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Colocao Pronominal

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Questões 
Questão 1: CEBRASPE (CESPE) - AJP (PGE PE)/PGE PE/2019 
Assunto: Colocação pronominal 
Como período e como crise, a época atual mostra-se, aliás, como coisa nova. Como período, as suas variáveis características instalam-se em toda parte e a tudo 
influenciam, direta ou indiretamente. Daí a denominação de globalização. Como crise, as mesmas variáveis construtoras do sistema estão continuamente 
chocando-se e exigindo novas definições e novos arranjos. Trata-se, porém, de uma crise persistente dentro de um período com características duradouras, 
mesmo que novos contornos apareçam. 
O mesmo sistema ideológico que justifica o processo de globalização e que ajuda a considerá-lo o único caminho histórico acaba, também, por impor certa visão 
da crise e a aceitação dos remédios sugeridos. Em razão disso, todos os países, lugares e pessoas passam a se comportar, isto é, a organizar sua ação, como se 
tal “crise” fosse a mesma para todos e como se a receita para a afastar devesse ser geralmente a mesma. Na verdade, porém, a única crise que os responsáveis 
desejam afastar é a crise financeira, e não qualquer outra. Aí está, na verdade, uma causa para mais aprofundamento da crise real — econômica, social, política, 
moral — que caracteriza o nosso tempo. 
Milton Santos. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 27.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2017, p. 34-6 (com adaptações). 
Julgue o item a seguir, com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior. 
 
A correção gramatical do texto seria mantida caso, no trecho “passam a se comportar”, o vocábulo “se” fosse deslocado para depois da forma verbal “comportar”, 
da seguinte maneira: passam a comportar-se. 
Certo Errado 
Questão 2: CEBRASPE (CESPE) - Proc (Campo Grande)/Pref Campo Grande/2019 
Assunto: Colocação pronominal 
Nunca os litígios estruturais estiveram tão em voga no Brasil. Uma confluência de fatores contribui para tanto. Entre eles, é possível mencionar o avanço na 
conscientização da luta pela implementação de direitos — decorrente tanto da amplitude do texto constitucional de 1988 quanto das inovações tecnológicas de 
comunicação que estendem sua divulgação —, o crescimento expressivo do número de profissionais do direito dispostos a litigar essa espécie de causas e o 
deslocamento do eixo de poder em favor do Poder Judiciário. Garantida sua autonomia, era previsível que o Poder Judiciário, elevado ao papel de guardião do 
texto constitucional, expandisse sua atuação para searas antes inauditas. Curiosamente, essa é uma revolução silenciosa, pelo menos do ponto de vista prático: 
ressalvados casos específicos, boa parte dos operadores envolvidos em um processo relativo a um litígio estrutural sequer percebe, conscientemente, sua posição. 
A teoria brasileira sobre o assunto, desenvolvida pelos estudiosos, apesar de existente, ainda não se pode dizer disseminada. 
E. V. D. Lima. Litígios estruturais: decisão e implementação de mudanças socialmente relevantes pela via processual. In: 
Marco Félix Jobim e Sérgio Cruz Arenhart (Org.). Processos estruturais. 1.ª ed. Salvador: Editora Juspodivm, v. 1, 2017, p. 369-422 (com adaptações). 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir. 
 
O deslocamento do termo “se” para imediatamente após a forma verbal “pode” — pode-se — comprometeria a correção gramatical do texto. 
Certo Errado 
Questão 3: CEBRASPE (CESPE) - Prof (São Cristóvão)/Pref São Cristóvão/Arte/Educação Básica/2019 
Assunto: Colocação pronominal 
Quando se educa alguém ou se é educado por alguém, é preciso cautela para não nos contentarmos com as aparências, isto é, com a superficialidade. Vivemos 
hoje em um mundo marcado pela velocidade em várias situações e, em outras, por uma mera pressa. Uma vida apressada nos leva, em vários momentos, a ter 
formações apressadas, reflexões apressadas, ideias apressadas, e isso carrega um nível de superficialidade muito grande. 
Há várias pessoas que se contentam com as aparências: aparência em relação à própria imagem e aparência com relação àquilo que ostentam — a ostentação da 
propriedade, a “consumolatria”, o desespero para ser proprietário de coisas, de exibi-las, de viver algo que se aparenta, mas que, de fato, não se é. 
O pensador do século V, Agostinho — muitos o chamam de Santo Agostinho, um dos maiores filósofos e teólogos da história —, proferiu a seguinte frase: “Não 
sacia a fome quem lambe pão pintado”. Para se matar a fome, não basta lamber a figura de um pão, é preciso ir até ele. 
E quantos hoje não se contentam com um mundo superficial, em que se procura saciedade a partir daquilo que é mera imagem, mera representação, apenas uma 
simulação do que seria a realidade? 
A educação tem que nos tirar dessa superficialidade. 
Mario Sergio Cortella. Pensar bem nos faz bem! 5.ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015, p. 20 (com adaptações). 
 
 
A respeito das ideias, dos sentidos e das propriedades linguísticas do texto precedente, julgue o item que se segue. 
A substituição de “se contentam” por contentam-se manteria a correção gramatical do texto. 
Certo Errado 
Questão 4: CEBRASPE (CESPE) - Ana GRS (SLU DF)/SLU DF/Administração/2019 
Assunto: Colocação pronominal 
Texto CB1A1-III 
Não faz muito tempo, fui assistir à ópera As Bodas de Fígaro, de Mozart. Aproximando-se o final do espetáculo, o personagem mais importante, Fígaro, faz um 
comentário cruel a respeito das mulheres. Na montagem que vi, o diretor de cena teve a ideia de acender as luzes da plateia durante o canto de Fígaro, que saiu 
do palco e dirigiu-se aos homens presentes. 
Logo atrás de mim, uma senhora furiosa levantou-se. Fez o sinal de “não” nas fuças do pobre cantor e retirou-se protestando em voz alta. Pensei que ela poderia 
ter prestado mais atenção. O tema nuclear de As Bodas de Fígaro é atual: trata-se de desmascarar, denunciar e punir um poderoso aristocrata que é violento 
predador sexual. 
Aquela senhora furiosa revoltou-se antes do tempo e não viu a condenação do conde brutal. Tal suscetibilidade, decorrente da situação inferior em que, do modo 
mais injusto, as mulheres são mantidas em nossas sociedades, é compreensível. Mas indignou-se cedo demais. Indignação: eis o problema. Nunca tive simpatia 
por essa palavra. Pressupõe cólera e desprezo. Quando estamos sozinhos, a indignação nos embriaga como se fosse uma droga. Arrebata a alma, enfurece as 
vísceras, dilata os pulmões e nos faz acreditar na veemência do nosso ódio. Viramos heróis justiceiros diante de nós mesmos. 
A solidão indignada faz grandes discursos interiores contra aquilo que erigimos como inimigo. Serve para dar boa consciência. É um prazer solitário. Exaltados, 
arquitetamos vinganças e reparações. Depois, o balão murcha, sobrando apenas nossa miserável impotência. 
Ao se manifestar na presença de outra pessoa, ou de duas, ou em um pequeno grupo, a indignação leva ao descontrole. Nervosos, falamos alto e dizemos coisas 
que, na calma, jamais pronunciaríamos. Porque não somos mais nós que falamos, mas algo que está em nós e que ocupou nosso corpo esvaziado de qualquer 
poder reflexivo: a indignação. 
Jorge Coli. A indignação enfurece as vísceras e nos embriaga como se fosse droga. Internet: <www.folha.com.br> (com adaptações). 
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB1A1-III, julgue o item subsecutivo. 
 
Em “dirigiu-se”, a colocação do pronome “se” antes da forma verbal — se dirigiu — prejudicaria a correção gramatical do texto. 
Certo Errado 
Questão 5: CEBRASPE (CESPE) - AAP (PGE PE)/PGE PE/Calculista/2019 
Assunto: Colocação pronominal 
O desejo por igualdade em nossos dias, ensejado pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, marco da modernidade, segundo Axel Honneth, advém 
de uma busca por autorrespeito. Para Honneth, houve uma conversão de demandas por distribuição igualitária em demandaspor mais dignidade e respeito. O 
autor descreve o campo de ação social como o lócus marcado pela permanente luta entre os sujeitos por conservação e reconhecimento. O conflito, diz ele, força 
os sujeitos a se reconhecerem mutuamente e impulsiona a criação de uma rede normativa. Quer dizer, o estabelecimento da figura do sujeito de direitos constitui 
um mínimo necessário para a perpetuação da sociedade, porque é pelo respeito mútuo de suas pretensões legítimas que as pessoas conseguem se relacionar 
socialmente. 
Nesse contexto, a Lei Maria da Penha teria o papel de assegurar o reconhecimento das mulheres em situação de violências (incluída a psicológica) pelo direito; 
afinal, é constatando as obrigações que temos diante do direito alheio que chegamos a uma compreensão de cada uma(a) de nós como sujeitos de direitos. De 
acordo com Honneth, as demandas por direitos — como aqueles que se referem à igualdade de gênero ou relacionados à orientação sexual —, advindas de um 
reconhecimento anteriormente denegado, criam conflitos práticos indispensáveis para a mobilidade social. 
Isadora Vier Machado. Da dor no corpo à dor na alma: uma leitura do conceito de violência psicológica da Lei Maria da Penha. Internet: <http://pct.capes.gov.br> (com adaptações). 
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir. 
 
