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Drenagem linfatica

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XVI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e 
XII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 
1
 
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA APÓS ABDOMINOPLASTIA: Revisão Literária 
 
 
Francisco Alves Sobral Tavares 1, Paulo André Rodrigues Junior 2, Keylanne Kledja 
D’Andrade Vilela3 , Francisca Monalisa Alves Diniz 4; Rubisvânia de Oliveira Dias 5, Renata 
Braga Rolim Vieira6 
 
1Faculdade Santa Maria/Bacharelado em Fisioterapia, Cajazeiras PB, sobral.tavares@hotmail.com 
2Faculdade Santa Maria/Bacharelado em Fisioterapia, Cajazeiras PB, erdnaroinuj@gmail.com 
3Faculdade Santa Maria/Bacharelado em Fisioterapia, Cajazeiras PB, keylannebella@hotmail.com 
4Faculdade Santa Maria/Bacharelado em Fisioterapia, Cajazeiras PB, monalisaforewer@hotmail.com 
5Faculdade Santa Maria/Bacharelado em Fisioterapia, Cajazeiras PB, rubisvania@hotmail.com 
6Faculdade Santa Maria/Bacharelado em Fisioterapia, Cajazeiras PB, renata_braga1@hotmail.com 
 
 
 
Resumo- A intervenção fisioterapêutica pós abdominoplastia total, contribui para uma recuperação mais 
efetiva, promovendo melhores adaptações do paciente durante a cicatrização da incisão cirúrgica e as 
reconstituições teciduais, além de contribuir para diminuição das dores, do edema, na prevenção de 
contraturas musculares por imobilização e fortalecimento da musculatura envolvida. Materiais e Métodos : 
revisão de literatura, priorizando as técnicas e recursos fisioterapêuticos como forma de intervenção no pós-
operatório de abdominoplastia total e seus consequentes benefícios. Resultados e Discussões: Foram 
analisadas obras literárias, selecionadas e estudadas mediante os critérios e características dessa 
pesquisa, observamos diferenças em relação à nomenclatura dada aos tipos de recursos terapêuticos 
manuais e em alguns casos a obra não se referenciava a todos os recursos ou se referia de modo 
generalizado. Conclusão: realização de estudos mais específicos e aprofundados para adequar o uso de 
cada técnica manual, baseando-se em seus efeitos locais e sistêmicos, as fases de reparação tecidual, até 
a sua total recuperação e integridade fisiológica. 
 
Palavras-chave: Fisioterapia, abdominoplastia e tratamento 
Área do Conhecimento : Ciências da Saúde 
 
Introdução 
 
Na atualidade, existe uma constante busca por 
um corpo perfeito. As cirurgias plásticas podem 
propiciar esta transformação, levando as pessoas 
que se submetem a tal procedimento a 
melhorarem sua auto-estima e bem-estar. É 
verdade que possam existir as intercorrências, 
porém quando realizados cuidados como os pré-
operatórios (exames laboratoriais, risco cirúrgico, 
dentre outros) e também os pós-operatórios 
(obedecer às indicações e aos cuidados 
recomendados pelos cirurgiões), diminuem as 
possibilidades de complicações e/ou resultados 
inestéticos (Coutinho et al, 2006, p. 02). 
A abdominoplastia é uma das cirurgias 
plásticas mais realizadas no mundo, conforme 
Pieri (2009 p. 13) “consiste na correção do 
excesso do tecido cutâneo e adiposo através da 
sua ressecção.” Pacientes com tecido pendente, 
devido ao envelhecimento, gestações múltiplas, 
operações abdominais, ou perda de peso 
significante são, em geral, boas candidatas para 
procedimentos de contorno corpora (VASCONES, 
et al, 2004. p. 1064). 
A crescente preocupação com os cuidados 
pós-cirúrgicos vem apresentando resultados 
positivos por meio da procura por meios 
preventivos para possíveis complicações, que tem 
proporcionado ao paciente um pós-operatório mais 
curto e, consequentemente, um resultado estético 
mais satisfatório (FERNANDES, 2011). 
Dentre as complicações pós-cirúrgicas locais 
mais comuns temos os hematomas, seromas, 
infecções na cicatriz cirúrgica, deiscência, necrose 
cutâneo-gordurosa, alterações cicatriciais, 
assimetrias, retrações, desvios laterais do umbigo, 
elevação dos pelos pubianos, irregularidades da 
parede abdominal, etc. (COUTINHO, 2006). 
A Fisioterapia dermato-funcional tem sido 
amplamente recomendada pelos cirurgiões 
plásticos como forma de procedimento de 
tratamento para as cirurgias plásticas, 
especialmente nos casos de abdominoplastias. O 
tratamento fisioterapêutico no pós cirúrgico 
possibilita: melhora significativa na textura da pele, 
ausência de nodulações fibróticas no tecido 
 
XVI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e 
XII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 
2
subcutâneo, redução do edema, minimização de 
possíveis aderências teciduais, bem como maior 
rapidez na recuperação das áreas com 
hipoestesias, ou seja, não só possibilita uma 
redução das prováveis complicações, como 
também retorna o paciente mais rapidamente ao 
exercício das suas atividades de vida diária 
(COUTINHO, 2006). 
 
