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Página 1 de 15 UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU GESTÃO E NEGÓCIOS PERFIL SOCIOECONÔMICO DO BAIRRO ITAIM PAULISTA RA/ MATRÍCULA NOME 818230060 Alex Vinícius Galvão Santos Silva 820269453 Luiza de Castro Lopes 820250617 Verlayne Alves da Silva São Paulo 2021 Página 2 de 15 Alex Vinícius Galvão SS - RA 818230060 Luiza de Castro Lopes - RA 820269453 Verlayne Silva - RA 820250617 PERFIL SOCIOECONÔMICO DO BAIRRO ITAIM PAULISTA Trabalho final da Avaliação A3 apresentado à Universidade São Judas Tadeu, Unidade Curricular Cenários e Desenvolvimento Sócio Econômico, sob a orientação dos professores Miguel Huerta Neto e Rodrigo Fernando Gallo. São Paulo 2021 Página 3 de 15 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 4 PARTE 1: ANÁLISE DO IDHM DO BAIRRO ITAIM PAULISTA. 5 PARTE 2: DISCUSSÃO E ANÁLISE SOBRE POPULAÇÃO 7 PARTE 3: DISCUSSÃO E ANÁLISE SOBRE SAÚDE 8 PARTE 4: DISCUSSÃO E ANÁLISE SOBRE EDUCAÇÃO 9 PARTE 5: DISCUSSÃO E ANÁLISE SOBRE RENDA 11 PARTE 6: DISCUSSÃO E ANÁLISE SOBRE HABITAÇÃO 12 PARTE 7: DISCUSSÃO E ANÁLISE SOBRE VULNERABILIDADE 13 CONCLUSÃO 14 REFERÊNCIAS 15 Página 4 de 15 INTRODUÇÃO Com base no Atlas de desenvolvimento Humano, o grupo redigiu uma análise dos principais pontos com cuidado para transmitir toda a veracidade contida nos dados dos Censos Demográficos entre os anos de 2000 e 2010. Página 5 de 15 Parte 1: Análise do IDHM do bairro Itaim Paulista. O Itaim Paulista, na Zona Leste da capital, começou a receber seus primeiros moradores apenas no final do século 18, com a chegada da Ferrovia Estrada do Norte. Uma estação foi construída na região, fato que trouxe mais habitantes. Seu crescimento, por estar ao lado da linha férrea, foi automático, até que em 1957 foi instalada a paróquia de São João Batista do Itaim. A partir daí, seu desenvolvimento aconteceu de forma natural, mas só em 1980 a região foi elevada à condição de distrito autônomo de São Miguel. Muitas mudanças aconteceram. Hoje, o bairro é o mais populoso distrito da Zona Leste, por metro quadrado, e o oitavo de São Paulo com mais de 400 mil habitantes. Na região podemos encontrar muitos descendentes de outros países e regiões do Brasil, que se mudaram em busca de melhores condições de vida. Localização: Área Territorial: Faixa do IDHM Alto IDHM 2010 0,758 População (Censo 2010) 37.048 hab. Área 2,55 Km² Densidade Demográfica 2010 14.537,18 hab/km No Brasil, o IDHM é calculado a cada dez anos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) com o auxílio da Fundação João Pinheiro, seguindo a metodologia 28 estabelecida pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e tento os resultados oficialmente divulgados no Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil. Página 6 de 15 Destaca-se que os resultados atualmente disponíveis que mensuram o IDHM e estão expostos no Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil são originários dos anos de 2000 e 2010, sendo estes, por conseguinte, os valores considerados nesse estudo. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) - Itaim Paulista é 0,758, em 2010, o que situa esse bairro com a faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 7,99). A proporção que mais contribui para IDHM do bairro é longevidade, com o índice de 0,854, seguida de Renda, com índice de 732,67 e de Educação, com índice de 0,703. Fonte: Elaboração por PNUD, Ipea e FJP. Censos demográficos (2000 e 2010). Evolução Entre 2000 e 2010 Houve aumento do IDHM de 11,47% desde o ano 2000, enquanto o município de São Paulo apresentou um ganho de 9,82% no mesmo período. Considerando as dimensões que compõem o IDHM, também entre 2000 e 