Buscar

Resumo prática inspeção escolar

Prévia do material em texto

FACULDADE – ÚNICA
	 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE INSPEÇÃO ESCOLAR
	De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, a Inspeção Escolar, há tempos necessita de uma reestruturação uma vez que não fora, este Serviço adaptado para atender a Lei 4024/61 tendo sido tão somente regulamentada em 1962 e 1968. 
	Até então, cabia ao Estado Autorizar, Reconhecer e Inspecionar as escolas de ensino Primário e Normal. Hoje com a Resolução d o CEE 449 de 24 de outubro de 2002 os termos foram adaptados para Credenciar e Recredenciar estando os níveis da educação de acordo com a nova LDB.
	Na antiga Lei 4024/61, todos os estabelecimentos do grau médio, poderiam passar para o Sistema Estadual de Ensino, desde que formalizassem sua opção. Isto acarretou uma sobrecarga para o Sistema que assumiu a responsabilidade de autorizar, reconhecer e inspecionar também escolas de grau médio.
	Entretanto, o Sistema Educacional não contou, de imediato, com as necessárias alterações em seu quadro de pessoal, para levar a bom termo a nova tarefa.
	 Esta Portaria permitiu o remanejamento de professores do Ensino Médio para a função de Inspetor a título precário.
	Assim, nessa época os problemas se avolumavam, sobretudo devido à situação funcional da grande maioria dos Inspetores, ou seja: Professores afastados da docência, para o exercício da função sem a remuneração correspondente.
	Até então, cabia ao Estado Autorizar, Reconhecer e Inspecionar as escolas de ensino Primário e Normal. Na antiga Lei 4024/61, todos os estabelecimentos do grau médio, poderiam passar para o Sistema Estadual de Ensino, desde que formalizassem sua opção. Então, em fevereiro de 1975, numa reunião de Diretores das antigas Delegacias Regionais de Ensino, o Diretor da Superintendência Educacional solicitou das Delegacias Regionais de Ensino um Plano de Reorganização do Serviço de Inspeção Escolar em suas jurisdições, para a aprovação da Superintendência Educacional. É bom lembrar que, em algumas Delegacias Regionais de Ensino não existia “nenhum” professor designado para a Inspeção do Ensino Médio e, que para o Ensino Primário o número de Inspetores Escolares não era suficiente.
	Havia Inspetor Escolar com a responsabilidade de assistir mais de 50 estabelecimentos de ensino. Então, a partir dos planos de Inspeção, as Delegacias Regionais de Ensino puderam convocar mais professores para a função de Inspetor e distribuir as escolas entre os Inspetores de maneira mais racional eliminando, principalmente, a atuação de mais de um Inspetor Escolar em unidades de ensino que mantinham o 1 e 2 graus.	
	Pela descentralização, as normas vigentes, em especial a LDB 9.394/96, atribuem à escola maior grau de autonomia, definindo ser de sua competência a construção da Proposta Pedagógica, com a decorrente administração de seu cotidiano. As escolas, ao trabalharem com as propostas pedagógicas construídas pelo coletivo da Escola, observam as diretrizes gerais básicas que definem os rumos da educação brasileira. Sob esta ótica, o Serviço de Inspeção Escolar, elo de ligação entre a escola e a Superintendência Regional de Ensino - SER, deve funcionar de forma que ajude a escola no esforço de assegurar ao aluno o acesso, a permanência e uma educação de qualidade.
	Esta educação de qualidade, necessária ao exercício da cidadania, constitui preocupação e aspiração de uma sociedade cada vez mais consciente e exigente.
	
 A Inspeção Escolar, a partir dos novos paradigmas, passa a ser fortalecida pela integração dos profissionais na contribuição efetiva à organização e funcionamento das escolas, exercendo competências técnicas e políticas a serviço dos amplos objetivos da escola dentro de uma sociedade democrática. Por outro lado a deformação da educação desejada é muitas vezes alimentada pelo trabalho burocratizado, esvaziado e empobrecido de conteúdo político social e pedagógico ficando centrado em rotinas cobrança de papéis e de informações secundárias.
 	A escola de trinta ou cinquenta anos atrás e a escola de hoje são instituições diferentes. Mudaram os alunos, mudou a função social da escola exigindo, portanto, mudança de sua organização e funcionamento, não permitindo mais que continuem sendo formados profissionais para uma escola que não existe mais. Além disso a autonomia da escola é fortalecida com a responsabilidade de prestar contas e de se submeter a avaliação e ao controle externo de seus resultados.
	De que maneira isso ocorre?
	É que a flexibilidade da Lei ocorre o risco de interpretações equivocadas e engessadoras, o que exige um entendimento claro dos princípios básicos e fundamentais emanados da Constituição de 1988.
	 O Inspetor Escolar, ao interpretar a lei e acompanhar sua execução nas instituições de ensino, precisa levar em conta esses diferentes interesses e valores que refletem não só o texto legal como também as posturas dos profissionais da escola e as atitudes de alunos e seus pais.
Isto, no entanto, sem deixar de observar os princípios básicos, os objetivos e as diretrizes fundamentais que os legisladores estabeleceram, uma vez que tais fundamentos também decorrem dos valores e dos fatos percebidos por eles na sua análise da sociedade brasileira.
O Regimento Escolar é o documento que define os ordenamentos básicos da estrutura e do funcionamento da escola, devendo conter os princípios educacionais que orientam as atividades de cada nível de ensino oferecido, bem como registra o compromisso formal dos diferentes segmentos da escola para com a comunidade na qual está inserida e as relações entre eles. 
Referir-se- à tanto ao perfil da instituição e às suas características permanentes, para garantir à comunidade normas estáveis de funcionamento da escola, quanto à proposta pedagógica da escola.
Na elaboração das normas, levando-se em conta a realidade de cada estabelecimento, sugere-se sejam considerados pelo menos os seguintes aspectos:
●Denominação, instituição legal, entidade mantenedora; caracterização da escola (cursos oferecidos, clientela a ser atendida e localização);
 ● organização administrativa, financeira e técnica: estrutura organizacional (colegiados, coordenação e outros órgãos) competência dos diferentes órgãos e dos profissionais da escola;
● Instituições escolares(Associação de Pais, Caixas Escolares, Grêmios e outros);
● Organização disciplinar: direitos e deveres dos componentes da comunidade escolar;
●Política educacional da escola: objetivos e função social da escola;
● Fundamentos éticos, políticos e educacionais; formas de organização de seus cursos (ciclos, séries, ou outras); diretrizes norte adoras da verificação de rendimento escolar;
● Critérios para matrícula, classificação, reclassificação, transferência, aceleração e aproveitamento de estudos e outros atos da vida escolar;
● Normas destinadas ao atendimento dos princípios de gestão democrática na escola pública;
● Outros aspectos que a escola julgar necessários.
REFERÊNCIAS
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – 9 394/96
PARECER DO CEE/MG 1132/97
PARECER DO CEE/MG 1158/98
PARECER DO CEE/MG 441/01
LEI DELEGADA 122/2007
RESOLUÇÃO DA SEE/MG 722/2004
PARECER CEE 651/03
PARECER CEE 654/01
PARECER CEE 388/03
PARECER CEB 11/2000
MENEZES João Gualberto de Carvalho – Princípios e Métodos de inspeção Escolar – São Paulo – Saraiva 1977.
GHIRALDELLI Paulo – Filosofia e História da Educação
VASQUEZ Valdez Sanches _Ética
SITE SEE/MG www.educacaog.gov.br

Continue navegando