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DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO MANUTENÇÃO DE RADAR RSM970S RAD013 DISCIPLINA 3 – PROCEDIMENTOS DE CHECK DO ESTADO DE FUNCIONAMENTO DO RADAR RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA 2017 Curso de Manutenção de Radar RSM970S RAD013 Disciplina: Teoria de Radar Secundário Organização e elaboração do conteúdo (2015): Rosevelt Souza Valente CAP QOEA COM – CINDACTA III Itamar Alves ferreira SO BET – DTCEA-SM Miller de Freitas Barata 1S BET – CINDACTA III Gleidson de Souza Soares 1S BET – DTCEA – FN Revisão (2017): Uraci Ferreira Nogueira SO BET – CINDACTA II Fábio Sampaio Peres 1S BET – CINDACTA II 2 / 100 O presente trabalho foi desenvolvido para uso didático, em cursos que são oferecidos pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). O seu conteúdo é fruto de pesquisa em fontes citadas na referência bibliográfica, e que o(s) autor(es)/revisor(es) acreditam ser confiáveis. No entanto, nem o DECEA, nem o(s) autor(es)/revisor(es) garantem a exatidão e a atualização das informações aqui apresentadas, rejeitando a responsabilidade por quaisquer erros e/ou omissões. RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S APRESENTAÇÃO: Este material didático corresponde à disciplina Procedimentos de Check do Estado de Funcionamento do Radar. O material foi elaborado a partir de assuntos selecionados especialmente para orientar sua aprendizagem. A seguir você conhecerá os objetivos que deverá alcançar ao final da disciplina/unidade e os conteúdos que serão trabalhados. OBJETIVOS: • valorizar a importância da manutenção do RSM970S (Va); • identificar tipos de manutenções requeridas para os equipamentos do RSM970S (Cp); e • descrever a composição padrão e os equipamentos do RSM970S (Cp). EMENTA: Procedimentos de Check do Estado de Funcionamento do Radar: manutenção do RSM970S; composição padrão do RSM970S; e equipamentos associados ao RSM970S. 3 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S UNIDADE 1 PROCEDIMENTOS DE CHECK DO ESTADO DE FUNCIONAMENTO DO RADAR 1.1. MANUTENÇÃO DO RSM970S No âmbito do DECEA, as manutenções preventivas e corretivas dos equipamentos que compõem o SISCEAB (Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro) são orientadas através de normas específicas. Dentre elas destacam-se: • ICA 66-22 de 29/07/09 – Gerenciamento de Inoperâncias no SISCEAB; • ICA 66-23 de 21/05/09 – Licenças e Certificados de Habilitação Técnica para O Pessoal Técnico do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro; e • Boletim Técnico do PAME-RJ (específico para cada equipamento). Visando garantir a segurança, rapidez e economia para o controle de tráfego aéreo o RSM970S deve ser submetido a manutenções periódicas e corretivas, quando necessárias. Atualmente existem três níveis de manutenção preventiva e corretiva. Tais níveis estão descritos a seguir: • Nível de Manutenção Orgânico – é o serviço de manutenção caracterizado pelas intervenções elementares e de baixo grau de complexidade técnica. É realizado no próprio local de funcionamento dos equipamentos. • Nível de Manutenção Base – é o serviço de manutenção caracterizado pelas intervenções de média complexidade técnica. Compreende os serviços que necessitam do manuseio de instrumentos de teste de bancada; bancos de teste; equipamentos de ensaio existentes em laboratórios específicos; regulagens e reparo de cartões e módulos. • Nível de Manutenção Parque – é o serviço de manutenção caracterizado por intervenções de alto grau de complexidade técnica. Compreende serviços de manutenção que necessitam de pessoal técnico de reconhecida especialização; trabalhos de reparo ou revisão necessários à recuperação completa ou à revitalização; modificações técnicas e instalações. 1.2. COMPOSIÇÃO PADRÃO DO RSM970S O RSM970S executa as funções de um equipamento duplo interrogador/receptor e extrator/processador de dados. Sua arquitetura dupla inclui dois canais I/R separados. Tal 4 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S configuração facilita a manutenção em um canal enquanto o outro permanece operacional. Esse radar usa antena secundária como a AS909 ou equivalente. Conforme a figura 1, estação radar é basicamente composta por: • 2 canais I/R; • 01 unidade de RF (RFU) associada a antena secundária; • 01 sistema local de manutenção e visualizacão (IRIS); • 01 armário de controle de antena (AA2000); • 01 armário de distribuição de energia (AE2000; • 01 console (mesa técnica); • 01 unidade de controle remoto à estação STM. A estação possui ainda um codificador azimutal que transmite a posição angular da antena, por meio de incrementos, em formato digital. 5 / 100 Figura 1: Composição Básica da Estação Radar. Fonte: ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S Conforme a figura 2, cada canal I/R é composto por: • 01 gabinete IR – IRC • 01 transmissor – STX2000 • 01 receptor – SRX2000/MDR • 01 extrator / processador – IRP • 02 unidades de ventilação • 01 unidade de alimentação DC 6 / 100 Figura 2: Estação RSM970S do DTCEA-SJ. Fonte: ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S 1.2.1. Disposição dos Gabinetes Na figura 3, temos o gabinete duplo Interrogador/Receptor (IRCB) (item 5), com duas portas de acesso à frente e atrás, o canal A à esquerda e o canal B à direita. Ali, podem ser identificados os seguintes equipamentos: • receptor (SRX 2000) (item 4); • transmissor (STX 2000) (item 3); • extrator/processador (IRP – Interrogator ) (item 7); • cada canal I/R com uma unidade de gaveta de fontes (alimentação DC) - (item 9), sensores de temperatura e duas unidades de ventilação (itens 6 e 8); • armário de controle da antena (AA 2000) (item 2) situado junto ao gabinete I/R duplo (Fernando de Noronha); • armário de distribuição de energia (AE 2000) (item 1) montado de costas para o armário de controle da antena (AA 2000) (Fernando de Noronha); e • a unidade de comutação RF (RFU) (item 10), localizada no painel traseiro do canal A (lado esquerdo) do gabinete I/R. 7 / 100 Figura 3: Gabinete Duplo Interrogador/Receptor (IRCB). Fonte: Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S 1.2.2. Configuração da Mesa Técnica A figura 4 apresenta a configuração da Mesa Técnica (item 11). Nela, podem ser identificados os itens a seguir: • Computador RCMS (posição LTM) (item 12) • Monitor local de visualização (IRIS) (item13) • 02 minigabinetes ligados à mesa técnica, sendo: ◦ gabinete esquerdo com: ▪ 01 gaveta de comutação de vídeo (associada ao IRIS) (item 34); ▪ 01 receptor (GPS 2000) (item 33) (opção); ▪ 03 μlines 4 (itens 25, 26 e 32); e ▪ locais reservados a modems (itens 27 a 31). ◦ Gabinete direito com: ▪ 01 Unidade de Distribuição Azimutal (ADU 2000) (item 14); ▪ 01 receptor (GPS 2000) (item 15) (opção); ▪ 03 μlines 4 (itens 16, 17 e 24); ▪ 01 Unidade de Reagrupamento de Dados DRU 98 (função RCMS); e ▪ locais reservados a modems (itens 18 a 23). 8 / 100 Figura 4: Mesa Técnica. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S 1.2.3. Localização dos Subsistemas A figura 5 apresenta um esquema contemplando a localização dos principais subsistemas do RSM-970S. 9 / 100 Figura 5: Esquema do RSM970S. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S 1.2.4. Interação entre as Principais Partes do RSM-970S A figura 6 apresenta o diagrama em blocos funcionais das principais partes do radar. 10 / 100 Figura 6: Diagrama em Blocos do RSM970S. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S 1.2.5. Princípios de Funcionamento do Radar Secundário RSM-970S O funcionamento do RSM970S consiste na comunicação deste, que é um equipamento de terra chamado de interrogador, com um equipamento a bordo das aeronaves, chamado de transponder. Por meio de um diálogo codificado, este conjunto fornece ao controle de tráfego aéreo (ATC – Air TrafficControl) as informações adicionais de identificação e altitude das aeronaves sob controle. A função principal do radar secundário é fornecer tais informações. Para realizar estas duas tarefas o interrogador transmite um conjunto de pares de pulsos (SSR) que são os modos de interrogação. Sua estrutura representa uma pergunta tal como “Quem é você?” ou “Qual é a sua altitude?”. Após receber os pulsos de interrogação, o transponder transmite os códigos, ou seja, as respostas codificadas conforme a pergunta realizada. Embora o radar secundário seja independente e autossuficiente, é prática comum o funcionamento conjugado com um radar primário. Para que haja a apresentação simultânea dos alvos do primário e do secundário no mesmo indicador, é necessário que haja um sincronismo entre os dois sistemas, a fim de que as distâncias e azimutes dos alvos em ambos os sistemas sejam coerentes. A coerência em azimute é obtida com a antena secundária montada sobre a antena primária. 1.2.6. Principais características e parâmetros do RSM970S 1.2.7. Performances Área de cobertura e performance da detecção são garantidas pelo fabricante para:: • Radar operando em SSR com modos A/C entrelaçados • Hipótese de alcance em função da rotação da antena e PRF: ◦ 256 NM a 4.5 RPM e 70 Hz ◦ 256 NM a 7.5 RPM e 115 Hz ◦ 256 NM a 10 RPM e 150 Hz ◦ 150 NM a 15 RPM e 150 Hz ◦ 80 NM a 15 RPM e 150 Hz 11 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S • Probabilidade de detecção SSR dentro da área de cobertura com separação em distância >2NM (Nautical Mile, milha náutica = 1.832m) e em azimute > 2 x 2,4°= 4,8° : > 99 • Detecção de posição com alvos em “garbling” sobrepostos (sem FRUIT) • Informações de códigos falsos: ◦ Códigos modo A incorretos, porém validados: probabilidade < 0.1 % ◦ Códigos modo C incorretos, porém validados: probabilidade < 0.1 % ◦ Probabilidade de mensagem de conexão de dados falsos para uma resposta modo S: < 10-7 • Precisão da posição do alvo: ◦ Precisão em distância do alvo: < 14m ◦ Precisão em azimute do alvo: < 0,022° 1.2.8. Performances com Simulador de Alvos Durante ensaio em fábrica, utilizando um simulador de alvos, foram obtidos os seguintes resultados. • Hipóteses Ambientais ◦ 1100 FRUIT por segundo na largura do feixe de 3 dB (nível de FRUIT SSR sendo mais elevado do que nível de FRUIT do modo S) ◦ Setores de 45º: setor grande de 45º por quadrante de 90º 12 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S ◦ Setores de 3.5º: 4 setores pequenos de 3.5º dentro de dois grandes setores, diametralmente opostos em 360º ◦ Alvos com reflexão falsa: o maior entre 40 alvos/varredura ou 12% de carga de alvos • Carga máxima da CPU ◦ 80% quando a média é calculada sobre 3,5 ou 45º. ◦ 50% quando a média é calculada sobre toda a varredura. ◦ Carga de alvos regularmente distribuída em azimute e aleatoriamente distribuída em distância. 