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FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 1 Sumario LEGISLAÇÃO 04 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS – PCI 21 SALVAMENTO 91 PRIMEIROS SOCORROS 98 FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 2 LEGISLAÇÃO ÍNDICE REGULAMENTO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO DO DISTRITO FEDERAL Decreto nº 21.361 de 20/07/00 (RSIP/DF) NORMA TÉCNICA 007/2011 - BRIGADA DE INCÊNDIO 04 13 FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 3 REGULAMENTO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO DO DISTRITO FEDERAL Decreto n° 21.361, de 20 de julho de 2000 Aprova o Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Distrito Federal e dá outras providências O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, decreta: Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Distrito Federal, que com este baixa: Art. 2° - O regulamento de que trata o artigo 1° deste decreto estabelece os requisitos mínimos exigíveis nas edificações e no exercício das atividades pertinentes à matéria de que trata e fixa critérios para o estabelecimento de Normas Técnicas de Segurança Contra Incêndio e Pânico, no território do Distrito Federal, com vistas à proteção das pessoas e dos bens públicos e privados. Art. 3° - No caso em que as edificações ou atividades, pelas suas temporalidades ou concepções peculiares, o exigirem, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal poderá, além dos quesitos constantes deste Regulamento, determinar outras medidas que, a seu critério técnico, julgar necessárias ou convenientes à prevenção contra incêndio e pânico. Art. 4° - Ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, por intermédio de seu órgão próprio, compete estudar, elaborar normas técnicas, analisar, planejar, fiscalizar e fazer cumprir as atividades atinentes à segurança contra incêndio e pânico, bem como realizar vistorias e emitir pareceres técnicos com possíveis conseqüências de penalidades por infração ao Regulamento, na forma da legislação específica. Art. 5° - A execução do disposto neste decreto e regulamento é de competência do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Art. 6° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7° - Revogam-se Decreto n° 11.258, de 16 de setembro de 1988 e demais disposições em contrário. ANEXO I REGULAMENTO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO DO DISTRITO FEDERAL CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1° - O Regulamento de Segurança Contra Incêndio e pânico do Distrito Federal tem por finalidade estabelecer requisitos para garantir condições mínimas de segurança aplicáveis no âmbito do Distrito Federal. FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 4 Parágrafo único - O Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Distrito Federal será adiante denominado RSIPDF. CAPITULO II DAS DEFINIÇÕES Art. 2° - Para fins de aplicação do RSIP-DF são adotadas as definições a seguir descritas. I - AGENTE FISCALIZADOR: Integrante do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, identificado e credenciado, imbuído da função de vistoriar edificações, atividades e quaisquer documentos relacionados com a segurança contra incêndio e pânico. II ALTURA DA EDIFICAÇÃO: Distância compreendida entre o ponto que caracteriza a saída situada no nível de descarga do prédio (soleira) e o ponto mais alto do piso do último pavimento superior. III ÁREA TOTAL DE CONSTRUÇÃO: Somatório das áreas de construção de todos os pavimentos de uma edificação, inclusive das áreas desconsideradas para cálculo da taxa máxima de construção ou coeficiente de aproveitamento. IV CHUVEIRO AUTOMÁTICO: Peça dotada de dispositivo sensível à elevação de temperatura e destinado a espargir água sobre um incêndio. V ELEVADOR DE EMERGÊNCIA: Equipamento dotado de energia elétrica independente da energia geral da edificação com comando especifico, instalado em local próprio, com antecâmara, permitindo o acesso e sua utilização em casos de emergência, nos diversos andares de uma edificação. VI GASES ESPECIAIS: Gases que atuam como agentes extintores, interferindo em qualquer componente do processo de combustão, cessando-o. VII HIDRANTE EXTERNO: Hidrante localizado externamente à edificação. VIII HIDRANTE DE PAREDE: Ponto de tomada d’água provido de registro de manobra e união tipo engate rápido IX HIDRANTE URBANO: Dispositivo instalado na rede pública de distribuição de água, localizado no logradouro público, destinado ao suprimento de água para as viaturas do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e Companhia de Água e Esgoto de Brasília CAESB. X REAÇÃO EM CADEIA: seqüência de reações onde um ou mais produtos de uma reação anterior e reagente das outras reações subseqüentes. XI SAÍDA DE EMERGÊNCIA OU VIA DE ESCAPE: Caminho contínuo, devidamente protegido, constituído por corredores, escadas, rampas, portas ou outros dispositivos a ser percorrido pelos ocupantes da edificação ou do local, em caso de incêndio ou emergência, de qualquer ponto da área interna até a área externa, segura, em conecção com logradouro público. XII SISTEMA DE ALARME: Dispositivo sonoro e visual destinado a produzir sinais de alerta aos ocupantes de um local, por ocasião de uma emergência qualquer, podendo ser automático ou manual. XIII SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME: Dispositivo dotado de sensores, destinados a avisar numa estação central e/ou aos ocupantes de um local que em determinada parte deste, exista foco de incêndio. XIV SISTEMA FIXO DE ÁGUA NEBULIZADA: Sistema de tubulação fixa conectada à fonte FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 5 confiável de água, bico com nebulizador, válvula de alívio, instrumento e dispositivo de comando, sinalização, destinado à proteção contra incêndio por meio de nebulização de água. XV SISTEMA FIXO DE PÓ QUÍMICO SECO: Sistema fixo e automático de combate a incêndio que utiliza o pó químico seco como agente extintor. XVI SISTEMA FIXO DE GÁS CARBÔNICO: Sistema com instalação fixa destinado a extinguir princípio de Incêndio por abafamento através de descarga de CO2. XVII SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA: Sistema automático que tem por finalidade a iluminação do ambiente, sempre que houver interrupção de suprimento de energia elétrica da edificação para facilitar a saída ou evacuação segura de pessoas do local. XVIII SUPERVISOR DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO: Pessoa habilitada para dirigir e orientar tecnicamente toda área de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas edificações. XIX VISTORIA: Diligência efetuada com a finalidade de verificar as condições de Segurança Contra Incêndio e pânico de uma edificação ou local. CAPITULO III DA CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES Art. 3° - Para efeito deste Regulamento, as edificações são assim classificadas, conforme suas destinações: I – De Concentração de Público Auditório Autódromo Biblioteca Boate Cartódromo Casa de Jogos Cinema Circo Conjunto Comercial / Shopping Danceteria Estádio Ginásio Templos Religiosos Local de Exposição Parque de Diversões Restaurante, Bar e/ou Lanchonete Sala de Reunião Salões Diversos II – Terminais de Passageiros a) Aeroporto b) Estação Metroviária c) Estação Ferroviária d) Estação Rodoviária FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 6 III – De Permanência Transitória a) alojamento b) Hotel c) Motel d) Pensionato e) Pousada f) Sauna V – Institucionais Coletivas a) Asilo b) Creche c) Instituição de Reabilitação de Deficientes Físicos e/ou Mentais d) Internato e) PresídioV – Residenciais Privativas a) Unifamiliar b) Multifamiliar VI – Escolares VII – Comerciais a) Lojas b) Posto de Combustíveis c) Posto de Revenda de Gás Liquefeito de Petróleo – GLP d) Supermercado VIII – Hospitalares IX – De Prestação de Serviços a) Agência Bancária b) Oficina c) Posto de Lavagem e Lubrificação X – Industriais XI – Escritórios XII – Clínicas XIII – Laboratórios XIV – Estúdios XV – Estacionamentos a) Garagens b) Hangares XVI – Depósitos a) De Produtos Perigosos b) Outros Depósitos XVII – Mistas § 1° - As Edificações Mistas são aqueles que possuem mais de uma destinação: § 2° - As Edificações não mencionadas no presente artigo serão classificadas por similaridade pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 7 Art. 4° - As Vegetações e Outros Locais de Risco terão classificação diferenciada das Edificações. Art. 5° - Para efeito deste Regulamento, as vegetações terão a seguinte classificação: I Área de Proteção Ambiental – APA II – Reflorestamento III – Vegetação em Geral CAPÍTULO IV DA CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS, DOS INCÊNDIOS E DOS PROCESSOS DE EXTINÇÃO Art. 6º - Para efeito deste Regulamento, os Riscos de Incêndio são classificados em relação à classe de Ocupação na Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, no Instituto de Resseguros do Brasil – IRB e, conforme Norma Técnica do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. § 1º - Os Riscos serão classificados por similaridades para os casos omissos na referida tarifa e serão considerados pelo risco mais alto quando a destinação do local não for determinada. § 2º - Os Riscos serão considerados isolados quando forem atendidos os afastamentos e isolamentos entre edificações, cujos requisitos são estabelecidos em Norma Técnica do Corpo de Bombeiro Militar do Distrito Federal. Art. 7º - Para efeito deste Regulamento, os incêndios