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Análises Ambientais

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI 
CAMPUS PIRACICABA 
CURSO DE BIOMEDICINA 
 
 
 
 
TAMIRES FERNANDA GALLANI 
LUAN FERNANDO CANDIDO MAZERO 
GIOWANA CRISTINA NAZATO CASALE 
EMANOELLY ALBUQUERQUE 
GILMARA JUSTINO 
 
 
 
 
 
 
AS ÁGUAS DO RIO PIRACICABA: 
SERIA ACEITÁVEL OU NÃO PARA CONSUMO? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PIRACICABA 
2022 
 
 
TAMIRES FERNANDA GALLANI 
LUAN FERNANDO CANDIDO MAZERO 
GIOWANA CRISTINA NAZATO CASALE 
EMANOELLY ALBUQUERQUE 
GILMARA JUSTINO 
 
 
 
 
 
 
AS ÁGUAS DO RIO PIRACICABA: 
SERIA ACEITÁVEL OU NÃO PARA CONSUMO? 
 
 
 
 
Trabalho para o projeto A3 da disciplina Análises 
Ambientais, Toxicológicas e Forenses com base na 
análise de água do Rio Piracicaba do Curso de 
Biomedicina da Universidade Anhembi Morumbi 
(UAM) como requisito para obtenção da nota de 
conclusão de semestre. 
 
Orientador: Profª. Dr. Thiago Cezar Fugita 
Profª. Ma. Flávia Marcorin de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
PIRACICABA 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este trabalho aos Professores 
Flávia e Thiago, com quem partilhamos o 
que era o broto daquilo que veio a ser 
esse trabalho. Nossas conversas durante 
e para além dos grupos de estudos foram 
fundamentais. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
É com muita admiração e enorme respeito que viemos mostrar toda a nossa 
gratidão aos professores Flávia e Thiago, que dia após dia nos mostram a dedicação 
e amor por esta profissão tão essencial na vida de todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Que todos os nossos esforços estejam 
sempre focados no desafio da 
impossibilidade. Todas as grandes 
conquistas humanas vieram daquilo que 
parecia impossível.” 
(Charles Chaplin) 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica que objetiva a análise de 
águas para consumo próprio humano. Os padrões de qualidade da água são 
norteados por várias legislações federais, estaduais e municipais, onde elas seguirão 
um padrão de qualidade e potabilidade, respeitando sempre os valores máximos 
permitidos (VMP). Com base para essa análise foi escolhido o Rio Piracicaba que 
abastece inúmeros municípios, a amostra dessas águas teve origem da 
Concessionária SEMAE (ETA 3 do bairro Capim Fino em Piracicaba/SP), que capta 
as águas do rio, tratando e disponibilizando para o consumo nas casas do município 
de Piracicaba/SP. Os padrões de qualidade são de extrema importância e devem ser 
seguidos rigorosamente, pois qualquer alteração fora desses padrões podem 
ocasionar doenças e má qualidade da água. A coleta mal feita interfere nos resultados 
assim como contaminação laboratorial. Então desde a coleta até o final da análise e 
emissão do laudo tudo tem que ser feito minunciosamente e seguindo todas as 
recomendações e cuidados para que seja efetivo e tenha qualidade no atendimento 
do solicitante. A água é o nosso bem mais precioso, devemos preservá-la. 
 
 
Palavras-chave: Água. Análise da Água. Rio Piracicaba. Padrões de qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The present work consists of a bibliographical research that aims to analyze water for 
human consumption. Water quality standards are guided by various federal, state and 
municipal legislation, where they will follow a quality and potability standard, always 
respecting the maximum allowed values (VMP). Based on this analysis, the Piracicaba 
River was chosen, which supplies numerous municipalities, the sample of these waters 
came from the SEMAE Concessionaire (ETA 3 in the Capim Fino neighborhood in 
Piracicaba/SP), which captures the waters of the river, treating and making it available 
for consumption. in houses in the municipality of Piracicaba/SP. Quality standards are 
extremely important and must be strictly followed, as any changes outside these stand-
ards can cause disease and poor water quality. A poorly performed collection interferes 
with the results as well as laboratory contamination. So from the collection to the end 
of the analysis and issuance of the report, everything has to be done meticulously and 
following all the recommendations and care so that it is effective and has quality in the 
service of the applicant. Water is our most precious asset, we must preserve it. 
 
