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CEPROAL CENTRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE DE ALAGOAS CURSO DE TÉCNICO DE ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA À SAÚDE MENTAL IV TRANSTORNOS ALIMENTARES E ESQUIZOFRENIA Enf. Ademir Ferreira Júnior COREN-AL-682.131-ENF Pós-graduando em Urgência e Emergência em Enfermagem Pós-graduando em Docência do Ensino Superior TRANSTORNOS ALIMENTARES ANOREXIA NERVOSA A anorexia é um transtorno alimentar que se inicia a partir de falta de percepção adequada da imagem corporal. Quase sempre afeta mulheres adolescentes, que sempre se percebem muito acima do peso, mas não estão, e mais raramente pode afetar os homens. Com isso, elas vão diminuindo progressivamente o consumo de alimentos podendo chegar a quadros severos de desnutrição. ANOREXIA NERVOSA Há dois tipos de anorexia nervosa: • Tipo restritivo: A pessoa limita a ingestão de alimentos, mas não come compulsivamente nem pratica purgação de forma regular – por exemplo, induzindo próprio vômito (uma prática denominada vômito autoinduzido) ou tomando laxantes. Algumas pessoas praticam exercícios em excesso. • Tipo compulsão alimentar/purgativo: A pessoa limita sua ingestão de alimentos, mas também come compulsivamente e/ou pratica a purgação em intervalos regulares. SINTOMAS A - Recusa em manter peso corporal em um nível igual ou acima do mínimo normal à idade e à altura (índice de massa corporal menor ou igual a 17,5 Kg/m2 ou 85% do esperado). B - Medo intenso de ganhar peso ou de tornar-se gordo, mesmo estando com peso abaixo do normal. C - Perturbação no modo de vivenciar o peso ou a forma do corpo, influência indevida do peso ou da forma do corpo sobre a autoavaliação ou negação do baixo peso corporal atual. D - Nas mulheres pós menarca, amenorreia ( três ciclos menstruais consecutivamente ausentes). Considera-se amenorreia se períodos ocorrem após a administração de hormônio (p.ex. estrógeno). Especificar se: tipo restritivo: sem comportamento compulsivo/ pugativo tipo compulsão periódica/purgativo: quando há episódio de compulsão alimentar e/ou provocação de vômito, uso de laxantes e/ou diuréticos BULEMIA NERVOSA Já a bulimia afeta jovens de ambos os sexos que querem ter um corpo “bonito” — nem gordo, nem magro —, mas continuam se alimentando muito. Para não engordar, porém, forçam o vômito após as refeições, fazem dietas inadequadas e exageram na atividade física. SINTOMAS Episódios recorrentes de compulsão alimentar Comportamento compensatório, como autoindução de vômito, uso indevido de laxantes, diuréticos, edema ou outros medicamentos, ou exercícios excessivos Autoavaliação claramente influenciada pela imagem e pelo peso corporal Geralmente o peso corporal é normal, mas a pessoa pode estar acima ou abaixo do peso Restrição do consumo total de calorias entre as compulsões, seleção de alimentos com baixas calorias ao mesmo tempo em que se evitam alimentos que supostamente engordam ou podem disparar a compulsão Sintomas de depressão e ansiedade SINTOMAS Possível uso de substancias, envolvendo álcool ou estimulantes Perda do esmalte dos dentes Dentes com aparência de deteriorados, lascados ou desgastados Aumento de cáries dentárias Irregularidades menstruais Dependência de laxantes Lacerações esofágicas Anormalidades hídricas e eletrolíticas Alcalose metabólica (decorrente de vômito) ou acidose metabólica (de diarreia) Níveis séricos da amilase levemente aumentados ESQUIZOFRENIA ESPECTRO DA ESQUIZOFRENIA • O espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos inclui esquizofrenia, outros transtornos psicóticos e transtorno (da personalidade) esquizotípica; • Esses transtornos são definidos por anormalidades