖ Excreção: Urina (rins), fezes (sistema digestivo e biliar), via respiratória, pele (suor), leite 
materno, lágrima, etc. 
 
Poluentes no ambiente 
• Poluição do ar em ambientes abertos 
• Emissão de gazes e poeiras. 
• Queima de combustíveis fósseis nos veículos (petróleo), nas indústrias, nas usinas, queima 
do lixo 
• Monóxido de carbono, óxido de enxofre, hidrocarbonetos e aldeídos, material particulado e 
óxido nitroso 
 
4. Agentes biológicos 
Vírus, riquétsias, micoplasmas, clamídias, bactérias, fungos, protozoários, helmintos > doenças 
infecciosas 
 
Mecanismos pelos quais produzem lesão: 
1. Ação direta invasão da célula e proliferação > morte (efeito citopático) 
2. Liberação de substâncias tóxicas: exotoxinas 
3. Liberação de substâncias tóxicas internas após desintegração: endotoxinas 
4. Ativação da resposta inflamatória local 
5. Indução de resposta imune (humoral ou celular) 
6. Antígenos do invasor se aderem à superfície celular (autoagressão) 
7. Antígenos do microrganismo podem ter epítopos semelhantes às moléculas dos tecidos 
8. Integração ao genoma celular e alterações na síntese proteica > neoplasias 
5. Desequilíbrios nutricionais 
Alimentação adequada 
• Energia para as necessidades metabólicas diárias (carboidratos, gorduras, proteínas) 
• Aminoácidos e ácidos graxos (síntese de proteínas e lipídios) 
• Vitaminas e minerais (coenzimas, hormônios, componentes estruturais) 
Desnutrição proteico-calórica: 
• ingestão inadequada de proteínas e calorias (ou deficiência na absorção/digestão) 
• Resulta em perda de tecido adiposo e muscular, perda de peso, letargia e fraqueza 
generalizada 
Obesidade: diabetes, aterosclerose, câncer 
Desnutrição: pobreza, infecções, doenças crônicas e agudas, alcoolismo crônico, restrição 
dietética autoimposta (anorexia nervosa e bulimia) 
Marasmo 
• Má nutrição causada pela redução severa do consumo de calorias 
• Fonte de energia > catabolismo da massa muscular e gordura subcutânea. 
Deficiências vitamínicas 
• As principais funções da vitamina A são a manutenção da visão normal, a regulação do 
crescimento e da diferenciação celular e a regulação do metabolismo lipídico. 
• A deficiência de vitamina C leva ao desenvolvimento de escorbuto (doença óssea em 
crianças em fase de crescimento; hemorragias e defeitos de cicatrização em crianças e 
adultos). 
 
6. Defeitos genéticos 
Alterações patológicas grosseiras como nas malformações congênitas associadas com a Síndrome 
de Down ou tão sutis como a substituição de um único aminoácido na hemoglobina S originando a 
anemia falciforme. 
Lesão celular: deficiência de proteínas funcionais acúmulo de DNA danificado proteínas mal 
dobradas 
Variações genéticas (polimorfismos): influenciam a suscetibilidade celular à lesão por substâncias 
químicas e outras lesões ambientais. 
7. Resposta imunitária 
Reação anafilática > proteína estranha ou drogas 
Reação alérgica sistêmica, severa e rápida, caracterizada pela diminuição da pressão arterial, 
taquicardia e distúrbios gerais da circulação sanguínea, acompanhada ou não de edema da glote 
> morte 
Reações aos auto-antigenos podem levar à doenças auto imunes. 
 
