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08 Patologia do ovario

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FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO II
Patologias dos ovários
As patologias podem ser de alguns tipos: de desenvolvimento, alterações circulatórias, alterações inflamatórias, regressivas e progressivas (tumores).
Patologias do desenvolvimento: 
Agenesia ou aplasia ovariana: é a ausência de 1 ou dos dois ovários. É muito rara em bovinos, mas pode ocorrer em outros ruminantes, porcas e cadelas. As vias genitais são infantis ou pouco desenvolvidas, pois não tem os hormônios da reprodução. É hereditário, pois além da importância dos hormônios no desenvolvimento do trato reprodutivo feminino, existem genes autossomos recessivos que estão intimamente ligados. 
Sinais: se for total (2 ovários) terá características sexuais secundarias masculinas, com deficiente desenvolvimento do trato genital tubular e da glândula mamaria. Se for parcial (1 ovário) pode levar à infertilidade ou subfertilidade sem as características sexuais masculinas, pois tem 1 ovário suprindo os hormônios (para manter as características femininas). 
Hipoplasia ovariana: é muito comum em vacas holandesas (emagrecem muito após o parto), mas pode ocorrer em outras espécies também. É a patologia mais estudada. Uma vaca em anestro estará com ovário hipoplásico (sem folículos e com atividade diminuída), assim como em vacas muito magras (se engordar a vaca, a tendência é que o ovário aumente de tamanho). 
Pode ser uni ou bilateral. Se for bilateral, o animal será estéril e a genitália e glândula mamaria também são hipoplásicas. Mas se for unilateral, terá uma subfertilidade. 
Pode ser total (casos genéticos que não tem solução, como no freemartinismo), parcial (pode ser revertida, como em casos de fêmeas muito magras). 
É hereditária de gene autossômico recessivo. Um estudo demonstrou que 87% é de hipoplasia unilateral esquerda, 4% direita e 9% bilateral. No Brasil, acredita-se a existência de 18,6% de cruzamento de bos indicus e bos taurus ocasione esta patologia. 
Sinais: diminuição do tamanho do ovário (pode ser relativo. Um ovário hipoplásico pode ser maior do que um ovário normal, dependendo da situação e da fêmea. Porém consegue diferenciar pela ausência de folículos) ausência de cios ou cios irregulares. 
 
Disgenesia ovariana: é muito raro em outras especies, mas comum em equinos (éguas XY, sendo um problema genetico. É a ausencia do cromossomo X, existe um cromossomo Y no lugar do XX que caracterizaria uma fêmea. É o mesmo que a Síndrome de Turner em humanos). São ovários inativos e desprovidos de celulas germinativas, ou seja, são inferteis. As genitalias interna e externa são normais ou pequenas. 
Ovário suprenumerário e acessório: a sindrome do ovário remanescente pode ocorrer por iatrogenia (na cirurgia deixa um fragmento de ovário que se torna funcional, sendo mais comum em cadelas e gatas – voltam ao cio) ou por ovário supranumerário (fica deslocado, geralmente distante do ovario principal) ou acessorio (mais facil de ver na cirurgia, pois fica proximo ou grudado no ovário principal). 
O supranumerário é conhecido como uma terceira gonada distinta. É comum em vacas e raras em outros animais. Pode ser funcional e normalmente é, pois é uma divisão da gonada (gera mais foliculos – fornece mais oocitos para FIV). 
No caso especifico de cadelas e gatas que foram castradas adequadamente e não restaram fragmentos de tecido ovariano, mas essas fêmeas continuam ciclando, deve-se buscar evidencias de teratoma (tumor que se diferencia em qualquer tipo de tecido, seja pelo, unha, dente e pode se diferenciar em tecido ovariano se tornando funcional levando essas fêmeas ao estro novamente, mesmo após castradas). 
O ideal é realizar ultrassom para diagnosticar supranumerario, acessorio ou fragmento de ovário. Administra GnRH para que a fêmea ovule, desenvolva um corpo lúteo que será mais facil de ser observado no ultrassom. Apenas o ovário é dificil de visualizar. 
Ovários afuncionais ou hipotrofia ovariana: ocorre em animais adultos. É caracterizada pela ausencia de crescimento folicular, por deficiencias nutricionais e doenças cronicas, sendo que está muito ligado à hipoplasia parcial tambem. É uma condição adquirida e reversível. Ocorre em vacas leiteiras no pós-parto que entram em balanço energetico negativo (perdem muito peso), e a amamentação favorece ainda mais o emagrecimento, pois a lactação exige muito da demanda energetica. 
Deve-se diferenciar da hipoplasia ovariana parcial. 
Hermafroditismo: é um problema de intersexo. Possui dois sexos distintos anatomica e funcionalmente, ou seja, possui a genitalia masculina e feminina. O que muda é o grau de desenvolvimento de cada uma. 
Hermafrodita verdadeiro: possui as 2 genitalias e as 2 gonadas (ou 1 ovario e 1 testiculo ou o ovotestis – metade ovario e metade testiculo). É comum em suinos, caprinos (por gene recessivo autossomico), cães, porém é rara em equinos e bovinos. As vias genitais externas são masculinas e femininas. E o clitoris é hipertrofiado (pode crescer tanto que se assemelha a um pênis). 
Pseudo-hermafrodita: deve diferenciar do verdadeiro. Pode ser feminino (terá o ovário e as duas genitalias – masculino e feminino) ou masculino (terá o testiculo e as duas genitalias – masculino e feminino). O verdadeiro possui as 2 gonadas e as 2 genitalias. 
 