em um ou mais dos cinco domínios a seguir: delírios, alucinações, pensamento (discurso) desorganizado, comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo catatonia) e sintomas negativos. DELÍRIOS • Seu conteúdo pode incluir uma variedade de temas: • Delírios persecutórios: crença de que o indivíduo irá ser prejudicado, assediado, e assim por diante, por outra pessoa, organização ou grupo; • Delírios de referência: crença de que alguns gestos, comentários, estímulos ambientais, e assim por diante, são direcionados à própria pessoa; • Delírios de grandeza: quando uma pessoa crê que tem habilidades excepcionais, riqueza ou fama); • Delírios niilistas envolvem a convicção de que ocorrerá uma grande catástrofe, e delírios somáticos concentram-se em preocupações referentes à saúde e à função dos órgãos; • Os delírios são crenças fixas, não passíveis de mudança à luz de evidências conflitantes; ALUCINAÇÕES • Alucinações são experiências semelhantes à percepção que ocorrem sem um estímulo externo; • São vívidas e claras, com toda a força e o impacto das percepções normais, não estando sob controle voluntário; • Podem ocorrer em qualquer modalidade sensorial, embora as alucinações auditivas sejam as mais comuns; • Alucinações auditivas costumam ser vívidas como vozes, familiares ou não, percebidas como diferentes pensamentos do indivíduo; • As alucinações devem ocorrer no contexto de um sensório sem alterações; • Em alguns contextos culturais, alucinações podem ser elemento normal de experiências religiosas; DESORGANIZAÇÃO DO PENSAMENTO (DISCURSO) • A desorganização do pensamento (transtorno do pensamento formal) costuma ser inferida a partir do discurso do indivíduo; • Este pode mudar de um tópico a outro (descarrilamento ou afrouxamento das associações); • As respostas a perguntas podem ter ou não ter relação alguma; • Raras vezes, o discurso pode estar tão gravemente desorganizado que é quase incompreensível, lembrando a afasia receptiva em sua desorganização linguística (incoerência ou “salada de palavras”); • Uma vez que o discurso levemente desorganizado é comum e inespecífico, o sintoma deve ser suficientemente grave a ponto de prejudicar de forma substancial a comunicação efetiva; • A gravidade do prejuízo pode ser de difícil avaliação quando a pessoa que faz o diagnóstico vem de um contexto linguístico diferente daquele de quem está sendo examinado; • Pode ocorrer desorganização menos grave do pensamento ou do discurso durante os períodos prodrômicos da esquizofrenia. Fase que precede o aparecimento de sintomas de uma dada doença, na qual a maioria dos sinais clínicos são inespecíficos. COMPORTAMENTO MOTOR GROSSEIRAMENTE DESORGANIZADO OU ANORMAL (INCLUINDO CATATONIA) • Comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal pode se manifestar de várias formas, desde o comportamento “tolo e pueril” até a agitação imprevisível; • Os problemas podem ser observados em qualquer forma de comportamento dirigido a um objetivo, levando a dificuldades na realização das atividades cotidianas; • Comportamento catatônico é uma redução acentuada na reatividade ao ambiente; • Varia da resistência a instruções (negativismo), passando por manutenção de postura rígida, inapropriada ou bizarra, até a falta total de respostas verbais e motoras (mutismo e estupor); • Pode, ainda, incluir atividade motora sem propósito e excessiva sem causa óbvia (excitação catatônica); • Outras características incluem movimentos estereotipados repetidos, olhar fixo, caretas, mutismo e ecolalia • Ainda que a catatonia seja historicamente associada à esquizofrenia, os sintomas catatônicos são inespecíficos, podendo ocorrer em outros transtornos mentais; SINTOMAS NEGATIVOS • Dois