A correção gramatical do texto seria comprometida se o termo “se” fosse posicionado após a forma verbal “referem”, da seguinte forma: referem-se. 
Certo Errado 
 
 
 
Questão 6: CEBRASPE (CESPE) - Enf (IHB DF)/IHB DF/2018 
Assunto: Colocação pronominal 
Texto CG1A1AAA 
Nasci no Brás, durante a Segunda Guerra. Da rua em que morávamos até a Praça da Sé, são vinte minutos de caminhada. 
Quando estava com sete anos, acordei com os olhos inchados, e meu pai me levou ao pediatra. Ao voltarmos, o futebol ininterrupto que jogávamos com bola de 
borracha na porta da fábrica em frente parou e a molecada correu até nós. Queriam saber se era verdade que os médicos davam injeções enormes na bunda das 
crianças. 
Nenhum daqueles filhos de operários, meus irmãos ou eu havia ido ao pediatra; só os fortes sobreviviam, a morte de crianças era aceita com resignação. Em 
várias regiões do país, a mortalidade infantil ultrapassava uma centena para cada mil nascidos. 
Se a assistência médica não chegava efetivamente ao Brás fabril, o primeiro bairro da zona leste, encostado no centro da cidade que mais crescia na América 
Latina, que cuidados recebiam aqueles da zona rural, que constituíam mais de 70% da população? 
Sarampo, caxumba, catapora, difteria e tosse comprida eram doenças da infância, tão inevitáveis quanto a noite e o dia. Qualquer episódio de febre que deixasse 
a criança apática enlouquecia as mães, apavoradas pelo fantasma onipresente da poliomielite. O som metálico das próteses que acompanhava os passos de 
meninas e meninos era ouvido em toda parte. 
No pronto-socorro de pediatria, os bebês com diarreia e desidratação eram atendidos em uma sala com trinta berços, ao lado dos quais as mães passavam os dias 
e as noites em vigília. Morriam quatro ou cinco em cada plantão de 12 horas. 
Em 1988, o SUS passou a fazer parte da Constituição Federal. Nós nos tornamos o único país com mais de 100 milhões de habitantes que ousou oferecer saúde 
para todos. Apesar de termos nos esquecido de onde sairiam os recursos para tamanho desafio, dos descasos, das interferências políticas, hoje são raras as 
crianças sem acesso a pediatra. 
Em contraste com as imagens de unidades de saúde caindo aos pedaços e prontos- socorros com doentes no chão, as equipes do Saúde da Família atendem, de 
casa em casa, a maior parte do país continental. Temos o maior programa gratuito de vacinações e de transplante de órgãos do mundo. A distribuição universal 
de medicamentos contra HIV não só impediu que a epidemia se transformasse em catástrofe nacional, como serviu de base para o combate em países da África e 
da Ásia. 
Se pensarmos que, nos tempos desassistidos de minha infância, o Brasil tinha 50 milhões de habitantes, enquanto hoje somos 200 milhões, a assistência médica 
deu um salto quantitativo e de qualidade muito superior ao de outras áreas sociais, apesar de todas as deficiências gerenciais. 
Drauzio Varella. Os visionários do SUS. 14/12/2015. Internet: <https://drauziovarella.com.br> (com adaptações). 
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CG1A1AAA, julgue o item a seguir. 
 
A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse “nos tornamos” por tornamo-nos. 
Certo Errado 
Questão 7: CEBRASPE (CESPE) - ET (BNB)/BNB/Analista de Sistema/2018 
Assunto: Colocação pronominal 
O avião demorou a decolar, havia nevascas pela Europa, fui parar em Copenhague, perdi a conexão em Paris, me mandaram para Buenos Aires, mas gostei de 
chegar em casa quase à meia-noite. O menino já estaria dormindo, e mesmo a Vanda logo iria para a cama. Estaria bicando um vinho, ou fechando as cortinas, 
ou tomando um banho, ou em frente ao espelho, catando fios de cabelo branco, para mim era importante pegá-la desprevenida, queria ver com que gênero de 
surpresa me receberia. Girei a chave, na sala havia uma árvore de Natal, a Vanda estava no quarto, do corredor ouvi sua voz. Devo ter aberto a porta com muito 
ímpeto, pois a babá, que estava sentada na ponta da cama, se levantou num pulo. Mas o menino não se mexeu, continuou recostado na cabeceira com os olhos 
fitos na televisão. 
Chico Buarque. Budapeste. São Paulo: Companhia das Letras, 2003 (com adaptações). 
Julgue o item seguinte, relativo aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto precedente. 
 
A correção do texto seria prejudicada caso o pronome “me”, empregado em “me mandaram para Buenos Aires”, fosse deslocado para imediatamente após a 
forma verbal “mandaram”, da seguinte forma: mandaram-me para Buenos Aires. 
Certo Errado 
 
 
 
Questão 8: CEBRASPE (CESPE) - OI (ABIN)/ABIN/Área 1/2018 
Assunto: Colocação pronominal 
Texto 
 
A atividade de busca por dados e informações e a interpretação de seu significado, o que se conhece hoje por inteligência, sempre desempenhou um papel 
preponderante na história da humanidade, principalmente na política internacional, em maior ou menor grau, conforme a época. 
Atualmente, como em nenhum outro período da história, crescem e se multiplicam as agências governamentais em uma complexa rede internacional à procura de 
ameaças veladas ou qualquer tipo de informação considerada sensível, em um jogo estratégico de poder e influência globais. E é esse processo de identificação 
de ameaças, a busca por informações e dados, que pretende detectar intenções dissimuladas que ocultem os mais diversos interesses, o que chamo de guerra 
secreta. Essa modalidade de guerra se desenvolve entre agências ou serviços secretos, em uma corrida para ver quem chega primeiro. Trata-se do mais complexo 
dos conflitos, pois ocorre nas sombras, nos bastidores do poder, identificando propagandas enganosas, desinformação, e celebrando acordos cujas partes sabem 
antecipadamente que nunca serão cumpridos. Muitas das informações levantadas por agentes secretos em ações de espionagem foram utilizadas em guerras ou 
mesmo serviram de pivô central para desencadear tais conflitos. Convivemos com a guerra secreta há muito tempo, embora de forma não perceptível, e, a cada 
ciclo histórico, com maior intensidade. 
André Luís Woloszyn. Guerra nas sombras: os bastidores dos serviços secretos 
internacionais. São Paulo: Editora Contexto, 2013, p. 7-8 (com adaptações). 
A respeito das ideias e das estruturas linguísticas do texto, julgue o item seguinte. 
 
A próclise observada em “se multiplicam” e “se desenvolve” é opcional, de modo que o emprego da ênclise nesses dois casos também seria correto — 
multiplicam-se e desenvolve-se, respectivamente. 
Certo Errado 
Questão 9: CEBRASPE (CESPE) - Ass Port(EMAP)/EMAP/Administrativa/2018 
Assunto: Colocação pronominal 
A crescente internacionalização da economia, decorrente, principalmente, da redução de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações 
tecnológicas e dos grandes avanços nas comunicações, tem exigido mudanças efetivas na atuação do comércio internacional. 
A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa pela concorrência, visto que é por meio da garantia e da possibilidade de entrar no mercado 
internacional, de estabelecer permanência ou de engendrar saída, que se consubstancia a plena expansão das atividades comerciais e se alcança o resultado 
último dessa interatuação: o preço eficiente dos bens e serviços. 
Defesa da concorrência e defesa comercial são instrumentos à disposição dos Estados para lidar com distintos cenários que afetem a economia. Destaca-se como 
a principal diferença o efeito que cada instrumento busca neutralizar. 
A política de defesa da concorrência busca preservar o ambiente competitivo e coibir condutas desleais advindas do exercício de poder de mercado. A política de 
defesa comercial busca proteger a indústria nacional de práticas desleais de comércio internacional. 
Elaine Maria Octaviano Martins Curso de direito marítimo Barueri: Manoele, v 1, 2013, p 65 (com adaptações) 
Acerca de aspectos linguísticos do texto precedente e das ideias nele contidas, julgue o item a seguir. 
 
A correção gramatical do texto seria mantida caso o trecho “que se consubstancia” fosse alterado para que consubstancia-se. 
Certo Errado 
Questão 10: CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018 
Assunto: Colocação pronominal 
Texto 6A2AAA 
Entramos na liça ao nascer; dela saímos ao morrer. De que vale aprender a conduzir melhor seu carro quando se está no fim do percurso? Só resta pensar então 
em como abandoná-lo. O estudo de um Velho, se ainda lhe resta a fazer, é unicamente o de aprender a morrer e é precisamente o que menos se faz na minha 
idade, pensa- se em tudo, menos nisso. Todos os velhos dão mais apreço à vida do que as crianças e a deixam com maior má vontade do que os jovens. É que, 
como todos os seus trabalhos tiveram essa mesma vida por objetivo,veem, no final, que perderam seus esforços. Todos os seus cuidados, todos os seus bens, 
todos os frutos de suas laboriosas vigílias, tudo deixam quando se vão. Não pensaram em adquirir alguma coisa, durante a vida, que possam levar com a morte. 
Disse tudo isso a mim mesmo quando era tempo de mo dizer, e, se não soube tirar melhor partido de minhas reflexões, não foi por não as ter feito a tempo e por 
não as ter bem amadurecido. Lançado, desde a infância, no torvelinho da sociedade, aprendi cedo, por experiência, que não era feito para viver nela, onde nunca 
conseguiria chegar ao estado de que meu coração precisava. Cessando, portanto, de procurar entre os homens a felicidade que sentia não poder encontrar, 
minha ardente imaginação já saltava por cima da recém-iniciada época de minha vida, como sobre um terreno desconhecido, para descansar em uma situação 
tranquila em que me pudesse fixar. 
Jean Jacques Rousseau. Terceira caminhada. In: Jean Jacques Rousseau. Os devaneios do caminhante solitário. Organização e tradução de Fúlvia MariaLuíza Moretto. Brasília: Editor a da UnB, 1991, p. 16 (com 
 
 
adaptações). 
Com relação às estruturas linguísticas do texto 6A2AAA, julgue o item que se segue. 
 
