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A APOSTA THE BET RACHEL VAN DIKEN Envio:Soryu Tradução:Lili Costa Revisão Inicial: Nathalia, JulianaSchiavini, Gardennia, Lidizeenha,Fabiana, Gilmara Revisão Final: Ana Almada, Ariane, Ligia, Iris de Oliveira Leitura Final: Wanessa Formatação: Chayra Moom SINOPSE -Tenho uma proposta para você… Kacey deveria ter fugido no minuto em que estas palavras saíram da boca do milionário de Seattle, Jake Titus. Em vez disso, ela fez um pacto com o diabo, na esperança de colocar o seu passado para trás de uma vez por todas. Quatro dias. Ela podia fazer isso por quatro dias! Mas ela não contava com o irmão mais velho de Jake, Travis estar lá para testemunhar a farsa desse compromisso. Uma coisa é certa. Um irmão é o certo para ela. Um quer uma vida. E um quer uma aliança como o diabo. Ela deveria ter a assinatura de Jake em sangue por garantia. PRÓLOGO 1997 Portland, Oregon – Kacey espere! – Travis correu atrás dela, com lágrimas escorrendo pelo rosto de tanto rir. Kacey era sua melhor amiga, mas somente em seu coração. Na vida real, ela o odiava, ele só não sabia o porquê. Aos oito anos, ele fazia o melhor que podia para mostrar a ela que gostava dela, mas ela sempre acabava ficando com seus sentimentos feridos. Meninas eram idiotas. Seu irmão mais novo, Jake finalmente correu até eles. – Por que você fez isso, Travis? – Ele o empurrou de lado. A língua de Travis, de repente estava grossa na boca. Ele quis explicar as razões por trás do tropeço de Kacey, realmente ele queria, mas as palavras não saíram. Ele odiava sua gagueira. Era tão difícil falar, e isso só acontecia quando ele estava se esforçando muito duro ou na frente de Kacey. – Ugh! – Jake chutou a terra com o pé. – Agora que ela não vai mesmo me beijar! -Beija-lo? - Travis gritou, horrorizado que seu irmão até mesmo diria a palavra beijo, muito menos pensar em fazer algo assim com Kacey. Além disso, por que seu irmão de seis anos de idade, queria que alguém o beijasse? – Ela nem gosta disso mesmo. – Ele cruzou os braços. Travis, pelo menos sabia que as meninas não gostavam de meninos. Elas gostavam de homens, e ele estava bem em seu caminho para se tornar um homem. Na verdade, ele tinha acabado de encontrar um fio de cabelo em seu queixo. Ele provavelmente iria raspar isso até o final da semana. Ele estufou o peito e fez uma careta para o seu irmão. – Ah, é? Bem, ela te odeia. – Jake mostrou a língua. – Ela disse- me assim, mas... – Ele enfiou as mãos nos bolsos e respirou fundo. – Eu vou casar com ela. – Não vai! – Vou sim! – Não vai! – Travis empurrou seu irmão para o chão. -Eu sou mais velho. Ela vai se casar comigo. Jake mostrou a língua depois limpou a sujeira de suas calças. – Quer apostar? – Sim! – Travis zombou. – Eu aposto. Um milhão de dólares! – Tudo bem! – Jake cuspiu em sua mão e a segurou à sua frente. – Aperta. Juramento de sangue. – Mas não há sangue – Travis apontou. – Duh! Mamãe iria nos matar se usássemos sangue. É tão bom quanto. Kacey disse que é. – Tudo bem. –Travis cuspiu na mão e bateu contra a mão do seu pequeno irmão. Jake fez uma careta. – Nojento. – Cresça. – Travis revirou os olhos e procurou no quintal por Kacey. Ele não tinha a intenção de derrubá-la. Bem, na verdade ele tinha, mas ele tinha uma boa razão para isso. Ele sabia que de fato Kacey amava histórias de princesa. Ela vivia falando sobre como as meninas devem ser tratadas como princesas, e os meninos deveriam ser príncipes. Mas como é que ele deveria ser um príncipe quando não havia dragões para matar? Como ele poderia provar para ela e a si mesmo se não havia monstros? Ainda bem que ele era o garoto mais inteligente da sua classe. Ele sabia exatamente o que fazer. Tudo o que ele tinha que fazer era causar um problema e, em seguida, salvá-la. Primeiro, ele colocou sua boneca em chamas, mas não funcionou como o planejado. Na verdade, a boneca estava jogada na lata de lixo. Como podia ser sua culpa que o extintor de incêndio não funcionou? Em seguida, ele colocou uma cobra no seu saco de dormir. Quando ela acordou gritando, ele correu para o lado dela para pegar a cobra, mas depois não conseguiu encontrá-la! Jake o denunciou, e Kacey estava com tanta raiva que chorou. Em sua última tentativa para impressioná-la, ele amarrou seus cadarços juntos para que ela pudesse cair, e, em seguida, ajoelhou-se para ajudá-la. Mas ela estava tão furiosa que bateu com as mãos nele, jogou fora seus sapatos, e fugiu chorando. Meninas. Ele nunca iria entendê-las. Afinal de contas, ele estava sempre tentando ajudá-la. E toda vez ela o empurrava para longe. O que significava apenas uma coisa. Para ganhar a aposta, ele teria que se esforçar muito mais. E ele sabia exatamente como fazer isso. – Ei, Jake? Você sabe onde todas as pedras estão? CAPITULO 1 Atualmente Kacey procurou em seus olhos por qualquer indício de diversão. Ele não podia estar falando sério, não Jake. Jake nunca levava nada a sério. Ela rapidamente levantou a mão para sentir a testa e estremeceu interiormente. Por que Deus abençoou um homem tão arrogante com o rosto de uma estrela de cinema, era além de sua compreensão. Mas lá estava ele, um Adonis, olhando para ela como se seus olhos não fizessem as mulheres mortais desconfortáveis. – Você está bêbado? – Ela sussurrou, inclinando-se mais perto, o tempo todo xingando o cheiro da loção pós-barba cara que exalava dele. Jake bateu a mão na mesa. – Não, eu não estou bêbado. Nossa, Kacey, você está agindo como se eu estivesse propondo sexo ou algo assim. – Esse é o exemplo que você tem? Sexo? Sério? Porque, para ser honesta, Jake, isso é muito pior! –Suas mãos tremiam enquanto tentava estabilizar a respiração a um ritmo normal. Nesse ritmo, ela ia ter um completo ataque de pânico. –Como isto é pior? –Sua voz subiu algumas oitavas e outros clientes do café olharam em sua direção. Kacey encostou-se na cadeira de couro e gemeu. –Eu estou falando sério, Kacey. É a única maneira de convencê- los. –Jake se inclinou para frente, seus braços musculosos e bronzeados flexionaram contra as mangas arregaçadas da camisa quando descansou as mãos sobre a mesa. –Você percebe que seus pais me conhecem desde que eu tinha três anos? Além disso, estou convencida de que sua mãe seria capaz de ver através de nós. E nem me fale da avó de vocês. O rosto de pedra de Jake quebrou em um sorriso. –Não ria! Estou falando sério, Jake! A mulher deveria ter trabalhado para o FBI. –São os olhos dela. –Jake deu de ombros. – Ela sempre me pegava aprontando. –Ele estremeceu. – Mas você está fugindo do assunto, Kacey. Estou desesperado. – Oh, uau. Bem, quando você coloca dessa forma, como eu poderia negar? Você está desesperado! Homem você não é nada romântico. Eu não tenho nenhuma ideia de como você conseguiu se tornar o solteiro mais cobiçado da cidade, e aos vinte e um. Impressionante. –Ela balançou a cabeça em descrença. – Realmente, você não sabe? - Ele se inclinou para frente, seus bíceps apertados sob a camisa de botão cinza, a camisa parecia estar pronta para estourar a qualquer momento. Seu rosto foi recentemente barbeado, mas já era possível ver a sombra dela crescendo, e seu cabelo escuro caía em ondas sobre a testa. Olhos castanhos olhavam para ela, e ela não conseguia encontrar forças para olhar longe de seus lábios quando sua língua passou entre eles. Porcaria. Ela estava realmente suando só de olhar para esse rosto. Isso não ajuda em nada que esta era a primeira vez que ela tinha ouvido falar dele desde o incidente.Não que este fosse o momento de trazer isso à tona. – Tudo bem. –Kacey disse enquanto seu coração batia tão rápido e fechou os olhos novamente. – Jake, nunca vai funcionar. Por que você não pega uma de suas namoradas stripper para fazer isso por você? –E, por favor, pelo amor de Deus, me deixe em paz. Muitas lembranças piscaram para ela através dos olhos dele, e ela não tinha certeza se poderia tolerar isso. Não depois de ouvir que o restaurante de seus pais abriu em dois novos locais, e um deles era em Seattle. Parecia que a ferida estava toda aberta novamente. Ela estremeceu e deixou Jake continuar a defender seu caso. – Hum, pelo o fato de serem strippers? –Jake ergueu as mãos para o ar e sacudiu a cabeça. – Você quer que a minha avó morra? Porque eu lhe asseguro, que não fará nada mais do que ter outro AVC. Kacey parou. – Outro AVC? Ela teve outro AVC? –É por isso que vovó Nadine não tinha escrito para ela em um mês? Jake fez uma careta. – Sim, ele foi ficando pior. –Ele passou as mãos por seus cabelos grossos. – Você vai me ajudar ou não? Vou pagar-lhe -Você vai me pagar? - Kacey bufou. -Assim como você paga suas strippers? Por que eu sinto que não há diferença? Jake sorriu. –Uau, eu odeio ter que puxar a artilharia pesada, mas você me deve. – Eu lhe devo? –Kacey repetiu. – Oh, por favor, diga como eu devo um favor ao grande Jake Titus. Estou morrendo de vontade de saber, de verdade. –Ela ergueu as sobrancelhas e bateu com a unha bem cuidada contra a xícara de café frio. – Tudo bem. –Ele se inclinou para trás e cruzou os braços sobre o peito. – Quinta série, você queria um cachorro. Seus pais disseram que não. Então, eu, sendo o bom amigo que sou, fui à loja e lhe comprei um. – Não conta, – Kacey interrompeu. – Você nomeou-o com seu nome. – Ele tinha o pelo escuro, –Jake argumentou. – Além disso, você dormiu com ele todas as noites. –Seu sorriso era sem vergonha, e Kacey queria dar um soco na cara dele por isso. Ela abriu a boca para dizer isso, mas ele a interrompeu. – Oitava série. – Oh, Senhor. – Oitava série, – ele repetiu com uma piscadela. –Você tinha uma queda por Stevenson Merrit. Eu, sendo o amigo que eu sou, disse para ele que você era o melhor beijo de toda a escola. Vocês saíram por um ano antes de abandoná-lo para percorrer pastos mais verdes. –Ah, então é assim que você se refere a si mesmo hoje em dia. Pastos mais verdes. –Kacey sorriu condescendente. –Sim, bem, é verdade. – Não é bom o suficiente –Kacey suspirou. Ele estava tão perto que ela podia sentir seu shampoo. Uma mistura masculina picante de menta e canela, que provocou seus sentidos com visões de um homem que ela jamais teria novamente. Apague isso. Nunca teve, para falar a verdade. – Tudo bem. –Jake balançou a cabeça. – Eu não quero ter que fazer isso. Fingindo tédio, Kacey apenas olhou para trás e esperou. – Seu primeiro ano da faculdade, você teve um peixe, nomeou Stuart. O peixe mais feio que já viveu nesse mundo. – Ei! –Ela olhou. – Ele era meu melhor amigo. – Quando você se ausentou da faculdade por duas semanas, assumiu que a sua companheira de quarto, Madre Teresa iria cuidar dele para você. – Ela sempre odiou esse peixe, –Kacey resmungou. – Então, quem levou o seu peixe? Kacey olhou para suas mãos. – Quem pegou o peixe, Kacey? Com um grande suspiro, ela respondeu: -Você pegou o peixe, Jake. – Então eu ganhei. E, novamente, você me deve. Além disso, você realmente quer que minha avó morra? A mesma avó que te ajudou a ganhar a rainha do baile? A única que realmente usava seus colares de macarrão? É realmente muito simples. Basta fazê-lo durante o fim de semana e eu vou estar fora de seu alcance. Recusando-se a responder, Kacey olhou para a mesa do café e lambeu os lábios. Talvez se ela parecesse patética o suficiente, ele desistiria e a deixaria sozinha. Bastava estar na mesma sala com ele para seu coração se apertar. –Kace, – Jake gemeu. – Você não tem ideia do quão importante a minha imagem é para mim. – Uau, isso não ajuda o seu caso, – Kacey estalou. –Eu preciso disso. –Jake estendeu a mão sobre a mesa e agarrou a mão dela. Suas mãos eram sempre tão grande e quente, como se estivesse segurando-os, ele poderia tirar toda a sua dor. Mas ela sabia a verdade, essas mesmas mãos a destruiram, a arruinaram, e no final, aquelas mãos egoístas nunca lhe devolveram seu coração. – Eu vou pagar seus empréstimos estudantis. – Como você sabe sobre isso? – Eu sei tudo. –Ele piscou. – É meu trabalho. Vamos lá, você precisa terminar o seu último ano de faculdade, Kace. Já se passaram três meses desde a graduação. Você realmente quer ser deixada para trás, enquanto todo mundo está lá fora fazendo algo fora de si? O cara nunca deve tentar ser um advogado. Kacey ficaria surpresa se ainda tivesse alguma autoconfiança no momento em que saísse do café. Como era possível ela estar tentando decidir bater a sua cabeça contra a mesa de café forte o suficiente para ganhar uma concussão. – Por favor, –Jake pediu. Suas mãos apertaram com mais força as dela. – Faça isso por mim. Faça pela vovó. Inferno, faça isso por você. Você tem que terminar a faculdade, Kace, e desde que os seus pais... – Não se atreva a trazê-los para isso. Jake engoliu devagar e soltou sua mão. Seus dedos dançaram ao longo de sua mandíbula quando ele virou a cabeça para que pudesse olhar diretamente em seus olhos. – É apenas durante o fim de semana de férias. Quão ruim pode ser? Nós costumávamos ser melhores amigos. Costumávamos é a palavra chave. Ele não tinha lhe enviado sequer uma mensagem desde a graduação. – Bilionário sem coração... –murmurou Kacey. O cara não tinha vergonha alguma. O que a pegou era que realmente precisava terminar a faculdade, e ela estava prestes a entrar em outro empréstimo. Todo o dinheiro de seus pais foi usado na casa e na aposentadoria deles, e bem, não era como se a Universidade de Seattle fosse barata. – Billionário? Ainda não, querida. Sem coração? –Jake estendeu a mão e tocou o rosto dela. – Eu acho que nós dois sabemos a resposta para isso. Memórias de seu toque inundaram seus sentidos até Kacey sentir como se ela não conseguisse respirar. Ela tinha viajado por essa estrada muitas vezes com esse homem. Primeiro na escola e, em seguida, novamente na faculdade. Ela não tinha pensado que a vida a colocaria no caminho do único homem a quem já tinha dado seu coração. Mas Jake mudou, e ela nunca iria perdoá-lo. Kacey olhou para seu colo e fechou os olhos. Como é que ele ainda tinha tanto poder sobre ela? Um toque e um suborno e ela estava pronta para fazer exatamente o que ele disse. Na verdade, ela sempre teve uma queda por sua avó, não importa o quanto assustadora ela era ou não. Além disso, a avó Nadine foi a única a ajudar Kacey passar o tempo em sua vida quando ela não se importava em morrer durante o sono ou viver. Os anos escuros eram apenas isso. Escuros. Kacey estremeceu ao pensar em quão ruim as coisas haviam chegado. Se avó Nadine estava doente, e ele estava realmente tentando ajudá-la, e se Jake pagaria seus empréstimos, então, valeria a pena. – Só o fim de semana? –Kacey perguntou em voz baixa. – E você diz que a vovó está toda sentimental e não está se sentindo bem? Jake balançou a cabeça. – Ela diz que quer ver você, e eu preciso que meus pais parem de falar sobre todo o fiasco na imprensa com a stripper. Se eu levá-la para casa com um anel em seu dedo, tudo será perdoado. Papai não vai pensar que precisa voltar da aposentadoria, e vovó não vai atirar em mim. É um ganha e ganha. Além disso, como eu disse, a imagem é tudo e eu ainda quero ter o controle total da empresa da minha avó, no final do mês.O conselho não vai votar em mim se eu continuar recebendo má a imprensa. Eu preciso de todos a bordo. Vamos seguir nossos caminhos separados e eu vou fingir uma separação, chorar na TV e bem, pelo menos os membros do conselho que me odeiam vão sentir pena de mim. Ele não esperou por ela concordar. Em vez disso, ele enfiou a mão no bolso. – É mais do que apenas eu. É para a vovó, Kace. Ela não está indo bem. Esta pode ser a única coisa que a faz querer continuar vivendo. Kacey estreitou os olhos. Bastardo mentiroso. Em seus 21 anos, Jake não tinha aprendido a mentir melhor que isso? Seu sorriso era tenso, a respiração um pouco irregular. Mas ele mencionou a avó. Kacey, de repente, se sentiu mal. Ela queria pegar o avião agora, mas Jake não sabia que ela e sua avó ainda se falavam. E ela nem queria que soubesse. – Tudo bem, mas a vovó não pode saber sobre os empréstimos estudantis. Combinado? –Kacey estendeu a mão, esperando que Jake não notasse o ligeiro tremor. Jake sorriu. –Obrigado por fazer isso por mim. Kacey olhou em seus olhos verdes de cristal. – Para a vovó. Estou fazendo isso para a vovó e para mim. –Não por você, nunca mais por você, Jake. O resto do pensamento ficou pendurado no ar. De repente, o café parecia uma muito, muito pequena arena para desenterrar demônios do passado. Kacey deu uma risada trêmula e esfregou as mãos suadas na calça jeans. Preocupada que ele fosse tornar isso de alguma forma ainda pior, sorrindo ou oferecendo um abraço de piedade, ela tomou um grande gole de café. Jake se afastou da mesa. – Certo, tudo bem. Bem, obrigado por ser minha noiva falsa. –Ele tirou um anel de três quilates e com confiança deslizou em seu dedo. – M- mas... – ela gaguejou. – Como você sabia o meu tamanho? Ele sorriu e se levantou de seu assento. – Um homem nunca poderia esquecer essas mãos, Kacey. – Não importa quantas mãos o prostituto teve? – Kacey perguntou docemente. Jake riu. –Absolutamente. Eu a vejo sexta de manhã, ok? Kacey suspirou. – Ok. – Obrigado, Kace... – Não há de quê. Kacey assistiu em agonia quando o homem que ainda segurava seu coração assobiou, enfiou as mãos nos bolsos e saiu do café. O mais famoso bacharel de Seattle tinha acabado de lhe propor casamento. Apesar de ser um casamento falso, ainda era uma proposta. Ela deveria estar feliz. Mas era difícil ser feliz quando o amor de sua vida, o menino que costumava fazer tortas de lama com ela e beijar os joelhos quando ela caia, pensava nela apenas como uma maneira de sair de uma situção ruim. De repente, ela desejou que estívesse em um bar em vez do pequeno café. CAPITULO 2 Jake Titus enfiou as mãos nos bolsos. Maldição, ela parecia bem. Ele não esperava que sua resposta fosse tão forte. Depois de apenas alguns meses, ele esperava que tudo fosse normal. Infelizmente, isso não aconteceu. Parecia malditamente difícil. A mulher era o próprio pecado, cheia de curvas, onde caras adoravam. Sua roupa só tinha melhorado suas curvas e fez a luxúria correr direto para os lugares errados para qualquer homem sentado em uma cafeteria. Os longos cabelos castanhos de Kacey ostentavam uma cor mel, com mechas quase loiras, e seus olhos castanhos profundos pareciam definir tudo lindamente. Acrescente isso as duas covinhas mais bonitas da terra verde de Deus, e ele estava pronto para jogá-la sobre a mesa e ter sua maneira com ela. Se alguém pudesse levá-lo para fora do mercado teria sido Kacey, não que ele nunca fosse deixá-la. Ele tinha viajado nessa estrada com Kacey muitas vezes. Eles namoraram na escola, mas logo perceberam que eles eram melhores amigos. Ou talvez fosse porque ele não poderia se manter dentro de suas calças? Foi provavelmente uma mistura de ambos, mas quem realmente fica com apenas uma pessoa na escola? O último prego no caixão de seu relacionamento aconteceu depois de uma noite de bebedeira na faculdade. Eles tinham dormido juntos. Tinha sido uma boa noite, exceto pelo fato de que ele nunca iria se perdoar pela dor que lhe causou no dia seguinte. Mas o que ele deveria fazer? Dizer "obrigado"? Se enroscar com sua melhor amiga nunca foi a mais sábia das escolhas. Infelizmente, ele não percebeu isso até que fosse tarde demais. Ele foi seu primeiro. Deixar Kacey tinha sido uma das coisas mais necessárias e ainda mais estúpidas que já tinha feito. Eles ainda foram gentis um com o outro, mas a amizade nunca mais foi a mesma, uma vez que eles dormiram juntos. O que sempre foi especulado como uma forma de aumentar o vínculo entre duas pessoas acabou sendo o catalisador que arruinou a vida da amizade. Eles evitaram um ao outro tanto quanto possível durante os próximos anos. Em sua formatura, ele deu-lhe um abraço e nunca mais olhou para trás. Nunca tinha se desculpado. Não que isso fosse totalmente culpa dele, mas ainda assim. Só de vê-la novamente o assombrava, mas era um mal necessário. O conselho de administração tinha insistido que, se ele não limpasse a sua imagem, a empresa sofreria. Segundo eles, ela já tinha. Mas como ele deveria saber que a garota que ele estava dormindo era uma prostituta? Era Seattle, depois de tudo, e ela era linda. Ele não tinha pensado que ela iria para a mídia, ou que os fotógrafos estariam convenientemente fora do Hotel W no centro, depois de uma noite de escapada tarde que ele ainda não conseguia lembrar-se totalmente. O verdadeiro chute tinha acontecido quando sua mãe ligou e disse que sua avó tinha sofrido um acidente vascular cerebral devido à prostituta ao lado de Jake. É claro que não era culpa dele que sua avó tinha um coágulo no sangue, mas ainda assim. Uma semana depois, sua avó o chamou e lhe deu um ultimato. Traga Kacey para vê-la antes de morrer - suas palavras, não dele - e tudo seria perdoado. Ela foi tão insistente para que Kacey voltasse para casa durante o fim de semana do Labor Day1 que Jake não conseguiu dizer não. Ele só passou a perceber que um fotógrafo do Times de Seattle estaria visitando a família em Portland também. Ele prometeu tirar algumas fotos dos dois juntos para seu plano, bem como algumas fotos do diamante gigante no dedo de Kacey. Jake sorriu. Às vezes ele era tão brilhante que se assustava. O que poderia dar errado? Ele era o próximo da lista para ser CEO da Titus Enterprises. Valeria a pena, e uma vez que ele limpasse sua imagem, sua avó não só o apoiaria, mas também daria ao Conselho o impulso extra que estavam precisando para fazer dele um dos CEOs mais jovens do mundo. Kacey entenderia. Ela era apenas esse tipo de garota. Tudo o que ele precisava fazer era explicar logicamente por que ele estava fazendo isso. Afinal de contas, não só o ajudaria nos negócios ser visto com ela, mas ele estava praticamente investindo no futuro dela. De qualquer forma, ela deveria agradecer-lhe! Seu celular tocou e ele olhou para o relógio. Jake balançou a cabeça. Ele passou muito tempo convencendo a garota linda para ser sua noiva. Agora, ele teria que ficar no escritório mais do que o necessário. Com um encolher de ombros, ele caminhou até seu Range Rover e pulou dentro. Finalmente, ele poderia parar de se estressar com sua avó e o Conselho. 