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Questões Questão 1: CEBRASPE (CESPE) - AssJ (TJ AM)/TJ AM/Programador/2019 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto CB3A1-I O maior desafio do Poder Judiciário no Brasil é tornar-se cada vez mais acessível às pessoas, até mesmo a quem não pode arcar com o custo financeiro de um processo. De um modo amplo, o acesso à justiça significa a garantia de amparo aos direitos do cidadão por meio de uma ordem jurídica justa e, caso tais direitos sejam violados, a possibilidade de ele buscar a devida reparação. Para tornar efetivo esse direito fundamental e popularizá-lo, foram feitas várias mudanças na lei ao longo dos anos. Esse movimento de inclusão é conhecido como ondas renovatórias. Atualmente, já se fala no surgimento da quarta onda, que está relacionada aos avanços da tecnologia. Na primeira onda renovatória, buscou-se superar as barreiras econômicas do acesso à justiça. No Brasil, as medidas para garantir a assistência judiciária a quem não pode arcar com as custas de um processo ou ser assistido por um advogado particular foram efetivadas principalmente pela Lei n.º 1.060, de 1950, e pela criação da Defensoria Pública da União, em 1994, que atende muitos segurados do INSS que têm de recorrer ao Poder Judiciário para conseguir um benefício. A segunda onda renovatória enfrentou os desafios de tornar o processo judicial acessível a interesses coletivos, de grupos indeterminados, e não apenas limitado a ser um instrumento de demandas individuais. Para assegurar a tutela dos direitos difusos, que dizem respeito à sociedade em geral, foram criados instrumentos para estimular a democracia participativa. Os principais avanços ocorreram com a entrada em vigor da Lei da Ação Civil Pública, em 1985, e do Código de Defesa do Consumidor, em 1990, que, conjuntamente, formaram o microssistema processual para assegurar os interesses da população. A terceira onda encorajou uma ampla variedade de reformas na estrutura e na organização dos tribunais, o que possibilitou a simplificação de procedimentos e, consequentemente, do processo. Entendeu-se que cada tipo de conflito tem uma forma adequada de solução: a decisão final para uma controvérsia pode ser tomada por um juiz, árbitro ou pelas próprias partes, com ou sem o auxílio de terceiros neutros, como mediadores e conciliadores. Hoje, na quarta onda renovatória, a chamada revolução digital e suas mudanças rápidas aceleraram a engrenagem judicial. Esse processo de transição do analógico para o digital não se resume apenas à virtualização dos tribunais com a chegada do processo eletrônico. As tecnologias da informação e comunicação oferecem infinitas possibilidades para redesenhar o que se entende por justiça. As plataformas digitais de solução de conflitos popularizaram serviços antes tidos como caros e pouco acessíveis. Hoje existe até a oferta de experiências de cortes online, nas quais as pessoas têm acesso aos tribunais com um clique, sem sair de casa. Mariana Faria. O que tecnologia tem a ver com acesso à justiça? 13/6/2018. Internet: <www.dacordo.com.br> (com adaptações). Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB3A1-I, julgue o item a seguir. A forma verbal “têm” concorda com o termo “muitos segurados do INSS”. Certo Errado Questão 2: CEBRASPE (CESPE) - AJP (PGE PE)/PGE PE/2019 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto CB2A1-I Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza, o poder e o saber mudaram simultaneamente. Quando isso ocorre, sobrevêm verdadeiras descontinuidades que marcam época, pedras miliares no caminho da humanidade. A invenção das técnicas para controlar o fogo, o início da agricultura e do pastoreio na Mesopotâmia, a organização da democracia na Grécia, as grandes descobertas científicas e geográficas entre os séculos XII e XVI, o advento da sociedade industrial no século XIX, tudo isso representa saltos de época, que desorientaram gerações inteiras. Se observarmos bem, essas ondas longas da história, como as chamava Braudel, tornaram-se cada vez mais curtas. Acabamos de nos recuperar da ultrapassagem da agricultura pela indústria, ocorrida no século XX, e, em menos de um século, um novo salto de época nos tomou de surpresa, lançando-nos na confusão. Dessa vez o salto coincidiu com a rápida passagem de uma sociedade de tipo industrial dominada pelos proprietários das fábricas manufatureiras para uma sociedade de tipo pós- industrial dominada pelos proprietários dos meios de informação. O fórceps com o qual a recém-nascida sociedade pós-industrial foi extraída do ventre da sociedade industrial anterior é representado pelo progresso científico e tecnológico, pela globalização, pelas guerras mundiais, pelas revoluções proletárias, pelo ensino universal e pelos meios de comunicação de massa. Agindo simultaneamente, esses fenômenos produziram uma avalanche ciclópica — talvez a mais irresistível de toda a história humana — na qual nós, contemporâneos, temos o privilégio e a desventura de estar envolvidos em primeira pessoa. Ninguém poderia ficar impassível diante de uma mudança dessa envergadura. Por isso a sensação mais difundida é a desorientação. A nossa desorientação afeta as esferas econômica, familiar, política, sexual, cultural... É um sintoma de crescimento, mas é também um indício de um perigo, porque quem está desorientado sente-se em crise, e quem se sente em crise deixa de projetar o próprio futuro. Se deixarmos de projetar nosso futuro, alguém o projetará para nós, não em função de nossos interesses, mas do seu próprio proveito. Domenico de Masi. Alfabeto da sociedade desorientada: para entender o nosso tempo. Trad. Silvana Cobucci e Federico Carotti. São Paulo: Objetiva, 2017, p. 93-4 (com adaptações). A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue. Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal “representa” fosse substituída por representam. Certo Errado Questão 3: CEBRASPE (CESPE) - PCF/PF/Área 1/2018 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto CB1A1AAA Não há dúvida de que a televisão apresenta ao público uma visão distorcida de como a ciência forense é conduzida e sobre o que ela é capaz, ou não, de realizar. Os atores que interpretam a equipe de investigação, por exemplo, são uma mistura de policial, detetive e cientista forense — esse perfil profissional não existe na vida real. Toda profissão, individualmente, já é complexa o bastante e demanda educação, treinamento e métodos próprios. A especialização dentro dos laboratórios tornou-se uma norma desde o final da década de 80 do século passado. O cientista forense precisa conhecer os recursos das outras subdisciplinas, mas ninguém é especialista em todas as áreas da investigação criminal. Além disso, os laboratórios frequentemente não realizam todos os tipos de análise devido ao custo, à insuficiência de recursos ou à pouca procura. As séries da TV retratam incorretamente os cientistas forenses, mostrando-os como se tivessem tempo de sobra para todos os casos. Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando toda sua atenção a uma investigação. Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo. A maioria dos laboratórios acredita que o acúmulo de trabalho é o maior problema que enfrentam, e boa parte dos pedidos de aumento no orçamento baseia-se na dificuldade de dar conta de tanto serviço. Os programas de investigação criminal de ficção não reproduzem corretamente o que ocorre na vida real quando o assunto são as técnicas científicas: um cientista forense da Universidade de Maryland estima que cerca de 40% do que é mostrado no CSI não existe. Os investigadores verdadeiros não conseguem ser tão precisos quanto suas contrapartes televisivas. Ao analisar uma amostra desconhecida em um aparelho com telas brilhantes e luzes piscantes, o investigador de um desses seriadospode conseguir uma resposta do tipo “batom da marca X, cor 42, lote A-439”. O mesmo personagem talvez interrogue um suspeito e declare “sabemos que a vítima estava com você, pois identificamos o batom dela no seu colarinho”. No mundo real, os resultados quase nunca são tão exatos, e o investigador forense provavelmente não confrontaria diretamente um suspeito. Esse desencontro entre ficção e realidade pode acarretar consequências bizarras. Em Knoxville, Tennessee, um policial relatou: “Estou com um homem cujo carro foi roubado. Ele viu uma fibra vermelha no banco traseiro e quer que eu descubra de onde ela veio, em que loja foi comprada e qual cartão de crédito foi usado”. A realidade do CSI. In: Scientific American Brazil. Segmento. Internet: <http://www2.uol.com.br> (com adaptações). Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, bem como o disposto no Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue. Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal “acredita” fosse flexionada no plural: acreditam. Certo Errado Questão 4: CEBRASPE (CESPE) - Tec I (IPHAN)/IPHAN/Área 2/2018 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto CB3A1-II A construção da ideia de patrimônio cultural se deu no bojo de dois processos históricos muito importantes para o Ocidente: a constituição dos Estados-nações europeus e a instituição da história como um campo específico de conhecimento. Não é difícil entender essa relação íntima entre eles. Para unificar populações, culturas, territórios, foi preciso elaborar a própria ideia de nação, que se fundamenta em alguns elementos estruturantes: um conjunto de pessoas que partilha uma cultura, uma língua, uma origem comum, uma única identidade. Nesse contexto, a história foi um poderoso elemento de legitimação dessa ideia de nação, pois era preciso buscar suas origens no passado, evidenciando a continuidade, o caráter e a força do povo que a constituía. A concepção do passado como “herança da nação” está dada como fundamento mesmo da possibilidade de futuro — e, nesse sentido, é necessário preservá-lo, garantir a existência de seus vestígios e sinais, para usufruto das gerações que virão. O Estado, como poder legítimo instituído, que zela pelo bem da coletividade, torna-se o principal agente nesse processo de guarda da memória. Com isso, voltamos à ideia de patrimônio: tudo aquilo que “restou” do passado, que constitui vestígio das experiências vividas e do potencial de criação de um povo, pode vir a se tornar patrimônio da nação. Mônia Silvestrin. Tratando de conceitos. In: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Patrimônio imaterial: fortalecendo o Sistema Nacional. Brasília: IPHAN, 2014, p. 21-2 (com adaptações). Julgue o seguinte item, a respeito de aspectos linguísticos do texto CB3A1-II. A substituição da forma verbal “partilha” por partilham preservaria a correção gramatical do texto. Certo Errado Questão 5: CEBRASPE (CESPE) - PPF/PF/2018 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) O item a seguir apresenta, de forma consecutiva, os períodos que compõem um parágrafo adaptado do texto Como se identificam as vítimas de um desastre de massa, de Teresa Firmino (Internet: <www.publico.pt>). Julgue-o quanto à correção gramatical e à coerência e à coesão textual. Nos casos de cadáveres de vítimas carbonizadas, podem não mais haver impressões digitais. Certo Errado Questão 6: CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto 6A4AAA Todo escritor convive com um terror permanente: o do erro de revisão. O revisor é a pessoa mais importante na vida de quem escreve. Ele tem o poder de vida ou de morte profissional sobre o autor. A inclusão ou a omissão de uma letra ou de uma vírgula no que sai impresso pode decidir se o autor vai ser entendido ou não, admirado ou ridicularizado, consagrado ou processado. Todo texto tem, na verdade, dois autores: quem o escreveu e quem o revisou. Toda vez que manda um texto para ser publicado, o autor se coloca nas mãos do revisor, esperando que seu parceiro não falhe. Pode-se imaginar o que uma conspiração organizada, internacional, de revisores significaria para a nossa civilização. Os revisores só não dominam o mundo porque ainda não se deram conta do poder que têm. Eles desestabilizariam qualquer regime com acentos indevidos e pontuações maliciosas, além de decretos oficiais ininteligíveis.Grandes jornais seriam levados à falência por difamações involuntárias, exércitos inteiros seriam imobilizados por manuais de instrução militar sutilmente alterados, gerações de estudantes seriam desencaminhadas por cartilhas ambíguas e fórmulas de química incompletas. E os efeitos de uma revisão subversiva na instrução médica são terríveis demais para contemplar. Luis Fernando Veríssimo. Cuidado com os revisores. In: VIP Exame, mar./1995, p. 36-7 (com adaptações). Em relação às estruturas linguísticas e às ideias do texto 6A4AAA e aos múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue o item seguinte. A substituição da forma verbal “desencaminhadas” por desencaminhados manteria a correção gramatical e a coerência textual, caso em que passaria a concordar com “estudantes”. Certo Errado Questão 7: CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto 6A4CCC Internet: <http://bloga.grupoa.com.br> (com adaptações). No que concerne aos aspectos linguísticos do texto 6A4CCC, julgue o item a seguir. No período “É um orgulho poder contar com você”, a terceira pessoa do singular empregada na forma verbal “É” justifica-se por tratar-se de um verbo impessoal, como em É tarde. Certo Errado Questão 8: CEBRASPE (CESPE) - Enf (IHB DF)/IHB DF/2018 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto CG1A1AAA Nasci no Brás, durante a Segunda Guerra. Da rua em que morávamos até a Praça da Sé, são vinte minutos de caminhada. Quando estava com sete anos, acordei com os olhos inchados, e meu pai me levou ao pediatra. Ao voltarmos, o futebol ininterrupto que jogávamos com bola de borracha na porta da fábrica em frente parou e a molecada correu até nós. Queriam saber se era verdade que os médicos davam injeções enormes na bunda das crianças. Nenhum daqueles filhos de operários, meus irmãos ou eu havia ido ao pediatra; só os fortes sobreviviam, a morte de crianças era aceita com resignação. Em várias regiões do país, a mortalidade infantil ultrapassava uma centena para cada mil nascidos. Se a assistência médica não chegava efetivamente ao Brás fabril, o primeiro bairro da zona leste, encostado no centro da cidade que mais crescia na América Latina, que cuidados recebiam aqueles da zona rural, que constituíam mais de 70% da população? Sarampo, caxumba, catapora, difteria e tosse comprida eram doenças da infância, tão inevitáveis quanto a noite e o dia. Qualquer episódio de febre que deixasse a criança apática enlouquecia as mães, apavoradas pelo fantasma onipresente da poliomielite. O som metálico das próteses que acompanhava os passos de meninas e meninos era ouvido em toda parte. No pronto-socorro de pediatria, os bebês com diarreia e desidratação eram atendidos em uma sala com trinta berços, ao lado dos quais as mães passavam os dias e as noites em vigília. Morriam quatro ou cinco em cada plantão de 12 horas. Em 1988, o SUS passou a fazer parte da Constituição Federal. Nós nos tornamos o único país com mais de 100 milhões de habitantes que ousou oferecer saúde para todos. Apesar de termos nos esquecido de onde sairiam os recursos para tamanho desafio, dos descasos, das interferências políticas, hoje são raras as crianças sem acesso a pediatra. Em contraste com as imagens de unidades de saúde caindo aos pedaços e prontos- socorros com doentes no chão, as equipes doSaúde da Família atendem, de casa em casa, a maior parte do país continental. Temos o maior programa gratuito de vacinações e de transplante de órgãos do mundo. A distribuição universal de medicamentos contra HIV não só impediu que a epidemia se transformasse em catástrofe nacional, como serviu de base para o combate em países da África e da Ásia. Se pensarmos que, nos tempos desassistidos de minha infância, o Brasil tinha 50 milhões de habitantes, enquanto hoje somos 200 milhões, a assistência médica deu um salto quantitativo e de qualidade muito superior ao de outras áreas sociais, apesar de todas as deficiências gerenciais. Drauzio Varella. Os visionários do SUS. 14/12/2015. Internet: <https://drauziovarella.com.br> (com adaptações). A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CG1A1AAA, julgue o item a seguir. O sujeito da forma verbal “parou” é “fábrica” Certo Errado Questão 9: CEBRASPE (CESPE) - Ass Port (EMAP)/EMAP/Administrativa/2018 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) É curioso notar que a ideia de porto está presente nas sociedades humanas desde o aparecimento das cidades. Isso porque uma das características das primeiras estruturas urbanas existentes na região do Oriente Próximo foi a presença do porto. As primeiras cidades, no sentido moderno, surgiram no período compreendido entre 3.100 e 2.900 a.C., na Mesopotâmia, civilização situada às margens dos rios Tigre e Eufrates. A estrutura desses primeiros agrupamentos urbanos era tripartite: a cidade propriamente dita, cercada por muralhas, onde ficavam os principais locais de culto e as células dos futuros palácios reais; uma espécie de subúrbio, extramuros, local que agrupava residências e instalações para criação de animais e plantio; e o porto fluvial, espaço destinado à prática do comércio e que era utilizado como local de instalação dos estrangeiros, cuja admissão, em regra, era vedada nos muros da cidade. Não se trata, portanto, de uma criação aleatória apenas vinculada à atividade comercial. O porto aparece como mais um elemento de uma forte mudança civilizacional que marcou o contexto do surgimento das cidades e da escrita. O comportamento fundamental dessa mudança localiza-se no aumento das possibilidades do agir humano, na diversificação dos papéis sociais e na abertura para o futuro. Houve, em resumo, uma ampliação no grau de complexidade da sociedade. Cristiano Paixão e Ronaldo C Fleury Trabalho portuário — a modernização dos portos e as relações de trabalho no Brasil São Paulo: Método, 2008, p 17-8 (com adaptações) Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item. Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos originais do texto, caso a forma verbal “Houve” fosse substituída por Ocorreram. Certo Errado Questão 10: CEBRASPE (CESPE) - SM (PM MA)/PM MA/Combatente/2018 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto CG2A1AAA A Polícia Militar do Maranhão (PM/MA.) foi criada por meio da Lei Provincial n.º 21, de 17/6/1836, com o nome de Corpo de Polícia da Província do Maranhão. Ao longo de 115 anos, a instituição recebeu várias denominações, até ser denominada de Polícia Militar do Maranhão, em 1951. A primeira turma de oficiais da PM/MA com Curso de Formação de Oficiais formou-se em 1966, na Academia de Polícia Militar do Estado de Minas Gerais; daí em diante, aconteceram formações em outras academias de diferentes estados. Com a criação da Academia de Polícia Militar do Maranhão, por meio da Lei n.