são classificados segundo a natureza dos materiais combustíveis, da seguinte forma: I – Incêndio Classe A – Incêndios em materiais sólidos comuns, tais como madeira, papel, tecido, plástico e similares; II – Incêndio classe B – Incêndios em líquidos e gases combustíveis e inflamáveis, tais como gasolina, álcool, óleo, solventes, GLP, e ainda, cera, graxas e similares. III – Incêndio Classe C – Incêndios em instalações e equipamentos eletro-eletrônicos energizados, tais como motores, aparelhos elétricos e eletrônicos e similares; e IV – Incêndio Classe D – Incêndios em metais como sódio, titânio, urânio, magnésio, potássio, e outros materiais que exijam processos especiais de extinção. Art. 8º - Para efeito deste Regulamento, os Processos de Extinção de Incêndio são classificados da seguinte forma: I – Resfriamento – Caracteriza-se pela retirada do calor do processo de combustão; II – Abafamento – Caracteriza-se pela retirada ou isolamento do comburente, geralmente o oxigênio, do processo de combustão; III – Retirada do Material – Caracteriza-se pela retirada do material combustível do processo de combustão; IV – Extinção Química – Caracteriza-se pela quebra da reação em cadeia. FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 8 CAPÍTULO V DAS PROTEÇÕES CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO Art. 9º - As proteções Contra Incêndio e Pânico são classificadas em dois grupos, da maneira a seguir discriminada: I – PASSIVAS a)Meios de prevenção contra incêndio e pânico: - Correto dimensionamento e isolamento das instalações elétricas; - Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA); - Sinalização de segurança; - Sistema de iluminação de emergência; - Uso adequado de fontes de ignição; - Uso adequado de produtos perigosos. b)Meios de controle do crescimento e da propagação do incêndio e pânico: - Controle de quantidade de materiais combustíveis incorporados aos elementos construtivos; - Resistência ao fogo de elementos decorativos e de acabamentos; - Isolamentos; - Afastamentos; - Aceiros; - Limitação do uso de materiais que emitam produtos nocivos sob a ação do calor ou fogo; - Controle da fumaça e dos produtos da combustão. c)Meios de detecção e alarme: - Sistema de alarme; - Sistema de detecção de incêndio; - Sistema de comunicação de emergência; - Sistema de observação / vigilância. d)Meios de Escape: - Provisão de vias de escape; - Saídas de emergência; - Aparelhos especiais para escape; - Elevador de emergência. e)Meios de acesso e facilidade para operação de socorro: - Vias de acesso; - Acesso à edificação; - Dispositivos de fixação de cabos para resgate e salvamento; - Hidrantes urbanos; - Mananciais; - Provisão de meios de acesso dos equipamentos de combate às proximidades do edifício sinistrado. f)Meios de proteção contra colapso estrutural: FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 9 - Correto dimensionamento das estruturas; - Resistência ao fogo dos elementos estruturais; - Revestimento de estruturas metálicas. g)Meios de administração da proteção contra incêndio e pânico: - Supervisor de segurança contra incêndio e pânico; - Bombeiros Particular –(Brigada de Bombeiro Particular). II – ATIVAS a)Meios de extinção de incêndio: - Sistema de proteção por extintores de incêndio; - Sistema de proteção por hidrantes; - Sistema de chuveiros automáticos, comumente denominados sprinklers; - Sistema de espuma; - Sistema fixo de gás carbônico (CO2); - Sistema de Pó Químico Seco; - Sistema fixo de água nebulizada; - Sistema fixo de gases especiais; - Abafadores; - Bombas costais. Parágrafo Único – Admitir-se-á, ainda outros Meios de Proteção não classificados no presente artigo desde que devidamente reconhecidos pelo Corpo de Bombeiros Militar e do Distrito Federal. Art. 10º - A proteção Contra Incêndio e Pânico será especificada através de Normas Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, homologadas pelo Conselho do Sistema de Engenharia de Segurança Contra Incêndio e Pânico e sancionadas através de Portarias do Comandante Geral da Corporação, publicadas no Diário Oficial do Distrito Federal. CAPÍTULO VI DAS EXIGÊNCIAS BÁSICAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO Art. 11 – O presente Regulamento não se aplica às edificações residenciais privativas unifamiliares. Art. 12 – As Áreas de Proteção Ambiental (APA) e as áreas de reflorestamento deverão ser dotadas de aceiros em todo o seu perímetro externo e possuir vias internas de acesso. Art. 13 – Em todos os locais onde haja a presença de materiais radioativos, explosivos e outros produtos perigosos, deverão ser adotadas as medidas de proteção específicas estabelecidas em Normas Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. CAPÍTULO VII DOS CANTEIROS DE OBRAS Art. 14 – O corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal poderá realizar, de acordo com Norma Técnica Específica, vistorias inopinadas em canteiros de obras, de forma a garantir as condições mínimas de segurança contra incêndio e pânico no local. FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 10 CAPÍTULO VIII DAS INSTRUÇÕES E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS Art. 15 – Na falta de Especificações Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e nos casos omissos, deverão ser adotadas as Normas dos Órgãos Oficiais e ,se necessário, as Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ou outras reconhecidas pelo Corpo de Bombeiros Militar do DF. Parágrafo Único – No caso de inexistência de Normas Nacionais atinentes a determinado assunto, poderão ser utilizadas Normas Internacionais, desde que autorizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, através do Conselho do Sistema de Engenharia Contra Incêndio e Pânico. CAPÍTULO IX DOS PROJETOS Art. 16 – os projetos de instalação contra incêndio e pânico são apresentados ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal para análise e aprovação, obedecendo ao disposto em NormaTécnica especifica. §1º - A consulta Prévia, para análise e aprovação de projetos, deverá ser realizada junto ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, devendo ser apresentado o estudo preliminar e os dados necessários à análise §2º - O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal expedirá documento referente à Consulta Prévia contendo as exigências básicas de segurança contra incêndio e pânico no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis. §3º - O prazo máximo para análise e aprovação dos projetos será de 15 (quinze) dias úteis, podendo ser prorrogado por igual período nos caso mais complexos, sendo comunicado ao interessado. §4º - A análise de projeto tem por objetivo conferir se os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico estão sendo obedecidos, sendo de inteira responsabilidade do autor do projeto e do responsável técnico pela execução da obra, os danos advindos do descumprimento das Normas Técnicas do CBMDF. CAPÍTULO X DA INSTALAÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS SISTEMAS Art. 17 – A instalação dos Sistemas de Proteção Contra Incêndio e Pânico deverá ser feitas por profissionais ou empresas credenciadas junto ao CBMDF. Art.18 – A Manutenção e Conservação dos Sistemas de Proteção Contra Incêndio e Pânico serão de responsabilidade do proprietário ou do usuário, devendo ser contratados profissionais ou empresas, devidamente credenciados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, para execução desse serviço. Parágrafo Único - O serviço de Manutenção e Conservação será realizado de acordo com o estabelecido em Normas Técnicas especificas. FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 11 CAPITULO XI DA FISCALIZAÇÃO Art. 19 – Para garantir o cumprimento das condições de segurança contra incêndio e pânico, bem como do presente Regulamento, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal fiscalizará, através de seus Agentes Fiscalizadores, todo e qualquer empreendimento ou atividade no âmbito do Distrito Federal, orientando e aplicando as sanções previstas em Lei específica, quando necessário. Parágrafo Único - O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal estabelecerá, através de Normas Técnicas, a periodicidade para realização de vistorias nos diversos tipos de edificações e locais de risco, considerando a destinação e as suas características. Art.20 – Realizada a vistoria, o Agente Fiscalizador registrará a situação encontrada e emitirá Notificação. Parecer ou Relatório Técnico, onde constará, caso necessário, as exigências e respectivos prazos pra o cumprimento. CAPITULO XII DAS PENALIDADES E SUAS MODALIDADES Art. 21 – Para o cumprimento das disposições constantes em Normas Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, a Instituição deverá fiscalizar todo e qualquer imóvel e estabelecimento existente no Distrito Federal e quando necessário expedir notificação, aplicar multa, interditar, apreender equipamentos e embargar obras, na forma prevista em lei especifica. § 1º - A Notificação será aplicada para os casos que configurarem infração, mas que não apresentam riscos iminentes à vida. § 2º - A apreensão será aplicada quando o material apresentar risco iminente para a segurança contra incêndio e pânico, devido às suas características ou procedência. § 3º - A Interdição será aplicada quando ocorrer o risco iminente de incêndio e pânico, e quando as exigências do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal não forem cumpridas, mesmo após a aplicação de outras penalidades. Após interditado o local, a desinterdição