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VOLEIBOL ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS - Livro-Texto Unidade II - EDUCAÇÃO FÍSICA UNIP

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VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Unidade II
Existem vários métodos de ensino de modalidades esportivas coletivas: alguns com mais ênfase 
nas técnicas, como os analíticos ou fracionados, outros priorizam a tática, como os métodos globais. 
Diversos procedimentos têm sido publicados nesse sentido, como: Iniciação Esportiva Universal (GRECO; 
BENDA, 1998), Teaching Games For Understanding (TGFU) (BUNKER; THORPE, 1982), Tactical Awareness 
Approach (TAA) (GRIFFIN; MITCHELL; OSLIN, 1997); Método Analítico-Sintético e Global-Funcional 
(DIETRICH; DÜRRWÄCHTER; SCHALLER, 1984).
Todos os meios citados, entre outros, são plenamente viáveis para o ensino de modalidades coletivas, 
no entanto, quando se trata de voleibol, é necessário fazer adaptações, pois ele apresenta diferenças 
significativas em relação aos demais esportes.
Em vista dessas peculiaridades, e baseado em teorias de aprendizagem motora, foi criado um método 
exclusivo para o ensino do voleibol, que inclui tanto caraterísticas globais quanto analíticas, e determina 
a relação entre a aprendizagem da técnica e a aplicação tática, o jogo.
5 MÉTODO BOJIKIAN PARA O ENSINO DAS TÉCNICAS DO VOLEIBOL
Praticamente todas as habilidades motoras específicas do voleibol são habilidades seriadas e 
complexas. Não são básicas como correr, lançar ou receber, mas construídas para o esporte em si. Sendo 
assim, é muito difícil aprendê-las apenas observando e imitando ou executando direto no jogo. É preciso 
um processo pedagógico que as tornem mais fáceis de serem assimiladas corretamente. Por causa disso 
surgiu o método Bojikian.
Ele foi publicado pela primeira vez em 1999 e é composto de cinco etapas que se complementam. 
O método preconiza que para cada técnica a ser ensinada, sejam aplicadas as cinco etapas. São elas: 
apresentação da habilidade motora; sequência pedagógica; exercícios educativos e/ou formativos; 
automatização; aplicação.
O objetivo do processo é levar o aprendiz a automatizar a habilidade motora executada corretamente 
e aplicá-la em uma dinâmica do voleibol. De nada adianta ao aluno/atleta saber executar uma técnica 
muito bem em um exercício contra a parede ou 2 a 2; o importante é sua realização correta no jogo.
O método Bojikian buscou utilizar-se dos pontos positivos de um modo analítico, que contribui para 
a execução correta das técnicas, e de aspectos globais, como o minivoleibol, que não são destaques na 
aprendizagem das técnicas, mas são muito eficientes para a aprendizagem do jogo.
Uma forma muito utilizada para o ensino do voleibol é o minivoleibol, ou minivôlei. Essa ideia surgiu 
de uma linha de autores que defende que o aluno deve aprender jogando. Eles também afirmavam que 
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Unidade II
os alunos deveriam ter a oportunidade de tocar o máximo de vezes na bola e para isso a redução do 
campo de jogo e do número de participantes seria ideal.
No minivôlei a quadra normal é dividida em partes menores e a bola é trocada por uma mais leve. 
É indicado que crianças de 9 a 11 anos joguem 2 contra 2, de 10 a 12 anos joguem 3 contra 3 e de 11 a 
13 anos, 4 contra 4. Essa metodologia privilegia o jogo em detrimento da técnica.
 Saiba mais
Conheça mais sobre o uso de metodologias diferentes no ensino do 
voleibol, lendo o artigo:
SILVA, J. C. et al. Estudo comparativo de ensino do voleibol entre a 
metodologia do minivôlei e o voleibol convencional. Journal of Exercise 
and Sport Sciences, Paraná, v. 1, n. 1, 2005. Disponível em: <http://revistas.
ufpr.br/jess/article/view/2787/2285>. Acesso em: 31 out. 2017.
5.1 Apresentação da habilidade motora
A etapa de apresentação é teórica e cognitiva, quando não há exercícios, e na qual o aluno irá formar a 
ideia geral do movimento a ser aprendido. É sabido que o estudante aprende melhor e mais rápido quando 
já tem ideia do movimento que vai ser ensinado. Trata-se, portanto, de uma etapa de demonstração e 
instrução. Nela o professor/técnico deve mostrar ao aluno como a habilidade é executada. Essa exibição 
pode ser realizada pelo próprio professor/técnico ou por meio de fotos, vídeos etc.
Outro ponto importante é mostrar ao aluno qual a importância dessa técnica no jogo e como ela é 
aplicada, também deve-se motivá-lo para a aprendizagem. Indivíduos motivados aprendem mais rápido 
e melhor.
 Observação
Na fase de apresentação, você pode utilizar-se de fotos ou vídeos 
disponíveis na internet de atletas famosos executando uma técnica. Isso 
costuma motivar o jogador iniciante e faz com que ele forme uma ideia 
correta do movimento a ser aprendido.
5.2 Sequência pedagógica
A etapa da sequência pedagógica é que vai fazer com que o aluno tenha o primeiro contato com 
a execução da técnica. Como são técnicas complexas e seriadas na maioria das vezes, o que será feito 
aqui é uma divisão da habilidade em partes, porém não será realizada a execução de cada parte do 
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VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
movimento em separado, mas organizada uma prática por adição, ou seja, se a capacidade for dividida 
em quatro partes, por exemplo, os exercícios da sequência pedagógica serão os seguintes:
• 1º exercício: execução da primeira parte da habilidade;
• 2º exercício: execução da primeira parte da habilidade + a segunda parte;
• 3º exercício: execução da primeira parte da habilidade + a segunda parte + a terceira parte;
• 4º exercício: execução da primeira parte da habilidade + a segunda parte + a terceira parte + a 
quarta parte.
Desta forma, as partes vão sendo acrescentadas até que no último exercício da sequência pedagógica 
teremos a execução da habilidade completa.
É importante que o responsável esteja sempre atento aos seus alunos e forneça feedbacks constantes. 
O professor deve utilizar-se de estímulos visuais, auditivos e cinestésicos, além de dosar a quantidade 
de informação fornecida. Diversas correções e muita informação ao mesmo tempo podem confundir e 
desestimular o aprendiz.
É esperado que nem todos na turma consigam executar corretamente, mas, mesmo assim, o professor 
não deve permanecer nessa fase por muito tempo. As correções necessárias virão na próxima etapa, 
então devemos evitar um grande número de repetições para que os erros não sejam automatizados.
5.3 Exercícios educativos e/ou formativos
Nesse estágio serão realizadas as correções dos erros mais comuns. Os exercícios educativos visam 
ao reparo da execução da técnica.
Para cada técnica, existem alguns erros que são comuns em grupo de aprendizes. Vejamos como 
exemplo uma falha de execução do toque de bola por cima, que é tocar a bola em frente ao rosto, e não 
sobre a cabeça. Qual exercício educativo poderíamos dar ao nosso aluno? Apenas pedir que ele execute 
diversos toques na parede, não garante a correção. Aí está o diferencial do exercício educativo.
Exemplo de aplicação
Para corrigir o erro de tocar a bola muito baixo, na altura do rosto, podemos solicitar ao aluno que se 
posicione muito perto da parede, com as pontas dos pés tocando nela, a fim de executar toques acima 
da cabeça, sem permitir que a bola fique entre sua cabeça e a parede, mas sempre acima da cabeça. O 
exercício educativo realmente “força” o aluno a perceber e a corrigir seu erro.
Os exercícios formativos, que também fazem parte dessa etapa, visam à melhora da condição física 
necessária para a execução da técnica que está ensinando.
48
Unidade II
Todos sabemos que para que uma habilidade motora seja realizada, vários fatores, chamados 
capacidades motoras, são necessários. Portanto, se uma capacidade motora é importante para a 
execução de determinada técnica, o aluno que a estiver aprendendo deve possuir tal capacidade bem 
desenvolvida, caso contrário, sua aprendizagem ficará comprometida. Por exemplo: para que o aluno 
possa aprender corretamente o saque por cima, deve possuir um bom desenvolvimento da potência 
muscular de membros superiores. Caso não possua, é preciso estimular tal capacidade com exercícios 
formativos, como: lançamentos de uma bola demedicine ball de meio-quilo ou 1 quilo, dependendo da 
faixa etária do aluno.
Nessa terceira fase do método de aprendizagem, a aplicação dos exercícios educativos e/ou formativos 
pode ser realizada da forma que o professor/técnico achar mais conveniente para sua turma.
É obvio que nem todos os alunos irão apresentar os mesmos erros de execução ao final da sequência 
pedagógica. O professor pode dividir os estudantes em grupos de acordo com os erros demonstrados, e 
trabalhar com estações, cada uma com um exercício educativo ou formativo, sendo que nem todos os 
alunos precisam passar por todas elas. Os discentes poderão realizar exercícios educativos, ou formativos, 
ou os dois tipos. Uma vez corrigidas as falhas principais de execução, os alunos estarão prontos para a 
etapa de automatização.
 Lembrete
O professor deve utilizar-se de estímulos visuais, auditivos e 
cinestésicos, além de dosar a quantidade de informação fornecida. 
Diversas correções e muita informação ao mesmo tempo podem confundir 
e desestimular o aprendiz.
5.4 Automatização
É sabido, pelas teorias da aprendizagem motora, que para que haja estabilidade na execução, é 
necessária a prática, a repetição, e esse é o objetivo principal dessa etapa do método.
Uma vez corrigido o movimento, partimos para a repetição. Todo aluno quando está aprendendo 
um movimento novo deve estar com sua atenção voltada para a sua execução. À medida que ele 
passa a repetir várias vezes, a ação é automatizada, o que libera a atenção do executante para outros 
estímulos do jogo. Por exemplo: alguém que está aprendendo o toque de bola por cima está preocupado 
com a posição das mãos, em entrar embaixo da bola, semiflexionar pernas e braços para estendê-los 
no momento apropriado; já um levantador experiente, que possui o movimento automatizado, tem 
sua atenção livre para registrar os aspectos da situação de jogo, como tipo de passe, onde estão seus 
atacantes e onde está o melhor bloqueio adversário.