13 / 100 Figura 7: Distribuição de Carga de Alvos por Setor. Fonte: Thales, 2007. RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S 1.2.9. Características de RF • Frequências do radar ◦ Frequência de interrogação: 1030MHz ± 1MHz ◦ Frequência de recepção: 1090MHz ± 3MHz • Ganho máximo da antena: 27dBi • Largura do feixe azimutal da antena: 2,4° ± 0,25° no ponto de 3dB • Potência de pico máxima transmitida: ≈ 2570W (64dBm) • VSWR (TOE): < 1.5 (saída do gabinete) • Isolação entre canais: > 70dB • Ciclo de trabalho de transmissão ◦ 63,7% de 1,6ms (32 interrogações roll call modo S de 1,6ms, com uma interrogação a cada 50μs); capacidade de repetição desse ciclo a cada 16ms ◦ Mínimo de 5 % por giro de antena para o canal Σ • Tempo de comutação de RF: < 100ms 1.2.10. Características Técnicas • Partida do sistema ◦ Tempo de resposta do sistema (tempo entre o comando de partida e o envio de um plot através de uma linha de dados para um centro de controle): ≤ 4.5 minutos + 3 giros de antena (volta a cada 12s = 5 voltas/min quando acopladas a antena do LP23) ◦ Aquisição das primeiras aeronaves: mínimo de 99 % de aeronaves presentes na cobertura de vigilância do sistema dentro de 10 giros de antena após o primeiro plot ter sido disponibilizado na linha de dados para um centro de controle. ◦ Precisão da datação do processamento radar: < 2 ms ◦ Performance de temporização do sistema quando não sincronizado internamente (por receptor GPS): flutuação de ≤ 20 ms por mês • Controle e monitoração 14 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S ◦ Temporização da geração de relatórios de avarias on-line: < 2 s após a detecção da avaria. ◦ Sequência do processo de detecção de falhas: Sensores → DRU → RCMS ou CBP 1.2.11. Exemplos de Parâmetros • Parâmetros de recepção: valores RSLS (Reception Side Lobe Suppression) (K1, K2), etc. • Parâmetros de processamento: valores de limiar, etc. • Parâmetros TVBC (Time-Varied Base-Clipping): escolha de leis TVBC • Parâmetros do plano de sincronização: definição do padrão all-call / roll-call inicial e teste, utilização de vobulação, etc. Parâmetros de pistagem: limiares para os alvos (velocidade, aceleração, janelas Az, Dist., etc.) • Parâmetros SMS (baliza): coordenadas para a visualização (tolerância azimutal, etc.) • Parâmetros do protocolo modo S: prioridade de transação, atrasos para bloqueio, etc. • Parâmetros de configuração das linhas físicas: protocolo, velocidade de comunicação de dados, etc. • Parâmetros de seleção de dados de saída: ativação de entrega de dados especiais, tais como posições extrapoladas, dados de Geração de Plot de Teste (TTG), dados SMS, seleção de categoria (protocolo) de dados ASTERIX (All-purpose Structured Eurocontrol Radar Information Excahange), etc. • Parâmetros de saída do Monitor Local de visualização Local Display (LD): seleção de dados de saída para LD, etc. Parâmetros da interface radar primário: ativação do processamento PSR (Primary Surveillance Radar), etc. • Parâmetros diversos: velocidade de rotação nominal, IRF (Interrogation Rate Frequency) máxima, etc. • Parâmetros de gerenciamento do conjunto Cluster (configuração de vários interrogadores e rede de coordenação de vigilância SCN (Survaillance Coordinate Network)) • Agendamento do conjunto de parâmetros radar: mapas I/R, padrão operacional all-call/ roll-call, etc. 15 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S 1.2.12. Aplicação do Sistema RCMS (Remote Control and Monitoring System) O RCMS permite que o operador execute, remota e localmente, a monitoração, o controle e o gerenciamento. Para a execução dessas funções, o RCMS faz interface com o sistema radar, trocando dados como: configurações (a), status (b), parâmetros (c), avarias (d), controles (e) e medições (f). A função RCMS também é monitorada pelo BITE (Built-In Test Equipment). a) Configurações – são dados binários que refletem o modo ou o estado atual ou o estado da interface externa (por exemplo: modo autônomo sim/não, funcionamento correto sim/não, alarme/sem alarme, serviço ATCC (Air Traffic Control Center) desativado SIM/NÃO). Algumas configurações são de leitura-escrita (read-write) através do RCMS, local ou remotamente. b) Status – é um estado binário relacionado a interfaces externas ou equipamento não incluídos no BITE (NON BITED) (por exemplo, com GDLP (Groud Data Link Processor) sim/não, presença de μLINES/Linhas sim/não, disjuntor aberto/fechado, alimentação ligada/desligada). Os status são somente leitura (read only) através do RCMS. c) Parâmetros – são valores numéricos com as definições atuais da interface externa mais um conjunto reduzido de parâmetros operacionais I/R gerenciados pelo MRP (Mode S Radar Processing). Alguns parâmetros são somente leitura através do RCMS, por exemplo: o estado do serviço ATCC - desativado/não ok/sobrecarga/ ok, código radar II/SI (Interrogator Identifier/Surveillance Identifier). Outros parâmetros são de leitura-escritaatravés do RCMS, tais como: parâmetros de comutação Cold Switchover pré-definida, transmissão ativar/desativar, tempo de aplicação cluster dependent do parameter, modo operacional de inicialização, seleção mapa I/R, canal selecionado, LLT (Long Loop Test) essencial ou não para a operação. d) Avarias – fornecem informações sobre o estado técnico do equipamento supervisionado, identificadas pelo nível do equipamento ou da unidade funcional (por exemplo: avaria de alimentação, etc.). A avaria pode ser resgatada ou recuperada pela função BITE. As avarias são somente leitura. e) Controles – são informações lógicas ou numéricas enviadas ao equipamento controlado para modificar seu estado. Podem ser estados constantes ou pulsos (por exemplo, reset de código da avaria, reset do canal radar, teste off-line, pedido de comutação “switchover” do canal I/R, autorização de controle SDPT, etc.). 16 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S f) Medições – são dados numéricos atualizados continuamente e usados geralmente para manutenção, por exemplo: cargas da CPU (Central Processing Unit) – IRP, números de respostas de chamada geral /SSR por giro de antena, número de plots/pistas por giro de antena. As Medições são somente leitura. 1.2.13. Composição de Hardware e Software do Sistema RCMS O software do RCMS fica instalado nas posições de operação local (LTM) e de operação remota (STM), sendo esta última, por padrão, a que tem o controle do sistema. O hardware do RCMS que permite a interface com o usuário é composto por um teclado e um mouse, para a entrada de parâmetros e comandos, e de um monitor, para a exibição de informações usuais do sistema operacional e próprias do programa, que são visualizadas através de janelas correspondentes ao equipamento e seus subsistemas. Quando o sistema é iniciado, a janela de fundo de base, chamada janela do aplicativo RCMS, é apresentada. Todas as outras janelas RCMS são exibidas dentro desta janela. 1.2.14. Estrutura, funcionamento, funções operacionais e principais comandos do sistema RCMS Como já dissemos, as informações sobre as estações de supervisão são apresentadas ao usuário através de janelas (figura 8). Uma janela é uma área da tela delimitada por uma borda, em que são apresentados grupos de informações semelhantes. Elas apresentam os vários níveis de informação do sistema supervisionado e, dependendo de seu tipo, permitem o envio de controle, alteração de parâmetros e configurações do sistema de supervisão. As janelas são atualizadas assim que a DRU envia uma mensagem de alarme, mesmo que, no momento, a janela correspondente esteja oculta. Em geral, as janelas contêm zonas especiais utilizadas para identificá-las e gerenciá-las. Essas zonas especiais incluem: • o nome da janela (identificador e tipo); • os campos de controle para permitir o dimensionamento e posicionamento da janela; ou seja, ela pode ser cortada para caber dentro do campo do aplicativo RCMS. O controle de campo também permite remover a janela da tela (fechar); e 17 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S • o. controle de conteúdo, por exemplo: deslocamento de barra, caixas de seleção, botões para permitir que o usuário mude a maneira como o conteúdo da janela é exibido. Observe que, quando várias janelas são exibidas na tela do aplicativo RCMS, aquela que está ativa é a única com barra de título realçada. Já a tela de aplicação RCMS está sempre ativa. 1.2.15. Tela do Aplicativo RCMS A tela do aplicativo RCMS (figura 9) é composta por diversas áreas, são elas: • área em que o operador está atuando; barra do menu principal para entrada dos comandos do usuário: Exibir, Relatório, Utilitário, Janela e Ajuda; • barra de ferramentas e barra de árvore de navegação; • barra de status; • área da janela de diagrama em blocos; e 18 / 100 Figura 8: Janela Básica do RCMS. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S • barra de indicação. Abaixo serão descritas as áreas que compõe a tela do aplicativo RCMS: I. Nome da Área Esta área mostra a posição na qual o usuário está trabalhando atualmente, seguida do título da janela ativa (em geral é o nome da estação, sistema ou equipamento exibido na janela ativa). II. Barra de Menu Esta área permite que o usuário selecione os comandos. Cada menu (Exibir, Relatório, Utility, Window, Help) ativa um submenu quando escolhido. Esses submenus são descritos em detalhes na seção 3.3 (COMMAND entrada) desta apostila. 19 / 100 Figura 9: Tela do Aplicativo RCMS. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S III. Barra de Status Esta área exibe informações em tempo real sobre o sistema RCMS (figura 10). É dividida em seis partes, a saber: a) Comando de ajuda ao operador Este campo exibe uma ajuda contextual de acordo com a posição do mouse em qualquer botão ou qualquer linha de submenus. b) Nome de usuário Este campo mostra a identificação do usuário atual. Os IDs de usuário possuem direitos diferentes de acordo com seu tipo. Por exemplo, para encerrar o RCMS e renomear equipamentos ou sistemas, necessita-se do ID de usuário especial. c) Data UTC – hora UTC – hora LTC A data/hora UTC (Universal Time Coordenated) e LTC (Local Time Coodenated) estão ligadas conforme o fuso horário (este ajuste é feito através do comando Time, na janela de comandos do Windows). Na rede do RCMS, a hora UTC é disparada pelo gerenciamento de tempo da posição operador. Este atualiza, periodicamente, todas as posições de operação RCMS (Local, Supervisão ou Central) e Unidade de Reagrupamento de Dados (DRU) da rede RCMS. Porém, não é necessário atualizar manualmente data/hora nas posições de operação que não são gerenciadoras do tempo. Observe os pontos a seguir. • O Windows Explorer exibe a data de seus arquivos no tempo LTC. 20 / 100 Figura 10: Barra de Status. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S • O tempo exibido, armazenado e transmitido pelo RCMS está na hora UTC. • É necessário desligar o aplicativo RCMS antes de fazer uma mudança manual de data/hora, no caso de alteração de fuso horário e de horário de verão (na posição gerenciadora de tempo ou não). • A diferença de hora UTC / LTC é definida no start-up do RCMS. IV. Número da Base de Dados Este campo exibe o número da versão atual do banco de dados instalado na posição XOP (Posição de Operação número X). V. Barra Indicadora A barra indicadora exibe informações sobre: o conteúdo do buffer de alertas de todas as estações remotas RCMS, a conexão e o status de controle da estação selecionada. A estação selecionada fica ativa na janela do sinótico. A estação selecionada é definida nas seguintes situações. • Se um elemento for selecionado na janela ativa do sinótico, a estação selecionada é aquela à qual esse elemento pertence. • Se nenhum elemento está selecionado na janela ativa do sinótico, mas todos os elementos pertencem à mesma estação, esta será a estação selecionada. Ela é indefinida nas seguintes situações. • Se a janela ativa não for uma janela do sinótico. • Se nenhum elemento estiver selecionado na janela ativa dos sinóticos e nem todos os elementos pertencerem à mesma estação. Quando a estação selecionada estiver indefinida, todos os botões da barra de indicador estarão sem nome e a cor de fundo será verde-escura (figura 11). 21 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S a) Botão “All Alerts” O botão “All Alerts” é exibido na cor vermelha se houver pelo menos um alerta armazenado na página de Alertas (figura 12). A janela de alertas é exibida quando o operador clica sobre esta caixa com o botão esquerdo do mouse. O conteúdo da janela de alertas exibidos não depende da estação selecionada ou da seleção do botão Mostrar todos os alertas. Caso não haja alertas, nenhuma palavra será exibida, ficando acaixa na cor marrom e não será possível abrir a janela de alertas, é um botão não selecionável (figura 13). b) Botão de Conexão (CONNECT) Este botão indica o estado da conexão entre a Estação Local e uma Estação Remota selecionada (XOP ou DRU). Ele exibe palavras e cores diferentes, dependendo do estado da conexão da estação selecionada, conforme vemos na tabela a seguir. 22 / 100 Figura 11: Barra de Indicação. Fonte: Thales, 2007. Figura 12: Botão All Alerts. Fonte: Thales, 2007 Figura 13: Botão No Alerts. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S Nota: qualquer que seja o estado de conexão, um clique esquerdo no botão exibe a janela de conexão dos sinóticos (atalho). A cor da caixa de conexão na barra de ferramenta e a cor de um ícone selecionado na janela de conexão dos sinóticos são idênticas e a mesma informação é apresentada. c) Botão de Controle (Control) Este botão informa a situação de controle para a estação selecionada. Pode ser apresentado com dois estados diferentes. Nota: qualquer que seja o estado de conexão exibido, um clique esquerdo 23 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S no botão exibe a janela de conexão dos sinóticos. VI. Barra de Ferramentas Esta barra de botões (figura 14) permite que o usuário selecione itens utilizando o mouse. Tais itens são atalhos para acessar os diferentes menus de entrada de comandos. Se não estiverem disponíveis, os botões são pintados na cor cinza. O item no qual o botão atuará é definido da seguinte forma. • Se um elemento é selecionado na janela ativa do sinóptico, o item (estação ou equipamento do sistema) é um dos elementos a serem considerados. • Se nenhum elemento está selecionado na janela ativa do sinóptico, mas todos os elementos pertencem à mesma estação, a estação selecionada será ela própria. O item selecionado não está definido nos seguintes casos. • Se a janela ativa não é uma janela dos sinóticos. • Se nenhum elemento estiver selecionado na janela ativa dos sinóticos e todos os elementos não pertencerem à mesma estação. Quando o item selecionado é indefinido, todos os botões são cinza e estão indisponíveis. Os diferentes botões são mostrados a seguir. a) Botão de Máscara (figura 15) 24 / 100 Figura 14: Barra de Ferramentas. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S Mascaramento Local: o item selecionado é localmente mascarado ao nível da posição do operador. Desmascaramento Local: o item selecionado (estação, equipamento do sistema) é localmente mascarado ao nível da posição do operador. b) Botões de Detalhamento de Página (figura 16) Os botões da figura 16 são detalhados abaixo: Configuração: exibe a página de detalhes de configuração da seleção. Será habilitado ou desabilitado de acordo com o símbolo selecionado. Medição: exibe a página de detalhes de medição da seleção. Será habilitado ou desabilitado de acordo com o símbolo selecionado. Status: exibe a página de detalhes do Estado da seleção. Será habilitado ou desabilitado de acordo com o símbolo selecionado. Parâmetro: exibe a página de detalhes do parâmetro da seleção. Será habilitado ou desabilitado de acordo com o símbolo selecionado. Controle especial (Botão O): mostra a página de controles especiais da seleção. Será habilitado ou desabilitado de acordo com o símbolo selecionado. Falha: exibe a página de detalhes de falha do símbolo selecionado. c) Personalização de página (figura 17) 25 / 100 Figura 15: Botões de Máscara. Fonte: Thales, 2007 Figura 16: Botões de detalhamento de página. Fonte: Thales, 2007 Figura 17: Botão de persolnalização de página. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S Custom detalhe: exibe a página de detalhes personalizados se esta não estiver vazia. d) Botões de Alerta (figura 18) Clicando no botão Alertas (botão A preto) exibe-se os alertas relevantes para a estação selecionada. A estação é selecionada de acordo com o item escolhido, que podem ser: estação, sistema ou equipamento. De acordo com o item 5 do subcapítulo 1.8.1 – Barra indicadora – se o botão All Alerts tiver sido selecionado, todas as indicações existentes na página de alertas serão exibidas, seja qual for a estação selecionada. Clicando no botão Alertas Ativos (botão A vermelho) exibe-se a janela de alertas ativos. e) Botões de Relatório (figura 19) Abaixo serão descritos os botões de relatório da figura 19: Botão M: exibe a caixa de diálogo relatório de máscara. Botão A: exibe a caixa de diálogo relatório de alerta. Botão U: exibe a caixa de relatório não disponível. Botão D: exibe o relatório de registro diário (Daily Log). Botão E: exibe a caixa de relatório do estado do elemento. Botão T: exibe a caixa de diálogo relatório de página detalhado. VII. Área da árvore de Navegação Esta área (figura 20) permite exibir rapidamente uma janela de sinótico em primeiro plano, utilizando o mouse ou o teclado para navegar. Sua aparência é similar à árvore de navegação do Windows Explorer quando o operador quer abrir ou selecionar uma janela dos sinóticos. 26 / 100 Figura 18: Botões de Alerta. Fonte: Thales, 2007 Figura 19: Botões de Relatório. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S Três ícones de nível superior são exibidos na janela sinótica. São eles: • janela principal sinótica para a posição; • janela sinótica padrão; e • janela de conexão sinótica. 27 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S Referente a árvore de navegação da figura 20, um sinótico (janela) aberto tem seu ícone correspondente habilitado (exibido em cores). 28 / 100 Figura 20: Árvore de Navegação. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S Um sinótico fechado tem seu ícone correspondente desabilitado (exibido em cinza). Quando um sinótico contém um elemento em pane (de acordo com o atual critério de alerta), o seu ícone correspondente tem uma linha vermelha cruzada. O equipamento, o sistema e a raiz dos ícones também são cruzados por uma linha vermelha. Esse estado de falha é atualizado assim que qualquer mudança ocorra no sinóptico. O nome do sinóptico é exibido no lado direito do ícone. As barras de rolagem horizontal e vertical estão disponíveis de acordo com o conteúdo do tamanho da janela. VIII. Área do Diagrama em Blocos Composta por uma ou várias janelas do diagrama, esta área é usada para mostrar o estado das estações supervisionadas, sistemas, equipamentos e unidades funcionais. Ela pode conter detalhes da janela, além de uma janela pop-up de acordo com a seleção do operador. IX. Janela do Diagrama em Blocos A partir do nível sinótico superior da janela do diagrama, o usuário pode exibir o próximo nível inferior sinótico, voltar ao nível anterior, ou exibir simultaneamente vários sinóticos sobre a tela (no máximo 12). Isso pode ser feito utilizando-se o comando apropriado na barra de árvore de navegação ou clicando duas vezes nas caixas. As janelas fornecem informações relativas à estação, ao sistema ou à disponibilidade e configuração do equipamento. Elas são ordenadas em uma estrutura de barra de navegação em árvore para que, se possível, a seleção de um elemento dentro de uma janela (por exemplo, equipamento dentro de um sistema) apresente a janela de nível imediatamente inferior para o elemento. 29 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S A janela do diagrama mostra o título da janela (por exemplo, primary radar) e contém sinóticos que representam os elementos monitorados. Esses sinóticos de exibição dos componentes da janela, que representam várias estações de supervisão (Centro e/ou radar e/ou acessórios e/ou comunicação de voz). A janela composta é o nível superior no diagrama em blocos para uma posição do operador, que supervisiona diferentes estações (figura 22). Os vários tipos de janelas são apresentados a seguir. 30 / 100 Figura 21:Diagrama Hierárquico dos Blocos. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S A janela de uma estação (figura 23) exibe sinóticos, que representam os sistemas de uma estação supervisionada, isto é, grupos de itens de equipamento que pertence à mesma função, como radar primário, radar secundário. A janela da estação é o nível superior na hierarquia do diagrama para uma posição do operador, que controla apenas uma estação. 31 / 100 Figura 22: Janela de composição do Diagrama. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S 32 / 100 Figura 23: Janela da Estação. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S 1.3. Equipamentos associados ao RSM970S Neste momento serão descritos os equipamentos associados ao RSM970S. 1.3.1. Diagramas de Irradiação em Elevação e Azimute para um Radar Secundário Monopulso Veremos mais adiante que, para a implementação do SLS (Side Lobe Supression), faz-se necessária a utilização de duas antenas. Uma direcional, de interrogação, que é a antena do radar secundário propriamente dita e outra omnidirecional, de controle, que permite ao transponder dispor de um nível de referência para evitar respostas nos lóbulos secundários da antena de interrogação. A primeira ideia que vem naturalmente é empregar duas antenas colocadas uma sobre a outra. Essa solução tem sido adotada por alguns fabricantes. Outros utilizam uma só antena para elaboração dos dois diagramas. Nesse sentido, é importante observar os aspectos a seguir. No transponder, a discriminação de amplitude é feita entre os pulsos P1 e P2 de forma que, quando o pulso P3 chega, a decisão de resposta já foi tomada. Os pulsos P1 e P3, que definem os modos, são emitidos pela antena de interrogação soma (direcional) e o pulso P2 é emitido pela antena de controle (omnidirecional). Apesar de a potência ser a mesma para os três pulsos, o diagrama de irradiação será parecido com o apresentado na figura 24, devido à divisão do sinal pelos dipolos, conforme a função soma ou controle. Para uma aplicação prática, não é necessário que o diagrama de controle seja totalmente omnidirecional, mas deve satisfazer duas condições: • no eixo de irradiação máxima é necessário que o diagrama de controle seja, ao menos, 10dB abaixo do lóbulo principal do diagrama de interrogação; e • fora do lóbulo principal, o diagrama de controle deverá cobrir o diagrama de interrogação. 33 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S Feitas as observações acima, verificamos que, para que a utilização de uma única antena satisfaça as exigências do SLS, é suficiente que tal antena tenha um diagrama de controle menos diretivo. Ou seja, sua irradiação na direção dos lóbulos secundários deverá ser superior à irradiação desses lóbulos. Portanto, para a elaboração do diagrama de controle, utiliza-se somente a parte central da antena de interrogação e, a esta parte central, adiciona-se um elemento para irradiação traseira, de modo a reforçar a irradiação lateral e tornar mais difusa a irradiação no eixo principal. A figura 25 fornece uma ideia da forma do diagrama de irradiação da antena única. 34 / 100 Figura 24: Diagrama de irradiação para o Sistema SLS. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S 1.3.2. Características da Antena AS909 a) Polarização vertical b) Diagrama de Interrogação • Largura do feixe em azimute = 2,4° • Largura do feixe em elevação ≥ 45° tipo LVA (Large Vertical Aperture) • Ganho ≥ 27 dB • Nível de lóbulos secundários < 22 dB c) Diagrama de Controle • Ganho próximo de 10 dB • Lóbulos secundários - recobrem os lóbulos secundários e difusos do diagrama de interrogação. I. Irradiação da AS909 Os pulsos P1 e P3 são irradiados por um diagrama diretivo, enquanto o pulso P2 é irradiado por um diagrama menos diretivo. Os dois diagramas irradiados pela antena são obtidos pela repartição da energia em amplitude e em fase. 35 / 100 Figura 25: Diagramas de Irradiação da Antena. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S Esta antena é composta por um grande número de dipolos na sua parte frontal e poucos dipolos ao centro, na parte traseira. Eles são energizados por um jogo de acopladores, que fazem a repartição do sinal nos diferentes painéis e, dessa forma, permitem modelar os diagramas irradiados. O sinal de interrogação, pulsos P1 e P3, é repartido entre todos os dipolos, exceto o dipolo traseiro, através de um divisor de potência, seguindo uma distribuição gaussiana para a potência e com a mesma fase. O sinal de controle, pulso P2, é repartido com fases opostas entre as metades direita e esquerda da seção central. A fase do sinal enviado ao dipolo traseiro é tal que permite ao diagrama de controle recobrir o diagrama de interrogação na zona posterior. II. Diagrama de Interrogação da Via Soma (Σ) Este diagrama utiliza a totalidade dos painéis de dipolos frontais da antena, com exceção do dipolo traseiro. Com a repartição não uniforme das potências dos diferentes dipolos, teremos um feixe bastante diretivo no eixo da antena e uma diminuição dos lóbulos secundários nas outras direções. III. Diagrama de Controle da Via Ômega (Ω) Este diagrama é elaborado a partir dos painéis centrais frontais da antena, aos quais se adicionam ainda os dipolos traseiros. Assim, produz-se um feixe de irradiação que irá recobrir as irradiações laterais ou lóbulos secundários do diagrama principal ou de interrogação. Essa via apresenta um diagrama com ganhos sensivelmente iguais em todas as direções que são, pelo menos, iguais aos ganhos dos lóbulos secundários e muito inferiores ao ganho do lóbulo principal da via soma (Σ). IV. Técnica Monopulso No radar secundário convencional, a medida do azimute é obtida a partir da média de todas as respostas recebidas durante a varredura da antena sobre o alvo. Devido ao aumento da demanda no transporte aéreo de passageiros e de carga que tem proporcionado considerável acréscimo na quantidade de aeronaves a serem controladas, causando congestionamentos do tráfego aéreo em locais e períodos de maior movimento foi necessário a utilização de técnicas que melhorassem a identificação das diversas aeronaves sob controle. Sendo assim, com a aplicação da técnica monopulso associada aos novos radares, é possível melhorar a precisão e a discriminação azimutal do radar secundário (figura 26). 36 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S A utilização da técnica monopulso permite, ao radar secundário, conhecer com precisão o azimute do alvo a cada resposta do transponder. O sistema possui um dispositivo a mais de estreitamento do lóbulo principal da via soma, que permite levar em conta somente as respostas recebidas numa pequena parte do lóbulo principal. O lóbulo da Via Delta (Δ), usado somente para a recepção, forma a via diferença. Sua principal característica é apresentar ganho mínimo no eixo da antena, isto é, onde o lóbulo Soma (Σ) é máximo. O pulso de controle P2 é emitido pela via Ω e o conjunto de recepção possui mais um receptor para a via diferença. A diferença de amplitude das impulsões recebidas nessas duas vias é máxima quando a resposta vem no eixo da antena. O equipamento permite atribuir, à amplitude dos sinais da via Delta (Δ), um coeficiente K2 ajustável entre -10dB e +10dB, possibilitando a redução da largura do feixe do lóbulo principal. 