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TEORIA E PRÁTICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

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TEORIA E PRÁTICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ALFA UNIPAC
PEDAGOGIA
Prof. Geise Cardoso de Matos
introdução
A Constituição Federal de 1988 trata em seus artigos 205, 206, 208, 212, 214 sobre a educação em nosso país, de forma ampla.
introdução
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394, de 1996, é a legislação que regulamenta o sistema educacional brasileiro, público ou privado, da educação básica até o ensino superior.
introdução
Falaremos sobre a Educação de Jovens e Adultos (EJA) que é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis da Educação Básica do país, reconhecendo o aluno EJA como protagonista da sua aprendizagem e identificar o papel do professor neste processo de ensino e aprendizagem. 
Edução de jovens e adultos
na ldb nº 9.394, de 1996
Os níveis, etapas e modalidades da educação brasileira são:
Educação de jovens e adultos
LDB Art. 37. - A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida.
Educação de jovens e adultos
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
Educação de jovens e adultos
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.
§ 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento. 
Educação de jovens e adultos
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular.
Educação de jovens e adultos
§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:
I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos;
II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos.
Educação de jovens e adultos
§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.
Educação de jovens e adultos
Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta de educação de jovens e adultos e de ensino noturno regular, adequado às condições do educando.
Educação de jovens e adultos
LINHA DO TEMPO
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL 
https://www.youtube.com/watch?v=0MJxIq0erHY
Educação de jovens e adultos
Todas essas campanhas e mobilizações ocorreram por períodos determinados, conforme demonstrado na linha do tempo que assistimos, e reflete momentos de grande otimismo, seguidos, posteriormente, de queda nos índices qualitativos e quantitativos. 
Educação de jovens e adultos
Muitas destas campanhas foram sendo revitalizadas, substituídas ou incorporadas por outras que se iniciavam no território nacional, refletindo sempre seu caráter integrador e mantendo sua perspectiva modernizadora. Destaques importantes dos marcos históricos presentes nesta linha do tempo:
Educação de jovens e adultos
1934 - Com as mudanças políticas e econômicas e o processo de industrialização no Brasil, a EJA começa a marcar seu espaço na história da educação brasileira. Com a ideia da criação de um Plano Nacional de Educação, instituído na Constituição de 1934, em que se estabeleceu como dever do Estado o ensino primário integral, gratuito, de frequência obrigatória e extensiva para adultos como direito constitucional, a oferta de ensino básico e gratuito estendeu-se a, praticamente, todos os setores sociais.
Educação de jovens e adultos
1945 - Com criação da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), em 1945, foi solicitado por essa organização, aos países integrantes (e entre eles, o Brasil) de se educar os adultos analfabetos. O governo federal lançou, então, a 1ª Campanha de Educação de Adultos, na qual propôs a alfabetização dos adultos do país em três meses, o oferecimento de um curso primário em duas etapas de sete meses, a capacitação profissional e o desenvolvimento comunitário. O adulto analfabeto, nessa época, era identificado como elemento incapaz e marginal, psicológica e socialmente, submetido à minoridade econômica, política e jurídica, não podendo, assim, votar ou ser votado (CUNHA, 1999).
Educação de jovens e adultos
1964 - Diversas campanhas e mobilizações ocorreram por períodos determinados, refletindo momentos de grande otimismo, seguidos, posteriormente, de queda nos índices qualitativos e quantitativos. Muitas destas campanhas foram sendo revitalizadas, substituídas ou incorporadas por outras que se iniciavam no território nacional, refletindo sempre seu caráter integrador e mantendo sua perspectiva modernizadora, com exceção da Comissão de Cultura Popular, iniciada em junho de 1963 e extinta em abril de 1964, logo após o golpe militar.