Os exercícios da fase de automatização devem ser sempre com a execução da habilidade completa, 
e não mais em partes. Nessa etapa há uma infinidade de exercícios que podem ser feitos, sendo assim, 
por onde começar?
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VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Os primeiros exercícios de automatização devem ser mais “fechados”, ou seja, com a menor 
variabilidade do ambiente possível. Eles precisam ser mais simples, com poucos deslocamentos. Pode-se 
optar por começar com exercícios individuais com a bola, progredindo aos poucos para exercícios em 
duplas, trios, grupos maiores, e maiores deslocamentos, agregando aos poucos mais variabilidade e 
complexidade, aproximando-se, assim, da forma como a habilidade que está sendo estudada se insere 
no jogo. Por exemplo, se o aluno está aprendendo o toque de bola por cima, o primeiro exercício de 
automatização poderá ser o estudante dando toques acima da cabeça ou na parede. À medida que 
vão avançando as atividades, pode-se, por exemplo, aplicar uma prática na qual o aluno tenha que se 
deslocar para ficar embaixo da bola e virar o corpo de frente para onde irá tocar. Podem ser realizados 
exercícios em duplas, trios, quartetos, colunas e círculos, sempre com uma progressão de dificuldades.
 Saiba mais
Para entender melhor o processo de aprendizagem, leia:
BENDA, R. N. Mesa redonda. Aprendizagem motora. Sobre a natureza da 
aprendizagem motora: mudança e estabilidade... e mudança. Rev. Bras. Educ. 
Fís. Esp., São Paulo, v. 20, p. 43-45, 2006. Disponível em: <http://www.eeffto.
ufmg.br/gedam/publi/artigos/Benda_2006.pdf>. Acesso em: 24 out. 2017.
5.5 Aplicação
Até a etapa de automatização, a ênfase do método esteve na execução correta da habilidade, no 
entanto o processo de aprendizagem não pode encerrar-se nesse ponto. É imperativo que o aluno possa 
executar corretamente a habilidade, porém dentro da situação de jogo.
A fase de aplicação vai fazer com que o aluno utilize a habilidade que está aprendendo no jogo. 
Para tal, ela será dividida em três subfases: exercícios em forma de jogo, jogo adaptado e jogo 
propriamente dito.
Na primeira delas, os exercícios em forma de jogo vão aproximar a execução da habilidade da 
realidade do jogo, ou seja, teremos dois grupos, um de cada lado da rede, realizando 2 ou 3 passes entre 
si e enviando a bola para o outro lado da rede. Assim como na etapa de automatização, devemos iniciar 
com exercícios com pouca variabilidade do ambiente, poucos deslocamentos, e gradualmente aumentar 
o grau de dificuldade e complexidade.
Na segunda subfase, jogos adaptados, iremos trabalhar com seis alunos, primeiramente de um só 
lado da rede, com o professor lançando bolas que facilitem a recepção, e posteriormente com seis alunos 
de cada lado da rede, com exercícios que se assemelham ao jogo, porém são adaptados, facilitando as 
ações. Por exemplo, o professor lança a bola na mão de um aluno para iniciar a jogada.
Por último, passa-se ao jogo propriamente dito, que pode ter as regras normais ou adaptadas.
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Unidade II
Nessa etapa de aplicação, pode-se utilizar da estratégia do minivoleibol, ou de jogos reduzidos, 
com quadras menores e menor número de participantes. Essa técnica permite que os alunos consigam 
executar as habilidades sem terem que se deslocar muito, atuando com mais facilidade e tocando na 
bola mais vezes, o que é muito importante na fase de aprendizagem.
 Observação
As dificuldades de quem está aprendendo são muitas, e o papel do 
professor é tentar facilitá-las. Colocar os alunos para jogar no espaço da 
quadra inteira em seis contra seis tornará a partida bem difícil. Se a bola 
cair a todo instante, a motivação será reduzida. Para mantê-la em jogo por 
mais tempo, reduza o número de participantes.
5.6 O processo progressivo-associativo
Voltando ao início da explanação sobre o método Bojikian, você viu que ele será aplicado nas 
cinco etapas para cada técnica. Analisando mais de perto, veremos que não será possível seguir à 
risca o método em algumas situações, por exemplo: se você estiver ensinando a técnica da cortada, é 
perfeitamente possível passar pelas quatro primeiras fases utilizando apenas a cortada nos exercícios, 
porém haverá dificuldades na fase de aplicação. Como fazer um jogo só com a cortada, sem utilizar 
outros fundamentos?
Segundo problema: se você trabalhar com um fundamento de cada vez, como estará o primeiro 
quando você chegar ao último? O aluno que acabou de aprender uma técnica não pode simplesmente 
parar de praticá-la.
Esses dois problemas serão resolvidos com a utilização de um processo relacionado ao 
método Bojikian e precisará ser aplicado para que o procedimento funcione. Trata-se do processo 
progressivo-associativo.
A sua aplicação é a seguinte: a cada técnica ensinada pelo método Bojikian, ao chegar à fase de 
aplicação, você vai juntar a técnica que está aprendendo àquelas que já ensinou. Desta forma, as técnicas 
vistas não serão esquecidas e se manterão em prática, no jogo.
Um ponto importante para que o processo funcione é a ordem em que você vai ensinar os fundamentos. 
Pensando na fase de aplicação, a sequência deverá ser: posição de expectativa; deslocamentos; toque; 
manchete; saque por baixo; saque por cima; cortada; bloqueio; defesa; rolamentos; e mergulhos. 
Voltando ao exemplo do ensino da cortada, você desenvolve as quatro primeiras fases e, quando chegar 
à fase aplicação, irá incluir nos exercícios os fundamentos de posição de expectativa, movimentação, 
toque, manchete e saque.
Convém justificar o porquê de iniciar a aprendizagem pelo toque e depois partir para a manchete. 
Os alunos que estão aprendendo costumam preferir a manchete ao toque, posicionando-se por vezes 
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VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
com a manchete já pronta antes de a bola chegar, e tentam assim rebater todas elas, sejam altas, sejam 
baixas. O toque é difícil de aprender, uma vez que requer bastante coordenação motora. Se você inicia 
pelo toque, o aluno terá oportunidade deaprendê-lo e melhorá-lo antes de fazer a manchete, e quando 
fazê-la, ele poderá optar por qual das habilidades utilizar para receber uma bola, normalmente toque 
para bolas altas e manchete para as mais baixas.
Na sequência do texto, iremos apresentar os exercícios de cada fase e técnica.
 Saiba mais
O feedback tem importância decisiva no processo de ensino-
aprendizagem. Caso você se interesse em conhecer mais sobre o assunto, 
veja o seguinte estudo:
HOLDERBAUM, G. G. Efeitos de diferentes tipos e frequências de 
feedbacks visuais aumentados na aprendizagem dos seis fundamentos 
básicos do voleibol. Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento 
Humano (Escola de Educação Física). Universidade Federal do Rio Grande do 
Sul, Porto Alegre, 2001. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/
handle/10183/63138/000869807.pdf?sequence=1>. Acesso em: 21 nov. 2017.
6 O ENSINO DAS HABILIDADES MOTORAS ESPECÍFICAS DO VOLEIBOL
Neste capítulo veremos como aplicar o método Bojikian passo a passo, para cada habilidade motora 
específica do voleibol (ou técnica ou fundamento).
Conforme visto anteriormente, trabalharemos com uma técnica por vez. Exceto nas duas primeiras, 
que serão ensinadas conjuntamente por serem de simples execução e estarem extremamente 
relacionadas: posição de expectativa e deslocamentos ou movimentação.
6.1 O ensino da posição de expectativa e da movimentação (ou deslocamentos)
Nesta etapa será apresentada ao aluno a habilidade que ele irá aprender. É importante, além da 
demonstração, com recursos visuais, a explicação da função que ela terá no jogo, bem como sua importância.
6.1.1 Sequência pedagógica
Posição de expectativa
Exercício 1: alunos em pé, distribuídos pelo espaço da zona de defesa, de frente para rede, ombros 
paralelos a ela, executem um afastamento lateral dos pés, na distância similar àquela dos ombros.
52
Unidade II
Exercícios 2: partindo da posição do exercício 1, avancem a perna esquerda um pouco à frente.
Exercício 3: exercícios 1, 2 e, em seguida, semiflexionem os joelhos.
Exercício 4: exercícios 1, 2 e 3 e inclinem o tronco à frente.
Exercício 5: exercícios 1, 2, 3, 4 e elevem as mãos à frente do rosto, com os cotovelos semiflexionados.
Deslocamentos
Exercício 1: alunos em pé, de frente para a rede, afastamento lateral similar à largura dos ombros.
Exercício 2: partindo da posição do exercício 1, ampliem o afastamento dos pés com uma passada 
lateral à direita e na sequência deem uma passada dupla no mesmo sentido, terminando com afastamento 
inicial idêntico.
Exercício 3: similar ao anterior, ampliem o afastamento dos pés com uma passada lateral à esquerda, 
e na sequência deem uma passada dupla no mesmo sentido, terminando com afastamento inicial.
Exercício 4: pequeno afastamento anteroposterior, pé esquerdo à frente, ampliem o afastamento 
com uma passada para frente com o pé esquerdo, e a seguir deem uma passada dupla na mesma direção.
Exercício 5: afastamento anteroposterior com o pé esquerdo à frente, realizem uma passada para 
trás, iniciando com o pé direito, seguido de uma passada dupla no mesmo sentido.
Exercício 6: repitam o exercício 4, com o pé direito à frente.
Exercício 7: idêntico ao exercício 5, com o pé direito à frente, deslocando o pé esquerdo para trás.
Exercício 8: os deslocamentos para frente, para trás e para as laterais serão executados na posição 
de expectativa.
6.1.2 Exercícios educativos e/ou formativos
Para aplicar os exercícios educativos, é necessário identificar os erros que estão sendo cometidos.
Educativos
Erro 1: oscilação do centro de gravidade para cima e para baixo.
Exercício 1: alunos em posição de expectativa, executem deslocamentos em diversos sentidos com a 
cabeça sob a rede. Dessa forma, se houver a oscilação (para cima e para baixo), o estudante irá perceber 
e corrigir. Caso não haja rede ou a altura dela não esteja adequada a esse exercício, pode-se utilizar uma 
corda ou então dois alunos com um braço estendido tocando as mãos.
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VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Erro 2: dificuldades com as passadas dos deslocamentos.