sintomas negativos são especialmenteproeminentes na esquizofrenia: expressão emocional diminuída ou avolia • Expressão emocional diminuída inclui reduções na expressão de emoções pelo rosto, no contato visual, na entonação da fala e nos movimentos das mãos, da cabeça e da face, os quais normalmente conferem ênfase emocional ao discurso; • A avolia é uma redução em atividades motivadas, autoiniciadas e com uma finalidade; • A pessoa pode ficar sentada por períodos longos e mostrarpouco interesse em participar de atividades profissionais ou sociais; • Outros sintomas negativos incluem alogia, anedonia e falta de sociabilidade; • A alogia é manifestada por produção diminuída do discurso; • A anedonia é a capacidade reduzida de ter prazer resultante de estímulos positivos, ou degradação na lembrança do prazer anteriormente vivido; • A falta de sociabilidade refere-se à aparente ausência de interesse em interações sociais, podendo estar associada à avolia; EPIDEMIOLOGIA • Trabalhos mais recentes têm apresentado resultados próximos a 1% da população; • Recente revisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o impacto mundial da doença relataram uma taxa de prevalência de 0,92% para homens e 0,9% para mulheres; • Taxas de prevalência mais elevadas (próximas a 1%) também têm sido relatadas em estudos recentes realizados na América Latina e no Brasil; EPIDEMIOLOGIA • Casos novos de esquizofrenia raramente ocorrem antes da puberdade e acima dos 50 anos; • A idade na primeira admissão hospitalar é mais precoce para os homens (média de 25 anos) do que para as mulheres (média de 30 anos); • Pacientes com história familiar positiva para transtornos psicóticos em parentes de primeiro grau: – Não houve diferença entre os sexos quanto à idade de início, mas esses pacientes apresentaram um início de doença mais precoce do que aqueles sem antecedentes familiares; – Associação entre história familiar positiva e início mais precoce para a esquizofrenia; EPIDEMIOLOGIA • Os homens têm um início em torno dos 18-25 anos e as mulheres em torno dos 25-35 anos; • No início da adolescência, a razão homem/mulher é 2:1; • Após os 50 anos, essa proporção se inverte e aproximadamente 3% a 10% das mulheres iniciam a doença após os 45 anos; • O sexo é um importante fator preditivo no curso e na evolução da esquizofrenia; EPIDEMIOLOGIA • Tempo de permanência no hospital, número de recaídas, remissão de sintomas, adaptação social e número de suicídios: as mulheres mostram um melhor desempenho que os homens; • A esquizofrenia está entre as 10 principais causas de incapacitação entre pessoas na faixa etária de 15 a 44 anos; • A pior evolução no sexo masculino: pior prognóstico na esquizofrenia – personalidade pré- mórbida mais comprometida, idade de início mais precoce, sintomas negativos, pior resposta ao tratamento. ETIOLOGIA • Existem várias teorias para justificar os achados epidemiológicos, mas a mais documentada é a de que o estrógeno atua como um fator protetor nas mulheres; • Trauma de nascimento são as anormalidades estruturais cerebrais, que estão mais associadas ao sexo masculino: idade de início mais precoce, sintomas negativos, alargamento dos ventrículos cerebrais, gravidade e cronicidade da doença; • Fatores predisponentes (genéticos, constitucionais, bioquímicos) em concomitância com fatores ambientais para o desenvolvimento da doença; CARACTERÍSTICAS BÁSICAS • ESQUIZOFRENIA (ESQUIZO: DIVIDIR + FRENOS: DIAFRAGMA) • + OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS • SÃO ANORMALIDADES: • FASE ATIVA: DELÍRIOS, ALUCINAÇÕES, PENSAMENTO DESORGANIZADO, COMPORTAMENTO MOTOR DESORGANIZADO = respondem bem ao tratamento. E • SINTOMAS NEGATIVOS: Embotamento afetivo/falta