Clitóris hipertrofiado. 
Geralmente são XX e possuem o gene SRY no cromossomo X paterno. Na divisão do espermatozoide, ocorre uma translocação do cromossomo Y para o X paterno. No momento que fertiliza, o X paterno dará o SRY gerando XX. 
Terá masculinização da gonada embrionaria. Ocorre inativação do SRY tardiamente, então pode ocorrer um XY intersexo. A fêmea é agressiva, tem odor na carcaça e gera propagação do gene. Em equinos, o mais comum é ter pseudo-hermafrodita macho (com pênis curto, direcionamento caudal e testiculo abdominal. Porém não é facil de identificar apenas olhando o animal). Em cães, é comum ter pseudo-hermafrodita macho, mas pode aparentar ser fêmea quando jovem e depois começa atrair machos. Em bovinos é raro. Em coelhos, o hermafrodita verdadeiro pode se autofertilizar internamente. 
Freemartinismo: é uma forma de intersexualidade, resultante de uma gestação gemelar de ambos os sexos. 
Para gerar um animal freemartin: pela anastomose dos vasos corioalantoidianos tem um intercambio de celulas e substancias. A consequencia disso será a passagem de celulas XX e XY formando quimeras XX/XY ou a passagem de hormonios (AMH e TDF – hormonio antimulleriano e testosterno, alem do fator de diferenciação testicular). Terá tambem modificações na organogenese do sistema genital da fêmea (os cornos uterinos são muito finos, ovarios são muito pequenos, assim como o útero. Ao se desenvolver, assume caracteristicas de touro e pode ser usada como rufião na propriedade). 
É muito comum em bovinos. Não é comum em outras especies, pois as anastomoses se formam depois da diferenciação. 
 Quimera: gato com 2 células diferentes no corpo. XX/XY.
Trato reprodutivo feminino fica menor. 
 