Mecanismos de lesões 
• A resposta celular aos estímulos nocivos depende da causa da lesão, da duração e da 
intensidade 
• As consequências da lesão celular dependem do tipo, estado e graus de adaptação da célula 
danificada 
• A lesão celular resulta de anormalidades funcionais e bioquímicas em um ou mais 
componentes celulares essenciais 
A lesão celular resulta de anormalidades funcionais e bioquímicasem um ou mais componentes 
celulares essenciais. 
Depleção de ATP 
A redução dos níveis de ATP é causa fundamental de morte celular por necrose (induzida por lesão 
isquêmica ou química/tóxica). 
Fontes de energia: 
Fosforilação oxidativa (Redução do O2) e Glicolítica (Glicose, glicogênio) > Quando há redução de 
ATP, produz-se energia pela via glicolitica, mas a produção de energia é muito menor. Se tem 
pouco ATP, tem mau funcionamento da bomba de sódio e potássio e aumenta a entrada de liquido 
para dentro da célula, causando tumefação e a formação de bolhas na membrana. Quando usa a 
via glicolitica, os estoques de glicogênio são diminuídos, tendo um aumento do ácido lático dentro 
da célula, promovendo diminuição do ph intracelular, condensando a cromatina nuclear. Além 
disso, ocorre um deslocamento dos ribossomos, diminuindo a síntese proteica. 
As principais causas de depleção de ATP são: redução do fornecimento de oxigênio e nutrientes, 
danos mitocondriais, ação de substâncias tóxicas (p. ex. cianeto). 
Ex: degeneração hidrópica 
Danos mitocondriais 
• As mitocôndrias são elementos críticos na lesão e na morte celular em todas as suas formas. 
• Fornecem energia (ATP) à célula. 
• Pode ser danificada por aumento de Ca2+ citosólico, privação de oxigênio (hipóxia e tóxicos) 
Consequências dos danos mitocondriais 
1. Formação do poro de transição de permeabilidade mitocondrial 
2. Formação de espécies reativas de oxigênio (fosforilação oxidativa anormal) 
3. Liberação de proteínas pró-apoptóticas (citocromo c > caspases) 
Ex: degeneração gordurosa (esteatose): acúmulo de gorduras no citoplasma de células que 
normalmente não as armazenam) > alcoolismo 
Influxo de cálcio e perda da homeostase do cálcio 
• Concentrações de cálcio livre no citosol < níveis extracelulares 
• A maior parte do cálcio intracelular está nas mitocôndrias e RE 
• Isquemia e toxinas> ↑ [Ca2+] citosol (liberação dos estoques intracelulares e aumento do 
influxo) 
Mecanismos de lesão celular por ↑ [Ca2+] 
1. Acúmulo de Ca2+ nas mitocôndrias> abertura de poros > falência na geração de ATP 
2. ↑ [Ca2+] citosol > ativa fosfolipases (dano à membrana), proteases (proteínas de membrana e 
citoesqueleto), endonucleases (fragmentação DNA), ATPases 
3. Ativação de caspases (↑ permeabilidade mitocondrial)> apoptose 
Acumulo de radicais livres 
• Radicais livres: espécies químicas altamente reativas que têm um único elétron não 
emparelhado em um orbital externo 
• Lesão química/por radiação, lesão de isquemia-reperfusão, envelhecimento celular, morte 
de microrganismos por fagócitos 
• Espécies reativas de oxigênio (ERO) > produzidas durante respiração mitocondrial 
• Aumento da produção ou redução da eliminação de ERO> estresse oxidativo> danos em 
proteínas, lipídios, ácidos nucleios -> Lesão celular, câncer, envelhecimento, doenças 
degenerativas (Alzheimer) 
Defeitos na permeabilidade da membrana 
• O dano pode afetar as funções e a integridade de todas as membranas celulares 
• Isquemia> depleção de ATP> ativação de fosfolipases 
• Toxinas microbianas, proteínas virais, componentes líticos do complemento, agentes 
químicos e físicos> danificação da membrana 
Mecanismos de Lesão da membrana 
• Espécies reativas de oxigênio> peroxidação lipídica 
• Diminuição da síntese de fosfolipídios 
(função mitocondrial defeituosa ou hipóxia> 
↓ ATP> ↓ síntese fosfolipídios) 
• Aumento na quebra de fosfolipídios (↑ 
[Ca2+] > ativação de fosfolipases> acúmulo 
de produtos de degradação dos lipídios) 
Anormalidades citoesqueléticas (ativação 
de proteases pelo ↑ [Ca2+] no citosol) 
Consequências do dano à membrana 
• Dano à membrana mitocondrial> 
apoptose 
• Dano à membrana plasmática> perda 
do equilíbrio osmótico e influxo de líquidos 
e íons Lesão às membranas dos 
lisossomos> liberação de enzimas para o 
citoplasma: RNAses, DNAses, proteases, 
fosfatases, glicosidades 
 
Lesões celulares: 
 
Lesão reversível: célula agredida apresenta alterações funcionais e morfológicas, mantendo-se 
viva e recuperando-se quando o estímulo for retirado. 
Lesão irreversível: célula incapaz de se recuperar depois de cessada a agressão, evoluindo para 
a morte (alterações morfológicas). 
 