de interesse/isolamento social/escassez de pensamento/vida emocional e intelectual pobre= surgem primeiro (PRÓDROMO), difícil controle. SINTOMAS - o Pródromo “LEMBRA DEPRESSÃO” NO INÍCIO (difícil diagnóstico precoce) SINTOMAS NEGATIVOS (PRÓDROMO E RESIDUAIS) • EXPRESSÃO EMOCIONAL DIMINUÍDA - AFETO EMBOTADO (redução de expressão das emoções pelo rosto, pelo contato visual, na fala, nos movimentos do corpo para entonar afeto) • AVOLIA (redução de motivação nas atividades auto iniciadas. Fica sentada por horas e não interage socialmente). • ALOGIA (redução do discurso) • ANEDONIA (sem prazer após estímulos positivos) • FALTA DE SOCIABILIDADE Quadro mais tardio, em que os sintomas chamados de 'negativos' passam a ser mais proeminentes PRODUÇÃO DE SINTOMAS PSICÓTICOS (fase ativa) • DELÍRIOS + ALUCINAÇÕES + COMPORTAMEN TO DESORGANIZA DO MOTO R +PENSAMENTO DESORGANIZADO DELÍRIOS CRENÇAS FIXAS CONFLITANTES (persecutórios, de referência, somáticos, de grandeza,...) Podem ser bizarros (incompreensíveis na mesma cultura) • Persecutórios (o indivíduo será prejudicado, assediado, perseguido, etc): + comuns • De referência (gestos, comentários, estímulos do ambiente são direcionado à pessoa): comuns • De grandeza (crê que têm habilidades excepcionais, riqueza e fama) • Erotomaníacos: crê falsamente que outra pessoa está apaixonada por ele • Niilistas: ocorrerá grande catástrofe • Somáticos: saúde e funções dos órgãos DELÍRIOS • Delírio: ideia firmemente defendida, depende do grau de convicção com que a crença é defendida, apesar de evidências contraditórias claras ou razoáveis acerca de sua veracidade • INSIGHT BOM: Paciente se dá conta que sua crença pode ser uma inverdade • INSIGHT AUSENTE: Acredita piamente que sua crença distorcida é real uma compreensão intuitiva precisa e profunda de uma pessoa ou coisa ALUCINAÇÕES • EXPERIÊNCIAS SEMELHANTES À PERCEPÇÃO DE ALGO REAL, PORÉM SEM NENHUM ESTÍMULO EXTERNO. SÃO VÍVIDAS, CLARAS COMO SE FOSSEM REAIS. NÃO HÁ CONTROLE SOBRE ELAS. • AUDITIVAS e VISUAIS + comuns (sem alterações neurológicas, do aparelho auditivo ou globo ocular) • Ver contexto cultural DESORGANIZAÇÃO DO PENSAMENTO • PERCEBE-SE A PARTIR DO DISCURSO DO INDIVÍDUO. • PODE MUDAR DE UM TÓPICO AO OUTRO (descarrilamento ou afrouxamento das associações) • ÀS VEZES É TÃO CONFUSO E INCOMPREENSÍVEL QUE LEMBRA uma “SALADA DE PALAVRAS” • PREJUDICA A COMUNICAÇÃO • AS MANIFESTAÇÕES MENOS GRAVES (sintomas negativos) PODEM SURGIR NO PERÍODO PRODRÔMICO (inicio dos sinais e sintomas) COMPORTAMENTO MOTOR GROSSEIRAMENTE ANORMAL • INCLUI CATATONIA (redução acentuada na reatividade ao ambiente), VARIA DO NEGATIVISMO (resistência às instruções), PASSANDO POR MANUTENÇÃO DA POSTURA RÍGIDA, BIZARRA ATÉ A FALTA TOTAL DE RESPOSTAS VERBAIS E MOTORAS (mutismo e estupor). • OCORREM MOVIMENTOS ESTEREOTIPADOS REPETIDOS, OLHAR FIXO, CARETAS, MUTISMO E ECO DA FALA • ESTES SINTOMAS PODEM OCORRER EM OUTROS TRANSTORNOS MENTAIS (bipolar, depressivo com catatonia) OU POR CONDIÇÕES MÉDICAS • Os pacientes podem ser impulsivos, agitados ou retraídos, muitas vezes apresentando risco de suicídio ou agressão, além de exposição moral, como por exemplo falar sozinho em voz alta ou andar sem roupa em público TIPOS • TRANSTORNO DELIRANTE: AO MENOS UM MÊS DE DELÍRIOS SEM outros SINTOMAS PSICÓTICOS OBRIGATÓRIOS • TRANSTORNO PSICÓTICO BREVE: DELÍRIOS/ALUCINAÇÕES/COMPORTAMENTO MOTOR GROSSEIRO- DURA MAIS QUE UM DIA E REMITE EM UM MÊS • TRANSTORNO ESQUIZOFRENIFORME: DURA MENOS DE 6 MESES • ESQUIZOFRENIA: DURA 6 MESES OU + E UM MÊS DE SINTOMAS NA FASE ATIVA • T. ESQUIZOAFETIVO: EPISÓDIO DEPRESSIVO OU MANÍACO + DELÍRIOS/ALUCINAÇÕES/COMP. MOTOR GROSSEIRO E SEGUE COM SINTOMAS PSICÓTICOS NA AUSÊNCIA DO QUADRO DE