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APS - PRÁTICA GERENCIAL EM SAÚDE COLETIVA TERRITORIZAÇÃO E ADSCRIÇÃO DA CLIENTELA (4)

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15
 UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Ana Carolina Soares Martins - RA F071030
Aline Oliveira Lima - RA NA029G0
Júlia Regina Ângelo - D803573
Juliana Marques Lemos - RA T729BI9
Letícia De Sousa S. Da Silva - RA NA528F1
Luiz Octavio P. Monteiro - RA F100979 
PRÁTICA GERENCIAL EM SAÚDE COLETIVA – TERRITORIZAÇÃO E ADSCRIÇÃO DA CLIENTELA
SÃO PAULO
2022
 UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Ana Carolina Soares Martins - RA F071030
Aline Oliveira Lima - RA NA029G0
Júlia Regina Ângelo - D803573
Juliana Marques Lemos - RA T729BI9
Letícia De Sousa S. Da Silva - RA NA528F1
Luiz Octavio P. Monteiro - RA F100979 
GERENCIAL EM SAÚDE COLETIVA – TERRITORIZAÇÃO E ADSCRIÇÃO DA CLIENTELA
 
Trabalho de APS (Atividade Prática Supervisionada) no curso de Graduação em Enfermagem para apresentação à Disciplina de Prática Clínica Universidade Paulista – UNIP.
Orientadora: Profa Dra. Fabiane R.R. H. Marui
SÃO PAULO
2022
RESUMO
	O presente trabalho tem como predominante proposta à exposição sistêmica da territorialização e adscrição da clientela presente no sistema único de saúde (SUS), especificando as leis e modelos que serviram de apoio para esse movimento. O processo de territorialização pode ser compreendido em três tipos de movimentos político-institucional, sendo eles: municipalização-distritalização, municipalização-regionalização e municipalização-regionalização redes de atenção. Seu planejamento é divido em três grandes desafios: sistematização da atenção básica do município, regionalização e a integração e unificação dos sistemas municipais e regionais. Com isso, temos a atuação dos enfermeiros em diferentes áreas, tais como: acolhimento, supervisão, coordenação, consulta, subdivisão, rastreamento e mapeamento.
3
Palavras chaves: Político-institucional, Sistematização, Acolhimento
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	5
2.	OBJETIVO	6
3.	DESENVOLVIMENTO	6
3.1.	Planejamento e Etapas	6
3.2.	Análise Territorial	7
4.	O PROCESSO DE TERRITORIZAÇÃO NA SAÚDE COLETIVA	8
5.	TERRITORIZAÇÃO E ADSCRIÇÃO	9
6.	LEIS ATRIBUÍDAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO	11
7.	IMPORTÂNCIA DO PAPEL MULTIDISCIPLINAR NAS UNIDADES DE SAÚDE	12
8.	O PAPEL DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM DENTRO DO SISTEMA DE SAÚDE	13
9.	CONCLUSÃO	14
REFERÊNCIAS	15
1. INTRODUÇÃO
 	Adscrição da cliente fala sobre o novo vínculo que se estabelece entre grupos sociais, as equipes e as unidades de saúde.
Aárea de atuação das equipes tem uma base territorial definida, sendo a sua responsabilidade a atenção, acompanhamento e monitoramento da saúde da população desse local
	Define-se também uma população com seu território com capacidades de serviços. Assim a territorialização em geral representa uma prática que algumas vezes não corresponde à realidade vivida e praticada no território.
Em geral a territorialização é realizada através da adscrição a clientela onde os 	Agentes Comunitários da Saúde cadastram um determinado número de famílias de forma para agregar um conjunto de pessoas e estabelecer um território a qual se devem pertencer. Portanto o ponto de partida para o desencadeamento da territorialização principalmente nesse caso é o serviço conforme sua capacidade de oferta.
O Diagnóstico da situação da saúde da população permite analisar a situação da saúde do território conforme o cadastramento ds famílias. O planejamento baseado na realidade mostra as atividades orientada segundo a critérios de risco à saúde priorizando a solução dos problemas de cada família e comunidade.
2. OBJETIVO
O trabalho a seguir tem como objetivo apontar o resultado do planejamento executado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para alcançar a população de forma eficaz, trabalhando com a importância da prevenção através de levantamentos demográficos e a inclusão da população em diversos campos da saúde bucal, psicológica e ginecológica e etc.
