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¹FINAMA, Fisioterapia dermato funcional Belém-PA laisearruda@gmail.com ²FINAMA, Fisioterapia dermato funcional Belém-PA luanda.pereira2@gmail.com The performance of functional dermate physiotherapy in the pre and post- operative of plastic surgery: literature review A atuação da fisioterapia dermato funcional no pré e pós operatório de cirurgia plástica: revisão de literatura Laise da Costa Arruda¹, Luanda Maria Pereira Alho² Abstract Brazil is one of the countries in which most plastic surgery is performed, due to this fact, dermato-functional physiotherapy has been gaining space for performance during the pre and post treatment of this type of procedure. Care in the pre- and postoperative period has been shown to be a key factor to avoid complications and recovery of functionality in a short period of time. The research aims to carry out a bibliographic review on the role of dermato functional physiotherapy in the pre and postoperative period of plastic surgery. Methodology: the bibliography search was carried out in the Pubmed, LILACS, MEDLINE and SCIELO databases. Results: 47 articles were found, but only 20 were used and explained in a table according to the surgery, phase and treatment proposal and its objective. Discussion: it was evidenced that the performance of the functional dermato physical therapy both in the pre and in the postoperative period are fundamental for the success of the surgery. The resources used include: manual lymphatic drainage, taping, ultrasound, microcurrents, radiofrequency, endermology and kinesiotherapy, as well as guidelines. Final considerations: the conclusion of the research showed numerous benefits in the postoperative period and few still in the preoperative period, further studies are necessary for a possible final conclusion. Keywords: functional dermato physiotherapy, plastic surgery, preoperative, post operative. Resumo O Brasil é um dos países no qual mais se realiza cirurgia plástica, devido esse fato, a fisioterapia dermato funcional vem ganhando espaço para atuação durante o pré e pós 2 tratamento desse tipo de procedimento. O cuidado no pré e pós operatório tem demostrado um fator primordial para evitar complicações e recuperação da funcionalidade em um curto espaço de tempo. A pesquisa teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre o papel da fisioterapia dermato funcional no pré e pós operatório de cirurgia plástica. Metodologia: a busca da bibliografia foi realizada nas bases de dados Pubmed, LILACS, MEDLINE e SCIELO. Resultados: foram encontrados 47 artigos, mas somente 20 foram utilizados e explanados em tabela de acordo com a cirurgia, fase e a proposta de tratamento e seu objetivo. Discussão: foi evidenciado que a atuação da fisioterapia dermato funcional tanto no pré quanto no pós operatório são fundamentais para o sucesso da cirurgia. Os recursos utilizados incluem: drenagem linfática manual, taping, ultrassom, microcorrentes, radiofrequência, endermologia e cinesioterapia, bem como orientações. Considerações finais: a conclusão da pesquisa mostrou inúmeros benefícios do pós operatório e poucos ainda no pré operatório, são necessários mais estudos para uma possível conclusão final. Palavras-chave: fisioterapia dermato funcional, cirurgia plástica, pré e pós operatório. A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL NO PRÉ E PÓS OPERATÓRIO DE CIRURGIA PLÁSTICA: REVISÃO DE LITERATURA Nos últimos anos, segundo Macedo e Oliveira (2011) a busca pelo belo e a forma ideal vem aumentando significativamente a procura de procedimentos estéticos e cirúrgicos com o intuito de um corpo harmonioso e saudável. De acordo com a International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), o Brasil encontra-se no segundo lugar no ranking mundial de procedimentos cirúrgicos de caráter estético, Chi, Lange, Guimarães e Santos (2018). 