1 Dia do trabalho. –Sinto muito. Você poderia, por favor, repetir o que disse? Parece que você disse que estava noiva. – Char sentou em frente à Kacey em seu restaurante favorito em Belltown. – Sim. – Kacey tomou um gole de vinho, embora estivesse brevemente contemplado a possibilidade de tomar a garrafa inteira. – Foi isso o que eu disse. – Com Jake? – Sim. – Jake Titus? – Char esclareceu, tomando um gole saudável de seu vinho. – Ele mesmo. – Porque Kacey não poderia parar de tremer? Ia ser um fim de semana. Ela poderia fazer isso por um fim de semana. Nossa, não era como se tivesse que fazer alguma coisa, apenas fingir estar apaixonada e atraída por ele, e animada, e... Então, basicamente, ela não estava indo agir. Ela só tinha que ter certeza de que seu coração não se quebrasse em zilhões de pedaços pelo próprio bilionário. – Eu não posso fazer isso. – Claro que você não pode fazer isso – Char repetiu, sua voz subiu algumas oitavas. –Você tem alguma ideia do que esse homem fez com você na faculdade? As memórias estão ainda confusas? Porque eu tenho certeza que ele dormiu com você e, em seguida, fingiu que não aconteceu. – Eu sei. – A voz de Kacey estava trêmula. – Mas, em sua defesa, eu nunca tentei falar com ele ou... – Não defenda o diabo, Kace. Sério. Vocês eram melhores amigos a vida inteira! Lembra-se? Eu era substituta. Eu vi o seu drama em disfarçar esse amor muito bem e, em seguida, ser atropelada por um caminhão naquela noite. Não faça isso. Kacey sabia que o que Char estava dizendo fazia sentido, mas ... – Eu já lhe disse faria isso. – Então, saia disso! Kacey balançou a cabeça e disse em voz baixa: – Eu não posso. Os olhos de Char estreitaram. Ela levou três respirações profundas, em seguida, acenou para a garçonete. – Sim? – perguntou a garçonete. – Nós vamos precisar de tequila. – Char, este não é o momento de tequila – Kacey protestou. – Sério? Você acabou de ser contratada pelo mais famoso bacharel de Seattle, a fim de jogar bonito e fazer-lhe um favor. Novamente, Anexo A: ELE DEIXOU VOCÊ! – Mantenha sua voz baixa! – Kacey silenciou a amiga e ofereceu sorrisos apologéticos para as pessoas que estavam olhando para elas em sua mesa. – É só durante o fim de semana. – Além disso, Char não tinha idéia de que Kacey ainda estava com tantas dívidas da faculdade. Ela tinha encoberto os olhos de todos sobre sua formatura alegando que ela era apenas uma aula curta, e não sete. – Certo. – Char bufou. – Se eu conheço Jake, e eu acho que conheço, isso não é apenas para o fim de semana. Ele tem algo na manga. Quanto mais bonitos eles são, mais manipuladores. Acredite em mim. A tequila foi colocada sobre a mesa, e Char levou um tiro antes de dizer mais. – Além disso, só porque você concordou com esta farsa de um compromisso, ele vai ficar pensando que ele pode colocar as mãos por todo o seu corpo quente. Kacey revirou os olhos. – Ele anda com modelos e, aparentemente, strippers. Olhe para mim, Char. Pareço uma? Eu não sou uma prostituta. Eu não vou deixar ele se aproveitar de mim. Char resmungou. – Humpf! Não deixei ninguém tirar vantagem de você desde aquela noite e você sabe disso. Você ainda está presa a ele e levou uma eternidade na faculdade para superar isso! E agora você estará de volta à estaca zero. Ignorando Char da sua óbvia incapacidade para prender um homem, Kacey desviou os olhos e bufou. Seus dedos tocaram a borda da garrafa de tequila, e pensou em Jake quebrando o próprio acordo. – Que diabos eu estou fazendo? – Agora que ela diz isso. – Char balançou a cabeça e tomou outro shot de tequila. – Quero dizer... – Kacey olhou para suas mãos. – Eu terei que ficar a sós com ele por mais de três dias, e mesmo assim eu terei que mentir para toda a sua família! – E vamos ser honestas – Char interrompeu, ela falava um pouco mais alto do que o normal. – Você é a pior mentirosa do planeta. – Não sou. – Travis, irmão de Jake era. Mas Kacey recusou-se a pensar sobre Travis. A última vez que o viu, ele gritou com ela por atropelar sua caixa de correio durante as férias de Natal. Ela chorou, gritou mais um pouco, e depois se recusou a falar com ele o resto do tempo que ela estava visitando. Isso foi há três anos atrás. – Você é! – Char enfiou o dedo bem cuidado sobre a mesa. – Lembra-se que uma vez que tentou fugir de casa e ir para a festa de aniversário de Jake na escola? – Não, – Kacey mentiu, tentando desesperadamente engolir o caroço gigante de culpa em sua garganta. – Sério? De todas às vezes durante o dia de hoje que você poderia dizer não, você escolhe agora? Sério? O que aconteceu com você quando estava falando com Jake? Ou quando ele lhe fez a proposta, por que você... – Totalmente diferente e você sabe disso. Além disso, eu gostaria de salientar que eu não contei a minha mãe uma terrível mentira. Se o cão parou de latir, então... Char jogou a cabeça para trás e riu. – Não vamos culpar o cão. Mesmo que o cão tenha parado de latir, você usou isso como uma desculpa para admitir tudo para sua mãe. E depois me disse que era um sinal de Deus que estava pecando. Kacey desviou o olhar. Só porque sua amiga estava totalmente certa não significava que ela tinha que realmente reconhecer o fato. Então o quê? Sim, ela era um pouco como uma puritana, mas há um tempo, a única vez que ela decidiu deixar sua vida ir, ela foi até ele... Ela estava com parafusos faltando. Em mais de um sentido. Kacey deixou escapar um grande suspiro e acenou para Char a tomar outra dose. –Independentemente disso, eu disse que sim, e você sabe como eu sou com meus compromissos. Char suspirou. – Você é mais leal do que o meu cachorro, e ele é cego, ou seja, ele depende de mim para tudo, inclusive quando e onde fazer xixi. – Seu incentivo é surpreendente. – Kacey sorriu docemente e tomou sua dose com um grande gole de água. Ela precisava de uma cabeça clara se fosse planejar adequadamente como o fim de semana aconteceria. Uma coisa era certa. Jake não podia tocá-la, ele não poderia colocar uma de suas mãos sobre ela. Se ele fizesse, ela não tinha certeza se seria capaz de dizer não. – ...E outra coisa... Oh Deus! Char ainda estava falando sobre seu maldito cachorro? – Se você deixar ele te tocar ou beijar você... – Ela bateu com o punho na mesa, os olhos ligeiramente vidrados a partir da tequila. – Se uma das suas mãos bem cuidadas, mesmo roçar em toda a sua carne nua, eu vou castrá-lo. Kacey franziu os lábios e balançou a cabeça. – Obrigado, Char. Eu não sei o que eu faria sem você. – Nem eu... – Char soluçou e Kacey fez sinal concordando. Verdadeiramente, não é todo dia que um amigo fica perdido em seu nome. Mas Kacey sabia muito mais. Char era o tipo de amiga verdadeira. Quando Kacey chorou, Char chorou. Quando Kacey ameaçou matar Jake, Char se ofereceu para pagar um assassino, e quando Kacey finalmente seguiu em frente e só mencionou Jake como o homem que não devia ser nomeado, Char foi em frente e o apelidaram de bastardo. De qualquer maneira, Char estava apenas tentando ajudar, embora seus métodos fossem um pouco extremos. Kacey pagou a conta com um cheque e ajudou sua amiga ir para fora, o tempo todo imaginando como ia passar a próxima semana sem morrer. CAPITULO 3 – Você está maluco? – Travis gritou. – Você foi chantageado e depois contratou Kacey? A mesma Kacey com que você costumava tomar banhos? Essa Kacey? Jake não estava com vontade de defender-se de seu irmão. Sério, por que isso era uma grande coisa? Então, ele tinha pedido “um favor”. – Desculpe cara, eu tenho um monte de trabalho esta noite. Podemos fazer isso depois? Travis ficou em silêncio por um tempo, o que realmente não era um bom sinal. Isso significava que ele estava pensando, o que significava que ele, provavelmente, ia ter uma dor de cabeça e depois culpar Jake na parte da manhã. Ele e Travis não tinham se falado muito nos últimos anos. Isto é, até sua avó começar a se intrometer em suas vidas no ano passado. Pobre Travis tinha sido deixado de fora a maior parte do tempo, mas seu número estava quase lá. Travis, era dos dois irmãos dafamília, o protetor, aquele que sempre cumpria as regras. Enquanto que Jake e Kacey iriam detonar fogos de artifício às 2:00 da manhã, Travis sempre se comportou. Ele nunca gostou de ver Jake em apuros, ou Kacey. É por isso que, quando Jake fez uma asneira tão horrível na faculdade com sua melhor amiga, Travis tinha jurado que nunca iria perdoá-lo por ser tão burro com uma menina, que parecia ter tudo. Embora Jake não dissesse a Travis as verdadeiras razões de porque tinham se desentendido, ele assumiu que seu irmão provavelmente concluiria o pior. Se Jake não tivesse tanta certeza dos sentimentos de Travis em relação à Kacey, ele teria pensado que seu irmão mais velho tinha algo como uma queda por ela. Mas isso era impossível. De qualquer maneira, Travis torturou Kacey mais do que Jake fez, o que realmente queria dizer muito sobre isso, porque ele tinha puxado o seu quinhão de brincadeiras quando ele era pequeno. Travis, no entanto, levou o bolo. Um dia não pode mais ficar puxando o cabelo de Kacey, atirando pedras, ou iniciar um clube ‘meninas são feias e estúpidas’, e depois eleger Kacey como sua mascote. O silêncio sobre a outra extremidade do telefone quebrou. – Eu apenas não estou certo de que essa é a melhor ideia, cara. Quero dizer, essa é a menina que viu você nu antes de bater a puberdade. Mamãe vai saber que algo está acontecendo. – Não. – Jake amaldiçoou e passou os dedos pelo cabelo. – Ela não vai saber porque não vamos ser os únicos a dizer a ela, vamos, Travis? – Você percebe que, de todos em nossa família, eu sou o pior mentiroso? – perguntou Travis. – Não, não, você não é. Kacey é... – Oh, bem, nesse caso... – Travis amaldiçoou do outro lado da linha. – Isso não importa. Isso significa muito para Kacey neste momento. Além disso, você realmente quer ver a vovó morrer? – Hum, ela vai fazer mais do que morrer se ela descobrir que você está mentindo. Dez dólares que ela diz que tem um acidente vascular cerebral, em seguida, pede a Deus para deixá-la voltar para matá-lo sozinha. Confie em mim, se alguém tem algo com Deus, é a vovó. Nossa, ele provavelmente iria ajudá-la a planejar sua morte... – Acabou? Eu não estava brincando sobre o trabalho. Se é suposto eu estar em Portland até sexta-feira, eu tenho que terminar toda essa papelada. Travis suspirou do outro lado novamente, provavelmente xingando Jake para o inferno por fazê-lo jurar sua lealdade e silêncio. – Tudo bem, mas quando isto explodir em seu rosto, e vai, eu vou fingir ignorância. Jake bufou. – Confie em mim, ninguém vai acreditar que você era parte de um plano tão brilhante. – Certo, bem, boa sorte. Você vai precisar dela. – A linha ficou muda, deixando Jake sozinho com seus pensamentos. Talvez fosse melhor não dizer a Kacey que seu inimigo de infância estaria presente no retiro de fim de semana com sua família. Afinal de contas, se ela soubesse que Satanás (palavras dela, não dele) iria fazer uma aparição, ela voltava no mesmo minuto. O computador cantarolava em cima da mesa bagunçada. Ele estava sozinho em seu escritório com um monte de papelada. Papelada que ele não estava muito inclinado a terminar uma vez que viu Kacey naquele dia. Quando ela tinha crescido tanto? E preenchido tantas curvas? Ele soltou um gemido. Talvez ele estivesse apenas exausto. Ele tinha muitas outras mulheres batendo em sua porta. Muitas mulheres, mas uma única lhe escapou. Mas que diabos? Será que ele realmente achava que ele a deixou ir embora? Ele balançou a cabeça. Não importava mais. Era melhor assim. Ele sabia que depois do que aconteceu, não era bom para ela, que ela sempre estaria olhando para ele como algo que não era. Kacey sempre tivera expectativas tão altas. Ele era um cara, e desde que ela não tinha irmãos, ele pensava que isso era algo do tipo herói. Até que ela deu a ele o olhar. Ele foi feito para isso. O momento único em sua vida que ele tinha arruinado completamente sua melhor amiga foi à mesma noite em que ele perdeu a única garota que jamais poderia ter visto com outro. Ele xingou e empurrou os papéis para fora de sua mesa. Ele teria matado seu espírito. Ela teria morrido lentamente ao lado dele, e ele teria se ressentido. Eles teriam magoado um ao outro por não serem o que cada um deles necessitava. Então, por que, em todo o seu esplendor, ele decidiu pedir um favor dela? Ele poderia facilmente ter levado Kacey para a casa da avó, sem esta farsa de compromisso. Claro, os pais dele não teriam sido tão felizes, mas ainda estariam bem. Talvez ele estivesse inconscientemente tentando corrigir um erro. Estar com ela só poderia aumentar sua simpatia, mas ele poderia ter pago alguém para passar o fim de semana com ele. Inferno, ele provavelmente não teria mesmo que pagar. A papelada de Jake olhou para ele. Ele deixou-a na mesa e apagou as luzes, fechando seu escritório andou em direção aos elevadores. – Por que eu a chamei? – Jake esfregou a parte de trás do pescoço. Ele apertou o botão para o lobby e suspirou, respondendo à sua própria pergunta. –Porque ela é a única por quem minha família acreditaria que estivesse loucamente e profundamente apaixonado. – Pronto! – Kacey abriu a porta de seu apartamento, vestindo uma calça apertada de elastano, uma camiseta gigante que caiu muito bem por cima do ombro, e um coque bagunçado. Pior pesadelo de qualquer homem. Uma garota que realmente se parece bem, sem nem tentar. – E não se preocupe, eu realmente tenho pouca bagagem! – Ela deu um sorriso brilhante e pegou dois pequenos sacos. Jake balançou sua aprovação. – Devo dizer que estou impressionado. Kacey fez uma pequena reverência. – Eu vivo para a sua aprovação. –Como você deve. – Jake riu. –Agora, traga as minhas coisas para o carro, escravo. Eu sou sua noiva cansada, então o apaixonado deve começar. –Apaixonado? –Sim.– Ela puxou a porta e trancou-a. –Você sabe, tem que me tratar como se realmente me achasse atraente, sexy, a melhor coisa para pular em sua cama desde que... Kacey congelou no meio da frase, um olhar de puro horror cruzando seu rosto. Jake não sabia o que fazer, não tinha certeza se deveria abraçá-la, ignorá-la, ou apenas pedir desculpas por ser um completo idiota sobre tudo o que aconteceu entre eles. –Hum, Kace... –Então, nós devemos começar!– Ela bateu-lhe no ombro e correu na frente dele, deixando-o a tediosa tarefa de levar sua bagagem por três lances de escadas. Honestamente era como uma punição por seus muitos pecados. Realmente, ele preferia ser esfaqueado a ter que ver aquele olhar de dor nos olhos de Kacey. Era como se alguém tivesse acabado de lhe dizer que a Disneylandia não era real. No momento em que ele chegou ao carro, Kacey já estava esperando ao lado dele. –Bonito carro. –Eu, uh...–Por que, de repente, estava se sentindo desconfortável com seu sucesso? –É bom, eu acho. Ele abriu a porta do novo SUV e a ajudou a entrar. Todos os indícios de que estava perturbada deixaram seu rosto. Kacey já estava tagarelando sobre o quanto ela gostava de SUVs e por que ele tinha feito uma boa escolha, mas tudo o que podia realmente se concentrar era em seus lábios e em como eles se moviam, rápido e, de repente, eroticamente lento. –Você conseguiu seus lábios cirurgicamente ou algo assim?– Jake interrompeu. À medida que as palavras saíram de sua boca, ele seriamente queria voltar no tempo para que pudesse se bater. –Meus lábios? Feitos? – Kacey riu. – Não, Jake, você está apenas confuso porque você namora tantas mulheres que tem lábios falsos, seios e quadris que você esquece como uma mulher de verdade se parece. Com a garganta subitamente seca, Jake se virou. –Certo, bem. Ok. Idiota,idiota, idiota. – Então, tem certeza de que pode lidar com o vôo de 45 minutos? Jake pensou ter ouvido Kacey murmurar "bastardo" baixinho, mas não podia ter certeza. –Eu quero que você saiba que eu voei muito desde o pequeno incidente.– Ela cruzou os braços sobre o peito. –Eu acredito que você está se referindo ao tempo em que salvei a vida de um homem velho? –Salvou sua vida?– Jake soltou uma gargalhada. –Kace, você quase o matou! Ele tinha um coração fraco, e você continuou a bater- lhe no peito por causa da turbulência. Você parecia uma louca tentando fazer a massagem! Estou surpreso que ele não lhe processou! –Ele me agradeceu.– Kacey ergueu o queixo e olhou para fora da janela. –Hum, ele não fez nada do tipo. Ele me agradeceu, e não a você. E a única razão pela qual ele disse "obrigado" foi porque eu coloquei Benadryl no seu refrigerante para que parasse de espalhar pânico a todos. – Eu sabia que não poderia estar tão cansada! – Kacey quase gritou. Ao olhar condescendente de Jake ela trancou seus olhos na estrada na frente deles e murmurou: –Eu cresci desde a última vez que me viu. Para a sua informação, Jake. Oh ele sabia, tudo bem ele não estava disposto a admiti-lo - ou qualquer outra coisa. A garota tinha feito uma enorme evolução recentemente. –Enfim...– Kacey bufou. –Eu não tenho medo de voar mais. –Jura? –Juro. - Ela cruzou os braços sobre o coração e piscou. Kacey agarrou o assento com tanta força que seus dedos estavam dormentes. O que diabos? Por que eles estavam demorando tanto se o avião está pronto? Sua testa estava tão pressionada contra a janela, que o vidro podia quebrar. –Então, não tem mais medo de voar, hmm?– A respiração de Jake fez cócegas em seu ouvido enquanto ele empurrou o seu corpo junto ao dela. – Mentirosa. – Sua voz profunda fez vibrar algo em seu estômago. Ela se recusou a virar e olhar para o seu rosto perfeitamente esculpido. Maldito. –Como sabemos que eles estão realmente fazendo seu trabalho? Quer dizer, se a verificação do avião é tão importante, por que eles estão todos sorrindo? A mão quente de Jake segurou-lhe o queixo com força, puxando-a para longe de sua tocaia. –As pessoas estão felizes, Kacey, e um trabalhador feliz é um bom trabalhador. Talvez eles estejam realmente animados sobre o trabalho. – Ou sobre a nossa morte... – Kacey murmurou para si mesma. Sério! Seus olhos percorreram o resto dos passageiros. Todos eles lendo ou conversando. Por que eles não estavam à procura? Quero dizer, como um americano, é seu trabalho - ou melhor, o seu dever - olhar para os personagens suspeitos. Seus olhos corriam ao redor do pequeno avião, pousando finalmente em um grande homem que parecia estar falando em sua jaqueta. –Inferno Santo. –Kacey agarrou a mão de Jake. –Aquele homem está falando em sua jaqueta. Sabe o que isso significa? –Ele é louco?– Jake perguntou. –Como minha noiva falsa? Sério, Kace, se você não pode se acalmar eu vou lhe drogar de novo, e não vai ser Benadryl... –Tudo bem, – Kacey se inclinou para trás e tentou relaxar, mas no minuto em que ela fechou os olhos, ela lembrou que ainda estava segurando a mão de Jake, e ele estava segurando a dela de volta. Oh merda. Era como no 6º ano, na noite de skate, de novo. Só que pior, porque desta vez a canção não terminou. Eram quarenta e cinco minutos de viagem de avião, e ela começou a coisa toda segurando a mão dele. O que ele poderia pensar dela? O polegar de Jake esfregou em seus dedos delicadamente. Outro tremor involuntário percorreu-lhe a espinha. Não é real, Kacey. Basta lembrar que não é real. Ele realmente não gosta de você dessa maneira. Faz isso pela avó! O avião começou a taxiar e a pressão da mão de Jake aumentou, assim apertou ainda mais a mão dele. Se o homem tivesse qualquer sentimento debaixo de seu peito, ela ficaria chocada. –Kacey?– Ele sussurrou perigosamente, perto de seu rosto. –Hmm?– Ela se recusou a abrir os olhos. –Vamos curtir. –O quê!– Os olhos de Kacey se abriram para ver o sorriso zombeteiro no rosto de Jake. –Você não pode estar falando sério. –Eu estou falando sério. Da maneira que eu vejo, nós precisamos ter uma química antes de chegarmos a Portland. Além disso, se você continuar assim, eles terão que serrar meu braço por causa da perda de sangue. Então, realmente, você estará me fazendo um favor deixando meu braço no lugar. Os olhos de Kacey piscaram. – Continuará sendo bom olhar para você. –Uau, boa mudança de assunto. Obrigado, mas não era onde eu estava indo com isso. Kacey fechou os olhos novamente e amaldiçoou sua melhor amiga inteligente, que tinha avisado a ela que essas coisas aconteceriam. É claro que Jake tinha outra coisa na manga, ela só achou que não tentaria fazer isso em um avião. Não que isso soasse completamente horrível, nem nada. –Nós fizemos em LA, –– disse ainda segurando a mão dela. – Oh, seu pequeno mentiroso sujo! – Kacey riu e empurrou a mão dele. – Você fez comigo, e depois de um tempo eu participei. –Sua língua na minha garganta a cada minuto não estava participando? –Não, era um experimento. –Você percebe que explica tudo como se fosse uma desculpa, certo, Kacey? Que tal isso? Eu te desafio. Kacey bufou. –Para fazer o quê? –Finja que estamos no ensino médio. –Eu não curto. Jake riu, suas covinhas dançando em seu rosto. – Nem eu, querida. Nem eu. Seus lábios esmagaram os dela com tanta força que ela só poderia ceder e permitir que ele a empurrasse, de volta, para seu assento. Quente e com fome, com a cabeça inclinada até ela com uma necessidade inebriante. Tudo era a mesma coisa. Desde o gosto de seus lábios como a pressão de sua língua, quando tocou a sua. E então, quando ela estava se preparando para esfregar as mãos por seu cabelo, e tinha tomado a decisão de permitir que sua língua se desse ao luxo de encostar na dele, ele puxou de volta. –Veja. – Ele afagou-lhe a mão. –Você não se sente melhor agora? –Eu tive melhor.– Ela encolheu os ombros e fechou os olhos, fingindo dormir, sabendo que seria um tiro no escuro, se ele acreditasse que ela era capaz de dormir, voando em um instrumento da morte através do céu. –Eu sei que você não está dormindo. – O timbre profundo de Jake provocou um nervo dentro dela, fazendo com que arrepios surgissem em torno de seus braços. –Deixe-me sozinha, prostituto. Estou tentando esquecer o homem assustador falando com seu terno, a maneira muito alegre do verificador de pessoas, e o fato de que estou indo voluntariamente na cova dos leões com um homem que paga por strippers. Acho que mereço algum olho fechado, não é? O silêncio se seguiu, fazendo Kacey achar que tinha ganho... até que ela sentiu Jake escovar a mão sobre o braço dela. – Por que dormir quando poderíamos conversar? –Sim, –– Kacey disse forçando os olhos para ficar fechado. Eu não vou olhar em seus olhos hipnóticos. Eu não vou olhar em seus olhos hipnóticos. – Vamos falar sobre o fato de que você está me manipulando, assim como me pedindo para convencer toda a sua família que eu amo você. Como se isso fosse possível. E sério, como é que eles vão cair nessa? Você não vai para casa, sempre? Como é que eles não vão suspeitar de você simplesmente aparecer lá comigo? Jake pigarreou. – Não é verdade. Diga, você precisa de algo para beber? Água? Scotch? Hmm, mudança deliberada de assunto. Que diabos estava escondido sob a manga de Jake? –Jake?– Kacey usou sua voz doce. –O que faz você pensar que eles vão acreditar? Realmente, eu acho que mereço saber. Kacey abriu os olhos para ver Jake olhando para frente, sem movimentos, apenas olhando. Honestamente, ela perguntou se ele estava respirando, eleparecia tão tenso. A aeromoça apareceu a tempo para Jake pedir uma bebida. Ele bebeu duas doses de uísque, mas continuou olhando para frente, e o avião ainda não tinha decolado. –Jake? –Merda...– Ele olhou para o chão. –Eles não sabem... sobre nós. –O que você quer dizer?– Kacey estava realmente preocupada que ele estivesse bêbado neste momento. O que diabos ele estava falando? Jake amaldiçoou novamente. – Kace, eles não sabem que tivemos um pouco de desentendimento. Ok? –Tudo bem?– Kacey repetiu uma maldição através de sua respiração. -Então me diga, o que eles sabem? Jake exalou. –Tudo o que sei é que nós ficamos um tempo separados, mas ainda conseguimos ficar em contato ao longo dos últimos anos de escola, certo? É possível que eu já os levei a supor que ainda via você uma vez por semana. Eu os atualizava sobre a sua vida e o trabalho no café, e é basicamente isso. Kacey riu. –Mas como eles sabem disso? Quero dizer, você nem sequer sa... Jake deu a ela um olhar de culpa e mexia com as mãos. –Jake? Como eles sabem de tudo isso? Vovó Nadine sempre jurou que não iria atualizar a família sobre a vida de Kacey. Era inconcebível que ela iria quebrar essa promessa. –Eu disse a eles, certo?–Jake quase gritou. –Nossa, Kace, pare com o terceiro grau, ok? Então o quê? Eu mantive o controle sobre você. Eu sei tudo sobre você. Basta deixá-lo. Eles teriam me matado se soubessem que eu ferrei tudo com... –Sua melhor amiga, –Kacey terminou. Jake se recusou a fazer contato com os olhos dela, apenas continuou a olhar para frente. Ele não disse nada, não que isso fosse surpreendente. Ele era bom nisso. Não dizer nada, quando ela precisava dele para dizer alguma coisa - qualquer coisa para fazê-la se sentir melhor. – Este é o seu capitão, estamos prontos para a decolagem, por isso, sentem-se e relaxem, vamos pousar em Portland em uma hora. CAPITULO 4 Ele era um bastardo podre. O fotógrafo que ele havia contratado para espioná-los tinha feito alguns cliques antes de voltar. Não deveria ter sido assim tão fácil fazer que Kacey o beijasse, e agora ele se sentia como o maior bundão do planeta. Mas eles tiveram que parecer que estavam apaixonados! Tinha que parecer sério! Mãos dadas não eram o suficiente. Então ele entrou nessa para morrer. E, em seguida, abriu a boca grande e gorda novamente. Que diabos ele estava pensando? Sua história passada criou um abismo gigante entre eles, um que ele não tinha certeza se poderia resolver. O silêncio iria matá-lo. Ele precisava pensar rápido, mas as únicas palavras que pareciam vir à mente eram “Me desculpe, eu sou um idiota”.” Todos os homens deveriam morrer.”- E a verdade era que isso parecia que ele era traidor da população masculina como um todo. Além disso, Kacey teve muitas oportunidades de falar com ele também. O telefone funciona em ambos os sentidos. Então, e se ele mantivesse o controle sobre ela? Não era como se ela não tivesse mantido o controle sobre ele. Ele sorriu e deu-lhe um olhar frio. -Diga-me que você não fez exatamente a mesma coisa comigo, e eu vou deixar você voar de volta para Seattle.- Kacey balançou a cabeça e olhou para suas mãos. -O quê?- Ele cutucou. -Não responde? Ela balançou a cabeça mais uma vez e enviou-lhe um olhar fervendo. -Maldito seja, Jake Titus. Amaldiçoo o seu carro de luxo, seu apartamento, e seu cachorrinho! -Hum, Kace, se você for incluir todas as minhas posses em seu pequeno feitiço para fazer você se sentir melhor e tudo, bem, talvez você deva incluir o meu iate, três casas de verão, vinte e sete carros, e um peixinho dourado Sid.