3. DESENVOLVIMENTO
	O município pode ser dividido em vários territórios que podem ser: 
· Território – distrito: delimita território administrativo assistencial l, contudo, contendo conjuntos de pontos de Atenção à Saúde e população adstrita. 
· Vida aproximar poder administrativo público e comunidade. 
· Território-área: corresponde a área de atuação das equipes de saúde com enfoque na vigilância á saúde, planeja as ações, organiza os serviços e viabiliza os recursos. 
· Território-microarquitetura: é uma subdivisão do território área de atuação de um agente comunitário em saúde (ACS). (Mendes 2011).
	A política Nacional de Saúde é construída com enfoque regional tendo como questão central a organização das ações e serviços no território. Um dos fundamentos da Estratégia de Saúde na Família é a Atenção Básica Territorializada construída sob uma base territorial espacialmente limitada e seguindo o modelo de adscrição de clientela. (Santos, Rigotto, 2011). 
	Conhecer o processo de territorialização é fundamental no contexto de Atenção Básica, ou Atenção Primária á Saúde, pois o mapeamento do território possibilita um atendimento sensível às necessidades da população. (Santos, Rigotto, 2011). 
3.1. Planejamento e Etapas
	É extremamente importante conhecer o território em que s UBS atua e cada etapa que compõe o processo de territorialização permite que os agentes coletem as características do território e sua população. (MENDES; DONATO, 2003; MONKEN; BARCELLOS, 2005; MÔRA et al., 2013; SILVA et al., 2001).
	Para tanto, é preciso iniciar o processo delimitando a microarea do território sanitário e então as microareas usando alguns modelos de tabelas que devem conter:
· Mapa-base de unificação do território do plano diretor.
· Dados demográficos e epidemiológicos, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) Departamento de Informativa do Sus (DATASUS) secretarias municipais e Estaduais de Saúde, Educação, meio ambiente e outras, 
· Questionários aplicados em diversas áreas com perfis diversificados.
· Utilização de fotos e vídeos de áreas diversas na comunidade.
· Treinamento de equipe e planejamento. (MENDES; DONATO, 2003; MONKEN; BARCELLOS, 2005; MÔRA et al., 2013; SILVA et al., 2001).
3.2. Análise Territorial
	A análise territorial é a coleta sistemática de dados que informa situações problemáticas e necessidades em saúde de uma determinada população l, que de identifica vulnerabilidades e exposições de situações problemáticas. O objetivo do mesmo é:
· Delimitar território de abrangência.
· Definir perfil e população.
· Reconhecer barreiras e acessibilidades, infraestrutura e recursos. 
· Levantar problemas.
· Identificar perfil demográfico e epidemiológico socioeconômico e ambiental.
· Potencializar os Resultados e recursos presentes. (GONDIM. G. M. de M. et al 2008).
4. O PROCESSO DE TERRITORIZAÇÃO NA SAÚDE COLETIVA
Em 1990 falava-se de planejar a Assistência Básica de Saúde (ABS) do Sistema Único de Saúde (SUS). 
A estrutura e o modelo assistencial não dependiam apenas de como os serviços eram alocados, mas como as organizações e ações promoviam a prevenção e a promoção da saúde em todo um território, pensava-se em uma relação "vínculo" entre a população e os serviços oferecidos para ela. 
 A territorialização da saúde foi uma concepção que ganhou força na implementação dos Distritos Sanitários, através da incorporação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e ao Programa Saúde da Família (PSF), que passou a compor a estratégia política em torno da Saúde da Família (ESF) e na Redes de Atenção à Saúde (RAS).
O processo de territorialização pode ser compreendido em três tipos de movimentos político- institucional, sendo eles municipalização-distritalização, municipalização-regionalização e municipalização-regionalização-redes de atenção.
O primeiro movimento é a “municipalização-distritalização” se iniciou em 1980 com a proposta realizada através do Sistema Local de Saúde (SILOS), conhecido no Brasil como Distrito Sanitário (DS). Materializando o princípio reformador de desconstrução do modelo homogêneo, para produzirum sistema descentralizado e apropriado. Para a execução de um programa descentralizado foi implementado no ano de 1991 o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e em 1994 o Programa Saúde da Família (PSF) para complementar o programa. 