Educação de jovens e adultos
O Plano Nacional de Alfabetização foi interrompido em 1964, com a ditadura militar, e substituído pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL (1967): funcionando com uma estrutura paralela e autônoma em relação ao Ministério da Educação, reedita uma campanha em âmbito nacional conclamando a população a fazer a sua parte: você também é responsável, então me ensine a escrever, eu tenho a minha mão domável, eu sinto a sede do saber. O Mobral surgiu com força e muitos recursos. Recruta alfabetizadores sem muitas exigências: repete-se, assim, a despreocupação com o fazer e o saber docentes – qualquer um que saiba ler e escrever pode também ensinar. Qualquer um, de qualquer forma e ganhando qualquer coisa.
Educação de jovens e adultos
1971 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN 5692/1971 - passa a regulamentar o Ensino Supletivo, como proposta de reposição de escolaridade. O suprimento como aperfeiçoamento, a aprendizagem e a qualificação sinalizando para a profissionalização, foram contemplados com um capítulo específico na legislação oficial.
Educação de jovens e adultos
1988 - Constituição Federal 1988 – Artigo 205 que trata sobre a educação - a partir daí se estabeleceu que a Educação Básica fosse oferecida também através da EJA. 
1991 – Instituto Paulo Freire – Educar para transformar.
Educação de jovens e adultos
1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN 9394/1996 - foi determinado o prazo de um ano, a partir da publicação da lei, para enviar ao Congresso Nacional o PNE com as diretrizes e metas para os dez anos seguintes. Nas diretrizes, o PNE aderiu à ideia de educação continuada ao longo da vida, tratando-a como direito público subjetivo, competindo ao poder público fornecer os recursos para essa educação.
Educação de jovens e adultos
Assim, as metas propostas para a educação de jovens e adultos no PNE previram erradicar o analfabetismo adulto em dez anos, assegurar, em 5 anos, a oferta de educação de jovens e adultos equivalente a 1ª à 4ª série do ensino fundamental para 50% da população de 15 anos ou mais que não tenham atingido este nível de escolaridade, assegurar a oferta de EJA de 5ª a 8ª série do ensino fundamental para 100% população de 15 anos ou mais que não concluiu a 4ª série em 10 anos, dobrar a capacidade de atendimento da EJA do ensino médio em dez anos, implantar nas unidades prisionais e nos estabelecimentos que atendem jovens e adolescentes infratores programas de EJA de ensinos fundamental e médio, assim como profissionalizante, dentre outras, das 26 metas propostas no PNE.
Educação de jovens e adultos
2005 – PROJOVEM - Programa Nacional de Inclusão de Jovens, voltado ao segmento juvenil de 18 a 24 anos, com escolaridade superior a 4ª série (atualmente o 5º ano), mas que não tenham concluídoo ensino fundamental e que não tenham vínculo empregatício formal. Este tem como enfoque central a qualificação para o trabalho, unindo a implementação de ações comunitárias.
Educação de jovens e adultos
2008 - EJA passou então a fazer parte das Leis das Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e ficou reconhecida como de Direito Público. E o parecer CNE CEB 11/2000, inclusive trata de esclarecer que a Educação de Jovens e Adultos, não é uma forma de suprir a educação perdida e sim uma nova educação.
Educação de jovens e adultos
Com as mudanças políticas e econômicas no Brasil, a EJA começa então a marcar seu espaço na história da educação brasileira. A EJA, passa a ser valorizada, deixando de ser apenas assistencialista, para que os alunos entendessem que a escola era um lugar de preparo social.
Educação de jovens e adultos 
nos dias atuais
EJA Ensino Fundamental: destinada a jovens a partir de 15 anos que não completaram a etapa entre o 1º e o 9° ano. Nessa etapa, os alunos imagem em novas formas de aprender e pensar. Tem duração média de 2 anos para a conclusão.
Educação de jovens e adultos 
nos dias atuais
EJA Ensino Médio: destinada a alunos maiores de 18 anos que não completaram o Ensino Médio, que completa a Educação Básica no Brasil. Ao concluir essa etapa, o aluno está preparado para realizar provas de vestibular e Enem, para ingressar em universidades. O tempo médio de conclusão é de 18 meses.