- Ele deu uma piscada presunçosa e cruzou os braços sobre o peito. -Que di... A mulher estava tentando matá-lo! Kacey beliscou a parte inferior de seu braço com tanta força que pensou que ele ia perder a visão no olho esquerdo. -Não!- Kacey torceu a carne e liberou. Sim, uma contusão desagradável iria, definivamente, aparecer em breve. -Não jogue seu dinheiro na minha cara assim. Não é educado, não é legal, e eu me lembro de você antes de você ter tudo isso!- Jake balançou a cabeça. -Kace, eu sempre tive dinheiro. O avião começou a taxiar e Kacey pegou sua mão. -Não tanto dinheiro quanto você tem agora. Admita. Eu já o conhecia quando você tinha espinhas. Ele sentiu seu rosto queimar carmesim. -Eu nunca tive espinhas. -Não minta, Jake. Também me lembro de quando você costumava sonhar em possuir uma fazenda de galinhas. -Eu tinha sete anos! -Você era adorável.- Ela sorriu estendendo a mão livre e batendo na cabeça dele, ainda mantendo a outra mão na sua. Ele não tinha certeza se ela sabia que ela estava apertando tão forte, mas era óbvio que o medo dela ainda estava ridiculamente fora de controle. -Além disso...- Sua boca deliciosa explodiu em um sorriso. -Eu fui o seu primeiro beijo. Jake fechou os olhos contra o ataque de memórias que a admissão dela criou. -Ok, sim, então eu fui o seu primeiro beijo... -Antes de todas as strippers. -Mantenha sua voz baixa, Kace. - Ele a fez calar. -Antes que você soubesse o que era beijo francês.- Ela riu. -Kacey, Kacey, o que eu faço com a minha língua?- ela zombou. -Divertido. -Ele se mexeu na cadeira e estalou o pescoço. -Era para ser engraçado?- Ela continuou zombando dele e começou a rir. CAPITULO 5 A mulher era obviamente louca e procurando por problemas. Quem joga algo assim na cara de alguém? Claro, ele não sabia o que fazer com a língua! Ele tinha doze anos! Qualquer homem ficaria perturbado, especialmente com Kacey como a parceira do beijo! Foram suas tranças. Senhor, mas ela tinha as tranças mais longas que qualquer menininha que ele tinha visto. Naturalmente, ele puxou-as sempre que a oportunidade se apresentou e, em seguida, em um ato de desespero, atirou pedras contra ela quando ela não procurou mais por ele. Obviamente com necessidade de atenção, ele foi para um beijo e ficou agradavelmente surpreso quando sua boca se abriu em um grito para ele parar, e sua língua escorregou para dentro. Ele gostava de pensar que era puramente instintivo, mas Kacey arruinou aquele pensamento no momento em que ela começou zombar dele. Como se ela pudesse apontar o dedo, a menina foi literalmente cortando toda a circulação do braço esquerdo. -Kacey, você acha que você pode fazer isso?- ele perguntou, tentando arrancar o aperto de morte longe do seu braço. Ele ainda segurava a outra mão e sabia que seria estúpido soltá-la. Principalmente, porque segurando a mão dela se sentia bem. E ele não estava mentindo sobre ela ter mãos bonitas. Ele seria um tolo por deixá-la ir. Novamente. Porra, ele precisava transar. No ritmo que estava indo eles iriam se casar até o final do fim de semana. O Jake sentimental precisava levar um soco no rosto. -Quarenta e cinco minutos, -Kacey gritava. -Apenas 45 minutos!- Risadas maníacas vieram de seus lábios. -Quero dizer, eu posso fazer qualquer coisa, por 45 minutos, certo? Certo? Aparentemente não era uma pergunta retórica. -Errr..., certo. Tenho certeza que você pode lidar com isso, Kace. -Se ele pedir uma bebida eu vou me acalmar.- Ela assentiu com a cabeça quando o avião começou a decolar. Dizendo adeus não apenas a sua sanidade, mas a todo o sangue que Kacey estava drenando de seu braço, Jake estremeceu e tentou reunir o absurdo que ela estava jorrando desta vez. -Se quem pedir uma bebida? -O cara falando dentro da jaqueta. Se ele pedir uma bebida, ele não é um terrorista, e se ele não o fizer, você tem que salvar o avião, se ele cair. -Há muitas coisas erradas com essa frase. Primeiro, como o consumo de álcool prova alguma coisa? Em segundo lugar, porque eu teria que salvar o avião? Kacey revirou os olhos, finalmente abandonando o aperto em seubraço. Graças a Deus. -Pelo o que eu vejo, ele vai querer a cabeça limpa se ele tiver que mostrar uma arma por aí.- Oh ótimo, Kacey não tinha dito apenas ‘terrorista’ em um avião, mas a palavra ‘arma’. Porcaria. Se houvesse marechais do ar no avião, ele estaria jogando-a abaixo. Sem hesitação. -E quanto a mim, tenho que salvar todos?- Jake rezou para a aeromoça se apressar com o serviço de bebidas. No ritmo que estava indo, ele estaria totalmente perdido no momento em que pousassem. Kacey deu-lhe um olhar de pura estupidez. -Você é um cara. É o que vocês fazem. -Salvar completos estranhos?- Ele acenou para a aeromoça. Sério, por que diabos ela estava levando tanto tempo? -Sim, bem, não. Quero dizer...- Kacey soltou o braço completamente. -...É o que você faz. Você conserta as coisas. -Nem todas as coisas.- A frase ficou no ar fazendo Jake se sentir mais tenso, se isso fosse possível. Depois de alguns minutos de silêncio, em que Jake contemplou se assumisse o avião ele mesmo faria Kacey falar mais uma vez, a comissária de bordo trouxe o carrinho pelo corredor. -O que vocês dois gostariam?- Ela entregou guardanapos a Jake e deu a cada um deles um pacote de pretzels. Kacey abriu a boca para falar, mas Jake colocou a mão sobre ela antes que ela tivesse uma palavra dita. -Gostaríamos de duas mini garrafas de vodka.- Kacey mordeu sua mão. -Traga quatro, obrigado.-Kacey revirou os olhos depois que ele colocou o copo de gelo na frente dela e serviu-lhe as duas garrafas. -Beba isso. -Eu não preciso de álcool. Eu estou bem! -Fala a garota que só acusou um sacerdote de ser um terrorista.- Jake apontou para o homem que ela tinha acabado de acusar. Casaco agora removido, um colarinho clerical muito visível apareceu, mostrando sua profissão. Kacey amaldiçoou. -Ei, agora!- Jake deu uma cotovelada nela. -Estamos na presença de Deus. Agora beba. -Você percebe que você usou Deus e beber na mesma frase, certo?- Kacey resmungou, jogando para trás o líquido claro. -Macacos me mordam! Que tem gosto de me... -Mel!- Jake interrompeu com uma risada e tosse. O clérigo virou- se e deu-lhes um olhar peculiar antes de voltar o olhar para sua revista. -Eu acho que não acredito mais em você. - Jake bebeu a vodka tão rápido quanto humanamente possível. -O que você quer dizer?- Kacey resmungou. -Você não pode fazer nada por 45 minutos. Já são dez e eu estou pronto para pular fora dessa coisa. -Basta estar grato que você não é realmente meu noivo.- Kacey piscou e colocou a cabeça para trás contra o assento. -Oh, acredite em mim, eu sou. - O tom de Jake era um pouco desagradável, mas era a única maneira de manter as ideias fora da cabeça dela. Ele precisava ficar tão longe de Kacey quanto possível, e a única maneira que ele poderia fazer isso era sendo um completo idiota. Pelo menos, o seu coração não estaria em perigo de se perder, pela segunda vez, e ele poderia manter o dela intacto. CAPITULO 6 -Mentiroso, -Kacey murmurou uma hora e meia mais tarde. -Desculpe-me?- Jake olhou por cima de seu laptop e a olhou. O idiota tinha gastado todo o vôo usando o Wi-Fi no avião, enviando e- mails comerciais como se estivessem saindo de moda. Enquanto isso, Kacey estava verificando cada personagem sombrio no avião e estudando o diagrama na frente dela apenas no caso de ela ter que fazer uma rota de fuga. Bem, a piada seria com Jake quando o avião caisse. Ela sabia pelo menos sete maneiras diferentes de sair do avião, bem como a maneira mais rápida para chegar a qualquer porta, enquanto ele provavelmente salvava seu laptop e todas as outras posses mundanas que possuía. Talvez ela tivesse fandasiado sobre ele demais em sua mente? Como um amigo que tinha sido legal. E sim, todos os outros beijos eram sem graça em comparação com o dele. Mas se as coisas fossem diferentes, se tivessem ficado amigos, ou até mesmo se casado, sua vida teria sido tão maravilhosa? Ou ela estaria voando com ele, observando, enquanto ele prestava mais atenção ao seu laptop do que para o fato de que ela estava tendo um grande ataque de pânico? -Quinze minutos, -murmurou para si mesma, esquecendo que ela tinha na verdade acusado Jake de mentir. -Primeiro você me acusa de mentir, e agora você está me dando uma contagem regressiva? Você está bem, Kace? -Tudo bem.- Ela cerrou os dentes ao vê-lo dar de ombros e olhar de volta para o seu computador. A tentação de esmagar o computador com suas mãos era forte, mas não iria conseguir nada além de estragar as unhas, o que ela tinha trabalhado duro para aperfeiçoar horas antes. Não que Jake notasse. -São só quinze minutos a mais, -ela cantou mais para si mesma do que para o idiota ao lado. -Além disso? Não é como se as coisas fossem ficar piores, né? Quero dizer, não é como se Travis fosse estar lá.- Kacey de repente se sentiu muito melhor. O irmão de Jake, Travis, tinha sido a ruína de sua existência. Enquanto Jake perseguiu e jogou com ela, Travis não lhe dava nenhuma atenção. Bem, isso não é inteiramente verdade. Quando ela era pequena, ele era implacável. E então ele parou de repente. Foi simplesmente como se ela não existisse. E ela não tinha certeza por que isso a incomodava tanto, mas ele sempre parecia estar irritado com ela quando ela era jovem. Kacey era a melhor amiga do seu irmãozinho. Ela poderia contar em uma mão o número de vezes que ele tinha realmente falado com ela, e toda vez que ela acabou chorando e fugindo, enquanto Travis continuava a provocá-la. Exteriormente estremecendo, Kacey conseguiu permanecer em silêncio o resto do vôo. Ele sabia que estava sendo rude, mas ele tinha negócios para terminar, e bem, Kacey precisava entender que algumas coisas eram mais importantes. Não era como se ele não se importava que ela estivesse ofegando ao lado dele, mas ele não podia simplesmente deixar tudo de lado com a intenção de atender a cada medo. Nossa, ele esteve atendendo a ela a noite toda, e ele tinha algumas coisas que precisava terminar. Porque ela parecia tão bem no que estava usando, estava levando três vezes mais tempo para terminar seus e-mails, sem contar como montar frases que faziam sentido para os seus colegas. Jake nunca tinha estado tão feliz em um avião ao pousar. Ele tirou o celular para enviar uma mensagem a sua mãe dizendo que tinha chegado. Seu telefone tocou imediatamente, olhou para baixo e sentiu o sangue drenar de seu rosto. -Merda. -O quê? O que houve? É a vovó? Oh meu Deus, Jake, eu tenho que vê-la. Ela está bem? - Kacey estava segurando o mesmo braço que ela tinha beliscado antes. Ele ia ter que fazer uma cirurgia plástica para remover as marcas dos dedos em seu braço. -Não, não é a vovó.- Querendo nada mais do que bater o telefone contra o banco ou esmagá-lo em sua mão, ele conseguiu dar um sorriso apertado. -Mamãe não pode nos pegar. Seu horário com a manicure atrasou e ela teve que correr para casa para servir o jantar, então outra pessoa vai nos levar. -Oh.- Kacey encolheu os ombros e pegou sua bolsa. Oh, Deus. Ele olhou para o céu e enviou uma oração. -Então, sim, hum, e meu pai está ajudando na mercearia e, provavelmente, vovó está dormindo, então um, Travis vem nos pegar. Kacey congelou. -Seu irmão, Travis?- As pessoas começaram a embaralhar no corredor. Talvez ele pudesse encontrar uma saída. Ou saltar do avião e quebrar alguma coisa para que ela sentisse pena dele. Ele olhou para o rosto dela, nem mesmo a sugestão de um sorriso. -Vamos lá, Kace, não é tão ruim assim. Travis é um homem crescido. Supere isso.- Oh nossa, isso foi sensível. Aparentemente Kacey também pensava assim. Suas narinas inflaram. Ela esbarrou nele, quase derrubando um homem velho de joelhos. Ótimo, talvez Kacey o processasse por agressão. -Desculpe,- Jake murmurou enquanto Kacey continuou a se mover em direçãoà saída. Felizmente não era um voo muito cheio, por isso ela foi capaz de fazer isso sem causar qualquer dano físico maior para os outros passageiros. Ele amaldiçoou e agarrou sua bagagem de mão, em seguida, a seguiu para fora. CAPITULO 7 Ela não podia acreditar! Mas que diabos? Travis teve que buscá- los? Jake não era rico o suficiente para conseguir um carro ou algo assim? Amaldiçoou sua família e sua proximidade. Sr. Titus não permitiria isso, até onde ela sabia. Tão certo quanto o dinheiro que eles tinham, eles com certeza lembravam de ‘Father Knows Best’. Rangendo os dentes, ela caminhou até a esteira de bagagens e encolheu-se quando ouviu a voz que ainda assombrava cada pesadelo. -Bem, bem, bem. Veja o que temos aqui.- A voz suave de Travis parecia retumbar em seu peito. Homem estúpido. Querido Deus, por favor, tenha misericórdia e que ele seja careca e gordo. Lentamente, ela se virou e encarou seu inimigo. Inferno. Teria sido demais pedir, pelo menos, que ele não tivesse crescido com seu nariz perfeito? -Kacey.- Ele acenou com a cabeça. -Satanás! -Seu cabelo está diferente. Kacey se encolheu. -Você cresceu com seu nariz. Jake aproximou-se e pôs-se entre eles. -Vocês podem pelo menos fingir jogar limpo? -Não, -disseram em uníssono. -Olha...- Jake olhou para o telefone. -Este é trabalho. Eu tenho que atender. Travis, você pode me deixar no escritório de Portland e em seguida, levar Kacey para casa? -Tenho certeza que mamãe vai ficar chateada se você não estiver em casa para o jantar. Não que eu esteja com medo de ficar sozinho com essa aqui.- Ele apontou para Kacey. -Mas a última vez que estivemos sozinhos no carro, ela quase me matou. -Não seja uma rainha do drama, -Kacey bufou. -Rainha do drama?- Travis levantou uma sobrancelha. -Havia um penhasco, neve, e eu tenho certeza que Benadryl estava envolvido. -Sempre está.- Jake balançou a cabeça. -De qualquer forma, ela está realmente ansiosa para vê-lo, e a vovó se recusa a tirar um cochilo até que ela ponha os olhos em você. Jake deu de ombros. -Eu não vou demorar. Agora vamos pegar nossas coisas, para que possamos ir. De repente, exausta, Kacey deixou de lutar. Ela resmungou bastardo sob sua respiração, realmente não se importando com quem se ofenderia, considerando que os dois irmãos Titus mereciam o título, e puxou sua bolsa por cima do ombro. Eles não tinham verificado nenhuma mala, então ela seguiu os homens para o carro que os esperavam. A limusine! Isso tinha mais a ver! Visões de água com gás e bancos de couro dançando em sua cabeça. Isto é, até Travis passar pela limusine e ir para o banco do motorista de uma caminhonete Ford tunada. Ela teria que se ancorar para cima, a fim de chegar até a porta. -Ei, Travis, você pode ajudar a Kacey? Eu tenho outro email que eu preciso responder muito rápido.- Sem sequer olhar em sua direção, Jake arrastou-se para a caminhonete e bateu a porta, deixando Kacey muito incomodada. -Nós somos tão apaixonados.- Kacey suspirou para si mesma enquanto Travis deu a volta na caminhonete para ajudá-la a entrar. Deus vivo, ele era ridiculamente lindo. Desde quando sua aparência superou a de seu irmão? Sem dúvida, ele era o solteiro mais cobiçado em Portland. Com seu cabelo castanho dourado encaracolado e olhos castanhos, ele parecia perigoso e taciturno. Sem mencionar a forma como o seu cabelo caia sobre a testa ou os bíceps que inchavam sua camisa. Tenho. Que. Parar. De. Olhar. -Kace?- Travis inclinou-se, sua respiração quente no pescoço dela. Que diabos ele estava fazendo? -Não se mova, Kace. Não se mova? Que tal parar de respirar? Ela não podia pensar, não podia responder conforme Travis chegava e pegou alguma coisa nas suas costas e jogou no chão. -Nada demais. Apenas uma aranha. -Era enorme!- Kacey suspirou e agarrou o que estava à sua frente, o que aconteceu de ser o bíceps de Travis. -Hmm. -Seus cílios se espalharam nas suas maçãs do rosto, suas maçãs do rosto bem esculpidas, amaldiçoadas maçãs do rosto. -Se eu soubesse que você iria reagir dessa maneira, eu teria colocado aranhas em sua cama. -Você e suas aranhas não são bem vindos na minha cama. Nunca. -Eu não estava me oferecendo, apenas oferecendo as aranhas.- Ele piscou. -Além do mais o que te faz pensar que eu acho você atraente? Eu vi você nua, duas vezes. -Eu tinha dez anos e você era um menino mau com uma gagueira!- Kacey passou por ele então percebeu que ela ainda tinha que ser levantada na caminhonete gigante. -Seria demais pedir para que você possa, pelo menos, dirigir um carro normal na cidade? -Eu não moro na cidade.- Ele ardia. Espere, caras ardem? Ela olhou novamente. Aparentemente eles ardiam. -Onde você mora? -No meu rancho.- Misericordioso Senhor acima. Isso explicava o bíceps e jeans apertados e caminhonete e... onde estava o Benadryl, quando ela precisava dele? -Então você é um rancheiro? Travis deu uma risadinha. -Claro, eu sou um rancheiro. Agora entre. - Seu toque foi rápido, muito rápido, enquanto ele a ajudava com a caminhonete. -Não se esqueça de apertar o cinto, Princesa. Eu conduzo como eu monto. Nojento. Kacey forçou seu rosto ficar pálido em vez de queimado vermelho. Ela pegou o telefone celular quado a porta da caminhonete bateu. Logo Travis estava no banco do motorista e eles estavam partindo. Jake se virou. -Então, eu sei que nós fomos mais específicos no avião, e eu acho que um beijo realmente ajudaria a definir o humor, não é?- Ele piscou. O caminhão desviou. Jake praguejou. -Dirigindo há muito tempo? -Desculpe, - Travis murmurou. -Então o que eu acho que nós precisamos fazer é ficar no mesmo quarto. Você sabe, realmente, vender a coisa toda. Ideias? Memórias da noite deles juntos vieram à tona. Ele estava realmente tentando fazer o que era melhor ou estava seduzindo-a? Ela não tinha ideia. Além disso, por que era tão importante para ele mostrar a seus pais que ele poderia estar em um relacionamento sério? Não é como se eles vivessem em uma caverna. Eles lêem os jornais. Sua mãe provavelmente iria rir na cara deles no minuto em que visse o anel. Travis limpou a garganta. -Na verdade, mamãe nunca faria isso. Ela é realmente protetora com Kacey. Você sabe disso, Jake. Ela vai ter que ficar no meu antigo quarto. Vou ficar na parte nova da casa. -Oh. -Jake deu de ombros. -Ok. Agora, lembre-se, Kacey, estamos apaixonados, nós vamos nos casar, e você tem que fazer que seja crível. Acha que pode fazer isso? Por que ele estava falando com ela como se ela fosse uma criança de cinco anos? -Sim, eu acho que posso agir como um ser humano normal na frente da sua família. Eles não vão suspeitar de nada. Jake virou-se e deu-lhe um sorriso brilhante quando ele pegou a mão dela. Ela sentiu seu beijo demorado e de repente foi repelida por sua atitude arrogante. Ela realmente se sentia como uma stripper e prostituta mal paga. CAPITULO 8 Travis não conseguia se lembrar de uma época em que ele tinha ficado tão frustrado. Nada parecia melhor do que subir na caminhonete e dar ao seu irmão mais novo um pedaço de sua mente, ou o punho. Que diabos ele estava pensando? Para beijar Kacey? Depois de tudo que esse bastardo a fez passar? O que era mais revoltante é que Kacey parecia bem com todo o calvário. Era como se ela estivesse vendendo sua alma ao diabo. Mas, em sua defesa, ela sempre olhou para Jake através de óculos cor de rosa; e que Travis com sua gagueira era o irmão mais velho pronto para arruinar o mundo, um puxão no rabo de cavalo a qualquer momento. Como é que um olhar da garota poderia colocá-lo de volta na escola quando ela escolheu seu irmão ao invés ele? Não que ela saiba de sua paixão ridícula. E sua gagueira não tinha ajudado. De tudo, isso era o pior. Ela tomou seu silêncio comoódio, quando ao invés disso ele estava com medo de abrir a boca, pois sua gagueira piora quando ele coloca pressão sobre si mesmo para falar sem problemas. Tinha sido muito mais fácil perseguir a menina e provocá-la do que dizer-lhe as palavras bonitas que Jake tantas vezes dizia. Mas isso não significa que seu coração não estava envolvido. Sufocando uma maldição, ele direcionou para o centro. Felizmente, o escritório estava apenas alguns minutos da casa de seus pais. O alto arranha-céu brilhava através da chuva monótona, o nome da expansão de ‘Titus Enterprises’ retumbando acima da paisagem urbana. Lutando contra a carranca para a representação óbvia de dinheiro do edifício, ele balançou a cabeça ligeiramente. Ele não queria uma parte no negócio da família. Não, esse trabalho tinha ido para seu irmão mais novo, e ele podia ficar com ele. Travis tinha usado o fundo fiduciário em seu nome para abrir sua própria fazenda e cavalos de raça. Ele também funciona como um bed and breakfast (pousada). Belos vinte hectares com vista para o rio Columbia. Ele estava vivendo, ao passo que estar na cidade era sufocante. Ele puxou a camisa. Travis dirigiu a caminhonete para uma parada e Jake saiu. -Eu vou ligar para um carro quando eu terminar. Não deve ser mais do que uma hora. Até mais, e Kacey, não tente matar Travis enquanto eu estiver fora, ok? -Não posso fazer promessas!- Kacey acenou para ele e virou os olhos cheios de ódio em direção a Travis. -Então, você tem planos imediatos de me matar e enterrar o corpo? -Sob uma árvore, eu acho.- Travis colocou a caminhonete em marcha e se moveu no tráfego. -Ou talvez sob o balanço. Eles nunca procurariam por você lá. -Ha, ha, você é hilário. -Eu gostaria de pensar que sim. Agora o que é isso que eu ouvi sobre Jake beijar você? Quer dizer, eu sei que não é da minha conta, mas você não deveria estar mantendo isto estritamente profissional? Afinal de contas, ele está pagando você... -...como uma de suas prostitutas, eu sei, -Kacey terminou. -Mas, tecnicamente ele não está me pagando. Quero dizer, ele está pagando meus empréstimos escolares. Além disso, eu estou fazendo isso pela vovó. E de alguma forma eu descobri que dentro do meu peito bate um coração muito grande. Eu meio que devo ao Jake. Ou pelo menos ele me fez sentir como se eu devesse. -Eu não ia dizer que era uma prostituta.- Travis tossiu. -Então ele realmente tem prostitutas como namoradas?- Travis sacudiu a cabeça em desaprovação. -Talvez devêssemos deixar este pequeno petisco fora deste fim de semana. Pela saúde da minha avó e tudo. -Concordo.- Kacey bufou. -Ela teria um ataque se ela soubesse o quão egoísta nosso pequeno jovem Jake ficou. Mas eu o amo de qualquer maneira.- Kacey suspirou. -Aparentemente, caso contrário você não estaria aqui. Mas, novamente... as coisas nem sempre são o que parecem, elas são, Kace?- Travis limpou a garganta. -Só dirige a caminhonete, Travis. Estou com fome e meu estômago está dando nós por causa daquela viagem de avião estúpida. Travis colocou a piccape em marcha. -Ainda tem medo de voar? -Eu pensei que tivesse superado, mas então eu acusei um sacerdote de ser um terrorista. Travis riu. -Em voz alta? Maldita mulher, talvez você deva pegar o trem de volta. Os olhos de Kacey se iluminaram. -Plano brilhante, mas leva três horas. -Eles têm um bar. -Onde você compra ingressos? Travis riu quando ele entrou no tráfego. -Eu vou cuidar disso, certo? Só para de dizer terrorista em aviões pela sua própria sanidade e segurança, menina. -Eu não sou uma menina, - Kacey estalou. O caminhão parou no sinal vermelho. Travis virou-se para olhar para Kacey, cada pedaço de mulher que ela era. Dos seus lábios carnudos para o seu pequeno corpo apertado. -Sim, eu sei Kace. Eu teria que estar morto para não notar.- O corpo dele explodia para a vida quanto mais olhava para ela. Bem, isso foi desconfortável. -Uau, um elogio do menino que costumava fazer xixi nas calças quando via palhaços. Estou tocada, realmente.- Kacey agitou seus cílios e inclinou a cabeça. -Foi só uma v-vez!- O sinal ficou verde e Travis apertou o acelerador com ferocidade. -E o palhaço sabia o meu nome, Kace. Vamos lá, qualquer menino ficaria um pouco assustado. Obrigado por isso, aliás. -O que quer dizer, Travis? -Você disse ao palhaço o meu nome. Admita. Admita ou eu vou deixar você na pista de patinação no gelo. -Você não faria isso! -Eu faria, e vou. Diga quantas mortes acidentais há em um ano na patinação no gelo? -Você é um diabo! Travis sorriu. -Então o que você disse. -Tudo bem, eu disse ao palhaço o seu nome, mas só depois que você me desarmou. -Ah, a vitória no fim.