só poderá ocorrer mediante autorização do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. § 4º - O Embargo será aplicado nos casos de necessidade de paralisação de obras ou serviços que apresentarem risco grave e iminente de incêndio e pânico. Art. 22 – Caberá ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal estabelecer os procedimentos necessários à aplicação das penalidades previstas na Lei especifica. através de Normas Técnicas. CAPITULO XIII DAS PRESCRIÇÕES DIVERSAS Art. 23 – O presente Regulamento aplica-se a edificações novas, além de servir como exemplo de situação ideal, que deve ser buscada em adaptações de edificações em uso, considerando suas devidas limitações. § 1º - Nos casos em que a adoção dos Meios de Proteção Contra Incêndio e Pânico prejudique, comprovadamente, as condições estruturais da edificação, as exigências constantes em Normas Técnicas do CBMDF, poderão ser dispensadas ou substituídas, desde que sejam FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 12 garantidos os recursos básicos de segurança das pessoas, a critério do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. § 2º - O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, quando solicitado ou inopinadamente, fará as exigências específicas para as edificações existentes ou licenciadas antes da vigência deste Regulamento, considerando as condições em que se encontram e as possibilidades de adequação. § 3º - Os Meios de Proteção de fácil execução deverão ser adotados de imediato, devendo constar das exigências do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, por ocasião de vistorias. Art. 24 - O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal poderá, além do previsto neste Regulamento, adotar outras medidas que se fizerem necessárias para a proteção da incolumidade pública. Art. 25 - Para efeito deste Regulamento, as competências atribuídas ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal serão exercidas pela Diretoria de Serviços Técnicos do CBMDF. Art. 26 - Os casos omissos a este Regulamento serão solucionados pelo Conselho do Sistema de Engenharia de Segurança contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, mediante homologação do Comandante-Geral da Instituição. Brasília, 20 de julho de 2000 112º da Republica e 41º de Brasília JOAQUIM DOMINGOS RORIZ FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 13 PUBLICADA NO BG Nº 043 DE 02 DE MARÇO DE 2011 E NO DODF Nº 51, DE 16 DE MARÇO DE 2001, SEÇÃO 01, PÁG. 11 GOVERNO DO DISTRITO DEDERAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL PORTARIA N° 016 - CBMDF, DE 28 DE FEVEREIRO DE 2011. Aprova a Norma Técnica N° 007/2011-CBMDF, Brigada de Incêndio no âmbito do Distrito Federal. O COMANDANTE-GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o Art. 7°, incisos III, V e VI do Decreto n° 7.163, de 29 abr. 2010, que regulamenta o art. 10-B, inciso I, da Lei n° 8.255, de 20 nov. 1991, que dispõe sobre a Organização Básica do CBMDF e considerando a proposta apresentada pelo Chefe do Departamento de Segurança Contra Incêndio, resolve: Art. 1° - Aprovar e colocar em vigor a NORMA TECNICA N° 007/2011-CBMDF, na forma do anexo a presente Portaria. Art. 2° - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3° - Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Norma Técnica n° 007/2008 - CBMDF, publicada em 21 de outubro de 2008. Brasília - DF, em 28 de fevereiro de 2011. 155° do CBMDF e 51° de Brasília. MÁRCIO DE SOUZA MATOS - CEL QOBM/Comb. Comandante-Geral ANEXO DA PORTARIA N° 016/2011 NORMA TECNICA Nº 007/2011-CBMDF Brigada de Incêndio Sumário: 1. Objetivo. 2. Referências. 3. Definições e abreviaturas. 4. Condições gerais. 5. Condições específicas. 6. Análise de projeto. 7. Vistoria. 8. Anexos: A - Dimensionamento da Brigada de Incêndio em edificações. B - Dimensionamento da Brigada de Incêndio em eventos. C - Currículo básico dos cursos de formação de Brigadista Particular. D - Currículo básico para treinamento e orientação do Brigadista Voluntário. E - Currículo básico de capacitação continuada da Brigadista Particular. F - Currículo básico dos cursos de formação do Chefe de Brigada Particular. G - Currículo básico de capacitação continuada do Chefe de Brigada Particular. H - Conjunto de PrimeirosSocorros. I - Proposta de Fluxograma de procedimentos de emergência. J - Modelo de Plano de Prevenção Contra Incêndio. K - Modelo de relatório de atividades da Brigada de Incêndio – Edificações. L - Modelo de relatório de atividades da Brigada de Incêndio – Eventos. M - Formação de Brigada Particular Campo de Treinamento FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 14 1. Objetivo 1.1 Fixar os critérios de dimensionamento, atribuições, formação e atuação das Brigadas de Incêndio em edificação e eventos no Distrito Federal. 2. Documentos complementares: 2.1. Lei n° 2747, de 20 de julho de 2001 - Define as infrações e penalidades a serem aplicadas no caso de descumprimento das normas referentes a segurança contra incêndio e pânico no âmbito do Distrito Federal; 2.2. Decreto n° 23154, de 09 de agosto de 2002 - Regulamenta a Lei n° 2747 de 20 de julho de 2001; 2.3. Decreto n° 21361, de 20 de julho de 2000 - Aprova o Regulamento de Segurança contra Incêndio e Pânico do Distrito Federal; 2.4. Decreto n° 23.015, de 11 de junho de 2002 - Altera os artigos 16, 17 e 23, do Anexo I, do Decreto n° 21.361, de 20 de julho de 2000, que aprova o Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Distrito Federal - RSIP e dá outras providências; 2.5. Norma Técnica n° 001/2002-CBMDF - Exigências de sistemas de proteção contra incêndio e pânico das edificações do Distrito Federal; 2.6. Norma Técnica n° 002/2009-CBMDF - Classificação das edificações de acordo com os riscos; 2.7. Norma Técnica n° 006/2010-CBMDF - Emissão de certificado de credenciamento; 2.8. Norma Técnica n° 009/2002-CBMDF - Atividades Eventuais; 2.9. NR 04 do Ministério do Trabalho - SESMT. 2.10 Programa de Brigada de incêndio. 3. Definições e abreviaturas Para efeitos desta norma são adotadas as seguintes definições: 3.1. Agente Fiscalizador: Militar da ativa do CBMDF, portador da Credencial de Agente Fiscalizador, habilitado a realizar fiscalizações, bem como aplicar as penalidades previstas nesta Norma, na Lei n.° 2.747/01 e nos Decretos 21.361/00 e 23.154/02; 3.2. Brigada de Incêndio: Grupo organizado de pessoas (supervisor de brigada, chefe de brigada e brigadistas particulares e voluntários) treinados e capacitados para atuarem na segurança contra incêndio e pânico dentro de uma edificação ou área preestabelecida; 3.3. Brigadista Particular: pessoa credenciada junto a CBMDF responsável por executar ações de prevenção e de emergência, exclusivamente no local onde atue a Brigada de Incêndio, com dedicação exclusiva as atribuições inerentes a sua função, sendo considerado um sistema de segurança Contra incêndio e pânico; 3.4. Brigadista Voluntário: pessoa pertencente ao quadro de funcionários da edificação (condomínio, sociedade empresária, indústria, Órgão público, etc.) treinada para atuar em casos de emergência, exclusivamente no seu local de trabalho, sendo considerado um sistema de segurança contra incêndio e pânico; 3.5. CBMDF: Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal; 3.6. Chefe de Brigada: Responsável por coordenar orientar e atuar nas ações de emergência na edificação onde a Brigada de Incêndio atue, além de auxiliar o supervisor nas ações de prevenção contra incêndio e pânico; 3.7. Certificado de Credenciamento (CRD): Documento expedido pela CBMDF, que habilita empresas e profissionais a prestarem serviços relativos à segurança contra incêndio e pânico no Distrito Federal, em função da especialização comprovada e aprovada na Seção de Credenciamento do CBMDF; 3.8. DESEG: Departamento de Segurança Contra Incêndio; 3.9. Diretoria de Vistorias; FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 15 3.10. Supervisor de Brigada: Responsável pela organização, estrutura, coordenação, treinamento, elaboração dos relatórios, PPCI e supervisão das atividades da Brigada de Incêndio; 3.11. Conjunto de Primeiros Socorros: Materiais utilizados pela Brigada de Incêndio para o atendimento as vitimas de pequenos acidentes com o fim de manter as suas funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, até que recebam assistência médica especializada; 3.12. Equipamento de Proteção Individual - EPI: Equipamento destinado a manutenção da integridade física do usuário contra agressão de agentes físicos, químicos ou biológicos; 3.13. Exercício simulado: Exercício prático realizado periodicamente para manter a Brigada de Incêndio e os ocupantes da edificação em condições de enfrentar uma situação real de emergência. Sendo denominado exercício simulado total quando abrange todo o conjunto da área de atuação da Brigada de Incêndio, ou exercício simulado parcial quando abrange apenas uma parte da área de atuação; 3.14. Inspeção: Exame efetuado por pessoal habilitado, que se realiza nos sistemas de proteção contra incêndio e pânico, com a finalidade de verificar se este permanece em condições originais de operação; 3.15. PPCI - Plano de Prevenção contra Incêndio e Pânico: Documento que detalha o conjunto de ações e recursos internos e externos ao local, permitindo controlar a situação em caso de emergência. Detalha o planejamento das ações de prevenção e abandono em caso de emergência e pânico (treinamentos, palestras, simulados, etc.); 3.16. População fixa: aquela que permanece regularmente na edificação, considerando-se o turno de trabalho e a natureza da ocupação, bem como os profissionais terceirizados nestas condições. 