º 5.657/1993, passou a caber a ela a formação dos oficiais da corporação, tendo sido a primeira turma composta de 29 aspirantes a oficiais. Internet: <www.pm.ma.gov.br> (com adaptações). Com relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto CG2A1AAA, julgue o item subsequente. A correção gramatical e o sentido original do texto seriam mantidos caso a forma verbal “aconteceram” fosse substituída por ocorreu ou por ocorreram. Certo Errado Questão 11: CEBRASPE (CESPE) - Aux Inst (IPHAN)/IPHAN/Área 1/2018 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto CB2A1AAA Se os historiadores produzem o passado e é o passado que faz uma nação, os historiadores do patrimônio fazem política, inventando o patrimônio nacional, atribuindo valor e significados a bens e práticas culturais que circunscrevem os limites da nação. Sabemos bem que o trabalho do historiador, ao fabricar um patrimônio no seu próprio ofício da escrita da história, está integrado a um projeto de nacionalização, de construção do Estado e, portanto, de poder. Certa produção historiográfica e sociológica, em debate pelo menos desde os anos 70 do século passado e já clássica na atualidade, trouxe novos ingredientes para a reflexão sobre essa ambiguidade do papel do historiador e do intelectual de um modo geral. Essa literatura aponta os numerosos constrangimentos a que estavam submetidos, na sua produção intelectual, em função de um processo de formação, enquadramento e disciplinarização que delineava um lugar de fala, limitado por regras de diversas naturezas. Dentre elas, podem ser destacadas as de financiamento de estudos, postos a julgamentos sobre suas finalidades e objetivos por comissões de alto nível, bem como as regras que regem a oferta de trabalho. O perfil e a política das instituições em que estão inseridos, entre outros aspectos, impõem a agenda dos estudos do momento. Alguns desses autores, em confronto com interpretações totalizantes acerca dos fenômenos sociais, verificavam, também, que, diante de estratégias de dominação — identificadas em microescalas e em diferentes tipos e níveis de relações —, havia a possibilidade de pequenas subversões ou da adoção de sutis táticas de resistência; noutra vertente, pode-se falar nas brechas que se verificam em todo sistema e que arejam e alimentam esperanças de transformação. Ainda que circunscritas a determinados limites, essas ações de resistência, aparentemente insignificantes, colocam em movimento as relações e podem alterar a realidade de uma ordem imposta ou dominante, em um jogo vivido cotidiana e mais ou menos silenciosamente. É evidente, nessa perspectiva, que, diante do exercício de violência simbólica ao qual somos submetidos, na qualidade de sujeitos históricos, verificam-se nossas capacidades inventivas nos limites de possibilidades de ação de que dispomos. Essa estranha “margem de manobra”, ou, em melhores palavras, essa interseção entre um profundo pessimismo e a utopia de se construir um mundo melhor, é que mobiliza os homens para a ação. Márcia Chuva. História e patrimônio. In: Revista do patrimônio histórico e artístico nacional, n.º 34, 2012, p. 11 (com adaptações). A respeito dos aspectos linguísticos e textuais do texto CB2A1AAA, julgue o item que se segue. A forma verbal “impõem” está no plural porque concorda com o termo “instituições” . Certo Errado Questão 12: CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2018 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Como se pode imaginar, não foi o latim clássico, dos grandes escritores romanos e latinos e falado pelas classes romanas mais abastadas, que penetrou na Península Ibérica e nos demais espaços conquistados pelo Império Romano. Foi o latim popular, falado pelas tropas invasoras, que fez esse papel. Essa variante vulgar sobrepôs-se às línguas dos povos dominados e com elas caldeou-se, dando origem aos dialetos que viriam a se chamar genericamente de romanços ou romances (do latim romanice, isto é, à moda dos romanos). No século V d.C., o Império Romano ruiu e os romanços passaram a diferenciar-se cada vez mais, dando origem às chamadas línguas neolatinas ou românicas: francês, provençal, espanhol, português, catalão, romeno, rético, sardo etc. Séculos mais tarde, Portugal fundou-se como nação, ao mesmo tempo em que o português ganhou seu estatuto de língua, da seguinte forma: enquanto Portugal estabelecia as suas fronteirasno século XIII, o galego- português patenteava-se em forma literária. Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se em uma expansão de conquistas que, à imagem do que Roma fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões: Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cingapura, Índia e Brasil, para citar uns poucos exemplos em três continentes. Muito mais tarde, essas colônias tornaram-se independentes — o Brasil no século XIX, as demais no século XX —, mas a língua de comunicação foi mantida e é hoje oficial em oito nações independentes: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Instituto Antônio Houaiss. José Carlos de Azevedo (Coord.). Escrevendo pela nova ortografia: como usar as regras do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008, p. 16-7 (com adaptações). Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item seguinte. A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas caso a forma verbal “levou” fosse substituída por levaram. Certo Errado Questão 13: CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto 6A2BBB A obra de Maquiavel causou bastante polêmica por romper com a visão usual da atividade política. Na tradição cristã, a política era vista como uma forma de preparar a Cidade de Deus na terra. Na Antiguidade, era uma maneira de “promover o bem comum”. Havia sempre a referência a um objetivo transcendente, a um padrão implícito ou explícito de justiça. Para Maquiavel, o que importa, na política, é o poderreal. Não é uma questão de justiça ou de princípios, mas de capacidade de impor-se aos outros. N’O Príncipe, Maquiavel ensina que a meta de toda ação política é ampliar o próprio poder em relação aos outros.É necessário reduzir o poder dos adversários: semear a discórdia nos territórios conquistados, enfraquecer os fortes e fortalecer os fracos; em suma, dividir para reinar. Os Discorsi são uma longa glosa dos dez primeiros livros da História de Roma, de Tito Lívio, vistos como um documento histórico incontestável, embora hoje se saiba que o autor não se furtava a alterar os fatos para robustecer seu caráter alegórico ou exemplar — procedimento, aliás, que Maquiavel também adotaria em suas Histórias Florentinas. Na obra, ele procura, nos costumes dos antigos, elementos que possam ser utilizados na superação dos problemas de sua época. Ao buscar as causas da grandeza da Roma antiga, Maquiavel acaba por encontrá-las na discórdia entre seus cidadãos, naquilo que tradicionalmente era estigmatizado como “tumultos”. Trata-se de uma visão revolucionária, já que o convencional era fazer o elogio da harmonia e da unidade. Até hoje, a busca do “consenso” e o sonho de uma sociedade harmônica, sem disputa de interesses, estão presentes no discurso político e, mais ainda, alimentam a desconfiança com que são vistas as lutas políticas. Para Maquiavel, porém, o conflito é sempre um sintoma de equilíbrio de poder. Na sociedade, uma parte sempre quer oprimir a outra — nobres e plebeus, ricos e pobres ou, na linguagem que ele prefere usar,o povo e os “grandes”. Se o conflito persiste, é porque nenhuma parte conseguiu atingir sua meta de dominar a outra .Portanto, permanece um espaço de liberdade para todos. L. F. Miguel. A moral e a política. In: L. F. Miguel. O nascimento da política moderna. De Maquiavel a Hobbes. Brasília: Editora da UnB, 2015, p. 21, 23-4 (com adaptações). Julgue o item, relativo às estruturas linguísticas do texto 6A2BBB. Se a expressão “uma visão revolucionária” fosse substituída por ideias revolucionárias, seria necessário alterar a forma verbal “Trata-se” para Tratam-se, para se manter a correção gramatical do texto. Certo Errado Questão 14: CEBRASPE (CESPE) - ET (BNB)/BNB/Analista de Sistema/2018 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) O avião demorou a decolar, havia nevascas pela Europa, fui parar em Copenhague, perdi a conexão em Paris, me mandaram para Buenos Aires, mas gostei de chegar em casa quase à meia-noite. O menino já estaria dormindo, e mesmo a Vanda logo iria para a cama. Estaria bicando um vinho, ou fechando as cortinas, ou tomando um banho, ou em frente ao espelho, catando fios de cabelo branco, para mim era importante pegá-la desprevenida, queria ver com que gênero de surpresa me receberia. Girei a chave, na sala havia uma árvore de Natal, a Vanda estava no quarto, do corredor ouvi sua voz. Devo ter aberto a porta com muito ímpeto, pois a babá, que estava sentada na ponta da cama, se levantou num pulo. Mas o menino não se mexeu, continuou recostado na cabeceira com os olhos fitos na televisão. Chico Buarque. Budapeste. São Paulo: Companhia das Letras, 2003 (com adaptações). Julgue o item seguinte, relativo aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto precedente. Sem alteração dos sentidos e da correção do texto, a forma verbal “havia” poderia ser substituída por ocorriam. Certo Errado Questão 15: CEBRASPE (CESPE) - TMCI (CGM J Pessoa)/Pref João Pessoa/2018 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto CB2A1AAA O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção? Se a regra transgredida não causa prejuízo, temos o “jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou na fila; chega uma pessoa precisando pagar sua conta que vence naquele dia e pede para passar na frente. Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”. A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação ruim com a lei geral, com a norma desenhada para todos os c idadãos, com o pressuposto de que essa regra universal produz legalidade e cidadania. Eu pago meus impostos integralmente e, por isso, posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção. O “jeitinho” se confunde com corrupção e é transgressão, porque desiguala o que deveria ser obrigatoriamente tratado com igualdade. O que nos enlouquece hoje no Brasil não é a existência do jeitinho como ponte negativa entre a lei e a pessoa especial que dela se livra, mas sim a persistência de um estilo de lidar com a lei, marcadamente aristocrático, que, de certa forma, induz o chefe, o diretor, o dono, o patrão, o governador, o presidente a passar por cima da lei. A mídia tem um papel básico na discussão desses casos de amortecimento, esquecimento e “jeitinho”, porque ela ajuda a politizar o velho hábito que insiste em situar certos cargos e as pessoas que os empossam como acima da lei, do mesmo modo e pela mesma lógica de hierarquias que colocam certas pessoas (negros, pobres e mulheres) implacavelmente debaixo da lei. Roberto da Matta. O jeitinho brasileiro. Internet: <https://maniadehistoria.wordpress.com> (com adaptações). A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB2A1AAA, julgue o seguinte item. Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos originais do texto caso o trecho “O ‘jeitinho’ se confunde com corrupção” fosse reescrito da seguinte forma: Confunde- se o “jeitinho” e corrupção. Certo Errado Questão 16: CEBRASPE (CESPE) - Ana Port I (EMAP)/EMAP/Administrativa/2018 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Serviço de tráfego de embarcações (vessel traffic service – VTS) O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à navegação, com capacidade de monitorar ativamente o tráfego aquaviário, melhorando a segurança e eficiência desse tráfego, nas áreas em que haja intensa movimentação de embarcações ou risco de acidente de grandes proporções. Internacionalmente, os sistemas de VTS são regulamentados pela International Maritime Organization, sendo seus aspectos técnicos detalhados em recomendações da International Association of Maritime Aids to Navigationand Lighthouse Authorities. No Brasil, cabe à Marinha do Brasil, autoridade marítima do país, definir as normas de execução de VTS e autorizar a sua implantação e operação. Uma estrutura de VTS é composta minimamente de um radar com capacidade de acompanhar o tráfego nas imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações denominado automatic identification system, um sistema de comunicação em VHF, um circuito fechado de TV, sensores ambientais (meteorológicos e hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados. Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle, ao qual cabe, na sua área de responsabilidade, identificar e monitorar o tráfego marítimo, adotar ações de combate à poluição, planejar a movimentação de embarcações e divulgar informações ao navegante. Adicionalmente, o Centro VTS pode fornecer informações que contribuam para o aumento da eficiência das operações portuárias, como a atualização de horários de chegada e partida de embarcações. Internet: <www defensea com br> (com adaptações) Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto apresentado, julgue o item que se segue. A forma verbal “haja” poderia ser flexionada no plural — hajam —, preservando-se a correção gramatical e os sentidos do texto. Certo Errado Questão 17: CEBRASPE (CESPE) - PEB (SEDF)/SEDF/Língua Portuguesa/2017 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar, seja em outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral (serviços de saúde, por exemplo). Por isso, parece ser um grande equívoco a afirmação de que a variação linguística não deve ser matéria de ensino na escola básica. Assim, a questão crucial para nós é saber como tratá-la pedagogicamente, ou seja, como desenvolver uma pedagogia da variação linguística no sistema escolar de uma sociedade que, infelizmente, ainda não reconheceu sua complexa cara linguística e, como resultado da profunda divisão socioeconômica que caracterizou historicamente sua formação (uma sociedade que foi, por trezentos anos, escravocrata), ainda discrimina fortemente pela língua os grupos socioeconômicos que recebem as menores parcelas da renda nacional. A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente desses grupos socioeconômicos. E há, entre nossas crenças pedagógicas, um pressuposto de que cabe à escola pública contribuir, pela oferta de educação de qualidade, para favorecer, mesmo que indiretamente, uma melhor redistribuição da renda nacional. Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua — um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. Nessa perspectiva, esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas, ou seja, o conjunto de variedades escritas e faladas constitutivas da chamada norma culta. Carlos Alberto Faraco e Ana Maria Stahl Zilles. Introdução. In: Carlos Alberto Faraco e Ana Maria Stahl Zilles (orgs.). Pedagogia da variação Linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. p. 8-9 (com adaptações). Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item. Em “A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente desses grupos socioeconômicos” , a forma verbal “chegam” poderia ser corretamente flexionada no singular. Nesse caso, o pronome “que” retomaria o núcleo do sujeito da oração principal. Certo Errado Questão 18: CEBRASPE (CESPE) - Of (CBM AL)/CBM AL/Combatente/2017 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto O século XX assistiu a duas sangrentas conflagrações, cujos efeitos se fizeram sentir sobre a maior parte da humanidade e, por isso, foram justamente chamadas Guerras Mundiais. O primeiro conflito, entre 1914 e 1918, gerou a constituição da Liga das Nações, que não conseguiu sobreviver às tensões entre as principais potências da época. O segundo, entre 1939 e 1945, teve por consequência a criação da Organização das Nações Unidas, encarregada principalmente da manutenção da paz e segurança internacionais. Os conflitos do século XX possuem uma diferença marcante em relação às guerras ocorridas em épocas anteriores. Até o século XIX, as guerras provocavam morte e destruição principalmente nas zonas de combate e em suas proximidades, e a maior parte das baixas era causada entre os combatentes. As populações civis sofriam efeitos indiretos dessas guerras, mas em geral não estavam expostas ao alcance imediato do armamento com o qual os exércitos se defrontavam. Durante o século XX e agora no limiar do segundo milênio, porém, o poder destruidor do armamento de que dispõem as principais potências e outros países economicamente mais adiantados ameaça igualmente a sobrevivência de combatentes e não combatentes. Cidades inteiras são reféns de armas de destruição em massa que podem ser acionadas a distância e que são capazes de viajar em poucos minutos até seus alvos urbanos, a bordo de centenas de vetores disparados de silos subterrâneos ou de submarinos e aviões que permanecem sob os oceanos ou nos ares durante 24 horas, todos os dias, sob o pretexto de dissuadir potenciais agressores. A doutrina da “destruição mútua assegurada”, em voga durante os anos mais intensos da Guerra Fria, não deixava dúvida quanto a seus resultados: a completa eliminação recíproca tanto de agressores quanto de agredidos, e com eles boa parte do restante da comunidade internacional, em meio a nuvens radioativas em forma de cogumelo. Quem quer que tenha tido ocasião de visitar os museus de Hiroshima e Nagasaki não pode deixar de refletir com apreensão sobre o destino da humanidade e da civilização, tal como as conhecemos, caso ocorra uma confrontação entre potências possuidoras de armamento atômico. Por esse motivo, têm recrudescido nos anos recentes os clamores da sociedade civil por medidas urgentes e concretas de desarmamento nuclear. Sergio de Queiroz Duarte. Esforços internacionais em prol do desarmamento. In: Desarmamento e temas correlatos. Brasília: FUNAG, 2014, p. 23-5 (com adaptações). Acerca dos aspectos linguísticos e dos sentidos do texto, julgue o próximo item. O emprego de acento na forma verbal “têm” indica que ela está flexionada no plural para concordar com o termo “os clamores da sociedade civil por medidas urgentes e concretas de desarmamento nuclear”. Certo Errado Questão 19: CEBRASPE (CESPE) - AJ TRF1/TRF 1/Apoio Especializado/Taquigrafia/2017 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto 4A2AAA O espaço urbano foi organizado de sorte a favorecer as operações de circulação, compra e venda de mercadorias; e, ao mesmo tempo, nele se oferece ao consumo uma diversidade de localizações, paisagens, topografias físicas e simbólicas que são de diferentes modos incorporadas à dinâmica mercantil. Hoje, podemos talvez acrescentar que a cidade se torna o lugar do consumismo e do consumismo de lugar. O que isso quer dizer e que implicações isso tem para o compartilhamento da cidade como espaço público? Sabemos que a cidade é o lugar preferencial da realização do consumismo de bens. Mas, também, vale dizer que, com o advento do urbanismo competitivo, é o lugar do consumismo de lugares, por meio das dinâmicas da cidade-espetáculo, dos megaeventos e do esforço de venda de imaginadores urbanos com suas obras fundadas em um culturalismo de mercado. O planejamento estratégico do urbanismo de mercado propõe-se, na atualidade, a realizar um esforço de venda macroeconômico dos lugares, o que faz do consumismo de lugares um modo particular de articulação entre o rentismo imobiliário e a competição interurbana por capitais. Para isso concorre o consumismo publicitárioprivatizante dos espaços da cidade. Por outro lado, conforme observa o economista Pierre Veltz, os novos requisitos da espacialidade das empresas nas cidades exprimem hoje “o paradoxo segundo o qual os recursos não mercantis não veem seu papel diminuir, mas, ao contrário, se afirmar e se estender nas economias avançadas e concorrenciais”. Isso é exemplificado pela luta dos pescadores artesanais da Associação Homens do Mar em defesa do caráter público da Baía da Guanabara e pelas manifestações maciças de ciclistas pelo direito ao espaço público nas cidades. Tratando-se de bens não mercantis em disputa, os conflitos por apropriação dos recursos urbanos apresentam forte potencial de politização, seja na busca de acesso equânime a ambientes saudáveis, seja na eliminação de controles policiais discriminatórios. Para Abba Lerner, Prêmio Nobel de Economia de 1954, toda transação econômica realizada é um conflito político resolvido. Inversamente, podemos sustentar que toda disputa pelos recursos não mercantis das cidades — saúde e saneamento, mobilidade, meio ambiente, segurança — não redutível a relações de compra e venda configura conflitos políticos em potencial. Henri Acselrad. Cidade – espaço público? A economia política do consumismo nas e das cidades. In: Revista UFMG, v. 20, n.