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A A atuação da fisioterapia dermato funcional no pré

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¹FINAMA, Fisioterapia dermato funcional Belém-PA laisearruda@gmail.com 
²FINAMA, Fisioterapia dermato funcional Belém-PA luanda.pereira2@gmail.com 
 
The performance of functional dermate physiotherapy in the pre and post-
operative of plastic surgery: literature review 
A atuação da fisioterapia dermato funcional no pré e pós operatório de 
cirurgia plástica: revisão de literatura 
Laise da Costa Arruda¹, Luanda Maria Pereira Alho² 
Abstract 
Brazil is one of the countries in which most plastic surgery is performed, due to this fact, 
dermato-functional physiotherapy has been gaining space for performance during the pre 
and post treatment of this type of procedure. Care in the pre- and postoperative period has 
been shown to be a key factor to avoid complications and recovery of functionality in a short 
period of time. The research aims to carry out a bibliographic review on the role of dermato 
functional physiotherapy in the pre and postoperative period of plastic surgery. Methodology: 
the bibliography search was carried out in the Pubmed, LILACS, MEDLINE and SCIELO 
databases. Results: 47 articles were found, but only 20 were used and explained in a table 
according to the surgery, phase and treatment proposal and its objective. Discussion: it was 
evidenced that the performance of the functional dermato physical therapy both in the pre 
and in the postoperative period are fundamental for the success of the surgery. The 
resources used include: manual lymphatic drainage, taping, ultrasound, microcurrents, 
radiofrequency, endermology and kinesiotherapy, as well as guidelines. Final 
considerations: the conclusion of the research showed numerous benefits in the 
postoperative period and few still in the preoperative period, further studies are necessary 
for a possible final conclusion. 
Keywords: functional dermato physiotherapy, plastic surgery, preoperative, 
post operative. 
Resumo 
O Brasil é um dos países no qual mais se realiza cirurgia plástica, devido esse fato, a 
fisioterapia dermato funcional vem ganhando espaço para atuação durante o pré e pós 
 
 
2 
 
tratamento desse tipo de procedimento. O cuidado no pré e pós operatório tem demostrado 
um fator primordial para evitar complicações e recuperação da funcionalidade em um curto 
espaço de tempo. A pesquisa teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre o 
papel da fisioterapia dermato funcional no pré e pós operatório de cirurgia plástica. 
Metodologia: a busca da bibliografia foi realizada nas bases de dados Pubmed, LILACS, 
MEDLINE e SCIELO. Resultados: foram encontrados 47 artigos, mas somente 20 foram 
utilizados e explanados em tabela de acordo com a cirurgia, fase e a proposta de 
tratamento e seu objetivo. Discussão: foi evidenciado que a atuação da fisioterapia dermato 
funcional tanto no pré quanto no pós operatório são fundamentais para o sucesso da 
cirurgia. Os recursos utilizados incluem: drenagem linfática manual, taping, ultrassom, 
microcorrentes, radiofrequência, endermologia e cinesioterapia, bem como orientações. 
Considerações finais: a conclusão da pesquisa mostrou inúmeros benefícios do pós 
operatório e poucos ainda no pré operatório, são necessários mais estudos para uma 
possível conclusão final. 
 Palavras-chave: fisioterapia dermato funcional, cirurgia plástica, pré e pós operatório. 
 
 
 
A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL NO PRÉ E PÓS OPERATÓRIO 
DE CIRURGIA PLÁSTICA: REVISÃO DE LITERATURA 
 
Nos últimos anos, segundo Macedo e Oliveira (2011) a busca pelo belo e a forma 
ideal vem aumentando significativamente a procura de procedimentos estéticos e cirúrgicos 
com o intuito de um corpo harmonioso e saudável. De acordo com a International Society of 
Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), o Brasil encontra-se no segundo lugar no ranking 
mundial de procedimentos cirúrgicos de caráter estético, Chi, Lange, Guimarães e Santos 
(2018). 
 
