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---------Patologias orgânicas--------- Adrielly Alves Araújo Essas patologias podem ser congênitas, hereditárias, genéticas, ambientais, interações entre genética e ambiente; Ou então patologias adquiridas: ambientais, traumáticas, neoplásicas. -----------Ovários---------- São formados no período embrionário de FORMA INDIRETA, uma vez que o NÃO RECONHECIMENTO DO CROMOSSOMO Y leva, mais tardiamente À FORMAÇÃO DA GENITÁLIA FEMININA. Assim, fatores que ALTERAM AS CONCENTRAÇÕES HORMONAIS podem gerar FALHAS NA DIFERENCIAÇÃO DOS OVÁRIOS como o que ocorre no FREEMARTIN, em que a presença de hormônios masculinos provenientes do gêmeo macho produz alterações na formação do reprodutor da gêmea fêmea e vice-versa. Patologias ovarianas podem afetar sua produção exócrina: produção de gametas, ou produção endócrina: secreção de hormônios. -------Hipoplasia ovariana------ Condição congênita e hereditária que gera SUBFERTILIDADE quando unilateral, mais comum, e INFERTILIDADE quando bilateral. Ela pode ser total, afetando todo o ovário, ou parcial, de um fragmento do ovário. A hipoplasia é um problema que pode ser passado para os descendentes, gerando SUBFERTILIDADE DOS ANIMAIS do rebanho, tanto para fêmeas quanto para os machos que também serão subférteis, uma vez que as células primordiais formadoras dos ovários são as mesmas a formarem os testículos. O mais comum é que se tenha hipoplasia unilateral do ovário esquerdo. ---------Fibrose ovariana-------- Ocorre naturalmente durante a vida reprodutiva com as OVULAÇÕES E CICATRIZAÇÃO DOS CORPOS LÚTEOS com o passar da vida, assim os animais mais velhos possuem mais fibrose. Também pode ser ocasionado por PUNÇÃO FOLICULAR GUIADA POR ULTRASSOM que, ao retirar os ovócitos, gera cicatrizes depois. -------Disgenesia ovariana------ Em equinos principalmente, que é a FALHA NA FORMAÇÃO DOS OVÁRIOS OU DESENVOLVIMENTO INSUFICIENTE. Ocorre geralmente pelo GENÓTIPO X0 em que a ausência de um dos X gera a formação dos ovários que, no entanto, são inativos, SEM FUNÇÃO ENDÓCRINA E EXÓCRINA. Sem a produção dos hormônios reprodutivos observa-se também a HIPOPLASIA DE TODO O TRATO GENITAL, INTERNO E EXTERNO. ------Neoplasias ovarianas----- Mais observadas em vacas leiteiras, cadelas, e éguas devido a sua longevidade. NEOPLASIAS DE CÉLULAS DA GRANULOSA tende a ser a mais comum, é unilateral, não invasivo e não metastático, porém é PRODUTOR DE HORMÔNIOS ESTRÓGENO OU TESTOSTERONA dependendo da alteração que ocorre na aromatase (citocromo P450). Em cadelas é mais comum a HIPERPLASIA ENDOMETRIAL CÍSTICA uma lesão não neoplásica, mas que é classificada como “tipo neoplásica” devido ao rápido crescimento e disseminação, essa hiperplasia AUMENTA A PRODUÇÃO DE SECREÇÃO ENDOMETRIAL levando a mucometra QUE PREDISPÕE A PIOMETRA. HAMARTOMA VASCULAR é uma alteração não neoplásica mas que pode ser considerada uma lesão tipo neoplásica. No período embrionário com o desenvolvimento da gônada ocorre a persistência de vasos sanguíneos do parênquima ovariano que crescem de forma desorganizada junto com os ovários o que pode gerar HEMORRAGIAS INTRAOVARIANAS, INFLAMAÇÃO, NECROSE E PERDA DA FUNÇÃO OVARIANA. Geralmente em animais de maior longevidade já que demora para se perder a função ovariana. -----------Hemorragias----------- São localizadas e podem ser: INTRAFOLICULARES que sempre acontecem após ovulação, já que com o rompimento do folículo são rompidos microvasos que o irrigavam também, mais severo em éguas, já que tem folículos bem grandes. ------------Ovidutos------------- Má formações dos ovidutos podem causar subfertilidade quando unilateral ou infertilidade quando bilaterais, a AGENESIA DE INFUNDÍBULO é a não formação do(s) infundíbulo(s), também pode ser chamada de APLASIA SEGMENTAR DO OVIDUTO, uma vez que parte do oviduto, os infundíbulos, não é formada, pode ser uni ou bilateral. A HIDROSSALPINGE é o acúmulo de líquido no interior dos ovidutos, pode ser uni ou bilateral e pode ter etiologia genética/congênita como obstruções do oviduto ou adquirida como a hidrossalpinge associada a cisto folicular em bovinos (cistos foliculares produtores de estradiol levam a hiperplasia endometrial cística com produção de grande quantidade de líquidos gerando hidrometra/mucometra e hidrossalpinge). Na hidrossalpinge, os ovidutos que são de difícil palpação e visualização no ultrassom quando em condições normais PASSAM A SER PERCEPTÍVEIS À PALPAÇÃO E OBSERVAÇÃO. Útero Assim como nos ovidutos o útero pode apresentar malformações congênitas como agenesia, aplasia segmentar do útero, aplasia do tipo unicórnio (um corno uterino), útero didelfo (útero dividido ao meio, incluindo 2 cérvix), útero com cervix dupla em que uma delas geralmente é de fundo cego e a outra desemboca no útero. Outras afecções podem ser adquiridas como a ruptura uterina que pode ocorrer em quadros de maceração fetal, aderências uterinas, prolapso uterino. Os prolapsos uterinos diferem em grau de severidade, os menos severos podem ser resolvidos com o reposicionamento do útero e fixação dele com a sutura de Buhner. *Mais patologias uterinas no resumo de Patologias do útero gestante e perdas embrionárias e fetais. Outras patologias orgânicas do reprodutor são: hipoplasia vaginal, agenesia vulvar, hímen persistente, cistos de Gardner (persistências dos ductos de Muller na vagina), cistos de Bartholin (das glândulas de Bartholin da vagina e vestíbulo).
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