Educação de jovens e adultos 
nos dias atuais
A EJA, como modalidade de ensino da educação básica, deve ter um currículo organizado a partir das orientações da BNCC. No entanto, é fundamental que as escolas que atendam a EJA façam os devidos ajustes para o atendimento de jovens e adultos que, pela própria trajetória de vida, já têm competências e habilidades desenvolvidas.
Educação de jovens e adultos 
nos dias atuais
Por isso, é importante que os professores tenham clareza da história de vida de seus alunos e de suas experiências, principalmente com a escrita e a leitura. Assim, eles poderão reorientar o currículo a serviço da aprendizagem.
Educação de jovens e adultos 
nos dias atuais
Não basta apenas saber ler e escrever, é preciso também saber fazer uso do ler e do escrever e saber responder às exigências de leitura e de escrita que a sociedade faz continuamente.
Educação de jovens e adultos 
nos dias atuais
Independentemente se os estudantes da EJA estejam no ensino fundamental ou no ensino médio, o currículo deve garantir os direitos e objetivos de aprendizagem, com destaque para as competências de língua portuguesa, matemática e inclusão digital. Este último porque preveem o ensino a distância para os estudantes da EJA a partir dos anos finais do ensino fundamental, então é muito importante organizar um currículo que dialogue com as tecnologias.
Educação de jovens e adultos 
nos dias atuais
A EJA NOS DIAS ATUAIS TEM TRÊS FUNÇÕES SOCIAIS: 
REPARADORA – Direito de igualdade para todos.
EQUALIZADORA – Oferecer novas oportunidades, novas chances de qualificação profissional.
QUALIFICADORA – Qualificação, desenvolvimento potencial dos alunos.
Educação de jovens e adultos 
perfil do aluno
Em sua diversidade cultural, os educandos jovens e adultos possuem muitos pontos em comum, principalmente no que tange à falta de oportunidade e ao abandono, desde cedo, da escola para trabalhar em um subemprego. Essas características podem dar a nós, educadores, estratégias para que possamos auxiliá-los em sua alfabetização.
Educação de jovens e adultos 
perfil do aluno
É importante que no campo da educação falemos de “educação na diversidade”, “para a diversidade” e “pela diversidade”, pois elas dizem respeito ao aprendizado da convivência social, cidadã e democrática, além de possuírem um papel estratégico na promoção da igualdade de oportunidades, na inclusão e na integração social. A “educação na diversidade” trabalha na perspectiva de incluir o “outro” (visa o seu pertencimento a todos os espaços sociais).
Educação de jovens e adultos 
perfil do aluno
A “educação para a diversidade” volta-se para a abertura em relação ao “novo”, o reconhecimento da legitimidade da “diferença” (e a reflexão acerca de sua produção). A “educação pela diversidade” vale-se das potencialidades oferecidas pela diversidade. O convívio entre pessoas diferentes efetivamente incluídas e reconhecidas enquanto tais, representa grandes oportunidades de aprendizado: a diversidade, sobretudo neste caso, constitui um importante recurso pedagógico.
Educação de jovens e adultos 
perfil do aluno
Para a alfabetização, principalmente de adultos, é necessário que ocorram ações voltadas para eles, partindo dos conhecimentos culturais, sociais e sociopsicológicos (condições existenciais, formas de vida, de trabalho, as representações que constroem sobre a sociedade e a escola e suas expectativas em relação ao processo de escolarização e às consequências dos resultados de aprendizagem) que estes alfabetizandos possuem.
