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RELAÇÃO ENTRE DIREITO E ESTADO

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA
CAMPUS MARABÁ
FACULDADE DE DIREITO
A RELAÇÃO ENTRE ESTADO E DIREITO
Aluna: Daniele Santos da Cruz
Marabá- PA
2022
A RELAÇÃO ENTRE ESTADO E DIREITO
Para tratar da relação entre Estado e Direito faz-se necessário destacar a definição de cada termo. Segundo Reagle (2002) o Direito “[...] tutela comportamentos humanos: para que essa garantia seja possível é que existem as regras, as normas de direito como instrumentos de salvaguarda e amparo da convivência social.” 
Com base na citação acima, pode-se dizer de forma simples, que o Direito diz respeito a um conjunto de regras que objetivam a melhor convivência em determinada sociedade. Quando se refere ao Estado, Aguiar, Anjos e Boff (2013) salientam que há semelhanças e divergências entre autores que tratam do assunto. Ao concentra-se nas semelhanças, há um consenso de que não há Estado sem soberania, elemento humano, território, governo e finalidade”. Assim, tem-se que o Estado é o responsável por organizar e controlar os arranjos sociais.
Quando se refere a relação entre Direito e Estado, é indispensável o destaque das três correntes teóricas que discorrem sobre o assunto. A primeira delas é a Teoria Monística, também chamada de Estatismo Jurídico. Nessa teoria Direito e Estado se confundem, ela defende que não existe norma jurídica fora do Estado, assim, é ele que dá vida a Direito.
A segunda corrente é conduzida pela Teoria Dualística/ Pluralística, a qual afirma que Direito e Estado são distintos e inconfundíveis entre si. O Direito é um fato social, ou seja, não emana do Estado, como é assegurado no Estatismo Jurídico. Na Teoria Dualística, o Estado assume apenas uma função no Direito, a de positivá-lo. 
A Teoria Paralelística/ do Paralelismo/ da Gradação da Positividade Jurídica ocupa a terceira corrente que traduz a relação entre Direito e Estado. Nessa visão teórica, busca-se um equilíbrio entre as duas teorias citadas anteriormente, determinando-se que Direito e Estado são realidades diferentes, mas interdependentes. Defende-se que há outros centros de determinação jurídica além do Estado, mas que é ele que se sobressai como centro de irradiação de positividade.
Por fim, é necessário compreender que cada teoria foi formada em um contexto histórico diferente das demais, assim, faz-se importante considerar as particularidades apresentadas em cada uma. Atualmente, adota-se a Teoria Paralelística, tendo em vista que esta é a que mais adequa-se ao contexto das sociedades contemporâneas, pois nela a positividade das leis baseia-se na vontade social predominante, não apenas no interesse do Estado, e, na separação total de Direito e Estado, sustentados pela Teoria Monística e Teoria Dualística, respectivamente.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, R.; ANJOS, M.; BOFF, S. Curso de Teoria Geral do Estado. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda., 2013.
REALE, M. Lições Preliminares de Direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

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