 
3 
 
Borges (2010), afirma que é uma área em constante crescimento, havendo 
necessidade de atuação de outros segmentos para o sucesso da cirurgia. 
A eficiência de uma cirurgia plástica não depende somente do seu planejamento cirúrgico, 
mas também da intervenção e cuidados pré e pós operatórios, o que tem demonstrado fator 
preventivo de possíveis complicações e promoção de um resultado estético mais 
satisfatório. 
 Atualmente a fisioterapia dermato funcional vem agregando notável importância a 
esse segmento. Sua atuação vai desde a preparação, durante e após a cirurgia, buscando 
acelerar o processo de recuperação pós operatória e prevenindo e controlando as 
complicações mais comuns, Borges (2010). 
 O não encaminhamento a tratamentos pós operatórios ou o encaminhamento tardio 
pode privar o paciente de adquirir uma recuperação mais saudável, mais curta e com 
menos sofrimento físico e/ou psicológico, além de comprometer o resultado da cirurgia, 
Tacani, Alegrance, Assumpção e Gimenes (2005). 
 De acordo com Sousa, Bertani e Lima (2012), o ato cirúrgico constitui uma agressão 
tecidual que, mesmo bem direcionado, pode prejudicar a funcionalidade destes tecidos. 
Cabe ao fisioterapeuta atuar com todos os recursos disponíveis para minimizar esta 
alteração funcional, a aplicabilidade da fisioterapia no pré-operatório tem por objetivo 
fortalecer os vasos sanguíneos e linfáticos da região a ser operada, desobstruindo possíveis 
congestionamentos. 
 Chi et al. (2018) relatam também o uso de cosméticos, nutricosméticos e 
orientações alimentares com baixo índice glicêmico para melhorar o processo cicatricial, 
reorganizar o colágeno e diminuir o índice de fibroses, edema intenso e equimoses. No pós-
operatório a fisioterapia e suas modalidades terapêuticas nos permite tratar edemas 
drenando e descongestionando os tecidos, com drenagem linfática manual no intuito de 
acelerar a recuperação do paciente. 
 
 
4 
 
Diante do aumento constante da procura por procedimentos cirúrgicos estéticos, 
este estudo justifica-se para sustentar a importância da intervenção fisioterapêutica e 
cuidados pré e pós-operatórios como prevenção de complicações e promoção de um 
resultado estético mais satisfatório e funcional. 
O objetivo da pesquisa é realizar uma revisão bibliográfica a respeito da abordagem 
fisioterapêutica no pré e pós operatório de cirurgias plásticas corporais mais realizadas 
como mamoplastia, implantes mamários, correção de abdômen (abdominoplastia) e a 
lipoaspiração, e cirurgias plásticas faciais como: rinoplastia e ritidoplastia, feitas por várias 
técnicas e os recursos fisioterapêuticos adequados para serem realizados. 
METODOLOGIA 
Para a realização da pesquisa foi realizada uma revisão bibliográfica sobre a 
temática em livros, periódicos e nas bases de dados Pubmed, LILACS (Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (Literatura Internacional em 
Ciências da Saúde), e SCIELO (Scientifc Eletronic Library Online). 
 Os descritores utilizados foram: Cirurgia plástica, fisioterapia dermato funcional, pré, 
pós operatório, rinoplastia, ritidoplastia, mamoplastia, abdominoplastia; lipoaspiração, sendo 
considerados para análise artigos nos idiomas português, espanhol e inglês. 
Após a realização da busca, foram identificadas as cirurgias plásticas mais 
realizadas na estética facial: rinoplastia, ritidoplastia e corporal: mamoplastia de aumento, 
lipoaspiração e abdominoplastia. 
RESULTADOS 
Foram encontrados 47 artigos relacionados ao tema, mas somente 20 foram 
utilizados. 
A tabela a seguir mostra os resultados. 
Atuação da fisioterapia dermato funcional no pré operatório de cirurgia plástica 
 
 
5 
 
 
 
 Autor Ano Conduta Objetivo 
 
Borges 
 
2010 
 
Orientação 
 
Esclarecer sobre o tipo de 
cirurgia 
 
Coutinho, 
Dantas, Borges 
e Silva 
 
2006 
Avaliaçãopré 
operatória 
fisioterapêutica 
Verificar a presença de 
retrações musculares, 
deformidades articulares e 
desvios posturais 
 
Antunes e 
Domingues 
 
 
2008 
 
 
Avaliação das 
condições 
circulatórias 
 
 
Detectar edemas/linfedemas 
Lopes, Santos, 
Carvalho, 
Borges e 
Oliveira 
 
 
2008 
 
Drenagem linfática 
manual 
 
Estimular a circulação 
arteriovenosa 
 
Borges 
 
 
2010 
 
Radiofrequência 
 
Produzir novas fibras de 
colágeno 
 
Flores, Brum e 
Carvalho 
 
2011 
 
Avaliação e 
correção postural 
 
Melhora do tônus e trofismo 
cutâneo e muscular 
 
 
Souza e Benati 
 
 
2019 
 
Hidratação da pele 
e drenagem 
 
 
Ativar a circulação sanguínea e 
 
 
6 
 
linfática linfática 
 
Souza e Benati 
 
2019 
 
Corrente russa 
 
 
Eletroestimulação e contração 
da musculatura 
 
 
Atuação da fisioterapia dermato funcional no pós operatório de cirurgia 
plástica 
 