HUMOR TRANSTORNO DELIRANTE • A. Presença de UM delírio ou mais, por pelo menos UM MÊS (1 mês ou +) • B. NÃO TEM ALUCINAÇÕES • C. O funcionamento NÃO é tão prejudicado • D. Se ocorrer mania ou depressão, é BREVE em comparação aos delírios • E. A perturbação NÃO se deve ao efeito de drogas, álcool, ou condição médica, nem a outro transtorno mental • Prevalência: 0,2% (+ persecutório) • Curso: Em jovens e idosos, pode evoluir para esquizofrenia • Consequências Funcionais: Leves, mas algum isolamento social e prejuízo profissional • Diagnóstico Diferencial: Diferenciar de TOC, Esquizofrenia, Delirium, T. Depressivo, T. Bipolar TRANSTORNO DELIRANTE TRANSTORNO PSICÓTICO BREVE • A. Presença de UM ou mais sintomas: – 1. Delírios – 2. Alucinações – 3. Discurso Desorganizado – 4. Comportamento motor desorganizado • B. Dura de UM dia a 1 MÊS • C. Descartar T. Depressivo, T. Bipolar, Esquizofrenia,Catatonia • Prevalência: 9% (EUA), mais comum em mulheres (2X) • Curso: Adolescência, início idade adulta (30) • Consequências Funcionais: Taxas altas de recaída; TRANSTORNO PSICÓTICO BREVE TRANSTORNO ESQUIZOFRENIFORME • A. DOIS ou mais, que ocorrem por UM MÊS (se tratados com sucesso) – 1. Delírios – 2. Alucinações – 3. Discurso Desorganizado – 4. Comportamento motor grosseiro – 5. Sintomas negativos • B. Estes sintomas todos duram de 1 mês a no máximo até 6 meses • C. Descartar T. Esquizoafetivo, T. Bipolar, T.Depressivo, etc • D. Esses sintomas não se devem a efeitos de drogas, álcool, remédios TRANSTORNO ESQUIZOFRENIFORME • Prevalência: Incerta, muitos migram para Esquizofrenia. • Curso: 2/3 migram para esquizofrenia • FATOR DE RISCO: Genéticos (esquizofrenia) • Consequências Funcionais: Semelhantes aos da esquizofrenia. Várias disfunções em trabalho, vida pessoal, familiar, autocuidado ESQUIZOFRENIA • A. 2 ou +, por pelo menos UM MêS – 1. Delírios – 2. Alucinações – 3. Discurso desorganizado – 4. Comportamento motor grosseiro – 5. Sintomas Negativos • B. Desde o início da perturbação, as áreas da vida foram afetadas: trabalho, família, relacionamentos, autocuidado • C. Estes sintomas todos, duram pelo menos 6 MESES ESQUIZOFRENIA • D. Descartar outros transtornos mentais • E. Não de seve aos efeitos de drogas, álcool, ou condição médica • F. Se há diagnóstico de autismo na infância, somente pode ser dado diagnóstico adicional de esquizofrenia, se houver sintomas psicóticos • Prevalência: 0,3 a 0,9% • Curso: Fim da adolescência, até 30 anos. Desenvolvimento lento, e gradativo. Quanto mais cedo, pior prognóstico. Prejuízo cognitivo persistente e crônico. Em crianças, é mais difícil fazer diagnóstico. • Fatores de Risco: • Ambientais: Ambientes urbanos • Genéticos; Problemas na gestação (idade avançada, infecções, desnutrição, diabetes) • Suicídio: 6% morrem. 20% tentam (“comando das alucinações”). Riscomaior após alta hospitalar. • Consequências Funcionais: Significativa disfunção profissional, pessoal, cognitiva, etc ESQUIZOFRENIA TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO • A. Período ininterrupto da doença, que existe UM episódio depressivo ou maníaco CONCOMITANTE ao critério A da esquizofrenia • B. Delírios e alucinações por 2 SEMANAS ou + na ausência de sintomas de humor • C. Os sintomas que satisfazem critérios para episódio de humor, estão presentes durante a fase ativa e residual da doença • D. A perturbação não é efeito de substâncias ou condição médica • Prevalência: 0,3%, mais mulheres • Fatores de Risco: mesmo que esquizofrenia • Risco de Suicídio: A presença de sintomas depressivos aumenta chances TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO CATATONIA • A. Estado clínico dominado por 3 ou +: – 1. Estupor – 2. Catalepsia – incapacidade