37 / 100 Figura 26: Diagrama de Irradiação com Monopulso. Fonte: ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S a) Procedimento para a Melhoria da Precisão Azimutal Como vimos, é preciso conhecer o desvio existente entre a direção da resposta da aeronave e o eixo da antena para obter uma precisão ótima. Convencionalmente, a posição angular de um alvo é estimada tomando-se o meio do setor varrido entre a recepção da primeira resposta e da última. A técnica monopulso permite efetuar a medida de afastamento do centro do feixe a cadaresposta, dessa forma, aumentando a precisão azimutal. Podem ocorrer três casos de recepção da resposta da aeronave, dependendo de sua posição dentro do lóbulo principal do diagrama de interrogação: • Quando o alvo encontra-se no ponto de cruzamento dos diagramas a amplitude do sinal na via Soma (Σ) é igual ao da via diferença (Δ), sendo a diferença (Σ - Δ) entre os sinais zero. • Quando o alvo se encontra no centro da antena a amplitude do sinal na via Soma (Σ) é máxima, enquanto na via diferença (Δ) é mínima. A diferença (Σ - Δ) entre os sinais é máxima. • Pode-se determinar o afastamento do alvo em relação ao centro da antena em função da diferença (Σ - Δ) da amplitude das vias diferença (Δ) e soma (Σ). Observa-se também que: • a recepção de um pulso faz-se com o nível A1 no diagrama Σ e com nível A2 na via Δ,conforme figura 27; • a fase (θ) relativa entre as vias diferença (Δ) e soma (Σ), em relação ao eixo da antena, é 0° na direita e 180° na esquerda; e • a relação das amplitudes A1/A2 representa o deslocamento, ângulo compreendido entre o eixo da antena e o azimute de recepção. Quanto maior esta relação, mais o azimute de recepção aproxima-se do eixo da antena. Logo, este procedimento permite determinar a posição azimutal do alvo com maior precisão e eficiência, aumentando a segurança no gerenciamento do tráfego aéreo. 38 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S b) Curva OBA (Off-Boresight Angle – Angulo de deflexão) A técnica monopulso usada no equipamento oferece um meio para medir o ângulo de deflexão para cada pulso de resposta, proporcionando mais precisão para a posição azimutal. Esse ângulo de deflexão (figura 28) define o valor angular entre a posição exata da aeronave e o eixo da antena. Cada resposta é recebida através do diagrama Σ, com uma amplitude A1, e através do diagrama Δ, com uma amplitude A2. A relação de amplitude A2/A1 representa o erro de apontamento, ou seja, o ângulo entre o eixo da antena e a posição real do alvo. 39 / 100 Figura 27: Amplitude em função do erro de apontamento. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S Para obter a tensão do ângulo de deflexão, o RSM970S calcula a seguinte relação: Ângulo de deflexão V = ( V Δ / V Σ) cos θ² Sendo: cos 0° = +1 e cos 180° = -1, onde θ = defasagem entre Δ e Σ (0° para o lóbulo lateral esquerdo e 180° para o lóbulo lateral direito). No diagrama de diferença Δ, por construção, as colunas de irradiação à esquerda recebem energia em oposição de fase em relação às colunas da direita. A precisão do azimute é máxima ao longo do eixo da antena e a função f (V do ângulo de deflexão) é proporcional ao erro de apontamento na região do lóbulo principal. Isto corresponde a uma descrição de princípio porque, em realidade, a defasagem é de + e - 90° entre os dois lóbulos, esquerdo e direito. Esta defasagem obtida de 180° permite precisar a posição em relação ao eixo do ângulo de deflexão. 40 / 100 Figura 28: Ângulo de Deflexão. Fonte: ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S Do gráfico da figura 29 obtemos a seguinte fórmula: (V Δ/ V Σ) cos θ=(Δ/Σ) cosθ= tan (Φ/2) Ou seja: Φ/2 = arc tg Δ/Σ Para evitar dificuldades envolvidas na medição de uma relação de amplitude, o equipamento converte a medição da relação (Δ/Σ) cos θ na medição de defasagem Φ, entre dois sinais produzidos com a utilização a um circuito híbrido na entrada do receptor. 41 / 100 Figura 29: Medição do Angulo de Deflexão. Fonte: ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S A diferença em amplitude (V Σ > V Δ) dos pulsos recebidos em ambos os canais é máxima quando a resposta é oriunda de um transponder localizado no eixo da antena. A fim de reduzir a largura da abertura do lóbulo principal Σ, o RSM970S atribui um fator K2, ajustável a partir de -10dB até +10dB, para a amplitude do canal Δ. 1.3.3. Computador IRIS (Indicador of Radar Information System) O Sistema de Visualização IRIS apresenta as seguintes funções: • aquisição dos sinais de vídeo Radar (analógico e digital); • visualização da situação aérea, com dados radar digitais (pistas, plots, etc.); e • • interface para o usuário. A função operacional do IRIS é basicamente a visualização e apoio à manutenção radar. I. Respostas Indesejáveis na Detecção Radar As respostas das aeronaves só poderão ser decodificadas se a transmissão não contiver erros e nem ambiguidades. Portanto, é necessário corrigir as quatro possíveis causas de erros, que são: • respostas duplicadas pelo solo; • respostas assíncronas (FRUIT - False Replies Unsynchronised In Time); • respostas misturadas (Garbling); e • respostas pelos lóbulos secundários. 42 / 100 Figura 30: Gráfico OBA. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S a) Respostas Duplicadas pelo Solo À primeira vista, em sistemas de radar secundário, não haveria respostas devido à presença do solo, pois as respostas não são simples ecos como no radar primário, mas tratam-se de sinais em outra frequência, fornecida pelo transponder. Entretanto, o sinal pode sofrer uma reflexão por obstáculos naturais ou artificiais e fornecer uma resposta duplicada. Os níveis de sinais dessas duas respostas são muito diferentes, pois aquela que sofreu a reflexão é fortemente atenuada. Portanto, será fácil fazer uma discriminação de nível entre as duas respostas no receptor. Em decorrência disso, a utilização de um controle de sensibilidade ou ganho variável com o tempo (GVT/EVT) será, geralmente, suficiente para neutralizar estas respostas indesejáveis. b) Respostas Assíncronas (FRUIT) Como todos os interrogadores operam em 1030MHz e os transponders respondem omnidirecionalmente em 1090MHz, a resposta de uma aeronave poderá ser captada por todos os radares secundários instalados na área de cobertura do transponder. As visualizações dessas respostas assíncronas são chamadas de FRUIT. 43 / 100 Figura 31: Respostas Duplicadas. Fonte: ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S A figura 32 mostra que o receptor da estação B poderá detectar uma resposta relativa à interrogação da estação A, se o alvo estiver dentro da área de interseção das coberturas de A e B. Essa resposta, que não tem relação com as interrogações da estação B, é chamada de resposta assíncrona. Tal ocorrência constitui o maior inconveniente da utilização de frequências fixas para a interrogação e para a recepção. Para suprimir as respostas assíncronas, é feita uma observação do vídeo em duas ou várias recorrências sucessivas e são comparados os sinais correspondentes a cada uma das recorrências. Se houver uma correlação entre várias observações, a resposta estará correta, sendo decodificada pelo extrator de vídeo e enviada ao processamento, em seguida à visualização. Caso contrário, a resposta é dada como assíncrona pelo extrator de vídeo, sua decodificação não será válida e, portanto, não será enviada à visualização. c) Respostas Misturadas (garbling) O sinal de resposta tem uma determinada duração. Quando duas aeronaves, próximas uma da outra, são interrogadas, a resposta de uma poderá estar total ou parcialmente “encavalada” na resposta da outra, produzindo uma resposta misturada, sobreposta (imbricada). 44 / 100 Figura 32: Respostas Assíncronas. Fonte: ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S Na decodificação dessas respostas, torna-se muito difícil determinar se os pulsos de códigos pertencem à resposta de uma ou outra aeronave. Esse fato ocorre, em particular, quando duas aeronaves se cruzam em azimutes próximos, mesmo que em níveis de voo diferentes. Essa deficiência do sistema de radar secundário é chamada de “garbling”. Na realidade, várias respostas podem chegar quase que simultaneamente. Uma resposta completa dura 24,65μs, isto representa uma distância radar de 24,65μs X 150m/μs = 3700m. Duas ou várias aeronaves situadas no mesmoazimute, dentro de uma coroa de 3700m em torno do radar R, fornecem respostas encavaladas, mesmo que seus níveis de voo sejam diferentes. Na figura 33, os alvos A e B estão neste caso e o alvo C não interfere na compreensão da resposta de A ou de B. Quando há encavalamento de respostas, ocorrência frequente nas regiões de alta densidade de tráfego, as informações decodificadas podem estar erradas, sendo, portanto, necessário tomar certas precauções nas interpretações dos códigos de respostas. Tais precauções são executadas pelo extrator de vídeo. 45 / 100 Figura 33: Garbling. Fonte: ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S d) Respostas pelos Lóbulos Secundários Como já foi visto, a utilização de uma antena diretiva para obter o azimute do alvo, pode produzir respostas indesejáveis, devido aos lóbulos secundários presentes no campo de irradiação da antena. Se a aeronave está relativamente próxima do radar, as potências dos lóbulos secundários podem ser suficientes para sensibilizar o transponder. Nesse caso, o radar secundário detectará várias respostas, em várias direções, vindas de um único alvo (figura 34). Entre essas quatro causas possíveis de erros, as respostas duplicadas são facilmente eliminadas no receptor, atuando-se no controle de ganho do sinal analógico; as respostas recebidas pelos lóbulos secundários também podem ser analisadas pelo receptor, através do procedimento RSLS; já as respostas assíncronas e as respostas misturadas devem ser analisadas pelo extrator de vídeo. 