A anastomose dos vasos coriônicos ocorre com 39 dias de gestação. O testículo completa seu desenvolvimento aos 60 dias de gestação. O ovário completa seu desenvolvimento aos 90 dias de gestação. Portanto, os testículos ficam prontos antes dos ovários e começam a produzir os hormônios que vão definir a genitália externa, sistema tubular interno etc. 
Em outras espécies, a formação da fusão dos vasos alantocorion é tardia em relação à formação das gônadas. 
Características do aparelho reprodutor: hipoplasia ovariana e tubarica, atrésia vulvo-vaginal, hipertrofia do hímen/clitóris, órgãos masculinos rudimentares. 
Ocorre masculinização das gonadas femininas por ação do TDF, originario do feto macho. O AMH inibe o desenvolvimento do ducto de muller (feminino). 
Fatores basicos para o freemartinismo: liberação de 2 oocitos e fecundação por um espermatozoide X e outro Y, ou seja, precisa ter gestação gemelar de sexos diferentes. Em sexos iguais ocorre a mesma passagem de substancias e hormonios mas não vai influenciar no crescimento e desenvolvimento dooutro já que são do mesmo sexo; implantação de heterosexos no utero; anastomose de vasos corionicos; e modificação da organogenese feminina. 
90% das fêmeas podem ser freemartin e 10% não. Só não será freemartin se não ocorre a anastomose, porém nasce esteril. A maioria das propriedades descartam esses animais, porém o ideal é esperar até que o animal se desenvolva para que avalie se pode reproduzir ou não. 
Alterações circulatórias: é muito comum de acontecer. 
Hemorragia intrafolicular: pode acontecer em bezerras (pois tem crescimento folicular, porém ainda não ovulam), em cistos foliculares de cadelas e foliculos atrésicos. Vacas podem evoluir de cisto folicular para cisto hemorragico. Em éguas, os foliculos anovulatórios podem evoluir para cisto hemorragico (hemorragia intrafolicular). 
No ultrassom, observa-se um cisto com liquido dentro (com densidade - sangue), sendo portanto hipoecoico. Se assemelha a olhar sangue dentro de grandes vasos. 
A causa é desconhecida, mas acredita-se ser por persistencia do foliculo. 
Hemorragia pós-ovulação: é normal. Quando a fêmea ovula, ocorre rompimento de vasos do foliculo levando à uma hemorragia formando o corpo hemorragico. Depois há o crescimento de novos vasos e arterias e o rearranjamento do tecido formando o corpo luteo. 
Hemorragia por enucleação do corpo lúteo: é a patologia mais importante, pois gera hemorragia intensa e pode levar o animal à morte por hipovolemia. Com a enucleação do corpo luteo, pode permanecer na cavidade abdominal ou pelvica do animal. 
Alterações inflamatórias: são varias. 
Ovarite/ooforite: normalmente é rara. É a inflamação do ovario. Pode ocorrer por OPU (ovum pick up – coleta de oocitos. Por falta de higiene e pode levar contaminação para o ovario). São nodulos avermelhados ou amarelados granulomatosos, relacionados à alguns tipos de doença, como brucelose, tuberculose e diarreia bovina. O herpes virus bovino tipo 1 pode levar à ooforite necrotica. Mas o mais comum é acontecer por biotecnicas de reprodução, como OPU e TE. Antigamente fazia extirpação do corpo luteo (quando não existia os hormonios para aplicar) e isso gerava uma inflamação do ovario. A tecnica de OPU pode gerar tambem abcessos localizados ao lado do ovario, além da inflamação no tecido ovariano. 
Cistos ovarianos: são as alterações inflamatorias mais importantes. São formações circunscritas, de tamanho variavel, repletas de liquido seroso com localização intra, peri (ao lado do ovario, mas bem ligado) ou para-ovariana (ao lado do ovario, porém mais distante dele). 
 
*Resquícios de tubulos mesonéfricos (wolff) podem encistar. 
Os cistos do foliculo atresico, do corpo luteo, luteinizado (luteinico) e folicular são os mais comuns. 
Não deve confundir a luteinização natural do foliculo da cadela com o cisto luteinico, pois são bem parecidos. A diferença é que o cisto luteinizado estará no diestro (pois, não ovulou) e a luteinização da cadela estará no proestro e estro. O cisto luteinizado é o patologico e normalmente pode ser uma evolução do cisto folicular (encista e dependendo da quantidade de LH liberada, o cisto folicular começa a luteinizar formando o cisto luteinizado). 
Cisto paraovarico: é adjacente ao ovario. Oriundo de resquicios embrionarios de tubulos mesonefricos. Pode ter até 1 cm, mas em éguas até 7cm (muito visivel no ultrassom – estrutura anecoica). Podem continuar crescendo ao longo da vida do animal. 
 