de mover os membros – 3. Flexibilidade cérea - braço ou perna do indivíduo permanece na posição em que sãocolocados – 4. Mutismo – 5. Negativismo – 6. Postura – 7. Estereotipia - movimentos bizarros e repetitivos – 8. Agitação – 9. Caretas – 10. Ecolalia – 11. Ecopraxia- é a repetição involuntária ou a imitação dos movimentos de outraspessoas PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES • Adolescência / Início da idade adulta Sensações corporais distorcidas Ataques de raiva Fisicamente desajeitados Despreocupação com higiene pessoal e aparência Retraimento social e falta de motivação Afeto inadequado Perda de interesse ou prazer Depressão, ansiedade, raiva Perturbações no padrão de sono e dificuldade de concentração FILMES • A ILHA DO MEDO • UMA MENTE BRILHANTE • ESQUIZOFRENIA: ENTRE O REAL E O IMAGINÁRIO REPERCUSSÕES • A esquizofrenia é uma doença crônica, com importante carga financeira e social para o paciente, seus familiares e a sociedade; • Essa carga refere-se aos custos com o tratamento, à perda da produtividade e do status funcional, às limitações impostas pela doença e à diminuição da QV; • A manifestação destes sintomas varia com as características do paciente e com o tempo, mas o efeito cumulativo da doença tende a ser grave e persistente; • É uma doença psiquiátrica crônica, com prejuízo sócio funcional; REPERCUSSÕES • De caráter crônico, pode gerar sérios prejuízos na vida dos pacientes e dos familiares; • O impacto da doença provoca perdas funcionais, relacionadas a habilidades de trabalho, afetivas e de relacionamento social; • As perdas são percebidas pelos próprios pacientes como fatores de interferência na qualidade de vida; • REDE DE APOIO SOCIAL – ESPIRAL DE DETERIORAÇÃO PROGRESSIVA; COGNIÇÃO • Processo pelo qual um indivíduo se torna ciente de si, do que o rodeia e da compreensão de conceitos, envolvendo aspectos como a percepção, pensamento e memória; • As funções cognitivas compreendem os domínios da atenção, da percepção, da linguagem, da compreensão e fluência verbal, dos vários tipos de aprendizagem e de memória, do processamento da informação, da organização perceptiva e do funcionamento executivo. REPERCUSSÕES • Os pacientes com esquizofrenia apresentam déficits em vários domínios cognitivos, em particular nos domínios: da atenção/vigilância, velocidade de coordenação visual-motora, velocidade psicomotora, diversos tipos de memória, inteligência e funções executivas. COGNIÇÃO SOCIAL • Relacionados as interações sociais e que incluem os processos envolvidos na percepção, interpretação, programação e geração de respostas às intenções, disposições e comportamentos dos outros; • Asseguram o modo como são construídas as inferências acerca das crenças e intenções em relação aos outros; • Os doentes com esquizofrenia apresentam défices na cognição social, que se centram no processamento e percepção das emoções, na mente, na percepção social, no conhecimento social, na resolução de problemas e nas aptidões sociais; FUNCIONALIDADE • Constitui uma área que engloba o funcionamento pessoal em contexto social, nas esferas comunitária, profissional e familiar; • A sua disfunção é entendida como a diminuição ou incapacidade em satisfazer os padrões de comportamento esperado para o grupo etário e nível sociocultural e econômico e em desempenhar tarefas sociais, laborais ou acadêmicas; • Pode gerar déficits significativos no funcionamento psicossocial, incluindo dificuldades nas interações sociais, dificuldade na manutenção dos relacionamentos e/ ou incapacidade em funcionar de forma adequada no local de trabalho; SOBRECARGA FAMILIAR • Estudos brasileiros e internacionais demonstraram que cuidadores de pacientes portadores de