A inserção de tais coisas após o infinitivo “dizer” daria ênfase aos sentidos do texto e melhoraria sua coesão, sem prejuízo da correção gramatical. 
Certo Errado 
Questão 11: CEBRASPE (CESPE) - Tec I (IPHAN)/IPHAN/Área 2/2018 
Assunto: Colocação pronominal 
Texto CB3A1-I 
As consequências da extinção de línguas são diversas e irreparáveis. O desaparecimento de línguas tem impacto imediato na perda de diversidade cultural. 
O desconhecimento da diversidade linguística por grande parte da população brasileira é sustentado pela representação de uma suposta unidade da língua 
portuguesa, ou seja, pela ideia de que a língua portuguesa é a única língua falada no país. Essa falta de conhecimento e de valorização leva, por conseguinte, à 
marginalização e à discriminação de grupos falantes de outras línguas. 
A construção de uma política específica para a diversidade linguística constitui uma iniciativa que busca a valorização da diversidade linguística do país. Atuar para 
a sustentabilidade da diversidade linguística, entretanto, exige a articulação de produção de conhecimento sobre as línguas existentes no território nacional e de 
valorização e promoção dessas línguas. 
As línguas faladas por grupos sociais minoritários requerem atenção especial de uma política de salvaguarda da diversidade linguística, pois elas se encontram em 
posição de maior vulnerabilidade linguística. Tal situação decorre não só do fato de essas línguas serem faladas por grupos sociais pouco numerosos, mas 
também da falta de conhecimento sobre elas. Colocar no mapa as centenas de línguas ainda ocultadas pela representação majoritária de um país com uma única 
língua talvez seja o caminho mais significativo para o reconhecimento das línguas como patrimônio cultural. 
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 
Guia de pesquisa e documentação para o INDL: patrimônio cultural e diversidade linguística. Brasília: IPHAN, 2016, p. 23-4 (com adaptações). 
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a partícula “se”, em “pois elas se encontram em posição de maior vulnerabilidade linguística”, fosse deslocada 
para imediatamente após a forma verbal “encontram”, da seguinte forma: encontram-se. 
Certo Errado 
Questão 12: CEBRASPE (CESPE) - Diplomata/IRBr/2018 
Assunto: Colocação pronominal 
Texto VII 
Nas formas de vida coletiva podem assinalar-se dois princípios que se combatem e regulam diversamente as atividades dos homens. Esses dois princípios 
encarnam-se nos tipos do aventureiro e do trabalhador. Já nas sociedades rudimentares manifestam-se eles, segundo sua predominância, na distinção 
fundamental entre os povos caçadores ou coletores e os povos lavradores (...) Existe uma ética do trabalho, como existe uma ética da aventura. Assim, o 
indivíduo do tipo trabalhador só atribuirá valor moral positivo às ações que sente ânimo de praticar e, inversamente, terá por imorais e detestáveis as qualidades 
próprias do aventureiro — audácia, imprevidência, irresponsabilidade, instabilidade, vagabundagem — tudo, enfim, quanto se relacione com a concepção 
espaçosa do mundo, característica desse tipo. Por outro lado, as energias e esforços que se dirigem a uma recompensa imediata são enaltecidos pelos 
aventureiros; tanto as energias que visam à estabilidade, à paz, à segurança pessoal quanto os esforços sem perspectiva de rápido proveito material passam, ao 
contrário, por viciosos e desprezíveis para eles. Nada lhes parece mais estúpido e mesquinho do que o ideal do trabalhador. Entre esses dois tipos não há, em 
verdade, tanto uma oposição absoluta como uma incompreensão radical. 
Sergio Buarque de Holanda. 
Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 44 (com adaptações). 
 
Com relação aos aspectos linguísticos do texto VII, julgue (C ou E) o item seguinte. 
Na variedade culta da língua portuguesa falada ou escrita no Brasil, além da ocorrência de expressões como “podem assinalar-se”, em que o pronome aparece em 
ênclise à forma verbal infinitiva, verifica-se a ocorrência de próclise a essa forma verbal — podem se assinalar —, ambas consideradas corretas pela gramática. 
Certo Errado 
 
 
 
Questão 13: CEBRASPE (CESPE) - Ana Port I (EMAP)/EMAP/Administrativa/2018 
Assunto: Colocação pronominal 
Texto 
O Juca era da categoria das chamadas pessoas sensíveis, dessas a que tudo lhes toca e tange. Se a gente lhe perguntasse: “Como vais, Juca?”, ao que qualquer 
pessoa normal responderia “Bem, obrigado!” — com o Jucaa coisa não era assim tão simples. Primeiro fazia uma cara de indecisão, depois um sorriso triste 
contrabalançado por um olhar heroicamente exultante, até que esse exame de consciência era cortado pela voz do interlocutor, que começava a falar chãmente 
em outras coisas, que, aliás, o Juca não estava ouvindo... Porque as pessoas sensíveis são as criaturas mais egoístas, mais coriáceas, mais impenetráveis do reino 
animal. Pois, meus amigos, da última vez que vi o Juca, o impasse continuava... E que impasse! 
Estavam-lhe ministrando a extrema-unção. E, quando o sacerdote lhe fez a tremenda pergunta, chamando-o pelo nome: “Juca, queres arrepender-te dos teus 
pecados?”, vi que, na sua face devastada pela erosão da morte, a Dúvida começava a redesenhar, reanimando-a, aqueles seus trejeitos e caretas, numa espécie 
de ridícula ressurreição. E a resposta não foi “sim” nem “não”; seria acaso um “talvez”, se o padre não fosse tão compreensivo. Ou apressado. Despachou-o num 
átimo e absolvido. Que fosse amolar os anjos lá no Céu! 
E eu imagino o Juca a indagar, até hoje: 
— Mas o senhor acha mesmo, sargento Gabriel, que ele poderia ter-me absolvido? 
Mário Quintana Prosa & Verso Porto Alegre: Globo, 1978, p 65 (com adaptações) 
A respeito das estruturas linguísticas do texto, julgue o próximo item. 
 
Sem prejuízo para a correção gramatical e para o sentido do texto, o trecho “que ele poderia ter-me absolvido” poderia ser assim reescrito: que ele poderia ter 
absolvido- me. 
Certo Errado 
Questão 14: CEBRASPE (CESPE) - Tec Enf (IHB DF)/IHB DF/2018 
Assunto: Colocação pronominal 
Surpresas fazem parte da rotina de um socorrista. Quando um chamado chega via 192, as informações nem sempre vêm de acordo com a real situação. Às vezes, 
é menos grave do que se dizia. Em outras, o interlocutor — por pânico ou desconhecimento — não dá nem conta de descrever a gravidade do caso. Quase 
sempre, condutores, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos saem em disparada, ambulância cortando o trânsito, sirenes ligadas, para atender a alguém 
que nunca viram. Mas podem chegar à cena e encontrar um amigo. Estão preparados. O espaço para a emoção é pequeno em um serviço que só funciona se 
apoiado em seu princípio maior: a técnica. 
Internet: <https://especiais.zh.clicrbs.com.br>. 
Considerando os aspectos linguísticos do texto precedente e as informações nele veiculadas, julgue o item. 
 
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se deslocasse a partícula “se”, em “se dizia”, para imediatamente após a forma verbal: dizia-se. 
Certo Errado 
Questão 15: CEBRASPE (CESPE) - PCF/PF/Área 1/2018 
Assunto: Colocação pronominal 
Texto CB1A1AAA 
Não há dúvida de que a televisão apresenta ao público uma visão distorcida de como a ciência forense é conduzida e sobre o que ela é capaz, ou não, de realizar. 
Os atores que interpretam a equipe de investigação, por exemplo, são uma mistura de policial, detetive e cientista forense — esse perfil profissional não existe na 
vida real. Toda profissão, individualmente, já é complexa o bastante e demanda educação, treinamento e métodos próprios. A especialização dentro dos 
laboratórios tornou-se uma norma desde o final da década de 80 do século passado. O cientista forense precisa conhecer os recursos das outras subdisciplinas, 
mas ninguém é especialista em todas as áreas da investigação criminal. Além disso, os laboratórios frequentemente não realizam todos os tipos de análise devido 
ao custo, à insuficiência de recursos ou à pouca procura. 
As séries da TV retratam incorretamente os cientistas forenses, mostrando-os como se tivessem tempo de sobra para todos os casos. Os programas mostram 
diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando toda sua atenção a uma investigação. Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo. A 
maioria dos laboratórios acredita que o acúmulo de trabalho é o maior problema que enfrentam, e boa parte dos pedidos de aumento no orçamento baseia-se na 
dificuldade de dar conta de tanto serviço. 
Os programas de investigação criminal de ficção não reproduzem corretamente o que ocorre na vida real quando o assunto são as técnicas científicas: um 
cientista forense da Universidade de Maryland estima que cerca de 40% do que é mostrado no CSI não existe. Os investigadores verdadeiros não conseguem ser 
tão precisos quanto suas contrapartes televisivas. Ao analisar uma amostra desconhecida em um aparelho com telas brilhantes e luzes piscantes, o investigador 
de um desses seriados pode conseguir uma resposta do tipo “batom da marca X, cor 42, lote A-439”. O mesmo personagem talvez interrogue um suspeito e 
declare “sabemos que a vítima estava com você, pois identificamos o batom dela no seu colarinho”. No mundo real, os resultados quase nunca são tão exatos, e o 
 
 
investigador forense provavelmente não confrontaria diretamente um suspeito. Esse desencontro entre ficção e realidade pode acarretar consequências bizarras. 
Em Knoxville, Tennessee, um policial relatou: “Estou com um homem cujo carro foi roubado. Ele viu uma fibra vermelha no banco traseiro e quer que eu descubra 
de onde ela veio, em que loja foi comprada e qual cartão de crédito foi usado”. 
A realidade do CSI. In: Scientific American Brazil. Segmento. Internet: <http://www2.uol.com.br> (com adaptações). 
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, bem como o disposto no Manual de Redação da Presidência da República, julgue o 
item que se segue. 
No trecho “baseia-se na dificuldade”, a partícula “se” poderia ser anteposta à forma verbal “baseia” sem prejuízo da correção gramatical do texto. 
Certo Errado 
Questão 16: CEBRASPE (CESPE) - AJ STJ/STJ/Judiciária/"Sem Especialidade"/2018 
Assunto: Colocação pronominal 
Texto CB1A1AAA 
No pensamento filosófico da Antiguidade, a dignidade (dignitas) da pessoa humana era alcançada pela posição social ocupada pelo indivíduo, bem como pelo grau 
de reconhecimento dos demais membros da comunidade. A partir disso, poder-se-ia falar em uma quantificação (hierarquia.) da dignidade, o que permitia admitir 
a existência de pessoas mais dignas ou menos dignas. 
Frise-se que foi a partir das formulações de Cícero que a compreensão de dignidade ficou desvinculada da posição social. O filósofo conferiu à dignidade da 
pessoa humana um sentido mais amplo ligado à natureza humana: todos estão sujeitos às mesmas leis da natureza, que proíbem que uns prejudiquem aos 
outros. 
No círculo de pensamento jusnaturalista dos séculos XVII e XVIII, a concepção da dignidade da pessoa humana passa por um procedimento de racionalização e 
secularização, mantendo-se, porém, a noção básica da igualdade de todos os homens em dignidade e liberdade. Nesse período, destaca-se a concepção de 
Emmanuel Kant de que a autonomia ética do ser humano é o fundamento da dignidade do homem. Incensurável é a permanência da concepção kantiana no 
sentido de que a dignidade da pessoa humana repudia toda e qualquer espécie de coisificação e instrumentalização do ser humano. 
Antonio da Rocha Lourenço Neto. Direito e 
humanismo: visão filosófica, literária e histórica. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2013, p.148-9 (com adaptações). 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, julgue o item. 
 