Metodologia 
 
Este O presente artigo foi constituído através 
de uma breve revisão de literatura, priorizando a 
pesquisa e o estudo de artigos, os quais 
apresentaram subsídios como, recursos e técnicas 
de intervenção fisioterapêutica para o pós-
operatório de abdominoplastia total, contemplando 
seus consequentes benefícios para os pacientes. 
Os artigos foram encontrados em ambiente virtual 
na rede mundial de computadores, através de 
sites conceituados, como exemplo o (scielo.com. 
br), como também no site da revista brasileira de 
cirurgia plástica). Para tanto foram abordados 
cerca de 20 artigos publicados entre os anos de 
2004 e 2010, e adotados os que melhor se 
adequaram a pesquisa, além de livros 
relacionados ao assunto. 
 
Resultados 
 
Foram analisadas várias obras literárias, sendo 
que algumas delas foram selecionadas e 
estudadas mediante os critérios e características 
dessa pesquisa, observamos diferenças em 
relação à nomenclatura dada aos tipos de 
recursos terapêuticos manuais e em alguns casos 
a obra não se referenciava a todos os recursos ou 
se referia de modo generalizado. Todos os 
estudos tiveram concordância já que relataram 
que os recursos terapêuticos manuais possuem 
efeitos fisiológicos benéficos ao indivíduo que se 
submete aos mesmos, no pós-operatório de 
cirurgias plásticas abdominais. 
 
Discussão 
 
Abdominoplastia 
 
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica na 
pesquisa data folha em 2009, afirma que a 
abdominoplastia é um dos procedimentos 
frequentemente realizados em todo mundo, sendo 
a terceira cirurgia estética mais realizada no Brasil, 
em 2008 (MARTINO, 2010). 
No inicio a terminologia utilizada era a 
lipectomia abdominal, que foi primeiramente 
apresentada por Demars e Marx. Este termo foi 
em seguida modificado para abdominoplastia e 
caracteriza às cirurgias em que há ressecção de 
pele e tecido subcutâneo em excesso. No entanto, 
poderá estar associada ou não a vários outros 
procedimentos e técnicas em que se atua sobre a 
musculatura (como rotação e plicatura dos 
músculos oblíquos externos), aponeurose, e com 
procedimentos complementares no subcutâneo 
(como lipoaspiração ou ressecções segmentares) 
(PORCHAT, 2004). 
Os procedimentos operatórios utilizados para 
modificar o contorno e a forma do abdome incluem 
a abdominoplastia, ou a dermolipectomia clássica; 
a abdominoplastia modificada ou 
“miniabdominoplastia”; a abdominoplastia 
circunferencial ou em cinto; e a dermolipectomia. 
Esses procedimentos evoluíram ao longo do 
século 20 desde as operações direcionadas à 
correção de problemas funcionais até o 
descolamento através de abordagem com incisões 
transversais inferiores mais encobertas, marcadas 
por descolamento extenso da pele e camada 
adiposa. Essa técnica levou ao desenvolvimento 
da dermolipectomia clássica, ou abdominoplastia, 
que foi utilizada para tratar as formas mais 
pronunciadas de pele, o excesso de gordura e 
flacidez muscular (EVANS, 2007). 
Para Tournieux, Perez apud Soares LMA et al. 
(2005), um dos tipos de abdominoplastia é a 
dermolipectomia abdominal na qual é retirada o 
retalho cutâneo e gordura da região inferior do 
abdome de maneira que o retalhodo abdome 
superior recobre toda a extensão abdominal. Além 
disso, é feita a plicatura do músculo reto do 
abdome o que proporciona aproximação dos 
músculos oblíquos e promove acinturamento. 
 