Educação de jovens e adultos 
perfil do aluno
Os educandos, de maneira geral, são adultos que passam duas ou três vezes pela escola, voltando quando têm alguma necessidade, como a de subir de cargo em uma empresa, ou mesmo procurar trabalho (na maioria das vezes), visto que, a cada dia, a exigência para as contratações aumentam e, na maioria dos casos, o ensino médio é exigido como escolaridade mínima. Eles se diferenciam das crianças por terem ultrapassado a idade de escolarização formal e por estarem inseridos no sistema de produção (ou, temporariamente, fora dele).
Educação de jovens e adultos 
perfil do aluno
A escola deve compreender o sujeito não apenas como aluno, mas como portador de uma experiência própria. Por vezes, muito dos problemas relacionado ao pouco interesse do aluno EJA nas demandas escolares, tem origem na precariedade de comunicação entre professores e alunos e na dificuldade que a escola tem em reconhecer os espaços em que os alunos EJA se encontram inseridos. O conhecimento significativo produzirá um cidadão eficiente.
Educação de jovens e adultos 
perfil do aluno
A escola deve compreender o sujeito não apenas como aluno, mas como portador de uma experiência própria. Por vezes, muito dos problemas relacionado ao pouco interesse do aluno EJA nas demandas escolares, tem origem na precariedade de comunicação entre professores e alunos e na dificuldade que a escola tem em reconhecer os espaços em que os alunos EJA se encontram inseridos. O conhecimento significativo produzirá um cidadão eficiente.
Educação de jovens e adultos
Educação de Jovens e Adultos (EJA) é instrumento de transformação social
https://www.youtube.com/watch?v=soOZnUPU4Bk
Educação de jovens e adultos 
perfil do PROFESSOR
Os professores que atuam na EJA precisam conhecer as técnicas e tecnologias da sua profissão, como a didática, e os conteúdos que vão ensinar. Além disso, precisam organizar tudo isso para que seus alunos encontrem o que estão buscando: dignidade, aperfeiçoamento profissional, acolhimento, inclusão, ressignificação de sua visão de mundo e empoderamento oferecido pelo conhecimento para quem o detém na sociedade contemporânea.
Educação de jovens e adultos 
perfil do PROFESSOR
A tarefa primordial do professor é conhecer seus alunos, suas histórias de vida, seus saberes e anseios e sua leitura de mundo. 
“A leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra, e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele” já dizia Paulo Freire.
Educação de jovens e adultos 
perfil do PROFESSOR
Ou seja, antes de aprender a ler e a escrever, ou mesmo de a criança ser alfabetizada, deve, primeiramente, ler o mundo que está a sua volta, entender seu contexto e fazendo uma ponte entre a linguagem e a realidade.
Educação de jovens e adultos 
perfil do PROFESSOR
Antecedentes históricos demonstram que a Educação de Jovens e Adultos no Brasil nunca teve o tratamento e a preocupação das políticas públicas educacionais de modo a atender as necessidades de alunose a formação de professores. Em especial no que diz respeito à formação de professores, as preocupações sempre foram maiores em relação à educação regular.
Educação de jovens e adultos 
perfil do PROFESSOR
A educação de jovens e adultos requer do educador conhecimentos específicos no que diz respeito ao conteúdo, metodologia, avaliação, atendimento, entre outros, para trabalhar com essa clientela heterogênea e tão diversificada culturalmente.
Educação de jovens e adultos 
perfil do PROFESSOR
As práticas pedagógicas precisam promover uma ruptura ao paradigma dominante de mera transmissão de informações, pois, mesmo não sendo uma prática neutra, a educação não precisa reproduzir a ideologia dominante, que se articula a um saber mecânico.
Educação de jovens e adultos 
perfil do PROFESSOR
A chave está no conhecimento que o professor tem de seus alunos. Esse conhecimento vem de uma boa avaliação diagnóstica que deve guiar as primeiras aulas, de uma roda de conversa ou de atividades que aproximem o cotidiano do saber formal. Assim, o professor vai conhecer o que sabem seus alunos, quais foram suas experiências e quais são suas expectativas.