Exercício 2: podem ser feitas marcas no chão, com giz, indicando qual o passo e qual o pé. Por 
exemplo: pé esquerdo 1º, pé direito 2º etc.
Erro: posição dos braços muito acima ou muito abaixo.
Exercício 3: o aluno 1 segura uma bola na altura de sua coxa e o aluno 2 realiza deslocamentos na posição 
de expectativa, nas diferentes direções, terminando com as mãos na bola que está sendo segurada pelo aluno 1.
Formativos
Problema: não manter a posição dos membros inferiores semiflexionada por falta de força muscular.
Exercício formativo: fazer agachamentos com o peso do próprio corpo ou saltar seguidamente sobre 
colchões de espuma com o objetivo de melhorar a resistência localizada de membros inferiores.
6.1.3 Automatização
Os exercícios devem ser realizados de modo que o aluno esteja sempre com o corpo de frente para 
onde vai mandar a bola.
Exercício 1: uma fileira de alunos (lado a lado), cada um segurando uma bola à frente do corpo e na 
altura das coxas. Uma coluna de alunos, à frente do primeiro aluno com bola, distante mais ou menos 2 
m, aqueles da coluna estarão em posição de expectativa e irão, um de cada vez, executar deslocamentos 
para frente tocando as bolas que os colegas estão segurando, com as mãos abertas, e depois deslocar 
para trás, afastando-se continuamente à frente para tocar na próxima bola.
Exercício 2: alunos em trios, com duas bolas, dois alunos seguram-na em frente ao corpo e um aluno 
sem bola, em posição de expectativa. Fazer os deslocamentos laterais tocando nas bolas.
Exercício 3: 2 a 2, frente a frente, um aluno com a bola e outro em posição de expectativa. O aluno com a 
bola lança-a de modo que o outro precise fazer um deslocamento à frente para segurá-la antes que ela caia.
A bola deve ser lançada baixa para que o aluno que vai segurá-la mantenha a posição inclinada do 
tronco e as mãos à frente. O estudante que se desloca para segurar a bola deve fazer o deslocamento e 
posicionar-se de frente para quem a jogou e em posição de expectativa, antes de segurá-la.
Exercício 4: na mesma dinâmica do exercício 3, a bola deve ser lançada seguidamente para o lado 
direito e depois para o esquerdo.
Exercício 5: 2 a 2, com uma bola, frente a frente, cada um deverá lançá-la para o colega recuperar, 
porém não poderá avisar em que direção irá fazê-lo. Os deslocamentos deverão sempre ser em posição 
de expectativa, e a bola precisa ser lançada sempre baixa.
54
Unidade II
6.1.4 Aplicação
A fase de aplicação acontece na forma do jogo e só com as técnicas que já foram ensinadas.
Exercícios em forma de jogo
Exercício 1: duas colunas de frente para a rede, posicionadas mais ou menos 1 m atrás da linha dos 
3 m. Os dois alunos da frente, de um dos lados da rede, trocam três passes lançando a bola com as duas 
mãos e em posição de expectativa. O terceiro toque será realizado para o outro lado da rede, onde os 
dois estudantes da frente repetirão os movimentos. Assim que a dupla da frente executar os três passes, 
ela vai para o final das colunas, fazendo a troca. O objetivo aqui não é a competição entre as equipes de 
cada lado, mas manter a bola em jogo, sem que ela caia, portanto é preciso enviá-la corretamente para 
que o colega consiga agarrá-la.
Exercício 2: no mesmo esquema do exercício anterior, só que aumentando e demarcando o espaço 
para cada dupla, a finalidade agora é lançar a bola para o outro lado de forma que ela caia no campo 
adversário. Cada vez que ela cair, conta-se um ponto para equipe que lançou.
Jogo adaptado
Exercício 1: esse exercício tem uma organização que se aplica bem a turmas grandes. Serão três 
colunas atrás da linha de fundo de cada lado da quadra. Os alunos irão entrar na quadra em trios. O 
trio da frente de cada lado entra na quadra e se coloca na rede (posições 4, 3 e 2) e o segundo trio o faz 
nas posições de fundo (5, 6 e 1). A bola pode começar com qualquerum dos lados, que irá executar os 
três passes em posição de expectativa e lançá-la baixa, com as duas mãos, de baixo para cima. O jogo 
continua até que a bola caia de um dos lados. Assim que ela tocar no solo, é feita a troca dos jogadores, 
os três da rede vão para o final das colunas, mudando de coluna e os três que estavam no fundo 
avançam para as posições da rede.
Uma variação desse exercício pode ser realizada com seis alunos na quadra e uma coluna fora 
dela, na posição 1. Portanto, em vez de trocar em trios, cada vez que a bola cair é realizado o 
rodízio do jogo, sendo que o estudante que sair da posição 2 e for para o fundo da quadra, vai 
para o final da coluna e o primeiro da coluna entra na quadra na posição 1. Desta forma, já vai 
sendo ensinado o rodízio.
Caso a prática fique monótona, e a bola demore para cair, será possível determinar que haja um 
rodízio toda vez que a equipe fizer os três passes.
Você deve fazer as adaptações necessárias ao tamanho e à condição da sua turma para que o jogo 
fique interessante.
Em grupos mais avançados, o jogo de três toques pode ser realizado também com duas bolas ao 
mesmo tempo.
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VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Jogo propriamente dito
Dentro do mesmo esquema, com passes segurando e lançando a bola, jogo com um lançamento 
longo, que representará o saque, e de um a três toques, com contagem normal de pontos.
Lembre-se que quanto mais vezes os alunos tocarem na bola, mais rápido aprenderão. Assim, com 
equipes grandes, deve-se evitar ao máximo deixar pessoas de fora de uma atividade. Procure dividir o 
espaço que possui para que todos possam participar. Uma boa solução é atravessar uma corda sobre a 
rede, no sentido longitudinal, formando outras pequenas quadras. Se você possui traves de futsal no 
fundo da quadra, a corda pode ser amarrada nelas.
6.2 O ensino do toque de bola por cima
O toque de bola por cima não é fácil de ser aprendido. Procure motivar seus alunos o máximo que 
puder. Lembre-os que o levantador é um jogador especialista no toque e um dos mais importantes da 
equipe, já que todas as bolas do jogo passam pelas suas mãos e é ele que decide quem vai atacar e como. 
O levantador deve ter sempre uma personalidade forte e muitas vezes é o capitão da equipe.
6.2.1 Sequência pedagógica
Exercício 1: alunos em pé com uma bola nas mãos, segurá-la colocando-a na parte alta da coxa, 
com os dedos abertos apoiando naturalmente as duas mãos na bola, de modo a encostar toda a mão 
nela. Entre os polegares e indicadores das mãos, sem encostar uma na outra, forma-se uma figura de 
um triângulo. Com elas ainda nessa posição, eleva-se os braços e a bola sobre a cabeça. Nesse ponto, o 
aluno deve visualizar com atenção, pois estará com a posição de toque correta.
Exercício 2: inicia-se com o exercício 1 para em seguida fazer a extensão e flexão dos braços acima 
da cabeça, não permitindo que a bola abaixe até a altura do rosto. O movimento é da testa para cima.
Exercício 3: executem os exercícios 1 e 2 e posicionem os pés um pouco à frente do outro, coordenando 
o movimento de extensão e flexão dos braços com o movimento simultâneo das pernas.
Exercício 4: realizem os exercícios 1, 2 e 3 e, ao estender os braços, soltem a bola para o alto da 
cabeça, segurando-a na volta, ainda acima da cabeça.
Exercício 5: façam os exercícios 1, 2, 3 e, em vez de segurar a bola, toquem-na rebatendo-a 
seguidamente acima da cabeça.
Exercício 6: 2 a 2 um aluno lança a bola sobre a cabeça do colega, que deverá estar com a posição do toque 
já preparada, com braços e pernas semiflexionadas. Aquele que recebe a bola a devolve por meio de toque.
Exercício 7: 2 a 2, com uma bola, cada aluno toca nela sobre a cabeça duas ou três vezes e quando 
estiver bem equilibrado envia para o colega que fará o mesmo.
Exercício 8: 2 a 2, com uma bola, enviarão a bola de toque um para o outro diretamente.
56
Unidade II
6.2.2 Exercícios educativos e formativos
Educativos
Erros: posição das mãos com polegares voltados para frente, cotovelos muito afastados, toque da 
bola abaixo da linha da testa e falta de sincronização entre o movimento de braços e pernas.
Exercício 1: 2 a 2, o aluno 1 segura a bola e o estudante 2 a apoia nas mãos na posição de toque. 
O aluno 2 em posição de toque, sem soltar a bola, faz movimentos de semiflexão simultânea de braços 
e pernas, e o indivíduo 1 acompanha o movimento do colega, não permitindo que a bola abaixe até a 
altura do rosto, e verifica se as mãos estão totalmente apoiadas na bola, pois, desta forma, a posição dos 
cotovelos estará automaticamente correta.
Erro: toque muito baixo, à frente do rosto, não entrar embaixo da bola.
Exercício 2: o aluno com uma bola deve posicionar-se frente à parede, bem próximo a ela, podendo 
até mesmo encostar a ponta de um dos pés nela. O aprendiz deverá executar toques baixos acima da 
cabeça e bem próximos à parede, não permitindo que a bola fique entre sua cabeça e a parede. Os 
cotovelos devem estar voltados para a parede.
Erro: não se posicionar corretamente embaixo da bola antes de tocá-la.
Exercício 3: 2 a 2, com uma bola, o aluno 1 lança-a alta e em diversas direções, enquanto o indivíduo 
2 se desloca, prepara a posição das mãos e entra embaixo da bola, segurando-a na posição de toque, de 
frente para o aluno 1.
Erro: não entrar embaixo da bola.
Exercício 4: 2 a 2, com uma bola, os aprendizes devem se aproximar da rede, um de cada lado, o mais 
próximo possível, e tocá-la um para o outro por cima da rede, sem sair da posição correta de toque, 
de forma que seus cotovelos quase encostem na rede. Esse exercício pode ser realizado com os alunos 
parados e depois em deslocamento lateral.
Erro: não flexionar os joelhos.
Exercício 5: 2 a 2, com uma bola, um dos alunos lança-a acima da cabeça do outro e este, após o 
lançamento, deverá flexionar os joelhos tocando as mãos para depois preparar a posição e devolvê-la 
de toque para o colega.