2010, verifica-se que o IDHM Longevidade apresentou alteração de 10,77%, o IDHM Educação apresentou alteração de 19,35% e o IDHM Renda apresentou alteração de 5,07%. Observa-se, que segundo o Censos demográficos em 2010 o IDHM da UDH ocupava a 1409ª posição entre as 2858 UDHs da RM - São Paulo e a 830ª posição entre as 1593 UDHs de seu município, São Paulo/SP. No período de 2012 a 2017 o IDHM evoluiu conforme o gráfico a seguir. Página 7 de 15 Fonte: Elaboração por PNUD, Ipea e FJP. Censos demográficos (2000 e 2010). Parte 2: Discussão e análise sobre população Com base nas informações do Censo Demográfico de 2000, a população era de 37.569 pessoas. Já em 2010, a população da UDH era de 37.048 pessoas, sendo composta, em sua maioria, por mulheres. Fonte: Elaborado por PNUD, Ipea e FJP. Censos Demográficos (2000 e 2010) Em 2010 o bairro possuía uma população de 37.048 habitantes, vivendo em uma área de Área 2,55 km², isto é, a região apresenta uma densidade demográfica de 14.537,18 hab/km². Quando olhamos os números absolutos notamos que houve a diminuição de homens no bairro, em geral, isso pode acontecer por dois motivos, primeiro, a mortalidade prematura de pessoas do sexo masculino, e segundo, pela migração em busca de emprego. Página 8 de 15 Fonte: Elaborado por PNUD, Ipea e FJP. Censos Demográficos (2000 e 2010). Saliento ainda que, segundo o Censo Demográfico, a razão de dependência total na UDH passou de 47,78%, em 2000, para 41,77% em 2010, e a proporção de idosos, de 5,02% para 7,28%. Portanto, a queda na razão de dependência, apesar do aumento do número de idosos, indica uma maior população ativa e uma menor parcela de jovens com menos de 15 anos, assim, validando a hipótese da migração masculina em busca de trabalho. Parte 3: Discussão e análise sobre saúde Relacionando saúde e população, podemos observar a estagnação da população feminina visto que, em geral, homens vivem menos, o que provavelmente é a causa da ligeira diferença neste bairro em 2000, o que provavelmente deve ter aumentado ao longo do tempo. Fonte: Elaborado por PNUD, Ipea e FJP. Censos Demográficos (2000 e 2010) No que tange a taxa de mortalidade infantil, a qual é definida pelo número de crianças nascidas vivas e que morreram com menos de um ano de idade para cada mil crianças nascidas vivas, passou de 21,10 por mil nascidos vivos em 2000 para 12,90 por mil nascidos vivos em 2010. Página 9 de 15 Fonte: Elaborado por PNUD, Ipea e FJP. Censos Demográficos (2000 e 2010) Ainda assim, está abaixo da meta internacional estabelecida nos Objetivos da ONU, entretanto, vale lembrar que estão muito próximas quando consideramos o prazo até 2030. Parte 4: Discussão e análise sobre educação O índice de desenvolvimento humano municipal para educação (IDHM-E) utiliza como medidas de educação a taxa de analfabetismo, que considera pessoas com 05 anos de idade ou mais. Segundo Dowbor (2006) afirma que a educação é incontestavelmente uma das principais fontes para o desenvolvimento local, que deve formar pessoas para uma participação ativa e capaz de transformar o seu entorno social e o da sua comunidade. No entanto, para que se construa uma cidadania efetiva é necessário ter uma cidadania informada e este conhecimento deve começar adequadamente na vida dos indivíduos por meio da formação educacional. No gráfico abaixo apresenta a caracterização do Itaim Paulista quanto seus principais quesitos em relação a IDHM Educação, com base no censo demográfico de 2000 e 2010. Página 10 de 15 Fonte: Elaborado por PNUD, Ipea e FJP. Censos Demográficos (2000 e 2010) Como se pode observar o IDHM da Educação no ano de 2010, apresenta evolução nas proporções de crianças e jovens frequentandoou tendo