Autor Ano Fases do pós operatório Conduta Objetivo 
 
 
 
 
 
Borges 
 
 
 
 
 
2010 
 
 
 
 
Inflamatória 
 
Mudanças de 
decúbito 
compressão 
exercícios 
respiratórios 
TENS e Taping 
Evitar úlceras 
por pressão, 
desconforto 
respiratório, 
fibrose e 
promover 
analgesia e 
organização 
tecidual 
 
 
 
 
Borges 
 
 
 
 
 
2010 
 
 
 
 
Proliferativa 
 
 
 
 
Drenagem 
linfática manual 
ultrassom 
 
 
 
 
Minimizar o 
edema e 
 
 
7 
 
microcorrentes 
e mobilização 
de tecido 
conjuntivo 
acelerar o 
processo de 
cicatrização 
 
 
 
 
 
 
Borges 
 
 
 
 
 
 
 
2010 
 
 
 
 
 
 
Remodelação 
 
 
Drenagem 
linfática manual 
mobilização de 
tecido 
conjuntivo 
alongamentos e 
exercícios ativos 
para a coluna 
cervical, 
vacuoterapia, 
ultrassom e 
radiofrequência 
 
Promover 
redução de 
edema, 
organização 
tecidual, 
prevenir 
retração 
muscular e 
ganhar 
mobilidade 
articular 
 
 
 
 Atuação da fisioterapia dermato funcional no pós operatório de cirurgia plástica 
específica 
 
Cirurgia Autor Ano Conduta Objetivo 
 
 
 
8 
 
 
 
Rinoplastia 
 
 
 
Rodrigues e 
Mejia 
 
 
2014 
 
Drenagem linfática 
manual e vacuoterapia 
ou radiofrequência 
 
Minimizar edema 
facial e prevenir 
fibrose 
 
 
Ritidoplastia 
 
 
Costa e 
Mejia 
 
 
2013 
 
Cinesioterapia, laser, 
Led, microcorrentes e 
ultrassom 
 
Controle do 
edema, 
inflamação e 
hematoma 
 
Silva, 
Cordeiro, 
Figueirêdo, 
Almeida e 
Meyer 
 
 
 
2013 
 
Alongamento, 
dissociações de 
movimentos e 
massagem suave 
 
 
Estimulação 
sensorial 
 
 
 
 
Mamoplastia de 
aumento 
 
 
 
 
 
Borges 
 
 
 
 
2010 
Taping, drenagem 
linfática manual, 
compressão constante 
relaxamento da 
musculatura do trapézio 
e 
esternocleidomastóideo, 
exercícios posturais 
TENS e caminhada 
 
Analgesia, 
organização 
tecidual, 
minimizar edema, 
inibir ponto 
gatilho, estímulo 
circulatório 
 
 
 Silva, Cinesioterapia, Ganho de 
 
 
9 
 
Cordeiro, 
Figueirêdo, 
Almeida e 
Meyer 
2013 alongamento e 
relaxamentos cervical 
(esternocleidomastóideo, 
escalenos, e trapézio 
superior), reexpansão 
pulmonar 
mobilidade, inibir 
ponto gatilho e 
diminuir 
desconforto 
respiratório 
 
 
 
 
Lipoaspiração 
 
 
Meyer, 
Régis, 
Araújo 
Zayan e 
Afonso 
 
 
 
2011 
 
Drenagem linfática 
manual, ultrassom, 
TENS, vacuoterapia, 
endermologia, laser de 
baixa potência e 
manobras suaves de 
descolamento e 
mobilização tecidual. 
 