DEGENERAÇÕES 
Lesões reversíveis caracterizadas por alterações bioquímicas, morfológicas e funcionais 
decorrentes da incapacidade da célula em manter sua homeostasia, resultando em acúmulo de 
substâncias no interior das células (alteração do sistema enzimático). 
• As células que são expostas a estímulos subletais ou crônicos podem não ser danificadas mas 
podem apresentar uma variedade de alterações subcelulares. 
• Degenerações iniciam-se com uma alteração do sistema enzimático da célula > responsável pela 
síntese ou degradação de uma substância. 
• Estando alterado > não consegue realizar plenamente sua função, causando assim o acúmulo da 
substância, que por ele seria sintetizada, dentro da célula, resultando então numa degeneração. 
Acúmulos intracelulares 
Armazenamento de quantidades anormais de constituinte celular normal em excesso. 
Degenerações são classificadas de acordo com a substância acumulada: 
1. Água e eletrólitos – Degeneração HIDRÓPICA 
2. Proteínas - Degeneração HIALINA 
3. Lipídeos – Degeneração GORDUOSA (ESTEATOSE) 
4. Carboidratos - GLICOGENOSES 
5. Pigmentos 
PRINCIPAIS VIAS DE ACÚMULOS INTRACELULARES 
1. Remoção inadequada de substância normal 
• Transtorno no equilíbrio eletrolítico (Degeneração hidrópica) 
• Defeitos no mecanismo de empacotamento e transporte (Esteatose hepática) 
 
2. Acúmulo de substância endógena anormal 
Defeitos adquiridos ou genéticos no seu dobramento, empacotamento, transporte e secreção 
3. Falha em degradar um metabólito 
Defeito herdado em uma enzima (Doenças de armazenamento). 
DEGERENAÇÃO HIDRÓPICA 
• Acúmulo de água e eletrólitos (lesão reversível) 
• Tumefação celular (agressão física, química ou biológica) 
• Transtorno no equilíbrio eletrolítico -> retenção H2O e eletrólitos: 
 Alteração na produção ou consumo de ATP 
 Interferência na integridade de membranas 
 Modificações nas atividades de moléculas que compõem a bomba iônica 
Pode ser provocada por uma grande variedade de agentes lesivos: 
• Diminuição de ATP > Hipóxia, desacopladores da fosforilação mitocondrial, inibidor da 
cadeia respiratória e agente causador de lesão mitocondrial. 
• Hipertermia exógena/ endógena > aumento no consumo de ATP 
• Toxinas com atividade de fosfolipase e agressões geradas por radicais livres > lesão das 
membranas celulares 
• Substâncias inibidoras da ATPase Na+ /K+ dependente 
Retenção de sódio > redução de potássio > aumento da pressão osmótica intracelular> entrada 
de água no citoplasma 
A agressão leva à hipóxia, que causa diminuição da produção de ATP, maior retenção de sódio 
e o potássio fica para fora da célula. Com isso, aumenta-se a pressão osmótica intracelular, 
aumenta a quantidade de agua no interior da célula, tem-se tumefação, ruptura e formação de 
vacúolos, levando à degeneração hidrópica. 
DEGENERAÇÃO HIALINA 
• Cortes sem coloração: acúmulo de material transparente no interior das células. 
• Acúmulo de material proteico e acidófilo no interior de células 
• Condensação de filamentos intermediários e proteínas associadas = corpúsculos. 
• Acúmulo de material de origem viral. 
• Proteínas endocitadas 
CORPÚSCULO HIALINO DE MALLORY > hepatócitos de alcoólatras crônicos. 
• Filamentos intermediários de queratina associados a outras proteínas do citoesqueleto. 
• Esteato-hepatite não alcoólica, cirrose juvenil da Índia e carcinoma hepatocelular. 
• Origem: Radicais livres > peroxidação de queratina > facilitam ligações transversais, 
formando aglomerados que se precipitam 
 