4. Condições gerais 4.1. As edificações que se enquadrarem nos requisitos desta Norma deverão dispor de Brigada de Incêndio própria ou contratar prestadora de serviço de Brigada de Incêndio; 4.2. Os eventos em que haja concentração de publico (festas, shows, feiras etc), deverão dispor de Brigada de Incêndio, própria ou contratada; 4.3. Dimensionamento da Brigada de Incêndio; 4.3.1. A Brigada de Incêndio das edificações é dimensionada conforme o previsto no Anexo A, levando- se em conta a população fixa e o risco de incêndio; 4.3.2. A Brigada de Incêndio dos eventos é dimensionada conforme o estabelecido no Anexo B, levando- se em conta o público estimado para o evento e o disposto na Norma Técnica nº 009/2002 – CBMDF ou outra que vier a substituí-la; 4.3.3. O CBMDF pode aumentar ou reduzir o número dos componentes da Brigada de Incêndio para as edificações e eventos, mediante avaliação técnica do risco de incêndio e as condições especificas do caso concreto. 4.4. Formação e Capacitação da Brigada de Incêndio; 4.4.1. Podem exercer a função de Supervisor de Brigada de Incêndio os profissionais com pós-graduação na área de Segurança contra Incêndio e Pânico ou que possuírem registro Geral no posto de Oficial, expedido pelos Corpos de Bombeiros de qualquer unidade da federação, desde que não estejam na ativa; 4.4.1.2 O Supervisor de Brigada de Incêndio deve ser credenciado junto ao CBMDF, nos termos da Norma Técnica n° 006/2010 – CBMDF, ou outra que vier a substituí-la; 4.4.2 Podem exercer a função de Chefe de Brigada de Incêndio, os profissionais com formação técnica com especialização em prevenção de incêndio e combate a incêndios, salvamento e primeiros socorros, em cursos com carga horária superior a 1000 horas/aula, no conjunto destas disciplinas, comprovada por meio de certificação expedida por instituição de ensino credenciada junto ao Ministério da Educação e Cultura – MEC, FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 16 Empresas Formadoras de Brigadista Particular credenciadas ao CBMDF, Conselhos Regionais, além de experiência mínima de (05) cinco anos comprovada em Carteira de Trabalho, ou que possuírem registro geral expedido pelos Corpos de Bombeiros de qualquer unidade da federação, desde que não estejam na ativa. 4.4.3 O Chefe da Brigada de Incêndio deve possuir certificado de conclusão de ensino médio. Também deve possuir o credenciamento de Brigadista Particular; 4.4.3.1 O Chefe de Brigada de Incêndio deve possuir oCredenciamento de Brigadista Particular, previsto nos termos na Norma Técnica 006/2010-CBMDF ou outra que vier a substituí-la, exceto os profissionais que possuírem registro Geral expedido pelos Corpos de Bombeiros de qualquer estado da Federação desde que não estejam na Ativa; 4.4.4 Podem exercer a função de Brigadista Particular os profissionais com formação e especialização em prevenção e combate a incêndios, salvamento e primeiros socorros, em cursos com carga horária superior a 150 horas/aula, no conjunto destas disciplinas, conforme anexo C, ou que possuírem registro geral expedido pelos Corpos de Bombeiros de qualquer estado da Federação desde que não estejam na ativa. 4.4.4.1 O Brigadista Particular deve possuir certificado de conclusão do ensino fundamental. Sua formação deve estar vinculada a uma Empresa Formadora de Brigadista Particular credenciada junto ao CBMDF, nos termos da Norma Técnica n° 006/2010-CBMDF ou outra que vier a substituí-la. 4.4.5 Podem exercer a função de Brigadista Voluntário as pessoas pertencentes ao quadro de funcionários de uma edificação, possuidoras de treinamento e de orientação dos Brigadistas Particulares da edificação, conforme currículo definido no anexo D; 4.4.6 Os Chefes de Brigada e os Brigadistas deverão estar fisicamente aptos ao desempenho das atribuições da Brigada de Incêndio, descritas no item 4.6. 4.5. Localização e recursos das Brigadas de Incêndio; 4.5.1. A Brigada de Incêndio deve dispor de equipamentos de proteção individual (EPI’s) e comunicação necessários ao desenvolvimento das suas atividades. 4.5.1.1. São equipamentos necessários ao funcionamento da Brigada de Incêndio: luvas, capacetes, lanternas, aparelhos de comunicação via rádio e ou telefone móvel, conjunto de primeiros socorros (Anexo H) e outros EPI, considerando os riscos específicos das edificações e eventos, especificados pelo CBMDF ou pelo Supervisor da Brigada de Incêndio; 4.5.2 A Brigada de Incêndio deve dispor de sala em local de fácil acesso, junto a central de detecção e alarme de incêndio, dispondo de rota de fuga, com distância máxima a percorrer de 25m de área segura, conforme projeto aprovado junto a DIEAP/CBMDF; 4.5.3 Deve ser informado, por meio de placas nos acessos, corredores e locais de circulação das edificações, sobre a existência da Brigada de Incêndio, a forma de contato e a localização da sala da Brigada de Incêndio, na forma das NBR 13434 parte 1, 2 e 3. 4.6. Atribuições da Brigada de Incêndio; 4.6.1. O Brigadista de Particular deverá treinar e orientar os Brigadistas Voluntários da edificação, conforme previsto no anexo D; 4.6.2. O Supervisor da Brigada de Incêndio é o responsável técnico pelas atividades da Brigada. 4.6.1.1 O Supervisor da Brigada de Incêndio deve elaborar o PPCI avaliando os riscos de incêndio específicos das edificações à exceção dos eventos classificados como atividade eventual que possuem legislação especifica; 4.6.1.2 Ao Supervisor da Brigada de Incêndio cabe planejar e gerenciar as atribuições da Brigada, definidas no item 4.6. 4.6.1.3 O Chefe da Brigada de Incêndio é o responsável por fazer a Brigada executar as suas atribuições definidas nesta norma e no PPCI; FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 17 4.6.2 Ao Chefe da Brigada cabe executar o PPCI; 4.6.3 Os Brigadistas particulares devem executar exclusivamente as atribuições da Brigada de Incêndio previsto nesta norma e no PPCI; 4.6.3.1 Fora do horário de funcionamento das atividades desenvolvidas na edificação é permitida a permanência mínima de 02 (dois) Brigadistas Particulares no local; 4.6.4 Os Brigadistas Voluntários selecionados na população fixa da edificação executam as atividades previstas no PPCI; 4.6.5 A Brigada de Incêndio tem por atribuição executar ações de prevenção e emergência nas edificações e executar ações de emergência em eventos que estimulem a concentração de publico; 4.6.5.1 As ações de prevenção são as atribuições fundamentais da Brigada de Incêndio nas edificações. 4.6.1 São ações de prevenção: 4.6.6.1 Elaborar, implementar e propor alterações, quando necessário, ao PPCI Plano de Prevenção contra Incêndio e Pânico; 4.6.6.2 Fazer rondas periódicas nos ambientes do local de atuação; 4.6.6.3 Identificar os riscos de incêndio e pânico existentes no local da atuação; 4.6.6.4 Definir os procedimentos para a população em caso de sinistros e exercícios simulados; 4.6.6.5 Treinar a população para o abandono da edificação quanto aos procedimentos a serem adotados em caso de emergência, por meio de exercícios simulados, palestras, estágios, cursos etc.. 4.6.6.6 Inspecionar periodicamente os sistema de proteção contra incêndio e pânico, em espacial as saídas de emergência, bem como solicitar da área responsável manutenção dos sistemas preventivos que estiverem inoperantes; 4.6.6.7 Conhecer o funcionamento e saber operar os sistemas de proteção contra incêndio e pânico existentes no local da atuação; 4.6.6.8 Elaborar relatório das atividades prestadas apontando as irregularidades encontradas nos sistemas de proteção contra incêndio e pânico, riscos identificados, emergências atendidas, exercícios simulados, treinamentos e etc; 4.6.7 São ações de emergência: 4.6.7.1 Identificação da situação de emergência; 4.6.7.2 Auxiliar no abandono da população da edificação adotando as técnicas de abandono de área; 4.6.7.3 Acionar imediatamente o CBMDF, independentemente de análise de situação; 4.6.7.4 Verificar a transmissão do alarme aos ocupantes; 4.6.7.5 Combater os incêndios em sua fase inicial, de forma que possam ser controlados por meio de extintores ou mangueiras de incêndio da própria edificação e onde não haja a necessidade de uso de equipamentos de proteção individuais específicos (equipamentos autônomos de proteção respiratória, capas de aproximação etc); 4.6.7.6 Atuar no controle de pânico; 4.6.7.7 Prestar os primeiros socorros a feridos; 4.6.7.8 Realizar a retirada de materiais para reduzir as perdas patrimoniais devido a sinistros; 4.6.7.9 Interromper o fornecimento de energia elétrica e gás liqüefeito de petróleo quando da ocorrência de sinistro; 4.6.7.10 Estar sempre em condições de auxiliar o CBMDF, por ocasião de sua chegada, no sentido de fornecer dados gerais sobre o evento bem como, promover o rápido e fácil acesso aos dispositivos de segurança e ao PPCI. FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 18 4.7. Exercícios simulados. 