º 1, jan.–jun./2013, p. 234-247 (com adaptações). A respeito dos aspectos linguísticos do texto 4A2AAA, julgue o item que se segue. Caso fosse suprimido o vocábulo “isso”, seria necessário flexionar a forma verbal “tem” no plural — têm —, para que se mantivessem o sentido e a correção gramatical do texto. Certo Errado Questão 20: CEBRASPE (CESPE) - AG (TCE-PE) /TCE-PE/Administração/2017 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Atualmente, é inconcebível se pensar em administração pública sem controle ou fiscalização, na concepção mais ampla que se possa atribuir ao termo, sobretudo em um estado democrático de direito, que tem seus principais pilares fincados na persecução do bem comum. Inexistindo controle efetivo e fiscalização eficiente e não estando todos os entes públicos, bem como todos aqueles que recebem verbas públicas, sujeitos e submetidos à aprovação de suas contas por um tribunal especializado, não há sociedade suficientemente protegida no que diz respeito aos crimes contra a administração pública. A efetiva transparência do administrador público não se resume à publicidade dos gastos. É necessário que as suas contas sejam analisadas à luz da estrita legalidade, visto que, enquanto o administrador privado pode fazer tudo o que não seja proibido em lei, o administrador público somente pode fazer aquilo que a lei expressamente autorize. Nesse contexto, dois desafios se apresentam para minimizar males que assombram os gestores públicos: permitir que as qualidades da gestão privada — eficiência e baixo custo — sejam introduzidas no setor público e espantar o temor que tem paralisado a gestão pública ou lhe tem conferido uma lentidão incompatível com o mundo moderno. José Fernandes de Lemos. A importância do Tribunal de Contas para a gestão pública. In: Revista TCE-PE, v. 18, p. 19-23, jun./2011 (com adaptações). Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto apresentado, julgue o item seguinte. Seriam mantidos o sentido original e a correção gramatical do texto caso a forma verbal “Inexistindo” e o trecho “não estando” fossem substituídos, respectivamente, por Se inexiste e se não está. Certo Errado Questão 21: CEBRASPE (CESPE) - AJ TRF1/TRF 1/Apoio Especializado/Taquigrafia/2017 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto 4A2AAA O espaço urbano foi organizado de sorte a favorecer as operações de circulação, compra e venda de mercadorias; e, ao mesmo tempo, nele se oferece ao consumo uma diversidade de localizações, paisagens, topografias físicas e simbólicas que são de diferentes modos incorporadas à dinâmica mercantil. Hoje, podemos talvez acrescentar que a cidade se torna o lugar do consumismo e do consumismo de lugar. O que isso quer dizer e que implicações isso tem para o compartilhamento da cidade como espaço público? Sabemos que a cidade é o lugar preferencial da realização do consumismo de bens. Mas, também, vale dizer que, com o advento do urbanismo competitivo, é o lugar do consumismo de lugares, por meio das dinâmicas da cidade-espetáculo, dos megaeventos e do esforço de venda de imaginadores urbanos com suas obras fundadas em um culturalismo de mercado. O planejamento estratégico do urbanismo de mercado propõe-se, na atualidade, a realizar um esforço de venda macroeconômico dos lugares, o que faz do consumismo de lugares um modo particular de articulação entre o rentismo imobiliário e a competição interurbana por capitais. Para isso concorre o consumismo publicitário privatizante dos espaços da cidade. Por outro lado, conforme observa o economista Pierre Veltz, os novos requisitos da espacialidade das empresas nas cidades exprimem hoje “o paradoxo segundo o qual os recursos não mercantis não veem seu papel diminuir, mas, ao contrário, se afirmar e se estender nas economias avançadas e concorrenciais”. Isso é exemplificado pela luta dos pescadores artesanais da Associação Homens do Mar em defesa do caráter público da Baía da Guanabara e pelas manifestações maciças de ciclistas pelo direito ao espaço público nas cidades. Tratando-se de bens não mercantis em disputa, os conflitos por apropriação dos recursos urbanos apresentam forte potencial de politização, seja na busca de acesso equânime a ambientes saudáveis, seja na eliminação de controles policiais discriminatórios. Para Abba Lerner, Prêmio Nobel de Economia de 1954, toda transação econômica realizada é um conflito político resolvido. Inversamente, podemos sustentar que toda disputa pelos recursos não mercantis das cidades — saúde e saneamento, mobilidade, meio ambiente, segurança — não redutível a relações de compra e venda configura conflitos políticos em potencial. Henri Acselrad. Cidade – espaço público? A economia política do consumismo nas e das cidades. In: Revista UFMG, v. 20, n.º 1, jan.–jun./2013, p. 234-247 (com adaptações). A respeito dos aspectos linguísticos do texto 4A2AAA, julgue o item que se segue. No trecho “por meio das dinâmicas da cidade-espetáculo” , o elemento determinado do vocábulo “cidade-espetáculo” rege a concordância nominal, enquanto o elemento determinante qualifica-o. Certo Errado Questão 22: CEBRASPE (CESPE) - AJ TRF1/TRF 1/Apoio Especializado/Taquigrafia/2017 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto 4A4AAA A linguagem — seja ela oral 1 ou escrita, seja mímica ou semafórica — é um sistema de símbolos, signos ou signos-símbolos, voluntariamente produzidos e convencionalmente aceitos, mediante o qual o ser humano se comunica com seus semelhantes, expressando suas ideias, sentimentos ou desejos. A linguagem ideal seria aquela em que cada palavra designasse apenas uma coisa, correspondesse a uma só ideia ou conceito, tivesse um só sentido. Como tal não ocorre em nenhuma língua conhecida, as palavras são, por natureza, enganosas, porque polissêmicas ou plurivalentes. Isoladas de contexto ou situação, as palavras quase nada significam de maneira precisa, inequívoca (Ogden e Richards são radicais: “as palavras nada significam por si mesmas”): “...o que determina o valor da palavra é o contexto, o qual, a despeito da variedade de sentidos de que a palavra seja suscetível, lhe impõe um valor ‘singular’; é o contexto também que a liberta de todas as representações passadas, nela acumuladas pela memória, e que lhe atribui um valor ‘atual’”. Assim, por mais condicionada que esteja a significação de uma palavra ao seu contexto, sempre subsiste nela, palavra, um núcleo significativo mais ou menos estável e constante, além de outros traços semânticos potenciais em condições de se evidenciarem nos contextos em que ela apareça.Se, como entendem Ogden e Richards, as palavras por si mesmas nada significassem, a cada novo contexto elas adquiririam significação diferente, o que tornaria praticamente impossível a própria intercomunicação linguística. Othon M. Garcia. Comunicação em Prosa Moderna. 21.ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002, p. 175-6 (com adaptações). Considerando as relações sintático-semânticas do texto 4A4AAA, julgue o item. Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a forma verbal “subsiste” poderia ser flexionada no plural, passando, assim, a concordar, também, com “outros traços semânticos”. Certo Errado Questão 23: CEBRASPE (CESPE) - AUCE (TCE-PE)/TCE-PE/Auditoria de Obras públicas/2017 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Comecemos pelo conceito. A democracia veio dos gregos. Democracia não é só a eleição do governo pelo povo, mas, sim, a atribuição, pelo povo, do poder — que inclui mais que o mero governo; inclui o direito de fazer leis. Na democracia antiga, direta, isso cabia ao povo reunido na praça pública. Um grande êxito dos atenienses, se comparados aos modernos, era o amor à política. Moses Finley, um dos maiores conhecedores do tema, conta que, em Atenas, a assembleia popular se reunia cerca de quarenta vezes ao ano. Pelo menos mil pessoas costumavam comparecer, às vezes dez mil, de um total de quarenta mil possíveis (a presença não era obrigatória.) Comparo esse empenho ao nosso. Quantos não resmungam para votar uma só vez a cada dois anos? Nesse período, o ateniense teria passado oitenta tardes na praça, ouvindo, votando. Mas a “falha” dos atenienses era a inexistência de direitos humanos. Não havia proteção contra as decisões da assembleia soberana. Ela podia decretar o banimento de quem quisesse, sem se justificar: assim Temístocles foi sentenciado ao ostracismo pelo mesmo povo que ele salvara dos persas. Desde a era moderna, os direitos do homem, protegendo-o do Estado, se tornam cruciais. Estes são os grandes legados das três revoluções modernas — a inglesa, a americana e a francesa: somos protegidos não só dos desmandos do monarca absoluto, contra os quais o melhor antídoto seria a soberania popular, mas também da tirania do próprio povo e de seus eleitos. Renato Janine Ribeiro. Os direitos humanos e a democracia. In: Valor Econômico. 