Cistos da rete ovarii: a rete ovarii fica localizada na regiao medular do ovario, onde estão vasos e arterias e ponto de fixação do tecido ovariano, sendo portanto tubulos anastomosados intra e extraovarianos. São frequentes em cadelas e gatas (é mais frequente nestas especies do que nas outras, porém não quer dizer que todas as cadelas e gatas terão este cisto). Os cistos nesta região são acumulo de secreção na rede ovariana e dilatação cistica da mesma. Não interfere na atividade ovariana. 
 
Cisto de foliculo atrésico: oriundos de foliculos que não se desenvolvem completamente ou que não ovulam. Tem o oocito degenerado, celulas da granulosa em degeneração e pode ter luteinização das celulas da teca. Não é tão facil de identificar. 
Cisto luteinico: é mais comum em vacas de alta produção. Existe uma repetibilidade (em cistos foliculares tem mais), ou seja, animais que encistam vão continuar encistando ao longo da vida. Pode ser uma evolução do cisto folicular. Em cadelas, deve-se diferenciar da luteinização de borda de foliculo (depende da fase do ciclo estral). É uma cavidade arredondada, revestida por tecido conjuntivo fibroso e celulas da teca luteinizadas. É muito comum em vacas e porcas. É decorrente de uma falha na ovulação ou deficiencia de LH. O animal estará em anestro. 
Caracteristica de cistos luteinicos: borda luteinizada com trabeculas no interior do cisto. 
 Borda amarelada na parede do cisto: células luteinicas. 
Cisto do corpo lúteo: é uma cavidade cistica na porção central do CL por falha na irrigação central. Tem tamanho variavel e pode aumentar a concentração de P4. O CL é formado de fora pra dentro e algumas vezes a angiogenese não é suficiente para ter irrigação no centro do corpo luteo. Este cisto não afeta a gestação. A ausencia de trabeculas (caracteristicas de cisto luteinico) indicam ser um corpo lúteo cistico. 
 