A correção do texto seria mantida caso o pronome “se”, em “poder-se-ia falar”, fosse deslocado para imediatamente após a forma verbal “falar”, escrevendo-se 
poderia falar-se. 
Certo Errado 
Questão 17: CEBRASPE (CESPE) - Tec Min (MPE PI)/MPE PI/Administrativa/2018 
Assunto: Colocação pronominal 
Eis que se inicia então uma das fases mais intensas na vida de Geraldo Viramundo: sua troca de correspondência com os estudantes, julgando estar a se 
corresponder com sua amada. E eis que passo pela rama nesta fase de meu relato, já que me é impossível dar a exata medida do grau de maluquice que 
inspiraram tais cartas: infelizmentese perderam e de nenhuma encontrei paradeiro, por maiores que tenham sido os meus esforços em rebuscar coleções, 
arquivos e alfarrábios em minha terra. Sou forçado, pois, a limitar-me aos elementos de que disponho, encerrando em desventuras as aventuras de Viramundo 
em Ouro Preto, e dando viço às suas peregrinações. 
Fernando Sabino. O grande mentecapto. 62.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2002. 
Com referência aos sentidos do texto precedente e às estruturas linguísticas nele empregadas, julgue o item a seguir. 
 
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso o trecho “Eis que se inicia” fosse reescrito da seguinte forma: Eis que inicia-se. 
Certo Errado 
Questão 18: CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018 
Assunto: Colocação pronominal 
Texto 6A1AAA 
Está demonstrado, portanto, que o revisor errou, que se não errou confundiu, que se não confundiu imaginou, mas venha atirar-lhe a primeira pedra aquele que 
não tenha errado,confundido ou imaginado nunca. Errar, disse-o quem sabia, é próprio do homem, o que significa, se não é erro tomar as palavras à letra, que 
não seria verdadeiro homem aquele que não errasse. Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal que a todos nos absolveria de 
 
 
juízos coxos e opiniões mancas. Quem não sabe deve perguntar, ter essa humildade, e uma precaução tão elementar deveria tê-la sempre presente o revisor, 
tanto mais que nem sequer precisaria sair de sua casa, do escritório onde agora está trabalhando, pois não faltam aqui os livros que o elucidariam se tivesse tido 
a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que vêm os enganos piores, não da ignorância. Nestas ajoujadas estantes, 
milhares e milhares de páginas esperam a cintilação duma curiosidade inicial ou a firme luz que é sempre a dúvida que busca o seu próprio esclarecimento. 
Lancemos, enfim, a crédito do revisor ter reunido, ao longo duma vida, tantas e tão diversas fontes de informação, embora um simples olhar nos revele que estão 
faltando no seu tombo as tecnologias da informática, mas o dinheiro, desgraçadamente, não chega a tudo, e este ofício, é altura de dizê-lo, inclui-se entre os 
mais mal pagos do orbe. Um dia, mas Alá é maior, qualquer corrector de livros terá ao seu dispor um terminal de computador que o manterá ligado, noite e dia, 
umbilicalmente, ao banco central de dados, não tendo ele, e nós, mais que desejar que entre esses dados do saber total não se tenha insinuado, como o diabo no 
convento, o erro tentador. 
Seja como for, enquanto não chega esse dia, os livros estão aqui, como uma galáxia pulsante, e as palavras, dentro deles, são outra poeira cósmica flutuando, à 
espera do olhar que as irá fixar num sentido ou nelas procurará o sentido novo, porque assim como vão variando as explicações do universo, também a sentença 
que antes parecera imutável para todo o sempre oferece subitamente outra interpretação, a possibilidade duma contradição latente, a evidência do seu erro 
próprio .Aqui, neste escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma cara sobreposta às infinitas máscaras variantes, estão os costumados dicionários da 
língua e vocabulários, os Morais e Aurélios, os Morenos e Torrinhas, algumas gramáticas, o Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...]. 
José Saramago. História do cerco de Lisboa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 25-6. 
Com relação à variação linguística bem como aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto 6A1AAA, julgue o item. A colocação pronominal observada no 
trecho “não se tenha insinuado” é frequente tanto na língua escrita, sendo utilizada em textos literários, artigos científicos e textos oficiais, quanto na variedade 
padrão formal falada no Brasil, como a utilizada em telejornais. 
Certo Errado 
Questão 19: CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC SE)/PC SE/2018 
Assunto: Colocação pronominal 
(...) 
Às vezes eu falo com a vida 
Às vezes é ela quem diz 
Qual a paz que eu não quero 
Conservar para tentar ser feliz 
As grades do condomínio 
São para trazer proteção 
Mas também trazem a dúvida 
Se é você que está nessa prisão 
Me abrace e me dê um beijo 
Faça um filho comigo 
Mas não me deixe sentar 
Na poltrona no dia de domingo. 
(...) 
O Rappa. Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero). In: Álbum Lado B Lado A. Warner Music Group, 1999 (com adaptações). 
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do trecho da letra de música anteriormente apresentado, julgue o item que se segue. 
 
Em “Mas não me deixe sentar”, a colocação do pronome “me” após a forma verbal “deixe” — deixe-me — prejudicaria a correção gramatical do trecho. 
Certo Errado 
Questão 20: CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM AL)/PM AL/Combatente/2017 
Assunto: Colocação pronominal 
A palavra violência frequentemente (1) nos remete a crimes como assassinato, estupro, roubo e lesão corporal, ou mesmo a guerras e terrorismo. Pensamos 
que violência e crime violento são a mesma coisa e não levamos em conta que nem toda violência é considerada crime. 
A sociedade, para reafirmar seus valores e se manter, pune as transgressões, com a intenção de que a punição aplicada ao transgressor seja útil para que os 
demais indivíduos não sigam o mau exemplo, tendo em vista as consequências. Nesse caso, considera-se crime a transgressão de regras socialmente 
preestabelecidas, que variam de acordo com a sociedade e o contexto histórico. 
Lançadas com o intuito de encontrar respostas para as possíveis causas da violência, hipóteses clássicas na sociologia do crime acabaram por defender a tese de 
associação entre o aumento nos índices de criminalidade e a pobreza. Essa associação sustenta a premissa de que o crime seja combatido e punido com maior 
rigor e frequência nas classes economicamente mais desfavorecidas, em contraposição à tolerância e à impunidade de crimes cometidos tipicamente ou 
ocasionalmente por indivíduos detentores de poder. 
 
 
O mito da criminalidade associada à pobreza cria estereótipos, marginaliza e criminaliza a pobreza — que, em si, é uma violência. Rotula os que são tidos como 
pobres e faz uma proporção extremamente grande da população ser prejulgada por atos ilícitos praticados por uma minoria. 
A violência nas cidades deve ser vista sob duas vias. Um tipo de violência é a dos crimes praticados nas ruas, principalmente nas grandes cidades, que pode 
atingir qualquer pessoa. O segundo tipo é a violência praticada pela própria cidade, que massacra os pobres, marginalizando e criminalizando esses cidadãos. 
Enquanto se diz que os pobres da cidade são violentos, a atenção da violência que eles sofrem é invertida. A violência contra quem mora próximo de condomínios 
de luxo e mansões fortificadas, sem ter acesso a bens básicos para garantir razoáveis condições de vida, é esquecida. 
Geélison Ferreira da Silva. Considerações sobre criminalidade: marginalização, medo e mitos no Brasil. In: Revista Brasileira de Segurança Pública. ano 5, 8.ª ed. São Paulo, fev. – 
mar./2011, p. 91-102 (com adaptações) 
No que se refere aos sentidos e às propriedades linguísticas do texto, julgue o item a seguir. 
 