Drenagem Linfática no Pós-Operatório de 
Abdominoplastia 
 
Na década de sessenta a drenagem linfática 
começou a ser empregada com a intenção de 
melhorar os resultados cosméticos de cirurgias. 
Desde então, já eram observados os benefícios da 
drenagem linfática manual no tratamento e 
prevenção de algumas complicações no pós-
cirúrgico. Sendo que a execução de manobras no 
pós-operatório imediato apresenta grandes 
benefícios para a prevenção e tratamento das 
sequelas procedente do ato cirúrgico. A drenagem 
linfática manual aplicada com movimentos rítmicos 
atua de forma eficaz na drenagem do edema 
proveniente do ato cirúrgico (GUIRRO e GUIRRO, 
2002). 
Na drenagem linfática manual, as manobras 
são suaves e superficiais, não necessitando 
comprimir os músculos, e sim mobilizar uma 
corrente de líquido que está dentro de um vaso 
linfático em nível superficial e acima da 
 
XVI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e 
XII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 
3
aponeurose (GODOY, BELCZAK, GODOY, 
2005:110). 
Sckwartz (apud Macedo e Oliveira, 2010), 
afirmam que indicação da drenagem linfática em 
cirurgia plástica é necessariamente para a 
remoção do edema excessivo localizado no 
interstício. Mas, só ocorrerá a diminuição deste 
edema quando houver redução da secreção de 
cortisol, que é liberado durante o processo de 
inflamação e reparo e no término da formação do 
tecido cicatricial, em torno de 20 a 42 dias. 
Para Camargo e Marx (apud Coutinho et al, 
2006) o edema é o acúmulo anormal de líquido 
intersticial, com característica predominantemente 
aquosa e não possui alta concentração proteica. 
Camargo e Marx (apud Coutinho et al,.2006) 
afirmam que a técnica de drenagem linfática 
manual vem sendo defendida para ser começada 
no primeiro dia pós-operatório com a emprego de 
manobras de evacuação e captação nas redes 
ganglionares e vias linfáticas, porém somente 
realizadas nas áreas afastadas da zona 
edematosa como uma maneira de estimular as 
anastomoses linfáticas. 
A drenagem linfática manual não apresenta 
risco algum para o paciente de pós-operatório de 
cirurgias plásticas, apenas se for mal aplicada 
concentrando muita força, rapidez excessiva, ou 
direção errada (BORGES, 2006). 
 
Uso de Ultra-Som e Laser para Reparação 
Cicatricial em Pacientes Submetidos à 
Abdominoplastia 
 
De acordo com Carvalho et all (2003), a 
cicatrização de feridas é um processo complicado, 
interativo e integrativo, que envolve atividade 
celular e quimiotáxica, com liberação de 
mediadores químicos associados a respostas 
vasculares. É composta por uma sequência de 
eventos que culmina no total fechamento da 
derme lesionada, sendo o reparo constituído pelas 
fases de inflamação, proliferativa e 
remodelamento da matriz. 
Segundo Nogueira (citado por Carvalho, 2003) 
as alterações das cicatrizações são responsáveis 
por uma baixa síntese de colágeno, além de 
contribuírem para aumentar os riscos de infecções 
e o tempo do reparo tecidual. Tendo em vista os 
agravantes mencionados, atualmente os estudos 
buscam novos métodos terapêuticos que possam 
solucionar ou ainda minimizar as falhas no 
processo de reparo tecidual. Tais métodos 
responsáveis por esse processo de cicatrização 
envolvem o laser (As-Ga) de baixa intensidade e o 
ultra-som (3MHz). E a ação conjunta dos mesmos 
nas alterações de cicatrizações (necrose) torna 
fundamental por ser mais uma opção de recurso 
na terapêutica para esta sequela, com o objetivo 
de favorecer: um aumento da circulação, 
relaxamento muscular, aumento da formação de 
colágeno, proliferação do tecido de granulação, 
regeneração dos nervos seccionados, reduzindo 
quadro de infecção, e diminuição da tensão 
tissular. 
Em sua pesquisa Nogueira (S/D) descreve que 
fizeram parte do estudo quatro prontuários de 
pacientes do sexo feminino com faixa etária de 28-
53 anos com alteração na cicatrização (necrose) 
da ferida cirúrgica. Os prontuários foram cedidos 
por uma clínica de Fisioterapia, especializada em 
acompanhar pacientes no pré e pós-operatório de 
cirurgia plástica em Teresina – Pi. No protocolo de 
tratamento a que foram submetidas as pacientes, 
utilizou-se ultra-som com frequência de 3 MHz, 
potência de 0,5 W/cm
2
, modo contínuo e tempo de 
4 a 6 min; e laser (As-Ga) com comprimento de 
onda de 904 nanômetros (nm), freqüência de 5 
Hz, profundidade de 5 mm, dose de 5,0mj, com 
tempo de 4 a 7 min (dependendo da extensão de 
cada lesão) com aplicação pontual e em 
varredura. 
Para Macedo et al (apud Borges, 2006 e Guirro 
e Guirro, 2002) o ultra-som terapêutico apresenta 
evidências que demonstram a sua eficácia nas 
diferentes fases do reparo. Verifica-se que em 
intensidades baixas (pulsado, 0.5W/cm²), houve 
aumento significativo de colágeno depositado na 
ferida num padrão cuja arquitetura tridimensional 
assemelha-se à pele, aumento da resistência 
tênsil e estímulo à contração da lesão, levando a 
uma cicatriz significativamente menor. 
Em suas discussões Macedo et al (apud Guirro 
e Guirro, 2002) descreve que o “laser após uma 
lesão da pele possibilita a angiogênese, estímulo 
da mitose celular, regulação dos fibroblastos, 
normalizando a produção de fibras elásticas e 
colágenas, impedindo a ocorrência de quelóides, 
hipertrofias e alargamentos.” Sendo que o 
protocolo de aplicação desse recurso utiliza 
“densidades de energia para as ações de aumento 
da circulação e diminuição da dor restringem-se à 
faixa de 2,0 a 4,0 Jcm², sendo aumentadas para 
6,0 a 8,0 Jcm² nos casos de regeneração e/ou 
cicatrização tecidual. 
A cicatrização tecidual é um processo 
complexo que envolve atividade local e sistêmica 
do organismo. A ação terapêutica do ultra-som e 
do laser na cicatrização também é bastante 
complexa, induzindo efeitos locais e sistêmicos; 
tróficos e regenerativos; antiinflamatórios e 
antálgicos. 
Outros estudos demonstram que este 
tratamento torna-se eficaz quando ministrado de 
maneira correta e com acompanhamento 
adequado. 
 