Keywords: Water. Water Analysis. Piracicaba River. Quality standards. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
UGRHI Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos 
CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo 
ETES Estações de Tratamento de Esgotos 
pH Potencial Hidrogeniônico 
DBO Demanda Bioquímica de Oxigênio 
DQO Demanda Química de Oxigênio 
IQA Índice de Qualidade das Águas 
OD Oxigênio Dissolvido 
IVA Índice de Preservação da Vida Aquática 
IAP Índice de Qualidade de Águas Brutas 
LOM Lei Orgânica Municipal 
SAA Sistema de Abastecimento de Água 
SAC Solução Alternativa Coletiva 
SAI Solução Alternativa Individual 
ESP Evento de Saúde Pública 
Siságua Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para 
Consumo Humano 
CGCRE Coordenação Geral de Acreditação do INMETRO 
CGVAM Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental 
PSA Planos de Segurança da Água 
OMS Organização Mundial de Saúde 
MS Ministério da Saúde 
Vigiagua Programa Nacional de Vigilância da Qualidade de Água para Consumo 
Humano 
VMP Valor Máximo Permitido 
NTU Unidade Nefelométrica de Turbidez 
uC Unidade de Cor 
mg/L Miligramas por Litro 
UpH Unidade de pH 
ml mililitro 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 15 
2 HISTÓRICO DAS ÁGUAS DO RIO PIRACICABA ............................................ 16 
3 LEGISLAÇÕES ................................................................................................. 19 
4 PADRÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA ............................................................ 22 
5 CARACTERÍSTICAS DO LAUDO TÉCNICO .................................................... 24 
5.1.1 PARÂMETROS .................................................................................... 24 
6 LAUDO TÉCNICO DE ANÁLISES DE ÁGUA ................................................... 27 
6.1.1 MÉTODOS UTILIZADOS NA FASE ANALÍTICA DA ÁGUA ................. 28 
6.1.2 Resultado dos Laudos .......................................................................... 29 
7 Considerações finais ......................................................................................... 30 
8 Referências Bibliográficas ................................................................................. 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
1 INTRODUÇÃO 
Este trabalho foi realizado através da metodologia de pesquisa em referências 
bibliográficas, que a base deste será a análise de água do Rio Piracicaba indicando 
se ela é própria ou imprópria para consumo. 
Ele objetiva descrever características e outras informações comuns presentes 
em laudos técnicos de análises de água, assim como também apresentar um modelo 
do documento (com dados fictícios), de acordo com as normas técnicas definidas pela 
Portaria 2914/2011 e aceitáveis pela Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT). 
Todo processo analítico, independente da natureza do material a ser analisado 
e de seus métodos, precisa ter seus resultados contemplados, atestados e 
documentados. O parecer técnico que aponta os resultados e estabelece a 
comparação visual com as especificações determinadas por lei, está contido nos 
laudos. 
 O relatório da análise aponta não somente para o resultado da análise e a sua 
devida especificação. Ele também deve conter outras informações que permitem o 
contato coma instituição que analisou, o rastreio do ponto de coleta da amostra, o 
tipo de análise e sua metodologia e ainda o selo de acreditação de qualidade, quando 
houver. 
 Para as análises de água, assim como em outros processos, a necessidade da 
documentação circunda os benefícios que a conjunção dos resultados pode oferecer 
para que se elabore uma medida corretiva, coerente e eficaz contra possíveis causas 
de contaminação durante o processo de tratamento. Realiza-se uma análise para 
cada fonte de acesso a água e todas estas informações são registradas no laudo para 
futuras consultas e para servir de evidência para a potabilidade da água nos locais. 
 Dessa maneira, os laudos reportam os resultados das análises a quem está 
competido por lei a encaminhar as ações corretivas para quem possa solucionar e 
prevenir a população de determinada região, de qualquer efeito epidemiológico pelo 
consumo da água. 
 Assim como em todas as outras etapas do processo de análise, falhas 
na confecção dos laudos que permitem uma interpretação equivocada dos dados, 
podem ter efeitos desastrosos por sujeitar a população com acesso ao ponto de 
fornecimento da água, a diversos problemas de saúde. 
16 
 
2 HISTÓRICO DAS ÁGUAS DO RIO PIRACICABA 
As águas doces são um bem muito importante para o desenvolvimento das 
sociedades urbano-industriais. Mas a apropriação predatória das águas acarreta um 
processo de degradação ambiental com perdas quantitativas e qualitativas para as 
bacias hidrográficas. Assim, a qualidade da água é requisito para a preservação da 
saúde pública e da qualidade ambiental. A qualidade das águas baseia-se na poluição 
e contaminação das águas, onde a contaminação da água reflete em um ambiente 
impróprio ao desenvolvimento das vidas aquáticas, comprometendo o seu uso para o 
abastecimento da população. Os principais contaminantes das águas são a influência 
de indústrias, agricultura e pelos usos domésticos. 
A bacia hidrográfica do Rio Piracicaba é uma das regiões mais desenvolvidas 
do estado de São Paulo, ocupando uma área de 12.531 km² e localizada no sudeste 
do Estado de São Paulo e extremo sul de Minas Gerais. O rio atende importantes 
municípios, tais como: Bragança Paulista, Campinas, Limeira, Americana, Atibaia, Rio 
Claro, Santa Bárbara d´Oeste e Piracicaba. 
A Bacia do Rio Piracicaba, nome este que significa “o lugar onde o peixe para’’, 
forma-se no município de Americana pela junção dos rios Atibaia, Jaguari e 
Piracicaba. Após atravessar a cidade de Piracicaba, recebe as águas de seu principal 
afluente, o Rio Corumbataí. O rio Piracicaba percorre 250 km de sua formação até a 
sua foz no Rio Tietê entre os municípios de Santa Maria da Serra e Barra Bonita 
abrangendo ao todo 47 importantes municípios paulistas e 4 mineiros. 
De acordo com o Relatório Zero, que é um instrumento para elaboração do 
Plano de Bacias onde organiza e sistematiza os dados de recursos hídricos, existe 
um desnível topográfico de cerca de 1.400 metros em uma extensão da ordem de 370 
km, desde suas cabeceiras na Serra da Mantiqueira, no Estado de Minas Gerais, até 
a foz. Da bacia, são retirados 31m³/s que abastecem o Sistema Cantareira, uma série 
de reservatórios utilizados para regular a descarga do rio e transferir água para a 
região metropolitana de São Paulo, construída na década de 60. A Lei Estadual 
7663/91, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e o Sistema Integrado 
de Gerenciamento de Recursos Hídricos, dividiu o Estado de São Paulo em 22 
Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos - UGRHIs. A bacia do rio de 
Piracicaba pertence à UGRHI 5, que abrange as bacias do Piracicaba, Jundiaí e 
Capivari. 
17 
 