A posição do advérbio “frequentemente”(1) justifica a ocorrência de próclise em “nos remete”. 
Certo Errado 
Questão 21: CEBRASPE (CESPE) - Diplomata/IRBr/2017 
Assunto: Colocação pronominal 
Texto A classe dedicada ao comércio, marcada pela compra e venda de mercadorias ou na colocação de dinheiro, não representava, no Império, o padrão social 
dominante. Os comerciantes eram, em grande parte, estrangeiros; o ramo mais saliente do comércio, o ligado ao escravo, sujava as mãos dos que com ele 
enriqueciam. Um título de comendador ou de barão dourava o busto do empresário, mas não o nobilitava, visto que o nobre pertencia a uma camada diversa, 
composta, sob o ponto de vista profissional ou econômico, de letrados ou senhores de rendas. O homemque traficava — membro da classe lucrativa ou aquisitiva 
—, para se qualificar socialmente, embriagou-se, perdidamente, na imitação do estilo ou nos traços secundários da classe proprietária e do estamento. Elevava-se, 
se enriquecido — elevava-se é o termo certo — a uma categoria superior no desfrute ostentatório de rendas, transformando a natureza de seu patrimônio, ou 
ingressava na política e no governo, preocupado em amortecer a cintilação equívoca da origem. Era quase uma situação colonial, com a ascensão, nem sempre 
possível no espaço de uma geração, do albardeiro ao círculo dos fidalgos. Em meados do século XIX o velho equilíbrio se rompe, fio a fio, imperceptivelmente, 
na quebra de secular estrutura econômica e social. Consequência da nova dinâmica, que agita e move a sociedade, será a emancipação de uma classe inteira, até 
aí pejada, impedida e entorpecida em seus passos. Dentro da consciência do homem que enriqueceu no trato de mercadorias e de valores, haverá agora uma 
crise. O Dr. Félix (Ressurreição) ou Rubião (Quincas Borba ), aquinhoados pela inesperada herança, trataram de aplicar os bens para que eles lhes 
proporcionassem renda segura e estável. 
Outra é a conduta de Mauá, como será a de Palha (Quincas Borba ), Cotrim (Memórias Póstumas) ou de Santos (Esaú e Jacó). Homens do comércio, não 
convertem o patrimônio em prestações de renda, mas continuam presos aos seus negócios, perseguindo o infinito, imantados por outros desígnios, alimentados 
por uma nova sociedade. Mas há a crise. Rubião a vive, já, no último quartel do século, em sentido contrário, atraído pelos lucros do comércio e não pelo 
comércio. Mauá a sentirá, no sentido autêntico: dos doze aos trinta e dois anos, vergado no balcão e sócio de comerciante, torna-se dono de respeitável fortuna. 
Fiel à ordem dominante, não a calcula em bons e vistosos contos de réis, mas por sua renda, que seria superior a 50 contos anuais. A renda e não o capital dava 
a nota de grandeza, de opulência, para encher os olhos e provocar a admiração. “Já se vê que, — confessava, aludindo ao ano de 1846 — ao engolfar-me em 
outra esfera de atividade, possuía eu uma fortuna satisfatória, que me convidava a desfrutá-la. Travou-se em meu espírito, nesse momento, uma luta vivaz entre 
o egoísmo, que em maior ou menor dose habita o coração humano, e as ideias generosas que em grau elevado me arrastavam a outros destinos...”. O egoísmo 
seria a fruição do capital, sem suor e angústias; o impulso contrário, a expansão da economia, que se identificaria, para a classe lucrativa, com o progresso do 
país. Certo de seu papel dinâmico na sociedade, criando atividades novas e aprimorando as existentes; esse estrato ganha relevo e autonomia, sem que se 
esconda atrás do biombo, dourado de tradição e respeitabilidade, da classe proprietária. É hostil, como conjunto, ao ócio dos homens de renda e ao prestígio do 
estamento político, que maneja o poder do alto e de cima, sem consultar-lhe as preferências nem lhe pedir orientação e conselho. Atente-se: a classe lucrativa 
tem conduta adversa ao estilo de vida da camada dirigente, não obstante a explore, e viva, em grande parte, de seus favores, numa espécie de capitalismo 
político, dependente e subordinado ao Estado. 
Raymundo Faoro. Machado de Assis: a pirâmide e o trapézio. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1974, p. 225-7 (com adaptações). 
Com referência ao texto, julgue o próximo item. 
 
A colocação do pronome em “embriagou-se”, “Elevava-se”, ‘Já se vê’ e “que se identificaria” está de acordo com a variedade formal culta da língua portuguesa e 
deve-se a razões fonético-sintáticas. 
Certo Errado 
 
 
 
Questão 22: CEBRASPE (CESPE) - PEB (SEDF)/SEDF/Língua Portuguesa/2017 
Assunto: Colocação pronominal 
Meu querido neto Mizael, 
Recebi a sua cartinha. Ver que você se tem adiantado muito me deu muito prazer. 
Fiquei muito contente quando sua mãe me disse que em princípio de maio estarão cá, pois estou com muitas saudades de vocês todos. Vovó te 
manda muitas lembranças. 
A menina de Zulmira está muito engraçadinha. Já tem 2 dentinhos. 
Com muitas saudades te abraça sua Dindinha e Amiga, Bárbara 
Carta de Bárbara ao neto Mizael (carta de 1883). Corpus Compartilhado Diacrônico: cartas pessoais brasileiras. 
Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras. Internet: <www.tycho.iel.unicamp.br> (com adaptações). 
Julgue o item seguinte, a respeito do texto precedente. 
 
A próclise observada em todas as ocorrências dos pronomes oblíquos átonos no texto é atestada no português brasileiro coloquial. 
Certo Errado 
Questão 23: CEBRASPE (CESPE) - Aud CE (TCE-PA)/TCE-PA/Planejamento/Economia/2016 
Assunto: Colocação pronominal 
Texto CB1A1AAA 
O tenente Antônio de Souza era um desses moços que se gabam de não crer em nada, que zombam das coisas mais sérias e que riem dos santos e dos milagres. 
Costumava dizer que isso de almas do outro mundo era uma grande mentira, que só os tolos temem a lobisomem e feiticeiras. Jurava ser capaz de dormir uma 
noite inteira dentro do cemitério. 
Eu não lhe podia ouvir tais leviandades em coisas medonhas e graves sem que o meu coração se apertasse, e um calafrio me corresse a espinha. Quando a gente 
se habitua a venerar os decretos da Providência, sob qualquer forma que se manifestem, quando a gente chega à idade avançada em que a lição da experiência 
demonstra a verdade do que os avós viram e contaram, custa ouvir com paciência os sarcasmos com que os moços tentam ridicularizar as mais respeitáveis 
tradições, levados por uma vaidade tola, pelo desejo de parecerem espíritos fortes, como dizia o Dr. Rebelo. Peço sempre a Deus que me livre de semelhante 
tentação. Acredito no que vejo e no que me contam pessoas fidedignas, por mais extraordinário que pareça. Sei que o poder do Criador é infinito e a arte do 
inimigo, vária. 
Mas o tenente Souza pensava de modo contrário! 
Apontava à lua com o dedo, deixava-se ficar deitado quando passava um enterro, não se benzia ouvindo o canto da mortalha, dormia sem camisa, ria-se do 
trovão! Alardeava o ardente desejo de encontrar um curupira, um lobisomem ou uma feiticeira. Ficava impassível vendo cair uma estrela, e achava graça ao canto 
agoureiro do acauã, que tantas desgraças ocasiona. Enfim, ao encontrar um agouro, sorria e passava tranquilamente sem tirar da boca o seu cachimbo de 
verdadeira espuma do mar. 
Inglês de Sousa. A feiticeira. São Paulo: 
Ed. Difusão Cultural do Livro, 2008, p. 7-8 (com adaptações). 
Julgue o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA. 
 
Haveria prejuízo da correção gramatical do texto caso a partícula “se”, no trecho “Quando a gente se habitua a venerar os decretos da Providência”, fosse 
deslocada para imediatamente após a forma verbal “habitua”, escrevendo-se habitua-se. 
Certo Errado 
Questão 24: CEBRASPE (CESPE) - Aud CE (TCE-PA)/TCE-PA/Administrativa/Contabilidade/2016 
Assunto: Colocação pronominal 
Texto CB5A1BBB 
A partir do momento em que o Estado passa a cobrar tributos de seus cidadãos, amealhando para si parte da riqueza nacional, surge a necessidade de destinação 
de tais quantias à realização das necessidades públicas, pois, não visando ao lucro, o Estado não pode cobrar mais do que os dispêndios que lhe são imputados. 
Na chamada atividade financeira do Estado, sua principal ferramenta é o orçamento público, pois nele constam as decisões políticas tomadas pelo administrador 
com o objetivo de satisfação dos interesses coletivos. 
Muito mais do que um mero documento de estimação e fixação das receitas e despesas, o orçamento, conforme o texto constitucional vigente, constitui um 
verdadeiro sistema integrado de planejamento, de sorte que, constituindo um verdadeiro orçamento-programa, o orçamento público passa a constituir etapas do 
planejamento de desenvolvimentoeconômico e social, isto é, passa a ser conteúdo dos planose programas nacionais, regionais e setoriais, que devem ser 
compatibilizados com o plano plurianual. 
 
 
Extrapolando-se os limites da simples teoria clássica do orçamento, pode-se dizer que o orçamento, em sua feição atual, não deve ser compreendido unicamente 
como a simples autorização de gastos do Poder Executivo pelo Poder Legislativo. Não se pode olvidar que, a partir do momento em que houve a limitação das 
antigas monarquias absolutistas, o rei passou a necessitar de autorização de seus vassalos para a realização dos gastos da coroa — como preceituado, por 
exemplo, na Magna Charta Libertatum, de 1215, e na Petition of Rights, de 1628. Também não se deve desconsiderar que a revolução orçamentária deveu-se, em 
grande parte, à idealização do Estado liberal burguês, que emana, segundo especialistas da área, de razões políticas, e não financeiras. 
Conquanto esses fatos tenham contribuído para a formação do orçamento em sua tessitura tradicional, é preciso, hoje, refletir sobre a real natureza da lei 
orçamentária atual, se autorizativa ou impositiva. 
César Augusto Carra. O orçamento impositivo aos estados e aos municípios. Internet: <libano.tce.mg.gov.br> (com adaptações). 
Julgue o item seguinte, com relação aos aspectos linguísticos do texto CB5A1BBB. 
O pronome “lhe” refere-se a “Estado”. 
Certo Errado 
Questão 25: CEBRASPE (CESPE) - Aud CE (TCE-PA)/TCE-PA/Administrativa/Contabilidade/2016 
Assunto: Colocação pronominal 
Texto CB5A1AAA 
Tratando-se do dever de prestar contas anuais, cabe, inicialmente, verificar como tal obrigação está preceituada no ordenamento jurídico. A Constituição Federal 
prevê que cabe ao presidente prestar contas anualmente ao Poder Legislativo. Por simetria, tal obrigação estende-se ao governador do estado e aos prefeitos 
municipais. 
O dever anual de prestar contas é da pessoa física. Assim sendo, no nível municipal, esse dever é do prefeito, que, nesse caso, age em nome próprio, e não em 
nome do município. Tal obrigação se dá em virtude de força da lei. O povo, que outorgou mandato ao prefeito para gerir seus recursos, exige do prefeito — por 
meio de norma editada pelos seus representantes — a prestação de contas. Sendo tal prestação obrigação personalíssima, não se pode admitir que seja 
executada por meio de pessoa interposta. Isso quer dizer que o tribunal de contas deve recusar, por exemplo, a prestação de contas apresentada por uma 
prefeitura referente à obrigação de um ex- prefeito. Quer dizer também que o ex-prefeito continua sujeito a todas as sanções previstas para aqueles que não 
prestam contas. 
Por essa razão, é necessário que haja a separação das contas — que devem, inclusive, ser processadas em autos distintos — quando ocorrer de o cargo de 
prefeito ser ocupado por mais de uma pessoa durante o exercício financeiro. Nesse caso, cada um será responsável pelo período em que ocupou o cargo. 
Ailana Sá Sereno Furtado. O dever de prestar contas dos prefeitos. Internet: < https://jus.com.br> (com adaptações). 
Julgue o item que se segue, a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto CB5A1AAA. 
 