Desobstrução, 
aceleração do 
processo 
cicatricial, 
organização 
tecidual e 
analgesia 
 
 
Silva, 
Cordeiro, 
Figueirêdo, 
Almeida e 
Meyer 
 
 
 
 
 
2013 
 
Fase inflamatória: 
Cinesioterapia exercícios 
respiratórios e de 
membros inferiores, 
sedestação e 
deambulação 
alongamentos da 
musculatura do pescoço, 
mobilização escapular, 
dorsiflexão plantar e 
estímulos a 
 
Reduzir 
desconforto 
respiratório, 
prevenir retração 
muscular, 
melhorar a 
circulação. 
Organizar fibras 
colágenas e 
minimizar fibroses 
cicatriciais 
 
 
10 
 
propriocepção e 
sensibilidade cutânea, 
Fase de remodelação: 
alongamentos dos 
músculos abdominais, 
grande dorsal, íliocostal, 
longíssimo da coluna, 
espinhal e quadrado 
lombar 
 
 
 
 
Abdominoplastia 
 
 
 
Silva e 
Santos 
 
 
 
 
2015 
Uso da cinta, 
mobilização precoce, 
deambulação precoce, 
cinesioterapia leve do 
tornozelo e joelho, 
drenagem linfática 
manual e exercícios 
respiratórios 
 
Evitar o 
tromboembolismo, 
reduzir o inchaço 
e melhorar a 
capacidade 
respiratória 
 
 
 
 
Borges 
 
 
 
 
2010 
Led azul 
(comprimento de onda 
410nm), microcorrentes 
ao redor da lesão, 
ultrassom, alta 
frequência, vacuoterapia 
e radiofrequência 
 
Aceleração do 
processo 
cicatricial, 
prevenir fibrose e 
flacidez cutânea 
tardia 
 
 
11 
 
 Silva, 
Martins, 
Maciel, 
Resende e 
Meyern 
 
 
2012 
 
 
Drenagem linfática 
manual E ultrassom 
Diminuir o edema, 
a dor e a ingestão 
de analgésicos e 
facilitar o 
processo de 
cicatrização 
 
 
 
Silva, 
Cordeiro, 
Figueirêdo, 
Almeida e 
Meyer 
 
 
 
 
2013 
 
Cinesioterapia, 
exercícios respiratórios 
de padrão diafragmático 
reeducativo e freno 
labial, exercícios 
miolinfocinéticos ativo de 
membros inferiores. 
Cinesioterapia motora 
ativo/assistido dos 
membros inferiores. 
 
 
 
Melhorar o padrão 
respiratório e 
facilitar a 
circulação veno-
linfática 
 
DISCUSSÃO 
A fisioterapia dermato funcional deve avaliar vários fatores relacionados a disfunção 
estética, segundo Coutinho, Dantas, Borges e Silva (2006) a avaliação de retrações 
musculares, deformidades articulares, desvios posturais devem ser observados pois podem 
ocasionar alguma alteração estética e funcional. Essas observações confirmam o trabalho 
de Antunes e Domingues (2008), no qual é relatado a importância da avaliação pré e pós 
cirúrgica do paciente no que diz respeito as condições circulatórias, presença de alteração 
 
 
12 
 
como edemas/linfedemas, assim como os aspectos clínicos gerais e as condições da pele, 
presença de depressões, irregularidades e flacidez. 
Após uma criteriosa avaliação no pré e pós cirúrgico de uma forma geral, o pré 
operatório fisioterapêutico funciona principalmente como orientação para o paciente. De 
acordo com Borges (2010), é o período no qual ocorre a preparação para a cirurgia, 
esclarecendo sobre o tipo de cirurgia que o paciente irá se submeter e vários fatores que 
irão influenciar na cicatrização, posicionamento, prevenção de trombose, uso de meias 
antitrombolíticas, botas pneumáticas, cinta. É o momento onde se conhece suas limitações 
e inicia-se o plano de tratamento pós cirúrgico. 
Diante dos recursos mais utilizados no período que antecede a cirurgia, Lopes, 
Santos, Carvalho, Borges e Oliveira (2008), afirmam que a drenagem linfática manual pré-
cirúrgica tem como objetivo preparar a região a ser operada em determinados aspectos. 
Dentre os benefícios da drenagem linfática anterior a cirurgia estão: estimular a circulação 
arteriovenosa para evitar riscos de necrose, ativar a circulação linfática favorecendo o 
metabolismo celular, melhorar a cicatrização e recuperação cutânea, manter a camada 
córnea íntegra e hidratada e estimular a circulação venolinfática para evitar edemas. 
A qualidade da pele é um fator primordial para o sucesso da cirurgia e por isso a 
pesquisa de Borges (2010), confirma os efeitos da radiofrequência no pré operatório no 
qual, o seu mecanismo funciona como indutor para o corpo produzir novas fibras de 
colágeno de sustentação, reduzindo a flacidez da derme e fazendo comque ela se torne 
mais rígida e mais hidratada. 
Diante disso, o trabalho da fisioterapia dermato funcional na preparação pré cirúrgica 
em geral é confirmada no estudo de Flores, Brum e Carvalho (2011), onde ele relata que 
cirurgiões plásticos reconheceram a melhora do tônus e trofismo cutâneo e muscular e 43% 
dos médicos acreditam ser um benefício a avaliação e correção postural nesse período 
anterior a cirurgia plástica. 
 