Educação de jovens e adultos 
perfil do PROFESSOR
Os estudantes da EJA precisam ter a oportunidade de mostrar seus saberes e de se reconhecerem como sujeitos históricos, com uma trajetória social que lhes conferiu esses saberes. Cabe ao professor criar boas situações de aprendizagem para que os alunos possam exercer seu protagonismo.
Educação de jovens e adultos 
perfil do PROFESSOR
Historicamente falando, visando a alfabetização de 5 milhões de brasileiros até 1965, através do Método Paulo Freire – uma proposta que, criticando o sistema tradicional, orientava uma prática educativa baseada no diálogo e valorizava a cultura já existente do aluno – o qual conseguia alfabetizar em 40 horas, foi então lançado em janeiro de 1964, pelo Presidente João Goulart, o Plano Nacional de Alfabetização.
Educação de jovens e adultos 
perfil do PROFESSOR
A partir da década de 60, a atenção às especificidades didáticas e as demandas de docentes para atuar na EJA ganharam visibilidade no cenário nacional brasileiro com a proposta de educação para adultos, desenvolvida por Paulo Freire, a partir de um modelo pedagógico diferenciado, que procurava superar a fragmentação curricular.
Educação de jovens e adultos 
perfil do PROFESSOR
A proposta de Freire busca conhecer a realidade do social e cultural em que estão inseridos os educandos, jovens e adultos, a serem alfabetizados. Vamos falar mais sobre o Método e sobre Paulo Freira mais à frente.
Educação de jovens e adultos 
perfil do PROFESSOR
Hoje o Brasil conta com uma diretriz curricular e duas propostas curriculares, de caráter nacional e oficial, apresentadas como “subsídio para a formulação de currículos e planos de ensino, que devem ser desenvolvidos pelos educadores de acordo com as necessidades e objetivos específicos de seus programas”.
Educação de jovens e adultos 
perfil do PROFESSOR
As Diretrizes Curriculares para a EJA demonstram, também, preocupação com a formação de professores para atuar nessa modalidade de ensino. Pode-se perceber que a avaliação (regras de certificação de competências) e formação de professores, juntamente com a organização e seleção de conteúdos formam o tripé das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos.
Educação de jovens e adultos 
perfil do PROFESSOR
Vale citar uma pesquisa desenvolvida por Gatti (2009), com o objetivo de analisar a estrutura curricular e as ementas de 165 cursos presenciais de instituições de ensino superior, nas áreas de Pedagogia, Língua Portuguesa, Matemática e Ciências Biológicas, a qual comprovou que, dentre os 71 cursos de Pedagogia analisados, apenas 1,6% das disciplinas obrigatórias tratavam de conhecimentos relativos à EJA.
Educação de jovens e adultos 
perfil do PROFESSOR
O estudo comprovou, ainda, a existência de poucos cursos superiores que habilitam educadores para atuar na andragogia*, uma vez que, dos 1306 cursos de Pedagogia existentes no Brasil, apenas dezesseis oferecem habilitação em Educação de Jovens e Adultos. Esses dados demonstram que os professores da EJA continuam a enfrentar inúmeros desafios para manter-se atualizados e desenvolver práticas pedagógicas eficientes, o que demanda um repensar sobre a formação técnica e política de professores para atuar na educação de jovens e adultos.
ANDRAGOGIA
ANDRAGOGIA: processo educacional de adultos que se distingue das finalidades e objetivos de uma educação de crianças e adolescentes;
A Andragogia nasceu em contraposição à Pedagogia, entendida esta última como voltada exclusivamente para a educação infanto-juvenil.
ANDRAGOGIA
Os princípios da pedagogia que deram surgimento às críticas e busca de superação por parte dos propositores da andragogia seriam: ensino muito diretivo, centrado na figura do professor, baseado em conhecimentos direcionados por este, desprezando a experiência e vivência do aluno. Em linhas gerais, “andragogia” significa a compreensão da ciência e da prática de aprendizagens voltadas para adultos.