O segundo movimento é o "municipalização-regionalização" que é o mesmo que o planejamento territorial, foi o movimento que trouxe à tona a observação que municipalização não era o suficiente para oferecer uma atenção universalizada e equitativa para a população. Mas trouxe fortalecimento de ações científicas que pontuaram a falta de eficácia do projeto em transformar os processos descentralizados. E a partir deste momento surge o desafio real da territorialização e o real desafio de um planejamento territorial. 
Ao surgir alguns debates durante a ampliação do segundo movimento, pode-se observar uma necessidade de integralidade das ações e serviços dentro do sistema, e a mesma passou a ser responsável pelo Plano Diretor de Regionalização (PDR), que estabeleceu o estado como o regulador e coordenador dos serviços entre os municípios. 
Para que o processo ocorresse de forma mais equilibrada abrangeu em três grandes desafios o planejamento de territorialização do Sistema Único de Saúde (sus), sendo elas a sistematização da atenção básica no município, a regionalização e a integração e unificação dos sistemas municipais e regionais, produzidas e regulamentadas a partir do “Pacto pela Vida, em Defesa do SUS e da Gestão.”
Com o surgimento do Pacto da Saúde, nasce um novo movimento para o planejamento territorial do SUS chamado de municipalização-regionalização - redes de atenção, considerada uma forma de amadurecimento do processo de descentralização dos serviços no geral, estruturando as regiões sanitárias e instituindo colegiados de gestão regional. Proporcionado a população.
No ano de 2011 a territorialização foi apontada como como atribuição comum na atenção básica à saúde, e em sua terceira edição planejamento territorial passou a trazer novos desafios através de políticas contrárias ao projeto territorializados que trazem unificação do modelo assistencial e articulação reticular.
5. TERRITORIZAÇÃO E ADSCRIÇÃO
	O processo de territorialização do SUS foi desenhado á partir de três movimentos políticos institucionais designados municipalização-distritalização, municipalização-regionalização e municipalização-regionalização-redes de atenção. (Souza, 1995, p.87).
	A municipalização distritalização teve início antes mesmo do SUS na década de 1980, com origem no SILOS Sistemas Locais de Saúde e ficou conhecido como Distritos Sanitários. Os DS concretizavam o princípio reformador de desconstrução do modelo hegemônico (médico-privatista), para com isso produzir um modelo descentralizado pelos mecanismos democráticos de participação social. (Fleury & Ouverney, 2007).
	Para tanto, era necessário definir ações para a atenção básica e criar formas de torná-las executáveis e nesse contexto foi criado o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS) em 1991 e o Programa Saúde da Família (PSF) em 1994, com o intuito depreender o vazio programático contido na municipalização-distritalização. (Souza, 1995, p.87)
	A municipalização-regionalização que é a segundo movimento de planejamento territorial do SUS passou a ser mais amplamente discutido á partir da publicação de Normas Operacionais de Assistência Sociais (NOAS 01 e NOAS 02), daí então entendeu se que a municipalização por si só não seria capaz de oferecer uma atenção numa esfera de universalidade e equidade, necessitando assim de pactuação federativa afim de compartilhar as gestões dessas regiões para correta execução dos NOAS.( Brasil, Ministério da Saúde, portaria 95,2002&portaria 373, 2002).
	Contudo era também imprescindível que se definisse melhor o sistema municipal no que tangeis princípios da atenção básica. No entanto, surgiu também outros grandes desafios que foram: a sistematização da Atenção Básica no município, a regionalização e a integração e unificação dos sistemas municipal e regional. Dessa forma, regulamentações são produzidas com o “Pacto pela Vida, em Defesa do Sus e da gestão. (BRASIL. Ministério da saúde/DAB, 2006).
	O terceiro movimento chamado municipalização-regionalização-redes de atenção, tem origem com o Pacto pela Saúde, configurando a fase de consenso e amadurecimento na territorialização dos serviços, não apenas da Atenção Básica, mas de todo o SUS. O Pacto Pela Saúde dá força a territorialização como base organizacional dos sistemas, estruturando as regiões sanitárias e instituindo colegiados de gestão regional. A territorialização é o primeiro princípio da regionalização do SUS no Brasil.
	Nesse mesmo contexto, reconheceu se a dificuldades integração dos serviços por meio das RAS (Redes de Atenção a Saúde), e para dirimir essas deficiências, duas importantes regulamentações foram criadas, que são a portaria n 4.279 de 2010, que estabelece diretrizes para as Redes de Atenção do Sus no Brasil, e o Decreto 7.58/2011 que regulamente a articulação e o planejamento Inter federativa do Sus. (Brasil. Ministério da Saúde (MS). Portaria nº 4.279,2010).