 
13 
 
De acordo com esse fato, em caso de cirurgia de mamoplastia e abdominoplastia 
conforme Souza e Benati (2019), a fisioterapia dermato funcional atua no pré operatório 
com a preparação da pele e sua hidratação através do uso de cosméticos associado a 
técnica de drenagem linfática manual ativando a circulação sanguínea e linfática nos tecidos 
favorecendo as trocas metabólicas, além de técnicas de eletroestimulação da musculatura 
abdominal por meio de corrente russa no qual proporciona a contração muscular e o 
fortalecimento do tônus e flacidez. 
Posteriormente, inicia-se o período pós cirúrgico e a atuação da fisioterapia dermato 
funcional conforme Borges (2010), tem sido amplamente recomendada pelos cirurgiões 
plásticos, pois esse tratamento possibilita uma melhora significativa na textura da pele, 
ausência de nodulações fibróticas no tecido subcutâneo, redução do edema, minimização 
de possíveis aderências teciduais, bem como maior rapidez na recuperação das áreas 
hipoestesias. 
Do mesmo modo, conforme os dados da publicação de Rodrigues e Mejia (2014), o 
pós operatório de cirurgia de rinoplastia, deve iniciar com a drenagem linfática manual, pois 
o edema facial é uma das principais queixas. Diante dessa premissa, tal fato é confirmado 
no trabalho de Meyer, Régis, Araújo Zayan e Afonso (2011), que afirma a ação da 
drenagem linfática manual no sistema nervoso vegetativo, no qual, os contatos no nível da 
pele transmitem aos receptores estímulos, que são interpretados pelo sistema nervoso 
autônomo, no qual diminuem a sensação de dor e inchaço local. Somado a essa terapia, 
Borges (2010) relata que se houver caso de fibrose na ponta do nariz, o que segundo a 
literatura são raros, pode ser realizado vacuoterapia ou radiofrequência. 
Simultaneamente, na cirurgia de ritidoplastia segundo Costa e Mejia (2013), deve- se 
dar atenção ao controle do edema e cinesioterapia é recomendado o uso de recursos 
eletrotermofototerapêuticos. Isso corrobora a publicação de Silva, Cordeiro, Figueirêdo, 
Almeida e Meyer (2013), na qual relata que em um segundo momento, após a retirada de 
 
 
14 
 
pontos, pode ser trabalhado as dissociações de movimentos, alongamento da cintura 
escapular e rotação leve de cabeça, flexão e extensão. Assim como Kabat facial sem 
resistência manual, elevação de membros superiores, estimulação sensorial com 
massagem suave, mímica facial, trabalhando a musculatura frontal, corrugador do 
supercílio, orbicular dos olhos, elevador da asa do nariz (prócero), levantador do lábio 
superior, bucinador, orbicular dos lábios, risório, zigomático e depressor do ângulo da boca. 
No entanto, no pós operatório de mamoplastia de aumento (prótese de silicone) 
conforme Borges (2010), a reabilitação dermato funcional inicia-se com uso de taping, 
drenagem linfática manual, compressão constante (sutiã), relaxamento da musculatura do 
trapézio, e esternocleidomastóideo, exercícios para a postura que não comprometam a 
restrição médica ao movimento dos membros superiores. 
Porém, de acordo com os estudos de Silva, Cordeiro, Figueirêdo, Almeida e Meyer 
(2013), a cinesioterapia na fase inflamatória após a cirurgia de mamoplastia pode 
acrescentar alongamentos e relaxamentos cervical (esternocleidomastóideo, escalenos, e 
trapézio superior), exercícios de reexpansão pulmonar (inspiração fracionada, respiração 
diafragmática). Na segunda fase, realizar movimentos passivos da glenoumeral até 90º 
(flexão/extensão; abdução/adução; abdução/adução horizontal; rotação medial e lateral). Na 
última fase e após 30-45 dias é indicado realizar exercícios acima de 90º, mobilização da 
cintura escapular e orientar caminhadas. 
Ademais, Meyer, Régis, Araújo Zayan e Afonso (2011), afirmam que após a cirurgia 
de lipoaspiração, as manipulações devem ser iniciadas de forma precoce e gradativa, como 
técnicas desobstrutivas e drenagem linfática manual. Além disso, pode ser utilizado também 
ultrassom, TENS (Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea), vacuoterapia, 
endermologia, laser de baixa potência e manobras suaves de descolamento e mobilização 
tecidual. 
 
