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TCC IMPORTÂNCIA INSPETOR ESCOLAR

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A IMPORTÂNCIA DO INSPETOR NO CONTEXTO ESCOLAR
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RESUMO- O presente artigo é uma revisão bibliográfica que parte da importância do inspetor escolar no cenário educacional. Busca-se compreender a atuação do inspetor escolar e a sua evolução na disseminação do ensino. Destacando às mudanças significativas ao longo dos anos, deixando de exercer a função fiscalizadora e burocrática para uma atuação democrática e participativa na rotina das escolas, que primem pela problematização do ensino através da educação.
Palavras-chaves: Cenário educacional. Função fiscalizadora. Problematização do ensino. 
ABSTRACT- This article is a bibliographical review based on the importance of school inspection in the educational scenario. It seeks to understand the performance of the school inspector and its evolution in the dissemination of teaching. Highlighting the significant changes over the years, failing to exercise the oversight and bureaucratic function for a democratic and participatory action in the routine of schools, which excel in the problematization of education through education.
Keywords: educational scenario, inspection function, teaching problematization.
 
1. INTRODUÇÃO
No contexto atual o inspetor escolar colabora com o processo democrático da instituição escolar. E nem sempre foi assim, devido o que a história nos remete. Diante às mudanças ocorridas ao longo dos anos com a democratização do ensino surge com a necessidade de uma nova concepção em relação à realidade atual da escola.
Sendo assim, o inspetor escolar devido ao novo contexto teve o seu conceito modificado pelo fato de que o perfil do profissional agrega não só a função de fiscalizar como também atuar de forma consciente com os pressupostos necessários, a fim de que a sua atuação ocorra de forma participativa.
De certa forma, o inspetor escolar teria como motivação o objetivo de repensar sua prática frente aos novos paradigmas buscando evidenciar a necessidade de sua prática pedagógica e como ele pode contribuir para a modificação das práticas tradicionais no contexto escolar.
E como principal contribuição o inspetor escolar além de inspecionar, examinar, verificar, exercer vigilância, fiscalizar passou a ocupar uma posição de destaque nas unidades escolares. Compreendendo com a verificação das obrigações legais das instituições escolares, delimitando as restrições e proibições de ações, para seu bom funcionamento. 
Todavia, o artigo buscou resposta para o seguinte questionamento: Qual a influência do inspetor escolar no relacionamento com a instituição escolar?
O objetivo geral deste artigo é descrever as funções e atuação do inspetor escolar e seu relacionamento interpessoal com a equipe escolar, mostrando a evolução do papel do inspetor escolar com a democratização do ensino.
A estrutura do presente artigo traz três capítulos onde serão abordadas as questões relacionadas à inspeção escolar. O primeiro capítulo dará ênfase aos conceitos e a revisão teórica sobre o inspeção escolar. O segundo capítulo apresenta as atribuições do inspetor escolar. O terceiro capítulo apresenta a atuação do inspetor nas Superintendências de Ensino, justificando que a inspeção é uma ferramenta importante para a melhoria do ensino e da qualidade, facilitando o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.
2. CONCEITOS SOBRE INSPEÇÃO ESCOLAR
Segundo Ferreira (2001), a palavra inspeção significa revista, fiscalização, carga semântica negativa que expressa à aversão dos professores a figura do inspetor. Diante dessa comprovação, constatamos a necessidade de investigar as matrizes da Inspeção Escolar e suas relações com a profissão docente e, na medida do possível, “desconstruir” as concepções equivocadas atribuídas atualmente a este profissional. 
De acordo com Augusto (2010), em Minas Gerais, o parecer nº 794/83, publicado em 29/12/1983, apresenta a inspeção como uma maneira de prevenir e corrigir desvios e disfunções no sistema. Ela pode também colaborar na revisão crítica das normas e práticas institucionalizadas. A inspeção é uma prática educativa que se reveste de forte cunho político e acentuado caráter pedagógico. Segundo o parecer, a inspeção cuida da organização e funcionamento das escolas em todos os seus aspectos. Assim, cabe à inspeção vigiar e controlar, bem como, avaliar, orientar, corrigir, contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino. O parecer deu origem à resolução 305/83, definida como um processo pelo qual a administração do sistema de ensino assegura a comunicação entre os órgãos centrais, os regionais e as unidades de ensino, por meio da verificação, avaliação, orientação, correção e realimentação das ações escolares. O Inspetor exerce as suas funções no estabelecimento de ensino sem estar vinculado a ele, atualmente, é um profissional lotado nas Superintendências regionais de ensino.