 É estabelecido para os municípios o Monitoramento da Qualidade das Águas 
Interiores do Estado de São Paulo, que avaliam a qualidade das 26 águas para 
atendimento à Lei Estadual nº 118/73, seguindo assim os parâmetros da CETESB e 
que tem como objetivo: 
• avaliar a evolução da qualidade das águas interiores dos rios e reservatórios 
do Estado; 
• propiciar o levantamento das áreas prioritárias para o controle da poluição das 
águas; 
• subsidiar o diagnóstico da qualidade das águas doces utilizadas para 
abastecimento público e outros usos; 
• dar subsídio técnico para elaboração dos Relatórios de Situação dos 
Recursos Hídricos, realizados pelos Comitês de Bacias Hidrográficas; 
• identificar trechos de rios onde a qualidade da água possa estar mais 
degradada, possibilitando ações preventivas e de controle da CETESB, como a 
construção de ETES (Estações de Tratamento de Esgotos) pelos municípios ou a 
adequação de lançamentos industriais. 
Para a análise da qualidade da água, a CETESB listou 43 parâmetros, sendo 
eles físicos, químicos, hidrobiológicos, microbiológicos e ecotoxicológicos, onde os 
mais representativos säo: 
 • parâmetros físicos: temperatura da água e do ar, série de resíduos (filtráveis 
e não filtráveis), absorbância no ultravioleta, turbidez e coloração da água. 
• parâmetros químicos: pH, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de 
oxigênio, (DBO), demanda química de oxigênio (DQO), carbono orgânico dissolvido, 
potencial de formação de trihalometanos, série de nitrogênio (Kjedahl, amoniacal, 
nitrato e nitrito), fósforo total, ortofosfato solúvel, conditividade específica, 
surfactantes, cloreto, fenóis, ferro total, manganês, alumínio, bário, cádmio, chumbo, 
cobre, cromo total, níquel, mercúrio e zinco. 
• parâmetros microbiológicos: coliforme fecal, Giárdia sp, Cryptososporidium 
sp, Clostridium perfringens e estreptococos fecais. 
• parâmetros hidrobiológicos: clorofila-a . 
• parâmetros ecotoxicológicos: teste de toxicidade crônica e Ceriodaphnia 
dúbia, teste de Ames para a avaliação de mutagenicidade e sistema Microtox. 2728 
18 
 
Havendo necessidade de um diagnóstico mais detalhado, sobre a qualidade da 
água em determinados trechos de rios ou reservatórios, outros parâmetros podem ser 
utilizados. 
É estabelecido pela CETESB o IQA – Índice de Qualidade das Águas para ser 
analisada. Essas análises consistem em 136 pontos de amostragem no Estado, e 13 
na bacia do Piracicaba que fazem o monitoramento da qualidade da água dessa 
região. 
Devido ao IQA considerar apenas 9 parâmetros dos 43 existentes como 
indicadores de qualidade da água (coliformes fecais, pH, DBO, nitrogênio total, fósforo 
total, temperatura, turbidez, resíduo total e OD), esses parâmetros podem ser 
inviabilizados por não contemplar a presença de algumas substâncias tóxicas, além 
de patogênicos e protozoários. 
Por este motivo se instituiu a resolução SMA/65, de 13.08.98, onde criou-se o 
IVA Índice de Preservação da Vida Aquática, que leva em consideração a presença e 
concentração de contaminantes químicos e tóxicos, seus efeitos sobre os organismos 
aquáticos, pH e oxigênio, bem como o IAP – Índice de Qualidade de Águas Brutas 
para Fins de Abastecimento Público. 
Assim, a CETESB vem com o projeto de metodologia para a determinação do 
IVA e do IAP. Esses índices estão sendo aplicados nos corpos d'água monitorados 
pela CETESB e por institutos de pesquisa e empresas de saneamento privados. 
 