• Degeneração hialina de fibras musculares esqueléticas e cardíacas > Endotoxinas 
bacteriana (LPS), Linfócitos T e macrófagos 
• Célula com aspectohomogêneo e hialino (acidófilo) > desintegração de microfilamentos > 
atividade catabólica (proteassomos/ proteases) associada a ação de IL-1 e TNF-α em células 
musculares 
• Se for muito intensa > morte celular (necrose hialina) 
• Indivíduos com proteinúria > degeneração hialina no epitélio tubular renal > ENDOCITOSE 
excessiva de proteínas 
DEGENERAÇÃO GORDUROSA 
Acúmulo de gorduras neutras (mono-, di- ou triglicerídeos) no citoplasma de células que 
normalmente não as armazenam. Fígado > epitélio tubular renal e miocárdio > músculos 
esqueléticos e pâncreas. 
Causas: 
• Agentes tóxicos 
• Hipóxia 
• Alterações na dieta 
• Distúrbio metabólico genético 
Interferência no metabolismo de ácidos graxos, aumentando sua síntese ou dificultando sua 
utilização, transporte ou excreção. 
Metabolismo lipídico em condições normais 
Hepatócitos retiram da circulação ácidos graxos e triglicerídeos provenientes da absorção intestinal 
e da lipólise no tecido adiposo. 
Ácidos graxos são utilizados para: 
1.Produção de colesterol e seus ésteres; 
2. Síntese de lipídeos complexos (fosfolipídeos e esfingolipídeos) ou de glicerídeos (mono-, di- ou 
triglicerídeos); 
3. Gerar energia: oxidação até acetil CoA e formação de corpos cetônicos. 
Interferência no metabolismo de ácidos graxos 
1. AUMENTO da Síntese de lipídeos (Ingestão excessiva de ácidos graxos ou lipólise). 
2. Produção ácidos graxos a partir do excesso de acetil CoA que não é oxidado 
3.DIMINUIÇÃO da Utilização de triglicerídeos e ácidos graxos para a síntese de lipídeos mais 
complexos devido carência de ATP. 
4. REDUÇÃO da Formação de lipoproteínas por deficiência na síntese de apoproteínas. 
5. Distúrbios no deslocamento e na fusão de vesículas que contêm lipoproteínas com a membrana 
plasmática. 
 
Ingestão abusiva de etanol: 
• Distúrbios do metabolismo lipídico associados à obesidade 
• Desnutrição proteico-energética 
• Substâncias hepatotóxicas 
Evolução e consequências 
1. Excesso de ácidos graxos> ceramida (indutor de apoptose) 
2. Rompimento de hepatócitos e formação de cistos gordurosos > reação inflamatória 
3. Embolia gordurosa (ruptura de cistos, traumatismos) 
4. Etilismo crônico> fibrose pericelular > cirrose hepática 
5. Lesão reversível 
 
Lesões celulares irreversíveis 
• Células tumefeitas por absorção de água, acúmulo de lipídios e organelas degeneradas 
• Citoplasma se torna mais eosinofílico 
• Alterações na membrana plasmática (bolhas, apagamento de microvilosidades) 
• Alterações mitocondriais 
• Dilatação do RE e destacamento de ribossomos 
• Alterações nucleares (condensação da cromatina) 
Dentro do processo de lesão celular, é difícil estabelecer qual fator determina a irreversibilidade da 
lesão > ponto de não retorno. 
Indicativos de lesão irreversível: 
• Incapacidade de restaurar função mitocondrial (fosforilação oxidativa e geração de ATP) 
• Perda de estrutura e função das membranas plasmáticas e intracelulares 
• Perda de DNA e da integridade estrutural da cromatina 
Se o agente agressor causa morte rapidamente, não há formação de lesão degenerativa. 
A função celular pode ser perdida antes da morte celular, e as alterações morfológicas instalam-se 
posteriormente à perda de função e viabilidade celular. 
MORTE CELULAR 
• Após lesão, as células morrem por mecanismos diferentes, dependendo da natureza e 
gravidade do insulto 
• Classificada em dois tipos > morfologia, mecanismos e funções nas doenças e na fisiologia 
• Pode ser por NECROSE ou APOPTOSE 
NECROSE 
• Principal via de morte celular (isquemia, toxinas, infecções, traumatismos) 
• A lesão é muito grave para ser reparada, e muitos dos constituintes celulares deixam de funcionar 
• Processo patológico 
APOPTOSE 
• Processo controlado de morte celular 
• Elimina células com anormalidades intrínsecas em situações patológicas (dano no DNA, proteínas 
danificadas) ou fisiológicas (durante embriogênese, manutenção do número constante de células) 
 