ANDRAGOGIA
O termo “andragogia” foi utilizado, pela primeira vez, em 1833 por um professor alemão chamado Alexander Knapp, a fim de categorizar e descrever a teoria da educação de Platão. No entanto, a expressão está mais associada a Malcolm Knowles, um educador de enorme impacto no campo da aprendizagem de adultos. Para Knowles, a aprendizagem de adultos tinha que ser autodirigida e automotivada, ao invés de ser dependente de um professor. Seu trabalho no campo foi um fator significativo na reorientação dos educadores de adultos, mudando o foco de apenas “educar as pessoas” para “ajudá-las a aprender”.
PILARES DA ANDRAGOGIA
Além de entender o que é andragogia e quais seus objetivos, é importante compreender quais são os pilares desta abordagem educativa. De acordo com Knowles, a andragogia possui cinco pilares principais:
PILARES DA ANDRAGOGIA
1 – Amadurecimento dos conceitos pessoais: À medida que uma pessoa amadurece de criança para adultos, sua autopercepção também amadurece, oferecendo-lhe mais autonomia e independência. 
2 – Aumento de experiências: Além do amadurecimento dos conceitos pessoais, os adultos também possuem um maior reservatório de experiências de vida, tornando-se uma fonte inesgotável de conhecimentos. 
3 – Vontade de aprender: Enquanto os adultos iniciam suas jornadas em seus diversos papéis sociais (maternidade, paternidade, mercado de trabalho etc.), a vontade de aprender torna-se cada vez maior e mais urgentes.
PILARES DA ANDRAGOGIA
4 – Aprendizagem orientada: Diferentemente do aprendizado oferecido a crianças, o conhecimento voltado para adultos se torna orientado aos objetivos de curto, médio e longo prazo, com aplicações imediatas no “mundo real”. 
5 – Motivação interna: Os adultos são motivados internamente a aprender e evoluir cada vez mais, seja por conta da carreira, seja por conta da vida pessoal.
BENEFÍCIOS DA ANDRAGOGIA
Além de compreender o conceito, é essencial entender quais benefícios, a longo prazo, que a andragogia pode trazer aos alunos. De acordo com Malcolm Knowles, há seis benefícios principais que a andragogia traz a seus alunos:
BENEFÍCIOS DA ANDRAGOGIA
1. Um entendimento maduro em relação ao próprio ser; 
2. Aceitação, respeito e amor em relação aos outros; 
3. Uma atitude fluida e dinâmica em relação à vida; 
4. Um entendimento abrangente em relação à causa de problemas e conflitos; 
5. Uma maior compreensão das experiências humanas; 
6. A habilidade de transformar a sociedade.
BENEFÍCIOS DA ANDRAGOGIA
Malcolm Knowles desempenhou um papel fundamental na formação da educação de adultos, desenvolvendo uma teoria única na educação de adultos. Embora as práticas do ensino de pessoas mais velhas certamente tenham mudado nos últimos anos, inúmeras de suas suposições subjacentes ainda permanecem em vigor!
PAULO FREIRE + EJA
PAULO FREIRE - QUEMFOI?
https://www.youtube.com/watch?v=tyct21ogAqA
PAULO FREIRE + EJA
Além de ser considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial, Paulo Freire influenciou o movimento chamado pedagogia crítica, o nordestino nascido em Recife/Pernambuco (1921), fundamentou a sua prática didática na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade.
PAULO FREIRE + EJA
Em 1964, o golpe militar o surpreendeu em Brasília, onde coordenava o Plano Nacional de Alfabetização do presidente João Goulart. Paulo Freire passou 70 dias na prisão antes de se exilar. Do Brasil, foi para a Bolívia, e de lá, para o Chile. Em 1968, escreveu seu livro mais conhecido, Pedagogia do Oprimido, uma obra que dedicou muito tempo e esforço para finalizar e hoje é a terceira referência pedagógica mais utilizada no mundo.