condições crônicas e incapacitantes experienciam algum tipo de sobrecarga, seja ela objetiva ou subjetiva; • Altas taxas de impacto sobre a vida social, sobre o bem-estar físico e emocional e sobre as finanças dos cuidadores; • Os autores apontam para a necessidade de implementar ações no sentido de apoiar as famílias, evitando, assim, danos tanto para os cuidadores como para os pacientes. SOBRECARGA FAMILIAR • A sobrecarga objetiva se refere às consequências da alteração da rotina e dos projetos de vida, da diminuição da vida social e da supervisão de comportamentos problemáticos; • O cuidado com o paciente portador de um transtorno mental grave requer adaptações na vida diária, e os cuidadores acabam por desistir ou mudar os seus objetivos, deixando de viver sua realidade e passando a viver uma realidade construída a partir do convívio com o paciente; SOBRECARGA FAMILIAR • A sobrecarga subjetiva se refere a distúrbios emocionais experienciados pelo cuidador ou às percepções, preocupações, sentimentos negativos e incômodos gerados pelo fato de ter que cuidar de um paciente esquizofrênico. PRECONCEITO • O estigma associado aos transtornos mentais é o principal obstáculo para que seus portadores procurem tratamento; • Essa falta de visibilidade faz com que os governos, em geral, aloquem poucos recursos para a saúde mental e seus portadores enfrentem o isolamentosocial e dificuldades para encontrar moradia e trabalho; • Além disso, recebem atendimento de saúde de pior qualidade; PRECONCEITO • Atribuição do diagnóstico de esquizofrenia em casos cotidianos sem nenhum rigor médico ou científico – diagnósticos dados pela opinião leiga de autoridades policiais, vizinhos ou familiares de personagens de histórias reais; • Uso recorrente metafórico do termo “esquizofrenia”, com significados depreciativos como contraditório, insano, incompreensível; • Baixa frequência de histórias jornalísticas positivas sobre a esquizofrenia e a alta prevalência de notícias relacionando violência e transtorno mental; • Ausência de discussão aprofundada com especialistas no campo da saúde mental; TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 1) monoterapia com antipsicóticos típicos ou atípicos; 2) ajuste da dose; 3) troca de antipsicótico (pelo menos 3 drogas); 4) clozapina; 5) combinação com outras drogas; 6) eletroconvulsoterapia. https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-esquizofrenia-livro-2013.pdf https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-esquizofrenia-livro-2013.pdf TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO • As intervenções psicossociais podem ser divididas em: terapia cognitivo-comportamental terapia familiar psico-educativa treino de aptidões sociais remediação cognitiva. • TCC e a terapia familiar psico-educativa: minimizar os sintomas e as recaídas, melhorandoa adesão ao tratamento e por sua vez afuncionalidade do doente. • Remediação cognitiva: visa a melhoria do desempenho cognitivo. CUIDADOS DE ENFERMAGEM • O cuidado de enfermagem, com enfoque no sistema familiar, tem se mostrado bastante útil; • A enfermagempsiquiátricaestá fundamentada no relacionamento interpessoal enfermeiro- paciente, por meio do qual se observam os aspectos biopsicossociais do ser humano; • No aspecto biológico, a enfermagem lida com os efeitos colaterais da medicação e acompanha a saúde geral do paciente e sua família; • No campo psicossocial, pode envolver-se em diversas atividades, como a visita domiciliar, a coordenação de grupos de pacientes em oficinas e outros temas; • A promoção do acessodo paciente e de sua famíliaaos recursos da comunidade pode contribuir para a reabilitação;
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