 
19 
 
3 LEGISLAÇÕES 
 
Ao analisamos o §3 do Art. 225 da Constituição Federal de 1988, facilmente se 
pode verificar que a lei maior estabeleceu sanções penais e administrativa para as 
pessoas físicas ou jurídicas que praticarem atos lesivos ao meio ambiente, garantido 
não só a preservação do meio ambiente, mas um meio ambiente ecologicamente 
equilibrado para a preservação da qualidade de vida humana. Vejamos: 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, 
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e 
preservá- lo para as presentes e futuras gerações. 
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meioambiente 
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e 
administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos 
causados. 
Ou seja, a Constituição Federal determina que é dever de todos garantir um 
meio ambiente ecologicamente equilibrado cabendo, não só apenas a coletividade 
(sociedade), mas ao Poder Público (União, Estados, DF e Municípios) defendê-lo e 
preservá-lo, através de uma política ambiental capaz de evitar a sua degradação, sob 
pena de sanções. 
Nesse contexto, a Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), prevê 
expressamente como crime a poluição, seja qual for a sua natureza (atmosférica, 
hídrica ou poluição do solo), que provoquem danos à saúde humana: 
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou 
possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a 
mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Ora, claramente, o objetivo do constituinte (aquele que elaborou a Constituição 
Federal) e do legislador (responsáveis pela elaboração das leis infraconstitucionais), 
foi garantir uma efetiva preservação do meio ambiente, tendo em vista a sua vital 
importância para manutenção da vida humana. 
Diante disto, fica evidente que a Bacia do Rio Piracicaba merece olhares 
diferenciados e cautelosos, tendo em vista não só a proteção jurídica que lhe é 
garantida, mas pela sua importância hídrica que, sem sombra de dúvidas, é essencial 
para o desenvolvimento e bem-estar da população piracicabanos. 
file:///C:/lei/10589/-/art-54
20 
 
Com o mesmo entendimento acerca da preservação ambiental, destaca-se o 
Art. 224, inciso VII, da Lei Orgânica do Município de Piracicaba, no qual não sobressai 
qualquer dúvida acerca da preservação dos recursos hídricos, determinando que 
caberá a municipalidade proibir o lançamento de efluentes urbanos e industriais: 
Art. 224. O Município participará do Sistema Integrado de Gerenciamento de 
Recursos Hídricos previsto no artigo 205 da Constituição Estadual, 
isoladamente ou em consórcio com outros municípios da mesma bacia ou 
região hidrográfica, assegurando para tanto, meios financeiros e 
institucionais, CABENDO-LHE: 
[...] 
VII - proibir o lançamento de efluentes urbanos e industriais em qualquer 
corpo de água, nos termos do artigo 208 da Constituição Estadual, 
disciplinando seus devidos tratamentos, podendo iniciar suas ações 
isoladamente, ou em conjunto com o Estado ou outros municípios da bacia 
ou região hidrográfica; 
Assim, vislumbra-se que a lei maior do Município de Piracicaba é clara quanto 
a responsabilidade da referida municipalidade em proibir o lançamento de resíduos 
industriais, dejetos humanos ou qualquer outro tipo de efluentes que venham a 
comprometer a qualidade da água. 
Aliás, veja-se que a mesma norma é clara ao dispor que caberá ao Município 
promover a adequada disposição de resíduos sólidos de modo a evitar o 
comprometimento dos recursos hídricos: 
IX - promover a adequada disposição de resíduos sólidos de modo a evitar o 
comprometimento dos recursos hídricos, em termo de quantidade e 
qualidade; 
Partindo deste pressuposto, é evidente que o legislador adotou diversas 
medidas de proteção aos recursos hídricos da região, a fim de garantir um equilíbrio 
entre o homem e a natureza, ou melhor, entre as águas do Rio Piracicaba e 
piracicabanos. 
Por tanto, o objetivo de proteção ao sistema hídrico da região não se resume 
apenas na responsabilidade do poder público em criar e efetivar políticas públicas 
preventivas e repressivas, também se estende para toda sociedade, cabendo aos 
órgãos de fiscalização manter a população informada sobre o uso racional da água, 
conforme determina o inciso XIX do art. 224 da Lei Orgânica do Município: 
XIX - manter a população informada sobre os benefícios do uso racional da 
água, da proteção contra sua poluição e da desobstrução dos cursos de água; 
21 
 
 
Após verificarmos a nossa constituição e LOM de Piracicaba, observamos a 
Portaria GM/MS nº 888, de 04 de maios de 2021 que dispõe sobre os procedimentos 
de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seus 
padrões de potabilidade. 
Essa portaria altera o Anexo XX da Portaria de Consolidação GM/MS nº 5, de 
28 de setembro de 2017, alterando assim vários parâmetros entre outros que serão 
melhores explicados ao longo deste trabalho. 
Diante disto fica claro que a legislação é intransigente quanto a preservação 
dos recursos hídricos, tendo em vista a sua vital importância para a população. 
 