A correção gramatical do texto seria mantida caso a partícula “se” fosse empregada imediatamente após a forma verbal “pode” — escrevendo-se da seguinte 
forma: pode-se. 
Certo Errado 
Questão 26: CEBRASPE (CESPE) - Ana MPU/MPU/Perícia/Engenharia Química/2015 
Assunto: Colocação pronominal 
A persecução penal se desenvolve em duas fases: uma fase administrativa, de inquérito policial, e uma fase jurisdicional, de ação penal. Assim, nada mais é o 
inquérito policial que um procedimento administrativo destinado a reunir elementos necessários à apuração da prática de uma infração penal e de sua autoria. Em 
outras palavras, o inquérito policial é um procedimento policial que tem por finalidade construir um lastro probatório mínimo, ensejando justa causa para que o 
titular da ação penal possa formar seu convencimento, a opinio delicti, e, assim, instaurar a ação penal cabível. Nessa linha, percebe-se que o destinatário 
imediato do inquérito policial é o Ministério Público, nos casos de ação penal pública, e o ofendido, nos casos de ação penal privada. 
De acordo com o conceito ora apresentado, para que o titular da ação penal possa, enfim, ajuizá-la, é necessário que haja justa causa. A justa causa, identificada 
por parte da doutrina como uma condição da ação autônoma, consiste na obrigatoriedade de que existam prova acerca da materialidade delitiva e, ao menos, 
indícios de autoria, de modo a existir fundada suspeita acerca da prática de um fato de natureza penal. Dessa forma, é imprescindível que haja provas acerca da 
possível existência de um fato criminoso e indicações razoáveis do sujeito que tenha sido o autor desse fato. 
Evidencia-se, portanto, que é justamente na fase do inquérito policial que serão coletadas as informações e as provas que irão formar o convencimento do titular 
da ação penal, isto é, a opinio delicti. É com base nos elementos apurados no inquérito que o promotor de justiça, convencido da existência de justa causa para a 
ação penal, oferece a denúncia, encerrando a fase administrativa da persecução penal. 
Hálinna Regina de Lira Rolim. A possibilidade de investigação do Ministério Público na fase pré-processual penal. Artigo científico. Rio de Janeiro: Escola de Magistratura do 
Estado do Rio de Janeiro, 2010, p. 4. Internet : <www.emerj.tjrj.jus.br>. (com adaptações). 
Julgue o item que se segue, a respeito das estruturas linguísticas do texto. 
 
 
 
Em “Evidencia-se”, o pronome “se” pode, facultativa e corretamente, ser tanto posposto — como aí foi empregado — quanto anteposto à forma verbal — Se 
evidencia. 
Certo Errado 
Questão 27: CEBRASPE (CESPE) - TJ TJDFT/TJDFT/Apoio Especializado/Programação de Sistemas/2015 
Assunto: Colocação pronominal 
Texto para o item. 
Os juízes que se deparam com o tema dos conflitos familiares e da violência doméstica assistem a situações de violência extrema, marcadas pelo abuso das 
relações de afeto e parentesco, pela deslealdade nas relações íntimas de afeto e confiança. A violência doméstica exclui e segrega os integrantes da família, pois 
as vítimas são muitas vezes consideradas responsáveis pelas agressões que sofrem. É a mulher agredida quem “gosta de apanhar”, é a criança espancada quem 
“provoca” os pais. Obviamente os membros da família ficam apavorados diante da possibilidade da agressão e da exclusão e temem pela própria vida quando 
dependem da família para sobreviver emocional ou materialmente. Assim, todos são atingidos pela agressão a um deles dirigida. 
Importa destacar que a violência intrafamiliar pode se dar tanto de forma omissiva, pela ausência de cuidados necessários ao desenvolvimento do indivíduo, de 
alimentação regular e abrigo, quanto comissiva, pela prática de atos que violam a liberdade e a integridade física e psíquica da vítima, agressões físicas ou 
verbais. Esses atos são capazes de gerar sentimento de insegurança nos membros da família. No âmbito doméstico, as agressões decorrem da vontade de 
dominar e subjugar o mais fraco, da luta por poder dentro de casa. A maior parte dos ataques tem motivos banais, como o espancamento de mulheres que se 
recusam a preparar o almoço ou a esquentar a comida dos companheiros, ou, como no caso das crianças, o choro excessivo. 
O processo judicial restaura a verdade dos fatos. O agressor é sentado no banco dos réus e é tratado como tal. A vítima tem o direito de expor a dor, o 
sofrimento e exigir a reparação devida. Muitas vezes não se persegue o encarceramento do agressor, mas apenas a responsabilização pelos atos, de natureza 
cível ou criminal. O juiz observa as partes com os olhos da lei, da equidade, da justiça. A justiça analisa tais casos dia após dia, noite após noite, e os diversos 
agentes envolvidos no amparo e proteção às vítimas desenvolvem sensibilidade especial para o tema. E, movidos pela empatiacom os mais fracos nas relações 
sociais e familiares, buscam ajudar a restabelecer a linguagem de respeito entre os membros da comunidade familiar, propiciando o resgate dos sentimentos que 
a mantêm coesa e saudável. 
Theresa Karina de Figueiredo Gaudêncio Barbosa. Paz em casa. In: Correio Braziliense, 26/2/2015 (com adaptações). 
Acerca dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item seguinte. 
 
Em “que a mantêm coesa e saudável”, o deslocamento do pronome “a” para logo após a forma verbal “mantêm” prejudicaria a correção gramatical do período. 
Certo Errado 
Questão 28: CEBRASPE (CESPE) - AJ TJDFT/TJDFT/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/2015 
Assunto: Colocação pronominal 
O Programa de Responsabilidade Socioambiental Viver Direito do TJDFT foi instituído por meio da Portaria GPR n.º 1.313/2012. As bases do Programa Viver 
Direito, seus objetivos e sua meta permanente são apresentados, respectivamente, nos artigos 1.º, 2.º e 3.º da referida portaria, os quais são transcritos abaixo: 
Art. 1.º Reeditar o Programa de Responsabilidade Socioambiental do TJDFT Viver Direito, cuja base é a Agenda Socioambiental do TJDFT que, em permanente 
revisão, estabelece novas ações sociais e ambientais e as integra às existentes no âmbito do Poder Judiciário do Distrito Federal e Territórios, visando à 
preservação e à recuperação do meio ambiente, por meio de ações sociais sustentáveis, a fim de torná-lo e mantê-lo ambientalmente correto, socialmente justo e 
economicamente viável. 
Art. 2.º O Programa de Responsabilidade Socioambiental Viver Direito objetiva indicar e programar ações bem como sensibilizar os públicos interno e externo 
quanto ao exercício dos direitos sociais, à gestão adequada dos resíduos gerados pelo órgão, ao combate a todas as formas de desperdício dos recursos naturais 
e à inclusão de critérios socioambientais nos investimentos, nas construções, nas compras e nas contratações de serviços da instituição. 
Art. 3.º Define-se como meta permanente do Viver Direito a gestão ambientalmente saudável, caracterizada pela adoção de práticas ecologicamente eficientes, 
que visem poupar matéria-prima, água e energia, bem como enfatizem a reciclagem de resíduos e a promoção da cidadania e da paz social, com base no 
desenvolvimento do ser humano e na preservação da vida. 
Internet: <www.tjdft.jus.br> (com adaptações). 
A respeito das estruturas linguísticas do texto precedente, julgue o item subsequente. 
O deslocamento da partícula “se”, em “Define-se”, para o início do período — escrevendo-se Se define — prejudicaria a correção gramatical do texto. 
Certo Errado 
 
 
 
Questão 29: CEBRASPE (CESPE) - Tec Desp (FUB)/FUB/2015 
Assunto: Colocação pronominal 
Um estudo da Universidade da Califórnia, em Davis – EUA, mostra que a curiosidade é importante no aprendizado. Imagens dos cérebros de universitários 
revelaram que ela estimula a atividade cerebral do hormônio dopamina, que parece fortalecer a memória das pessoas. A dopamina está ligada à sensação de 
recompensa, o que sugere que a curiosidade estimula os mesmos circuitos neurais ativados por uma guloseima ou uma droga. Na média, os alunos testados 
deram 35 respostas corretas a 50 perguntas acerca de temas que os deixavam curiosos e 27 de 50 questões sobre assuntos que não os atraíam. Estimular a 
curiosidade ajuda a aprender. 
Planeta, dez/2014, p. 14 (com adaptações). 
A respeito das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item subsecutivo. 
 