completado determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do bairro Itaim Paulista e compõe o IDHM Educação. Em 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 95,06%, e de 11 a 13 anos é de 81,21%; de 15 a 17 anos com ensino fundamental é de 71,49%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino completo é de 49,99%. Um ponto positivo foi a taxa de escolarização de 5 a 6 anos de idade em 2010, que foi de 95%, representando que quase a totalidade da população nesta faixa etária encontra-se matriculada na escola nesse período. Outro lado negativo foi nesse mesmo ano que a população da UDH de 6 a 17 anos com um percentual de 87,58% de defasagem idade-série, que cursam ensino básico regular com menos de dois anos. Fonte: Elaborado por PNUD, Ipea e FJP. Censos Demográficos (2010). Página 11 de 15 Cabe ainda menção à escolaridade da população com 25 anos ou mais residente no período da pesquisa. Em 2010, 5% eram analfabetos, 59% tinham o ensino fundamental completo, 40% possuíam o ensino médio completo e 9%, o superior completo. Houve uma diminuição do analfabetismo no bairro. Além disso, o número de escolas de ensino fundamental e médio dobraram, este fator também acelera o crescimento percentual da educação nesta região. Parte 5: Discussão e análise sobre renda Com base nas informações do Censo Demográfico, a renda per capita do Itaim Paulista passou de R$ 588,16, em 2000 e para R$ 732,67, em 2010, a preços de agosto de 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 2,22%. A proporção de pessoas extremamente pobres (com renda domiciliar per capita mensal inferior a R$70,00) passou de 2,42% para 0,16%, a de pessoas pobres (com renda domiciliar per capita mensal inferior a R$ 140,00) passou de 9,16% para 3,70% e a de pessoas vulneráveis à pobreza (com renda domiciliar per capita mensal inferior a R$ 255,00), de 27,76% para 19,89%. A desigualdade diminuiu: O índice de Gini na UDH passou de 0,45 em 2000 para 0,42 em 2010. Fonte: Elaborado por PNUD, Ipea e FJP. Fonte: PNAD Contínua (2000 e 2010). O gráfico abaixo mostra que em 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais, ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa, passou, na UDH, de 67,54% em 2000 para 69,94% em 2010. Observa-se que a taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população Página 12 de 15 economicamente ativa que estava desocupada) passou de 19,37% em 2000 para 9,03% em 2010. Fonte: Elaborado por PNUD, Ipea e FJP. Fonte: PNAD Contínua (2000 e 2010). De acordo com a UDH, o grau de formalização da população, ou seja, pessoas formalmente ocupadas com 18 anos ou mais de idade, era de 69,34% em 2010. O bairro Itaim Paulista houve um acréscimo nesses dois anos analisados, o índice de desocupados também teve uma diminuição significativa, isso mostra que nesse período a renda das famílias aumentou ao mesmo tempo em que a desigualdade diminuiu. Com a melhoria no nível de escolaridade, de saúde e de saneamento básico nessa região deve esse efeito positivo em relação à renda e educação da população. Parte 6: Discussão e análise sobre habitação De acordo com os dados dos Censos Demográficos do IBGE de 2000 e 2010, quase todos os domicílios da região do Itaim Paulista em 2010 tinham água encanada, energia elétrica e coleta de lixo. Segundo os dados, houve redução no percentual da população em domicílios com banheiro e água encanada na UDH. Em 2000, o percentual era de 98,43% e em 2010, o indicador registrou 94,87%. Página 13 de 15 Fonte: Elaborado por PNUD, Ipea e FJP. Fonte: PNAD Contínua (2000 e 2010). Considerando-se que o distrito possui somente moradores de média e alta renda, se torna mais difícil encontrar domicílios que não