4.7.1. Os exercícios simulados devem ser realizados no mínimo anualmente, na edificação com a participação de toda a população; 4.7.2. O exercício simulado objetiva treinar a Brigada de Incêndio em suas atribuições e a população para o abandono seguro da edificação; 4.7.3. O exercício simulado permite avaliar a Brigada de Incêndio e a condição de segurança contra incêndio e pânico da edificação devendo ser elaborado relatório, pelo supervisor da Brigada de Incêndio, contendo no mínimo: a) Dia e Horário do evento; b) Tempo gasto no abandono; c) Tempo gasto no retorno; d) Tempo gasto no atendimento de primeiros socorros; e) Desempenho da Brigada de Incêndio: e.1) Grau de conhecimento do PPCI; e.2) Eficiência na utilização dos sistemas de proteção; e.3) Condição física para desempenho das atribuições; e.4) Controle emocional; e.5) Liderança e condução da população ao local seguro; e.6) Cooperação com o Corpo de Bombeiros, Policia, Defesa Civil, etc. f) Comportamento da população; g) Tempo de chegada do Corpo de Bombeiros; h) Falhas dos sistemas de proteção e outros equipamentos; i) Dificuldades para abandono da edificação; j) Falhas operacionais da Brigada de Incêndio; k) 0utros identificados pela Brigada de Incêndio; l) Executar Plano de Auxílio mútuo – PAM. 4.8 Plano de Prevenção contra incêndio e pânico – PPCI. 4.8.1 Toda edificação ou complexo de edificaçõesque tenha obrigatoriedade de instalar Brigada de Incêndio deverá possuir PPCI atualizado. Segue modelo de PPCI como Anexo H; 4.8.2 O responsável pela elaboração, implementação, gerenciamento e coordenação do PPCI para a edificação é o supervisor da Brigada de Incêndio, o qual deve enviar cópia ao Diretor do Departamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico no prazo de 30 (trinta) dias úteis a partir do inicio das atividades da Brigada de Incêndio na edificação ou complexo de edificações, sujeito a sanções previstas na Lei nº 2747 de 20 de junho de 2001, em caso de descumprimento; 4.8.2.1 O Departamento de Segurança Contra Incêndio deve avaliar o PPCI verificando a pertinência e relevância das informações apresentadas com base na legislação vigente, propondo alterações, se for o caso; 4.8.2.2 O Supervisor da Brigada de Incêndio após submeter o PPCI a avaliação do Departamento de Segurança Contra Incêndio deve encaminhar cópia deste ao quartel do Corpo de Bombeiros da área para conhecimento e atuação conjunta em simulados; 4.8.3 O PPCI deverá ser encaminhado pelo Comandante do Quartel do Corpo de Bombeiros da área após ser avaliado e aprovado pelo Departamento de Segurança Contra incêndio e pânico num prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis; 4.8.3.1 O PPCI deverá está sempre disponível para eventuais consultas e/ou ações inopinadas do CBMDF, com a equipe de Brigadistas Particulares e/ou Brigadistas Voluntários que estiverem se serviço; FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 19 4.8.4 As edificações que não tenham obrigatoriedade de possuir supervisor da Brigada de Incêndio em tempo integral ou parcial devem contratá-lo para, no mínimo, elaborarem o PPCI; 4.8.5 O PPCI deve ser apresentado em material impresso e de acordo com NBR 14.100/1998 – Proteção Contra Incêndio – símbolos gráficos para projeto. 4.8.6 O PPCI deve conter, no mínimo: 4.8.6.1 Dados da edificação (endereço, destinação, área total construída, altura, população fixa e flutuante e quartel de bombeiros mais próximo); 4.8.6.2 Dados da prestadora do serviço de Brigada de Incêndio, se for o caso (razão social, nome fantasia, CNPJ, endereço, telefone, n° CRD); 4.8.6.3 Composição da Brigada de Incêndio (nome e CPF do supervisor e do chefe da brigada, quantidade total e por turno de brigadistas particulares e voluntários, turnos de serviço); 4.8.6.4 Recursos disponíveis (sistemas de proteção contra incêndio e pânico da edificação, meios de comunicação, equipamentos de proteção e outros materiais). 4.8.6.5 Sistemas contra incêndio e pânico, descrevendo o sistema, instalações, operação, quantidade de equipamentos, manutenção em cada pavimento ( ver Art. 9º do Regulamento de Segurança Contra Incêndio – Dec. 21361/2000; 4.8.6.6 Procedimentos em situação de emergência para cada situação de risco identificada, conforme destinação da edificação, definindo claramente os procedimentos e as responsabilidades de cada membro da Brigada de Incêndio sobre as ações de emergência a serem adotadas em cada caso, bem como as técnicas de abandono de área utilizadas em caso de abandono da edificação; 4.8.6.7 Ações de prevenção (rotinas de trabalho, atribuições dos membros da brigada, itens a serem inspecionados nos sistemas de proteção contra incêndio e pânico, palestras, cursos e programas de treinamento da população e dos membros da brigada e execução de exercícios simulados); 4.8.6.8 Plantas e croquis indicando as fontes de risco com círculos vermelhos e as rotas de fuga com setas verdes em cada pavimento, localizar a sala da brigada, os pontos de formação e os principais sistemas de proteção (extintores, hidrantes, registro de recalque, RTI, central de alarme, acionadores manuais, VGA dos chuveiros automáticos, Central de GLP etc), apresentando planta de situação contendo a edificação, o Quartel de Corpo de Bombeiros mais próximo e indicando as vias de acesso e os hidrantes urbanos mais próximos. 4.8.6.9 Proposta de fluxograma dos procedimentos de emergência da Brigada de Incêndio segue como Anexo I. 4.9 Relatório das atividades prestadas. 4.9.1 A Brigada de Incêndio deve elaborar relatório das atividades executadas, disponibilizando-o em seus locais de atuação, para fiscalização do CBMDF; 4.9.2 O responsável pela elaboração do relatório das atividades prestadas é o Supervisor da brigada ou Chefe da Brigada, conforme o dimensionamento previsto no Anexo A; 4.9.3 O relatório das atividades prestadas mensalmente por Brigadas de Incêndio em edificações deve conter: os sistemas de proteção contra incêndio e pânico, inspecionados, as irregularidades encontradas e as manutenções requeridas e realizadas nos sistemas, os riscos identificados, as emergências atendidas, os exercícios simulados, os treinamentos, as palestras e outras atividades que julgar pertinentes, conforme modelo do Anexo K. 4.9.4 O relatório das atividades prestadas por Brigadas de Incêndio em eventos deve conter o nome e o endereço dos eventos atendidos, as irregularidades encontradas nos sistemas de proteção contra incêndio e pânico do local, os riscos identificados, as emergências atendidas e os recursos disponíveis, conforme modelo do Anexo L. 4.10 Do uniforme da Brigada de Incêndio. 4.10.1 Os Brigadistas Voluntários são dispensados do uso de uniforme, sendo identificados no crachá funcional. O uso do colete com inscrição “Brigadista Voluntário” e opcional, mas caso faça uso do mesmo, este deverá ser FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 20 submetido à apreciação e aprovação da Seção de Credenciamento – SECRE/DIVIS, conforme consta no item 4.10 e demais subitens desta Norma Técnica. 4.10.2 Os Brigadistas Particulares desenvolverão suas atividades uniformizados, a fim de serem facilmente identificados; 4.10.3 O uniforme dos Brigadistas Particulares é de uso exclusivo no local de serviço, sendo vedado o uso para deslocamentos em vias publicas ou em atividade particular; 4.10.4 O uniforme do Brigadista Particular deverá ser diferente em padrões de cores, formato, acabamento, bolsos, pregas, reforço, costuras e acessórios dos uniformes usados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e por outras forcas militares ou policiais, no âmbito federal, estadual, distrital ou municipal. 4.10.5 Os uniformes dos Brigadistas Particulares utilizados nas Brigadas de Incêndio próprias ou pelas prestadoras de serviço de Brigada de Incêndio devem ser distintos entre si; 4.10.6 O uniforme do Brigadista Particular deverá conter somente: a) Razão social ou nome de fantasia da empresa; b) O logotipo da prestadora de serviço, se for o caso; c) Plaqueta de identificação (crachá) do Brigadista Particular, autenticada pela empresa, com validade de 06(seis) meses, constando o nome e fotografia colorida em tamanho 3x4; d) Descrição “Brigadista” na parte posterior do uniforme; e) Identificação do local onde presta serviço a fim de facilitar a ação do agente fiscalizador do Corpo de Bombeiros, bem como evitar qualquer equivoco por parte da sociedade e autoridades do DF, por possível semelhança com os uniformes do Corpo de Bombeiros Militar. 4.10.7 Não será permitida a fixação de quaisquer brevês, insígnias, medalhas ou congêneres no uniforme do Brigadista Particular; 4.10.8 O uniforme do Brigadista Particular deve ser aprovado e registrado na Seção de Credenciamento – SECRE/ DIVIS antes de sua utilização, mediante a apresentação de: a) Memorial ou projeto do uniforme; b) Fotografias do uniforme (frontal, posterior e lateral); c) Uniforme confeccionado em tecido. 4.10.9 Poderão ser solicitadas declarações de diversos Órgãos quanto a não similaridade com seus uniformes; 4.10.10 A edificação com Brigada de Incêndio própria ou a prestadora de serviço deve fornecer o uniforme ao Brigadista Particular. 