Em um uso mais formal da língua, as regras de colocação pronominal do padrão culto permitem que o pronome átono em “que não os atraíam” (l.5) seja também 
utilizado depois do verbo, sob a forma de nos, ligada ao verbo por um hífen. 
Certo Errado 
Questão 30: CEBRASPE (CESPE) - AnaTA SUFRAMA/SUFRAMA/Tecnologia da Informação/2014 
Assunto: Colocação pronominal 
O primeiro europeu a pisar as terras amazônicas, o espanhol Vicente Pinzon (janeiro de 1500), percorreu a foz do Amazonas, conheceu a ilha de Marajó e 
surpreendeu-se em ver que essa era uma das regiões mais intensamente povoadas do mundo então conhecido. Ficou perplexo vendo a pororoca e maravilhado 
com as águas doces do mais extenso e mais volumoso rio do mundo. Foi bem acolhido pelos índios da região. No entanto, apesar de fantástica, sua viagem 
marcou o primeiro choque cultural e o primeiro ato de violência contra os povos da Amazônia: Pinzon aprisionou índios e os levou consigo para vender como 
escravos na Europa. 
A viagem de Orellana (1549) instaura o momento fundador dos primeiros mitos, como o das amazonas — índias guerreiras, bravas habitantes de uma aldeia sem 
homens. Outros viajantes, aventureiros e exploradores que procuravam riquezas espalharam mundo afora mitos e fantasias. De todos, o mito mais persistente 
parece ter sido sempre o da superabundância e da resistência da natureza da região: florestas com árvores altíssimas que penetravam nas nuvens; frutos e flores 
de cores e sabores indescritíveis; rios largos a se perderem no horizonte (povoados de monstros engolidores de navios nas noites escuras); animais estranhos e 
abundantes por todo o chão; pássaros cobrindo o céu e colorindo-o em nuvens de penas e plumas de todas as cores. 
Violeta Refkalefsky Loureiro. Amazônia: uma história de perdas e danos, um futuro a (re)construir. Estudav. [online]. 2002, vol. 16, n.º 45, p. 107-21 (com adaptações). 
No que se refere a elementos textuais e linguísticos do texto acima, julgue o item seguinte. 
O pronome “os”, em “os levou consigo”, poderia ser corretamente substituído por lhes. 
Certo Errado 
Questão 31: CEBRASPE (CESPE) - Cont (CADE)/CADE/2014 
Assunto: Colocação pronominal 
Atualmente, há duas Américas Latinas. A primeira conta com um bloco de países — incluindo Brasil, Argentina e Venezuela — com acesso ao Oceano Atlântico, 
que confere ao Estado grande papel na economia. A segunda — composta por países de frente para o Pacífico, como México, Peru, Chile e Colômbia — adota o 
livre comércio e o mercado livre. 
Os dois grupos de países compartilham de uma geografia, de culturas e de histórias semelhantes, entretanto, por quase dez anos, a economia dos países do 
Atlântico cresceu mais rapidamente, em grande parte graças ao aumento dos preços das commodities no mercado global. Atualmente, parece que os anos 
vindouros são mais promissores para os países do Pacífico. Assim, a região enfrenta, de certa forma, um dilema sobre qual modelo adotar: o do Atlântico ou o do 
Pacífico? 
Há razões para pensar que os países com acesso ao Pacífico estão em vantagem, como, por exemplo, o fato de que, em 2014, o bloco comercial Aliança do 
Pacífico (formado por México, Colômbia, Peru e Chile) provavelmente crescerá a uma média de 4,25%, ao passo que o grupo do Atlântico, formado por 
Venezuela, Brasil e Argentina — unidos pelo MERCOSUL —, crescerá 2,5%. O Brasil, a maior economia da região, tende a crescer 1,9%. 
Segundo economistas, os países da América Latina que adotam o livre comércio estão mais preparados para crescer e registram maiores ganhos de produtividade. 
Os países do Pacífico, mesmo aqueles como o Chile, que ainda dependem de commodities como o cobre, também têm feito mais para fortalecer a exportação. No 
México, a exportação de bens manufaturados representa quase 25% da produção econômica anual (no Brasil, representa 4%). As economias do Pacífico também 
são mais estáveis. Países como México e Chile têm baixa inflação e consideráveis reservas estrangeiras. 
Venezuela e Argentina, por sua vez, começam a se parecer com casos econômicos sem solução. Na Venezuela, a inflação passa de 50% ao ano — igual à da Síria, 
país devastado pela guerra. 
David Juhnow. Duas Américas Latinas bem diferentes. The Wall Street Journal. In: Internet: <http://online.wsj.com> (com adaptações). 
Julgue o próximo item, a respeito de aspectos linguísticos do texto de David Juhnow. 
 
 
Em “começama se parecer”, o pronome “se” poderia ser deslocado para imediatamente após a forma verbal “parecer”, escrevendo-se começam a parecer-se. 
Certo Errado 
Questão 32: CEBRASPE (CESPE) - Med (CEF)/CEF/2014 
Assunto: Colocação pronominal 
Há grande variação nos padrões de consumo em diferentes partes do mundo, conforme o nível de desenvolvimento e das condições de produção. Áreas 
desenvolvidas consomem diferentes proporções de alimentos quando comparadas às em desenvolvimento. Maiores proporções de alimentos de origem animal, 
variados tipos de vegetais, frutos, açúcares e bebidas são consumidos nas áreas desenvolvidas, enquanto nas em desenvolvimento consomem-se grandes 
quantidades de cereais e starchy foods (raízes, tubérculos, incluindo batata, batata-doce, inhame e mandioca). Nos países em desenvolvimento, o consumo de 
vegetais e frutas é menor do que nos países desenvolvidos e o consumo de alimentos de origem animal é mínimo. 
O consumo de açúcar vem aumentando em todas as partes do mundo. Em alguns países em desenvolvimento, esse consumo tem aumentado mais do que nos 
países desenvolvidos. Mas o açúcar é particularmente muito consumido na América do Norte, na Oceania, na maioria dos países europeus e na América Latina. As 
mais elevadas proporções no consumo de óleos e gorduras verificam-se entre os países da Europa e América do Norte. Entre as bebidas alcoólicas, cervejas e 
vinhos são as mais comuns em todo o mundo, mas seu consumo ocorre principalmente na Europa. Em todas as partes do mundo, são usadas bebidas 
alcoólicas, mas essas bebidas não acompanham a dieta diária da mesma forma que a cerveja e o vinho. 
Edeli Simioni de Abreu et al. Alimentação mundial: uma reflexão sobre a 
história. In: Revista Saúde e Sociedade. 2001, vol. 10, n.º 2, p. 3-14 (com adaptações). 
Em relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item seguinte. 
 
Caso se optasse pela estrutura pronominal, escrevendo-se mas a Europa os consome mais em lugar do trecho “mas seu consumo ocorre principalmente na 
Europa” (l.10-11), não haveria prejuízo para a correção gramatical nem para o sentido original do texto. 
Certo Errado 
Questão 33: CEBRASPE (CESPE) - TJ (TJ SE)/TJ SE/Administrativa/Programação de Sistemas/2014 
Assunto: Colocação pronominal 
Nem astronautas nem cosmonautas. Os futuros conquistadores do espaço chamam-se taikonautas. Está-se falando da China, e após a bem-sucedida missão 
Shenzhou VII, o país planeja estar cada vez mais presente no cosmos. Os próximos passos serão o lançamento de uma estação espacial e o envio de astronaves à 
Lua e a Marte. Tecnologia para essa empreitada os chineses têm. Dinheiro, também. E motivação política, isso então nem se fala. A missão Shenzhou VII, por 
exemplo, aproveitou a onda ufanista da Olimpíada. Mais: o seu lançamento comemorou os cinquenta e nove anos da chegada do Partido Comunista ao poder. A 
China já enviara três missões tripuladas, mas essa foi especial: foi a primeira vez que um taikonauta realizou uma caminhada no espaço. 
O ápice da festa foi quando o coronel da Aeronáutica Zhai Zhigang vestiu o seu uniforme (made in China e ao preço de US$ 4,3 milhões), abriu as portas da nave 
e deu início à sua caminhada cósmica. A missão era objetiva e apologética do governo, justamente para incutir nos chineses o orgulho das futuras missões e tirar 
deles o apoio 
incondicional, independentemente de quanto o país tenha de gastar. Zhigang foi flutuando (de ponta cabeça) para apanhar um lubrificante que estava do lado de 
fora do veículo espacial e, assim, enfeitiçou os olhos dos bilhões de chineses que o assistiam ao vivo pela tevê. Ele ergueu a bandeira vermelha de seu país e 
declarou: “Estou me sentindo bem. Cumprimento daqui o povo chinês e o povo do mundo inteiro.” 
A missão chinesa provou que o país entrou para valer na corrida espacial do futuro. Não faltam projetos, incluindo-se o de uma estação espacial produzida 100% 
na China. O objetivo é “realizar experiências científicas de grande escala” e criar uma “sólida base para utilização pacífica do espaço e exploração de seus 
recursos”. Essa estação ajudará o país a avançar em projetos muito mais ambiciosos. 
Tatiana de Mello. A vez dos taikonautas. In: Istoé, 8/10/2008 (com adaptações). 
Com relação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item. 
 
No segmento “isso então nem se fala” (l.4), a posição do pronome “se” justifica-se pela presença de palavra de sentido negativo. 
Certo Errado 
Questão 34: CEBRASPE (CESPE) - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Área VIII/Consultor Legislativo/2014 
Assunto: Colocação pronominal 
À primeira vista, o Plano Piloto de Brasília parece uma repetição de construções. As quadras, distribuídas simetricamente pelas asas, têm prédios com plantas 
semelhantes, que se repetem a cada quadradinho, muitas vezes até localizados de forma análoga. Dentro dos apartamentos, entretanto, esconde-se o estilo de 
cada morador, que se revela não apenas em detalhes decorativos, mas em modificações nas plantas e na função dos cômodos. Para desvendar como os 
brasilienses ocupam e reinventam seus lares, a pesquisadora Franciney França decidiu analisar 168 plantas de apartamentos em sua tese de doutorado. “Quem 
olha para o Plano Piloto, que impressão tem? Que as quadras são iguais e que sempre têm o mesmo padrão arquitetônico. E aí pensa que as pessoas moram do 
 
 
mesmo jeito. Mostrei que não é bem assim”, conta. A pesquisadora dividiu as “indisciplinas arquitetônicas” praticadas pelos brasilienses entre leves e pesadas. As 
leves são as que mudam a destinação dos espaços. É aquele quartinho de empregada que acaba virando um escritório, ou um quarto que vira sala de televisão. 
Já as indisciplinas pesadas são as que implicam mudanças geométricas e configuracionais das plantas. São aquelas reformas que resultam em quebra de paredes, 
ou que transformam três quartos pequenos em dois maiores, ou as que agregam a cozinha à sala. 
Juliana Braga. A casa de cada um. In: Revista Darcy, ago.-set./ 2011 (com adaptações). 
No que se refere aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item a seguir. 
 