 
22 
 
4 PADRÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA 
 
Conforme o Decreto Federal nº 79.367/1977, o Ministério da Saúde é 
responsável por elaborar normas e definir o padrão de potabilidade de água para 
consumo humano, a serem observados em todo o território nacional. Nesta 
perspectiva, a Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM) do 
Ministério da Saúde coordenou o processo de revisão/atualização da norma de 
potabilidade. 
O planejamento dos trabalhos seguiu a metodologia adotada na revisão da 
Portaria MS nº 518/2004 que teve como resultado a Portaria MS 2914/2011. As 
discussões foram divididas em dois grandes temas, trabalhados em grupos distintos: 
(i) Tema I – “Competências e Responsabilidades”; (ii) Tema II – “Padrão de 
Potabilidade”. O Tema II foi ainda subdividido em dois Subgrupos: “Microbiologia” e 
“Químicos”. 
O padrão de potabilidade no Brasil é estabelecido pela Anexo XX da Portaria 
de Consolidação n°5, de 28 de setembro de 2017, que dispõe sobre os procedimentos 
de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão 
de potabilidade, bem como estabelece as competências e responsabilidades 
atribuídas ao setor saúde, nas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde, e 
aos responsáveis pelos sistemas ou soluções alternativas coletivas de abastecimento 
de água. 
Mas essa portaria teve seu Anexo XX alterado pela Portaria GM/MS nº 888, de 
04 de maio de 2021, essas mudanças ficaram disponíveis, no sistema Siságua, 
somente em 01/01/2022. Não podendo esquecer do tempo de acreditação pela 
CGCRE, onde o laboratório mesmo fazendo os novos parâmetros ainda precisam 
realizar o processo de solicitação de acreditação. 
A legislação apresenta, como um de seus principais avanços, a necessidade 
de avaliação sistemática do sistema e/ou solução alternativa coletiva de 
abastecimento de água, sob a perspectiva dos riscos à saúde, conforme os princípios 
dos Planos de Segurança da Água (PSA), recomendados pela Organização Mundial 
da Saúde (OMS), além de aspectos complementares relativos aos fatores de riscos à 
saúde pública relacionados aos patógenos de difícil remoção por meio dos processos 
convencionais de tratamento. 
23 
 
Os teores máximos de impurezas permitidos na água são estabelecidos em 
função dos seus usos. Esses teores constituem os padrões de qualidade, os quais 
são fixados por entidades públicas, com o objetivo de garantir que a água a ser 
utilizada para um determinado fim não contenha impurezas que venham a prejudicá-
lo. 
Os padrões de qualidade da água variam para cada tipo de uso. Assim, os 
padrões de potabilidade (água destinada ao abastecimento humano) são diferentes 
dos de balneabilidade (água para fins de recreação de contato primário), os quais, por 
sua vez, não são iguais aos estabelecidos para a água de irrigação ou destinada ao 
uso industrial. Mesmo entre as indústrias, existem requisitos variáveis de qualidade, 
dependendo do tipo de processamento e dos produtos das mesmas. 
Potencial hidrogeniônico (pH): mede a concentração de íons H+, indica se a 
água está ácida (pH baixo), neutra (pH = 7,0) ou alcalina (pH alto). 
Cor aparente: como naturalmente a água é transparente, a presença da cor é 
sinal de que está com uma quantidade alta de alguma substância, como ferroou 
manganês, algas ou introdução de esgotos industriais e domésticos, entre outros. 
Turbidez: mede a propriedade óptica de absorção e reflexão da luz, de 
maneira geral. Mede a transparência da água de acordo com a presença de materiais 
sólidos flutuando como argila, organismos microscópicos, entre outras partículas. 
Cloro livre: a presença indica que possivelmente essa água passou por algum 
tratamento de desinfecção. 
Sólidos totais dissolvidos: avalia a quantidade de material dissolvido na água 
(orgânicos e inorgânicos), afeta negativamente a palatabilidade. 
Microrganismos presentes: importante parâmetro o qual analisa quais 
microrganismos estão presentes na amostra e a quantidade. Por isso, alguns testes 
importantes são: a contagem das bactérias totais; coliformes totais, presença de 
E. coli e, coliformes termos resistentes. 
A água, quando está em condições inadequadas de potabilidade, pode causar 
doenças ao ser humano, como cólera e leptospirose. 
 