- Travis suspirou, roubando uma olhada no espelho retrovisor para ver a carranca de Kacey e cruzar os braços. - Kace, nós não podemos, pelo menos, tentar nos dar bem enquanto você está aqui? Afinal de contas, de acordo com toda a minha família, você está prestes ser a nova nora. Eu odiaria dar a impressão de que eu vou matar você em seu sono. Kacey gemeu. -Você está certo. E não se atreva a se vangloriar! Isto é para a vovó, certo? Estou fazendo isso para a vovó.- Ela cantou vovó cinco vezes antes de parar. -Trav? Foi a primeira vez que ela realmente disse que o seu nome em vez de um palavrão ou seu apelido favorito do diabo. -Sim, Kace? -Será que ela vai ficar bem? -Quem? Vovó?- Ele riu quando entrou na grande propriedade também conhecido como Titus Abbey. -Kace, acho que a vovó poderia sair de um holocausto nuclear e continuar bem. Não se preocupe muito, certo? Além disso, vejo que você vai fazer toda diferença. Ela está ficando toda sentimental na velhice. -Mas...- Kacey suspirou. Travis encostou na calçada, desligou o carro, e se virou para ver Kacey mastigando suas unhas. -Mas o quê?- Ele perguntou. Com unhas ainda em sua boca, ela respondeu: -E se ela descobrir? Quer dizer, eu duvido que Jake contasse a vovó que isso não é real. Então, ela vai pensar que estamos juntos, e... Travis engoliu o nó crescendo em sua garganta. Naturalmente, isso tinha sido uma das suas primeiras preocupações também. Se a vovó descobrisse... bem, Travis de bom grado apontaria para Jake e sacudiria a cabeça, jogando-o sob o ônibus. Mas o ponto era que a sua avó adorava Kacey. Se ela soubesse que eles estavam enganando-a e fazendo com que se sentisse melhor e fazendo-a acreditar que Jake era mais responsável do que o crédito que ela lhe deu... Então, bem, ele não tinha certeza de que seria uma vista bonita. Afinal de contas, a avó tinha uma vez feito uma temporada na CIA, embora ele fosse o único membro da família que tinha realmente arrancado a informação do velho morcego. -Ela não vai descobrir, -Travis confirmou. Porque se ela descobrisse, eu odiaria ser meu irmão. CAPITULO 9 Kacey pulou para fora da caminhonete e olhou para a casa gigante. Era exatamente como ela se lembrava. A casa em estilo colonial se posicionava muito elegantemente em alguns hectares com vista para o rio Columbia. Nada tinha mudado, além da pintura, que parecia mais fresca do que ela se lembrava. Um azul escuro delineando as janelas, e um branco imaculado brilhando na maior parte da casa. No anexo, uma garagem para sete carros, casa com piscina, e um teatro que era maior do que todo o apartamento de Kacey. -Pronta?- perguntou Travis, aproximando-se do lado dela. Respirando fundo, ela olhou para a casa mais uma vez antes de concordar. -Pronta para a guerra. -Mantenha sua arma em suas calças, -Travis murmurou, levando Kacey ao riso assim que a porta se abriu. -Enquanto eu viver e respirar! Kacey! Oh doce garota, você tira meu fôlego!- Wescott Titus envolveu-a em seus braços gigantes e beijou- a na testa. Em seu imponete um metro e noventa centímetros,era como ser envolvida em um abraço ao invés de receber um. -Kacey? É a Kacey?- Uma voz feminina gritou por trás de Wescott. -Olá, Sra. Titus!- Kacey foi atingida por um abraço da senhora, mas foi repreendida. -Agora, você sabe que eu lhe disse para me chamar de Bets! Bets era o apelido da mãe de Jake. Quando Kacey era jovem tinha tido um momento difícil ao pronunciar Betsey, por algum motivo, então ela a chamou de Bets. Mas na idade madura de vinte e dois anos, ela não tinha certeza se isso ainda era permitido. Com um sorriso caloroso, Kacey abraçou Bets. -Eu senti sua falta. E ela tinha. Desesperadamente. A mão quente de Bets fechou na de Kacey. Ela levou-a para o sofá e começou a conversar sobre Jake. -Nós sabíamos que vocês dois acabariam juntos um dia! Eu não disse a você, Wescott?- Ela riu e estendeu a mão para seu chá gelado, suas longas unhas vermelhas batendo contra o vidro frio. -Agora, querida, nós sabemos que você e Jake estão tentando ter privacidade sobre as coisas, mas... bem, nós adoraríamos se vocês se casassem aqui! Kacey sentiu pânico apertar o peito. -Nós adoraríamos!- Ela olhou para Travis por ajuda, mas seus olhos tinham assumido a tonalidade escura que disse que ia matar quem soprasse em sua direção. -Mas, você vê, a coisa é... Não temos certeza de que vamos nos casar na cidade. Nós trabalhamos tão duro, e nós pensamos em talvez apenas ir para Las Vegas ou algo assim. -Vegas? - perguntaram ambos os pais. Eles balançaram a cabeça em uníssono e riram. -Oh, querida, eu esqueci o seu senso de humor! Por que a pressa? Por que casar em Vegas, a menos que...- Bets olhou para Kacey, os olhos piscando. Oh Deus. Ah, não, ela estava pensando... -Você está grávida!-, Ela gritou, quase deixando cair o chá no chão! -Oh meu Deus! Oh meu Deus. Oh, a vovó vai ficar tão feliz! -Eu não estou... - Kacey argumentou. -Ela não vai contar para ninguém ainda, -Travis interrompeu com um sorriso diabólico. -Você sabe, a mídia e tudo mais. -Oh, oh, oh!- Bets correu ao redor da sala até que ela finalmente parou em frente a algumas prateleiras. -Oh, querida, você não se lembra de quando você e Jake costumavam brincar de casinha? E Travis...- Bets olhou para Travis e apontou. -...você não brincava com eles? Porque eles precisavam de uma pessoa extra para substituir o... -Cão.- Kacey sorriu para Travis e abafou uma risadinha. -Ele era o nosso cão quando brincávamos de casinha. -Oh, como é bom.- Bets piscou para Travis e voltou a cavar o album. -Eu tenho certeza que eu tenho algumas fotos que podemos usar para o casamento. Kacey, ainda tentando ter controle sobre seu pânico, engoliu antes de perguntar: -Porque precisamos de fotos? -Você sabe.- Bets acenou com a mão no ar. -Para a montagem de vídeo! Você tem que ter uma montagem de vídeo! Eles são desejosos. Você sabe, fotos de bebê, fotos de formatura, esse tipo de coisa. Os hóspedes adoram! -Mas e Vegas?- Kacey perguntou em voz esperançosa. -Elegância. -Bets balançou a cabeça vigorosamente. -Nós vamos pagar pela coisa toda. E você vai se casar aqui, em Titus Abbey. -Bem…- Kacey murmurou então olhou na direção de Travis. Ele se foi. Ela inclinou-se sobre o sofá e percebeu-o na cozinha abrindo uma cerveja. Oh, néctar dos deuses! Logo quando ela precisava de algo mais forte, a família de Jake pensava que ela estava grávida. Oh Deus. Ela vai ter que ser uma bebedora enrustida. Ela teria que se deslocar até a cozinha só para conseguir alguma tequila para adormecer a culpa e a dor. Seus pais iriam matá-la, e eles iriam odiá-la para sempre. O que significava que ela realmente tinha que se casar com ele e, em seguida, fechar os olhos à sua incapacidade de manter seu pau dentro das calças. E então ela começaria a acumular e comprar gatos, a fim de preencher o vazio em sua vida. O consumo iria piorar. Jake iria odiá-la, e em uma última e desesperada tentativa de recuperar sua juventude, ela morreria na mesa tentando fazer uma cirurgia plástica. Isso. Não. Podia. Acontecer! -Eu, uh, eu vou ver o que Travis está tramando!- Kacey fugiu de sua cadeira e correu para a cozinha. CAPITULO 10 Travis assistiu com diversão como Kacey continuou a trocar ideias sobre a família, como se ela nunca tivesse saído. Seu próprio pai, o traidor que era, apenas sorriu e acariciou-lhe a mão de forma contínua, como se ela fosse algum tipo de cachorro. A mãe era ainda pior. Em um determinado momento, ele estava convencido de que ia dar uma festa real, em honra ao retorno de Kacey. Em um acesso de pura alegria, sua mãe tinha ido para os albuns e tirou todas as fotos só de sua infância juntos e colocou tudo sobre a mesa. É claro que Jake estava em todas as fotos. E, naturalmente, Travis estava no fundo de mau humor. Maldito irmão. Sempre tomando o centro das atenções. Kacey tinha sido sua e nunca de Travis. Com um grunhido que foi, infelizmente, em voz alta, Travis entrou na cozinha e pegou uma cerveja gelada na geladeira. Seus pais, antecipando sua chegada, tinham abastecido a casa com lanches - e álcool suficiente para serem perdidos em um ano. O que na verdade parecia uma grande ideia, afinal. Ele foi preso em casa esquecido por Deus até que toda a aventura acabou. E com a forma como as coisas pareciam, Jake não estaria saindo muito, não com tudo o que estava acontecendo no trabalho. Travis, sendo o responsável que era, tinha dado uma mão no rancho dando um bônus para contratar alguns estudantes do ensino médio como extras ao longo do verão, dando-lhe mais tempo com seus pais e sua avó - que, neste exato instante, pareciam no auge da saúde. -Vovó? Você deveria estar fora da cama?- Travis olhou para sua pequena avó. A cor voltou ao seu rosto, e ela parecia pronta para ir jogar golfe. De acordo com o médico, ela deveria pegar mais leve. Depois de tudo, um mini-AVC ainda era um acidente vascular cerebral. -Onde ela está? Onde está a minha doce menina?- Vovó Nadine bateu palmas na frente dela e suspirou. Batom vermelho manchando seus lábios e uma quantidade ímpia de sombra foi muito bem escovada em suas pálpebras. Vovó sempre foi linda, e aos oitenta e cinco anos, ela ainda estava arrasando corações. A mais recente conquista aconteceu de ser o seu vizinho, o Sr. Casbon. O pobre homem caminhava com seu cachorro por sua propriedade, pelo menos, três vezes por dia. Travis costumava se preocupar se o homem iria ficar superaquecido e ter um acidente vascular cerebral na garagem, mas ele foi implacável e nunca mais parou sua peregrinação para acenar para a avó. -Travis! Eu vou matar você! Me dá isso!- Kacey invadiu a cozinha e pegou a cerveja da mão dele, derramando a garrafa inteira antes de bater em cima do balcão e acidentalmente deixar escapar um sonoro arroto. Ela bateu as mãos sobre a boca, e seu rosto ficou vermelho. Naquele momento, Travis caiu um pouco mais de amor por ela, se isso era mesmo possível. Vovó Nadine soltou uma gargalhada. -Oh minha querida menina, ainda arrotando cerveja na cozinha, longe dos olhos vigilantes dos pais desse aqui, né?- Vovó estendeu a mão para Kacey e puxou-a para um abraço apertado. -Discrição é a palavra. Eu acho que uma margarita é exatamente o que esta aqui precisa, Travis. Agora, por que vocês dois não se dão bem e tomam algumas bebidas na varanda. Eu cuido das coisas aqui. Você deixa os dois comigo. -Vovó ajeitou a jaqueta apertada e desfilou para a sala. Kacey estava boquiaberta atrás dela. -Eu juro que ela poderia ter sido a primeira mulher presidente. Travis não achou que era o momento mais adequado para deixar Kacey saber do segredo de família que a avó tinha, na verdade, desfrutado de um caso com um dos presidentes. Em vez disso, ele grunhiu e pegou a tequila da despensa. -Pegue alguns copos com gelo e eu vou pegar a mistura. Isso deveser suficiente para que você fique bem e bêbada antes que mamãe comece a planejar seu casamento.- Travis piscou e ignorou a dor no peito quando pensou em Kacey em um vestido de noiva, em pé em frente ao seu irmão. O bastardo não a merecia. Ele namorou strippers, pelo amor de Deus! Strippers de verdade! Ele pagou por sexo. Ele viveu a vida de um verdadeiro solteirão. Ele nem sabia como lavar roupa! Ele seria a morte de Kacey. Travis sabia que seu irmão era sorrateiro o suficiente para manipular o seu caminho na vida de Kacey. O mais provável é que ele estava fazedo essa linha pela avó, e dizer que poderia se divorciar quando ela chutasse o balde. E, em seguida, Travis teria que se sentir culpado cada vez que a avó acordasse com um sorriso no rosto. Ah, ele adoraria que a avó vivesse mais um dia, mas significava mais um dia que Kacey e Jake iriam gastar no sagrado matrimônio. Seus lábios pressionados contra os dele. As mãos de Jake correndo ao longo dos quadris de Kacey... -Travis? Travis? Olá, alguém em casa? Vamos beber margaritas na casa da árvore ou você vai ficar aí com a boca aberta o dia todo? -Casa da árvore, -ele resmungou e saiu da cozinha para o quintal. A casa da árvore ficava na beira da propriedade, longe o suficiente para que seus pais não fossem capazes de vê-los através das pequenas janelas. Ele puxou a escada e equilibrou a tequila e misturou em seu braço esquerdo quando ele se arrastou para cima. Travis colocou o material de bebida dentro da porta na casa da árvore, e ainda segurando o degrau mais alto, virou-se para pegar os copos com Kacey abaixo. Seus olhos estavam grudados em sua bunda. Ele teria ficado lisonjeado se ela engasgasse ou suspirasse ou feito qualquer coisa, exceto gritar. -Droga! Droga! Droga! -Kace, o que diabos está errado com você? -Aranha G-g-gigante! Na sua bunda! -TIRA, -ele gritou em uma voz não tão masculina. Kacey se afastou dele, lentamente, descendo a escada para o degrau mais baixo. -Eu não posso! Você sabe que eu tenho medo de aranhas! E se ela pular em mim! -Melhor pular em você do que levar um pedaço da minha bunda! Agora, assusta a aranha! -Se eu assustá-la, ela vai comer você, e eu não posso ter isso na minha consciência.- Os olhos de Kacey se ampliaram novamente. -Oh Deus, ela está se movendo! É tão nojenta! Você não pode simplesmente, tipo, flexionar a bunda ou algo assim? -Porque, sim.- Travis cerrou os dentes. -Por que eu não flexiono os músculos do bumbum, na esperança de que ele vai chocar a aranha o suficiente para rastejar de volta para o buraco do inferno de onde veio. -Você não tem que ser mau!- Kacey argumentou. -Ok, um. Eu vou pegar um pedaço de pau. Você acha que vai funcionar? Será que ele acha que uma vara em sua bunda iria funcionar? Bem, tanto para impressioná-la. -Só a mate!- Seus músculos apertados como ele se mantivesse posicionado na escada. -Encontrei um!- Kacey anunciou. -Ok, agora não se mova. Eu só vou bater contra seus jeans. Travis riu. Ele não podia evitar. Foi um daqueles momentos em que ele desejava que ele tivesse pegado a câmera, para que outros pudessem desfrutar do ridículo. E então... dor lancinante. Ele amaldiçoou alto, caindo em poucas palavras inadequadas que fariam sua mãe bater nele. Que tipo de vara que ela pegou? -Eu consegui! Eu consegui!- Kacey gritou. Travis se virou e olhou. -Eu matei a aranha! -Você quase matou o homem também! O que você usou? Um taco de baseball? Kacey corou. -Foi tudo o que eu pude encontrar.- Ela levantou um bastão de madeira em suas mãos como se fosse sacrificar no altar diante dele. Depois de mais algumas maldições, Travis silenciosamente estendeu a mão para a tequila, abriu a garrafa e tomou dois goles. -Eu vou ter uma marca gigante na minha bunda por meses. -Mas eu matei a minha primeira aranha em um ano, de modo que deve pelo menos fazer valer a pena, certo?- O sorriso de Kacey era lindo. Dentes brancos espreitando de seus lábios rosados. -Tudo bem. Bom trabalho, Kacey. Vamos fazer um brinde à sua vitória. Você é uma caçadora. -Obrigado, meu bom senhor. -Kacey fez uma pequena reverência e seguiu para a casa da árvore. Era uma absoluta tortura observar os lábios dela perto da garrafa de tequila. Felizmente, eles trouxeram copos reais para fazer as bebidas no gelo. Se ela ia beber da garrafa a cada vez, ele iria perder a sua sanidade mental, não que ele já não estivesse perigosamente perto, o que parecia sem sentido tudo dentro de uma hora trazê-la para dentro da casa. -Então...- Ele precisava mudar de assunto ou ele ia fazer um completo idiota de si mesmo. -Jake? Casando aqui? Acha que ele vai mudar? Kacey gemeu e colocou a garrafa no chão de madeira da casa da árvore. -O que vamos fazer? Seus pais não sabem. Eles acham que nossas fantasias de infância viraram realidade! Travis sacudiu a cabeça. -Hum, não, acho que sejam as suas fantasias de infância se tornando realidade. As minhas, no entanto, não tinham nada a ver com brincar de cão enquanto assistia vocês se beijarem e fazerem se... -Que raio de brincadeira de casinha você está se referindo, Trav? Nós não pretendemos ter qualquer tipo de...- Ela acenou para o ar. -... relações e, francamente, eu estou um pouco preocupada com sua infância, se aqueles eram os pensamentos passando por sua cabeça enquanto fazia o cão. -Em minha defesa, eu realmente não tinha mais nada a fazer senão assistir.- Oh Deus, fez soar muito pior, como se ele estivesse sonhando ou algo assim. Kacey inclinou-se para perto. -Você já está bêbado? -Não, apenas espancado. Obrigado, por sinal, pela bela contusão. Eu sempre me perguntei como seria estar no extremo oposto do seu desprezo. -Isso não é verdade.- Kacey ergueu a garrafa aos lábios novamente e tomou um gole impressionante antes de derramar tequila nos copos gelados. -O que é que isso quer dizer?- Travis despejou o misturador e esperou. -Eu torturei você tanto quanto você me torturou no colégio. Admita.- Ela sorriu. Ela sabia? Impossível. Não tinha nenhuma ideia de que ela sabia que ele tinha uma queda por ela. Ele tentou jogar com calma. -Eu não acho que eu sei o que você está falando. Eu bloqueei pelo menos metade do ensino médio. De acordo com você, eu era um eunuco. Você pode entender o meu raciocínio. -Por favor.- Ela revirou os olhos. -Toda vez que as líderes de torcida faziam uma manifestação de vitalidade e precisava de voluntários, eu pagava para elas escolherem você. -Você mente!- Ele fechou os olhos para não fazer algo que ia se arrepender, como tentar estrangulá-la e beijá-la sem sentido em seu lugar. -Não.- Ela sorriu e piscou. -Pensou que era sorte do sorteio, hein? Foi a vez de Travis rir. -Não, eu apenas pensei que Jake me odiava tanto. Ele sempre tinha aquelas animadoras nos bolsos. - Entre outras coisas. Cheerleaders, strippers? Verdadeiramente ele subiu no mundo. Bastardo. -O que você vai dizer a mamãe? Ela vai querer saber o que está acontecendo com vocês dois quando Jake ficar aqui. -O que você quer dizer?- Uma voz masculina irritante interrompeu a conversa em privado e, em seguida, a cabeça de Jake entrou através do fundo do chão quando ele se levantou na casa da árvore. -Doçura! Eu esqueci que isso era aqui fora.- Provavelmente exatamete como ele se esqueceu de que Kacey estava aqui. Idiota. -Ei, Jake, tudo bem no trabalho?- Kacey estendeu a mão e Jake tomou. Imediatamente Travis queria cortar a mão de seu irmão. Quando ele tinha se transformado em tal louco furioso? E então Jake piscou para ele, e a raiva voltou com força total. Ah, sim, é assim, porque seu irmão era um bundão egoísta que merecia ter a porcaria surrada para fora dele. E de repente, Travis foi levado de volta ao tempo em que Jake e ele brigaram por Kacey e fizeram essa aposta estúpida. Eles eram apenas crianças pequenas,mas a natureza competitiva queimou nas veias de Travis, enquanto observava Jake chegar e tocar a mão de Kacey. Travis precisava lembrar que a mão não era sua para tocar. Ela nunca foi. Ele engoliu outro gole da margarita e desviou o olhar. Kacey assistiu a troca tensa entre os irmãos. Era como estar em um desses programas de TV melodramáticos distorcidos ou algo assim. Um minuto ela e Travis estavam rindo, e no outro ele parecia pronto para queimar um furo no rosto de seu irmão. Tequila faz coisas estranhas com as pessoas. Jake ergueu a garrafa aos lábios e sorriu. -Então, Kace, como vão as coisas com os pais?- Seu sorriso era devastador, perfeito, e ridículo. Por que ele não vai para Hollywood e acaba logo com isso? -Ótimo!- Ela mentiu. -Embora, eles tenham falado sobre o nosso casamento que está próximo e é possível que eu tenha dito a eles que estava pensando em Vegas, então as coisas ficaram um pouco confusas. Resumindo, só temos que convencer seus pais para não fazer o casamento no próximo fim de semana, e que será um bom caminho. Kacey assentiu com a cabeça entusiasticamente tentando fazer Jake não entrar em pânico - o que ele não fez. Ele provavelmente nem sequer ouvir uma palavra do que eu disse. Ele estava, na verdade, eviando mensagens de texto, enquanto eu fazia aquele discurso. Apenas para testar sua teoria, Kacey acrescentou: -Oh, e eles pensam que eu estou grávida. -Essa é uma grande notícia, Kace, - disse ele, seus olhos nunca deixando o seu telefone. -E, -ela acrescentou. -Quando Travis brincava de casinha com a gente quando tínhamos doze anos, ele fingia que estávamos fazendo sexo. Isso chamou sua atenção. A cabeça de Jake levantou. -Cara, isso é nojento, por que você faria isso? O que há de errado com você? -Eu não fiz nada do tipo... a honra de eunuco. -Travis bufou, e, em seguida, o homem atravessou seu coração e piscou para Kacey. Se Jake era devastador, então Travis era entorpecente. De agora em diante, os homens não devem ser autorizados a sorrir, nunca. Não era justo para a população feminina, ou para os níveis de oxigênio, naquela maldita casa na árvore. -Então, querida...- Jake brincou com um pedaço de seu cabelo, mexendo entre os dedos. -Tem esse negócio amanhã, você provavelmente não quer ir, mas... Travis sacudiu a cabeça na direção de Kacey, avisando alguma coisa. -O que é?- Perguntou Kacey. -É uma espécie de reunião dos nossos quatro anos de ensino médio amanhã à noite. Lembre-se de como a classe sênior decidiu fazer encontros todos os anos em vez de a cada cinco anos? No ano passado, foi uma explosão. Se é possível para o coração de uma pessoa parar de medo e pavor, ela era um caso perdido. De repente, ela sentiu como se não pudesse respirar, como se o ar estivesse sendo sugado para fora daquela minúscula casa da árvore em velocidade rapidamete crescente. Ela sempre ignorou essas atualizações estúpidas da classe no Facebook, querendo ter absolutamente nada a ver com essas pessoas loucas. -Então você vai?- Jake soltou o cabelo dela e lançou aquele olhar. Aquele que fez muitas mulheres perderem a virgindade, sem dúvida. -Eu, uh... -Por favor, Kace.- Ele se aproximou e levantou as mãos dela na dele. -Vai ser como nos velhos tempos. Eu prometo. Velhos tempos? Velhos tempos? Obviamente ele era ignorante sobre como era horrível ir para a mesma escola que ele. Como sua melhor amiga, às vezes era incrível, mas na maioria das vezes era como vestir uma blusa que dizia: -Não sou namorada dele, então, por favor, todas as meninas me odeiem, me desprezem, agradeço por isso. A maioria das garotas eram tão invejosas da sua situação que elas começaram rumores maldosos sobre ela, que quase teve que se transferir de escola. Ficou pior quando eles finalmente saíram. De ameaça de morte para pior. Travis, o próprio Satanás, havia sido brando, comparado com esses rumores e ameaças. -Por favor?- Jake perguntou novamente. -É apenas um lanche na água. Por favor? Que diabos. As pessoas crescem, certo? Eles não são tão imaturos para ainda guardar rancor ou causar rumores na idade madura de vinte e dois anos, certo? Isso seria ridículo! -Tudo bem. -Kacey revirou os olhos quando Jake a puxou para um abraço apertado e beijou sua bochecha. -Bom, e não se preocupe, querida. Discrição é a palavra. Eles não sabem nada sobre o nosso pequeno acordo. A maneira como ele disse a fazia se sentir suja e com grande necessidade de um chuveiro. -Crianças!- Bets chamou da escada. -Hora do jantar! Lavem-se! Eles gemeram em uníssono, e de repente, ela teve uma estranha sensação de Déjà vu, como se ela estivesse de volta na escola jantando na casa de Jake. Travis sempre saía com eles, mas ficava em silêncio a maior parte do tempo, pensando em novas maneiras de torturá-la. Mas hoje, as coisas tinham mudado. Jake foi o ridículo que ela rezou que caísse fora da casa da árvore, e Travis, bem... Ela olhou em seus olhos novamente. Eles estavam quentes, tipo, com uma pitada de algo mais, mas Kacey não era estúpida o suficiente para pensar que era desejo. Ela não tinha bebido muita tequila. Ela sacudiu isso e pegou a mão de Travis quando ele a ajudou a descer. Jake já havia corrido para dentro da casa, deixando-os para trás. Algum dia ele iria fazer uma mulher muito, muito esposa troféu feliz, isto é, se ela não se importasse de ser ignorada e comparada com o que ele pensava de sua própria beleza, diariamente. -Kace, você não tem que ir.- Travis passou o braço em torno do ombro e caminhou ao lado dela lentamente. -Além disso, não é assim tão importante. Quero dizer, eu ainda não fui a qualquer das minhas reuniões. Ela riu. -O quê? Você tem medo de enfrentar as líderes de torcida de novo? Ele jogou a cabeça para trás e riu. -Sim, 23 anos de idade e as líderes de torcida ainda me assustam. Toda essa energia, toda essa alegria, não é normal. Kacey olhou de volta para a casa, memórias deles brincando no quintal antes do jantar bombardearam todos os sentidos. -Está tudo bem, Travis. Quero dizer, qual é o pior que pode acontecer? No mais, vai ser um punhado de pessoas, e nenhuma delas sequer se lembra de mim. Travis olhou para ela por um longo tempo antes de voltar sua atenção de volta para a casa. -Se você acha. -Eu acho.