PAULO FREIRE + EJA
Também deu aulas nos Estados Unidos e na Suíça, e organizou planos de alfabetização em países africanos. Com a anistia, em 1979, voltou ao Brasil, integrando-se à vida universitária. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e, entre 1989 e 1991, foi secretário municipal de Educação de São Paulo.
PAULO FREIRE + EJA
Preocupado com a relação educacional do adulto, onde gerava muito analfabetismo no país, Paulo Freire começou a analisar como o adulto aprendia, ou porque não aprendia, e notou que era necessário ensinar o adulto a ler seu próprio mundo, respeitando assim seus conhecimentos e sua própria cultura. Propôs em seu método uma educação problematizadora e libertadora, contra o que mencionava o princípio de uma “educação bancária”, onde o aluno era meramente condicionado a memorizar.
PAULO FREIRE + EJA
Paulo Freire denomina esse tipo de “Educação Bancária” por assemelhar-se à relação entre o dono do dinheiro que deposita no Banco sua quantia através do caixa, e este lhe entrega o recibo de confirmação do depósito, mas a quantia recebida nada tem a ver com a pessoa que recebe o dinheiro e emite o recibo. Assim também é o professor que deposita seu conhecimento no aluno. Se o aprendiz não declarou sua necessidade de aprender um determinado assunto, em vão age o mestre, tentando ensinar-lhe aquele assunto que não lhe é significativo.
PAULO FREIRE + EJA
O que ocorre nas instituições de ensino, em desrespeito a esse princípio andragógico, é o aluno adulto anotar e decorar as informações despejadas pelo professor, para na prova apresentar-lhe o recibo das informações cobradas e receber sua aprovação e o necessário certificado para o seu exercício profissional.
PAULO FREIRE + EJA
Na idade adulta, o indivíduo é autônomo, assim a aprendizagem não pode mais ser vista a partir de meras transmissões de informações e conhecimentos impostos pelo professor, e sim a partir de sua vivência, conhecimentos e da necessidade que tem de aprender o que lhe faz falta (Freire, 1996).
PAULO FREIRE + EJA
Diferente de uma criança, o adulto percebe quais são os pontos que lhe chamam atenção e os conteúdos que lhe faz falta no dia-a-dia pessoal e/ou profissional. Paulo Freire destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política, e foi o educador brasileiro mais homenageado da história: ganhou 41 prêmios, dentre eles de universidades como Harvard, Cambridge e Oxford. 
PAULO FREIRE + EJA
Foi nomeado doutor honoris causa de 28 universidades em vários países e teve obras traduzidas em mais de 20 idiomas. Morreu em 1997, de enfarte;
Em um dos seus livros, Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire diz que: “Ninguém educa ninguém, nem ninguém aprende sozinho, nós seres humanos aprendemos através do mundo” (Freire, 1968).
PAULO FREIRE + EJA
Já no livro Pedagogia da Autonomia, que foi publicado um ano antes da morte de Paulo Freire, o autor diz que: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção” (Freire, 1996).
PAULO FREIRE + EJA
A prática educacional libertadora, ou método de alfabetização Paulo Freire, prioriza o homem como agente e transformador da sociedade, valorizando o diálogo para que o alfabetizando aprenda a ler e escrever de forma dinâmica, criativa e participativa, não simplesmente repetindo o que lhe é passado pelo professor. Paulo Freire, por intermédio dos círculos de cultura, propôs o uso das palavras geradoras, selecionadas de acordo com a representação da realidade do educando jovens e adultos, para impulsionar a aprendizagem da leitura e da escrita.