5. Condições Específicas 5.1 0 atual uniforme de cor amarela dos brigadistas particulares está proibido porser sua confecção, linhas, formas, proteções e outras características idênticas ao uniforme previsto no Regulamento de Uniforme do CBMDF; 5.2 As áreas militares ficam isentas das exigências desta Norma ficando os Comandantes de OM responsáveis pelo treinamento de seus militares no combate ao princípio de incêndio; 5.3 Os casos omissos nesta norma serão solucionados pelo Conselho do Sistema de Engenharia de Segurança contra Incêndio e Pânico do CBMDF; 5.4 Ficam revogadas as disposições em contrário, em especial a Norma Técnica n° 007/2008-CBMDF; 5.5 As edificações com destinação multifamiliar ficam isentas da obrigatoriedade de Brigadista Particular, porém, os funcionários do condomínio devem estar aptos a combater um princípio de incêndio e orientados a acionar o CBMDF; 5.6 Avaliação de conhecimento do Brigadista Particular. FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 21 5.6.1 O CBMDF poderá avaliar os profissionais da Brigada de Incêndio de empresa credenciada ao DIVIS/DESEG/ CBMDF a qualquer tempo, com provas de conhecimento teórico e prático; 5.6.2 A avaliação de conhecimento deverá ser aplicada nos profissionais das Brigadas de Incêndio já credenciadas; 5.6.3 As avaliações teóricas serão de caráter objetivo ou subjetivo, ou ambos a critério do CBMDF; 5.6.4 A prova prática e teórica quando julgada necessária, será aplicada no local da prestação de serviço ou nas instalações do CBMDF; 5.6.5 A convocação das avaliações se dará por meio de comunicação, cuja forma seja devidamente registrada e comprovada pelo CBMDF; 5.6.6 O credenciado que não atender a (02) duas convocações para avaliação, sem justa causa, terá seu credenciamento suspenso; 5.6.7 O credenciado que não atender a (03) três convocações ou for reprovado na 3ª avaliação consecutiva será descredenciado; 5.6.8 Caso algum avaliado não atinja o índice estipulado, a empresa prestadora ou formadora será notificada; 5.6.9 Os Brigadistas particulares ou proponentes que não forem aprovados em suas avaliações deverão comparecer ao DESEG/ CBMDF no prazo de (30) trinta dias, afim de agendarem uma 2ª avaliação de conhecimento; 5.6.10 O intervalo entre a avaliação de um mesmo profissional não poderá ser inferior a (15) quinze dias e superior a (60) sessenta dias. 6 Análise de Projeto 6.6 A análise do projeto da Brigada de Incêndio consiste na verificação da correta aplicação dos parâmetros técnicos para o dimensionamento e uniforme da Brigada de Incêndio e do PPCI, previstos nesta Norma. 7 Vistoria 7.1 O CBMDF realizará vistorias inopinadas ou a pedido nas Brigadas de Incêndio, por intermédio de seus agentes fiscalizadores, para averiguação do cumprimento da presente norma. 7.2 Nas vistorias das brigadas de incêndio devem ser verificados os seguintes itens: 7.2.1 Apresentação da relação nominal dos brigadistas e seus certificados de formação e credenciamento junto ao CBMDF, no caso de Brigada de Incêndio própria; 7.2.2 Apresentação do CRD da prestadora de serviços em caso de Brigada de Incêndio contratada; 7.2.3 Dimensionamento da Brigada de Incêndio, conforme o previsto no item 4.3 e no Anexo A; 7.2.4 Disponibilidade e instalação dos recursos para funcionamento da brigada de incêndio, conforme previsto no item 4.5; 7.2.5 Apresentação do PPCI, conforme previsto no item 4.8; 7.2.6 Apresentação dos relatórios de serviços prestados e exercícios simulados, conforme previsto respectivamente nos itens 4.7 e 4.9; 7.2.7 Uniforme dos brigadistas particulares, conforme previsto no item 4.10. 7.3 O CBMDF poderá avaliar a qualquer tempo os Brigadistas Particular e Voluntário, com provas de conhecimento prático e teórico. 7.3.1 As avaliações teóricas serão de caráter objetivo, ou subjetivo, ou de ambos a critério do CBMDF. FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 22 7.4 A avaliação do Brigadista Particular será feita mediante 20 perguntas. 7.4.1 O Brigadista Particular deve acertar no mínimo 15 das 20 perguntas realizadas; 7.4.2 Serão avaliados no mínimo dois Brigadistas Particulares mediante sorteio ou todos os brigadistas da edificação, a critério do CBMDF; 7.4.3 Caso algum avaliado não atinja o índice estipulado será determinada a reciclagem dos brigadistas particulares. 7.5 A avaliação do Brigadista Voluntário será feita mediante 15 perguntas de caráter objetivo, ou subjetivo, ou de ambos a critério do CBMDF. 7.5.1 O Brigadista Voluntário deve acertar no mínimo 10 das 15 perguntas realizadas; 7.5.2 Serão avaliados 5 % dos brigadistas voluntários, mediante sorteio, ou todos os brigadistas da edificação, a critério do CBMDF; 7.5.3 Caso algum avaliado não atinja o índice estipulado poderá ser determinada o treinamento e orientação aos Brigadistas voluntários conforme currículo do Anexo D; 7.5.4 A prova prática, quando julgada necessária, será aplicada no local da prestação do serviço ou nas instalações do CBMDF. 7.6 Todos os dados solicitados pelos agentes fiscalizadores devem estar atualizados e disponíveis as brigadas contra incêndio nos locais de prestação de serviço de Brigada de Incêndio. 8 Do Certificado 8.1 No Certificado do Brigadista Particular deve constar os seguintes dados: a) Nome completo do concludente com Nº da carteira de identidade - RG; b) Carga horária com o nome do instrutor; c) Período de treinamento; d) Supervisor: Nome, habilitação RG ( Militar) e Nº da Carteira de Identidade profissional e) Citar que o certificado está em conformidade com a Norma Técnica vigente; f) Campo para homologação do CBMDF e para capacitação continuada no próprio Certificado. 9 Atualização – Capacitação continuada 9.1 A capacitação continuada do Chefe de Brigada, Brigadista Particular deve ser realizada a cada 24 (vinte e quatro) meses. 10 Da capacitação continuada do Chefe de Brigada de Incêndio 10.1 O Chefe da Brigada Particular dever realizar a capacitação continuada, conforme anexo G; 10.2 O Brigadista Particular deve realizar a capacitação continuada, conforme anexo E. 11. Campo de Treinamento 11.1. O Campo de Treinamento deve seguir o previsto no anexo M desta Norma _______________________________________CBMDF________________________________ Norma Técnica nº 007/2011 — CBMDF — Brigada de Incêndio, aprovada pelo Conselho do Sistema de Engenharia de Segurança Contra Incêndio e Pânico do CBMDF, em 21 de setembro de 2010. FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 23 ANEXO A Dimensionamento da Brigada de Incêndio em edificações Risco de incêndio Composição da Brigada de Incêndio População Fixa Ate 10 11 a 50 51 a 100 01 a 250 51 a 500 01 a 1000 001 a 2000 001 a 3500 501 a 5000 Acima de 5000 Para cada grupo de4000 ou fração acima de 2000 A Supervisor Chefe Brigadista Particular Brigadista Voluntário - - - - - - - - - - - - - - - 10% - - - 2 10% - - - 4 10% - **1 4 10% - 1 4 10% **1 1 6 10% 1 1 2 10% B1 Supervisor Chefe Brigadista Particular Brigadista Voluntário - - - - - - - - - - - - - - - - 10% - - - 2 10% - - 4 10% - **1 4 10% - 1 4 10% **1 1 4 10% 1 1 6 10% 1 1 2 10% B2 Supervisor Chefe Brigadista Particular Brigadista Voluntário - - - - - - - - - - - 20% - - - 2 20% - - 4 20% - **1 4 15% - 1 4 10% **1 1 4 10% 1 1 4 10% 1 1 6 10% 1 2 4 10% C1 Supervisor Chefe Brigadista ParticularBrigadista Voluntário - - - - - 30% - - - - - 30% - - - - - 30% - - 2 20% - - 4 15% - **1 4 15% **1 1 4 15% **1 1 6 15% 1 2 8 15% 1 2 4 15% C2 Supervisor Chefe Brigadista Particular Brigadista Voluntário - - - - - 50% - - - - - 50% - - 2 30% - - 4 20% - **1 4 20% **1 1 4 20% **1 1 6 20% 1 2 8 20% 2 4 10 20% 1 2 4 20% * Risco da edificação definido pela Norma Técnica n° 02/2009 - CBMDF. ** Período de 6 horas. FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 24 PCI PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO “O incêndio ocorre onde a prevenção é falha” ÍNDICE PÁGINAS Histórico do fogo Teoria do fogo Incêndio Elementos essenciais do fogo Pontos críticos de temperatura Propagação do fogo Fazes do fogo Formas de combustão Classificação do incêndio quanto à proporção Classes de incêndio Métodos de extinção Agentes extintores Aparelhos extintores Tipos de aparelhos extintores portáteis Aparelhos extintores sobre rodas Quadro resumo do uso dos aparelhos extintores Manutenção e inspeção dos aparelhos extintores Noções de ventilação Conceitos importantes Sistemas de preventivos fixos Canalização de preventivos e registros de passeio Barrilete Caixa de incêndio e seus respectivos equipamentos Caixa d’água subterrânea Caixa d’água superior Dispositivo de emergência para uso do Corpo de Bombeiros Cores das canalizações em uma edificação Chuveiros automáticos (SPRINKLER) Detectores de incêndio Central de alarmes de incêndio Iluminação de emergência Saídas de emergência Sinalização de segurança 24 24 25 25 27 28 29 32 33 35 35 36 38 41 47 49 49 57 60 63 63 63 63 63 64 64 64 64 67 69 72 75 76 FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 25 Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) Resumo dos preventivos fixos de uma edificação Estruturação das brigadas de combate a incêndio Atribuições da brigada de combate a incêndio Divisão de competência de brigada Plano de escape Como planejar o treinamento do plano de escape Execução do plano de escape Gás liquefeito de petróleo (GLP) 79 81 82 83 85 86 87 87 HISTÓRICO DO FOGO Escritos científicos informam que o homem aprendeu a fazer o fogo há cerca de 500.000 anos, quando ainda vagava pelas florestas na forma de Homo Erectus, o ancestral do homem moderno. Pesquisadores como o Dr. DREK WALTON na universidade de McMaster em Ontário refuta essa tese tradicional. De acordo com suas descobertas,num sítio arqueológico do Quênia, os ancestrais humanos teriam aprendido a fazer fogo muito antes cerca de 1,4 milhões de anos atrás. O fogo representa incontestavelmente a primeira aquisição tecnológica da humanidade, marca um ponto decisivo na evolução da inteligência humana. Quando os nossos ancestrais fizeram o primeiro fogo pelo seu estado primitivo houve uma casualidade. Será que o ancestral humano quando atritava uma pedra sobre a outra fez gerar calor e a folha seca da árvore ali existente entrou em combustão formando chamas? O fogo para o homem primitivo tratava-se de uma força misteriosa e indomável, uma entidade mitológica, um Deus; depois foi usado para aquecer suas cavernas, afugentar animais ferozes e cozinhar seus alimentos. Acreditamos que o primeiro incêndio de causa não natural interrompeu-se quando