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FILME: O Homem Elefante O filme conta a história real de John Merrick, um homem acometido de uma doença incurável na qual toda sua aparência era modificada, tornando-se, por conta disso, atração principal do circo de horrores, até ser encontrado por um médico que passa a cuidá-lo, mas ainda sendo alvo da curiosidade e rejeição por parte de outras pessoas. Durante o longa, uma das sensações mais comuns é a de desconforto, não só pela aparência de Jonh, que foi muito bem representada na maquiagem do filme, mas principalmente pela forma como aquela sociedade o tratava. É mostrado somente uma parte da vida do homem, mas o suficiente para ter ciência de como sua vida foi sofrida. Apesar do desconforto, o filme é passível de muitas reflexões. Logo no início, nas primeiras cenas, o personagem principal é visto apenas como um homem muito feio que certamente sofreria os mesmos julgamentos caso a história se passasse nos dias atuais, porém, no desenrolar da história, a partir da relação com o médico, ele vai se revelando outra pessoa, demonstra uma sensibilidade e inteligência fora do comum e começa a expor isso ao se expressar verbalmente mesmo dentro das suas limitações. Apesar da aparência “monstruosa”, Merrick era um homem extremamente dócil, inteligente e sensível, como foi relatado várias vezes no filme, mostrando que o preconceito e a insensibilidade humana destruíram toda a vida de um homem fantástico. O jovem chora em pequenas demonstrações de afeto e cuidado, mostrando que John não tinha muitas ambições, ele só queria ser amado. A beleza e a feiura são tratadas de maneiras muito interessantes no filme. O diretor mostra que, escondida em toda aquela capa incomum, assustadora e horrenda da doença de John, havia uma criatura de uma beleza singular que nunca teve a devida chance de ser revelada. Por fim, em uma das cenas mais tristes do filme, quando John foge da perseguição de um grupo de pessoas no metro, ele grita, assustado e com medo: “eu não sou um animal, eu sou um ser humano”. John só queria ser amado, ou ao menos tolerado, mas o preconceito o privou disso, nos fazendo refletir sobre nosso conceito de “belo” e de “feio”, como isso afeta nossa sociedade e como nos afeta como indivíduos.
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