46 / 100 Figura 34: Respostas pelos Lóbulos Secundários. Fonte: ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S II. Embasagem Variável no Tempo (EVT) Este dispositivo exclui as respostas parasitas provenientes de alvos duplicados por reflexão. Nos radares atuais, o ajuste dessa curva é realizado via software. Seu conceito é simples e baseia-se na potência de retorno de um eco, que, para um mesmo alvo, tenderá a aumentar conforme este se aproximar do radar, podendo causar saturação na recepção do equipamento. Para diminuir ou evitar esse problema, são criadas leis de atenuação, que consistem em apresentar maior atenuação do sinal recebido, quando próximo ao radar, e diminuir essa atenuação gradativamente, conforme o afastamento do alvo em relação ao radar. No caso de alvos duplicados (respostas parasitas), fica claro que o eco duplicado é bem menor, em amplitude, em relação ao eco real, sendo assim mais fácil de ser eliminado pelo EVT (figura 35). III. Supressão De Lóbulos Secundários a) Procedimento ISLS (Interrogation Side Lobe Supression) Este procedimento possui o seguinte princípio (figura 36). 47 / 100 Figura 35: Embasagem Variável no Tempo. Fonte: ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S a) O radar secundário emite o par de pulsos P1-P3 na via soma (Σ) e o pulso P2 na via controle (Ω). b) O transponder da aeronave recebe o pulso P1 emitido através da via soma (Σ), armazena o seu nível e aguarda a chegada do pulso P2 emitido na via de controle (Ω), 2 μs após P1 e faz a seguinte comparação dos níveis dos sinais recebidos: • se VΣ > VΩ + 10db, o sinal provém da via soma e o transponder pode responder, pois está no eixo da antena; e • se VΣ < VΩ + 10db, o sinal provém da via controle e o transponder não responde, pois está fora do eixo da antena. 48 / 100 Figura 36: ISLS. Fonte: ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S IV. Procedimento RSLS (Receiver Side Lobe Supression) Com o mesmo princípio de funcionamento do ISLS, o receptor do radar secundário utiliza o sinal emitido pelo transponder para analisar as respostas recebidas. O conjunto de recepção possui um receptor para a via soma e outro para a via controle e após a recepção de uma resposta, vinda de um transponder, ele realiza a comparação dos sinais recebidos nas duas vias, e: • se VΣ > VΩ, o sinal do transponder provém da via principal, a aeronave está localizada dentro do lóbulo principal e a recepção é autorizada; e • se VΣ < VΩ, o sinal do transponder provém da via controle, a aeronave não está localizada no lóbulo principal, a recepção não será autorizada e o sinal não será considerado. Em alguns equipamentos é possível atribuir à via de controle um coeficiente K, que pode ser ajustado entre 0dB e 10dB, de modo que o ganho dessa via seja bem superior a todos os lóbulos secundários da via de interrogação (figura 37). 49 / 100 Figura 37: RSLS. Fonte:ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S V. Procedimento IISLS (Improved Interrogation Side Lobe Supression) Uma vez que as impulsões de interrogação do lóbulo principal da via Σ sejam refletidas por obstáculos consideráveis (montanha, edifício) ou estruturas metálicas (hangares, cerca), poderão interrogar uma aeronave que não se encontra no eixo da antena. Em certos casos, o transponder pode levar em conta essas interrogações e emitir uma resposta indevida. No caso de presença de vários radares secundários em uma mesma região, estes tempos mortos podem se constituir num incômodo para a detecção dos alvos pelos radares. Para evitar este problema, alguns equipamentos possuem um sistema que permite interrogar no modo IISLS dentro de setores programados em azimute de modo a minimizar os tempos de inibição dos transponders. O procedimento IISLS coloca em funcionamento um segundo emissor. O interrogador auxiliar transmite, na via Ω (omnidirecional), os pulsos P1 controle (cont) e P2. O pulso P1 cont é síncrono ao pulso P1 e com nível de potência mais baixo que o pulso P2 (atenuação regulável). Veja a figura 38. Quando a aeronave não se encontra no lóbulo principal, o transponder recebe primeiro o pulso P1cont (a via Σ sendo omnidirecional o trajeto percorrido é direto). O pulso P2, de amplitude 50 / 100 Figura 38: Esquema IISLS. Fonte:ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S normal, chega 2μs mais tarde (antes ou depois do pulso P1 refletido, conforme o retardo devido ao trajeto refletido). O transponder compara o primeiro pulso recebido (pulso P1 cont, de amplitude atenuada) com o segundo pulso, de amplitude normal (pulso P2 ou pulso P1 retardado) e, como no caso do ISLS, ele não responde. Quando a aeronave está dentro do feixe do lóbulo principal, os pulsos P1 cont e P1 chegam ao mesmo tempo, e com um nível superior ao pulso P2. Portanto, o transponder responde a interrogação (figura 39). Por outro lado, o transponder elimina todas as interrogações que não correspondem rigorosamente às normas internacionais SSR, ou seja, as interrogações cujo espaçamento entre os pulsos P1 e P2 não esteja compreendido entre 1,3μs e 2,7μs. Quando uma interrogação é rejeitada pelo transponder, devido a uma interrogação no lóbulo secundário ou o desrespeito às normas, este se inibe durante 35μs. Nenhum dos outros radares secundários que interrogarem nesse período obterão resposta. VI. modo S (Seletivo) de Funcionamento e suas Vantagens em Relação ao modo SSR a) modo S Atualmente, o radar secundário interroga, principalmente, nos modos 3/A e C. Cada aeronave equipada com transponder que está na direção do feixe principal da antena, recebe e responde a todas as interrogações. No caso da interrogação em modo S, a aeronave desejada pode 51 / 100 Figura 39: IISLS. Fonte: ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S ser interrogada individualmente. O próprio interrogador pode selecionar a aeronave e quando será feita a interrogação. Essa seleção é obtida por assinatura e cada aeronave no modo S possuirá um endereço distinto. Pode-se codificar mais de 16 milhões de endereços diferentes, assim, assegurando que nenhum outro endereço conhecido seja repetido para outra aeronave. Portanto, cada interrogação contém um endereço exclusivo e destina-se a interrogar uma única aeronave. O transponder recebe a interrogação e examina se ela contém o seu próprio endereço. Em casoafirmativo, a aeronave gera e transmite a resposta necessária e todas as outras aeronaves ignoram a interrogação. b) Gerência das Interrogações Umas das principais vantagens deste procedimento é que ele permite a um interrogador sequenciar suas interrogações em função do tempo e da posição do alvo, evitando que respostas sobrepostas cheguem ao receptor do radar secundário. Sendo assim, previne-se o fenômeno de respostas misturadas. Outra vantagem é que um interrogador pode interrogar somente aqueles alvos sobre os quais ele tem responsabilidade e ignorar todos os outros. Assim, pode ser evitada a interrogação indiscriminada de todos os alvos na área de cobertura de um interrogador ou que uma aeronave seja interrogada por vários interrogadores. Isso levará a maior segurança no ambiente coberto pelo radar secundário e melhor desempenho do sistema. c) Aquisição de Alvos Sem dúvida, é necessário que um interrogador em modo S tenha a capacidade de identificar aeronaves em modo S para sua lista corrente de aeronaves e, além disso, acompanhar todas as aeronaves da sua lista em ordem e programar o endereço de interrogação. A aquisição é obtida pelo uso de interrogações all call (chamada para todos), que é regularmente transmitida com baixa frequência de repetição (tipicamente, quatro all call por largura de feixe). Toda aeronave ainda não controlada pelo interrogador, responde igualmente as interrogações. Entre outros dados, a resposta contém o endereço único da aeronave. Assim, a nova aeronave pode ser adicionada à lista corrente do interrogador, acompanhada e subsequentemente interrogada individualmente. Se requisitado, uma aeronave em modo S, sendo controlada por um interrogador, pode ser instruída numa interrogação a não responder futuras interrogações all call para aquele interrogador. Essa característica é executada para a redução de interferências. 52 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S d) Compatibilidade com os modos A e C Um princípio primordial mantido no desenvolvimento do sistema radar secundário modo S foi que ele deveria ser inteiramente compatível com o sistema SSR (modo A/C) existente. Tal semelhança requer que os interrogadores SSR, operando somente nos modos A/C, recebam e validem as respostas do modos S e A/C provenientes de uma aeronave equipada com transponder modo S, sem modificações dos equipamentos instalados em terra e que os transponders que funcionam nos modos A/C não requeiram modificações para receber, interpretar e responder interrogações provenientes de um interrogador modo S. A compatibilidade é garantida por diversas medidas, tais como: • a mesma frequência da portadora, ou seja, 1030MHz para as interrogações e 1090MHz para as respostas; • os interrogadores modo S interrogam também nos demais modos além de A/C e processam as respostas no modo normal SSR; e • os transponders modo S também respondem para todas as interrogações modo A/C, assim como para a identificação especial de posição (SPI). Medidas especiais foram também desenvolvidas para assegurar que os sistemas modo S e SSR coexistam nas mesmas frequências sem provocar interferência mútua, para prevenir, por exemplo, que transponders modo A/C não sejam acionados por sinais de interrogação modo S. Isso é realizado precedendo imediatamente cada interrogação modo S pelo par de pulsos P1- P2, em soma com igual amplitude, para os transponders modo A/C. Tal procedimento assemelha-se à supressão de lóbulos laterais, mas como os pulsos P1-P2 recebidos pelo transponder modo A/C são iguais, ele não responde. Então, uma interrogação modo S é acompanhada por um período de supressão. e) Padrões de Interrogação As interrogações no modo S são feitas através de uma série de pulsos que são numerados de P1 a P6, com P1, P2 e P3 tendo as mesmas funções usadas no modo SSR existente. O modo S adiciona três novos pulsos P4, P5 e P6 e esses são utilizados em várias combinações