- Kacey enganchou seu braço dentro dos dele -Agora vamos enfrentar os pais de novo. -Sim, e não se esqueça de comer algo antes de beijar minha mãe na bochecha. Não quero que ela pense que você está grávida e bebendo. -Ugh! Travis sorriu e estendeu a mão para a porta de vidro deslizante. -Apressem-se!- Bets bateu palmas. -Eu continuo dizendo para a avó se apressar, mas ela está do outro lado da rua ainda! Imagine isso. -Do outro lado da rua?- Kacey sussurrou, então somente Travis pode ouvir. -Sim, a vovó tem uma... aventura.- Ele fez aspas no ar com os dedos e revirou os olhos. Kacey não podia imaginar como vovó e aventura poderia ser usada na mesma frase. Quem tem aventuras aos oitenta e cinco anos? – Com quem ela está... tendo esta aventura? Travis estremeceu e murmurou, -Você não quer saber, -antes de desaparecer no banheiro. CAPITULO 11 Jake não podia ajudar, mas não podia deixar de sentir suspeita quando seu olhar passou de Travis para Kacey e vice-versa. Naturalmente, ele não era o tipo de suspeitas ou ciúmes, pelo menos não normalmente. Mas sentia-se um pouco na borda. E não tinha nada a ver com o fato de que Kacey estava usando essa roupa de lycra apertada, ele estava encontrando dificuldade para andar e falar ao mesmo tempo. Travis, seu irmão estava estúpido. Travis de todas as pessoas! Ele estava olhando para Kacey como se estivesse atraído por ela - o que era ridículo, porque, bem, ele sempre a desprezou, e ela, a ele. Jake não conseguia se quer contar nos dedos as formasque ele tinha provado isso. Só que, ele conhecia Travis. Pelo menos ele gostaria de pensar que ele era inteligente o suficiente para conhecer a sua própria carne e sangue. Mas pela aparência das coisas, bem, parecia que Travis estava olhando para Kacey, como... como um homem. Inferno. Ele estava perdendo sua mente maldita. Todo mundo sabia que ele a odiava com paixão. Ele tinha sido nada além de cruel com ela desde que se conheceram na escola primária. Se existia alguma coisa, Jake sempre precisava protegê-la de seu irmão mais do que ele tinha protegido das outras crianças na escola. Quem a tinha levado para a casa quando Travis a empurrou e ela arranhou o joelho? Hum, Jake. Quem lhe convidou para o baile, quando qualquer outro cara teria sido colocado na lista negra, se eles tivessem no máximo colocado os pés perto dela, por pedido das mulheres na escola? Mais uma vez, o mais novo dos dois irmãos. E quem, no meio do ginásio, quando coroado rei do baile, no seu último ano tinha ficado de joelhos e pedido Kacey em namoro? Jake odiava se vangloriar, mas sim, tinha sido ele, enquanto Travis tinha apenas ficado lá como um idiota. Com certeza, ele estava na faculdade e só visitando para o fim de semana. Mas ainda assim. Era sempre Jake. Sempre tinha sido Jake. Assim, o pensamento de Travis está atualmente olhando para ela como... bem, como caras olham para meninas, foi realmente muito alarmante. Afinal, o rumor na escola era que Travis era gay ou algo assim, não que Jake já lhe perguntara. Ele não queria embarcar em uma conversa tão desconfortável e tudo isso. Jake empurrou o pensamento de sua mente. Honestamente, eu estou apenas muito cansado. Ele estava trabalhando sem parar para assegurar que tudo estivesse em ordem no trabalho, e para piorar as coisas, Samantha, sua namorada, não namorada, havia declarado que ela estava indo para os jornais relatar o pouco engajamento como um trapaçeiro. Naturalmente, ele ameaçou processá-la. O que ela achou extremamente quente. É desnecessário dizer que ele tinha levado-a para o fim de semana também. Não é como se Kacey estivesse realmente sendo tão realista neste papel, não que Jake iria deixá-la. Depois de tudo que havia acontecido entre eles, era seguro dizer que eles precisavam ficar amigos, para que ele não arruinase a vida de ambos no segundo tempo. -Jake? - Papai pegou as batatas uma vez que todos estavam sentados. -Como está o escritório? Tudo está indo bem? Não, ele queria gritar. Tudo não estava indo bem desde que papai tinha se aposentado, mas era imperativo que Jake parecesse ter controle. Ele deu de ombros e respondeu: - Sem problemas. Vovó optou por fazer uma entrada triunfal, com batom manchado em seu rosto, e ele não pôde deixar de sentir um tipo de perfume de homem saindo dela em ondas. Sempre bom receber a cena da vovó, enquanto simula seu próprio noivado. -O que é isso sobre a empresa? - Vovó poderia destruir um homem com um olhar severo. -Nada, - disse Jake, desviando a atenção de si mesmo. -Mas você pode perguntar sobre Kacey e meus planos para casar. Naquele momento, o coração de Jake parou quando avó apertou o peito, ofegante, e depois literalmente caiu da cadeira. -Vovó! - Todo mundo gritou de uma vez como se de alguma forma fosse reanimá-la. Jake caiu de joelhos e segurou a mão dela. Ela abriu os olhos na hora. -Eu estava fazendo a avó chocada. Eu fiz bem? -Droga, vovó! Nunca mais faça isso de novo! - Jake pragueou fluentemente. Mamãe olhou de seu lado da mesa, mas ele tinha certeza que ela estava pensando a mesma coisa, se não pior. -Eu fui uma atriz uma vez, - Vovó anunciou quando ela estava de volta em sua cadeira. Jake imaginou que ninguém realmente sabia o que fazer a não ser o óbvio. Kacey lhe deu ajuda com o olhar de uma garota de fora e começou a bater palmas. Ele seguiu, e em breve toda a mesa irrompeu em aplausos. Nota pessoal: A mídia nunca deve participar das noites de jantar em família. Sob nenhuma circunstância isso deve acontecer. -Então... - Vovó jogou o guardanapo no colo. -Você está finalmente casando, hein? Vocês, crianças, sempre foram tão próximos um do outro, não posso dizer que estou surpresa, e você sabe o que isso significa para o seu negócio, certo? - Avó lhe deu uma cotovelada. Jake deixou cair o garfo, fazendo um enorme barulho no silêncio. -Isso significa que eu estou crescendo. - Ele fingiu um sorriso e empurrou mais comida em sua boca. Ela sabia. Sua avó conivente sabia sobre o ultimato dos membros do conselho. Merda. Kacey não poderia descobrir que a avó sabia ou que ela tinha que matá-lo, e, em seguida, contar tudo à avó, que depois arruinaria suas chances com o conselho, considerando que ela ainda tinha que puxar com os velhotes. Inferno, não seria surpresa para ele se sua avó estivesse por atrás do ultimato do conselho para Jake limpar seu ato. Membros da família manipuladores. Bem, pelo menos ele trouxe Kacey para o fim de semana como tinha prometido. O que a vovó fez com que fosse seu problema. Não dele. Qualquer que seja. Pelo menos agora ele pode passar o tempo fazendo o que ele queria fazer, em vez de se preocupar com Kacey na casa. Mais cedo ou mais tarde, seus pais iriam pegar, mas tinha a certeza de não deixar de obter muitas fotos com Kacey em torno da cidade. Talvez ele pudesse conseguir um fotógrafo dentro da reunião do lanche entre o café e o almoço. Esse seria o cenário perfeito para uma sessão de fotos. Ele sorriu. Jake olhou para Kacey. Ela estava sorrindo calorosamente para sua mãe. É isso que a vida seria quando eles se casassem? Não era como se fosse ser difícil, em qualquer trecho da imaginação. Na verdade, seria muito agradável. Uma boa esposa em casa e, em seguida, uma amante na cidade. O sonho americano se tornando realidade. Falando das amantes... o celular dele tocou. -Então...- Kacey alcançou através da mesa e agarrou a mão livre da vovó. -Onde você estava antes? Eu não vi você. Jake jurou sentir Travis chutá-lo sob a mesa e silenciosamente sua boca desculpou-se. Kacey saltou de sua cadeira como se fosse o próximo alvo. -Oh, querida.- Vovó rodou o vinho no copo, enquanto Kacey ansiosamente olhou para o líquido vermelho. -Eu estava apenas ajudando o próximo. Mamãe cuspiu o conteúdo de seu vinho no colo do papai. Travis começou a engasgar com o frango. E Jake ficou se perguntando que diabos de alienígenas substituíram sua família e que agora estavam sentados com ele. -Oh. - Kacey corou. -Isso é bom. Em que exatamente ele precisa de ajuda? Os olhos de Travis saltaram de sua cabeça. Vovó brincava com a haste de sua taça de vinho. -Oh, um pouco disso, um pouco daquilo. E de repente Jake teve um pesadelo do que sua avó queria dizer com um pouco disso, um pouco daquilo. Assim como pressentimento de que ele nunca mais olharia para o seu vizinho do mesmo jeito. Onde estava Samantha, quando ele precisava dela? Se sua avó estava entrando em ação, de jeito nenhum ele iria ficar em casa esta noite. Ele lembrou que o texto anterior tinha sido a notificação de um e- mail. Como se respondendo o pedido de ajuda, o telefone de Jake tocou novamente. -Eu deveria atender isso.- Ele saiu rapidamente da mesa. -Oi querido, - sussurrou Samantha. -Que tal bebidas no centro em meia hora? Ele devia dizer não, ele realmente deveria. Afinal de contas, ele tinha uma noiva falsa agora. Ele não podia ser visto no centro com outra mulher tão cedo em seu plano. Sua opinião formada, ele estava apenas se preparando para colocá-la para fora quando ela começou a falar sobre o quanto ela o queria e sentia falta dele. -Estou usando um vestido novo, querido. É apertado em todos os lugares que você gosta. Vamos lá! Só por algumas horas, Jakey. Eu vou fazer valer o seu tempo. -Estarei lá o mais rápido que eu puder. - Ele terminou achamada e voltou para a sala de jantar. - Desculpem emergência de trabalho. Um dos fax não passou, e eu tenho uma chamada de manhã cedo do exterior. Vou ter que correr de volta para o escritório e me certificar que tudo está pronto para ir. A mentira voou tão facilmente de seus lábios que até ele ficou surpreso e um pouco assustado que pudesse ser tão sorrateiro para sua própria família. Kacey inclinou a cabeça, seus olhos se estreitando. -Você não pode enviar o fax daqui? Todos os olhos se voltaram para ele. Ele começou a suar. -Eu gostaria de poder, mas eu não tenho o número, e toda a papelada está no escritório. Kacey ainda não parecia convencida. O que ele já fez para ganhar a sua desconfiança? Dormiu com ela? Abandonou-a depois? Sim, havia isso. -Kacey, desculpe-me, querida. Você sabe como eu estava ansioso para passar um tempo com você esta noite. Mas ainda nos vemos no lanche, não é?- Ele deu-lhe o seu sorriso mais devastador, na esperança de que fosse funcioar. Ela olhou para seu prato. -Ok, bem, dirija com segurança. Finalmente livre! Ele tentou não correr para fora de lá. Dando um beijo na bochecha da vovó primeiro, ele cumprimentou todo o círculo e saiu correndo para fora da casa, pronto para bebidas e uma noite muito necessária cheia de sexo. CAPITULO 12 Travis sabia que seu irmão estava mentindo. Que tipo de idiota se apaixona por esse tipo de porcaria? Mas seu pai, claro o bastante, após a saída de Jake, suspirou e disse: - Eu só desejo que eu não tivesse me aposentado. Ele parece tão estressado. -Devem ser as strippers, - Kacey murmurou baixinho para que apenas Travis podesse ouvir. Ele engasgou com o frango, pela segunda vez naquela noite. -Travis, querido, tome cuidado com a mastigação dos alimentos antes de engolir! - Sua mãe repreendeu. Kacey assumiu a bronca da mãe dele como um indício de que ele precisava de ajuda para cortar o frango. Sorrindo docemente, ela estendeu a mão sobre o prato, com o braço escovando o dele, e cortou o frango em pequenos pedaços gerenciáveis, em seguida, enfiou o garfo em um dos pedaços e levou-o aos lábios. -Lá vem o trem choo-choo! Obviamente, Kacey não estava assustada com o olhar assassino de Travis. O resto de sua família olhava como se fosse completamente normal para ele ser alimentdo como uma criança pequena. Então, novamente, ele tinha sido o cachorro quando eles eram pequenos. E ele tinha capacete, quando ele tinha quatorze anos. Também era possível que sua mãe soubesse que ele nomeou seu coelho de Kacey. Ela olhou para cima, seus olhos brilhando com humor. Droga. Travis abriu a boca, e um pequeno pedaço de frango mergulhou dentro Kacey riu. –De nada. Ele balançou a cabeça, mas acabou sorrindo como um idiota quando ela pegou uma segunda garfada. Ainda estava quente, e ela soprou sobre ele para esfriar. Ele encontrou-se tão malditamente distraído pela forma como seus lábios fizeram beicinho sobre o frango que foi necessário cada grama de força de vontade que possuía para não levá-la na mesa de jantar da família. Ah, o desejo por frango. Como é humilhante. Travis olhou ansiosamente à mesa novamente. Talvez se ele apenas empurrasse todos os pratos no chão. Pena que ela não estava usando uma saia. O que estava errado com ele? Ele estava realmente pesando suas opções aqui sobre o melhor local para foder a noiva de seu irmão? Seus pais ficariam furiosos. Vovó, no entanto, provavelmente aplaudiria e então tiraria fotos para o álbum. Embora ele não tivesse tanta certeza de que a página de recados seria legal, considerando a sua natureza pornográfica. Avós faziam os netos tão orgulhosos, às vezes. Travis suspirou e rapidamente pegou o garfo da mão de Kacey. Ele não podia ter muito mais. -Então, Kacey... - Sua mãe despejou mais comida na boca, mastigou, engoliu em seco e piscou. Ele gemeu. Ela não sabia como conversar durante o jantar e comer ao mesmo tempo. Ela fazia a conversa de jantar durar muito tempo o que era mais uma tortura para todos ao seu redor. - ...eu só estava me perguntando... - Ela tomou outro gole de vinho. Ele olhou seu pai, tentando dar-lhe uma mensagem privada de roubar prato e vinho de sua mãe para que ela falasse mais rápido. - ...vocês vão se mudar para a casa de Jake depois do casamento, ou comprar algo novo? Seu pai deu uma cotovelada em sua mãe. Onde eles estavam querendo chegar? Kacey olhou para Travis pedindo ajuda. Ele sacudiu lentamente sua cabeça. -Uh - Kacey disse enquanto empurrava comida em seu prato. -A coisa é, eu tenho realmente um apartamento pequeno, então o de Jake seria melhor, mas eu meio que não quero viver no centro. -Perfeito!- Sua mãe bateu palmas e cutucou seu pai. Ele pulou de seu assento, pegou um envelope, em seguida, entregou-o para Kacey. -Considere como um inicial presente de casamento. Era como se Leave it to Beaver2 tivesse acabado de vomitar na mesa. Seu pai ficou atrás de sua mãe, segurando seus ombros, e suas cabeças foram inclinadas com sorrisos congelados em seus rostos. Travis olhou para a avó. Pelo menos ela estava agindo normal, bebendo seu quarto copo de vinho, abençoe seu coração. As mãos de Kacey tremiam. Sem dúvida, eles estavam dando a ela algo ridiculamente caro. Travis inclinou-se e quase se engasgou. Ele realmente não deveria comer na frente dessas pessoas nunca mais. A casa. Eles compraram uma casa. 2 É uma comédia americana sobre um curioso e muitas vezes ingênuo garoto chamado Theodore -The Beaver- Cleaver (interpretado por Jerry Mathers) e suas aventuras em casa, na escola, e em torno de seu bairro suburbano. Ele vomitou na mesa. E não era uma casa qualquer. Estava muito bem situada no lago Washington, em um setor imobiliário privilegiado. -Nós pensamos que você poderia querer algo próximo ao centro, mas não muito perto que você não pode desfrutar de tudo o que Seattle tem para oferecer. - Sua mãe apertou a mão de seu pai, e suspirou ao mesmo tempo. Wescott acariciou a mão de Kacey. -Tem estado na família há anos. Muitas casas, lotes de investimentos, mas é seu, se você quiser. Kacey ainda estava imóvel sem ver de perto a situação. Travis não sabia o que fazer então ele mudou de assunto. -Ei, é legal, se Kacey e eu formos cortar a torta para a sobremesa? Sua mãe e seu pai concordaram em uníssono. Ele praticamente teve que arrastar Kacey fora de sua cadeira. Uma vez que eles estavam na cozinha ele puxou muito suavemente a escritura de suas mãos e fez ela se sentar em uma cadeira. Ela imediatamente começou a chorar. Kacey se sentiu como uma idiota por chorar. Mas desde que seus pais haviam morrido alguns anos atrás, ela sempre quis ter uma casa. Uma verdadeira casa. Uma casa, como a que os pais do Jake tinham acabado de lhes dar. E era tudo uma mentira. Sentia-se violentamente doente naquele momento e colocou a cabeça entre os joelhos, tentando tomar grandes suspiros de ar. -Ei, ei, está tudo bem, está tudo bem. - Travis esfregou suas costas. -Apenas respire. Você só está tendo um ataque de pânico. Você vai ficar bem. Aqui está a minha menina. Apenas respire. - Ele esfregou círculos lentos ao redor do pescoço até que ela finalmente se acalmou e deitou a cabeça em seu colo. -Quer falar sobre isso, Kace? Ela encolheu os ombros. Ela realmente não queria falar sobre isso com ninguém, muito menos Travis. Ela ainda não sabia que espécies estranhas tinham tomado seu corpo para fazê-lo tão lindo e agradável, mas parte dela sentia que não podia confiar nele completamente. Afinal, ele lhe atirou pedras quando era pequeno. Kacey balançou a cabeça enquanto outro soluço escapou de sua boca. Esta casa estava cheia de tantas lembranças. Quantos jantares de família tinham compartilhado juntos? A comida erasempre servida pelo restaurante de seus pais. Sua mãe e seu pai bebiam vinho com os pais de Jake, e, em seguida, todas as crianças iriam assistir filmes da Disney na sala de estar. E agora que ela estava de volta, era como se um enorme pedaço faltasse. Ela se sentou na mesma cadeira, conversou com a mesma família que ela adorava, mas um pedaço gigante estava faltando. Ela não tinha certeza de que voltaria a ser aprovada. Não depois de reprimir a dor por tanto tempo. Ela encolheu os ombros. -Eu me sinto horrível. Seus pobres pais acham que é real e, em seguida, para tornar tudo pior, eles nos dão isso. - Ela bateu o pacote sobre a mesa ao lado dela. -E é tentador, tão tentador que eu me odeio por isso. -Era parcialmente a verdade. Ela queria, mas, mais do que isso, ela queria que seus pais estivessem vivos. Travis suspirou ao seu lado. -Você não precisa de um homem como Jake para lhe dar o que você quer. Acredite em mim, quando você tiver a casa perfeita e toneladas de dinheiro, você ainda não estará completa se o homem que você compartilha está pagando prostitutas para fazer coisas que nunca faria. -Oh, eu não sei sobre isso. - Kacey brincou. -Kace! Jake não vale à pena! -Não. - Ela riu. -Eu quis dizer coisas que strippers fazem. Com certeza eu sei como agradar meu homem. Eu poderia dirigir em círculos em torno dessas meninas. Eu só preciso do cara certo. Travis ficou tenso ao lado dela. Ele limpou a garganta e afastou-se da cadeira. Ele caminhou até o balcão e começou a cortar o bolo. Qual era o seu negócio ultimamente? -Deixe-me adivinhar. - Kacey inclinou-se sobre o balcão. -Torta de framboesa? -Como você sabe?- Ele sorriu, sua voz estava rouca. -Foi a única torta que sua avó ensinou-lhe como fazer, e se bem me lembro, você fez para a sua namorada no baile de formatura. -Ugh. - Travis cuidadosamente cortou em pedaços. -Se bem me lembro, ela derramou sobre seu vestido e me culpou por colocar framboesas vermelhas. -Ela sempre era tão sedutora. Qual era o nome dela? - Travis deu uma risadinha. -Oh não, você não. Isso é exatamente o que eu preciso. Você desenterrando minhas namoradas do passado e tirando sarro delas. Além disso, eu não namoro mais com garotas. Eu saio com as mulheres. - Ele olhou para ela de cima para baixo antes de lamber lentamente o garfo. Kacey desviou os olhos, principalmente porque a imagem dele lambendo o garfo era tão erótica que ela quase pulou por cima da mesa e agarrou-o. Aparentemente, isso é o que acontece quando você não tem namorado, e o relacionamento mais próximo que você teve no ano passado foi com o seu leitor eletrônico e um duque fictício chamado Henry. -Então...- Kacey cutucou um pouco com o braço. -As mulheres, hein? Cadê as mulheres que você está namorando? Eu não vejo nenhuma delas aqui para a noite de jantar em família. -Não há mulheres. O coração de Kacey martelou em seu peito. -Se você quer saber, há uma mulher. Uma é a palavra-chave. Ela apertou seu punho e se amaldiçoou por trazer o assunto à tona. -Qual é o nome dela? -Oh não, você não!- Travis colocou a faca no prato e Kacey agarrou pelos ombros. -Isso é apenas o que eu preciso, você perseguir a única mulher que eu estou interessado. Ele disse que ele só estava interessado em uma? Maldito homem. Pouco atraente! Ela queria gritar. -Vamos Trav, você me conhece. Que mal eu poderia fazer? -Junior do ano, - começou ele. -Esqueça que eu pedi. -Ano Junior. - Ele segurou o dedo no ar quando ele estava fazendo o seu ponto. -De alguma forma você descobriu que eu tinha uma queda por Ashley Willis. Eu ainda não sei como, considerando que eu sou um homem e eu não mantenho um diário. -Não. - Kacey mergulhou um garfo no bolo e lambeu as frutas picantes fora dele. -Mas você fez, gemeu o seu nome uma vez em seu sono. Mas seguiu em frente. Ele olhou. -Você disse a ela. -Ok, Trav, vamos lá. Eu não fiz nada do tipo. Eu apenas dei a entender que você tinha uma pequena queda por ela. -Kace, fazendo um cartaz com a minha cara nele e etiquetas do coração é um inferno de muito mais do que insinuando. Deus, eu nem acho que você sabe o significado da palavra discreto. -Diga, - ela argumentou. Ele caminhou ao redor da mesa e puxou-a em uma chave de braço apertada. -Não!- Ela lutou contra ele, mas era impotente. -O que você dá em troca?- ele sussurrou em seu cabelo. Seu peito musculoso estava palpitando atrás de si. O que ela daria? Oh Deus, o que ela não daria por alguma coisa, qualquer coisa. Ah! Alerta vermelho! O que ela estava pensando? É Travis, Travis! -Travis, - ela gritou, completamente sem querer. Ele a soltou e piscou. -Vamos lá, vamos levar o bolo antes que eles achem que você está me esfaqueando ou algo assim. -Perto, - Kacey resmungou, embora esfaqueamento não era necessariamente o que ela tinha em mente. Esfregando seu corpo até em baixo com as frutas e lambendo-o? Sim. Violência? Só que de natureza sexual. Ela precisava bater com a cabeça ou algo para tirar o sorriso e cheiro de Travis fora dela antes que ela perdesse sua mente. -Aí estão vocês dois!- Vovó piscou o olho enquanto voltou à família e começou a desfrutar da torta. -Eu pensei que talvez Travis estivesse tendo um pequeno encontro lá dentro com você, menina. Vovó piscou novamente. Infelizmente, naquele exato momento, Kacey tinha tomado uma mordida extremamente grande de torta, o suficiente para começar a engasgar. Ela piorou quando Travis ergueu as mãos no ar e disse: - Eu estava tentando ser discreto. Kacey olhou. Sua família inteira riu, e ela o chutou novamente debaixo da mesa. Ele moveu o pé a tempo e, em seguida, mostrou a língua como se tivesse dois anos de idade. E, na verdade, talvez tenha sido a frustração sexual, mas ela se lançou para ele, sua cadeira virada para trás e ela montou nele, empurrando torta em seu rosto bonito o tempo todo gritando: - Eu vou te pegar! Em sua mente, a família estava torcendo, quando na verdade todo mundo estava completamente em silencio. Exceto Travis que estava gritando, xingando e cuspindo torta de volta para ela. Felizmente, tinham pisos de madeira em vez de carpetes. Finalmente, quando terminou a torta, ela enxugou uma fruta do rosto e lambeu os dedos. Seus olhos escureceram, e por um minuto parecia que ele ia beijá-la. Ele inclinou-se e estendeu a mão atrás dela. E de repente ela teve torta quente por todo o rosto. -Eu ganhei Kace, - ele sussurrou com voz rouca em seu ouvido. Sim, sim você fez. CAPITULO 13 Kacey verificou seu telefone pela décima vez naquela noite. Nada, nem mesmo um texto de Jake. Que diabos havia de errado com ele? Ela estava aqui o ajudando! E ele tinha um trabalho? Ela não acreditou. Ela não era estúpida. Mas quando seus pais continuaram dando seus olhares preocupados, isso a fez sentir-se desconfortável. Eles finalmente foram para a cama logo após o incidente da torta, que decidiu foi um daqueles momentos arrepiantes em que você perde o controle das funções corporais, bem como a lógica e faz escolhas erradas. Mais ou menos como quando você está bêbado, o que ela não estava, pois, de acordo com os pais de Jake ela estava carregando o amor do seu filho. Droga Jake Titus. -Kace!