	Em Suma, a territorialização permite reorganizar as práticas em saúde pautado nas necessidades da comunidade refere-se a ferramenta metodológica que possibilita o reconhecimento das condições de visse d situação de saúde da população da área de abrangência de uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) (Gondomar, Monken, 2009) por meio da construção de um modelo de assistência voltado à realidade social (Silva, et al.,2001).
	É preciso que se conheça e compreenda as relações sociais, econômicas, culturais e de saúde para de construírem modelo de assistência pautado na necessidade local e integral daquela determinada população. (Silva, et al.,2001).
6. LEIS ATRIBUÍDAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO
O desenvolvimento do processo territorialista teve como apoio a Lei Orgânica de Saúde como uma forma de auxílio na organização do Sistema Único de Saúde (SUS), cabe ao município de quer ou não estruturar seus serviços da forma proposta, por isso o movimento municipalização-distritalização seria efetivada pelo processo de descentralização e empoderamento do local ainda em 1990.
7. IMPORTÂNCIA DO PAPEL MULTIDISCIPLINAR NAS UNIDADES DE SAÚDE
Primeiro vamos explicar o conceito, de territorialização é um processo importantíssimo para que possamos definir algumas condutas dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), é fundamental que haja estudos sobre territorialização para que possamos tratar de acordo com a região citada, cada local tem suas particularidades e necessidades diferentes que precisam ser atendidas. A arquitetura deste projeto é baseada em alguns princípios, que são universalidade, equidade e integralidade e estão descritos no direito de todos. discutiram a territorialização na sua dimensão político-ideológica, ou seja, como ordenamento político para a construção de um modelo de atenção organizado em redes integradas e coordenadas territorialmente para ABS. (Faria, R. M, 2019)
 Prevalece, até os dias atuais, estudos que exploram sua dimensão teórico-metodológica, que são aqueles que propõem modelos teóricos e propostas técnicas e tecnológicas para o planejamento territorial ou territorialização dos serviços. Dessa tradição se construiu uma definição processual do território (território-processo), muito influenciada pela teoria miltoniana do conceito, e se fez uma produtiva aproximação com a proposta do planejamento estratégico situacional de Carlos Matus. Em trinta anos do SUS, muitas experiências positivas foram produzidas como uma proposição teórico-metodológica para a territorialização da saúde, e isso permitiu, além de fornecer metodologias consistentes para o planejamento territorial dos serviços, superar àquela velha ideia materialista e reducionista que vê o território na sua dimensão político-administrativa apenas, sobretudo em momentos de crise político-institucional e de redução do papel social do Estado,é comum que as políticas territorializadas sejam terceirizadas, na área da saúde. (Godim, Miranda, G. M. et al 2008)
 A julgar pelo processo histórico e sobretudo pelas políticas recentes, o SUS convive ora com sua territorialização e ora com sua desterritorialização, e esses processos são bem visíveis na atenção básica, é fundamental desnudar essa natureza política da territorialização da ABS, que é também uma forma de tornar esse debate não apenas instrumental, uma vez que a ação política pode produzir arranjos ideológicos próprios a cada novo momento histórico. (Godim, Miranda, G. M. et al 2008)
Contextos da territorialização do SUS no Brasil
O processo de territorialização do SUS pode ser compreendido em três movimentos político-institucionais produzidos partir dos instrumentos normativos que vão da própria Constituição(1), às leis infraconstitucionais(2, 3), Normas Operacionais(4,5), Normas Operacionais de Assistência à saúde(6,7) e Pacto pela saúde(8). (Faria, R. M, 2019):
É universal e igualitário com atuação preventiva e curativa. Equivalente ao SUS do Brasil. Os recursos são arrecadados pelo sistema de impostos nacional mas os serviços na Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e Pais de Gales são administrados separadamente. Nos Países Baixos, os pacientes são obrigados ‐ exceto em casos de emergência ‐ a procurar um "médico de família", que pode ser escolhido livremente. Este clínico geral é quem decide se há necessidade de tratamento com algum especialista ou se o paciente deverá ser enviado a um hospital. (Valente, G. J,2002)
 A escolha do especialista ou da clínica pode ficar então a cargo do paciente. Setor Privado: idealmente, deveria atender a apenas 10% da população, porém os grupos de Seguridade Social (21%) e Seguro Popular (28%) obtêm atendimento por essa modalidade, via prestação de serviços. A maioria dos países da América, 25 entre 35, apresentou aumentos de gastos com bens de saúde em relação ao PIB entre os anos de 1990 e 2000, indicando uma tendência de crescimento dos gastos com saúde. (Valente, G. J,2002)
 Os países que apresentaram queda de gastos com saúde, como a Argentina e o Peru, parecem ter incorrido em reduções em razão dos graves problemas econômicos pelos quais essas economias passaram ao longo da década. A forma de financiamento desse aumento de gastos nos países da América deu ‐se de maneira diferenciada, aproximadamente 50% dos países financiaram o aumento de gastos com saúde com verbas do setor público e a outra metade de países financiou com aumentos de gastos privados. (Valente, G. J,2002)
8. O PAPEL DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM DENTRO DO SISTEMA DE SAÚDE
· Acolhimento deve ser feita uma escuta qualificada, observar as condições que o paciente se encontra, e prestar a devida assistência.