A inspeção escolar avalia as condições e o modo de funcionamento de um estabelecimento de ensino. Nesse tipo de vistoria a escola é observada em vários aspectos, como as condições físicas do prédio, os procedimentos pedagógicos adotados e a administração da escola. A inspeção escolar é obrigatória e está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. (https://www.significados.com.br/inspecao/, 2017)
2.1. TRAJETÓRIA DA INSPEÇÃO ESCOLAR NO BRASIL
A trajetória da inspeção escolar, no histórico da educação no Brasil, remonta a 1.756, no exercício de um papel legitimador da estrutura burocrática de poder do Estado, em manter a escola sob seu controle. Em 1.799, já se inicia a fiscalização das aulas régias, serviço de inspeção realizado por um professor de confiança do vice-rei. (BOTELHO, 1986, p. 34). 
No ano de 1906, o Brasil que já incluía a Reforma João Pinheiro houve uma divisão dos inspetores exerciam suas funções de maneira migratória e somente em 1927 que teve a criação da Inspetoria Geral de Instrução Pública que atuava juntamente com o Conselho Superior de Instrução.
Tendo sido criada, em 1927, a Inspetoria Geral de Instrução Pública, atuando junto ao Conselho Superior de Instrução. Sendo assim, houve uma grande evolução entre os de 1930 a 1961, ficando estabelecido que todos os estabelecimentos educacionais deveriam serem inspecionados. 
E ao longo dos próximos anos todas as alterações no âmbito educacional tiveram respaldo na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBN.
 
3. ATRIBUÍÇOES DO INSPETOR ESCOLAR
As atribuições do inspetor escolar estão correlacionadas à organização e ao funcionamento das unidades escolares. Com a função controladora e disciplinar de atos e procedimentos desviados da legalidade das escolas, no sentido de regular o sistema de ensino.
De fato, a inspeção escolar tem, segundo De Grouwe (2006, p. 56), uma relação muito forte com o Estado, o qual representa junto à sociedade. Por tais razões, é vista, muitas vezes, como os olhos e a mão do Estado, junto às comunidades escolares. A sua ação é, portanto, de controle, daí o seu caráter impopular. Os Inspetores Escolares exercem as atividades relativas à vigilância, à avaliação externa, à verificação das obrigações e procedimentos legais.
Todavia a LDBN que é a legislação vigente da educação se deparou com os novos paradigmas da atualidade. Simultaneamente propõe ao inspetor escolar através de sua representação legítima uma interação com as escolas e seus diretores.
Sobretudo as funções–base da inspeção escolar são, segundo Meuret (2002, p 32): exercer o controle externo das escolas, tanto no domínio pedagógico como no administrativo/financeiro, oferecer a orientação e a sustentação/apoio às instituições escolares em suas ações educacionais e exercer a intermediação entre as escolas e o sistema gestor, isto é, a ligação ou comunicação bidirecional, no sentido de uma melhor articulação do sistema educacional.
Do mesmo modo, a otimização dos trabalhos realizados pelo inspetor escolar esbarram em barreiras provocadas pela burocracia sobressaindo pela constante busca de resultados positivos em prol da educação.
Dessa forma,grande parte das suas atribuições se aproxima da conceituação que Weber (1978, p. 146) faz do termo burocracia, associando aos princípios da racionalização, ligados à eficiência e ao máximo rendimento, definindo a vigência da legitimidade como o exercício da autoridade institucional.
Com intuito de sempre procurar pela assertividade o inspetor escolar busca pela correição, auditoria, orientação e assistência técnica, e também são considerados o porta voz do Poder Público na escola. E seu perfil tem a função de verificar, de avaliar, de orientar, de correção e de realimentadora.
Inclusive, como o Inspetor Escolar está sempre em contato com as comunidades escolares e tem um papel importante na comunicação entre os órgãos da administração superior do sistema e os estabelecimentos de ensino que o integram, “volta-se para : organização e funcionamento da escola e do ensino, a regularidade funcional dos corpos docente e discente, a existência de satisfatórios registros e documentação escolar…”(RESOLUÇÃO 305/83).