- Travis entrou no quarto, absolutamente sem camisa e vestindo apenas calças de pijama. Sua língua estava pendurada para fora da boca? Oh Deus, ela estava começando a suar. Nossa, pelo menos liguem o ar neste lugar. Desviando os olhos, ela conseguiu uma risada estranha. -O que está acontecendo? -Noite de cinema. - Ele jogou um travesseiro para ela e foi para o DVD. -Hum, não é noite de cinema pelados? Eu não tenho certeza se eu tenho esse memorando. - Ela olhou-o de cima para baixo quando ele se virou. -Sinto muito, se a minha masculinidade assusta sua natureza pudica? Ela bufou. -Porfavor, eu só não quero ficar com lixo de ontem à noite em mim. Ouvi dizer que doenças são transmitidas somente com o contato da pele. Ele revirou os olhos. -Eu vou colocar uma camisa, se você tirar a sua. Como tentador que era... -Tirar minha camisa? Assim, você pode finalmente ver meus peitos? Oh Deus, Travis. Deixe-me pensar. Dar-lhe a fantasia que você tem sonhado por anos ou manter o meu orgulho? Sim, eu acho que vou manter o meu orgulho. Ele deu de ombros. -Faça como quiser, mas não é realmente uma festa do pijama, se você não está pelada. -A que tipo de festas do pijama que você foi submetido quando era uma criança, - perguntou Kacey. Travis sorriu descaradamente. -Somente as boas. Agora sério, vá trocar de roupa. Eu vou esperar. -Tudo bem. - Ela pulou, seu coração batendo de forma irregular para fora do peito. Esta conversinha espirituosa tinha que parar. Pelo amor de Deus, eles eram adultos! Não adolescentes! Ela pegou alguns shorts curtos Victoria Secret e um top preto e calçou os chinelos para torná-la menos... sedutora. Não que ela estivesse seduzindo-o. Sua pele estúpida traiu-a quando se viu no espelho com uma cor avermelhada muito agradável. Ela realmente precisava começar a namorar mais. Descendo as escadas de dois em dois, ela voltou até a sala e viu Travis abrir uma garrafa de vinho, felizmente ele tinha colocado uma camisa. Ela não tinha certeza se podia lidar com mais de seus músculos brilhantes durante toda a noite. -Pensei que poderia usar isso, embora não seja bom para o bebê.- Ele piscou. -Eu beberia toda aquela garrafa se eu soubesse que não ficaria completamente bêbada. Eu sinto falta do vinho. -Um você não teve isso por uma noite, e você sente falta? -Claramente, você subestima a minha relação com o vinho e o que eu faço nos fins de semana quando estou sozinha lendo. -Você está uma coisa selvagem. - Travis provocou e encheu o copo até a borda. Ele deve ser santificado, imediatamente. Seus dedos tocaram ligeiramente quando ele acabou de entregar o vinho. Seus olhos brilharam com seus shorts, e ele pigarreou. -Esses são bons. -Obrigada. - Ela sorriu interiormente. -Eles são shorts ou roupas íntimas? Ele estava falando sério? -Shorts, burro. Agora, que filme vamos assistir? -Adivinha. -Nenhum clima, não há vinho o suficiente no meu sistema para que possa embarcar em uma atividade extenuante. -Ah, o cérebro da gravidez, ele faz isso com você, ele realmente faz. - Travis se levantou e apagou as luzes, o DVD, em seguida, sendo ligado. -Eu pensei que talvez você queira assistir a um filme de terror. -Filme de terror? Um desenho animado apareceu na tela. Kacey piscou quando a música começou a tocar, em seguida, quase caiu da cadeira. -Oh meu Deus, não podemos assistir isso, Travis. Eu não posso ver isso. Tem sido sempre e... -Supere seus medos, Kace. Kacey deslizou um pouco mais perto dele, apenas no caso de alguns dos desenhos animados de fato decidir sair e devorá-la. Ele apertou pausa e riu. -Kace, realmente? Eu pensei que você não teria mais esse medo agora. -Não é o medo. - Kacey bebeu o vinho mais rápido. -É um filme de terror! -É Alice no País das Maravilhas. Kacey balançou a cabeça algumas vezes e bebeu um pouco mais de vinho. –Maldito, aquele gato Cheshire. Travis levantou seu vinho. -Por superar velhos medos? Algo mudou entre eles então. Seus olhos, embora estivesse escuro, pareciam estar escondendo algo, como se ele estivesse falando sobre mais que sua fobia estúpida. Ela inclinou-se, agora completamente relaxada por ter bebido metade do seu vinho e sussurrou: - Por superar velhos medos. Travis sabia que era um duplo significado para ele. Ele realmente precisava superar o seu antigo medo e realmente beijar a garota, e de uma vez por todas, tirá-la do seu sistema. Ótimo, agora que ele tinha aquele maldito caranguejo cantando -Beije a menina- em sua cabeça. Otimo. Ele suspirou, certamente faria esta atração ofuscante ir embora. Deus, era bastante difícil assistir ao filme sentado ao lado dela, respirando o cheiro dela, e visualizando as suas pernas bem torneadas. Ele queria correr sua língua para cima e para baixo em sua coxa até que... Pare! Ele precisava parar, ou ele ia ter um problema sério em ficar confortável durante o desenho animado estúpido. Ou então ela provavelmente iria supor que desenhos animados de alguma forma o excitavam. Isso é exatamente o que ele precisava, ela pensar que Alice no País das Maravilhas o deixava com tesão. Ele estendeu a mão para a garrafa de vinho com 20 minutos de filme, apenas para descobrir que eles tinham quase terminado. Ele culpou Kacey. Ela estava bebendo como se fosse água, e ele não podia culpá-la. Um jantar com a sua família provavelmente fazia isso com uma pessoa, especialmente quando sua avó tinha uma tendência a exibir suas ligações. Ele ainda não conseguiu descobrir por que vovó parecia estar indo tão bem. Ela deveria estar acamada, doente! Ao contrário, ela esgueirando-se pela rua para ajudar o próximo. Oh, a imagem mental fez maravilhas para seu estado excitado. Considerá-lo transformou-o oficialmente. A música começou, e foi a parte onde o gato Cheshire surgiu pela primeira vez. Ele olhou para Kacey para avaliar sua reação. Ela fechou os olhos. -Kace,- ele sussurrou. -Abra os olhos. O gato não vai flutuar magicamente para a sala de estar. Ela espiou por trás de suas mãos depois pegou sua taça de vinho, bebendo seu conteúdo e entregando-lhe o copo. -Mais. Longe de negar nada a ela. Ele foi em busca de outra garrafa. No minuto que a rolha estava fora, Kacey estendeu a taça, ainda sem tirar os olhos da TV. Ela realmente tinha um medo estranho quando se tratava daquele gato maldito. Para seu crédito, ela não gritou como da última vez, o que aconteceu quando ela tinha quinze anos, mas ela se arrastou cada vez mais perto dele até que sua coxa estava tocando a sua. Doce tortura. Ele começou a beber para manter as mãos e os lábios ocupados, quando os créditos apareceram, ele percebeu que tinham acabado com duas garrafas de vinho. Kacey, no entanto, parecia ligada. -Temos que assistir algo feliz para se livrar dessas imagens mentais. Travis sacudiu a cabeça, sentindo-se muito mais relaxado do que deveria, com o braço envolto em torno dela, puxando-a para mais perto. -O que você quer, então? O que ele quis dizer foi, o que você quer assistir, então? Mas ele estava um pouco bêbado e com os lábios um pouco frouxos. Ela encolheu os ombros, aconchegando-se mais em seu corpo. O braço dela em seus ombros, acariciando suas costas, movendo-se mais e mais, até que roçou sua bunda. -Kace?- ele perguntou novamente. Ela não se moveu, e o quarto estava girando, parcialmente por causa do vinho e, parcialmente, de seu estado cheio de luxúria. -Hmm. - Ela olhou para cima. Deus, ela era bonita, e tão malditamente perto dele, ele poderia quase provar o vinho em seus lábios. -Você decide, - disse ele, baixando a cabeça para a dela. -Isso não significa nada, - ela sussurrou contra seus lábios. - Estamos bêbados, e isso não significa nada, - repetiu ela enquanto suas mãos estavam emaranhadas em seus cabelos. Com um gemido, ele sacudiu a cabeça. -Certo, nada.- Ele lambeu o lábio inferior, saboreando o vinho tinto, em seguida, passando a língua na parte inferior do queixo. Ela arqueou as costas, e ele a puxou para mais perto. Seu controle foi pendurado por um único fio. Quando seus lábios roçaram os dela, ela abriu a boca para ele. O inferno começou. Ele não esperava que ela tivesse um gosto tão bom, para sentir-se tão maduro, sentir-se tão perfeito em seus braços, gemendo seu nome. Sua língua se enroscou com a dela. Kacey correu os dedos para cima e para baixo em seus bíceps então enfiou as mãos por baixo da camisa, despindo o seu corpo. -Eu disseque festas dos pijamas pelados eram mais divertidas,- disse ele entre beijos. Ela riu e estendeu a mão para sua própria camisa. De jeito nenhum ele ia perder de assistir isso. Ele recostou-se hipnotizado quando ela começou a despir-se, e então... as luzes acenderam. -Vovó! -Travis! Kacey! -Ela colocou a mão sobre o coração. Oh Deus, era isso. Sua avó tinha acabado de ver ele ficar pronto para foder a noiva de seu irmão. Ele ia ser a razão para a sua morte. Ele só sabia disso. Ela inclinou a cabeça. -Kacey, sutiã charmoso. Rosa. Agora, por que eu não tenho nenhuma lingerie rosa? Travis escondeu a cabeça nas mãos, rezando para desaparecer. Vovó deu de ombros. -Vocês crianças agora não esqueçam da limpeza. Não quero Jake voltando para casa e vendo os resquícios do seu amor. Havia algo de muito errado com sua avó falando sobre o ato sexual enquanto uma mulher estava montada em cima dele. Ela se despediu, recuou e apagou as luzes. Mas o clima desapareceu oficialmente. -Você acha que ela estava bêbada?- Travis perguntou suplicante. -Ou isso ou drogada. - Kacey se afastou de seu peito e puxou a camisa de volta. Infelizmente, ele queria derramar uma lágrima de egoísmo por sua pequena festa ter acabado. -Eu deveria, uh, ir para a cama...- Kacey levantou-se, um pouco instável em seus pés. Travis agarrou seu braço. -Deixe-me ajudá-la. Vou apenas jogar fora as provas e ajudá-la a chegar ao seu quarto, ok? - Ela assentiu com a cabeça e esticou os braços acima da cabeça. Ele rapidamente jogou as garrafas de vinho no lixo, colocou os copos na pia, dobrou o cobertor, e desligou a TV. -Pronta?- ele perguntou. -Sim.- Ela não olhou-o nos olhos. Ele caminhou com ela até as escadas e levou-a para o quarto de hóspedes. Ela começou a protestar quando ele entrou, acendeu as luzes, e garantiu que as janelas estavam abertas. Ele sabia que ela gostava de ar fresco quando dormia, algo que ele tinha certeza que ela provavelmente nunca deixou de gostar. -Para a cama. - Seu estômago se apertou. Deveria ser ele naquela cama, e não o maldito urso de pelúcia ou mesmo um travesseiro. Ele estava com ciúmes de seu travesseiro? Ele precisava tomar uma ducha fria. -Então...- Ela encolheu os ombros e olhou para o chão. -Sobre esta noite. -Kace, não. Estamos bêbado. -Eu não estou tão bêbada, - ela sussurrou. Ele riu. -Eu também não. -Eu ainda o odeio. Ele sorriu. Ele não podia ajudá-lo. -Kace, não se preocupe. Eu não dormiria com você, ainda, que você fosse a última garota do planeta. - Era tudo mentira. -Tudo bem, - gritou. -Eu nem sequer gosto de você de qualquer maneira! -Bem, não se preocupe, Kace, o segundos malfeitos do meu irmão não são realmente o meu tipo, mesmo.- De onde diabos veio isso? Sua mão veio esmagadora em seu rosto. Ele totalmente merecia isso. -Kace, me desculpe. Eu não quis dizer... -É seguro dizer que eu sei exatamente o que você quis dizer, Travis. Boa noite.- Ela bateu a porta na cara dele. Ele era um completo idiota. CAPITULO 14 Samantha estava arruinando tudo. Primeiro ela fez Jake prometer que ele realmente não iria se casar com aquela vadia de quem ele estava noivo, em seguida, quando ele disse que estava realmente pensando sobre isso, ela lhe deu um tapa. Incrível. Não era como se ele ia chutá-la para o meio-fio ou qualquer outra coisa. Ele estava perfeitamente feliz em ter uma esposa com uma amante na lateral. Uma vez que ele explicou as coisas, Samantha se acalmou um pouco, mas ele arruinou o que teria sido uma grande, perfeita e estonteante noite de sexo e bebidas. Ele acabou dirigindo de volta para a casa por volta de 01:00 Não valia a pena ficar mais com ela se ela ia ser um fardo total. Ele se atrapalhou com a fechadura e se deixou arrastar silenciosamente na casa. Onde exatamente Kacey ficou? Ele esqueceu de perguntar. Ele subiu as escadas de dois em dois e bateu direto em Travis, que estava saindo de um dos quartos. -O que você está fazendo? - Eles perguntaram em uníssono. Travis coçou a cabeça e olhou para o quarto que ele tinha acabado de sair. -Uh, Kacey tomou vinho em excesso, então eu queria ter certeza que ela chegasse em seu quarto. Jake não estava acreditando nisso. Ele não era um idiota. -Então você galantemente ajudou-a a subir as escadas e lutou contra os monstros e dragões, a fim de proteger sua honra? Travis revirou os olhos. -Acabou? Eu estou cansado. Eu preciso ir para a cama. Só não incomode-a, ok? -Ela não é sua preocupação, Travis. Eu vou incomodá-la se eu quiser. Eu vou pular direto naquela cama e foder com ela sem sentido, e ainda não seria seu problema. Isso não é da sua conta. Travis atirou Jake contra a parede. -Se você se atrever a tocá-la de novo, eu juro que mato você. -Tocar nela? - Desde quando Travis se transformou em um puritano? -Eu vou tocá-la, se eu quiser, e mais uma vez não é da sua conta. -O que diabos está errado com você! - Travis soltou-o, amaldiçoando. -Nada. - Jake endireitou a jaqueta de couro. -Só acalme-se, ok? Eu superei isso, ela superou isso, ambos superamos. Parece que a única pessoa que ainda paira sobre o passado, grande irmão, é você. Isso deve mostrar a ele. Jake desdenhou e bateu na porta de Kacey, depois calmamente entrou, deixando Travis olhando do corredor. -Ei, querida, estou de volta. - Jake beijou sua testa. Ela não parecia bêbada ou confusa. Na verdade, ela estava corada, os lábios inchados. Deus, ele tinha esquecido como ela era bonita. Seu cabelo estava espalhado por todo o travesseiro. Ela suspirou e inclinou a cabeça em direção a ele. -Tudo bem no trabalho? - Ela murmurou. -Sim. - Sua voz falhou, e ele não conseguia se concentrar em nada, mas na sensação de sua pele quando ele acariciou seu rosto novamente. -Está tudo bem. E então ele não se conteve. Ele prometeu a si mesmo que ele não iria realmente tocá-la, mas ele era um cara e deixou a estupidez governar o seu senso comum. Seus lábios roçaram os dela, suavemente, em seguida, mais duro quando ele empurrou-a para a cama. Travis entrou no quarto como um cavaleiro numa armadura reluzente em pânico, então amaldiçoou quando viu Jake pairando sobre Kacey. -Irmão, eu posso ajudá-lo? Estamos um pouco ocupados. Os olhos de Travis piscaram para Kacey, que parecia desaparecer sob as cobertas, e então de volta para Jake. -Você está certo. Não é da minha conta o que vocês dois fazem. Eu não dou a mínima. Boa noite. - Ele bateu a porta. Nossa, seu irmão precisava de algum tipo de controle de raiva. Porque diabos ele se importava se Kacey e Jake ainda tinham algo entre eles? Kacey cutucou. -Você deveria ir. - Seu rosto estava molhado de lágrimas. Ela estava chorando? -Por que você está chorando? Está tudo bem? O que há de errado?- Todas as perguntas saíram apressadas. -N-nada, - Kacey gaguejou. -Eu sinto muito, Jake. Eu bebi muito vinho. Eu não quis beija-lo.- Ela virou a cabeça e fechou os olhos. -Está tudo bem.- Mas não está. Na verdade, tudo teria sido totalmente diferente se Travis não tivesse invadido o local deles. Talvez tenha sido o melhor. Afinal, ele sabia que só iria machucá- la novamente. Ele não era o tipo de cara de uma garota só. Mas, ela era algo tão tentador que ele tinha dificuldade em se afastar. Talvez fossem lembranças de sua amizade juntos. Ou o jeito que ela sorria e brincava. Ele balançou a cabeça. Ele realmente deveria ter se comportado hoje à noite. As coisas teriam sido muito mais fáceis. Ele beijou-a uma última vez na testa e saiu da sala, sorrindo presunçosamente quando ele passou por seu irmão no corredor. Aparentemente, seu irmão mais velho ia segurar vela. Bem com ele. Ele parou antes de entrar em seu quarto. -Ela está dormindo. Tenho certeza de que ela está um trapo depois de toda essa emoção.- Com uma piscadela Jake entrou em seu quarto e bateu aporta, desfrutando imensamente o som de maldições de seu irmão por todo o caminho pelo corredor. CAPITULO 15 Kacey desejou poder desaparecer debaixo das cobertas quando o alarme do seu celular tocou às 08:00. Que diabos ela tinha pensado na noite passada? Obviamente ela não estava pensando, apenas bebendo e pegando o primeiro homem ao lado dela. Bem, não é o primeiro cara, mas o único cara. O maldito cara mais quente que ela já tinha visto em sua vida. Todos os homens incríveis deveriam levar um tiro, isso estava claro. Ele beijou-a em primeiro lugar, não é? Não, ela inclinou-se em primeiro lugar, mas o que ele esperava que ela fizesse? Com todo o vinho em seu sistema? E do jeito que ele estava olhando para ela? Seus olhos penetrantes através dela, seu cheiro flutuando fora dele. Ela teve o extremo autocontrole para empurrar o homem para longe e ela estava ardendo em fogo até o final da noite. Mais dois dias. Ela só tinha dois dias inteiros, e então ela poderia retornar a sua vida chata e esquecer Travis. Mesmo a ideia fazendo seu coração se apertar um pouco, mas isso era bobagem. Ela se apressou em sua rotina matinal, agarrou seus tênis e óculos de sol, e correu em direção à porta da frente. -Onde você pensa que vai? - Travis chamou atrás dela. Porcaria. -Se você quer saber, eu vou correr. Ela se recusou a virar. Era cedo demais para lidar com o rosto perfeito. -Eu vou acompanhá-la. -Não! - Kacey gritou antes que pudesse se conter. -Quero dizer, você não precisa. Eu estarei perfeitamente segura. Travis amaldiçoou. -Acredite em mim, eu não poderia me importar menos se algum mendigo a pegar na rua. Eu só tenho que falar com você. Espere, deixe-me pegar meus sapatos. Ela assentiu com a cabeça, ainda sem fazer contato visual, e correu para fora da porta para alongar. -Pronta? - Travis chamou cinco minutos mais tarde. Ela se virou e quase tropeçou. -Claro, sim, vamos. Tudo bem. - Pressionando a boca fechada, ela fechou os olhos e imaginou um mundo onde os espécimes masculinos perfeitos não estavam olhando para ela do jeito que Travis estava. Embora seus olhos parecessem mais irritados do que qualquer outra coisa. -Espero que você possa acompanhar, - ela chamou atrás dele enquanto estabelecia o ritmo. Travis riu. -Por favor, eu corri uma maratona na semana passada. Com certeza que eu consigo acompanhar. Ela fechou a boca e fez uma careta. -Então... - Ele correu ao lado dela, nem mesmo respirando pesadamente, mesmo que ele estava mantendo um ritmo muito rápido. -...você e Jake. Merda, merda, merda, merda. -Sim? - Ela olhou para ele com indiferença. -Não faça isso. -Fazer o quê? - Perguntou Kacey. -Com ele, não o deixe entrar, Kacey. -Você está se designando meu protetor? -Alguém tem que protegê-la! - Ele agarrou seu braço forçando ambos a uma parada. -Oh, realmente? É isso o que você estava fazendo ontem à noite? Protegendo-me? Porque certo como o inferno senti algo diferente. Obrigado por esclarecer isso. - Kacey o empurrou, mas ele agarrou-lhe os pulsos. -Você sabe que isso não é verdade, não que isso importe, considerando que você beijou meu irmão na mesma hora. -Acredite no que quiser, e para o registro, Travis... Sua cabeça apareceu. -Foi um erro de embriaguez. Isso nunca aconteceu, ok? Suas narinas incharam quando ele amaldiçoou e olhou para o chão. –Certo então, o que aconteceu entre você e Jake foi um acidente? -Mais uma vez, não é da sua conta. Deixe-me em paz, Travis. Vá encontrar alguém para torturar, tudo bem? Preciso ter minha corrida antes de ir para o lanche estúpido. -Se é isso que você quer. - Ele olhou de volta para o chão, em seguida, amaldiçoou, passando a mão pelo cabelo grosso. -Você vai se machucar, você sabe disso, né? Kacey suspirou. -Eu vou me machucar de qualquer forma, Travis. Só depende de qual irmão eu escolher para dar essa oportunidade, você não acha? Ele ficou em silêncio. Esta era a resposta que precisava. Balançando a cabeça, ela virou-se na direção oposta e começou a correr. Lágrimas ameaçaram correr pelo rosto. Mas sobre o que? Sobre Travis? Sobre Jake? Ela nem sequer tinha sentimentos por Jake! Ele era um bastardo egoísta, mas Travis? Travis era real. Ou poderia? Não existia a confiança, mas ultimamente pareciam ser duas pessoas diferentes, e então... ...então ele disse algo que fez seu coração virar gelo. Ele sabia sobre Jake e Kacey, sobre eles indo em direções diferentes na faculdade, é claro, mas o fato de que ele iria jogar isso de volta na sua cara, como se ela fosse algum tipo de vadia e apenas a reflexão tardia sobre o assunto fez querer matá-lo. Como ele ousava dizer isso? Mesmo na raiva, não era aceitável. Ela enxugou uma lágrima perdida e focou no seu caminho. Tudo o que ela precisava fazer era passar por hoje e amanhã. E então ela poderia voltar para Seattle, de volta ao seu trabalho no Starbucks e concluir seus estudos. Ela só precisava lembrar de tudo mais que tinha esperando por ela e esquecer Travis. Cinco quilômetros depois, ela voltou para a casa totalmente exausta. Apenas para encontrar vovó Nadine caminhando pela porta da frente, como se estivesse indo para um encontro quente. Ela estava realmente tão doente como Jake disse? Ela parecia completamente bem. -Oh, boneca! Como você está nesta manhã? -Ela piscou. Oh Deus, ela estava se referindo a pegar ela e Travis na noite passada. -Hum, a vovó, há algo que você precisa saber... -Oh mocinha, não se atreva a se desculpar por seu comportamento. Se alguém entende, é a sua velha avó querida. Meu Deus, se eu tivesse as suas pernas eu estaria fazendo muito pior. Agora você só tenha a sua diversão com segurança, querida. -Mas Travis e eu não estamos, e Jake e eu estamos, e... Vovó Nadine piscou. -Nosso segredo, minha cara. Eu não vi nada. Eu sei que você ama esses dois meninos, de maneiras diferentes, é claro. Eu acho que é hora de você parar de seguir a sombra de Jake, e aflorar a sua própria mulher, e tudo isso. Kacey engoliu o nó na garganta. -Nós não estamos noivos. - Ela não queria deixar escapar para fora. -Querida, eu não sou estúpida. - Vovó Nadine puxou para um abraço, mesmo ela estando suada. -Eu também não estou doente, - ela sussurrou. -Oh, eu tive um daqueles sustos bobos que as pessoas de idade começam a ter quando as coisas deixam de funcionar corretamente, mas estou limpa como a chuva. -Mas?- Kacey estava dividida entre sentir-se feliz e confusa. -Por que você disse a todos que você estava? Os olhos de vovó Nadine ficaram muito sérios. -Querida, é no final da vida, que as pessoas percebem os erros que cometeram no passado. Um dos meus maiores erros foi não forçar você a voltar para casa, para enfrentar seus demônios, para superar o seu passado. - Vovó levantou o queixo de Kacey com a mão enrugada. -Será que Travis quer conduzir você pelo restaurante? Kacey quis afastar-se, mas em vez disso, ela mordeu o lábio para não chorar. -Não, não, ele não fez. Eu não acho que eu posso ver esse lugar agora, vovó. Não depois de todas essas memórias. E então, quando eles morreram, eu só queria vender o lugar, e deixar tudo. Vovó suspirou. -Eu entendo querida, mas você não acha que é hora de voltar? -Voltar? Vovó puxou para um abraço apertado. -Casa, doce menina. Hora de voltar para onde você pertence. Kacey abraçou vovó tão firmemente quanto pôde, permitindo-se relaxar quando o cheiro de perfume francês da vovó tomou conta dela. -Eu sei que meu bastardo neto arruinou com tudo. Eu o ameacei a trazê-la para cá, mas nem por um segundo pense que esta pequena visita tenha alguma coisa a ver com ele. Esta visita é para você. -Eu não entendo. - Kacey olhou para suas mãos, tudo parecia tão confuso, de repente. -Você vai. - Vovó Nadine apertou sua bochecha. -Minha querida,muito em breve você vai entender a importância. Porque tudo isso...- Ela se afastou e levantou as mãos para o ar. -...é importante. Assim é a vida, e querida, você precisa começar a viver. Kacey assentiu. -Agora...- Vovó Nadine ajeitou o paletó. -Eu tenho um encontro. -Vovó, são nove da manhã. -Quem disse que um encontro tem que ser apenas à noite?- Ela tirou um tubo mutilado de batom e formou um O enquanto ela é revestia seus lábios. -A forma como eu vejo isso...- Ela bateu os lábios. - É, se você namora uma pessoa da manhã, você tem disponível o dia todo para namorar. Muita informação. Demais. Era possível rebobinar conversas e esquecer que já aconteceram? -Eu estou indo.