7/1/2013. Internet: <www.valor.com.br> (com adaptações). Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item. Sem prejuízo da informação veiculada no texto, seria mantida sua correção gramatical se o termo “proteção”, em “Não havia proteção contra as decisões da assembleia soberana”, fosse substituído por mecanismos de proteção. Certo Errado Questão 24: CEBRASPE (CESPE) - AFCE (TCE-SC)/TCE-SC/Controle Externo/Informática/2016 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto CB2A2BBB O fenômeno da corrupção, em virtude de sua complexidade e de seu potencial danoso à sociedade, exige, além de uma atuação repressiva, também uma ação preventiva do Estado. Portanto, é preciso estimular a integridade no serviço público, para que seus agentes sempre atuem, de fato, em prol do interesse público. Entende-se que a integridade pública representa o estado ou condição de um órgão ou entidade pública que está “completa, inteira, perfeita, sã”, no sentido de uma atuação que seja imaculada ou sem desvios, conforme as normas e valores públicos. De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a integridade é mais do que a ausência de corrupção, pois envolve aspectos positivos que, em última análise, influenciam os resultados da administração, e não apenas seus processos. Além disso, a OCDE compreende um sistema de integridade como um conjunto de arranjos institucionais, de gerenciamento, de controle e de regulamentações que visem à promoção da integridade e da transparência e à redução do risco de atitudes que violem os princípios éticos. Nesse sentido, a gestão de integridade refere-se às atividades empreendidas para estimular e reforçar a integridade e também para prevenir a corrupção e outros desvios dentro de determinada organização. Internet: <www.cgu.gov.br> (com adaptações). Ainda com relação a aspectos linguísticos do texto CB2A2BBB, julgue o item subsequente. A coesão e a correção gramatical do trecho “e à redução do risco de atitudes que violem os princípios éticos” seriam mantidas caso a forma verbal “violem” fosse flexionada no singular, passando, então, a concordância a restringir-se ao termo “risco”. Certo Errado Questão 25: CEBRASPE (CESPE) - Aud CE (TCE-PA)/TCE-PA/Administrativa/Contabilidade/2016 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto CB5A1AAA Tratando-se do dever de prestar contas anuais, cabe, inicialmente, verificar como tal obrigação está preceituada no ordenamento jurídico. A Constituição Federal prevê que cabe ao presidente prestar contas anualmente ao Poder Legislativo. Por simetria, tal obrigação estende-se ao governador do estado e aos prefeitos municipais. O dever anual de prestar contas é da pessoa física. Assim sendo, no nível municipal, esse dever é do prefeito, que, nesse caso, age em nome próprio, e não em nome do município. Tal obrigação se dá em virtude de força da lei. O povo, que outorgou mandato ao prefeito para gerir seus recursos, exige do prefeito — por meio de norma editada pelos seus representantes — a prestação de contas. Sendo tal prestação obrigação personalíssima, não se pode admitir que seja executada por meio de pessoa interposta. Isso quer dizer que o tribunal de contas deve recusar, por exemplo, a prestação de contas apresentada por uma prefeitura referente à obrigação de um ex- prefeito. Quer dizer também que o ex-prefeito continua sujeito a todas as sanções previstas para aqueles que não prestam contas. Por essa razão, é necessário que haja a separação das contas — que devem, inclusive, ser processadas em autos distintos — quando ocorrer de o cargo de prefeito ser ocupado por mais de uma pessoa durante o exercício financeiro. Nesse caso, cada um será responsável pelo período em que ocupou o cargo. Ailana Sá Sereno Furtado. O dever de prestar contas dos prefeitos. Internet: < https://jus.com.br> (com adaptações). Julgue o item que se segue, a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto CB5A1AAA. Sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical do texto, o trecho “é necessário que haja a separação das contas” poderia ser reescrito da seguinte forma: é necessário que hajam contas separadas. Certo Errado Questão 26: CEBRASPE (CESPE) - TA (ANVISA)/ANVISA/2016 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto para o item Ao combater a febre amarela, Oswaldo Cruz enfrentou vários problemas. Grande parte dos médicos e da população acreditava que a doença se transmitia pelo contato com roupas, suor, sangue e secreções de doentes. No entanto, Oswaldo Cruz acreditava em uma nova teoria: o transmissor da febre amarela era um mosquito. Assim, suspendeu as desinfecções, método então tradicional no combate à moléstia, e implantou medidas sanitárias com brigadas que percorreram casas, jardins, quintais e ruas, para eliminar focos de insetos. Sua atuação provocou violenta reação popular. Em 1904, a oposição a Oswaldo Cruz atingiu seu ápice. Com o recrudescimento dos surtos de varíola, o sanitarista tentou promover a vacinação em massa da população. Os jornais lançaram uma campanha contra a medida. O congresso protestou e foi organizada a Liga Contra a Vacinação Obrigatória. No dia 13 de novembro, estourou a rebelião popular e, no dia 14, a Escola Militar da Praia Vermelha se levantou. O governo derrotou a rebelião, mas suspendeu a obrigatoriedade da vacina. Oswaldo Cruz acabou vencendo a batalha. Em 1907, a febre amarela estava erradicada do Rio de Janeiro. Em 1908, uma epidemia de varíola levou a população aos postos de vacinação. O Brasil finalmente reconheciao valor do sanitarista. Osvaldo Cruz. Internet: <http://portal.fiocruz.br/ptbr/content/oswaldo-cruz> (com adaptações). Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto, julgue o item. A forma verbal “acreditava” está flexionada no singular para concordar com a palavra “parte”, mas poderia ser substituída sem prejuízo à correção gramatical pela forma verbal acreditavam, que estabeleceria concordância com o termo composto “dos médicos e da população”. Certo Errado Questão 27: CEBRASPE (CESPE) - Diplomata/IRBr/2016 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto O índio não teve muita sorte na literatura brasileira, depois do Romantismo. Enquanto nas letras hispano-americanas viceja um esplêndido indigenismo pelo século XX adentro, com tantos e tão importantes criadores dedicando-se a transpor o índio para a ficção, no Brasil se podem contar nos dedos das mãos os casos. Torna a trazer o assunto à baila o aparecimento e grande vendagem de Maíra, romance de Darcy Ribeiro. O renomado antropólogo já tinha em seu acervo de realizações uma respeitável brasiliana, incluindo vários trabalhos sobre os índios, um dos quais, a história de Uirá, fora transformado em filme no início da década de 70. Maíra é, portanto, a primeira incursão do autor pelo épico, a menos que se considere a história de Uirá como uma primeira aproximação ao gênero. O relato, como o filme, dá conta do trágico percurso de Uirá, da tribo Urubu-Kaapor, no Maranhão deste século, o qual um dia fica iñaron quando, após muitas desgraças comuns ao destino dos índios brasileiros, como fome, espoliação, epidemias, perseguições, perde também um dos filhos. A palavra tupi iñaron designa um estado de fúria sagrada, associado ao sofrimento excessivo, não deixando de lembrar as famosas fúrias dos heróis gregos: Hércules, uma vez acometido por um desses acessos, enviado pela vingativa Hera, matou, sem o saber, seus três filhos e esposa, tal como vem narrado na tragédia Héracles Furioso, de Eurípedes. Nas Bacantes, do mesmo autor, Agave, fora de si, participa do desmembramento de seu filho adulto, Penteu, rei de Tebas. E talvez o mais formidável exemplo seja o da cólera de Aquiles, que dá nascimento à inteira composição da Ilíada, desencadeada por sua recusa a continuar lutando. Devido à recusa de Aquiles, quase foi perdida a guerra de Troia e, não fosse sua fúria, o poema não teria sido composto. Em meio ao furacão histórico da fase do capitalismo selvagem no país, quando o acirramento da acumulação leva multinacionais e suas cabeças-de-ponte nacionais a apropriar-se dos mais recônditos confins com vistas ao lucro, encontram-se, estonteados, os índios. O único problema dos Mairum — nome inventado, tribo arquetípica de todas as tribos, povo de Maíra — é como sobreviver e como fazer sua cultura sobreviver, com crescente dificuldade. O romance inteiro soa como uma lamentação, um carpir sobre o fim de uma civilização das mais admiráveis. Seus trechos mais bem realizados são aqueles nos quais uma espécie de narrador coletivo índio dá conta de sua maneira de ver o mundo, de como compreende e interpreta seus hábitos e tradições; e, o que é mais importante, franqueia para o leitor seu tremendo desejo de sobrevivência e alegria de viver. A produção e publicação de um romance como esse, agora, mostra como o índio está mais vivo do que nunca em sua conexão com a literatura brasileira. Tampouco deve ser uma coincidência que, neste exato momento, outras ficções, filmes, romances, peças de teatro, novelas de televisão, canções, estejam sendo feitos, todos sobre os índios, todos lutando em defesa de sua preservação para a História. Quando há tanta desconfiança em relação à pulsão destrutiva da civilização ocidental e entre nós é tão escandaloso o capitalismo selvagem, isso pode vir a significar alguma coisa. Talvez uma postura mais cautelosa e menos arrogante, de quem está aprendendo a perceber que outras civilizações encontraram saídas melhores e, sobretudo, não suicidas para males que hoje parecem irremediáveis, como o problema do poder, da proliferação e potenciação dos armamentos, da destruição da natureza, do Estado e de seu aparelho, da