PAULO FREIRE + EJA
A primeira experiência do método freireano se deu no nordeste brasileiro, na cidade de Angicos, no Estado do Rio Grande do Norte, em 1962, um período em que a cultura do silêncio prevalecia com grande intensidade. Os resultados obtidos do Movimento de Educação Popular de Paulo Freire causaram impressões significativas e profundas na opinião pública, quando 300 trabalhadores foram alfabetizados em 45 dias, com a aplicação do método de alfabetização diferente criado por Paulo Freire.
PAULO FREIRE + EJA
A partir desse resultado, o Governo Federal incentivou o projeto e decidiu aplicar o método em todo o território nacional. Assim, de 1963 a 1964, tornou-se realidade no Brasil uma campanha de alfabetização que haveria de alcançar, prioritariamente, as zonas urbanas, e estender-se, imediatamente, aos setores rurais.
PAULO FREIRE + EJA
O método de Paulo Freire condena o trabalho com as cartilhas e manuais escolares, por colocarem os alunos como observadores e não como sujeitos da realidade e por promoverem a memorização de exercícios realizados para eles, pelo professor. Dessa forma, em substituição às cartilhas, foram criados os cadernos de cultura, cujos conteúdos eram tirados da própria vivencia dos educandos, para que eles possam refletir sobre suas realidades.
PAULO FREIRE + EJA
04 PASSOS DO MÉTODO FREIRE: 
1)Leitura do mundo – conhecer o aluno, análise, instigar nele o que ele já sabe. 
2)Compartilhamento das leituras do mundo – dividir experiências. 
3)A educação como ato de reprodução e de reconstrução do saber – ressignificar a aprendizagem. 
4)A educação como prática de liberdade e a necessária politicidade do conhecimento – inserção do aluno EJA na sociedade.
Conclusão
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, modalidade de ensino da educação básica brasileira, além de ser uma realidade, representa, também, uma necessidade em nosso país. Isso se justifica pela dívida social da sociedade brasileira para com aqueles que não tiveram acesso à educação na idade própria, seja por falta de vagas, condições sociais desfavoráveis ou que foram excluídos devido a vários fatores, dentre eles, a necessidade de trabalhar para sustentar a família, a falta de motivação para os estudos e a falta de qualidade na educação, dentre outros.
Conclusão
Não há como não reafirmar a mais importante lição de praticamente cinquenta anos de experiências: campanhas e movimentos de massa não resolvem e não resolverão o problema do analfabetismo da população jovem e adulta. Ele tem raízes fundas na sociedade injusta e desigual. É gerado pela ausência e pela insuficiência da escolarização das crianças e adolescentes. [...] Muitos jovens de hoje estão saindo da escola sabendo mal ler, escrever e contar.
Conclusão
Os alunos da faixa etária de 15 a 18 anos, que não podem estudar no diurno, devido ao fato de trabalharem ou por falta de vagas, têm sido forçados a se matricularem na EJA, por falta de opção. O que pode estar provocando um processo de “juvenilização” da EJA e a sua transformação em ensino regular, cujas consequências precisam ser discutidas e pesquisadas.
Conclusão
A escola passa, ultimamente, a receber outro grupo de alunos: aqueles que tiveram uma trajetória escolar anterior marcada pelo insucesso. Esses alunos jovens trazem consigo estigmas de “aluno-problema”, que não tiveram êxito no ensino regular e agora buscam os cursos de EJA, como uma oportunidade de aceleração e recuperação.Conclusão
Desse modo, a EJA vem perdendo as características iniciais, em virtude do seu uso hoje como aceleração dos estudos dos alunos que apresentam defasagem idade/série, o que acaba provocando novos desafios às ações formativas dos professores e exigindo ações pedagógicas múltiplas a serem assumidas pelos docentes, em virtude de diferentes expectativas de um público que vem se tornando bastante heterogêneo.
REFERÊNCIAS
Conteúdo extraído das unidades de aprendizagem do SAGAH.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: 
Trata-se de um conteúdo reduzido. É necessário a leitura e entendimento dos materiais apresentados no ambiente virtual, além das interações das atividades dispostas.
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