3 Borges (2010), afirma que é uma área em constante crescimento, havendo necessidade de atuação de outros segmentos para o sucesso da cirurgia. A eficiência de uma cirurgia plástica não depende somente do seu planejamento cirúrgico, mas também da intervenção e cuidados pré e pós operatórios, o que tem demonstrado fator preventivo de possíveis complicações e promoção de um resultado estético mais satisfatório. Atualmente a fisioterapia dermato funcional vem agregando notável importância a esse segmento. Sua atuação vai desde a preparação, durante e após a cirurgia, buscando acelerar o processo de recuperação pós operatória e prevenindo e controlando as complicações mais comuns, Borges (2010). O não encaminhamento a tratamentos pós operatórios ou o encaminhamento tardio pode privar o paciente de adquirir uma recuperação mais saudável, mais curta e com menos sofrimento físico e/ou psicológico, além de comprometer o resultado da cirurgia, Tacani, Alegrance, Assumpção e Gimenes (2005). De acordo com Sousa, Bertani e Lima (2012), o ato cirúrgico constitui uma agressão tecidual que, mesmo bem direcionado, pode prejudicar a funcionalidade destes tecidos. Cabe ao fisioterapeuta atuar com todos os recursos disponíveis para minimizar esta alteração funcional, a aplicabilidade da fisioterapia no pré-operatório tem por objetivo fortalecer os vasos sanguíneos e linfáticos da região a ser operada, desobstruindo possíveis congestionamentos. Chi et al. (2018) relatam também o uso de cosméticos, nutricosméticos e orientações alimentares com baixo índice glicêmico para melhorar o processo cicatricial, reorganizar o colágeno e diminuir o índice de fibroses, edema intenso e equimoses. No pós- operatório a fisioterapia e suas modalidades terapêuticas nos permite tratar edemas drenando e descongestionando os tecidos, com drenagem linfática manual no intuito de acelerar a recuperação do paciente. 4 Diante do aumento constante da procura por procedimentos cirúrgicos estéticos, este estudo justifica-se para sustentar a importância da intervenção fisioterapêutica e cuidados pré e pós-operatórios como prevenção de complicações e promoção de um resultado estético mais satisfatório e funcional. O objetivo da pesquisa é realizar uma revisão bibliográfica a respeito da abordagem fisioterapêutica no pré e pós operatório de cirurgias plásticas corporais mais realizadas como mamoplastia, implantes mamários, correção de abdômen (abdominoplastia) e a lipoaspiração, e cirurgias plásticas faciais como: rinoplastia e ritidoplastia, feitas por várias técnicas e os recursos fisioterapêuticos adequados para serem realizados. METODOLOGIA Para a realização da pesquisa foi realizada uma revisão bibliográfica sobre a temática em livros, periódicos e nas bases de dados Pubmed, LILACS (Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (Literatura Internacional em Ciências da Saúde), e SCIELO (Scientifc Eletronic Library Online). Os descritores utilizados foram: Cirurgia plástica, fisioterapia dermato funcional, pré, pós operatório, rinoplastia, ritidoplastia, mamoplastia, abdominoplastia; lipoaspiração, sendo considerados para análise artigos nos idiomas português, espanhol e inglês. Após a realização da busca, foram identificadas as cirurgias plásticas mais realizadas na estética facial: rinoplastia, ritidoplastia e corporal: mamoplastia de aumento, lipoaspiração e abdominoplastia. RESULTADOS Foram encontrados 47 artigos relacionados ao tema, mas somente 20 foram utilizados. A tabela a seguir mostra os resultados. Atuação da fisioterapia dermato funcional no pré operatório de cirurgia plástica 5 Autor Ano Conduta Objetivo Borges 2010 Orientação Esclarecer sobre o tipo de cirurgia Coutinho, Dantas, Borges e Silva 2006 Avaliaçãopré operatória fisioterapêutica Verificar a presença de retrações musculares, deformidades articulares e desvios posturais Antunes e Domingues 2008 Avaliação das condições circulatórias Detectar edemas/linfedemas Lopes, Santos, Carvalho, Borges e Oliveira 2008 Drenagem linfática manual Estimular a circulação arteriovenosa Borges 2010 Radiofrequência Produzir novas fibras de colágeno Flores, Brum e Carvalho 2011 Avaliação e correção postural Melhora do tônus e trofismo cutâneo e muscular Souza e Benati 2019 Hidratação da pele e drenagem Ativar a circulação sanguínea e 6 linfática linfática Souza e Benati 2019 Corrente russa Eletroestimulação e contração da musculatura Atuação da fisioterapia dermato funcional no pós operatório de cirurgia plástica Autor Ano Fases do pós operatório Conduta Objetivo Borges 2010 Inflamatória Mudanças de decúbito compressão exercícios respiratórios TENS e Taping Evitar úlceras por pressão, desconforto respiratório, fibrose e promover analgesia e organização tecidual Borges 2010 Proliferativa Drenagem linfática manual ultrassom Minimizar o edema e 7 microcorrentes e mobilização de tecido conjuntivo acelerar o processo de cicatrização Borges 2010 Remodelação Drenagem linfática manual mobilização de tecido conjuntivo alongamentos e