- Vovó piscou e atravessou a rua em saltos de quinze centímetros. Algo estava muito errado quando sua avó tinha roupas melhores do que você. Nota pessoal: assaltar o seu armário mais tarde. Fascinada, Kacey observou vovó bater na porta do Sr. Casbon. Ele abriu amplamente e ela foi puxada para dentro. As cortinas estavam fechadas. Agradeço a Deus por pequenos favores. Kacey entrou na casa mais atordoada do que qualquer coisa. Vovó não estava doente. Ela sabia que Kacey e Jake não estavam envolvidos, e ela estava incentivando Kacey a fazer o quê? Encontrar- se? Por que ela tem que vir para um lugar repleto de todas as suas memórias de infância para fazê-lo? Aquela casa, uma família que era quase mais próxima dela do que a dela própria. Quando ela e Jake tinham se separado, era como se o seu mundo tivesse mudado. Ela deixou de passar todas os feriados em sua casa e dar desculpas sobre obrigações de trabalho. Tudo por causa de uma noite estúpida. Uma noite descuidada, onde ela tinha imaginado que ela poderia ser mais para ele do que apenas sua amiga. Oh, ela tinha sido sua namorada por um ano antes e eles nunca tinham feito nada, mas era mais do que um acordo. Tinha sido um caminho para ele protegê-la de caras assustadores, a partir do último ano do ensino médio em seu primeiro ano de faculdade. Nunca significou nada. Eles nunca tinham agido sobre nada. Ela engoliu mais lágrimas, lembrando o cheiro do quarto do dormitório quando tinha chegado de volta da festa naquela noite. Jake estava rindo sobre um cara que tinha caído na piscina, e Kacey estava bebendo água como se não houvesse amanhã. Eles nunca tinham ido a festas sem o outro e ela sempre fez questão de se hidratar e ficar fora de problemas. Eles tinham ido por razões sociais, era isso. Mas quando Jake a tinha deixado naquela noite em seu apartamento, ele perguntou se poderia dormir no sofá. Ele ficou, e depois de um tempo eles começaram a se beijar. Ela não tinha certeza do que tinha começado o beijo. Ela teria se inclinado primeiro? Teria? Será que isso importa agora? Em seguida, estavam tirando as roupas e tudo o que ela conseguia se lembrar era de estar pensando que ela finalmente estaria com o homem que amava. O homem que ficou ao seu lado a vida inteira. Em sua mente inocente ela pensava que entregar-se a ele significava... para sempre. Em sua mente, significava... um momento. Uma merda de momento alucinante que terminou com lágrimas de frustração. Tinha sido no mínimo estranho. Jake sentou-se na beirada da cama, com a cabeça entre as mãos repetindo uma e outra vez. -Oh Deus, o que fizemos, o que acabamos de fazer? E ela ficou lá, vulnerável, não era mais virgem, e lutava para conter as lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Se tivesse sido qualquer outro cara, ela teria chutado para fora e chamado Jake para vir cuidar dela. Mas quem você chama quando você fode seu melhor amigo? Quando a única pessoa que a entende é aquele que não consegue nem olhar para você? -Eu tenho que ir, - ele disse, sem se importar em dizer adeus, perguntar se ela estava bem, ou nada. A porta batendo tinha sido como um martelo atingindo seu corpo. Ela sentou-se em silêncio, tentando acalmar sua respiração. Não entendeu realmente por que a experiência não tinha sido mágica como ela tinha ouvido falar que seria, e não sabia se ela deveria contar a alguém ou simplesmente deitar lá. Seus pais estavam ausentes em férias, mas pouco sabia ela que, se ela os chamase, eles não teriam respondido de qualquer maneira. Tinha sido na mesma noite que tinham morrido em um acidente de carro no caminho de volta para o aeroporto. Uma semana depois, Jake murmurou um pedido de desculpas e disse que ele estaria muito ocupado com aulas por um tempo. Ele tinha começado a chamar apenas uma vez por semana, depois uma vez por mês, até que finalmente ela só recebia cartões dele e de sua família nas férias. A dor tomou conta dela de novo. Ela não tinha percebido até agora que ela perdeu cada ente querido que já tivera em sua vida, naquela noite fatídica. Seus pais, Jake, a vovó Nadine, e sua família. Todos, tirado dela em um instante. E de repente ela se perguntou como ela tinha vivido até o momento sem ter um colapso nervoso. Com a respiração trêmula, correu até as escadas. Haveria tempo para autopiedade e reflexão mais tarde, mas agora que ela precisava se preparar para pendurar no braço de Jake, apesar de ser o último lugar que ela queria estar. CAPITULO 16 Travis continuou dizendo a si mesmo que não era assustador ou bizarro ou até mesmo um pouco estranho que ele estivesse seguindo Kacey e Jake para o brunch 3. Ele tinha tudo planejado. Ele ficaria no fundo, se misturaria, beberia uma mimosa4, e quando ele visse que Jake não estava fazendo um papel de completo idiota fora de si mesmo e realmente prestasse atenção a Kacey, ele iria embora. Apesar das coisas dolorosas ditas entre eles, ainda sentia essa possessividade por ela. Foi intenso e estranho, mas ele não poderia lutar mais do que poderia dizer ao seu corpo para parar de respirar. Ele precisava saber que ela ia sobreviver ao brunch. Mesmo que não estivesse iludido o suficiente para pensar que as pessoas mudam muito após o ensino médio. Eles se gabavam de sua maturidade, mas ainda falavam uns dos outros no Facebook. Disseram que estão acima do drama, ainda existiam rancores uns contra os outros quando se tornou mais bem sucedido. Na verdade, a idade adulta era quase pior do que a escola porque, por algum motivo, de repente estava tudo bem para ser manipuladora. "Oh, eu estou tão preocupado com isso e aquilo. Você ouviu o que aconteceu?" Como isso não era fofoca? 3 Almoço. 4 Coquetel de suco de laranja e champagne. Ou quando algumas amigas de sua mãe vieram e perguntaram sobre Jake, porque algumas de suas filhas ainda eram solteiras. Ele nunca mencionou a Kacey o que as pessoas diziam às suas costas uma vez que ela e Jake já não estavam se falando tanto. Foi horrível, para dizer o mínimo. Rumores correram soltos em seu pequeno círculo social que Kacey tinha enganado Jake, ficou grávida de outro cara, e o pior de tudo era que ele tinha absolutamente a rejeitado e ela foi substituída. Aquilo foi divertido. Sua pobre mãe quase teve um ataque, mas conseguiu definir tudo em linha reta, porque, segundo ela, Jake e Kacey eram apenas ocupados com o trabalho, mas ainda constantemente em contato, mas ninguém nunca viu o carro dela na casa. As pessoas falavam. E Travis odiava isso. Então, sim, ele estava seguindo eles, brincando de perseguidor louco, mas se isso significava que pudesse de alguma forma entrar e salvar o dia, estava bem com isso. Ele não queria vê-la machucada novamente. Não tinha certeza se podia lidar com isso. Deixando o ciúme de lado, ele realmente só queria que ela fosse feliz. Mesmo que isso significasse que ela ia acabar com Jake, o filho da puta sortudo. A familiar BMW parou na calçada em frente ao restaurante River Walk. Travis puxou para o lado opostoda rua e desligou o caminhão. Ele contemplou abaixado no banco do motorista, em seguida, percebeu que seu caminhão já estava desligado, por isso realmente não importava muito. Kacey surgiu da BMW em um vestido branco de encaixe perfeito. Era completamente aberto atrás com exceção de uma linha de tecido por seu pescoço, e tinha mangas e um decote em concha. Sua garganta ficou seca quando ela se virou para Jake, seu corpo perfeito. Obviamente, Jake percebeu, se o seu sorriso malicioso era qualquer indicação. Travis cerrou o punho e viu como Kacey jogou a cabeça para trás e riu. Sua bolsa agarrou firmemente contra ela, ela caminhou até a frente de Jake quando ele colocou a mão sobre a pele nua de suas costas. Se Travis pudesse teria rosnado ou rugido ou talvez até mesmo correria com algo em punho, teria se sentido um inferno de muito melhor. Ao contrário, ele torturou a si mesmo, observando e imaginando como seria se os papéis fossem invertidos. E se fosse sua mão? E se ela risse de sua piada? ― Não vá lá ― disse ele em voz alta e limpou a garganta. Finalmente, depois de intermináveis minutos de tortura, desapareceram no restaurante e Travis era capaz de relaxar, pelo menos um pouco. Ele olhou no espelho para ter certeza que parecia bem. Não tinha se vestido para a ocasião. Mas seu estilo era diferente do seu irmão. Seria como comparar o melhor champagne contra um uísque caro. Os ternos de Jake custavam mais caro do que os pagamentos da casa da maioria das pessoas. Ele gritava dinheiro, do relógio Rolex até as calças perfeitamente ajustadas, o terno, e o botão da camisa aberto, descuidadamente desabotoado para mostrar sua pele bronzeada. Seu sorriso brilhava no escuro combinando bem com o cabelo curto e escuro. Sem mencionar o fato de que ele, de alguma forma aperfeiçoou a arte de se barbear suavemente. Em uma palavra, Jake era como uma menina. Travis, considerando-se bem, tirou os óculos e os jogou no assento. Ele era mais o tipo de cara de jeans e camisa. Sim, gostava de bons ajustes e marcas de nome, mas ele não era tão feminino em suas escolhas como Jake. Na verdade, ele achava muito engraçado que, hoje, Jake usava um terno cáqui, enquanto Travis usava calça jeans Rock and Republic 5 com uma apertada camisa preta Armani 6. Ele queria mostrar seus melhores atrativos em caso de necessidade. E ele era vaidoso o suficiente para saber que seus braços e peito faziam maravilhas com as mulheres. Todas as mulheres, exceto a que ele mais queria. ― Pare ― disse a si mesmo novamente. Com uma maldição, pulou para fora do caminhão e bateu a porta fechada. 5 Rock & Republic é uma marca de jeans americana fundada por Michael Ball em 2002. Ball é um ciclista que ganhou experiência em design, criando uniformes de sua equipe de ciclismo. 6 Marca famosa de roupas criada pelo estilista Giorgio Armani em 1974. Agora é um momento tão bom quanto qualquer outro para andar em linha reta para o inferno. Ele colou um sorriso no rosto e atravessou a rua. O que ele viu quando as portas se abriram deveria tê-lo chocado, talvez espantado, mas ele foi tão maldito em se acostumar com isso, que era quase impossível não fazê-lo. Jake estava de pé no meio do bar aberto à direita, com cerca de doze garotas em volta dele pedindo um autógrafo. Por favor, ele fez uma sessão de fotos para a GQ 7. As meninas ao redor dele riram em uníssono, cada uma delas inclinando-se para que os olhos de Jake pudessem facilmente abrir caminho através de todos e de cada um de seus peitos. Ele parecia estar se divertindo imensamente. E então ele ouviu um tipo diferente de riso. Não era falso. Era saudável, rico. Ele virou a cabeça a tempo de ver Kacey sentado em uma mesa de mulheres. A maioria delas parecia mais velha. Não é o tipo de mulher que estaria em uma reunião de dez anos do Ensino Médio, mas quando ele se aproximou os rostos tornaram-se mais reconhecíveis. Engraçado como a idade faz algumas coisas com as pessoas. Muitas delas tinham ganhado peso, algumas estavam grávidas, e algumas tinham tingido o cabelo de cores diferentes e adquirido piercings. 7 GQ (originalmente Gentlemen's Quarterly) é uma revista mensal sobre moda, estilo e cultura para os homens, através de artigos sobre alimentação, cinema, fitness, sexo, música, viagens, desporto, tecnologia e livros. Ela parecia bem, absolutamente bem, mas onde estavam todos os homens? Ele olhou em volta novamente e notou um grupo de rapazes sentados logo atrás de Jake, bebendo cerveja, arrotando e dando gargalhadas. Parecia a morte. Que tipo de reunião era esta? Como deprimente. Alguns deles tinham anéis de casamento, alguns estavam começando a ficar com o cabelo fino e uma grande maioria deles tinham bolsas sob os olhos, e Travis, de repente se perguntou o que havia acontecido com o mundo. Com um aceno de cabeça, ele fez uma rápida saída para os banheiros a fim de repensar sua estratégia. A jovem veio como um rojão para fora do banheiro e correu diretamente para ele ― Oh, eu sinto muito, sen... ― Seus olhos se arregalaram enquanto ela lentamente erguia a cabeça em agradecimento. Um sorriso largo estourou em seu rosto. ― Eu não sinto muito. Travis riu. ― Por que a mudança repentina de atitude? ― Querido, me deixe olhar para você por mais alguns minutos, e eu vou mudar mais do que a minha atitude. ― Ela levantou uma sobrancelha e passou a mão pelo seu bíceps. Ele estava sendo molestado no corredor do banheiro? ― Você vai ficar aqui por um tempo? ― Ela ronronou. ― Hum, eu não tenho certeza ainda. ― O que posso fazer para convencê-lo? ― Ela deu um tapinha no seu bíceps com sua mão esquerda, e ele notou um grande anel de brilhantes. ― Querida― ele falou, pegando a mão dela e dando um beijo nela. ― Eu não preciso ser convencido quando uma mulher bonita me pede para ficar. Agora vá em frente e tenha um bom brunch. ― Ele piscou. Ela balançou a cabeça e riu, desta vez ganhando a atenção da mesa das mulheres. Ele olhou para cima para ver todas as suas mandíbulas caídas, exceto Kacey, que tinha escolhido aquele exato momento para cavar alguma coisa em sua bolsa. Ele acenou com a cabeça uma vez e entrou no banheiro dos homens. Onde estava o seu telefone celular quando ela precisava? Merda, ele estava no carro de Jake! Ela precisava sair de lá antes que perdesse a cabeça! Era tudo sobre Jake hoje. Pessoas perguntando se tinha ficado em contato ao longo dos anos. Oh, não estão tão animados para se casar depois de todo esse tempo? Oh, ninguém acreditava por um segundo que Kacey tinha sido institucionalizada! Mas que diabos? Uma colega de classe, ela se lembrava vagamente até o dia de hoje veio correndo para a mesa. O nome dela era Joy, e Kacey pensava que se encaixava. ― Eu estou oficialmente apaixonada. ― Ela se jogou em sua cadeira e bebeu toda a sua mimosa. Uau, Kacey desejou que suas experiências no banheiro fossem tão excitantes. ― Você o viu? ― Sandy, uma amiga do último ano a cutucou nas costelas. ― Ele foi contando nos dedos, o pedaço mais quente de homem que eu já vi em toda a minha vida. ― Eu quero lamber ele ― outra garota saltou. ― Eu vou lamber ele todo dia ― um cara gritou do outro lado da sala. É bom saber que esse cara, quem quer que fosse, poderia bater para ambas as equipes. Ele provavelmente era gay. Todos os bons eram gays. ― Sem ofensa, Kacey. ― Joy chegou do outro lado da mesa e afagou-lhe a mão. ― Mas ele é ainda mais quente do que Jake! Suspiros foram ouvidos por toda parte. ― Não! Você está brincando comigo? Você não sabe? ― As pessoas ficavam dizendo repetidasvezes. Silêncio absoluto assumiu quando um homem em uma camiseta preta justa saiu do banheiro e foi direto para sua mesa. Seus olhos focados apenas em Kacey. Seu coração quase parou naqueles poucos segundos. Seu sorriso brilhante era para ela, e somente ela. Maldito. ― Kacey, por que ele está olhando para você? Kacey? ― Sandy cutucou, mas Kacey manteve os olhos focados em Travis, seu sorriso cada vez mais amplo e mais vasto. Quando chegou ao seu lado, ele debruçou sobre os joelhos, a fim de ficar cara a cara com ela. Ele estendeu a mão para beijar a bochecha dela, demorando-se um segundo extra antes de se afastar. ― Achei que você poderia precisar de resgate. Sandy amaldiçoou ao seu lado. Joy deu uma risadinha. Outra mulher disse: ― Como ela faz isso? Jake e o homem misterioso? ― Obrigado. ― Kacey engoliu seu orgulho e levou sua oferta para o que era, uma maneira de sair daquele lugar, longe dos admiradores de Jake. ― Desculpe, senhoras. ― Kacey empurrou para fora do seu assento e pegou sua bolsa e óculos de sol. ― Eu esqueci que Travis e eu estávamos indo para... ― O parque,― ele terminou por ela. ― Eu espero que não esteja roubando-a e afastando-a muito cedo. ― Não,― respondeu Kacey quando todo mundo disse: "Sim!" Na mesa. ― Espere ― Sandy interrompeu. ― Travis? Travis, você parece um tipo familiar. ― Mano! ―Jake gritou. ― Venha aqui! Kacey revirou os olhos. Suspiros foram novamente ouvidos ao redor da mesa. ― Você é Travis Titus! Oh minha palavra! Oh minha palavra! Olhe para os dois! Se Sandy não vê-lo, ela ia ter um ataque cardíaco. Só então o marido chegou ao virar da esquina, seu estômago gorducho ainda mais evidente ao lado físico perfeito de Travis. ― Ei, baby. ― Ele tentou beijá-la na bochecha, mas Sandy empurrou. Kacey apertou os lábios para não rir. ― Ei, Kace, onde você vai? Travis, o que você está fazendo aqui? ― Jake tentou agir feliz. Kacey poderia dizer, porque seus lábios tremiam como se ele quisesse fazer uma careta e depois socar seu irmão no rosto. ― Vovó queria que eu levasse Kacey ao parque, algo sobre o casamento ou algo assim. Bem, isso era uma mentira. Em ambas as contas, mas Kacey não ia discutir. ― Oh, bem, hum, acho que vou embora também. ― Não! ― As garotas gritaram. ― Jakey, fique com a gente. ― Uma menina veio para o seu lado e fez beicinho. ― Ela vai ficar bem. Nós não o vimos em anos! ― Ela revirou os olhos. Kacey queria puxar seu cabelo. Jake abriu a boca para falar, mas uma outra menina enrolou seu braço com o dele. ― Por favor, Jake, você ainda não nos contou sobre sua viagem à África para ajudar os nômades. Sério? Elas estavam comprando isso? Sério? Kacey queria gritar. Ele riu e acenou com a cabeça. ― Claro, eu vou ficar, mas só um pouquinho. ―Seus olhos se voltaram para Kacey. ― Eu odeio ficar longe do meu amor por muito tempo. Kacey perguntou se esbofeteá-lo ou sufocá-lo seria mais satisfatório. Jake se inclinou e beijou sua bochecha. ― Vejo vocês em breve. ― Sim. ― Kacey lhe deu um abraço de lado e grudou-se em Travis como uma sanguessuga. Uma vez que eles estavam fora, ela murmurou, ― Eu ainda estou louca, mas muito obrigado. ― É claro. ― Ele colocou seus óculos de sol. ― E eu não tinha necessidade de ser salva. ― Eu sei. ― Ok, eu só quero que você saiba que eu estava lidando com as coisas muito bem e... ― Kace, eu sei. Agora, você quer ir se divertir ou sentar aqui e discutir? ― Divertir, sim ― ela murmurou. Ele riu. ― Certo. Bem, vamos ver o que eu posso fazer. CAPITULO 17 Jake viu suas formas desaparecendo. Bem, na verdade ele assistiu a de Kacey. Seu irmão poderia ir para o inferno por tudo o que importava. O que ele estava fazendo aqui? Não era sua reunião do colegial. Assim quando ele estava pronto para ir atrás deles, a loira puxou sua camisa e sorriu para ele como se mudasse de ideia. ― Os rumores são verdadeiros, então? ― Rumores ― ele deu um sorriso deslumbrante. ― Meninas choram quando você as deixa na cama, porque elas querem você tanto. ― Ela estava tentando ser sexy, mas honestamente o minuto ela disse choro e cama juntos, ele perdeu todo o seu apetite sexual em uma corrida gigante. Kacey. Deus, ele era estúpido. Ele deveria ter se desculpado. Ou pelo menos feito alguma coisa, qualquer coisa que não seja apenas sentar lá com a cabeça nas mãos, pronto para explodir em lágrimas sobre arruinar a amizade mais importante da sua existência. Ele a tinha destruído. A maioria das pessoas fala sobre afastarem-se, como as escolhas eventualmente os levou a serem as pessoas que eram como era um desvanescimento lento para o que eram agora suas vidas. Mas com Jake era diferente. Ele sabia o momento exato. Três horas da manhã. Ele sabia a data exata. Três de fevereiro. Ele sabia de tudo. A forma como o quarto cheirava a coco de uma das velas ridículas de Kacey da Bath and Body Works 8. A sensação de suas calças jersey em suas pernas. Sua pele suave sob sua mão. Sim, ele sabia o momento exato em que ele apostou e perdeu tudo que era importante para ele. Foi no mesmo dia em que ele decidiu que não podia mais fazer isso. Uma encruzilhada tinha aparecido naquele dia. Ele poderia ter escolhido ser o mocinho ir atrás da garota e pedir desculpas, viver uma vida segura, com dois ou cinco filhos e uma casa com uma cerca de piquete. Ou ele poderia ter escolhido ser um idiota. A escolha que ele tinha feito era óbvia, mas ele se sentia preso e sozinho, e não era de qualquer ajuda que seus amigos lhe tinham dito a maneira mais fácil de acabar com a menina estava para chegar com um novo. Então, ele tinha uma e outra vez, até que ele estava tão 8 Bath & Body Works, LLC, é uma loja de varejo americana sob nome Brands Limited. Foi fundada em 1990 em New Albany, Ohio e desde então se expandiu em todo os Estados Unidos e Canadá. Ela é especializada em géis de banho, loções, névoas fragrâncias, perfumes, velas e fragrâncias para casa. entorpecido e enojado consigo mesmo, ele não tinha nem queria mais viver. Eventualmente, a dor desapareceu quando Kacey começou sua própria vida. Era mais fácil para ele ignorar que isso nunca aconteceu. Para fingir que não importava realmente. Mas ele fez. Oh, como ele fez. Kacey não sabia. Como poderia? Tinha sido sua primeira vez, assim como a dela. Ele nunca disse a uma alma sequer que ele era virgem até o ensino médio. Era fácil manter o segredo, porém, meninas o queriam tanto que ele mentia sobre suas habilidades no quarto. Com certeza, nunca tinha sido um anjo, mas ele sempre soube que queria que a sua primeira vez fosse com alguém especial, com uma garota que ele realmente gostava. Ele pensou que amava Kacey, mas ela tinha um jeito de fazer um homem se sentir como mais do que ele, e para Jake era difícil. Ele sabia que queria mais do que podia dar a Kacey. Ele queria semear a sua veia selvagem, cometer erros, ficar louco, ser famoso. Kacey teria sido feliz em abandonar a escola e ter filhos imediatamente. Nada faz um homem fugir mais depressa do que saber que ele poderia ter tudo e perder tudo, com uma mulher. Para ser franco, tinha medo do inferno fora dele. E se? E se ele se desculpou? Amava como ela merecia? Em sua mente, ele ainda teria a destruído. Era muito mais fácil ser quem ele era. É por isso que, quando a loira colocou a mão em seu cinto e sussurrou algo em seu ouvido impertinente, ele saiu com ela. Não se importando se as pessoas sussurravam atrás das costas que ele estava traindo, e não se importando como ela tirou a blusa no carro, que o que ele estava fazendo era estupidezno seu melhor. Ele só queria ser livre, para viver. Para separar-se do menino que foi há muito tempo. CAPITULO 18 Travis tentou não olhar para as pernas. Realmente ele tentou. Foi um esforço gigantesco em favor dos homens de todos os lugares. Na verdade, várias vezes ele desejava que alguém estivesse documentando o extremo autocontrole que ele estava exibindo mordendo o lábio, inspirando e expirando, e mantendo o caminhão entre as linhas amarelas e brancas da estrada. ― Então, para onde? ― Perguntou Kacey. Ele ainda não olhou. Ele sabia que se ele olhasse para ela, mesmo olhasse, seus olhos se desviariam e ele seria responsável por um engavetamento de doze carros. Seus nervos estavam sendo nocauteados com a forma como seu perfume estava flutuando através do caminhão, fazendo cócegas em seu nariz, provocando seus sentidos, e despertando-lhe mais do que deveria ser permitido. Respirando e estremecendo, ele respondeu: ― É uma surpresa. ― Ah, eu adoro surpresas ― disse ela secamente. ― Pare com isso, Kacey. Você está esquecendo com quem você está? Eu sei o quanto você gosta de surpresas. Merda, você chorou quando lhe fizemos uma festa de aniversário aos dezesseis anos. Ela cruzou os braços. ― Lembra. ― Travis lutou contra a vontade de cutuca-la de seu mau humor. ― Você estava tão feliz porque minha mãe e meu pai pagaram para que todos pudessem ir ao show dos Backstreet Boys 9. Você foi aos bastidores e conheceu Brian e anunciou que ia casar com ele. Ela soltou um suspiro, em seguida, uma risada. ― Meu Deus, como eu amava os Backstreet Boys. ― Toda garota amava. No entanto, eu queria atear fogo em seu trailer e vê-los morrer muito lentamente, mortes agonizantes. ― Você e todos os outros caras lá fora ― ela brincou. ― Então, admite. -Ele virou-se para baixo na rua lateral. ― Você gosta de surpresas. ― Travis Titus, você está me levando para ver o Backstreet Boys? ― Não. ― Ele estremeceu. ― Graças à Deus. Vou levá-la em algum lugar que vai fazer você se sentir feliz, não recorrer de volta aos gritos agudos de dezesseis anos. ― Feliz? ― Ela brincou com o rádio. ― Hmm, o que você sabe sobre me fazer feliz? Você atirava-me pedras, me insultou, provocou, e me perseguiu, e você acha que sabe o único lugar na cidade que vai me fazer feliz? Naquele momento ele teve que olhar para as pernas, seu rosto, olhos, lábios, e respondeu com confiança: ― Sim, sim, eu sei. 9 Backstreet Boys é um grupo vocal estadunidense formado em Orlando, Flórida em 1993. O grupo consiste nos integrantes AJ McLean, Howie Dorough, Brian Littrell, Nick Carter e Kevin Richardson. Kacey piscou em confusão, em seguida, olhou para fora