24 
 
5 CARACTERÍSTICAS DO LAUDO TÉCNICO 
 
O objetivo do laudo é expor os resultados e estabelecer um comparativo com 
os parâmetros de aceitabilidade exigidas por lei, de acordo com o tipo de análise. As 
análises empregadas são para identificação de microrganismos presentes na água 
(análise microbiológica) e para averiguação das propriedades físico-químicas. 
 Todavia, outros elementos devem ser mencionados na confecção dos laudos, 
como o órgão ou instituição devidamente reconhecida pelo governo, o ponto de coleta, 
o solicitante da análise e seu endereço, data da coleta da amostra a ser utilizada, o 
número da portaria que regulamenta o processo, a metodologia da análise, as 
recomendações do laboratório mediante a conclusão dos testes e a acreditação de 
qualidade. 
 
5.1.1 PARÂMETROS 
 
Os valores aceitáveis presentes nos laudos, que denunciam os resultados 
insatisfatórios, são determinados por lei através da Portaria Nº 2.914, de 12 de 
Dezembro de 2011 e o Anexo XX da Portaria de Consolidação n° 5 do Ministério da 
Saúde de 03 de Outubro de 2017. O Ministério da Saúde (MS), pelo Programa 
Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua), 
fiscaliza essas análises através dos laboratórios reconhecidos nacionalmente. 
 Segundo o Anexo XX da Portaria de Consolidação nº 888 do Ministério da 
Saúde de 04 de Maio de 2021 e o Manual prático de análises de Água do MS, o padrão 
microbiológico, definido para a água própria para consumo, na saída do tratamento e 
para a água tratada no sistema de distribuição é de ausência em 100ml para 
Escherichia coli e bactérias termotolerantes. O MS ainda considera os limites de 
acordo com a quantidade de amostras analisadas mensalmente. Sistemas que 
analisam 40 ou mais amostras devem apresentar ausência de microrganismos em 
100ml em 95% delas. Para sistemas que analisam menos de 40 amostras, apenas 
uma amostra poderá apresentar resultado positivo em 100ml. 
 Além das análises microbiológicas, há ainda a presença de substâncias 
inorgânicas e orgânicas, agrotóxicos, cianotoxinas e desinfetantes, que em 
determinadas quantidades, podem ser prejudiciais à saúde. Propriedades físico-
25 
 
químicas e radioatividade também são analisadas, tais como turbidez, radioatividade 
alfa e beta global, cor, pH, presença de Trihalometanos, dentre outros. 
 Como mencionamos a atualização da portaria, segue abaixo algumas 
alterações dos parâmetros: 
 - Cor: na portaria anterior era apenas descrito COR, na nova portaria será 
descrito como COR APARENTE utilizando o método de análise de comparação visual 
2120B. 
 - Turbidez como indicativo de micro-organismos: houve dúvidas sobre essa 
alteração na portaria anterior onde a garantia da qualidade microbiológica deveria 
atender o padrão de turbidez. Na nova portaria a turbidez entrou como indicador de 
parâmetro biológico. 
 - Saída do indicador bactérias heterotróficas: isso foi uma novidade da nova 
portaria. Os parâmetros de controle continuarão com a utilização do ensaio de 
Escherichia coli, utilizando o método do substrato enzimático onde os resultados saem 
em 24 horas e turbidez mencionados anteriormente. 
 - Cloro: na antiga portaria o VMP do cloro era de 0,2 a 2,0 mg/L nas redes e o 
máximo de 5,0 mg/L após desinfecção do sistema de abastecimento. Na nova 
portaria, após ser retirado o art. 39, a consideração de 2,0 mg/L não se encontra mais, 
então ficou estabelecido que se deve considerar o valor de 5,0 mg/L sendo o limite da 
faixa analítica. 
 - pH: na antiga portaria era aceitável o pH de 6,0 a 9,5, na atualização da 
portaria o valor de desinfecção X o valor de pH é de 6,0 a 9,0 sendo esse o pH 
aceitável. 
 - Nitrito e Nitrato: o VMP não foi alterado, mas foi adicionado uma nova regra, 
soma-se as razões de cada um e divide-se pelo seu VMP e a soma não pode 
ultrapassar de 1,0. Concentração de Nitrato/10 (VMP) e Concentração de Nitrito/1 
(VMP) – observa-se que se os valores das razões passarem de 1,0 estará reprovado 
os ensaios. 
 - Fluoreto: o VMP continua 1,5 mg/L. O que mudou é que na antiga portaria 
dependendo do local de coleta as análises eram feitas com ensaios diferentes, cada 
2 horas ou a cada 2 semanas, mas na nova portaria estabeleceu-se que o fluoreto 
tende ser monitorado a cada 2 horas. 
 - Esporos de bactérias aeróbias – na nova portaria essa é uma grande mudança 
e novidade nos monitoramentos desses parâmetros. Sendo esse o indicador de 
26 
 
patógenos substituindo algumas análises de Giardia spp. e oocistos de 
Cryptosporidium spp. que demoravam muito a análise. 
 