 
NECROSE 
• Tipo de morte celular associada à perda da integridade da membrana e extravasamento dos 
conteúdos celulares 
• Ação digestiva de enzimas nas células > dissolução das células 
• Conteúdos celulares que escapam > INFLAMAÇÃO > eliminar as células mortas e iniciar o 
processo de reparo 
Etiopatogênese 
• Redução da oferta de O2 (hipóxia e anóxia) 
• Agentes físicos, químicos e infecciosos 
• Reações imunológicas 
• Desequilíbrios genéticos e nutricionais 
• Formação de radicais livres de oxigênio 
• Perda da homeostase de cálcio 
 
Dano mitocondrial irreversível - redução de ATP disponível 
Defeitos graves da permeabilidade das membranas plasmáticas 
Alterações morfológicas da necrose 
• Aumento da eosinofilia (digestão RNA citoplasmático) 
• Aparência vítrea, homogênea (perda de partículas de glicogênio) 
• Citoplasma vacuolado e granular (degradação enzimática) 
• Figuras de mielina (agregados fosfolipídicos) 
• Calcificação (a partir de ácidos graxos) 
• Alteração nuclear (degradação da cromatina e DNA) - picnose, cariorrexe e cariólise 
Destino das células necróticas 
1. Persistem por algum tempo 
2. Digeridas por enzimas e desaparecem 
 
Células mortas são substituídas por figuras de mielina que são fagocitadas por outras células ou 
são degradadas em ácido graxo > se ligam a sais de cálcio > células mortas calcificadas 
 
há vários padrões morfológicos de necrose -> pistas sobre a causa básica 
1. Necrose por coagulação 
2. Necrose por liquefação 
3. Necrose gordurosa 
4. Necrose caseosa 
5. Necrose gangrenosa 
6. Necrose fibrinoide 
NECROSE POR COAGULAÇÃO 
• A arquitetura tecidual permanece preservada por alguns dias 
• Característica dos infartos (isquemia ou hipóxia) em órgãos sólidos, exceto cérebro 
• Restos celulares são posteriormente removidos por fagocitose (neutrófilos e macrófagos) 
• Exemplos: – Infarto do miocárdio, queimaduras, choques elétricos, tumores de crescimento 
rápido, lesões produzidas por ácidos e bases fortes. 
NECROSE POR LIQUEFAÇÃO 
• Completa destruição da arquitetura tecidual → tecido se transforma em massa líquida e 
viscosa (digestão enzimática) 
• Infecções bacterianas e fúngicas > acúmulo de células inflamatórias (leucócitos > enzimas) 
• Material necrótico > amarelo cremoso > leucócitos > pus 
• Morte celular por hipóxia no SNC 
• Exemplos: – Infarto cerebral – Doenças infeciosas – Neoplasias malignas 
NECROSE GORDUROSA 
• Áreas de destruição de gordura > lipases pancreáticas > Pancreatite aguda. 
• Enzimas pancreáticas escapam das células acinares e liquefazem as membranas dos 
adipócitos do peritônio. 
Morfologia: – Macroscopicamente: pingos de vela ou depósitos de giz branco (ácidos graxos + íons 
Ca++) > saponificação. – Microscopicamente: contorno impreciso dos adipócitos associados à 
infiltrado inflamatório e depósitos basofílicos de cálcio. 
NECROSE CASEOSA 
• Frequente em focos de infecção tuberculosa 
• Macroscopia: CASEOSO, “parecida com queijo branco” 
• Microscopia: – *Arquitetura tecidual destruída: foco necrótico com coleção de células 
rompidas/ fragmentadas – Fragmentos granulosos amorfos cercadas por uma borda 
inflamatória distinta > reação granulomatosa 
NECROSE GANGRENOSA 
Um tipo de necrose de coagulação (ISQUEMIA) que acomete principalmente extremidade de 
membros que perderam o suprimento sanguíneo. 
Pode ser SECA ou UMIDA. 
• Seca: 
Perda gradual de irrigação sanguínea. 
Coagulação das extremidades 
Tec. escuro e seco 
Trombose, arteriosclerose, cordão umbilical ou sob frio intenso 
• Úmida: 
Isquemia grave associada à decomposição tecidual (putrefação). 
Bactérias saprófitas e anaeróbicas 
Feridas traumáticas graves, evolução de apendicites 
NECROSE FIBRINOIDE 
• Forma especial de necrose > reações imunes que envolvem os vasos sanguíneos 
• Complexos de antígenos e anticorpos são depositados nas paredes das artérias > 
“imunocomplexos” 
•Imunocomplexos + fibrina extravasada > aparência fibrinoide 
• Ex.: Vasculites imunologicamente mediadas (poliarterite nodosa) 
MORTE CELULAR POR NECROSE 
• Extravasamento de proteínas intracelulares (membrana > circulação sanguínea): detecção 
de necrose tecido-específica através do sangue 
• Músculo cardíaco: isoforma da creatinina cinase e troponina 
• Epitélio do ducto biliar hepático: fosfatase alcalina 
• Hepatócitos: transaminases 
• A elevação dos níveis séricos destas proteínas os torna marcadores clínicos úteis de danos 
teciduais 
 