com os pulsos existentes para criar os três novos tipos de sinais que fazem as interrogações no modo S. Esses novos tipos são: 53 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S • o modo A/C/S, interrogação chamada para todos, que é usado para a vigilância dos transponders modo A/C e aquisição dos transponders modo S; • chamadas somente para os modos A/C, autorizando somente as respostas provenientes dos transponders modo A/C, mas não dos transponders modo S; e • interrogações modo S que autorizam somente a resposta proveniente do transponder modo S. Tais interrogações, com vários códigos em P6, são usadas somente para o modo S all call, modo S aquisição de endereços e troca de dados. Modo A/C/S e somente modo A/C são similares às interrogações existentes no SSR convencional, mas com um pulso adicional, P4, após P3. O pulso P4 com a largura de 1,6μs é usado nas interrogações dos modos A/C/S, enquanto um pulso P4 com 0,8μs é usado somente nos modos A/C. Os transponders A/C básicos não são afetados pela presença do pulso P4. Dessa forma, eles respondem com a resposta modo A ou C adequada. O transponder modo S detecta o pulso P4 e, se ele for pequeno (0,8μs), reconhece a interrogação nos modos A/C somente e não responde. No entanto, se o pulso P4 é longo (1,6μs), o transponder modo S reconhece a interrogação modo S e envia como resposta seu endereço. Nesses dois tipos de interrogação a supressão de lóbulos secundários é realizada pela transmissão do pulso P2 na via de controle. Se esse pulso é recebido por qualquer transponder modo A/C ou S com amplitude superior à do pulso P1, o transponder não responde. f) Interrogação no modo S A interrogação no modo S é formada por três pulsos P1, P2 e P6. 54 / 100 Figura 40: Interrogação Modo A/C/S. Fonte: ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S Os pulsos P1 e P2 formam o preâmbulo e são espaçados de 2μs. Um transponder modo A/C que receber esta interrogação, interpretará os dois pulsos como sendo uma supressão de lóbulos secundários e ficará bloqueado por um período de tempo entre 25μs e 45μs. O pulso P6 é transmitido pelo interrogador durante esse período. Sem essa supressão, o pulso P6 teria grande possibilidade de acionar o transponder modo A/C, causando uma resposta indesejada. O pulso P6 da interrogação modo S é de 16,25μs ou 30,35μs e contém os dados modulados na forma Differential Phase Shift Keyed (DPSK). Os dados têm 0,25μs de largura e fase reversa, sendo utilizada a modulação DPSK para proporcionar maior imunidade à interferência. g) Supressão de Lóbulos Secundários no modo S A supressão de lóbulos secundários é realizada neste tipo de interrogação pela transmissão do pulso de controle P5 na via de controle. 55 / 100 Figura 41: Interrogação modo S. Fonte: ICEA, 2017 Figura 42: Modulação DPSK. Fonte: ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S Se a amplitude do pulso de controle P5 recebida pelo transponder for superior à amplitude de interrogação, o sincronismo de fase reversa pode ser obstruído e a interrogação será rejeitada. Com o endereço de interrogação discreto, a supressão de lóbulos secundários não é requerida para prevenir respostas em lóbulos secundários porque, em geral, um alvo será interrogado somente no feixe principal de interrogação da antena. Entretanto, a supressão de lóbulos secundários nas interrogações all call previne respostas nos lóbulos laterais, uma vez que todos os transponders que não estão bloqueados por solicitação poderiam responder. h) Respostas no modo S Uma resposta no modo S constitui-se de um preâmbulo e um bloco de dados contendo 56 ou 112 pulsos. O preâmbulo consiste em uma série de quatro pulsos de 0,5μs. O bloco de dados começa 8μs após o início do pulso de preâmbulo. Os dados são transmitidos usando a modulação por posição de pulso (PPM). Cada intervalo de 1μs corresponde a um bit (binarydigit) de dado. O grupo de quatro pulsos que forma o preâmbulo é necessário para que o receptor do interrogador distinga, facilmente, a resposta proveniente de um transponder modo S da resposta de um transponder A/C. A escolha da modulação por posição de pulso (PPM) para o bloco de dados permite a detecção confiável do bit na presença da interferência proveniente de um transponder modo A/C. 56 / 100 Figura 43: Supressão de lóbulos secundários no modo S. Fonte: ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S 1.3.4. Funcionamento da Antena AS909 e seus Equipamentos Associados O conjunto antena secundária (tipo monopulso) torna possível transmitir pulsos produzidos por um Interrogador e receber respostas de aeronaves equipadas com um transponder. A antena AS909 é projetada para operar no exterior, sem exigir o uso de um radome protetor. Para uma estação de radar MSSR standalone (autônoma), é usado um suporte de antena com um mecanismo de interface mecânica próprio. Para uma estação de radar primário + secundário, a antena SSR é montada sobre o conjunto antena primária com uma interface mecânica (integrada ou aditiva). A antena secundária compreende três partes: 1. uma estrutura de apoio às colunas irradiantes; 2. um conjunto de 35 colunas irradiantes na frente; e 3. uma coluna de irradiação traseira. I. Principais Equipamentos Associados à Antena AS909 Esteja a antena montada em configuração standalone ou associada a uma primária, os seguintes sinais RF trafegam através da junta rotativa (figura 45): • sinais de RF Σ e Ω transmitidos são enviadas pela junta rotativa para a antena AS909; e • sinais de RF Σ, Ω, e Δ recebidos são enviados pela antena AS909 para a junta rotativa. 57 / 100 Figura 44: resposta no modo S. Fonte: ICEA, 2017 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S Nota: A antena AS909 pode ser equipada com para-raios se as condições operacionais assim o exigirem. Três suportes são fornecidos para esta finalidade na borda superior do feixe, um em cada extremidade do feixe e um no meio do mesmo. II. Informações Disponíveis no Armário de Antena AA2000 O AA2000 é responsável pela energização do mecanismo de acionamento da antena EA2000 e pela sinalização de segurança da antena, mecanismo e operadores. Este armário possui LEDs de sinalização utilizados para as seguintes indicações: 1. verde aceso- AA2000 em modo local; 2. verde apagado – AA2000 em modo remoto; 3. branca aceso – indica presença de energia vinda do armário de Energia (AE2000); 4. branca apagado – indica ausência de energia vinda do armário de Energia (AE2000) 5. vermelha aceso – indica falhas como: 1. paradas de emergência; 2. baixo nível de óleo nos motores; 3. baixo nível de óleo no mecanismo; 58 / 100 Figura 45: Equipamentos Associados à Antena AS-909. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S 4. sobreaquecimento dos motores; 5. erro no variador de velocidade; e 6. sobreaquecimento da embreagem. Possui também de chave soco para desligamento de emergência. III. Composição e Funcionamento do Mecanismo de Acionamento EA2000 O mecanismo de acionamento da antena é composto por: 1. um ou dois motores; 2. mecanismo de acionamento; e 3. guia de acoplamento da junta rotativa. Após a liberação por meio do AA2000, o motor é energizado com 380Vac trifásico, com frequência adequada para o tipo de motor (50Hz ou 60Hz) e para a rotação desejada. IV. Unidades Funcionais da Antena AS909 A estrutura da antena é construída em torno de um eixo que suporta todas as colunas irradiantes e os dipolos passivos. O eixo é feito de folhas de alumínio de 3mm contendo os quatro circuitos de distribuição que alimentam as colunas 36 irradiantes. A rigidez do conjunto é fornecida por trilhos rígidos (stiffeners) fixos em dois pontos de cada coluna. Na borda superior do feixe, há três suportes aos quais podem ser anexados para-raios. O eixo é fixado por uma base em forma de U e uma estrutura articulada que consiste em quatro tubos soldados e possibilita a rotação. A inclinação da antena é ajustada por um tensor e medida por um indicador vernier montado sobre a estrutura. O bloqueio de inclinação é obtido por duas hastes de travamento. Parafusos, localizados na extremidade do eixo e alojados em furos alongados, limitam o ângulo de inclinação de + 10° e - 10°. O painel de distribuição consiste nos quatro circuitos de distribuição seguintes: • circuito de distribuição da extremidade direita; • circuito de distribuição intermediário; 59 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S • circuito de distribuição central e intermédio; e • circuito de distribuição da extremidade esquerda. a) Colunas Irradiantes A antena possui 36 colunas irradiantes idênticas, construídas usando tecnologia ar-stripline, 35 frontais e 1 traseira. O circuito de distribuição vertical recebe o sinal através de um conector central e contém onze dipolos irradiantes. Cada coluna irradiante está protegida contra o tempo por um radome de policarbonato. As trinta e cinco colunas irradiantes frontais estão anexadas ao elemento central por meio de quatro suportes montados no nível do elemento com slots que possibilitam o alinhamento no local. Dois trilhos rígidos, nas partes superior e inferior das colunas irradiantes servem para proteger o conjunto de colunas. A coluna irradiante traseira está fixada por meio de um suporte em formato de U, com dois slots projetados para ajuste no local. b) Superfície Refletora Setenta dipolos passivos, dois por coluna, são dispostos entre as colunas irradiantes e, juntos, constituem o refletor. O dipolo passivo consiste em um tubo de epóxi, 10mm de diâmetro, metalizado nas seções (figura 46). 