 
27 
 
6 LAUDO TÉCNICO DE ANÁLISES DE ÁGUA 
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI 
Documento elaborado para fins didáticos – Dados fictícios 
Laudo Físico-Químico e Microbiológico – Portaria nº 888/MS 
LAUDO FINAL DE ANÁLISES DE ÁGUA 
Data da cert.: 01/04/2022 RELATÓRIO DE ENSAIO - 
ÁGUA 
REL. Nº AMOSTRA 001/2022 
Razão Social: ISCP – Sociedade Educacional LTDA 
Telefone: (19) 3412-3456 
Endereço: Av. Rio das Pedras, 1601 – Pompéia – 13.425-380 
Cidade: Piracicaba/SP 
Solicitante: Flavia e Thiago 
Local da coleta: Semae ETA 3 Capim Fino 
Endereço: Parque São Jorge – Piracicaba/SP 
Ponto de coleta: Tanques de tratamento 
Quantidade: 100 ml 
Coletor: Luan Mazero 
Condições Ambientais: Ensolarado 
Hora: 14:30 
Data da Coleta: 03/04/2022 
Data da entrada no laboratório: 03/04/2022 
Emissão do laudo: 16/04/2022 
Legislação: Portaria GM/MS nº 888, de 04 de maio de 2021 
1. Análise Físico-Químico 
Parâmetros Resultado VMP(¹) Unidade Método Data da 
análise 
Cloro residual livre 6,1 mg/L Até 5,0 mg/L mg/L(2) Colorimetria 06/04/2022 
pH 5,4 UpH 6,0 a 9,0 UpH(3) Potenciometria 04/04/2022 
Turbidez 5,7 NTU Até 5,0 UT NTU(4) Nefelometria 07/04/2022 
Legenda: (1)- valor máximo permitido (2)- miligramas por litro (3)- unidade de pH (4)-unidade nefelométrica de turbidez 
2. Análise Microbiológica 
Parâmetros Resultado VMP Unidade Método Data da 
análise 
Cont. Total Bact 
Heterotróficas (1) 
25 UFC/ml Até 500 
UFC/ml 
UFC/ml(2) Cromogenia 08/04/2022 
Escherichia coli Ausência em 
100 ml 
Ausência em 
100 ml 
----- Cromogenia 10/04/20022 
Coliformes Totais Ausência em 
100ml 
Ausência em 
100 ml 
NMP/100ml 
(3) 
Cromogenia 12/04/2022 
Legenda: (1)- Contagem Total de Bactérias Heterotróficas (2)- Unidade Formadora de Colônia por mililitro (3)- Número Mais 
Provável por 100 mililitros 
 
3. Conclusão 
De acordo com os Parâmetros definidos pela Portaria 888/2021, a análise encontra-se 
INSATISFATÓRIA, quanto aos resultados obtidos em testes Físico-Químicos. 
Piracicaba, 16/04/2022 
 
___________________________________________ 
Resp. Análise Físico-Químico e Microbiológico 
 
RECOMENDAÇÕES: 
Realizar limpeza e desinfecção dos locais de acesso a água e seus reservatórios. 
Realizar investigação de possíveis contaminantes no processo de análise da água. 
Refazer o teste de análise de água após identificação e eliminação da causa provávelde desvio. 
Realizar auditoria e inspeção do local de abastecimento. 
 
 
28 
 
6.1.1 MÉTODOS UTILIZADOS NA FASE ANALÍTICA DA ÁGUA 
 
A finalidade da colorimetria em análises de água, além de detectar a presença 
de substâncias, os colorímetros ajudam a avaliar os tratamentos físico-químicos aos 
quais a água deve ser submetida, para atender o cumprimento das regulamentações 
de consumo e despejo, além dos conhecidos tratamentos de água e efluentes, 
processos de desinfecção por cloro, ozônio ou outros. 
O método colorimétrico é um método de análise baseado na comparação de 
cores ou mais especificamente, à faixa de comprimento de uma cor com base em 
outra que é utilizada como padrão. Na prática, o processo compara a cor produzida 
por uma reação química com uma cor padrão. 
O Valor Máximo Permitido (VMP) de cloro residual permitido é de 5,0 mg/L, valor 
acima do qual ofereceria riscos à saúde da população. Se uma amostra 
de água apresenta uma concentração de cloro residual livre superior a 5,0 mg/L, ela 
não atende ao padrão de potabilidade. 
O método de potenciometria de pH ou potenciométrico de análise química são 
métodos que baseiam-se na medida da diferença de potencial de uma célula 
eletroquímica na ausência de corrente. É um método utilizado para detectar o ponto 
final de titulações específicas (chamada, pelo uso do método, de titulação 
potenciométrica), ou para a determinação direta de um determinado constituinte em 
uma amostra, através da medida do potencial de um eletrodo íon-seletivo, aquele que 
é sensível exatamente ao íon em análise. 
Para medirmos o pH de uma substância com precisão, utilizamos o peagâmetro, 
constituído basicamente por um eletrodo e um potenciômetro. O potenciômetro é 
utilizado na calibração do aparelho com soluções de referência – a medida 
do pH é feita com a imersão do eletrodo na solução a ser analisada. 
O pH é o equilíbrio entre os íons H+ e OH–. Sendo que para valores acima de 7 
têm-se uma água alcalina e para medidas abaixo de 7 têm-se uma água ácida 
A determinação da turbidez pelo método nefelométrico, é adotado nas atividades 
de controle de poluição da água e de verificação do parâmetro físico 
nas águas consideradas potáveis, o valor máximo permitido para água tratada é de 1 
NTU (unidade nefelométrica de turbidez) na saída das estações de tratamento 
de água e 5 NTU em qualquer ponto da rede de distribuição. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Qu%C3%ADmica_anal%C3%ADtica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diferen%C3%A7a_de_potencial
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula_eletroqu%C3%ADmica
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula_eletroqu%C3%ADmica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Titula%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Titula%C3%A7%C3%A3o_potenciom%C3%A9trica&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Titula%C3%A7%C3%A3o_potenciom%C3%A9trica&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eletrodo
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Don
29 
 