· Supervisionar e coordenar a equipe, acompanhar o paciente, registrar todos os detalhes no prontuário.
· Consulta com enfermagem domiciliar, durante a visita e observado os problemas, que são relatados na adscrição para avaliação da necessidade. Após a avaliação dos problemas e elaborado um planejamento e um prazo para execução.
· Subdividir as regiões, cada região tem que ter uma certa quantidade de família por ACS, dividido por área rural e urbana, rural é de 70 a 90 famílias, urbana 120 famílias contando até 700 pessoas por ACS.
· Mapeamento: os ACS trás as informações de acordo com as necessidades dos pacientes e de acordo com as suas patologias, e realiza o mapeamento por área.
· Rastreamento de gestantes, pacientes faltosos, participação efetiva em rede cegonha, garantir e preservar o estatuto do idoso.
9. CONCLUSÃO
 Conforme descrito neste trabalho é possível concluir que a territorialização é uma estratégia de Atenção Básica territorializada fundamentada pela Estratégia de Saúde da Família com enfoque regional para propiciar a promoção atenção e assistência a saúde à família e comunidade, com eficácia conforme a necessidade de cada indivíduo, buscando coletar e analisar informações dos dados demográficos e epidemiológicos sobre condições de vida e saúde e o perfil de cada paciente por meio de vistas domiciliares, reconhecer o território,
delimitar a microárea de abrangência e traçar um planejamento de modelo de assistência a saúde para acompanhar o processo de evolução e solução dos problemas levantados, na população.
Ao abordar o tema, percebemos que a territorialização e adscrição é um trabalho extensivo, analítico e eficiente. É feito a partir de cadastramento e segue etapas de suma importância para sua efetiva conclusão e finalidade. O mesmo despende de muita dedicação e disciplina por parte dos agentes de saúde e de cooperação das famílias e sociedade para o alcance do seu objetivo. 
Contudo, é um projeto que engloba o reconhecimento das necessidades locais, relações sociais e econômicas e culturais daquela determinada área para se estabelecer estratégias de saúde da família e atenção básica territorializada. 
Utiliza-se também informativos do SUS, dados demográficos e epidemiológicos (IBGE), entre fotos, vídeos de diversas da comunidade, treinamento de equipe e planejamento. O conjunto dessa coleta de dados é que define e delimita o território de abrangência das ações em saúde. 
É indispensável que o poder público se disponha a despender de mais recursos e investimentos para o fim de melhoras ainda mais significativas desse trabalho e que a sociedade também coopere e se dedique mais para a melhoria dos resultados desse trabalho. 
Enfim, a contratação de mais profissionais para essa triagem também seria de grande valia, visto que, profissionais menos sobrecarregados exercem melhor a sua função e trabalham com mais afinco e sensibilidade. 
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). Brasília: Ministério da Saúde; 2006.
Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO/Ministério da Saúde; 2002. 
Brasil. Ministério da Saúde. Perfil dos médicos e enfermeiros do PSF. Brasília: Ministério da Saúde; 2000.
BRASIL. MS/DAB. Diretrizes Operacionais dos pactos pela vida, em defesa do SUS e de gestão. Brasília, 2006.
FLEURY, S. M. & OUVERNEY, A. M. Gestão em redes: a estratégia de regionalização da política de saúde. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007, 204p.