XVI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e 
XII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 
4
 
Estudo de Casos 
 
O artigo desenvolvido por Coutinho et al (2006) 
relata o caso de mulheres submetidas à cirurgia 
plástica de abdominoplastia associada à 
lipoaspiração de flancos constituem um grupo 
sujeito a desenvolverem complicações pós-
operatórias, o que pode contribuir para resultados 
cirúrgicos não satisfatórios. Relatando o período 
do início do pós-operatório que deveriam ser 
submetidos os pacientes de abdominoplastia. 
 
Conforme Coutinho et al.(apud Tacani, 2005) 
em estudo realizado, na região do ABC paulista, 
com 28 médicos cirurgiões plástico foi referido o 
encaminhamento pós-cirúrgico por parte de 10,7% 
dos entrevistados entre o 1º e o 2º dia de pós-
operatório; 21,6% deles entre o 3º e 5º DPO; 3,5% 
recomendavam o início do tratamento por volta do 
25º e 30º DPO, ou seja, na fase tardia e 64,2% da 
amostra afirmou encaminhar seus pacientes entre 
o 6º e 15º DPO. (COUTINHO ET AL. APUD 
TACANI, 2005). 
Para os autores que realizaram a pesquisa 
supracitada, o período de pós-operatório interfere 
diretamente na efetividade das condutas 
fisioterapêuticas para a recuperação dos pacientes 
submetidos a cirurgias plásticas, uma vez que 
estes estão propensos a complicações. Portanto, 
o encaminhamento mais tardio pode privar o 
paciente de obter uma recuperação mais 
saudável, mais curta, com menos sofrimento, além 
de muitas vezes comprometer o resultado final da 
cirurgia. (COUTINHO, 2006). 
A técnica de drenagem linfática manual vem 
sendo defendida para ser iniciada logo no primeiro 
dia pós-operatório com a utilização de manobras 
de evacuação e captação nasredes ganglionares 
e vias linfáticas, mas somente realizadas nas 
áreas distantes da zona edematosa como forma 
de estimular as anastomoses linfáticas. 
Na pesquisa feita com os 28 cirurgiões 
plásticos no ABC paulista, destes um total de 27 
(96,4%) apontaram a drenagem manual linfática 
como sendo o tratamento mais importante a ser 
realizado numa reabilitação pós-cirurgia, pois eles 
a consideram como uma técnica efetiva e capaz 
de encurtar o tempo de pós-operatório, sendo, 
portanto uma técnica bastante conhecida por 
esses profissionais. (COUTINHO,2006). 
O artigo desenvolvido por Soares et al (2005) 
que realizou um ensaio randomizado com 14 
mulheres de 35 a 45 anos, entre o oitavo e 
vigésimo dia de pós-operatório, avaliadas após um 
período de dez atendimentos por meio de medidas 
de perimetria, e melhoria dos sintomas. Dessas, 7 
mulheres foram submetidas à Drenagem Linfática 
Manual (DLM) e 7 à Drenagem Linfática Mecânica 
(DLME). A média de idade das mulheres incluídas 
foi de ±43,57 anos com variação de peso de 54 a 
70 Kg. 
Todas as pacientes avaliadas apresentaram 
nos pós-operatório, alterações clínicas como: 
edema, equimoses, dor e parestesia em graus 
variáveis de intensidade. Foi observada a 
presença de equimose, aderência cicatricial e 
seroma em 89,71%, 39,71%, e 28,57% das 
pacientes respectivamente. (SOARES, 2005). 
Os sintomas do pós-operatório regrediram após 
os dois tipos de intervenção (DLM e DLME) com 
intensidade variada mostrando uma melhora após 
os dez atendimentos para a maioria dos sintomas. 
Edema e parestesia foram os sintomas mais 
persistentes que se faziam presentes mesmo que 
de forma mais discreta, em todas as pacientes 
mesmo depois dos 10 atendimentos. (SOARES, 
2005). 
Os sintomas do pós-operatório regrediram após 