A metodologia utilizada para a análises microbiológica foi a Cromogenia, que é 
o método aprovado e mais utilizado para a análise microbiológica que possibilita a 
detecção de coliformes totais e E. coli, em uma amostra de 100ml, que é o valor 
permitido por cada coleta. Esse é um método bastante utilizado em laboratórios, pois 
buscar saber se a ausência ou presença de determinada micróbios ou parasitos que 
possam estar contaminando a água. 
Parâmetro para resultado das análises microbiológica da água: 
*VALOR PERMITIDO PELA PORTARIA DE Nº5/7 E Nº 2094/11 COLIFORMES 
TOTAIS CROMOGENIA AUSÊNCIA DE 100 ML AUSÊNCIA E. Coli CROMOGENIA 
AUSÊNCIA DE 100 ML AUSENCIA* 
 
6.1.2 Resultado dos Laudos 
 
 As informações mais importantes acerca da análise de água presentes no laudo 
são referentes ao pH, turbidez e quantidade de cloro residual, em testes físico-
químicos, e quantidade totais de bactérias heterotróficas, coliformes totais e 
quantidade de bactérias E. coli. As especificações são definidas pela Portaria 888 do 
Ministério da Saúde, assim como o responsável pelas medidas cabíveis quando o 
resultado se apresenta em desacordo com as normas. 
Todo o procedimento de inspeção, propriedades da água, funcionamento de 
equipamentos e métodos de análises também são recomendadas em manuais e 
publicadas pelo Ministério da Saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
7 Considerações finais 
 
A responsabilidade durante o processo analítico da água, principalmente para 
consumo humano, requer um sistema consistente de inspeção e análises. A 
capacidade de infecção que um tratamento ineficaz de água provoca na população, é 
uma das maiores preocupações dentro do âmbito da saúde pública. 
Os laudos técnicos são uma ferramenta importante para monitorar os 
resultados periodicamente, podendo ser avaliados de um período a outro e mediante 
a novas estratégias de análises. Os laudos também conferem a confiabilidade do 
laboratório responsável pela análise da amostra, uma vez que ao emiti-lo, torna-se 
evidente a procedência da análise. 
Assim, com este trabalho, foi possível compreender as resoluções legais a 
respeito da confecção desse documento, e os parâmetros delegados para as 
condições saudáveis da água, tanto na identificação de micróbios, quanto nos 
aspectos físico-químicos. 
Conforme requisitado, foi confeccionado um modelo de laudo técnico para 
análises de água, com dados fictícios, juntamente com recomendações do que 
poderia ser feito mediante um resultado insatisfatório da análise físico-química. Os 
dados físico-químicos foram representados com quantidade residual de cloro e 
turbidez mais altas e pH mais baixos, em desacordo com a especificação da Portaria 
2.914/2011 e Portaria nº 888/2021. 
A quantidade alta de resíduos de cloro na água, bem como o aumento de sua 
acidez e turbidez, podem indicar exageros na quantidade de produtos químicos 
durante o tratamento da água, justificando as recomendações para investigação de 
contaminantes durante os processos analíticos e nos locais de abastecimentos. Após 
a tomada destas medidas cabíveis, uma nova coleta deve ser realizada, seguida de 
uma reanálise. 
 
31 
 
8 Referências Bibliográficas 
 
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Vida Aquática (IVA). Disponível em: http://pnqa.ana.gov.br/indicadores-protecao-
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PORTAL DA QUALIDADE DAS ÁGUAS. Indicadores de qualidade – Índice de Qua-
lidade das Águas (IQA). Disponível em: http://pnqa.ana.gov.br/indicadores-indice-
aguas.aspx#:~:text=O%20IQA%20foi%20desenvolvido%20para,pelo%20lan%C3%A
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CNRH. Contribuições à Discussão sobre o Projeto de Lei n.4546/2021 no âmbito 
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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.html. 
Acesso em: 16 abr. 2022

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