Fêmeas com 2 a 3 dias após o cio com corpo lúteo cistico pode ser que se feche ainda em seu interior. Mas fêmeas com 10 dias ou mais após o cio, não se fecha mais e se forma o corpo luteo cistico. 
Não existe influencia de idade, pode ocorrer naturalmente. Foliculos grandes demais tendem a formar corpos luteos maiores e podem correr o risco de formar os cistos. 
Fêmeas que receberam eCG tem foliculos maiores e consequentemente CL maiores tambem. O uso de eCG já predispõe ao desenvolvimento de cistos e dupla ovulação (gestação gemelares em vacas de corte, pois os foliculos que são ovulados precisam estar com 7mm, enquanto que em vacas de leite os foliculos precisam ter 11mm. Portanto, atingindo 7mm já começa a ovular e as chances de 2 foliculos atingirem 7mm ao mesmo tempo é grande, enquanto que para 2 foliculos atingirem 11mm é dificil, por isso não é comum ter dupla ovulação em vacas de leite). 
Cisto folicular: é o mais comum, principalmente em clinica de pequenos animais. Ex: cadela que após o cio, uns dias, volta aparecer com vulva edemaciada e com outras caracteristicas de cio. É a persistencia do foliculo por disturbios funcionais, sendo a alteração mais comum entre os cistos. Ocorre em todas as especies (mais frequente em gado leiteiro, pois são animais muito especializados com metabolismo muito acelerado, tendo disturbios metabolicos com maior frequencia. Ocorre com maior frequencia de 5 a 50% de prevalencia entre os dias 15 e 45 de pós-parto, pois é quando o metabolismo está mais acelerado). 
Em cadelas e gatas está mais relacionada à idade (idosas tem mais). As vacas que encistam apresentam ninfomania, pois ficam no cio constantemente. É comum em vacas que tiveram problemas no pós-parto ou no parto. Tem alta repetibilidade e herdabilidade (passa para a proxima cria). 
A principal causa é endocrina, relacionada às deficiencias multiglandulares na secreção dos hormonios do eixo hipotalamico-hipofisário-gonadal. Um problema genetico que gerou falha nos receptores de LH e FSH pode gerar encistamento. 
Se subir E2, mas não ter LH suficiente terá encistamento. 
O excesso de FSH pode ocorrer em protocolos de superovulação. 
Falta de LH para induzir a ovulação: algumas vezes a reserva de LH não é suficiente para gerar o pico de LH tendo ovulação, entao gera encistamento. Animais muito magros podem ter deficiencia de LH, como as vacas de corte. 
Deficiencia na sintese ou liberação de GnRH: não liberará LH como deveria. 
Cadela de 13 anos com cisto folicular cronico (vulva sempre edemaciada, aparentemente sempre no cio). O E2 alto persistente gerava lesoes de pele e outras alterações. Após castração, observou-se a hiperplasia endometrial cistica (o E2 estimula o aparecimento de glandulas endometriaise pode induzir a secreção tambem). Primeiro ocorreu o aparecimento do cisto e depois evoluiu para a HEC. 
Não é facil de ver o cisto no ultrassom em cadelas. Em fêmeas gordas, a bursa ovárica fica repleta de gordura e não permite sua visualização. Quando visto, não tem trabeculas e bordas luteinizadas. 
Em éguas, só consegue identificar o cisto folicular após o cio, pois durante o cio os foliculos confudem muito. É comum ter foliculos tao grandes que podem atingir 50mm e alguns ovulam com até 80mm. 
Em quadros persistentes podem gerar hidrometra e mucometra. O diametro folicular em vacas quando atinge 25mm (2,5cm) já é considerado cisto folicular. Taurinos ovulam entre 18 e 20mm e indianos ovulam por volta de 14 a 15mm. 
Tratamento: GnRH (normalmente 1 a 2mL, 48h depois faz citologia vaginal e repete a dose. Pode fazer ultrassom para ver se o cisto está involuindo). Em vacas faz GnRH ou eCG/hCG e 7 dias após faz uma dose de prostaglandina (com o GnRH, o cisto vai ovular e formar um corpo lúteo. Com a prostaglandina o CL morrerá e a vaca entrará no cio mais rapidamente. E a prostagladina pode ainda tratar possiveis cistos luteinicos que possam existir. O eCG em alta dose em vaca no final do crescimento folicular pode induzir a ovulação, mas quase não está sendo usado. Tem 80% de eficiencia. 
O dispositivo de P4 por 7 dias, GnRH no momento da colocação e prostaglandina na retirada. É o protocolo feito. 
Em éguas, deve-se diferenciar de ovario polifolicular. 
Neoplasias: são classificadas pela morfologia, achados clinicos, capacidade ou potencialidade maligna e na histogenese. O exame citologico é sugestivo, mas o que define é o exame histopatologico. É frequente na vaca, cadela e égua. Na cadela, os tumores são hormonalmente ativos, produzem esteroides e provocam disturbios endocrinos. 
Tumores epiteliais: adenoma ou adenocarcinoma papilífero, cisticos ou não. É frequente em cadelas velhas. São formações solidas, roseas, de consistencia firme com formações cisticas. 
Tumor das celulas da granulosa: é o mais comum em vacas. Produzem hormonios (E2 e testosterona). É unilateral e não maligno. O animal fica em anestro, desenvolve hiperestrogenismo e masculinização (aumento de testosterona). Pode ter hipotrofia do ovario contra-lateral, torção do ovario (pelo tamanho aumentado pode girar). Cadelas podem desenvolver hiperplasia endometrial cistica por conta do E2 aumentado, além de piometrite. 
Teratoma: tem origem germinativa, composição tecidual multipla, estranha ao ovario. Em cadelas, vacas e gatas.

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