ocorreu a primeira formação de chamas provocada pelo homem. Tendo havido uma casualidade no surgimento do fogo, portanto, visto algo misterioso, o homem sentiu medo e não manteve o fogo sob controle. A própria história da química começa com o fogo. Procurando explicar a origem da matéria Anaxímenes (585-528 a. C.), admitiu que eram 4 os elementos da matéria: o ar, o fogo, a terra e água. Em 1777, Lavoisier (1743-1794 d.C ), químico francês derrubou a teoria de Flogisto que dizia que substância combustível é constituída de dois elementos: o Hogito, que na combustão se FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 26 desprende com produção de luz e calor, e o incombustível que é resíduo da combustão, mostrando que a combustão é uma reação de combinação de uma substância com o oxigênio, em condição de temperatura adequada, processando-se em geral de forma rápida, capaz de manter- se por si. TEORIA DO FOGO Introdução O efetivo controle e extinção do incêndio requerem um entendimento da natureza química e física do fogo. Isso inclui Informações sobre fontes de calor, composição e características e as condições necessárias para combustão. O QUE É FOGO O fogo é uma reação química das mais elementares, chamada combustão ou queima entre três elementos: COMBUSTÍVEL, COMBURENTE e FONTE DE CALOR. Definição: Fogo é um fenômeno químico, denominado combustão, que ocorre com a produção de luz e calor. TRIÂNGULO DO FOGO: Para facilidade de compreensão, o FOGO é representado simbolicamente por um triângulo, ao qual denominamos “TRIÂNGULO DO FOGO”. A existência do fogo está condicionada à presença desses três elementos EM CONDIÇÕES FAVORÁVEIS. Durante a reação, isto é, durante a QUEIMA, há desprendimento do CALOR e LUZ, continuamente. TETRAEDRO DO FOGO Modernamente, foi acrescentado ao triângulo do fogo mais um elemento: A REAÇÃO EM CADEIA formando assim, o tetraedro ou quadrado do fogo. Os combustíveis após Iniciar a combustão geram mais calor liberando mais gases ou vapores combustíveis, sendo que os átomos livres são os responsáveis pela liberação de toda a energia necessária para a reação em cadeia. FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 27 INCÊNDIO Quando sob controle, o fogo é sempre de extrema necessidade, no entanto, quando foge do controle do homem transforma-se num agente de grande poder destruidor - O INCÊNDIO. Definição de Incêndio Fogo que foge do controle do homem queimando aquilo que ele não é destinado a queimar. ELEMENTOS ESSENCIAIS DO FOGO São eles: combustível, comburente, calor e reação em cadeia. 1 COMBUSTÍVEL É toda substância capaz de queimar e alimentar a combustão, sendo o elemento que serve de campo de propagação do fogo. Os combustíveis dividem-se em três grupos; de acordo com o estado físico em que se apresentam, podem ser sólidos, líquidos ou gasosos. a) Combustíveis sólidos A maioria dos combustíveis sólidos transforma-se em vapores e, então, reagem como oxigênio. Exemplos: madeira, papel, plástico, ferro, etc. Os combustíveis sólidos possuem forma e volume definido e queimam em superfície e em profundidade; quanto maior a superfície exposta, mais rápido será o aquecimento do material e, conseqüentemente, o processo de combustão.Como exemplo: uma barra de aço exigirá muito calor para queimar, mas se transformada em palha de aço, queimará com facilidade. Assim sendo, quanto maior a fragmentação do material, maior será a velocidade da combustão. b) Combustíveis líquidos FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 28 Tem algumas propriedades físicas que dificultam a extinção do calor, aumentando o perigo. Os líquidos assumem a forma do recipiente que os contém, é importante notar também que a maioria dos líquidos inflamáveis são mais leve que a água, e portanto, flutuam sobre esta. Outra propriedade a ser considerada é a sua volatilidade, que é a facilidade com que os líquidos inflamáveis liberam vapores, também é de grande Importância, porque quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de haver fogo ou mesmo explosão. c) Combustíveis gasosos Os gases não têm volume definido, tendendo. rapidamente, a ocupar todo o recipiente que estáenvolvido. Os combustíveis gasosos são armazenados em recipientes sob pressão. Se o peso do gás é menor que o do ar, o gás tende a subir e dissipar-se, mas se o peso do gás é maior que do ar, o gás permanece próximo ao solo e caminha na direção do vento, obedecendo aos contornos do terreno. 2. COMBURENTE OU OXIGÊNIO É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O mais comum na natureza é o oxigênio, encontrado na atmosfera a 21%. A atmosfera é composta por 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases. O AR 1% o 21% 78% oxigênio nitrogênio outros gases 3. CALOR ou AGENTE ÍGNEO: Calor é uma forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de outra energia, através de processo físico ou químico. Pode ser descrito como uma condição da matéria em movimento, isto é, movimentação ou vibração das moléculas que compõem a matéria. FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 29 4. REAÇÃO EM CADEIA A reação em cadeia torna a queima auto- sustentável. O calor irradiado da chama atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combinam com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um circulo constante. PONTOS CRÍTICOS DE TEMPERATURA OU PONTOS DE COMBUSTÃO Sabemos que é necessário unir três elementos para que o FOGO apareça, entretanto, por vezes, esses três elementos estão presentes e o FOGO não ocorre, porque a quantidade de calor é insuficiente para queimar o COMBUSTÍVEL. Para exemplificar melhor, imaginemos uma frigideira com óleo combustível sobre a chama de um fogão. O óleo começará aquecer e a desprender vapores (gases); se deixarmos por algum tempo, observaremos que um dado momento o referido combustível se incendiará sem que haja contato com a chama externa. Para que o óleo aquecido lentamente comece a queimar, ele passou por três pontos de aquecimento que chamaremos de PONTO DE FULGOR, PONTO DE COMBUSTÃO, PONTO DE IGNIÇÃO. Ponto de fulgor É a temperatura na qual o combustível começa a desprender vapores (gases), que se tomarem contatos diretos com uma chama queimarão, porém a chama produzida não se mantém, em vista da quantidade de vapores desprendidos ser muito pequena. 1 ° Bu m 2 º ) 3 º ) FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 30 1º) Com uma fonte externa de calor 2º) Os gases entram em COMBUSTÃO 3º) Afastada a fonte, cessa a combustão Ponto de combustão ou inflamação É a temperatura na qual um combustível desprende vapores (gases), que se tomarem contato com uma chama queimará, ate que acabe o combustível. . 1º) Com uma fonte externa de calor 2º) Os gases entram em COMBUSTÃO 3º) Afastada a fonte, a combustão continua, Ponto de Ignição É a temperatura na qual um combustível desprende vapores (gases) que com o simples contato com oxigênio existente no ar queima até que o combustível acabe. Os gases entram em combustão espontaneamente, independente de uma fonte externa de calor. PROPAGAÇÃO DO FOGO O calor é um dos principais causadores do alastramento de um fogo. Ele pode, caso não seja impedido, ser transmitido até mesmo a grandes distâncias, das seguintes formas: IRRADIAÇÃO, CONDUÇÃO, CONVECÇÃO. Bu m 1 º 2 º 3 º FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 31 Irradiação É a transmissão de calor através de raios e ondas que ocorrem em espaços vazios. Um exemplo diário deste fenômeno é o calor do sol (fonte) irradiado através do espaço até a terra (corpo); e como o caso do sol, existem inúmeras outras formas de irradiação que poderiam contribuir para a propagação do fogo. Condução É transmissão do calor que ocorre de uma fonte para um corpo, material que seja um bom condutor de calor. Se pegarmos um pedaço de ferro e segurarmos um dos pontos com a mão e colocarmos a outra ponta em contato com uma fonte de calor, vamos rceber após alguns segundos, que todo o ferro está quente, indo aquecer conseqüentemente a nossa mão, e se ao, invés de nossa mão, tivesse tendo contato com outro combustível qualquer, te iria queimar. Convecção É a transmissão do calor através do ar e dos líquidos; ocorre devido ao fato de o ar como os líquidos podem ser aquecidos quando em contato com o fogo. O ar quente sempre sobe e leva consigo o calor que poderá entrar em contato com o combustível e propagar o fogo. Transm issão de Calor FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 32 FASES DO FOGO Se o fogo ocorrer em área ocupada por pessoas, há grandes chances de que o fogo seja descoberto no início e a situação resolvida. Mas se ocorrer quando a edificação estiver deserta e fechada, o fogo continuará crescendo até ganhar grandes proporções. Essa situação pode ser controlada com a aplicação dos procedimentos básicos de ventilação. O incêndio pode ser melhor entendido se estudarmos seus três estágios de desenvolvimento. Fase Inicial Nesta primeira fase, o oxigênio contido no ar não está significativamente reduzido e o fogo está produzindo vapor d’água (H2O), dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e outros gases. Grande parte do calor está sendo consumido no aquecimento dos combustíveis, e a temperatura do ambiente, neste estágio está ainda pouco acima do normal. O calor está sendo gerado e evoluirá com o aumento do fogo. Queima livre Durante esta fase, o ar, rico em oxigênio, é arrastado para dentro do ambiente pelo efeito da convecção, isto é, o ar quente “sobe” e sai do ambiente. Isto força a entrada de ar fresco pelas aberturas nos