Formativos
Problema: falta de força de membros superiores e inferiores.
Exercício formativo: o aluno em posição de toque deve segurar uma bola de medicine ball (de 1 ou 
2 kg, dependendo da idade) e realizar movimentos de flexão e extensão segurando a bola de peso, com 
cuidado para não baixá-la frente ao rosto, e sim sempre acima da cabeça.
57
VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
6.2.3 Automatização
Exercício 1: cada um com uma bola deve fazer o toque repetidamente acima da cabeça. Comece com 
toques baixos e vá subindo aos poucos, sempre mantendo a posição das mãos.
Exercício 2: cada um com uma bola precisa realizar toques na parede, sem sair da posição correta 
de toque.
Exercício 3: 2 a 2, executando dois toques acima da cabeça e depois enviando para o colega. Eles 
devem sempre manter as mãos acima da cabeça em posição correta de toque.
Exercício 4: toque direto 2 a 2 mantendo as mãos acima da cabeça.
Exercício 5: 2 a 2, com uma bola, o aluno 1 lança a bola com as duas mãos de baixo para cima, alta 
e à frente do aluno 2, que deverá se deslocar após o lançamento, entrar embaixo dela em posição de 
toque e devolvê-la para o aluno 1. Esse exercício deve ser realizado seguidas vezes com deslocamentos 
para frente e depois para trás e para cada um dos lados.
Exercício 6: em trios com uma bola e um bambolê. Um dos alunos segura o bambolê no alto da 
cabeça e os outros dois trocam passes de toque em seu centro. Os estudantes devem estar próximos um 
do outro e manter as mãos em posição de toque, sem abaixar os braços.
Exercício 7: 2 a 2, com uma bola. Um de cada lado da rede, mãos sobre a cabeça em posição de 
toque, passem a bola um para o outro sobre a rede. Depois de realizar esse exercício sem deslocamentos, 
executá-lo com deslocamentos laterais.
Exercício 8: caso haja tabela de basquete na quadra em que você estiver ensinando o toque, você pode 
organizar dois grupos em colunas, um em cada “garrafão” do basquete, e proceder a uma contagem de 
tempo em que os alunos de cada coluna,um de cada vez, tentarão fazer uma cesta de toque. É possível 
organizá-lo em forma de competição, ou não. O importante é que os aprendizes estejam fazendo a 
posição correta do toque. Caso não haja tabela de basquete, um alvo pode ser desenhado em uma 
parede, e marca ponto quem acertar a bola lá.
Exercício 9: duas colunas frente a frente, com uma bola, os alunos deverão dar o toque para o 
primeiro colega da frente e deslocar-se para o final da outra coluna. O movimento de tocar e correr para 
frente facilita a aprendizagem do toque.
Exercício 10: até o momento os alunos tocaram e receberam a bola de frente. Nesse exercício, eles 
irão trabalhar recebê-la de um lado e enviá-la para outro. Trios com uma bola deverão formar um 
círculo (ou triângulo), dois toques, um sobre a cabeça e o outro para o aluno à sua direita. O aluno recebe 
a bola do estudante à sua esquerda, toca acima da cabeça uma vez enquanto volta de frente para a 
pessoa à sua direita para quem vai enviar a bola. Importante estar na posição preparada e de frente para 
onde vai enviar a bola, antes de tocá-la. Depois de experimentarem o exercício nos dois sentidos, direita 
e esquerda, ele deverá ser realizado com um toque apenas.
58
Unidade II
Exercício 11: três alunos formam um triângulo, como no exercício anterior, mas atrás de um deles há 
uma coluna. A bola começa com a pessoa da frente da coluna, que deverá tocá-la para a direita e correr 
para ocupar o lugar daquele para quem enviou a bola e assim sucessivamente. Quem dá o toque, segue 
a bola até chegar ao final da coluna.
Exercício 12: três alunos, com duas bolas. Os dois alunos que estão com as bolas deverão estar lado 
a lado e aquele sem a bola em frente a um deles. Os estudantes com a bola deverão lançá-la alta, na 
sua frente, e o sem bola deverá deslocar-se e devolvê-la de toque. Detalhe: se o aluno 1 lança a bola, 
quem se desloca deverá estar em frente ao aluno 2 e partir em deslocamento lateral somente após 
o lançamento. Deverá então posicionar-se embaixo da bola em semiflexão de membros inferiores e 
superiores antes de tocá-la.
Exercício 13: partindo da mesma posição inicial do exercício anterior, dois alunos, lado a lado, um 
com uma bola e o outro em frente a um deles, que irá deslocar-se lateralmente e devolvê-la de toque. 
O estudante que irá se deslocar deve estar em frente a quem estiver sem a bola. Quem está com a 
bola, deverá lançá-la a meia altura e à sua frente, nesse instante o aluno da frente irá se deslocar, 
virando o corpo de frente para o outro aluno e passar a bola de toque para ele e assim sucessivamente, 
ou seja, o estudante que se desloca o fará sempre em direção à frente do aluno que lançou a bola e 
passará de toque para o outro, virando o corpo de frente para onde vai enviar a bola. Pode-se executar 
primeiramente com dois toques, um sobre a cabeça, e depois direto, com um toque só.
Exercício 14: três alunos, com duas bolas. Os alunos com bola deverão ficar posicionados sobre 
as linhas laterais da quadra e frente a frente, e aquele sem bola deverá ficar entre os dois. Um dos 
estudantes com bola lança-a alta e um pouco à frente do aluno do centro e este deverá deslocar-se, 
ficando na posição de toque sob a bola e devolvê-la de toque. Na sequência, a pessoa do centro vira-se 
para o outro colega, que procede da mesma forma e assim por diante.
Exercício 15: um círculo com oito alunos e um no centro. A bola deve ser tocada sempre para o 
centro do círculo e para fora, de modo que o aluno do centro vá girando devagar, mantendo o corpo 
voltado para onde vai enviar a bola, sem abaixar as mãos.
Exercício 16: uma variação do exercício 15, só que mais difícil de ser executado. A bola começa em 
um aluno fora do círculo, que toca para o aluno que está no centro do círculo e corre para sua posição. 
O estudante do centro, por sua vez, toca para o próximo do círculo e vai para sua posição. A bola sempre 
é enviada para dentro e para fora do círculo e quem faz o toque segue para o lugar daquele para onde 
enviou a bola. Esse exercício pode ser realizado primeiramente com os indivíduos tocando duas vezes 
na bola antes de enviá-la.
Exercício 17: três colunas, uma na posição 3, paralela à rede, outra na 4, junto à rede e para fora 
da quadra, além de outra entre as duas primeiras, mas atrás da linha dos 3 m. Os alunos executaram o 
toque da coluna do meio para a posição 3, aqueles nela enviarão a bola para a posição 4 e dela para a 
coluna do meio. Desta forma, os aprendizes estarão experimentando um levantamento junto à rede. O 
mesmo será realizado com o levantamento para a posição 2.
59
VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Exercício 18: teremos uma coluna no centro da quadra, próximo à posição 6, um aluno na posição 
3 junto à rede, e duas colunas, uma na posição 2, outra na posição 4, junto à rede, no local em que é 
esperado o levantamento. A bola parte da coluna central e segue para o levantador (posição 3), que 
corre para essa posição. A pessoa da posição 3 recebe a bola e faz o levantamento para a coluna da 
posição 4 e vai em sua direção. O estudante da posição 4 devolve a bola de toque para aquele da posição 
central e corre para a coluna do meio. O indivíduo da coluna do meio envia a bola para o levantador 
e corre para o lugar dele. O aprendiz da posição 3 agora enviará a bola para a posição 2 e o processo 
sempre continua com o aluno que dá o toque seguindo para onde enviou a bola.
 Lembrete
O levantador é um jogador especialista no toque e um dos mais 
importantes da equipe, já que todas as bolas do jogo passam pelas suas 
mãos. É ele quem decide quem vai atacar e como.
6.2.4 Aplicação
Exercícios em forma de jogo
Exercício 1: professor no centro da quadra passa a bola para o primeiro aluno de uma coluna A que 
está na rede, iniciando pela posição 3. O estudante da coluna A passa a bola de toque para o primeiro 
da coluna B, que manda a bola para o outro lado da rede, tudo de toque.
a
b
X X X
X
X
X
Figura 30 – Exercício 1 de aplicação do toque
Exercício 2: duas colunas de um lado da rede, atrás da linha dos 3 m. O aluno da coluna A passa a 
bola de toque para o estudante da coluna B, porém à frente dele para que se desloque e mande a bola 
para o outro lado, tudo de toque.
60
Unidade II
a
b
X
X
X
X
X
X
Figura 31 – Exercício 2 de aplicação do toque
Exercício 3: duas colunas de cada lado da rede, atrás da linha de 3 m. Um dos alunos da frente de 
uma das colunas começa passando a bola de toque para o colega ao seu lado. Este a devolve de toque 
para o primeiro aluno que mandará a bola para o outro lado. Sucessivamente as pessoas da frente 
executam três toques e enviam a bola para o outro lado e em seguida deslocam-se para a parte de trás, 
trocando de coluna. Os pontos deverão ser contados de acordo com o número de toques dados pelos 
dois grupos conjuntamente, portanto a bola deverá ser passada na mão do colega. Na sequência do 
exercício deve-se delimitar o espaço para cada equipe e podem ser contados pontos quando a bola cai 
na quadra adversária. Lembre-se que os alunos estão aprendendo a habilidade e espaços muito amplos 
dificultam a execução correta.
Exercício 4: duas colunas de cada lado da rede, atrás da linha de 3 m. O aluno 1, da frente de uma 
das colunas, começa passando a bola de toque para o colega ao, o aluno 2, porém não mais no local 
onde ele se encontra, e sim próximo à rede. O aluno 2 devolve a bola de toque para o aluno 1, mas 
não mais no local onde ele se encontra, e sim à sua frente, de modo que ele se desloque para passar a 
bola para o outro lado da rede. Sucessivamente os alunos da frente das colunas executam três toques 
dessa forma com deslocamentos, enviam a bola para o outro lado da rede e em seguida deslocam-se 
para a parte de trás das colunas, trocando de coluna. Pode-se iniciar somando o total de toques que 
as duas equipes conseguem dar sem que a bola caia, fazendo com que elas colaborem entre si, e em 
um segundo momento, quando estiveremdominando mais a execução do exercício, os pontos serão 
contados quando um time consegue fazer com que a bola caia na quadra adversária.