Apoptose 
• Morte celular programada > programa de suicídio altamente regulado 
• Células destinadas a morrer ativam enzimas capazes de degradar seu próprio DNA e 
proteínas (nucleares e citoplasmáticas) 
• A membrana citoplasmática da célula permanece intacta > formação de corpos apoptóticos 
• A célula é fragmentada e seus fragmentos são endocitados por células vizinhas (fagócitos) 
• Sem reação inflamatória > Manutenção da integridade da membrana 
• Pode ocorrer em situações patológicas ou fisiológicas. 
Situações fisiológicas 
• Desenvolvimento embrionário 
• Homeostasia de populações celulares teciduais (tecidos altamente proliferativos - fatores de 
crescimento; ou dependentes de hormônios) 
• Envelhecimento (eliminação de células senescentes) 
• Defesa do organismo (excesso de leucócitos ao fim da resposta imune) 
• Ex: remoção das membranas interdigitais ao final da oitava semana. Quando não ocorre, 
temos a síndrome de apert. 
Situações patológicas 
• remoção de células danificadas que não podem ser reparadas 
• Lesão grave no DNA (radiação, agentes citotóxicos) 
• Acúmulo de proteínas mal dobradas 
• Agentes infeciosos (vírus) 
Morfologia da apoptose 
• Encolhimento celular 
• Agregação e condensação da cromatina 
• Formação de bolhas citoplasmáticas e corpos apoptóticos 
• Fagocitose (macrófagos residentes) 
MECANISMOS DE APOPTOSE 
Vias bioquímicas controlam o equilíbrio entre sinais indutores de morte (pró-apoptóticos) e de 
sobrevivência (antiapoptóticos). A apoptose pode ocorrer por duas vias distintas, ambas 
desencadeando a ativação de enzimas chamadas caspases. As vias são: 
• via mitocondrial (intrínseca) 
• via do receptor de morte (extrínseca) 
 
VIA MITOCONDRIAL 
• Responsável pela apoptose na maioria das situações fisiológicas e patológicas 
• Ocorre pelo aumento da permeabilidade da membrana mitocondrial 
• Família BCL2 
Antiapoptótico (BCL2, BCLxL, MCL1) 
Pró-apoptótico (BAX, BAK) 
Sensores (BH3-only: BAD, BIM, BID) 
• Bcl-2 e Bcl-xL (produzidas em resposta aos fatores de crescimento) > controlam os níveis 
de Bax e Bak (proteínas pró-apoptóticas) 
• Ausência de fatores de crescimento, dano no DNA, acúmulo de proteínas mal dobradas 
(estresse RE) -> Ativação de sensores (BH3-only) -> Ativam Bax e Bak > formam canais na 
membrana mitoncondrial > liberação de citocromo c que no citosol ativa a caspase-9 
 
VIA DO RECEPTOR DE MORTE 
• Via iniciada pela ativação de moléculas de superfície (receptores de morte) que 
desencadeiam apoptose 
• Membros da família do receptor do fator de necrose tumoral (TNF) > contém um domínio de 
morte na sua região citoplasmática 
• TNF tipo 1 e Faz 
• O ligante de Fas (FasL) está presente em linfócitos T ativados FasL (linfócitos T) → Fas → 
ligam a proteínas intracelulares através do domínio de morte → ativam caspase-8 e -10 
 
Via envolvida na: 
• Eliminação de linfócitos autorreativos 
• Morte de células-alvo por linfócitos T citotóxicos que expressam FasL 
 
Eliminação de células apoptóticas 
• A fosfatidilserina desloca-se 
para o folículo externo da 
membrana, é reconhecido 
pelos macrófagos teciduais > 
fagocitose 
• Fatores solúveis que recrutam 
fagócitos 
• A eliminação da célula 
acontece de forma rápida sem 
que ocorra reação inflamatória 
local (membrana intacta)

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