igualdade nunca encontrada. A alegoria da moça branca morta ao parir mestiços mortos poderá significar também o caráter heteroletal e autoletal da etnia branca? Pode ser que a importância da civilização indígena esteja, final e penosamente, penetrando na consciência do corpo social brasileiro. Walnice Nogueira Galvão. Indianismo revisitado. In: Esboço de figura – Homenagem a Antonio Candido. São Paulo: Duas Cidades, 1979, p. 379-89 (com adaptações). Considerando as relações semântico-sintáticas estabelecidas no texto, julgue o item a seguir. A oração reduzida iniciada pelo gerúndio “incluindo” poderia ser corretamente substituída pela seguinte oração desenvolvida: no qual se inclui vários trabalhos sobre os índios. Certo Errado Questão 28: CEBRASPE (CESPE) - Tec CS (DPU)/DPU/Jornalismo/2016 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto para o item. No Brasil, pode-se considerar marco da história da assistência jurídica, ou justiça gratuita, a própria colonização do país, ainda no século XVI. O surgimento de lides provenientes das inúmeras formas de relação jurídica então existentes — e o chamamento da jurisdição para resolver essas contendas — já dava início a situações em que constantemente as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas. A partir de então, a chamada assistência judiciária praticamente evoluiu junto com o direito pátrio. Sua importância atravessou os séculos, e ela passou a ser garantida nas cartas constitucionais. No século XX, o texto constitucional de 1934, no capítulo II, “Dos direitos e das garantias individuais”, em seu art. 113, fez menção a essa proteção, ao prever que “A União e os estados concederão aos necessitados assistência judiciária, criando para esse efeito órgãos especiais e assegurando a isenção de emolumentos, custas, taxas e selos”. Por sua vez, a Constituição de 1946 previu, no mesmo capítulo que a de 1934, em seu art. 141, § 35, que “O poder público, na forma que a lei estabelecer, concederá assistência judiciária aos necessitados”. A lei extravagante veio em 1950, materializada na Lei n.º 1.060, que especifica normas para a concessão de assistência judiciária aos necessitados. No art. 4.º dessa lei, havia menção ao “rendimento ou vencimento que percebe e os encargos próprios e os da família” e constava a exigência de atestado de pobreza, expedido pela autoridade policial ou pelo prefeito municipal. Foi o art. 1.º, § 2.º, da Lei n.º 5.478/1968 que criou a simples afirmação (da pobreza), ratificado pela Lei n.º 7.510/1986, que deu nova redação a dispositivos da Lei n.º 1.060/1950. Em 1988, a Carta Cidadã ampliou o escopo da assistência judiciária ao empregar o termo assistência jurídica integral e gratuita, que é mais abrangente e que abarca o termo usado anteriormente, restrito apenas à assistência de demanda judicial já proposta ou a ser interposta. O termo atual também engloba atos jurídicos extrajudiciais, aconselhamento jurídico, patrocínio da causa, além de ações coletivas e mediação. Hoje, portanto, alguém que se vê incapaz de arcar com os custos que uma lide judicial impõe, mas necessita da imediata prestação jurisdicional, pode, mediante simples afirmativa, postular as benesses dessa prerrogativa, garantida pela Constituição Federal vigente. Uma história para a gratuidade jurídica no Brasil. Internet: <http://jus.com.br> (com adaptações) Ainda a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto, julgue o item subsecutivo. Seria mantida a correção gramatical do período caso a forma verbal “dava” fosse flexionada no plural, escrevendo-se davam. Certo Errado Questão 29: CEBRASPE (CESPE) - Diplomata/IRBr/2016 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal)Texto O índio não teve muita sorte na literatura brasileira, depois do Romantismo. Enquanto nas letras hispano-americanas viceja um esplêndido indigenismo pelo século XX adentro, com tantos e tão importantes criadores dedicando-se a transpor o índio para a ficção, no Brasil se podem contar nos dedos das mãos os casos. Torna a trazer o assunto à baila o aparecimento e grande vendagem de Maíra, romance de Darcy Ribeiro. O renomado antropólogo já tinha em seu acervo de realizações uma respeitável brasiliana, incluindo vários trabalhos sobre os índios, um dos quais, a história de Uirá, fora transformado em filme no início da década de 70. Maíra é, portanto, a primeira incursão do autor pelo épico, a menos que se considere a história de Uirá como uma primeira aproximação ao gênero. O relato, como o filme, dá conta do trágico percurso de Uirá, da tribo Urubu-Kaapor, no Maranhão deste século, o qual um dia fica iñaron quando, após muitas desgraças comuns ao destino dos índios brasileiros, como fome, espoliação, epidemias, perseguições, perde também um dos filhos. A palavra tupi iñaron designa um estado de fúria sagrada, associado ao sofrimento excessivo, não deixando de lembrar as famosas fúrias dos heróis gregos: Hércules, uma vez acometido por um desses acessos, enviado pela vingativa Hera, matou, sem o saber, seus três filhos e esposa, tal como vem narrado na tragédia Héracles Furioso, de Eurípedes. Nas Bacantes, do mesmo autor, Agave, fora de si, participa do desmembramento de seu filho adulto, Penteu, rei de Tebas. E talvez o mais formidável exemplo seja o da cólera de Aquiles, que dá nascimento à inteira composição da Ilíada, desencadeada por sua recusa a continuar lutando. Devido à recusa de Aquiles, quase foi perdida a guerra de Troia e, não fosse sua fúria, o poema não teria sido composto. Em meio ao furacão histórico da fase do capitalismo selvagem no país, quando o acirramento da acumulação leva multinacionais e suas cabeças-de-ponte nacionais a apropriar-se dos mais recônditos confins com vistas ao lucro, encontram-se, estonteados, os índios. O único problema dos Mairum — nome inventado, tribo arquetípica de todas as tribos, povo de Maíra — é como sobreviver e como fazer sua cultura sobreviver, com crescente dificuldade. O romance inteiro soa como uma lamentação, um carpir sobre o fim de uma civilização das mais admiráveis. Seus trechos mais bem realizados são aqueles nos quais uma espécie de narrador coletivo índio dá conta de sua maneira de ver o mundo, de como compreende e interpreta seus hábitos e tradições; e, o que é mais importante, franqueia para o leitor seu tremendo desejo de sobrevivência e alegria de viver. A produção e publicação de um romance como esse, agora, mostra como o índio está mais vivo do que nunca em sua conexão com a literatura brasileira. Tampouco deve ser uma coincidência que, neste exato momento, outras ficções, filmes, romances, peças de teatro, novelas de televisão, canções, estejam sendo feitos, todos sobre os índios, todos lutando em defesa de sua preservação para a História. Quando há tanta desconfiança em relação à pulsão destrutiva da civilização ocidental e entre nós é tão escandaloso o capitalismo selvagem, isso pode vir a significar alguma coisa. Talvez uma postura mais cautelosa e menos arrogante, de quem está aprendendo a perceber que outras civilizações encontraram saídas melhores e, sobretudo, não suicidas para males que hoje parecem irremediáveis, como o problema do poder, da proliferação e potenciação dos armamentos, da destruição da natureza, do Estado e de seu aparelho, da igualdade nunca encontrada. A alegoria da moça branca morta ao parir mestiços mortos poderá significar também o caráter heteroletal e autoletal da etnia branca? Pode ser que a importância da civilização indígena esteja, final e penosamente, penetrando na consciência do corpo social brasileiro. Walnice Nogueira Galvão. Indianismo revisitado. In: Esboço de figura – Homenagem a Antonio Candido. São Paulo: Duas Cidades, 1979, p. 379-89 (com adaptações). Considerando as relações semântico-sintáticas estabelecidas no texto, julgue o item a seguir. Na oração que inicia o segundo parágrafo, o verbo concorda com o primeiro núcleo do sujeito posposto, concordância verbal abonada pela gramática normativa. Certo Errado Questão 30: CEBRASPE (CESPE) - Aux (FUB)/FUB/Administração/2016 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto CB4A1BBB Hoje, constituída por 26 institutos e faculdades e 21 centros de pesquisa especializados, a UnB possui 2.695 professores, 2.620 servidores técnico-administrativos, 36.370 alunos de graduação e 7.510 de pós-graduação. Ela oferece 109 cursos de graduação, sendo 31 noturnos e 10 a distância, além de 147 cursos de pós-graduação stricto sensu e 22 especializações lato sensu. Os cursos estão divididos em quatro campi espalhados pelo Distrito Federal: Darcy Ribeiro (Plano Piloto), Planaltina, Ceilândia e Gama. Os órgãos de apoio incluem o Hospital Universitário, a Biblioteca Central, o Hospital Veterinário e a Fazenda Água Limpa. Sua missão é ser uma instituição inovadora, comprometida com a excelência acadêmica, científica e tecnológica, e formar cidadãos conscientes do seu papeltransformador na sociedade, respeitadas a ética e a valorização de identidades e culturas com responsabilidade social. Estar entre as melhores universidades do Brasil, inserida internacionalmente, com excelência em gestão de processos que fortaleça o ensino, a pesquisa e a extensão, é a visão de futuro da UnB. Internet: <www.unb.br> (com adaptações). Julgue o item seguinte, relativos aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto CB4A1BBB. No terceiro parágrafo, o adjetivo “respeitadas” encontra-se no plural porque concorda com os termos “ética”, “valorização”, “identidades” e “culturas”. Certo Errado Questão 31: CEBRASPE (CESPE) - Aux Tec CE (TCE-PA)/TCE-PA/Informática/2016 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto CB8A1AAA A democracia participativa pressupõe várias formas de atuação do cidadão na condução política e administrativa do Estado. No Brasil, destacam-se as audiências públicas previstas constitucionalmente e em diversas normas infraconstitucionais. As audiências públicas constituem um importante instrumento de abertura participativa que proporciona legitimidade e transparência às decisões tomadas pelas diferentes esferas de poder. Tal instituto possui raízes no direito anglo-saxão e fundamenta-se no princípio da justiça natural. Esse princípio atualmente se traduz no dever de escutar-se o público antes da edição de normas administrativas ou legislativas de caráter geral, ou de decisões de grande impacto para a comunidade. As audiências públicas integram o perfil dos Estados democráticos de direito, modelados pelo constitucionalismo europeu do pós-guerra, segundo o qual o poder político não apenas emana do povo, sendo em nome dele exercido, mas comporta a participação direta do povo. É por meio dessas audiências que o responsável pela decisão tem acesso às diversas opiniões sobre a matéria debatida e abre a oportunidade para as pessoas que irão sofrer os reflexos da deliberação se manifestarem antes de seu desfecho. Janaína de Carvalho Pena Souza. A realização de audiências públicas como fator de legitimação da jurisdição constitucional. In: De Jure – Revista Jurídica do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, v.10, n.