exercícios ativos para a coluna cervical, vacuoterapia, ultrassom e radiofrequência Promover redução de edema, organização tecidual, prevenir retração muscular e ganhar mobilidade articular Atuação da fisioterapia dermato funcional no pós operatório de cirurgia plástica específica Cirurgia Autor Ano Conduta Objetivo 8 Rinoplastia Rodrigues e Mejia 2014 Drenagem linfática manual e vacuoterapia ou radiofrequência Minimizar edema facial e prevenir fibrose Ritidoplastia Costa e Mejia 2013 Cinesioterapia, laser, Led, microcorrentes e ultrassom Controle do edema, inflamação e hematoma Silva, Cordeiro, Figueirêdo, Almeida e Meyer 2013 Alongamento, dissociações de movimentos e massagem suave Estimulação sensorial Mamoplastia de aumento Borges 2010 Taping, drenagem linfática manual, compressão constante relaxamento da musculatura do trapézio e esternocleidomastóideo, exercícios posturais TENS e caminhada Analgesia, organização tecidual, minimizar edema, inibir ponto gatilho, estímulo circulatório Silva, Cinesioterapia, Ganho de 9 Cordeiro, Figueirêdo, Almeida e Meyer 2013 alongamento e relaxamentos cervical (esternocleidomastóideo, escalenos, e trapézio superior), reexpansão pulmonar mobilidade, inibir ponto gatilho e diminuir desconforto respiratório Lipoaspiração Meyer, Régis, Araújo Zayan e Afonso 2011 Drenagem linfática manual, ultrassom, TENS, vacuoterapia, endermologia, laser de baixa potência e manobras suaves de descolamento e mobilização tecidual. Desobstrução, aceleração do processo cicatricial, organização tecidual e analgesia Silva, Cordeiro, Figueirêdo, Almeida e Meyer 2013 Fase inflamatória: Cinesioterapia exercícios respiratórios e de membros inferiores, sedestação e deambulação alongamentos da musculatura do pescoço, mobilização escapular, dorsiflexão plantar e estímulos a Reduzir desconforto respiratório, prevenir retração muscular, melhorar a circulação. Organizar fibras colágenas e minimizar fibroses cicatriciais 10 propriocepção e sensibilidade cutânea, Fase de remodelação: alongamentos dos músculos abdominais, grande dorsal, íliocostal, longíssimo da coluna, espinhal e quadrado lombar Abdominoplastia Silva e Santos 2015 Uso da cinta, mobilização precoce, deambulação precoce, cinesioterapia leve do tornozelo e joelho, drenagem linfática manual e exercícios respiratórios Evitar o tromboembolismo, reduzir o inchaço e melhorar a capacidade respiratória Borges 2010 Led azul (comprimento de onda 410nm), microcorrentes ao redor da lesão, ultrassom, alta frequência, vacuoterapia e radiofrequência Aceleração do processo cicatricial, prevenir fibrose e flacidez cutânea tardia 11 Silva, Martins, Maciel, Resende e Meyern 2012 Drenagem linfática manual E ultrassom Diminuir o edema, a dor e a ingestão de analgésicos e facilitar o processo de cicatrização Silva, Cordeiro, Figueirêdo, Almeida e Meyer 2013 Cinesioterapia, exercícios respiratórios de padrão diafragmático reeducativo e freno labial, exercícios miolinfocinéticos ativo de membros inferiores. Cinesioterapia motora ativo/assistido dos membros inferiores. Melhorar o padrão respiratório e facilitar a circulação veno- linfática DISCUSSÃO A fisioterapia dermato funcional deve avaliar vários fatores relacionados a disfunção estética, segundo Coutinho, Dantas, Borges e Silva (2006) a avaliação de retrações musculares, deformidades articulares, desvios posturais devem ser observados pois podem ocasionar alguma alteração estética e funcional. Essas observações confirmam o trabalho de Antunes e Domingues (2008), no qual é relatado a importância da avaliação pré e pós cirúrgica do paciente no que diz respeito as condições circulatórias, presença de alteração 12 como edemas/linfedemas, assim como os aspectos clínicos gerais e as condições da pele, presença de depressões, irregularidades e flacidez. Após uma criteriosa avaliação no pré e pós cirúrgico de uma forma geral, o pré operatório fisioterapêutico funciona principalmente como orientação para o paciente. De acordo com Borges (2010), é o período no qual ocorre a preparação para a cirurgia, esclarecendo sobre o tipo de cirurgia que o paciente irá se submeter e vários fatores que irão influenciar na cicatrização, posicionamento, prevenção de trombose, uso de meias antitrombolíticas, botas pneumáticas, cinta. É o momento onde se conhece suas limitações e inicia-se o plano de tratamento pós cirúrgico. Diante dos recursos mais utilizados no período que antecede a cirurgia, Lopes, Santos, Carvalho, Borges