 
15 
 
Igualmente, Silva, Cordeiro, Figueirêdo, Almeida e Meyer (2013), relatam que a 
cinesioterapia após a lipoaspiração pode ser iniciada com exercícios respiratórios 
costodiafragmáticos, freno labial e espirometria de incentivo com o Respiron, exercícios de 
membros inferiores, posicionamento em sedestação e estímulo a deambulação na primeira 
fase. Do mesmo modo, posteriormente, podem ser realizados alongamentos da 
musculatura do pescoço, mobilização escapular, dorsiflexão plantar e estímulos a 
propriocepção e sensibilidade cutânea, através do toque. Na fase de remodelação, os 
alongamentos dos músculos (abdominais grande dorsal, íliocostal, longíssimo da coluna, 
espinhal e quadrado lombar) são bem vindos no intuito de auxiliar na organização de fibras 
colágenas e assim minimizar fibroses cicatriciais. 
Similarmente, Silva e Santos (2015) explicam que na fase inicial da cirurgia de 
abdominoplastia deve-se iniciar mobilização precoce, afim de evitar o tromboembolismo, 
deambulação precoce, cinesioterapia leve do tornozelo e joelho, drenagem linfática manual, 
exercícios respiratórios, e acompanhamento do uso da cinta. 
 Do mesmo modo, Silva, Martins, Maciel, Resende e Meyer (2012) afirmam que uso do 
ultrassom, está diretamente vinculado ao processo de cicatrização, visto que seu objetivo 
de utilização precoce é promover uma melhora tanto na circulação quanto na linfática, 
possibilitando assim uma melhor nutrição celular. No caso de aderências e fibroses já 
instaladas, ele atua como coadjuvante na diminuição dessas sequelas e no aumento da 
elasticidade do tecido conjuntivo. 
Segundo os mesmos autores a endermoterapia no pós operatório, tem suas ações 
questionáveis, pois os estudos mostram que quando ocorre a manipulação do cabeçote 
seguindo as veias linfáticas, podem-se absorver os edemas e hematomas pós lipossucção. 
Tendo em vista que na técnica de drenagem linfática (manual e pressoterapia) se realiza 
uma pressão positiva no tecido enquanto a endermoterapia utiliza uma pressão negativa 
através do vácuo. 
 
 
16 
 
 Por fim, Silva, Cordeiro, Figueirêdo, Almeida e Meyer (2013), comprovaram que a 
cinesioterapia após a cirurgia deve iniciar por exercícios respiratórios de padrão 
diafragmático reeducativo e freno labial, exercícios miolinfocinéticos ativo de membros 
inferiores com objetivo de facilitar a circulação veno-linfática, cinesioterapia motora 
ativo/assistido dos membros inferiores. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Devido o crescimento da realização de cirurgias plásticas no país, é necessário o 
esclarecimento do tipo de cirurgia abordada e suas possíveis complicações. 
De acordo com este fato, a atuação da fisioterapia dermato funcional no pré e pós 
operatório é indispensável para o resultado final da cirurgia plástica, a preparação inicia-se 
desde a avaliação e orientações para se obter uma recuperação rápida e satisfatória. 
Os resultados da pesquisa sobre a abordagem no pré operatório ainda carece de 
estudos. A conclusão desta pesquisa comprova os benefícios de cada terapia conforme o 
tipo de cirurgia e a falta desses podem dificultar o retorno as atividades de vida diária. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Antunes, M., Domingues, A (2008), As principais alterações posturais em decorrência das 
cicatrizes de cirurgia plásticas. ConScientiae saúde, 7 (4),509-517. 
Borges, F. (2010). Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas, SP: Phorte. 
Chi, A., Lange, A., Guimarães, M., & Santos, C. (2018). Prevenção e tratamento de 
equimose, edema e fibrose no pré, trans e pós operatório de cirurgias plásticas. 
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, 33 (3), 343-354. 
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