pontos mais baixos do ambiente. Os gases aquecidos espalham-se preenchendo o ambiente e, de cima para baixo, forçam o ar frio a permanecer junto ao solo; eventualmente, causam a ignição dos combustíveis nos níveis mais altos do ambiente. Este ar aquecido é uma das razões pelas quais os bombeiros devem se manter abaixados e usar o equipamento de proteção respiratória. Uma inspiração desse ar superaquecido Temperatura existente a 38º Produção de gases inflamáveis Oxigênio a 20% no ar FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 33 pode queimar os pulmões. Neste momento, a temperatura nas regiões superiores (nível do teto) pode exceder 700ºC. “Flashover” Na fase da queima livre, o fogo aquece gradualmente todos os combustíveis do ambiente. Quando determinados combustíveis atingem seu ponto de ignição, simultaneamente, haverá uma queima instantânea e concomitante desses produtos, o que poderá provocar uma explosão ambiental, ficando toda a área envolvida pelas chamas. Esse fenômeno é conhecido como “Flashover”. Gases aquecidos preenchem a parte mais alta do ambiente Manter-se abaixado para evitar danos provocados pelo calor FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 34 Queima Lenta Como nas fases anteriores, o fogo continua a consumir oxigênio, até atingir um ponto onde o comburente é insuficiente para sustentar a combustão. Nesta fase, as chamas podem deixar de existir se não houver ar suficiente para mantê-las (na faixa de 8% a 0% de oxigênio). O fogo é normalmente reduzido a brasas, o ambiente torna-se completamente ocupado por fumaça densa e os gases se expandem. Devido à pressão interna ser maior que a externa, os gases saem por todas as fendas em forma de lufadas, que podem ser observadas em todos os pontos do ambiente. E esse calor intenso reduz os combustíveis a seus componentes básicos, liberando, assim, vapores combustíveis. “Backdraft” A combustão é definida como oxidação, que é uma reação química na qual o oxigênio combina-se com outros elementos.O carbono é um elemento naturalmente abundante, presente, entre outros materiais, com na madeira. Quando a madeira queima, o carbono combina com o oxigênio para formar dióxido de carbono (CO2), ou monóxido de carbono (CO). Quando o oxigênio é encontrado em quantidades menores, o carbono livre (C) é liberado, o que pode ser notado na cor preta da fumaça. Na fase de queima lenta em um incêndio, a combustão é incompleta porque não há oxigênio suficiente para sustentar o fogo. Contudo, o calor da queima livre permanece, e as partículas de carbono não queimadas (bem como outros gases inflamáveis, produtos da combustão) estão prontas para incendiar-se rapidamente assim que o oxigênio for suficiente. Na presença de oxigênio, esse ambiente explodirá. A essa explosão chamamos “Backdraff”. A ventilação adequada permite que a fumaça e os gases combustíveis superaquecidos sejam retirados do ambiente. Ventilação inadequada suprirá abundante e perigosamente o local com o elemento que faltava (oxigênio). provocando uma explosão ambiental. As condições a seguir podem indicar uma situação de “Backdraft”. fumaça sob pressão, num ambiente fechado; fumaça escura, tornando-se densa, mudando de cor (cinza e amarelada) e saindo do ambiente em forma de lufadas; calor excessivo (nota-se pela temperatura na porta); FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 35 pequenas chamas ou inexistência destas; resíduos da fumaça impregnando o vidro das janelas; pouco ruído; movimento de ar para o interior do ambiente quando alguma abertura é feita (em alguns casos ouve-se o ar assoviando ao passar pelas frestas). FORMAS DE COMBUSTÃO As combustões podem ser classificadas conforme a sua velocidade em: completa, incompleta, espontânea e explosão. Dois elementos são preponderantes na velocidade da combustão: o comburente e o combustível. O calor entra no processo para decompor o combustível. A velocidade da combustão variará de acordo com a porcentagem do oxigênio no ambiente e as características físicas e químicas do combustível. Combustão completa É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em oxigênio. FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 36 Combustão incompleta É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama, e se processa em ambiente pobre em oxigênio. Combustão espontânea É o que ocorre, por exemplo, quando do armazenamento de certos vegetais que, pela ação de bactérias, fermentam. A fermentação produz calor e libera gases que podem incendiar. Alguns materiais entram em combustão sem fonte externa de calor (materiais com baixo ponto de ignição); outros entram em combustão à temperatura ambiente (20º C), como o fósforo branco. Ocorre também na mistura de determinadas substâncias químicas, quando a combinação gera calor e libera gases em quantidade suficiente para iniciar combustão. Por exemplo, água + sódio. PRODUTOS DA COMBUSTÃO Os materiais combustíveis ao entrarem em combustão viva têm como resultado os seguintes produtos: fumaça calor vapor d’água carvão cinza. CLASSIFICAÇÃO DO INCÊNDIO QUANTO À PROPORÇÃO Principio de Incêndio São incêndios na sua fase inicial, ou seja, a explosão propriamente dita. Nesta fase o uso de um extintor será suficiente para o combate. Exemplos de princípios de incêndio: fogo em uma lixeira de escritório fogo em um sofá fogo em um televisor, etc. FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 37 Pequeno Incêndio São incêndios em sua fase de evolução. Em termos de espaço físico, podemos calcular como um fogo que lavra em um cômodo residencial (sala, quarto, cozinha, etc). Uma equipe de Bombeiro Particular, bem treinada, poderá debelar um incêndio pequeno com uma linha de mangueiras do preventivo fixo da edificação. Médios Incêndios São incêndios que alcançaram proporções que, para serem debelados, necessitam de um socorro organizado de bombeiros.(Viaturas operacionais do CBMDF ABI , ABT , ABS , URSA , UTE , APM , AEM , ASE , ARF,ABPE AR). Grandes Incêndios São incêndios que alcançaram grandes proporções, onde se necessitam de medidas severas para o seu combate e controle. Exemplos: os incêndios nos edifícios Joelma, Andraus, Grande Avenida, Andorinhas, etc. Incêndios extraordinários São incêndios causados por fenômenos naturais (vulcões terremotos, ventanias, etc) CLASSES DE INCÊNDIO Os incêndios são classificados de acordo com os materiais com eles envolvidos, bem como a situação como se encontram; essa classificação é feita para determinar o agente extintor adequado para o tipo de incêndio específico. Para facilitar a maneira de se combater os incêndios, vamos dividi-los em quatro classes: CLASSE “A” - Combustíveis sólidos CLASSE ”B” - Combustíveis líquidos CLASSE “C” - Equipamentos energizados; e CLASSE “D” - Materiais Pirofóricos. Definições CLASSE “A” – incêndios envolvendo combustíveis sólidos comuns, como papel, madeira, pano, borracha: O incêndio em classe “A” como o da madeira, atinge em superfície e profundidade. FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 38 CLASSE “B” – incêndio envolvendo combustíveis líquidos inflamáveis graxas e gases combustíveis. É caracterizado por não deixar resíduos e queimar apenas na superfície exposta e não em profundidade. CLASSE “C” - incêndio envolvendo materiais energizados. É caracterizado pelo risco de vida que oferece ao brigadista. CLASSE “D” - incêndio envolvendo materiais combustíveis pirofóricos (magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio, zircônio).É caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns, principalmente os que contém água. MÉTODOS DE EXTINÇÃO Métodos de extinção do fogo Os métodos de extinção do fogo baseiam-se na eliminação de um ou mais dos elementos essenciais que provocam o fogo. Retirada do material É a forma mais simples de se extinguir um incêndio. Baseia-se na retirada do material combustível, ainda não atingido, da área de propagação do fogo, interrompendo a FORMAÇÃO DE BRIGADISTA 39 alimentação da combustão. Método também denominado isolamento, corte ou remoção do suprimento do combustível Ex.: fechamento de válvula ou interrupção de vazamento de combustível liquido ou gasoso, retirada de materiais combustíveis do ambiente em chamas, realização de aceiro, etc Resfriamento ou Controle do Calor É o método mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura do material combustível que está queimando. diminuindo, conseqüentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis. A água é o agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de absorver calor e ser facilmente encontrado na natureza. A redução da temperatura está ligada à quantidade e à forma de aplicação da água (jatos), de modo que ela absorva mais calor que o incêndio é capaz de produzir. É inútil o emprego de água onde queimam combustíveis com baixo ponto de combustão (menos de 20ºC), pois a água resfria até a temperatura ambiente e o material continuará produzindo gases combustíveis. Abafamento Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o material combustível. Não havendo comburente para reagir com o combustível, não haverá fogo. Com exceção estão os materiais que têm oxigênio em sua composição e queimam sem necessidade do oxigênio do ar, como os peróxidos orgânicos e o fósforo branco. Conforme já vimos anteriormente, a diminuição do oxigênio em contato com o combustível vai tornando a combustão mais lenta, até a concentração de oxigênio chegar próxima de 8%, onde não haverá mais combustão. Colocar uma tampa sobre um
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