Exercício 5: a mesma dinâmica do exercício 17 da fase de automatização, mas agora com a 
organização similar do outro lado da rede e o aluno da coluna 3 envia a bola de toque para lá.
Exercício 6: a mesma dinâmica do exercício 18 da fase de automatização, mas agora com organização 
semelhante do outro lado e o aluno da coluna 3 envia a bola de toque para lá.
Jogos adaptados
Exercício 1: três colunas de cada lado no fundo da quadra. Os alunos vão entrando em trios (três da 
frente). O aluno da posição 1 inicia passando a bola de toque para o colega da posição 3 e este a manda 
61
VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
para aqueles das posições 2 ou 4 enviarem para o outro lado. Quando a bola cair, é realizada a troca de 
alunos pelos das posições 4, 3 e 2 saindo da quadra e entrando no fundo das colunas, e os estudantes 
das posições 5, 6 e 1 avançando para as posições da rede. À medida que o exercício se torne melhor 
executado é possível proceder à troca a cada três toques.
Exercício 2: seis alunos em cada quadra e uma coluna fora dela atrás da posição 1. Os estudantes 
farão os três toques e enviarão a bola para o outro lado. Quando ela cair, é realizado o rodízio, com o 
aprendiz que sai da posição 2 e vai para o fundo, entrará no fim da coluna e o primeiro aluno da coluna 
fica na posição 1. Para tornar o jogo mais dinâmico, pode-se fazer o rodízio logo após o terceiro toque 
da equipe.
Exercício 3: os exercícios 1 e 2 também podem ter início com o professor lançando a bola na mão de 
um dos alunos, um lado de cada vez ou aleatoriamente.
1
1
2
2
L3
5
5
6 6
4
4
L3
Figura 32 – Exercício 3 dos jogos adaptados do toque
Jogo propriamente dito
O jogo é iniciado de toque, que pode ser dado da posição 1 mais avançada dentro da quadra. 
Lembre-se que, de acordo com o método proposto, só podemos utilizar os fundamentos que já foram 
ensinados, portanto o saque não faz parte.
6.3 O ensino da manchete
Antes de iniciar com os exercícios, serão realizadas a demonstração e a explicação da manchete, 
além de sua importância e participação no jogo.
6.3.1 Sequência pedagógica
Exercício 1: alunos em pé, com os pés em ligeiro afastamento lateral, avança um deles em um leve 
afastamento anteroposterior.
Exercício 2: partindo da posição do exercício anterior, os alunos deverão estender os braços à frente 
do corpo com os dedos unidos e estendidos e posicionar os dedos de uma mão sobre os da outra. Na 
62
Unidade II
sequência, os polegares deverão prender os dedos. Os braços deverão estar totalmente estendidos e 
os alunos fazerem um movimento de elevá-los e baixá-los, com um gesto que parte da articulação 
escapuloumeral, sem passar da altura dos ombros.
Exercício 3: executem o exercício 1 e 2 agora inclinando o tronco à frente e realizando o movimento 
de transferência do peso do corpo da perna de trás para a da frente.
Exercício 4: 2 a 2. Um aluno executa os exercícios 1, 2 e 3 e o outro com a bola deve batê-la nos 
antebraços do colega.
Exercício 5: 2 a 2, com uma bola. Um aluno na posição de manchete e o outro lançando-a na altura 
dos joelhos do colega, para que ele a devolva rebatendo de manchete.
Exercício 6: 2 a 2. Os alunos deverão rebater a bola de manchete um para o outro.
6.3.2 Exercícios educativos e/ou formativos
Educativos
Erro: não coordenar o movimento de membros inferiores e superiores.
Exercício 1: 2 a 2. Um dos alunos deverá executar o movimento da manchete enquanto o outro 
segura a bola apoiando-a nos antebraços estendidos do colega.
Erro: flexionar os cotovelos no momento da manchete.
Exercício 2: idem ao exercício 1, sendo que o aluno que segura a bola deverá se posicionar ao lado do 
colega, com uma das mãos pressioná-la sobre os antebraços do colega e o outro braço precisará passar 
por baixo dos cotovelos do colega, pressionando-os para frente, sem permitir que sejam flexionados.
Erro: não flexionar os membros inferiores.
Exercício 3: 2 a 2. Um aluno parte da posição sentada na beira de um banco ou uma cadeira, em 
posição de manchete. O colega deverá lançar a bola à sua frente, de maneira que seja obrigado a 
levantar do banco para rebater de manchete.
Erro: não inclinar o tronco o suficiente para bater os antebraços por baixo da bola.
Exercício 4: 2 a 2. Um aluno se posiciona na linha central da quadra, segurando a bola em frente 
às suas coxas e abaixo da rede. O colega parte da posição de manchete, à frente ou em cima da linha 
dos 3 m, faz um deslocamento em direção à bola e executa o movimento da manchete batendo os 
antebraços sob a bola que o outro está segurando. O mesmo exercício pode ser realizado em seguida 
com o aluno que está com a bola se posicionando na linha dos 3 m do outro lado e lançando-a para que 
caia sob a rede na direção da linha central para o colega rebater de manchete.
63
VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Erro: não posicionar o corpo de forma correta antes de tocar na bola.
Exercício 5: em trios, dois alunos com bola, lado a lado, segurando-a à frente do corpo na altura 
da coxa. Aquele que está sem bola deve realizar deslocamentos laterais na posição de manchete e 
tocar os antebraços sob as bolas. Ao tocá-las, ele deverá estar em posição equilibrada, com a perna 
esquerda à frente quando se desloca para a esquerda e com a perna direita à frente quando se desloca 
para a direita. O mesmo exercício pode ser realizado na sequência com os alunos que estão com a bola 
lançando-a para que o colega rebata de manchete. Ele também pode ser executado com o lançamento 
da bola sendo feito sob a rede, como no exercício 4.
Formativos
Problema: falta de força nos membros inferiores para manter a posição de semiflexão.
Exercício 1: estudante em posição de ligeiro afastamento lateral dos membros inferiores segura uma 
bola de medicine ball de 1 ou 2 kg e faz extensões e flexões seguidas com os braços estendidos à frente 
do corpo.
6.3.3 Automatização
Exercício 1: 1 a 1, com uma bola. Dar manchetes na parede de forma que na volta ela quique no 
chão antes da manchete.
Exercício 2: 1 a 1, com uma bola. Dar manchetes seguidas na parede.
Exercício 3: 1 a 1, com uma bola. Dar manchetes seguidas para cima, deixando que a bola quique no 
solo entre as rebatidas.
Exercício 4: 1 a 1, com uma bola. Dar manchetes seguidas para o alto.
Exercício 5: 2 a 2, com uma bola. Dar uma manchete para o alto e depois enviar para o colega.
Exercício 6: duas colunas, frente a frente. Dar manchete para o colega da outra coluna e se deslocar 
para o final dela.
Exercício 7: 1 a 1, com uma bola. Dar manchetes na parede realizando deslocamento lateral.
Exercício 8: 2 a 2, frente a frente na linha de fundo. Deve deslocar-se em direção à rede dando 
manchetes um para o outro, tentando atravessar a quadra toda até o outro lado. Chegando ao final da 
outra quadra, os alunos retornam ao início trocando de lado.
Exercício 9: em trios, dois alunos se posicionam depois das linhas laterais, um de cada lado e um no 
centro. A bola parte de um dos lados com o estudante enviando-a de manchete para o outro do centro, 
que a devolve e este vai então mandá-la a quem estiver do outro lado, que vai, por sua vez, repetir o 
64
Unidade II
procedimento; primeiro enviar para o aluno do centro e depois para o da outra ponta. O discente do 
centro irá sempre se voltar para as pontas e devolver a bola de manchete.
Exercício 10: em trios, com uma bola. Dois alunos, lado a lado, vão rebater as bolas de manchete à 
sua frente para quem estiver sem ela se desloque e devolva-a para o outro. Toque idem.
Exercício 11: em trios. Os alunos deverão tocar a bola de manchete para o mesmo sentido (direita ou 
esquerda), virando o corpo de frente para onde vão enviá-la. Esse exercício pode ser executado primeiro 
com os aprendizes dando uma manchete para cima para ter tempo de se posicionar melhor, e depoispassando para o colega. Na sequência ele pode ser feito com um só toque de manchete direto na bola.
Exercício 12: 2 a 2, com uma bola. Um de cada lado da linha central e próximos a ela, devem se 
deslocar lateralmente em direção à linha e dando manchetes sob a rede. Se a rede estiver muito baixa 
para a altura dos alunos, o exercício pode ser executado sob uma corda.
Os exercícios 15 e 16 da fase de automatização do toque também podem ser realizados somente 
utilizando a manchete.
6.3.4 Aplicação
Lembrando que por causa do processo progressivo associativo, na fase de aplicação, serão utilizados 
os fundamentos que estão sendo ensinados (no caso, a manchete) e aqueles que já foram ensinados 
(toque).
Exercícios em forma de jogo
Exercício 1: duas colunas de cada lado da rede, atrás da linha de 3 m. Um dos alunos da frente de 
uma delas começa lançando a bola para o colega ao seu lado. Este a devolve de toque para o primeiro 
aluno, que passará a bola para o outro lado da rede de manchete. Sucessivamente, quem estiver na 
frente das colunas executa três passes e envia a bola para o outro lado no terceiro, sendo que o primeiro 
e o terceiro contatos devem ser de manchete e o segundo (levantamento) será de toque. Após os três 
passes, a dupla da frente das colunas desloca-se para a sua parte de trás, trocando de coluna. Os pontos 
deverão ser contados de acordo com o número de passes realizados pelos dois grupos conjuntamente, 
portanto a bola deverá ser passada na mão do colega. Na sequência, pode-se delimitar o espaço para 
cada equipe e devem ser contados pontos quando a bola cai na quadra adversária. Lembre-se que os 
alunos estão aprendendo a habilidade, e espaços muito amplos dificultam a execução correta.