tivessem acesso aos serviços básicos. Parte 7: Discussão e análise sobre vulnerabilidade A relação entre renda e capacidade seria acentuadamente afetada pela idade da pessoa (por exemplo, pelas necessidades específicas dos idosos e dos muito jovens), pelos papéis sexuais e sociais (por exemplo, as responsabilidades especiais da maternidade e também as obrigações familiares determinadas pelo costume), pela localização (por exemplo, propensão a inundações ou secas, ou insegurança e violência em alguns bairros pobres e muito populosos), (SEN, 2000, p.110). A vulnerabilidade diz respeito ao quão suscetíveis a pobreza, fome, pouca educação, desemprego, falta de moradia, etc. - tais variáveis combinadas, refletem o nível de vulnerabilidade da população em questão. Os dados de 2010 refletem uma melhora em um cenário que já era bom em 2000. Por exemplo, a porcentagem de crianças de até 14 anos extremamente pobres em 2000 era de 4,47%, já em 2010, era de 0,36%. Abaixo um apontamento das melhoras mais significativas: ● O percentual de mães chefes de família, sem fundamental completo e com pelo menos um filho menor de 15 anos de idade - Em 2000 era de 57,30% e em 2010 caiu para 29,54%. ● O percentual de pessoas de 18 anos ou mais sem ensino fundamental completo e em ocupação informal - em 2000 era de 37,92% e em 2010 caiu para 27,26%. Página 14 de 15 CONCLUSÃO Concluímos que redigir uma análise sobre o tema foi trabalhoso, como ponto principal, a grande dificuldade foi depararmo-nos com o forte hábito de produzirmos articulações para defender nosso ponto de vista o que deturpa os dados com um viés de particularidades individuais. A utilização de indicadores de desenvolvimento humano já existentes e consolidadas quanto a sua metodologia. O IDHM possibilitou uma análise detalhada de todo o cenário e contexto que envolveu essa região específica. Alcançando o objetivo proposto de analisar o comportamento do IDHM do bairro Itaim Paulista, é possível identificar os indicadores nos anos de 2000 e 2010, os fatores determinantes de sua evolução. A partir dessa análise, foi possível perceber que, uma vez que a Educação foi o elemento dentro do Índice de Desenvolvimento Humano que teve um aumento de 19,35% de relevância no ano 2010, fica evidente que as estratégias adotadas trouxeram melhorias na qualidade do ensino. Destaco um ponto positivo a Vulnerabilidade Social mostra que houve uma diminuição de 0,36% em 2010. Também é possível perceber que houve redução no percentual de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e são vulneráveis à pobreza, que passou de 9,25% para 7,05%. Nesse mesmo período observado, houve redução no percentual da população em domicílios com banheiro e água encanada na UDH. Em 2000, o percentual era de 98,43% e em 2010, o indicador registrou 94,87%. Página 15 de 15 REFERÊNCIAS ATLAS BR. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Disponível em: http://www.atlasbrasil.org.br/perfil/udh/1355030812011 Acesso out 2021 . Acesso em: 2 abr 2021. IPEA. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/. Acesso em: 25 nov 2021. SEN, Amartya. Desenvolvimento como Liberdade. Companhia das Letras: Prêmio Nobel. Tradução de Laura Teixeira Motta. São Paulo, 2000. DOWBOR, L. Educação e desenvolvimento local. Disponível em: https://biblioteca.isauroarancibia.org.ar/wp-content/uploads/2020/11/LA-PIRAGUA- 24.pdf#page=125. Acesso em: 27/10/2021. http://www.atlasbrasil.org.br/perfil/udh/1355030812011%20Acesso%20out%202021 https://www.ipea.gov.br/portal/ https://biblioteca.isauroarancibia.org.ar/wp-content/uploads/2020/11/LA-PIRAGUA-24.pdf#page=125 https://biblioteca.isauroarancibia.org.ar/wp-content/uploads/2020/11/LA-PIRAGUA-24.pdf#page=125