e Oliveira (2008), afirmam que a drenagem linfática manual pré- cirúrgica tem como objetivo preparar a região a ser operada em determinados aspectos. Dentre os benefícios da drenagem linfática anterior a cirurgia estão: estimular a circulação arteriovenosa para evitar riscos de necrose, ativar a circulação linfática favorecendo o metabolismo celular, melhorar a cicatrização e recuperação cutânea, manter a camada córnea íntegra e hidratada e estimular a circulação venolinfática para evitar edemas. A qualidade da pele é um fator primordial para o sucesso da cirurgia e por isso a pesquisa de Borges (2010), confirma os efeitos da radiofrequência no pré operatório no qual, o seu mecanismo funciona como indutor para o corpo produzir novas fibras de colágeno de sustentação, reduzindo a flacidez da derme e fazendo comque ela se torne mais rígida e mais hidratada. Diante disso, o trabalho da fisioterapia dermato funcional na preparação pré cirúrgica em geral é confirmada no estudo de Flores, Brum e Carvalho (2011), onde ele relata que cirurgiões plásticos reconheceram a melhora do tônus e trofismo cutâneo e muscular e 43% dos médicos acreditam ser um benefício a avaliação e correção postural nesse período anterior a cirurgia plástica. 13 De acordo com esse fato, em caso de cirurgia de mamoplastia e abdominoplastia conforme Souza e Benati (2019), a fisioterapia dermato funcional atua no pré operatório com a preparação da pele e sua hidratação através do uso de cosméticos associado a técnica de drenagem linfática manual ativando a circulação sanguínea e linfática nos tecidos favorecendo as trocas metabólicas, além de técnicas de eletroestimulação da musculatura abdominal por meio de corrente russa no qual proporciona a contração muscular e o fortalecimento do tônus e flacidez. Posteriormente, inicia-se o período pós cirúrgico e a atuação da fisioterapia dermato funcional conforme Borges (2010), tem sido amplamente recomendada pelos cirurgiões plásticos, pois esse tratamento possibilita uma melhora significativa na textura da pele, ausência de nodulações fibróticas no tecido subcutâneo, redução do edema, minimização de possíveis aderências teciduais, bem como maior rapidez na recuperação das áreas hipoestesias. Do mesmo modo, conforme os dados da publicação de Rodrigues e Mejia (2014), o pós operatório de cirurgia de rinoplastia, deve iniciar com a drenagem linfática manual, pois o edema facial é uma das principais queixas. Diante dessa premissa, tal fato é confirmado no trabalho de Meyer, Régis, Araújo Zayan e Afonso (2011), que afirma a ação da drenagem linfática manual no sistema nervoso vegetativo, no qual, os contatos no nível da pele transmitem aos receptores estímulos, que são interpretados pelo sistema nervoso autônomo, no qual diminuem a sensação de dor e inchaço local. Somado a essa terapia, Borges (2010) relata que se houver caso de fibrose na ponta do nariz, o que segundo a literatura são raros, pode ser realizado vacuoterapia ou radiofrequência. Simultaneamente, na cirurgia de ritidoplastia segundo Costa e Mejia (2013), deve- se dar atenção ao controle do edema e cinesioterapia é recomendado o uso de recursos eletrotermofototerapêuticos. Isso corrobora a publicação de Silva, Cordeiro, Figueirêdo, Almeida e Meyer (2013), na qual relata que em um segundo momento, após a retirada de 14 pontos, pode ser trabalhado as dissociações de movimentos, alongamento da cintura escapular e rotação leve de cabeça, flexão e extensão. Assim como Kabat facial sem resistência manual, elevação de membros superiores, estimulação sensorial com massagem suave, mímica facial, trabalhando a musculatura frontal, corrugador do supercílio, orbicular dos olhos, elevador da asa do nariz (prócero), levantador do lábio superior, bucinador, orbicular dos lábios, risório, zigomático e depressor do ângulo da boca. No entanto, no pós operatório de mamoplastia de aumento (prótese de silicone) conforme Borges (2010), a reabilitação dermato funcional inicia-se com uso de taping, drenagem linfática manual, compressão constante (sutiã), relaxamento da musculatura do trapézio, e esternocleidomastóideo, exercícios para a postura que não comprometam a restrição médica ao movimento dos membros superiores. Porém, de acordo com os estudos de Silva, Cordeiro, Figueirêdo, Almeida e Meyer (2013), a cinesioterapia na fase inflamatória após a cirurgia de mamoplastia pode acrescentar alongamentos e relaxamentos cervical (esternocleidomastóideo, escalenos, e