Exercício 2: duas colunas de cada lado da rede, atrás da linha de 3 m. O aluno 1, da frente de uma 
das colunas, começa lançando a bola para o colega ao seu lado, o aluno 2, porém não mais no local onde 
ele se encontra, mas próximo à rede. O aluno 2 devolve a bola de toque, mas não mais no local onde se 
encontra, e sim à sua frente, de modo que ele se desloque para passar a bola de manchete para o outro 
lado da rede. Sucessivamente, os estudantes da frente das colunas executam três passes desta forma; 
primeiro e terceiro passes de manchete e segundo de toque, com deslocamentos enviam a bola para 
o outro lado da rede e em seguida deslocam-se para a parte de trás das colunas, trocando de coluna. 
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VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Pode-se iniciar somando o total de passes que as duas equipes conseguem dar sem que a bola caia, 
fazendo com elas colaborem entre si, e, em um segundo momento, quando estiverem dominando mais 
a execução do exercício, os pontos serão contados quando uma equipe consegue fazer com que a bola 
caia na quadra adversária.
Exercício 3: três colunas, a coluna 2 na posição 3, paralela à rede, de frente para a posição 4, a coluna 
3 na posição 4, atrás da linha dos 3 m, e a coluna 1 entre as 2 primeiras, mas atrás da linha dos 3 m. Do 
outro lado da rede, em frente a esse grupo, teremos mais 3 colunas: coluna 5 na posição 3, junto à rede 
e paralela a ela, de frente para a posição 2, coluna 6 na posição 2, atrás da linha dos 3 m, e coluna 4, 
entre a 5 e 6 e atrás da linha dos 3 m. Os estudantes da coluna 1 iniciam o exercício de toque realizando 
um levantamento alto e próximo à rede, o indivíduo da frente da coluna 2 manda a bola para o outro 
lado da rede na direção da coluna 4, de toque ou de manchete. A pessoa da coluna 4 recebe a bola de 
manchete e passa para o discente da coluna 5, que faz um levantamento de toque alto e próximo à rede, 
na direção da posição 2. O aluno da frente da coluna 6 passará a bola para o outro lado da rede de toque 
ou manchete na direção daqueles da coluna 1 e assim por diante. Os passes acontecerão, portanto, da 
coluna 1 para a 2, da 2 para a 3, da 3 para a 4, da 4 para a 5, da 5 para a 6 e da 6 para a 1. Nas colunas 2 
e 5 o uso do toque é obrigatório, nas colunas 1 e 4 a manchete é obrigatória e nas colunas 3 e 6 o aluno 
pode escolher usar o toque ou a manchete. O mesmo tipo de prática pode ser organizado com ambos os 
lados da quadra direcionando o levantamento para as posições 4 ou 2. Esse exercício traz bem próxima 
a realidade do jogo, com passes e levantamentos.
Jogos adaptados
Exercício 1: três colunas de cada lado no fundo da quadra. Os alunos vão entrando em quadra 
em trios (três da frente). A pessoa da posição 1 inicia passando a bola de toque para a posição 3 e 
este manda para as pessoas das posições 2 ou 4 enviarem ao outro lado da rede. Quando a bola cair é 
realizada a troca de alunos por aqueles das posições 4, 3 e 2 saindo da quadra e entrando no fundo das 
colunas e os estudantes das posições 5, 6 e 1 avançando para as posições da rede. À medida em que o 
exercício se torne melhor executado é possível proceder à troca a cada três toques.
Exercício 2: seis alunos em cada quadra e uma coluna fora dela atrás da posição 1. Os alunos farão 
os três toques e enviarão a bola para o outro lado. Quando ela cair, é realizado o rodízio, com o aprendiz 
que sai da posição 2 e vai para o fundo entrando no fim da coluna e o primeiro aluno da coluna indo 
para a posição 1. Para tornar o jogo mais dinâmico, pode-se fazer o rodízio logo após o terceiro toque 
da equipe.
Exercício 3: os exercícios 1 e 2 também podem iniciar com o professor lançando a bola na mão de 
um dos alunos, um lado de cada vez ou aleatoriamente.
Jogo propriamente dito
O jogo é iniciado de toque, que pode dado da posição 1 mais avançada, dentro da quadra. Lembre-se 
que, de acordo com o método proposto, só podemos utilizar os fundamentos que já foram ensinados, 
portanto o saque não fará parte.
66
Unidade II
6.4 O ensino do saque por baixo
Você irá, nessa fase, explicar a mecânica de execução do saque por baixo e a importância de 
aprender bem a técnica, a fim de tirar proveito no jogo, com maior índice de acertos, e dificultar a 
recepção do adversário.
6.4.1 Sequência pedagógica
Exercício 1: posicionem os pés em afastamento anteroposterior, com a perna esquerda à frente para 
quem é destro e a direita para quem é canhoto. Inclinem o tronco à frente e estendam o braço esquerdo 
à frente do corpo na altura e direção do joelho esquerdo, simulando segurar a bola com a mão esquerda 
(para destros). O braço direito será estendido para trás, ao longo do corpo, com a mão espalmada e 
estendida ou punho fechado com os dedos voltados para cima. Façam o movimento de pêndulo com o 
braço direito, simulando a batida na bola.
Exercício 2: 2 a 2. Um aluno segura a bola com as duas mãos à frente do corpo e na altura de 
seus joelhos, e o outro faz o movimento do exercício 1 e toca na parte de baixo da bola segurada 
pelo colega.
Exercício 3: 2 a 2, com uma bola, a uma distância de 9 m (nas linhas laterais da quadra). Os estudantes 
realizam o saque por baixo tentando direcionar a bola para o colega.
Exercício 4: 2 a 2, um de cada lado da rede. Atrás da linha dos 3 m, deverá sacar um para o outro. A 
cada três saques certos, os alunos poderão afastar um passo para trás até chegarem à linha de fundo.
6.4.2 Exercícios educativos e/ou formativos
Educativos
Erro: não inclinar o tronco à frente, o que causa saques que vão só para cima e não ultrapassam 
a rede.
Exercício 1: alunos com bola posicionados muito próximo à rede devem executar o saque por baixo, 
fazendo o movimento sob a rede. Desta forma, serão obrigados a inclinar o tronco, esse é o propósito 
dos exercícios educativos. Tal prática também pode ser aplicada com a ajuda de uma corda ou até 
mesmo sob os braços de dois colegas de mãos dadas.
Erro: girar o tronco no momento da batida na bola, fazendo com que ela desvie de sua trajetória.
Exercício 2: um aluno com uma bola, ao lado da parede, bem próximo dela, outro de braços abertos, 
de frente para a parede, criando uma espécie de corredor para a execução do saque. O movimento 
deverá ser sempre paralelo à parede esem giros.
67
VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Formativo
Problema: os alunos não possuem força suficiente para fazer com que o saque ultrapasse a rede.
Exercício 1: fazer o movimento do saque por baixo, lançando uma bola de medicine ball de meio-
quilo. Pode ser realizado na parede ou 2 a 2.
6.4.3 Automatização
Exercício 1: alunos de frente para uma parede, sacar procurando atingir os alvos nela desenhados.
Exercício 2: posicionem três bambolês em uma das quadras e três colunas do outro lado, atrás da 
linha dos 3 m. Os alunos deverão sacar tentando acertar os bambolês, afastar um passo a cada três 
acertos até chegar à linha de fundo.
6.4.4 Aplicação
Serão utilizados o saque por baixo, o toque e a manchete. Nesse ponto do aprendizado, o jogo já 
toma uma forma mais real.
Exercício em forma de jogo
Exercício 1: duas colunas (1 e 2) de um lado da rede atrás da linha de 3 m e uma do outro lado, no 
meio da zona de defesa, entre a linha dos 3 m e a linha de fundo, que irá executar o saque por baixo. Os 
dois alunos da frente das outras colunas devem estar em posição de expectativa, prontos para receber o 
saque de manchete. Se o aprendiz da coluna 1 receber o saque, ele deverá fazer o passe próximo à rede, 
enquanto o da coluna 2 desloca-se para frente e realiza um levantamento de toque, alto e próximo à 
rede. O estudante da coluna 1, que recebeu o saque, deve avançar e passar a bola para o outro lado, de 
toque ou de manchete.
Exercício 2: pode ser organizado como no exercício 1, com duas colunas de cada lado. Toda 
vez que a jogada for iniciada será por meio do saque por baixo, e quem o recebe deverá sempre 
utilizar a manchete.
Exercício 3: três colunas, no meio da quadra com bola. Irão sacar para a coluna à sua frente, do 
outro lado da quadra. A coluna que recebe o saque faz o passe de manchete para um aluno que estiver 
na rede. Ele recebe a bola, segura e se dirige para a coluna que vai sacar. Quem sacou vai para o passe e 
quem passou vai para a rede receber a bola.
68
Unidade II
X X XX X X
X X XX X X
X X XX X X bX
X
X
a
Figura 33 – Exercício 3 da aplicação do saque por baixo
Exercício 4: quatro colunas. A coluna 1 de um lado da rede, entre a linha dos 3 m e a linha de fundo; 
do outro lado, três colunas, coluna 3 na posição 3, paralela à rede, de frente para a posição 4, coluna 4, 
na posição 4, atrás da linha dos 3 m, e a coluna 2 entre as duas primeiras, porém mais ao fundo, entre 
a linha dos 3 m e a linha de fundo. Os alunos da coluna 1 sacam por baixo, os da coluna 2 recebem o 
saque de manchete, os da coluna 3 fazem o levantamento de toque e os da coluna 4 passam a bola para 
o outro lado de toque ou de manchete.
Jogo adaptado
Exercício 1: uma coluna. Saque no meio de uma das quadras e do outro lado seis alunos em posição 
de expectativa, prontos para receber o saque de manchete. Aquele que receber o saque deve enviar a 
bola para o aluno da posição 3, que ficará mais próximo da rede e tentará fazer um levantamento de 
toque. A passagem da bola para o outro lado pode ser de toque ou de manchete. Esse exercício pode 
ser organizado com três colunas no fundo da quadra, que avançam ao seu sinal ou com rodízio e troca 
de um aluno, dependendo do número de estudantes. Nele, o saque começa no meio da quadra e vai 
evoluindo para o fundo. Aqueles que não conseguem sacar do fundo devem continuar fazendo-o de 
onde acham melhor.
Exercício 2: idem ao exercício 1, só que há colunas sacando dos dois lados da quadra com seis alunos 
cada. Você pode organizar o exercício com um saque de cada lado e a bola continua em jogo até cair.
Jogo propriamente dito
O jogo normal, com saque e contagem de pontos da regra oficial. Lembre-se que só são permitidos 
os fundamentos aprendidos. Os alunos que ainda não conseguem sacar do fundo podem fazê-lo mais 
à frente.