60 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S 1.3.5. Componentes dos Subsistemas de Comunicação de Dados O computador de processamento de dados (DPC) executa o processamento e a transmissão de dados radar em tempo real. Para isso, o DPC é equipado com uma rede rápida de troca de dados, chamada barramento VME (Versatile Modular Eurocard bus), que liga o DPC ao MMX (Modulador Extrator modo S). Ele conta também com uma rede ethernet, linhas com links seriais e dois barramentos SCSI (Small Computer Serial Interface), que fazem a comunicação do computador com os dois discos rígidos em que estão instalados os sistemas operacionais para o funcionamento de todo RSM-970S. I. Principais Equipamentos Associados ao DPC Para fins operacionais, o DPC possui os componentes a seguir (figura 47). a) Um barramento VME 64 que faz interface com o MMX.; b) Três conexões ethernet: a) um para o MRP; b) um para o SDPT, RCMS e LD; e c) um para as µLines. c) Uma linha assíncrona para a função TFS (Time Stamping Function) Para fins de teste ou manutenção o DPC possui os componentes a seguir. • Dois conectores SCSI: 61 / 100 Figura 46: Superfície Refletora. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S ◦ um para a CPU 1; e ◦ outro para CPU 2. Com seus respectivos barramentos SCSI • Um link ethernet com todas as CPUs • Um conector para uma linha serial bidirecional para o IDSC (Cartão Integrado de Diagnóstico do Sistema) II. Composição do Hardware do DPC O DPC divide-se em duas partes físicas principais. a) O DPC-CB (figura 48), localizado na gaveta IRP do gabinete IRCB, que aloja: • o cartão Triethernet CPU1 (item 1 e 2); 62 / 100 Figura 47: Equipamentos Associados. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S • o cartão Biethernet CPU2 (item 3); • um cartão TSF (item 4); • o disco rígido SCSI (item 5); e • um cartão IDSC (item 6). b) O DPC-SLI, localizado na mesa técnica e parte do cartão CPU1, possuindo as µLines e PLines. III. Função do DPC Para cada canal do Radar Secundário, o DPC executa o processamento radar SSR/Modo S em conjunto com MMX (figura 49). No DPC, o processamento comunica-se com: • a função processadorradar SSR/modo S (MRP), executada pelas subfunções do DPC-CB; • a função comunicação radar SSR/modo S (MRC), executada pelas subfunções do DPC-CB e DPC-SLI; e • a função TSF, executada pelas subfunções do DPC-CB. 63 / 100 Figura 48: DPC na Gaveta IRP. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S IV. Funções Principais do MRP As principais funções do processador radar de modo S (MRP) são: a) gerenciamento do ciclo do modo S; b) gerenciamento do planejamento; c) gerenciamento das pistas; e d) gerenciamento do canal BITE. Para fins de manutenção, o MRP processa seu próprio BITE e detecta avarias de hardware no DPC. O MRP recolhe informações, a partir do BITE, recebidas de: • MMX; • MRC; e • Função Datação. Para declarar códigos de falhas e determinar o status de operação do Canal I/R, da Datação e do Site Monitor (SMS – Baliza). Veja a Figura 50. Na duplicação do canal I/R do radar modo S, cada canal executa a seguinte tarefa: 64 / 100 Figura 49: Diagrama em Blocos do DPC. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S • O MRP do canal “na antena” processa os dados operacionais radar e de teste do outro canal. • O MRP do canal “na carga” processa os dados de teste e também os plots do canal “na antena”, além de controlar a comutação de canal. a) Gerenciamento do Ciclo modo S Esta função consiste em programar sucessivas chamadas all call e roll call em períodos de tempo, de acordo com as ordens do MMX. Cada MMX principal deve estar programado de acordo com o próximo setor de antena e de acordo com a próxima varredura de antena. Para cada novo setor de antena associado a uma aeronave e previsto pela função de gerenciamento do sequenciamento de plots, temos: • o sequenciamento de interrogações seletivas, em uma lista em janela, para ser entregue pelo MRP ao MMX, habilitando assim o modo S de vigilância e as transações dos links de dados para aeronaves com modo S ativado que esperam serem interrogadas pela antena durante cada período de chamadas seletivas (roll call); e • o envio de posições futuras de aeronaves em modo SSR pelo MRP ao MMX para a sincronização do processamento de respostas correlacionadas, para as aeronaves SSR envolvidas dentro do lóbulo de interrogação da antena durante todo período de chamadas gerais. No gerenciamento do modo S também são fornecidas: 65 / 100 Figura 50: Diagrama em Blocos do MRP. Fonte: Thales, 2007 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S • as informações de saída de aeronaves para o gerenciamento de sequenciamento de plots para cada setor de transição; e • as declarações de falha e estatísticas de medidas realizadas e direcionadas à função de gerenciamento do canal BITE. 1) Interface MRP – MMX: ◦ o MRP formata e envia para o MMX mensagens: ▪ de inicialização init; ▪ operacionais (parâmetros de processamento de interrogação e respostas); e ▪ de controle e monitoração do canal, em tempo real. ◦ O MRP recebe do MMX mensagens em tempo real: ▪ de confirmação de recepção ACK; ▪ de avisos de não reconhecimento NACK de sequência roll call; ▪ de respostas; ▪ de informações BITE; ▪ de rejeição; e ▪ de monitoração de canal. O MRP verifica a consistência das mensagens recebidas (ordem de azimute, distância e valores do número da mensagem) e envia dados recebidos para outras funções. NOTA: Dentre os parâmetros operacionais, o de ajuste de desvio distância (Bias) é usado para corrigir a distância, de acordo com o percurso UHF ascendente e descendente da estação radar. 2) Gerenciamento do padrão all call/roll call A função utiliza as informações correntes de azimute da antena, recebidas do MMX e os parâmetros operacionais para: ◦ detectar mudanças de setor e de giro; ◦ processar a próxima mensagem padrão MMX destinada ao MMX; ◦ monitorar a posição da antena; 66 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S ◦ monitorar a velocidade de rotação da antena; e ◦ controlar a transmissão da Mensagem Parâmetro Geral MMX (MGPM) para o MMX.. Nota: o azimute corrente da antena é o azimute do início do período planejado pelo MMX, essa informação é obtida a partir da “Mensagem de Planejamento de Interrogação” (ITSCM) recebida do MMX. 3) Gerenciamento do setor seguinte ◦ Recebe informações de aeronaves previstas, enviadas pela função de gerenciamento de planejamento a cada 1/64 de giro de antena. ◦ Envia informações acerca de aeronaves previstas (janela de posição da aeronave e códigos esperados) a outras funções. 4) Processamento das respostas all call / SSR Por meio da utilização das mensagens de aviso de recepção de interrogação SSRviso de recepção de interrogação SSR all call (ACSIA) e mensagens de resposta SSR all call (ACSRM) enviadas pelo MMX, a subfunção de processamento das respostas all call SSR: ◦ correlaciona as respostas SSR de acordo com sua distância, azimute e códigos a fim de criar pré-plots SSR e atualizar os pré-plots existentes; ◦ extrai alvos SSR através do encerramento de pré-plots SSR para aeronaves que já não se encontram dentro do feixe; ◦ processa as características pré-plot SSR para cada pré-plot firme satisfazendo o critério de extração; e ◦ processa alvos especiais. 5) Liberações de aeronaves Prepara as informações roll call / all call processadas durante um determinado setor. Os dados de aeronaves liberadas roll call modo S são: ◦ plots de roll call; ◦ informações de frame (enquadramento) da conexão de dados associada; ◦ informações de condição de alerta; 67 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S ◦ informações de transmissão broadcast ascendente (Broadcast: para transmitir informações a todos os transponders (nenhuma resposta é solicitada)); ◦ plots all call modo S; ◦ plots all call SSR; e ◦ envio de informações roll call / all call para a função de gerenciamento do planejamento a cada fim de setor. b) Gerenciamento do Planejamento O objetivo da função de gerenciamento do planejamento consiste em: • preparar informações das aeronaves previstas solicitadas pela função de gerenciamento do ciclo modo S para o próximo setor a ser processado; e • receber informações roll call e all call para aeronaves detectadas dentro do último setor pela função de gerenciamento do ciclo modo S, a fim de enviar informações adequadas a outras funções do MRP para processamento posterior. Declarações de avaria e medidas estatísticas são executadas e encaminhadas para a função de gerenciamento BITE do canal. Vários parâmetros (incluindo parâmetros operacionais) são recebidos a partir da função de gerenciamento BITE (figura 51). A função de gerenciamento do planejamento é dividida em: 1) seleção de dados das aeronaves em espera, envolvendo a preparação de enquadramento frames: supervisão e conexão de dados para as aeronaves previstas pela função de gerenciamento de pistas e pedidos de broadcast ascendente (as transações de conexão de dados são pedidas à função de gerenciamento de conexão de dados); 2) gerenciamento da datação, para cada setor varrido pela antena e todos os plots recebidos a partir da função de gerenciamento do ciclo modo S; e 3) envio de dados à função de gerenciamento de pistas, à função de gerenciamento da conexão de dados, ao outro MRP e a IRIS. 68 / 100 RAD013 – Manutenção de Radar RSM970S a) Seleção de dados de aeronave em espera A seleção de dados das aeronaves em espera recebe a indicação do cruzamento do setor a partir do gerenciamento do ciclo Modo S em cada transição de setor. Ao receber a indicação do cruzamento do setor, a subfunção inicia a preparação das informações das aeronaves para o próximo setor, para que sejam processadas pelo gerenciamento do ciclo modo S. O processamento para a preparação das informações das aeronaves consiste em: ◦ determinar o próximo setor a ser preparado; ◦ solicitar informações das aeronaves modo SSR e modo S, para o gerenciamento de
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