SOUZA, M. A. Uso do Território e Saúde. Refletindo sobre “municípios saudáveis”. In: Ana Maria Girotti Sperandio. (Org.). O processo de construção da rede de municípios potencialmente saudáveis. 1ª ed. Campinas: IPES Editorial, v. 2, p. 57-77, 2004.
Brasil. Ministério da Saúde (MS). Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010. Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União 2010; 31 dez. 
GONDIM. G. M. de M. et al. O território da saúde: a organização do sistema de saúde e a territorialização. In: BARCELLOS, C. et al (org.). Território, ambiente e saúde. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2008, p. 237-255.
Brasil. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990: dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União 1990; 20 set.
Brasil. Lei nº 8.142 de 28 de dezembro de 1990: dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais. Diário Oficial da União 1990; 31 dez.
Gondim GMM, Monken M, Rojas LI, Barcellos C, Peiter P, Navarro M, Gracie R. O território da saúde: a organização do sistema de saúde e a territorialização. 
In: Miranda, AC, Barcellos C, Moreira JC, Monken M, organizadores. Território, ambiente e saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2008. p. 237-255.
Unglert CVS. Territorialização em sistema de saúde. In: Mendes EV, organizador. Distrito Sanitário: o processo social de mudanças das práticas sanitárias do Sistema Único de Saúde. Rio de Janeiro: Hucitec/Abasco; 1993. p. 221-235
Disponível em: https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/csc/v14s1/a02v14s1.pdf.Acesso em: 10 de abril de 2022.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csp/a/VkBG59Yh4g3t6n8ydjMRCQj/?format=pdf&lang=pt Acesso em: 10 de abril de 2022.
Martins, Ana Carolina tardin Paula, Ana Patrícia Cardoso, janaina Rodrigues Borges, Maria Inês Guedes Botelho, Maira Batista, cienc. Saúde colet. 24 (06) jun 2019.
ARTIGO, Ciênc. Saúde colet. 24 (6), Jun 2019 Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232018246.08492019. Acesso em: 10 de abril de 2022.
Fonte:http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/a-territorializacao-da-atencao-basica-a-saude-do-sistema-único-de-saude-do-brasil/17225?id=17225
Sistema de Saúde no Mundo
1.Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil De 1988. Diário Oficial da União 1988; 5 out.
2.Brasil. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Diário Oficial da União 1990; 20 set.
3.Brasil. Lei nº 8.142 de 28 de dezembro de 1990. Diário Oficial da União 1990; 31 dez.
4.Brasil. Ministério da Saúde (MS). Portaria nº 545, de 20 de maio de 1993. Diário Oficial da União 1993; 20 maio.
5.Brasil. Ministério da Saúde (MS). Portaria nº 2.203, de 6 de novembro de 1996.Diário Oficial da União 1996; 6 nov.
6.Brasil. Ministério da Saúde (MS). Portaria nº 95, de 26 de janeiro de 2001: aprova a NOAS-SUS 01/2001.Diário Oficial da União 2001; 26 jan.
7.Brasil. Ministério da Saúde (MS). Portaria nº 373, de 27 de fevereiro de 2002: dispõe sobre a NOAS-SUS 01/2002 – Norma Operacional de Assistência à Saúde. Diário Oficial da União 2002; 27 fev.
8.Brasil. Ministério da Saúde (MS). Portaria nº 399/GM, de 22 de fevereiro de 2006: Diário Oficial da União 2006; 23 fev
9.Faria, R.M. A territorialização da atenção básica à saúde do sistema único de saúde do Brasil.. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2019/Mai).[Citado em 14/04/2022]..cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/a-territorializacao-da-atencao-basica-a-saude-do-sistema-único-de-saude-do-brasil/17225?id=17225
10.https://brasilescola.uol.com.br/brasil/formacao-organizacao-territorio-brasileiro.htm
11.https://www.scielo.br/j/csc/a/jSZ7b65YpPSTwLfYWpRhg5z/?lang=pt
12.Valente, G. J,2002.Uma avaliação crítica sobre o índice composto na avaliação dos sistemas de saúde no mundo.Rev. Bras. Epidemiol.Vol. 5, supl. 1, 2002.https://www.scielosp.org/pdf/rbepid/v5s1/10.pdf
13.Godim, Grácia Maria de Miranda et al. O território da saúde: a organização do sistema de saúde e a territorialização. In: BARCELLOS, C, et al (org.). Território,ambiente e saúde. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2008. p. 237-255.

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