trapézio superior), exercícios de reexpansão pulmonar (inspiração fracionada, respiração diafragmática). Na segunda fase, realizar movimentos passivos da glenoumeral até 90º (flexão/extensão; abdução/adução; abdução/adução horizontal; rotação medial e lateral). Na última fase e após 30-45 dias é indicado realizar exercícios acima de 90º, mobilização da cintura escapular e orientar caminhadas. Ademais, Meyer, Régis, Araújo Zayan e Afonso (2011), afirmam que após a cirurgia de lipoaspiração, as manipulações devem ser iniciadas de forma precoce e gradativa, como técnicas desobstrutivas e drenagem linfática manual. Além disso, pode ser utilizado também ultrassom, TENS (Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea), vacuoterapia, endermologia, laser de baixa potência e manobras suaves de descolamento e mobilização tecidual. 15 Igualmente, Silva, Cordeiro, Figueirêdo, Almeida e Meyer (2013), relatam que a cinesioterapia após a lipoaspiração pode ser iniciada com exercícios respiratórios costodiafragmáticos, freno labial e espirometria de incentivo com o Respiron, exercícios de membros inferiores, posicionamento em sedestação e estímulo a deambulação na primeira fase. Do mesmo modo, posteriormente, podem ser realizados alongamentos da musculatura do pescoço, mobilização escapular, dorsiflexão plantar e estímulos a propriocepção e sensibilidade cutânea, através do toque. Na fase de remodelação, os alongamentos dos músculos (abdominais grande dorsal, íliocostal, longíssimo da coluna, espinhal e quadrado lombar) são bem vindos no intuito de auxiliar na organização de fibras colágenas e assim minimizar fibroses cicatriciais. Similarmente, Silva e Santos (2015) explicam que na fase inicial da cirurgia de abdominoplastia deve-se iniciar mobilização precoce, afim de evitar o tromboembolismo, deambulação precoce, cinesioterapia leve do tornozelo e joelho, drenagem linfática manual, exercícios respiratórios, e acompanhamento do uso da cinta. Do mesmo modo, Silva, Martins, Maciel, Resende e Meyer (2012) afirmam que uso do ultrassom, está diretamente vinculado ao processo de cicatrização, visto que seu objetivo de utilização precoce é promover uma melhora tanto na circulação quanto na linfática, possibilitando assim uma melhor nutrição celular. No caso de aderências e fibroses já instaladas, ele atua como coadjuvante na diminuição dessas sequelas e no aumento da elasticidade do tecido conjuntivo. Segundo os mesmos autores a endermoterapia no pós operatório, tem suas ações questionáveis, pois os estudos mostram que quando ocorre a manipulação do cabeçote seguindo as veias linfáticas, podem-se absorver os edemas e hematomas pós lipossucção. Tendo em vista que na técnica de drenagem linfática (manual e pressoterapia) se realiza uma pressão positiva no tecido enquanto a endermoterapia utiliza uma pressão negativa através do vácuo. 16 Por fim, Silva, Cordeiro, Figueirêdo, Almeida e Meyer (2013), comprovaram que a cinesioterapia após a cirurgia deve iniciar por exercícios respiratórios de padrão diafragmático reeducativo e freno labial, exercícios miolinfocinéticos ativo de membros inferiores com objetivo de facilitar a circulação veno-linfática, cinesioterapia motora ativo/assistido dos membros inferiores. CONSIDERAÇÕES FINAIS Devido o crescimento da realização de cirurgias plásticas no país, é necessário o esclarecimento do tipo de cirurgia abordada e suas possíveis complicações. De acordo com este fato, a atuação da fisioterapia dermato funcional no pré e pós operatório é indispensável para o resultado final da cirurgia plástica, a preparação inicia-se desde a avaliação e orientações para se obter uma recuperação rápida e satisfatória. Os resultados da pesquisa sobre a abordagem no pré operatório ainda carece de estudos. A conclusão desta pesquisa comprova os benefícios de cada terapia conforme o tipo de cirurgia e a falta desses podem dificultar o retorno as atividades de vida diária. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Antunes, M., Domingues, A (2008), As principais alterações posturais em decorrência das cicatrizes de cirurgia plásticas. ConScientiae saúde, 7 (4),509-517. Borges, F. (2010). Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas, SP: Phorte. Chi, A., Lange, A., Guimarães, M., & Santos, C. (2018). Prevenção e tratamento de equimose, edema e fibrose no pré, trans e pós operatório de cirurgias plásticas. 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