os dois tipos de intervenção (DLM e DLME) 
mostrando uma melhora após os dez 
atendimentos para a maioria dos sintomas, exceto 
para edema e parestesia que foram os sintomas 
mais persistentes. Esses achados confirmam 
relatos de literatura que descrevem essas 
alterações por um período prolongado de tempo 
após a cirurgia plástica e sugerem apenas dez 
atendimentos, que é comumente prescrito para o 
pós-operatório, não são suficientes para resolver 
as manifestações geradas por esse tipo de 
cirurgia. (SOARES, 2005). 
O seroma é uma das complicações comuns 
nos pós-operatório de abdominoplatia e foi 
observado particularmente naquelas pacientes 
que iniciariam a drenagem com mais de duas 
semanas de pós-operatório. Um início mais 
precoce das drenagens após a cirurgia poderia 
prevenir essas complicações e proporcionar uma 
recuperação mais rápida dessas pacientes. 
(SOARES, 2005). 
O edema foi reduzido em todas as pacientes 
nos grupos de intervenção como demonstrado 
pela análise de perimetria. Em todos os casos 
houve uma maior redução para o grupo tratado 
com DLM, o que indica uma tendência desta a se 
mostrar mais eficiente na redução do edema, pela 
maior redução de líquidos induzida pela drenagem 
manual. (SOARES, 2005). 
 
Conclusão 
 
Cabe a realização de estudos mais específicos 
e aprofundados para adequar o uso de cada 
técnica manual, baseando-se em seus efeitos 
locais e sistêmicos, as fases de reparação 
tecidual, até a sua total recuperação e integridade 
 
XVI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e 
XII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 
5
fisiológica e considerando a região em 
recobramento no pós - cirúrgico de 
abdominoplastia até que esteja dentro dos 
parâmetros da normalidade, ou seja, sem qualquer 
tipo de alteração. Os recursos terapêuticos 
manuais devem ser adequados também de acordo 
com a apresentação das alterações apresentadas 
pelo tecido lesado, de forma a eleger qual a 
técnica mais indicada em cada fase de 
recuperação baseando-se nos seus benefícios, já 
que como foi discutido no artigo, as cirurgias 
plásticas abdominais podem desenvolver uma 
série de alterações teciduais que podem 
comprometer o resultado final da intervenção e 
que por isso merecem atenção que é dada pelo 
profissional Fisioterapeuta, a fim de evitar maiores 
transtornos, sejam eles locais, sistêmicos e até 
mesmo psicológicos ao indivíduo. 
Observou-se então a necessidade de ampliar a 
pesquisa a respeito do tema em pauta, devido a 
escassez de bibliografia e estudos mais 
atualizados, uma vez que a literatura de fonte 
primária não nos dá subsídios suficientes para 
afirmar a eficiência e os reais benefícios de sua 
aplicação, sendo sugerido a pesquisa de campo e 
estudo de casos envolvendo seres humanos 
utilizando as técnicas que foram reunidas nesse 
estudo. 
 
Referências 
 
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atenção fisioterapêutica na minimização do edema 
nos casos de pós-operatório de abdominoplastia 
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estética e reconstrutora. Rio de 
Janeiro:Revinter,2007. 
 
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XVI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e 
XII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 
6
- VASCONES, et al. . IN: WAY, L. W. e 
DOHERTY, G. M. Cirurgia: diagnóstico de 
tratamento. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro. 
2004.

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