4. ATUAÇÃO DO INSPETOR NAS SUPERINTENDÊNCIAS
A atuação do inspetor escolar se limita em atender as escolas estaduais, municipais e particulares que estiver sob a responsabilidade da superintendência a que estiver lotado, sendo que as visitas nestas escolas deverão ocorrer ao menos semanalmente e o deslocamento até às mesmas são custeadas pelo governo do Estado. 
O cargo de inspetor escolar é de dedicação exclusiva, totalizando 40 horas semanais em sua jornada de trabalho e durante as suas visitas nas escolas deverá ser preenchido o Termo de Visita, que deverá ser claro e objetivo, contendo informações, sugestões e determinação de cumprimento de medidas necessárias.
5. CONCLUSÃO
Percebemos através desse trabalho acadêmico e bibliográfico, que do século XXI requer uma nova escola e um renovado serviço de Inspeção Escolar, direcionada para uma escola cidadã, aquela que garantam a todos os alunos acessos e permanência, com uma educação de qualidade. Os princípios constitucionais e as normas estabelecidas pelos Conselhos Nacionais e Estaduais, a partir da Constituição de 1988, indicam que a universalização da educação, a equidade e a qualidade exigem entre outros a descentralização das decisões, autonomia com responsabilidades, gestão democrática e avaliação institucional.
Uma escola única de igual padrão assumida pela gestão dependente de decisões repassadas pelo poder central deve ceder lugar a participar e à possibilidade de incorporação de demandas específicas da comunidade. Passar desse modelo centralizador, autoritário e burocrático e menos controlador, é o desafio dos dirigentes escolares e dos Inspetores Escolares. Este profissional pode assumir uma função relevante e significativa, ao exercerem com competência e responsabilidade as funções de acompanhamento, apoio, supervisão, controle e avaliação das instituições escolares na implementação das políticas estabelecidas. Sob essa ótica, serviço de Inspeção Escolar é o elo entre a escola e a Superintendência Regional de Ensino – S.R.E. deve funcionar de forma que ajude a escola no esforço de assegurar ao aluno o acesso, a permanência e uma educação de qualidade. A Inspeção Escolar, a partir dos novos paradigmas, passa a ser fortalecida pela integração dos profissionais na contribuição efetiva à organização e funcionamento das escolas, exercendo competências técnicas e políticas a serviço dos amplos objetivos da escola dentro uma sociedade democrática. Por outro lado, a deformação da educação desejada é muitas vezes alimentada pela falta de profissionais suficientes para atender as escolas, trabalho burocratizado, esvaziado e empobrecido de conteúdo político, social e pedagógico, ficando em rotinas de cobranças de papéis e de informações secundárias. Existe a flexibilidade da lei, porém as interpretações equivocadas fazem com que necessitemos de uma maior presença do Inspetor Escolar nas escolas para que ocorra um entendimento claro dos princípios básicos e fundamentais emanados pela Constituição de 1988 e isso passa a ser um desafio para esse profissional. Esse profissional atual deve procurar uma bibliografia atualizada que possa auxiliar a definir as principais linhas de opções coerentes como o novo paradigma da educação, substituindo o autoritarismo e diretividade por posturas que contribuam para o crescimento profissional do professor, para a efetiva aprendizagem dos alunos e para a melhoria de qualidade do trabalho da escola em geral. Enfim espera-se da atuação do Inspetor Escolar a partir de novos paradigmas educacionais, que tenha vontade política, compromisso, competência, segurança e sabedoria.
6. REFERÊNCIAS BIBLIORÁFICAS
AUGUSTO, Maria Helena O. Gonçalves. A REGULAÇÃO DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS EM MINAS GERAIS E A OBRIGAÇÃO DE RESULTADOS: O DESAFIO DA INSPEÇÃO ESCOLAR. Tese de Doutorado. Belo Horizonte: FAE – UFMG, 2010. 
BOTELHO, M. C. Burocracia estatal e sistema escolar: uma relação mediatizada pela inspeção escolar. 1986. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Educação, Belo Horizonte.
DE GROUWE, A. L'État et l'inspection scolaire: analyse de relations er modèles d'action. 2006. Tese (Doutorado) - École Doctorale de Sciences, Instituto d'Études Politiques, Paris. 
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio Século XXI Escolar: o minidicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
MEURET, D. Les recherches sur l'efficacitté et l'equité des etablissements scolaires: leçons pour l'inspection. 2002. Disponível em: . WEBER, M. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Editora UnB, 1978. v. 1.
MINAS GERAIS. Resolução SEE Nº 305 de 29 de dezembro de 1983.

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