Nas estruturas “que se repetem” e “que se revela”, o pronome “se” poderia ser deslocado, sem prejuízo da correção gramatical do texto, para imediatamente 
após as formas verbais “repetem” e “revela” — que repetem-se e que revela-se, respectivamente. 
Certo Errado 
Questão 35: CEBRASPE (CESPE) - Ag Adm (CADE)/CADE/2014 
Assunto: Colocação pronominal 
Esta é uma pergunta que supõe polos opostos. Qual o valor supremo a ser realizado pelo ensino? 
A prioridade concedida à informação percorre caminhos diferentes do projeto de formar o cidadão consciente, o espírito crítico, o ser humano solidário? 
Até certo ponto sim. Entupir a cabeça do aluno (penso no jovem que se prepara para um vestibular) com dados, nomes, números e esquemas, o que significa em 
termos de formar uma pessoa justa, verdadeira, compassiva, democrática? A aspiração de Montaigne continua viva, mais do que nunca: a criança não deve ser 
um vaso que se encha, mas uma vela que se acenda. 
Para não descambar no puro ceticismo, lembro que o exercício constante das ciências físico-matemáticas, das ciências biológicas e da pesquisa histórica pode 
contribuir para a formação de hábitos de atenção e rigor que, provavelmente, irão propiciar o respeito à verdade, o que é sempre um progresso moral. Digo 
“provavelmente” porque os numerosos exemplos de transgressão da ética científica, movidos por interesses e paixões, não permitem expressões de otimismo 
exagerado. 
Permanece inquietante a questão de formar a criança e o jovem para valores que ainda constituem o ideal do nosso tão sofrido bípede implume. O malogro da 
educação liberal-capitalista nos aflige como, em outro contexto, nos teria afligido um projeto de educação totalitária. Esta impõe, mediante a violência do Estado, 
a passividade inerme do cidadão, ao qual só restaobedecer aos ditames do partido dominante. Conhecemos o que foi a barbárie nazifascista, a barbárie stalinista, 
a barbárie maoísta. De outra natureza é a barbárie que vivemos no aqui-e-agora do consumismo irresponsável, dos lobbies farmacêuticos, do desrespeito ao 
ambiente, das violações dos direitos humanos fundamentais, da imprensa facciosa e venal, dos partidos de aluguel, da intolerância ideológica dos grupelhos, da 
arrogância dos formadores de opinião espalhados pela mídia e pelas universidades. 
Um plano oficial de educação pouco poderia fazer para alterar esse iminente risco de desintegração que afeta a sociedade civil, atingindo classes e estamentos 
diversos; mas que ao menos se faça esse pouco! 
Alfredo Bosi. A valorização dos docentes é a única forma de construir uma escola eficiente. 
Chega de proletários do giz. In: Carta Capital. Ano XIX, n.º 781, p. 29 (com adaptações). 
Acerca das ideias desenvolvidas no texto acima e das estruturas linguísticas nele empregadas, julgue o item. 
 
No trecho “nos teria afligido um projeto de educação totalitária”, o pronome “nos” poderia ser corretamente empregado imediatamente após a forma verbal 
“teria”, escrevendo-se teria-nos. 
Certo Errado 
Questão 36: CEBRASPE (CESPE) - PT (CBM CE)/CBM CE/2014 
Assunto: Colocação pronominal 
Proprietária de alguns sítios, todos situados na região árida e pobre, intermediária entre o Sertão Seco e a rica área verde do Cariri, a família Augusto, quando 
ainda unida, vivia no Sítio do Tatu. Era uma propriedade comum: casa grande com alpendre, açude, engenho, uma fileira de casas de taipa para os negros; seria 
uma das únicas da região a ter uma capela. Tratava-se da área de maior concentração de escravos nos sertões, a ponto de existirem quadrinhas abordando esse 
estranho recorde: “Caraíba é prata fina/Sussuarana, ouro em pó/Xique Xique é mala veia/E o Tatu é negro só” e “O Tatu para criar negros/Sobradim pra 
criação/São Francisco 
para fuxico/Calabaço pra algodão”. Talvez o grande número de escravos no Sítio do Tatu se devesse ao fato de Federalina possu ir um grupo de escravas que 
eram usadas como parideiras de moleques, que após algum tempo eram vendidos ao aparecer comprador. 
Uma das histórias de crueldade de Dona Federalina (que deve ser mentirosa) versa sobre uma dessas negras parideiras e o filho que seria vendido, embora já 
estivesse com ela havia mais de um ano. A escrava, agarrada à criança, correu para o mato, mas Federalina deu ordem para que fossem atrás e trouxessem o 
menino. Na tentativa de proteger o filho, a negra foi apunhalada; ainda correu para casa, e lá a patroa mandou que mãe e filho fossem embebidos com 
querosene, e ela própria ateou-lhes fogo. A escrava, soltando o filho, debateu-se até morrer. Conta-se que as marcas de sangue da negra não saíam nunca da 
parede, mesmo que a caiassem continuamente. O reboco teve de ser retirado, e um outro feito em seu lugar. 
Rachel de Queiroz e Heloísa Buarque de Hollanda. Matriarcas do Ceará D. Federalina de Lavras. Internet: <www.ime.usp.br> (com adaptações). 
 
 
Julgue o próximo item, acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto. 
Estaria mantida a correção gramatical do texto caso o pronome “lhes” fosse deslocado para antes da forma verbal “ateou”. 
Certo Errado 
Questão 37: CEBRASPE (CESPE) - TL (CAM DEP)/CAM DEP/Agente de Polícia Legislativa/2014 
Assunto: Colocação pronominal 
A atividade policial pode ser verificada em quase todas as organizações políticas que conhecemos, desde as cidades-estado gregas até os Estados atuais. 
Entretanto, o seu sentido e a forma como é realizada têm variado ao longo do tempo. A ideia de polícia que temos hoje é produto de fatores estruturais e 
organizacionais que moldaram seu processo histórico de transformação. 
A palavra “polícia” deriva do termo grego polis, usado para descrever a constituição e organização da autoridade coletiva. Tem a mesma origem da palavra 
“política”, relativa ao exercício dessa autoridade coletiva. Assim, podemos perceber que a ideia de polícia está intimamente ligada à noção de política. Não há 
como dissociá-las. A atividade de polícia é, portanto, política, uma vez que diz respeito à forma como a autoridade coletiva exerce seu poder. 
Arthur T. M. Costa. Polícia, controle social e democracia. In: Arthur Trindade Maranhão Costa. Entre a lei e a ordem. Rio de Janeiro: FGV, 2004, p. 93. Internet: 
<www.necvu.ifcs.ufrj.br> (com adaptações). 
Considerando os sentidos e aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item a seguir. 
 
O trecho “Não há como dissociá-las” poderia ser corretamente reescrito de diferentes maneiras, a exemplo das seguintes: É impossível separá-las; Não há forma 
de as dissociar; Não separam-se. 
Certo Errado 
Questão 38: CEBRASPE (CESPE) - AJ (TJ SE)/TJ SE/Apoio Especializado/Serviço Social/2014 
Assunto: Colocação pronominal 
A vida do Brasil colonial era regida pelas Ordenações Filipinas, um código legal que se aplicava a Portugal e seus territórios ultramarinos. Com todas as letras, as 
Ordenações Filipinas asseguravam ao marido o direito de matar a mulher caso a apanhasse em adultério. Também podia matá-la por meramente suspeitar de 
traição. Previa-se um único caso de punição: sendo o marido traído um “peão” e o amante de sua mulher uma “pessoa de maior qualidade”, o assassino poderia 
ser condenado a três anos de desterro na África. 
No Brasil República, as leis continuaram reproduzindo a ideia de que o homem era superior à mulher. O Código Civil de 1916 dava às mulheres casadas o status 
de “incapazes”. Elas só podiam assinar contratos ou trabalhar fora de casa se tivessem a autorização expressa do marido. 
Há tempos, o direito de matar a mulher, previsto pelas Ordenações Filipinas, deixou de valer. O machismo, porém, sobreviveu nos tribunais. O Código Penal de 
1890 livrava da condenação quem matava “em estado de completa privação de sentidos”. O atual Código Penal, de 1940, abrevia a pena dos criminosos que 
agem “sob o domínio de violenta emoção”. Os “crimes passionais” — eufemismo para a covardia — encaixam-se à perfeição nessas situações. Em outra bem-
sucedida tentativa de aliviar a responsabilidade do homem, os advogados inventaram o direito da “legítima defesa da honra”. 
O machismo é uma praga histórica. Não se elimina da noite para o dia. A criação da Lei Maria da Penha, em 2006, em que se previu punição para quem agride e 
mata mulheres, foi um primeiro e audacioso passo. O segundo passo contra o machismo é a educação. 
Ricardo Westin e Cintia Sasse. Dormindo com o inimigo. In: 
Jornal do Senado. Brasília, 4/jul./2013, p. 4-5. Internet: <www.senado.gov.br> (com adaptações). 
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item. 
 
Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso os pronomes “se” (l.1) e “a” (l.2) fossem deslocados para imediatamente após as formas verbais 
“aplicava” (l.1) e “apanhasse” (l.2), escrevendo-se que aplicava-se e caso apanhasse-a, respectivamente. 
Certo Errado 
Questão 39: CEBRASPE (CESPE) - TAmb (ICMBio)/ICMBio/2014 
Assunto: Colocação pronominal 
O ABCerrado e a Matomática (“matemática do mato”), metodologias criadas por um professor da UnB, apoiam-se em dois princípios: o da elevação da autoestima 
de alunos e professores e o do envolvimento com o meio ambiente para a construção, de forma lúdica e interdisciplinar, da cidadania e do respeito mútuo. 
“Fazemos a aproximação por meio de elementos do contexto onde as crianças estão inseridas. As atividades de leitura, interpretação e escrita associam-se ao 
tema do cerrado na forma de poesias, música, desenho, pintura e jogos”, explica uma professora da Faculdade de Educação da UnB. Atualmente, a universidade 
trabalha para expandir a aplicação do ABCerrado na rede de ensino do DF. “Ainda prevalece uma visão conservadora sobre o que é educação”, conta a 
professora. “A natureza possui uma dimensão formadora.

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