6.5 O ensino do saque por cima
Explique detalhadamente a técnica do saque por cima. Indicamos que seja ensinado, nessa etapa, 
o saque flutuante sem salto. Em vez da potência, valorize sempre a execução correta que vai trazer a 
regularidade e a eficiência. Lembre-se que no saque flutuante, quando adequadamente executado, a 
bola viaja sem rotação sobre seu eixo, ou seja, segue parada, sem girar. Importante: antes de lançar 
69
VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
a bola, o braço que vai bater nela deve estar flexionado atrás do ombro e em posição. Serão então 
realizados basicamente dois movimentos: o lançamento e a batida na bola. A altura de lançamento é 
apenas o suficiente para golpeá-la com o braço estendido.
6.5.1 Sequência pedagógica
Exercício 1: sem bola, os alunos deverão assumir uma posição em pequeno afastamento 
anteroposterior, para os destros com a perna esquerda à frente, estendendo o braço esquerdo à frente 
do corpo, como se estivesse sustentando a bola. O braço direito deverá estar com o cotovelo flexionado 
e atrás da linha do ombro, com a mão espalmada e estendida. Deve ser realizado um movimento 
simulando o lançamento da bola, e ao mesmo tempo que o braço direito é estendido para frente a fim 
de golpeá-la, há uma ligeira transferência do peso do corpo da perna de trás para a da frente. Quando 
golpear a bola, acima da cabeça e um pouco à frente do corpo, o braço direito tem seu movimento 
freado e estendido, com a mão espalmada voltada para frente.
Exercício 2: 2 a 2, com uma bola, um dos alunos segura a bola e o outro faz o movimento como se 
fosse sacar, parando com a mão na bola e o braço estendido.
Exercício 3: 2 a 2, com uma bola nas linhas laterais da quadra, os alunos deverão sacar um para o 
outro, procurando dar direção à bola e afastando-se aos poucos.
Exercício 4: 2 a 2, um de cada lado da rede, os alunos deverão sacar por sobre a rede e a cada três 
tentativas corretas aumentar a distância, até chegar ao final da quadra.
6.5.2 Exercícios educativos e/ou formativos
Educativos
Erro: lançamento da bola muito à frente, muito atrás da cabeça ou muito para os lados. Ele é 
determinante no acerto do saque e é uma tarefa bem difícil, que exige prática.
Exercício 1: o aluno deve se posicionar como se fosse sacar, segurando a bola com o braço esquerdo 
(destros), com o braço direito já flexionado atrás do ombro e a mão aberta e firme. O estudante estará 
posicionado de forma que ao lado do seu pé esquerdo tenha uma marca no chão, que pode ser de giz 
ou o cruzamento de duas linhas. O indivíduo lança a bola como se fosse sacar, mas não o faz e a deixa 
cair no solo. Ela deverá cair sobre a marca no chão.
Erro: lançamento incorreto da bola, bater na bola com o braço flexionado, não acertar a mão inteira 
na bola.
Exercício 2: aluno posicionado em frente a uma parede, bem próximo, com a bola na mão em 
posição de saque. Ele deverá lançá-la à sua frente e, fazendo o movimento de transferência do corpo 
para frente, bater nela prensando-a contra a parede, com o braço e a mão estendidos. Note que deve 
ser feito apenas um movimento que toque na bola de leve, pois se a batida for muito forte pode haver 
70
Unidade II
contusões. Observe que a bola será lançada paralelamente à parede e muito próximo a ela. Se a bola for 
lançada de forma a “sair” da parede, a batida não deverá ser realizada.
Erro: não estender o braço no momento do saque.
Exercício 3: 2 a 2, com uma bola sacando um para o outro sobre a rede, estando na linha dos 3 m.
Formativos
Problema: falta de força para sacar ultrapassando a rede.
Exercício 1: 2 a 2 lançando uma bola de medicine ball de meio-quilo um para o outro, por cima da 
cabeça, com as duas mãos e com a mão dominante.
6.5.3 Automatização
Exercícios: poderão ser aplicados aqui os exercícios 1 e 2 da fase de automatização do saque por 
baixo, apenas alterando o tipo de saque.
6.5.4 Aplicação
Poderão ser aplicados os exercícios da fase de aplicação do saque por baixo. Você vai notar que 
haverá maior dificuldade dos alunos em realizar os três toques devido à maior potência do saque 
por cima.
É muito importantea prática do jogo nessa fase, pois o próximo fundamento a ser ensinado será 
a cortada. Ensinar a cortada, só faz sentido se os alunos conseguem jogar com os três toques e fazer 
levantamentos, portanto às vezes é recomendável uma parada nesse ponto, rever exercícios educativos 
de toque e manchete, para depois partir para o ensino da cortada.
6.6 O ensino da cortada
Os alunos, em geral, são muito motivados para aprender a cortada. Como dito, certifique-se 
de que já consigam jogar com três toques e levantamentos. É uma habilidade complexa, que exige 
certo grau de coordenação motora e determinada vivência de movimentos, caso contrário, a 
aprendizagem se torna bem difícil. Enfatize para os aprendizes que é muito importante aprender a 
técnica correta e que eles não devem se preocupar de início com a potência de ataque. Executando 
a técnica, a potência virá naturalmente. Quanto às passadas do movimento da cortada, existem 
alguns tipos, no entanto indicamos iniciar com este a seguir, que é o mais executado por atacantes 
de velocidade, porque facilita ao estudante frear o movimento e não se lançar de encontro à rede, 
além de favorecer o domínio do saltar na distância correta da bola.
71
VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
6.6.1 Sequência pedagógica
Exercício 1: os alunos iniciam atrás da linha dos 3 m, com o pé esquerdo à frente (destros), dão um 
passo à frente com o pé direito e na sequência um pequeno salto à frente, caindo com os dois pés. Para 
os canhotos, as passadas serão sempre do lado oposto.
Exercício 2: repitam o exercício 1, mas quando terminada a passada e os dois pés tocarem o solo, 
eles deverão estar a mais ou menos 1 m de distância da rede, em pequeno afastamento lateral, com o pé 
esquerdo (para destros) ligeiramente à frente do direito. Nesse exercício, o aluno deverá terminar com 
a posição descrita acima e com uma semiflexão dos membros inferiores. No momento de dar a última 
passada (pequeno salto à frente), os braços serão lançados para trás e estendidos ao lado do corpo 
(posição de chamada).
Exercício 3: executar os dois exercícios anteriores e na sequência lançar os braços para cima, de trás 
para frente e estendidos, ao mesmo tempo que saltar para cima, caindo no lugar que saltou.
Exercício 4: parados de frente para a rede, a 1 m dela, com o pé contrário à mão da batida na bola 
à frente. Os alunos deverão fazer o movimento dos braços, sem saltar, desde a posição da chamada até 
parar na posição de “armada” do ataque: braço contrário à batida estendido à frente do corpo, na altura 
da cabeça, e braço de ataque em posição de flexão do cotovelo, atrás da linha do ombro, com a mão 
firme e aberta (idem à posição do saque por cima). Esse movimento deve ser repetido algumas vezes e 
rapidamente, como se o jogador estivesse saltando.
Exercício 5: idem ao exercício anterior, acrescentando o movimento de batida na bola. Partindo 
da “armada” do ataque, o braço de ataque será estendido simulando uma batida acima e à frente 
da cabeça, e continuar esse movimento com o braço estendido na lateral do corpo e se mexendo 
para baixo. Simultaneamente, o braço que estava à frente será trazido flexionado junto e à frente 
do corpo. Esse exercício deverá ser repetido algumas vezes até que os alunos consigam executá-lo 
com certa rapidez.
Exercício 6: os mesmos movimentos do exercício 5 deverão ser executados, agora com salto. 
Lembre-se que a batida na bola deverá acontecer no ponto mais alto do salto, portanto o deslocamento 
será realizado com bastante velocidade.
Exercício 7: voltando para trás da linha de 3 m, o aluno vai associar as partes já aprendidas da 
passada, do salto e da batida na bola. É importante corrigir o salto, para que o estudante não projete o 
corpo na direção da rede. O movimento dos braços é essencial para o equilíbrio dinâmico.
Exercício 8: aluno posicionado a 1 m da rede, professor junto à rede sobre uma cadeira ou banco, 
segurando uma bola com a mão direita (se o estudante for destro), de forma que ela fique entre a rede 
e o aluno, acima da cabeça e pouco acima da rede (a altura deve ser regulada de acordo com a altura 
dos aprendizes). O indivíduo posiciona-se atrás da bola e, partindo da posição da chamada, salta e ataca 
aquela que o professor estava segurando, sem cair para frente.
72
Unidade II
Exercício 9: igual ao exercício anterior, só que o aluno começa atrás da linha dos 3 m e faz a passada 
completa antes de atacar a bola.
Exercício 10: o aluno atrás da linha dos 3 m e a bola na mão do professor, que estará junto à 
rede, do lado direito do estudante, caso ele seja destro e do lado esquerdo, segurando a bola com 
a mão esquerda, em caso de canhoto. O discente inicia o movimento da cortada e ao bater os pés 
no chão na chamada, o professor lança a bola à frente do aprendiz (bola de tempo), com altura 
suficiente para que ele ataque.
Exercício 11: o aluno parte de uma posição atrás da linha dos 3 m, na posição 4, ligeiramente 
fora da quadra e ao lado da linha lateral. O professor na rede e na posição 3 lançará a bola em um 
levantamento não muito alto, nem baixo, para que o estudante possa atacar. Lembre-se que o aluno 
deve estar posicionado de forma a se preparar para o movimento, mas só sairá para a passada após 
o lançamento da bola. O lançamento da bola deve ser sempre igual, mesma altura e distância da 
rede, facilitando o aprendizado do aluno, que fará os ajustes necessários em função da altura da 
bola. Jogadores destros terão mais facilidade em atacar pela posição 4 e os canhotos pela posição 
2. Começar fora da quadra facilita a entrada do movimento com a perna correta à frente, em um 
deslocamento em diagonal.
6.6.2 Exercícios educativos e/ou formativos
Educativos
Erro: não fazer a passada corretamente.
Exercício 1: marque o chão com giz nos locais que o aluno deve pisar para fazer a passada.
Erro: não fazer a posição da chamada.