º 17, jul.-dez./2011, p. 392 (com adaptações). Em relação aos elementos linguísticos do texto CB8A1AAA, julgue o item a seguir. A forma verbal “manifestarem” está flexionada no plural para concordar com “as pessoas”. Certo Errado Questão 32: CEBRASPE (CESPE) - Tec (INSS)/INSS/2016 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá pela primeira vez teria um escritório para trabalhar. Não era um cômodo muito grande, mas davapara armar ali a minha tenda de reflexões e leitura: uma escrivaninha, um sofá e os livros. Na parede da esquerda ficaria a grande e sonhada estante onde caberiam todos os meus livros. Tratei de encomendá-la a seu Joaquim, um marceneiro que tinha oficina na rua Garcia D’Ávila com Barão da Torre. O apartamento não ficava tão perto da oficina. Era quase em frente ao prédio onde morava Mário Pedrosa, entre a Farme de Amoedo e a antiga Montenegro, hoje Vinicius de Moraes. Estava ali havia uma semana e nem decorara ainda o número do prédio. Tanto que, quando seu Joaquim, ao preencher a nota de encomenda, perguntou-me onde seria entregue a estante, tive um momento de hesitação. Mas foi só um momento. Pensei rápido: “Se o prédio do Mário é 228, o meu, que fica quase em frente, deve ser 227”. Mas lembrei-me de que, ao ir ali pela primeira vez, observara que, apesar de ficar em frente ao do Mário, havia uma diferença na numeração. ― Visconde de Pirajá, 127 ― respondi, e seu Joaquim desenhou o endereço na nota. ― Tudo bem, seu Ferreira. Dentro de um mês estará lá sua estante. ― Um mês, seu Joaquim! Tudo isso? Veja se reduz esse prazo. ― A estante é grande, dá muito trabalho... Digamos, três semanas. Ferreira Gullar. A estante. In: A estranha vida banal. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989 (com adaptações). Julgue o seguinte item, a respeito de aspectos linguísticos do texto. A forma verbal “teria” está flexionada na terceira pessoa do singular, para concordar com “apartamento”, núcleo do sujeito da oração em que ocorre. Certo Errado Questão 33: CEBRASPE (CESPE) - Aux (FUB)/FUB/Administração/2016 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto CB4A1AAA Brasília tinha apenas dois anos quando ganhou sua universidade federal. A Universidade de Brasília (UnB) foi fundada com a promessa de reinventar a educação superior, entrelaçar as diversas formas de saber e formar profissionais engajados na transformação do país. A construção do campus brotou do cruzamento de mentes geniais. O inquieto antropólogo Darcy Ribeiro definiu as bases da instituição. O educador Anísio Teixeira planejou o modelo pedagógico. O arquiteto Oscar Niemeyer transformou as ideias em prédios. Darcy e Anísio convidaram cientistas, artistas e professores das mais tradicionais faculdades brasileiras para assumir o comando das salas de aula da jovem UnB. “Eram mais de duzentos sábios e aprendizes, selecionados por seu talento para plantar aqui a sabedoria humana”, escreveu Darcy Ribeiro, em A Invenção da Universidade de Brasília. A estrutura administrativa e financeira era amparada por um conceito novo nos anos 60 e até hoje menina dos olhos dos gestores universitários: a autonomia. Internet: <www.unb.br> (com adaptações). Julgue os itens que se seguem, pertinentes a aspectos linguísticos do texto CB4A1AAA. No último parágrafo do texto, a expressão “era amparada” está no singular para concordar com a palavra “estrutura”, que é núcleo do sujeito. Certo Errado Questão 34: CEBRASPE (CESPE) - Aux (FUB)/FUB/Administração/2016 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto CB4A1AAA Brasília tinha apenas dois anos quando ganhou sua universidade federal. A Universidade de Brasília (UnB) foi fundada com a promessa de reinventar a educação superior, entrelaçar as diversas formas de saber e formar profissionais engajados na transformação do país. A construção do campus brotou do cruzamento de mentes geniais. O inquieto antropólogo Darcy Ribeiro definiu as bases da instituição. O educador Anísio Teixeira planejou o modelo pedagógico. O arquiteto Oscar Niemeyer transformou as ideias em prédios. Darcy e Anísio convidaram cientistas, artistas e professores das mais tradicionais faculdades brasileiras para assumir o comando das salas de aula da jovem UnB. “Eram mais de duzentos sábios e aprendizes, selecionados por seu talento para plantar aqui a sabedoria humana”, escreveu Darcy Ribeiro, em A Invenção da Universidade de Brasília. A estrutura administrativa e financeira era amparada por um conceito novo nos anos 60 e até hoje menina dos olhos dos gestores universitários: a autonomia. Internet: <www.unb.br> (com adaptações). Julgue os itens que se seguem, pertinentes a aspectos linguísticos do texto CB4A1AAA. A forma verbal “convidaram” está no plural porque concorda com os termos “cientistas”, “artistas” e “professores”. Certo Errado Questão 35: CEBRASPE (CESPE) - Esp (FUNPRESP)/FUNPRESP/Tecnologia da Informação/2016 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) O homem que só tinha certezas quase nunca usava ponto de interrogação. Em seu vocabulário, não constavam as expressões: talvez, quiçá, quem sabe, porventura. Parece que foi de nascença. Ele já teria vindo ao mundo assim, com todas as certezas junto, pulou a fase dos porquês e nunca soube o que era curiosidade na vida. Cresceu achando natural viver derramando afirmações pela boca. A notícia espalhou-se rapidamente. Não demorou muito para se tornar capa de todas as revistas e personagem assíduo dos programas de TV. Para cada pergunta havia uma só resposta certa e era essa que ele dava, invariavelmente, exterminando aos pouquinhos todas as dúvidas que existiam, até que só restou uma dúvida no mundo: será que ele não vai errar nunca? Mas ele nunca errava, e já nem havia mais o que errar, uma vez que não havia mais dúvidas. Um dia aconteceu um imprevisto, e o homem que só tinha certezas, quem diria, acordou apaixonado. Para se assegurar de que aquela era a mulher certa para ele, formulou cento e vinte perguntas, as quais ela respondeu sem vacilar. Os dois se amaram noites adentro, foram a Barcelona, tiraram fotos juntos, compraram álbuns, porta-retratos... Desde então, por alguma razão desconhecida, o homem que só tinha certezas foi perdendo todas elas, uma por uma. No início ainda tentou disfarçar. Mas as dúvidas multiplicavam-se como praga, espalhavam-se pelo mundo, e agora, meu Deus? Deus existe? Existe sim. Ou será que não? Ele não estava bem certo. Adriana Falcão. O homem que só tinha certezas. In: O doido da garrafa. São Paulo: Planeta do Brasil, 2003, p. 75 (com adaptações). Julgue o item seguinte, referente aos aspectos linguísticos e às ideias do texto O homem que só tinha certezas. A forma verbal “havia”, em “não havia mais dúvidas”, poderia ser corretamente substituída por existia. Certo Errado Questão 36: CEBRASPE (CESPE) - Assist (FUB)/FUB/Administração/2015 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) A autonomia da universidade, requisito para a realização da ideia de universalidade, não significa que a instituição se afasta do contexto social no qual está inserida. A independência, como distanciamento crítico, possibilita, ao contrário, que esse contexto possa ser pensado como um polo de relações que não se confunde com qualquer conjunto de interesses particulares, sejam eles mercadológicos, empresariais ou políticos. O afastamento ocorreria precisamente se a universidade servisse imediatamente a determinados interesses, com exclusão de todos os outros que integram uma sociedade complexa e contraditória. Idem, ibidem. Em relação ao fragmento de texto acima, julgue o item subsequente. A forma verbal “confunde” está no singular porque concorda com “contexto” (l.2). Certo Errado Questão 37: CEBRASPE (CESPE) - Aud Gov (CGE PI)/CGE PI/Geral/2015 Assunto: Concordância (Verbal e Nominal) Texto I Talvez o distinto leitor ou a irresistível leitora sejam naturais, caso em que me apresso a esclarecer que nada tenho contra os naturais, antes pelo contrário. Na verdade, alguns dos meus melhores amigos são naturais. Como, por exemplo, o festejadíssimo cineasta patrício Geraldo Sarno, que é baiano e é natural — pois neste mundo as combinações mais loucas são possíveis. Certa feita, estava eu a trabalhar em sua ilustre companhia quando ele me convidou para almoçar (os cineastas, tradicionalmente,
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