Exercício 2: efetue a passada e durante a chamada bata palmas atrás do corpo. Isso obriga o aluno 
a lançar os braços para trás.
Exercício 3: realize a passada com uma bolinha de tênis ou similar na mão esquerda e durante ela 
troque a bolinha da mão esquerda para a direita, lance os braços para cima e pela frente do corpo, faça 
o movimento dos braços como se fosse atacar e lançar a bolinha sobre a rede.
Erro: não coordenar o movimento dos braços.
Exercício 4: um aluno sentado em uma cadeira e outro em pé ao lado do seu braço de ataque. 
O aluno sentado vai executar o movimento dos braços da cortada, partindo da posição da chamada e o 
aluno que está em pé, com sua mão esquerda acompanha o movimento do cotovelo direito do colega, 
fazendo com que ele o traga flexionado e na máxima amplitude possível, ao mesmo tempo que o braço 
esquerdo estiver estendido à frente. No momento que seria da batida na bola, o aluno que estiver em 
pé posiciona sua mão direita na altura em que estaria a bola para que o colega bata na sua mão com 
73
VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
o braço estendido, enquanto o braço esquerdo é trazido para junto do corpo. Esse exercício, por ser 
sentado, faz com que toda a atenção do aluno se volte para seus braços, corrigindo o movimento.
Erro: não encaixar a mão na bola no momento do ataque.
Exercício 5: 2 a 2, o aluno 1 em pé em frente à parede, em uma distância de mais ou menos 3 m, e 
o aluno 2 em pé ao seu lado e segurando uma bola à frente e acima da cabeça do aluno 1. Se o aluno 
1 for destro, o 2 deve estar à sua direita; se for canhoto, à sua esquerda. O aluno 1 deve fazer todo o 
movimento dos braços da cortada, desde a chamada, e bater na bola sustentada pelo seu colega, com a 
mão aberta e o braço estendido. Esse exercício é realizado sem salto e sem passada.
Exercício 6: o aluno de frente para a parede, mais ou menos 3 m, deve lançar a bola à sua 
frente com a mão esquerda se for destro, mantendo o braço esquerdo apontado para a bola 
enquanto o direito faz o movimento de “armada” para o ataque, para depois golpeara bola para 
o chão. Ela irá bater na parede e voltar para a mão do aluno, que deve segurar a bola e executar 
tudo novamente. É importante que a batida na bola seja realizada com o braço estendido e acima 
da cabeça. Realizar outro ataque direto, sem parar a bola, pode comprometer a correção do 
movimento, pois o foco da atenção passa a ser a bola, e não o movimento. Além do mais, muitos 
jogadores fazem esse exercício, o paredão, com a rotação dos braços no sentido contrário ao que 
deveria ser. Caso o indivíduo vá fazê-lo batendo direto na bola, lembrar que os braços deverão 
subir estendidos pela frente do corpo.
Erro: não cair no mesmo lugar do salto.
Exercício 7: faça o movimento de cortada com uma marca limite no chão para saltar e cair no 
mesmo lugar.
Formativos
Problema: falta de coordenação visomotora para acertar o “tempo de bola”, ou seja, conseguir atacá-
la no ponto mais alto de seu salto.
Exercício 1: aluno sobre um banco colocado um pouco à frente da linha dos 3 m. O professor lançará 
uma bola, que deverá cair entre a rede e o banco, e o aluno partindo da posição de chamada em cima do 
banco, faz o lançamento dos braços para cima e pela frente do corpo e deverá segurá-la no ponto mais 
alto de seu salto. Para que melhor seja trabalhado o tempo de bola, o professor deve variar a altura do 
lançamento e o aluno precisa iniciar o movimento apenas depois do lançamento.
Exercício 2: começando como no exercício anterior, mas com o banco sobre a linha dos 3 m, o 
professor lançará a bola alta entre o banco e a rede e o aluno deverá, assim que for feito o lançamento, 
saltar para o chão em posição de chamada e o mais rápido possível pular e segurar a bola acima da 
cabeça e à frente do corpo. Nesse exercício, o professor deve variar a altura dos lançamentos.
Exercício 3: idem ao exercício anterior, com o aluno atacando a bola em vez de segurá-la.
74
Unidade II
Problema: falta de potência muscular de membros inferiores para realizar o salto.
Exercício 4: com uma corda estendida e sustentada por dois alunos, a uma altura de mais ou menos 
30 a 40 cm do chão, os estudantes devem saltar a corda de um lado para outro de diversas formas: com 
os dois pés ao mesmo tempo, só com o esquerdo, só com o direito e de diversas combinações possíveis.
Exercício 5: três ou quatro conjuntos de duas gavetas de plintos ou cordas estendidas. Os alunos 
devem saltar em cima do plinto e embaixo, no chão, seguidamente, com o menor tempo de contato 
com o solo possível.
Exercício 6: faça agachamento segurando junto ao corpo um medicine ball (o peso vai depender da 
idade), enfatizando a velocidade do movimento na subida, podendo realizar um salto.
Problema: falta de potência muscular de braço.
Exercício 7: lançamento de uma bola de medicine ball de meio-quilo, 2 a 2 ou de frente para a 
parede, executando o movimento de braços da cortada com velocidade.
Problema: falta de velocidade de braço.
Exercício 8: faça o movimento da cortada sem saltar, segurando uma bolinha de tênis ou similar na 
mão de ataque e tentar fazer o deslocamento o mais veloz possível ou lançando-a o mais longe possível 
ou contra o chão para que após bater no solo suba o mais alto que conseguir.
6.6.3 Automatização
Exercício 1: coluna de alunos atacando a bola de tempo lançada pelo professor.
Exercício 2: professor lançando uma meia bola (meia altura) no centro da rede e alunos atacando.
Exercício 3: professor lançando bolas na entrada da rede (posição 4). O docente deverá tentar manter 
sempre as mesmas altura e distância da rede no lançamento.
Exercício 4: dando início ao gradual aumento da complexidade e proximidade com o jogo, o professor 
irá lançar bolas na entrada da rede, mas desta vez serão mais curtas, para que o aluno aprenda a fazer 
os ajustes necessários no movimento.
Exercício 5: dando continuidade ao aumento da complexidade, as bolas serão lançadas mais afastadas 
da rede.
Exercício 6: o professor deverá lançar quatro bolas seguidas para cada aluno, sendo a primeira curta, 
a segunda mais longa, a terceira curta e a quarta longa novamente. É importante que o discente sempre 
volte ao ponto inicial, ou seja, faça a abertura correta para se preparar para a próxima cortada.
75
VOLEIBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Exercício 7: o professor lançará quatro bolas seguidas para o mesmo aluno, sendo a primeira alta, a 
segunda baixa, a terceira alta e a quarta baixa novamente, com o estudante retornando ao ponto inicial 
toda vez que cortar.
Exercício 8: o professor deverá variar os lançamentos já feitos anteriormente.
Exercício 9: o treinador lançará bolas na posição 2, repetindo os tipos realizados na posição 4.
Os alunos destros terão mais facilidade em atacar pela entrada da rede, já os canhotos pela sua 
saída. Primeiro eles devem automatizar o movimento pela sua posição de preferência para depois ir 
para o outro lado. Lembrar que a saída para o ataque é de fora da quadra, quando está na posição de 
preferência e de dentro dela, quando não. O propósito disso é que o aprendiz consiga fazer a chamada 
com o pé contrário à mão da batida à frente e posicionando seu braço de ataque atrás da bola.
6.6.4 Aplicação
Serão utilizados nessa etapa: a cortada, o saque por baixo ou por cima, o toque e a manchete. 
Lembre-se que para que sejam bem executados é preciso que os alunos tenham certo domínio do toque 
e da manchete.
Exercício em forma de jogo
Exercício 1: 2 a 2, com uma bola, o aluno 1 próximo à linha dos 3 m e o aluno 2 na rede. O aluno 1 
faz o passe de toque para o colega e este faz o levantamento para que o primeiro ataque.
Exercício 2: duas colunas no meio da rede fazem o passe de toque para os alunos posicionados na 
posição 3. Um deles levanta para que cortem na posição 4 e o outro levanta para a pessoa da posição 2.
X X X
X
X
X
X
X X X X
Figura 34 – Aplicação da cortada
Exercício 2: uma coluna no meio da zona de defesa com bola irá sacar. Do outro lado duas colunas, 
uma recebe o saque de manchete e ataca e a outra faz o levantamento. O tipo de saque, por baixo ou 
por cima deve ser escolhido pelo professor de maneira que a recepção seja viável.
76
Unidade II
Exercício 3: duas colunas de cada lado da rede, um dos alunos da frente executará o saque e 
os jogadores do outro lado recebem de manchete, fazem o levantamento de toque e atacam. Se os 
aprendizes conseguirem defender, dão continuidade ao jogo tentando também fazer os três toques, 
senão a bola irá para o outro lado sacar.
Jogo adaptado
Exercício 1: seis alunos de um lado da quadra na formação em “W” e o professor de outro, enviando 
a bola de forma a ser facilitada a recepção, para que os alunos procedam aos três toques; primeiro de 
toque ou manchete, segundo um levantamento e terceiro uma cortada.
Exercício 2: seis alunos de cada lado da rede na formação em “W” e o professor do lado de fora, no 
meio da quadra, vai lançar bolas uma de cada lado para que os aprendizes executem os três toques.
Exercício 3: seis alunos de cada lado da quadra na formação em “W” e uma coluna de cada lado 
no fundo, sacando. Os discentes deverão receber o saque e fazer os três toques finalizando com uma 
cortada.
Jogo propriamente dito
Exercício 1: agora que os alunos já simularam o jogo, ficará mais fácil aplicar tudo o que já aprenderam 
na partida propriamente dita, com rodízio e contagem de pontos normais.
6.7 O ensino do bloqueio
Os alunos vão perceber que o movimento do bloqueio em si é simples, mas o que o torna um dos 
fundamentos mais difíceis de aprender é a proximidade da rede com que ele é executado e o ajuste 
temporal com o ataque do adversário.
6.7.1 Sequência pedagógica
Exercício 1: os alunos em círculo, na quadra, devem realizar um pequeno afastamento lateral das 
pernas, partir de uma semiflexão dos joelhos e, com cotovelos flexionados e palmas das mãos voltadas 
para frente, mãos abertas e estendidas, terão de realizar uma extensão simultânea de braços e pernas, 
estendendo o corpo ao

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