da janela. Foi o melhor para que eles não falassem. Ele foi ficando cada vez mais ligado a cada minuto, e ela estava indo embora em questão de dias. Dois, para ser exato. Seu coração se apertou. Ele superaria isso. Assim como ele tinha chegado a superar tudo sobre ela na escola? Sua memória lembrou-lhe que não era provável. Respirando fundo, ele se virou para a rua correta. Toda a viagem foi tranquila, até que viu o sinal e entrou no estacionamento. ― O zoológico. ― Kacey afirmou. ― Você está me levando para o zoológico? ― Não fique tão impressionada― Travis brincou. ― Talvez possamos encontrar um jumento que se parece exatamente com o meu irmão! Talvez eu esteja sendo muito esperançoso. ― Ele suspirou e estacionou no primeiro lugar disponível e desligou o carro. ― O que faz você pensar que isso vai me fazer feliz? ― Kacey não se mexeu, o cinto de segurança ainda estava preso, com os braços cruzados. Travis soltou o cinto de segurança e inclinou-se. ― Saia do carro e descubra. Nunca a viu recusar um desafio, Kacey olhou para ele quando ela soltou o cinto de segurança e abriu a porta. Nossa, a reunião deve ter sido pior do que ele pensava. Eles caminharam lado a lado para a entrada. Travis pagou as passagens e estremeceu quando percebeu sua caminhada pela frente. Ele queria colocar a mão em suas costas, tocar a pele lisa que espreitava para fora de seu vestido. Ele odiava seu irmão mais uma vez por ter a honra de tocar em algo tão sagrado. ― Então, para onde, oh fazedor de felicidade? ― Kacey tinha as mãos em seu quadril. ― Vai ser assim o tempo todo? ― Como o quê? ― Seu lábio se projetava. Adorável. Ela estava tentando muito duro estar irritada e guardar rancor. ― Olha, eu só estou tentando reparar os danos causados pela minha relação de sangue. Você pode participar ou não. Sua escolha. Kacey quebrou o contato visual e suspirou. ― Você não pode reparar esse dano. Ele já foi feito. Honestamente, ele não tinha ideia de que tipo de dano já havia sido feito, ele só sabia que tinha quebrado e se separaram em condições ruins, e para ser franco, não era da conta dele. ― Quero dizer, o que ele fez hoje ― disse Travis esclarecendo. ― Flertando com qualquer coisa em uma saia justa e sentando ao lado de mulheres sensuais. ― Ele piscou. ― Sem falar surgindo em uma reunião e brunch o que é ridículo para você, quando nós dois sabemos o quanto você odiava o ensino médio. ― A palavra-chave é ódio ― Kacey murmurou. ― Ah, se não é a minha garota. Agora, que tal um sorriso? Suas narinas inflaram. ― Um minúsculo ― ele perguntou, se aproximando. Seus lábios se separaram. E de repente um sorriso era a última coisa em sua mente. Merda, ele precisava parar de fazer isso com eles. Lentamente, ele recuou e segurou sua mão. ― Siga-me. Com relutância, Kacey arrastava atrás dele, mas ele a conhecia melhor do que às vezes ela conhecia a si mesma, um pensamento que muitas vezes assustava, e novamente ele estava de volta ao status de perseguidor. Ele limpou a garganta quando eles chegaram ao seu destino. Kacey lentamente se aproximou do pequeno recipiente de vidro, em seguida, olhou para ele em confusão. ― Só olhe,― disse ele, em seguida, olhou ao redor para se certificar de que ninguém estava olhando e tocou suavemente o vidro. Kacey amaldiçoou, uma criança começou a chorar, e uma mãe lhes deu um olhar sujo. Ao todo, ele foi à surpresa perfeita. ― Seu filho de uma... ― Kace ― ele interrompeu. ― Diga-me porque você não está sorrindo. Ela soltou uma gargalhada. ― É assustador, homem estranho! Por que diabos você me trouxe para a exposição de uma tarântula! ― Porque você odeia aranhas. Ela jogou a cabeça para trás e riu. ― Como é que isso vai me animar? ― Está funcionando. ― Ele a puxou para um abraço, puramente instintivo, mas ela o abraçou de volta. ― Não é? ― Sim, seu idiota. Está funcionando só porque eu estou muito chocada e chateada para fazer algo, a não ser rir. ― Ah, e ela chega ao fundo da questão. ― Huh? Travis soltou e olhou para a aranha. ― Às vezes, quando a vida fica difícil, e as pessoas te deixam com raiva ou até mesmo quando você está com medo, a melhor resposta é o riso. Rir na cara do medo, em face do que assusta a maioria. É a única maneira de obtê-lo com as coisas que lhe trazem as lágrimas. Kacey ficou em silêncio e depois disse: ― Você andou bebendo Kool-aid10 da vovó Nadine, não é? ― Eu amo o de uva ― ele brincou. Kacey olhou para a aranha e fez uma careta. ― Obrigada. Curiosamente, esta não funcionou. Estou mais preocupada com a aranha estúpida sair de seu recipiente do que a minha manhã horrível. Por acaso, quando eu me tornei a instituída? 10 Kool-Aid (denominado Ki-Suco no Brasil) é uma marca de suco em pó, controlada pela Kraft Foods. ― Oh, isso foi depois da gravidez. ―O que era antes? ― A trapaceira ― ele confirmou. ― Isso explica tudo. Eu sou uma vadia. Travis assentiu. ― Então, pronta para ir procurar os jumentos? ― Você não me disse que Jake estava aqui! ― Ela lhe deu um tapa de brincadeira. ― Oh, há toda uma gaiola deles. Apenas siga-me! Travis pegou a mão dela e levou-a para os macacos. No minuto em que parou na frente da exposição, um deles começou subir pela árvore, outro arranhando sua bunda, e o outro começou a lamber a parte do corpo que não deve ser mencionado. Travis suspirou. ― É como assistir aos poucos Jakey crescer novamente. ― Ele colocou a mão sobre o coração e suspirou longamente. Kacey cobriu a boca de riso. ― Pobre homem. ― Não sinto pena do menino prodígio. Ele traz tudo sobre si mesmo e, em seguida, alguns. ― Vocês ainda se falam? Travis olhou para longe. ― Jake e eu? Isso seria um redondo não. Este fim de semana é a primeira vez que passamos mais de um dia juntos nos últimos anos. ― Por quê? Por causa de você. Porque eu te amo. Porque ele é um idiota. ― Vamos apenas dizer que tivemos uma briga. Eu não concordo exatamente com o caminho que ele tomou em sua vida, e ele pensou que eu estava muito tenso. Fim da história. ― Travis estendeu a mão. Kacey a tomou. Ele a levou para a próxima exposição. ― Você sente falta dele? ― perguntou Kacey. ― Sinto falta de quem ele era. Sinto falta de quem ele poderia ser. ― Ele riu amargamente. ― Isso é terrível? Desejar que alguém seja diferente só porque você não concorda com o que a pessoa que é? Lágrimas brotaram nos olhos de Kacey. ― Não, eu não acho que isso é terrível. Se isso faz você se sentir melhor, eu sinto falta dele também. ― Você vive em Seattle. ― Sinto falta de quem ele era. Além disso, a primeira vez que falei com Jake em dois anos, foi na semana passada. Travis não tinha certeza se ele estava aliviado ou chateado que seu irmão tinha provado ser um mentiroso mais uma vez. Assim, ele não manteve o controle sobre Kacey como ele tinha dito a todos? Interessante. Embora seu coração ainda tivesse problemas com o pensamento de que ela tinha algum tipo de sentimentos ternos por Jake, não importando se era para a versão antiga dele ou o novo. ― Bem, vocês eram melhores amigos. Então, eu entendo. ― Ele nunca segurou a minha mão. ― Kacey riu. ― Isso não é ridículo? Nós nunca demos as mãos. ― O quê? ― Travis levantou a cabeça surpreso. ― Mas vocês namoraram, e estavam juntos o tempo todo. Quero dizer... ― Ele cutucou um pouco. ― Você segurou as mãos na sexta série durante a noite do skate. Tem pelo menos uma vez para contar. Kacey riu e balançou a cabeça. ― Sim, vamos voltar à noite do skate, porque não foi totalmente forçada! Eu juro que o incentivei! Jogando Savage Garden ao dizer para as meninas que escolhi um menino bonito. Assim é, provavelmente, como o oportunista do Jake aprendeu a bater em homens. ― Noite do skate ― disseram em uníssono. ― Não conta, porém ― Kacey interrompeu. ― Como eu disse, foi forçado. Quero dizer, ele me beijou quando nós namoramos... Travis esperava que quando encolheu não foi muito óbvio. ― Eu me lembro do tempo que eu peguei a mão dele na escola quando estávamos namorando. Ele puxou-a e sacudiu a cabeça. Mais tarde, ele me disse que não queria parecer como se estivéssemos muito exclusivos. ― Oh que burro. ― Sim, eu acho que foi o começo do fim. ― Kacey suspirou. ― Olha! O urso está fora! ― Merda, você está falando sério? ― Travis agarrou-a e empurrou- a contra a parede de tijolos que revestia o lado mais distante da exposição. A adrenalina corria por ele. ― O q... ― Kacey sacudiu a braços flexionados. ― O que você está fazendo? ― Você disse... ― A respiração de Travis era irregular pelo medo. ― Você disse que o urso estava fora. Kacey mordeu o lábio em seguida, caiu na gargalhada. Sua cabeça descansou contra seu peito enquanto seus ombros tremiam. ― Eu quis dizer que ele não estava dormindo atrás da pequena alcova. Talvez eu devesse ter gritado que ele era visível? Então você não teria tido um ataque cardíaco. ― Kacey se inclinou e lhe deu um sorriso zombeteiro. ― Bem, pelo menos eu sei que você ainda está com medo de ursos. Ele odiava os ursos malditos. Mesmo os gummy 11. ― Eu estava apenas tentando protegê-la. ― E a si mesmo. Kacey cutucou, em seguida, agarrou sua mão. ― Admite, seu coração estava batendo como um louco. Você estava suando. 11 Um urso gummy (em alemão: Gummibärchen) é um pequeno, doce goma de frutas, semelhante a uma geléia em alguns países de língua inglesa. O doce é cerca de 2 centímetros de comprimento e forma, na forma de um urso. O urso gummy é uma das muitas gomas de mascar, doces à base de gelatina populares que vêm em uma variedade de formas e cores. ― Eu odeio ursos. ― Travis sentiu como se ele tivesse dez anos mais uma vez. Kacey lhe perguntou por que ele estava chorando, e ele disse a ela que era porque Ursinhos Carinhosos passaram na TV novamente. Naquele Natal ela comprou-lhe um Ursinho Carinhoso. Ele chorou. Novamente. Ele culpou seus pais por levá-lo para acampar muitas vezes quando criança. Quando ele tinha três anos, um urso apareceu em seu acampamento, e ele nunca superou isso. Sua mãe disse que ele chorou o dia inteiro, quando ele descobriu que o urso comeu seus biscoitos. ― Olha. ― Kacey apontou para o grande urso ameaçador. ― Ele está apenas brincando. O que ela provavelmente viu foi o urso feliz brincando com um pedaço de madeira. O que Travis viu foi um urso rasgando as coisas com suas garras de dez polegadas. ― Você ainda tem o Sr. Feliz? ― Eu te odeio um pouco agora. Como é que isso foi de animar você até discutir minhas fobias? ― Você ― ela brincou. ― Não, o Sr. Feliz, meu Ursinho Carinhoso, sofreu um trágico acidente no mesmo ano que você o deu para mim. Algo sobre a fogueira e não lenha. ― Veja, eu te darei um de presente de novo. Ele provavelmente iria aceitar um urso maldito dela neste momento se ela simplesmente continuasse segurando a mão dele. Travis olhou para o relógio. ― Bem, tanto quanto eu amei a nossa rápida viagem de uma hora, nós temos que voltar. Vovó realmente disse alguma coisa sobre os planos de casamento, mas eu tenho certeza que era o código para ir ao resgate de Kacey, então eu não tenho que dirigir por uma licença. ― Sério? ― Kacey piscou os olhos em descrença. ― Sim, ela acreditou que nós vamos nos casar, e meus pais estão, literalmente, planejando a cerimônia, enquanto falamos. É melhor esperar vovó dominá-los. Caso contrário, você vai se casar comigo no domingo. ― Muito engraçado. ― Kacey estremeceu. Ela sabia que vovó estava apenas atirando areia nos olhos de todos, mas ainda era irritante que seus pais não sabiam. ― E nós não vamos nos casar. Era um arranjo, embora... ― Ela parou. ― O quê? ― Seu coração caiu para seu estômago. ― Embora o quê? Ela estava tendo dúvidas? Será que ela realmente quer se casar com ele? ― Embora, parece estranho que todos estão fazendo do que a avó diz subitamente grande, você não acha? ― Esperava que a sugestão fosse o suficiente. ― Eu acho. ― Travis coçou a cabeça. ― Eu realmente não tenho estado em casa muitas vezes. Foi estranho, porque um dia ela parecia totalmente bem, e no próximo, era como se ela estava tomando seu último suspiro ou algo assim. Ela estava dando todos os tipos de ordens estranhas. Organizando seu funeral, descobrindo onde as ações da empresa foram, querendo casar todos nós. Ele parou e olhou para cima. ― Você não acha que a vovó está fingindo sua doença, não é? ― Agora, por que ela tem alguma razão para fazerisso? Talvez ela esteja apenas tentando agir saudável desde que eu estou aqui? ― Kacey quebrou o contato visual e começou a brincar com sua bolsa. ― Certo. ― Travis esperou que ela dissesse alguma coisa, mas ela rapidamente mudou de assunto. ― Então, os planos de casamento. Espero que isso signifique que eu tenha que começar a olhar mais álbuns. ― Ela cutucou. ― Sim, me lembre de queimar aqueles mais tarde. Não quero rastros do papel de um cão. ― Você era um cão bonito. ― Eu não tinha cauda. Kacey fechou os olhos e riu. ― Mas você tinha um pedaço realmente bonito aqui. ― Ela tocou seu estômago, sua mão permaneceu, pressionada contra seu abdômen. Sua respiração falhou, e ele olhou para os lábios. A atração foi incrível. A língua de Kacey espiou para molhar os lábios enquanto ela esticou na ponta dos pés e sussurrou em seu ouvido, seus lábios mordiscando as bordas. ― Para que conste, eu gosto do cão melhor do que o rabo. ― Isso foi um elogio, Kacey Jacobs? ― Porque, sim, sim, era, Travis Titus. Eles riram e caíram na conversa fácil todo o caminho para o caminhão. Se apenas esse momento pudesse durar para sempre. CAPITULO 19 Kacey estava suando. O estúpido Travis e suas ideias estúpidas sobre animais, e seu sorriso maldito com suas covinhas ridículas. Ela suspirou. Seu rabo apertado e piadas ridículas sobre Jake não ajudavam. Tantas palavras gritaram em sua cabeça, a maioria delas blasfêmias. Eles trouxeram o pior nela, aqueles meninos. O que quer que esteja acontecendo entre ela e Travis, ela tinha que lutar contra isso. Primeiro de tudo, seus pais ainda alegremente pensavam que ela e Jake estavam noivos. Vovó tinha outros planos, embora Kacey ainda estivesse à espera de ouvir porque vovó estava tentando puxar um sobre a família. E Travis, bem, Travis pensou que era tudo uma farsa, e ainda estava preocupado que sua avó iria cair a qualquer momento. Como se ela não tivesse bastante estresse em sua vida, quando chegou a casa Jake puxou e pulou para fora do carro, olhando com muito prazer em estar longe de um brunch chato. ― Ei, pequena. ― Ele puxou-a em seus braços e beijou-a na boca. Imediatamente, ela lhe deu um tapa. ― Você beija suas putas com essa boca! Sério, ela não tinha a intenção de dizer isso em voz alta. Travis deu um assobio baixo atrás dela. ― Que diabos, Kacey? É esse o tipo de saudação que você quer dar para seu noivo? ― Ele deu-lhe um sorriso inocente. ― Seu bastardo! ― Ela levantou a mão novamente, mas Travis afastou-a antes que ela pudesse fazer qualquer dano ao seu rosto. ― Que tipo de coisas ele tem falado? ― Jake pulou para Travis, mas Kacey estava entre eles. ― Nada, ele não disse nada. Você, no entanto, já disse tudo o que precisa ser dito, sem abrir muito a boca. ― Estou confuso. ― Jake ergueu as mãos em derrota. ― Você cheira a lixo. Nossa, você prometeu, Jake. Você disse que isto era para vovó, que você poderia fazer qualquer coisa por um fim de semana. Sério? O que os seus pais vão dizer quando você marchar em casa cheirando a imitação barata de Dolce e Gabbana 12? Hmm? ― É D&G. Eu conheço,― ele corrigiu, tirando o paletó e balançando-o por cima do ombro. Kacey atacou novamente. Travis agarrou. Ela virou-se e deu-lhe um olhar que dizia “Apenas deixe-me matá-lo!” 12 Dolce & Gabbana, (muito confundida com a 2° marca D&G de propriedade da prória dupla e que em setembro de 2011 foi extinta), é uma internacionalmente famosa marca italiana criada pelo estilista siciliano Domenico Dolce, (Polizzi Generosa, 13 de agosto de 1958) e pelo vêneto Stefano Gabbana, (Milão, 14 de novembro de 1962), em Milão, na Itália. Jake parou em seu caminho. ― Eu não vejo qual o grande problema assim mesmo. Eu tenho a minha diversão, vocês dois têm a sua diversão. Todo mundo ganha. Meus pais acham que vamos nos casar, a avó finalmente tem você em casa, mas é ridículo que você seria tão importante. Quero dizer que tem sido anos e agora ela quer vê-la? Olha, tudo o que importa é que, ao que tudo indica, estou crescido, você está de volta, e nós vamos estar envolvidos em felicidade conjugal em breve. ― Ele deu de ombros e foi embora. ― Bastardo egoísta.― Travis murmurou sob sua respiração. ― Eu quero arranhar-lhe os olhos. ― Kacey sentiu-se corar de raiva. ― Sim, você e todas as meninas com quem ele já dormiu. Kacey sentiu-se tensa e, em seguida corou, o calor se espalhando por todo o rosto e pelo pescoço até que, finalmente, ela não aguentava mais. Seus lábios tremeram ligeiramente, e ela começou a andar propositadamente em direção a casa, mas Travis puxou o braço para trás e empurrou-a pela porta mais próxima da garagem. ― O que há de errado? ― Eu estou bem. ― As pernas de Kacey de repente ficaram fracas. ― Você não está bem, Kace. Você está tremendo. O que você não está me dizendo? Oh, quase tudo, ela queria dizer. Derrotada, ela simplesmente abaixou a cabeça e permaneceu em silêncio. Travis amaldiçoou. ― Tudo bem, não me diga, mas eu estou aqui, se você quiser falar. ― Ele começou a se afastar, em seguida, virou-se. ― Ouça, Kace, eu não sei o que aconteceu entre vocês dois. Eu sei que não é da minha conta, mas ele tinha que ter sido ruim para vocês terminarem. Prometa-me que você vai falar com alguém, mesmo que não seja comigo. Ela não faria tal coisa, mas ela balançou a cabeça de qualquer maneira. Ninguém sabia. Bem, exceto sua única amiga, mas seus pais morreram pensando que Kacey eventualmente acabaria se casando na família Tito. Deus parecia que era a decepção final. Seus pais eram muito orgulhosos dela ir para a escola, e eles adoraram Jake como um filho. Eles sempre brincaram sobre passar as férias de família juntos e gastar os feriados fazendo biscoitos. O que se faz quando a vida que você pensou que supostamente teria é roubada de você? O que se faz quando a culpa é sua e você não pode nem mesmo dizer a alguém o motivo? O que se faz quando a única pessoa que mais provocou dor em toda a sua vida volta de repente, oferecendo-lhe tudo o que você sempre quis em uma bandeja de prata? Ela estava de frente para o máximo em algemas de ouro, porque ela conhecia Jake possivelmente melhor do que ninguém. Não demoraria muito para convencê-lo a realmente se casar com ela. Seus pais iriam gostar disso, especialmente se ele quebrou as coisas fora. O que ela estava fazendo? Será que ela realmente queria ficar com um cara que não poderia mantê-lo em suas calças? Suas mãos ainda estavam tremendo do encontro. Era muito real. Cheirar um perfume estranho nele havia a transferido com sucesso ao passado. Quando ela o viu, pela primeira vez após a sua noite juntos. Ele estava vestindo um moletom Abercrombie gasto e jeans rasgado. Ele estava lindo. Quando seus olhos se encontraram, ele sorriu e caminhou até ela. Em poucos minutos eles se abraçaram, mas ele não tinha cheiro de Jake. Ele cheirava a outra menina, e então alguém tinha aparecido ao seu lado e perguntou se ele estava pronto para ir. Outra menina, uma menina bonita. Ela apertou a bunda dele e eles se afastaram. Assim começou o primeiro dia do resto de sua vida. Perdida em seus pensamentos, ela entrou na casa onde a família estava, sem dúvida, planejando sua felicidade conjugal futura e quase tropeçou em Jake, que estava deitado no chão, gritando. ― O que aconteceu? Jake estava xingando uma tempestade, sua mãe estava lutando uma batalha perdida com a rolha do vinho ― sem dúvida tentando afogar suas mágoas, e seu pai estava tentando colocar gelo no olho de Jake. Vovó Nadine estava sorrindo, e Travis estavaapertando seu punho. Tudo somado, uma cena normal para a casa Titus. ― Ele correu para a parede ― Travis disse simplesmente. ― A parede fez isso? ― Kacey apontou para os olhos de Jake. Estavam inchados e já começando a mudar de cor. ― Foi um grande muro. ― Jake gemeu do chão. ― Droga de parede. Eu odeio paredes. Travis sorriu, e vovó Nadine começou a engasgar e ventilar seu rosto. ― Ok. ― Kacey não estava realmente certa sobre o que fazer, então ela se agachou ao nível dos olhos de Jake. Tomando o gelo de seu pai, ela deu um tapa em seu olho tão duro quanto possível. Bets engasgou enquanto avó Nadine caiu na gargalhada. ― Desculpe ― Kacey disse docemente. ― Ele escorregou. Jake olhou, mas não disse nada. ― Podemos ter um minuto a sós ― ela perguntou. Aos poucos, a família escorregou para fora da sala, deixando-os sozinhos. Kacey inclinou-se, querendo sussurrar para que ninguém pudesse ouvi-la, apenas no caso de que eles estavam esperando para ouvir na cozinha. ― Nunca mais, Jake. Ele abriu a boca para falar. ― Não. ― Kacey balançou a cabeça. ― Não, você não pode falar. Você vai começar a ouvir. Tarefa difícil para você tenho certeza, mas tente. Ele acenou com a cabeça uma vez. ― Se eu estou aqui fazendo este favor gigante para você, então é melhor você aprender um pouco de autocontrole. Você não pode correr, dormindo com suas vadias e esperar não ser pego. As câmeras estão por toda parte, e um dia desses você vai ficar descuidado. Você honestamente acha que essas meninas se importam com você, afinal? Eu garanto que elas não querem nada, mas o seu dinheiro, status, e o corpo quente. Se você não parar de sorrir, eu vou bater de novo. Ele engoliu em seco e parou de sorrir. ― Eu sei que é importante para você ter a aprovação de seus pais. E eu posso até respeitar isso debaixo de todo egoísmo que você quer o que é melhor para a empresa. Eu acho que, de todas as pessoas, entendo isso, mas você pode fazer todas essas coisas sem manipular as pessoas que você ama. Após este fim de semana, estará acabado. Só sei que estará acabado. Tremendo, ela se levantou. Jake estendeu a mão e agarrou seu pulso. ― Kace. ― Seus olhos eram incertos, e ele amaldiçoou sob sua respiração. ― Eu errei. ― A história de sua vida. Ele deu um meio sorriso. ― Só quando se trata de mulheres que me interessam. Kacey acreditava nisso. Ela sacudiu a cabeça e começou a se afastar. ― Eu te amei, você sabe. Ela parou em seu caminho, com o coração batendo fora do peito. Kacey tomou algumas respirações suaves, em seguida, virou-se para encará-lo, o homem que ela havia amado por tantos anos. Não era mais seu amigo de infância, mas um homem egoísta que só pensava em prazer. ― Eu também te amei, Jake. Mas esse, o homem que você é agora, nem tanto. Com isso, ela saiu da cozinha, diretamente para Travis que realmente tinha estado escutando. Engraçado, ela esperava que fosse vovó, não sua ruína. ― Então, esse foi um momento especial. ― Ele se esticou e passou os dedos pelo cabelo. ― Você lhe deu um soco. Ele enfiou as mãos nos bolsos, e seu cabelo encaracolado caiu sobre sua testa. ― Eu dei. ― Como se sente? ― Kacey queria saber. ― Não tão bem como eu pensava. Kacey riu e lhe deu um tapa de brincadeira no ombro. ― Talvez da próxima vez, deixe-me lutar minhas próprias batalhas? ― Não. ― Desculpe-me? Pânico atravessou o rosto de Travis, enquanto olhava para fora da janela, em seguida, de volta para ela. ― Eu disse que não. Por que você começa a ter toda a diversão de qualquer maneira? Acho que tenho apenas muitas razões para querer socar o meu irmão. ― Como o quê? Travis congelou. Ele deveria dizer a ela? Se ele dissesse isso? Oportunidades de ouro nem sempre se apresentavam desta maneira. Ele abriu a boca para falar, quando a avó veio passeando perto. ― Oh, querida menina, você não sabe? Oh, não. Oh, Deus. Não, não, não. ― Travis, aqui... ― Ela apertou a bochecha dele, pode matá-lo agora. ― Teve a maior queda por você quando você era pequena! Por que você acha que ele foi tão insistente em brincar de casinha mesmo que ele tivesse que ser o cachorro? Ora, era precioso. Lembro-me de quando você teve sua festa de aniversário de dezesseis anos e sua namorada não apareceu, ele... ― Vovó ― Travis gritou. ― Realmente, não vamos exagerar minha paixão de infância. Além disso, eu estou supondo que Kacey já sabia, com o rabo de cavalo sendo puxado e atirando pedras. Ele esperava que ela, pelo menos suspeitava. A boca de Kacey estava entreaberta, os olhos focados neles inspecionando-os. ― Você está me dizendo... Oh, Deus. Ela se aproximou de ambos, ainda apertando os olhos. ― Que ele me colocou no inferno, porque ele gostava de mim? Ele engoliu em seco. De alguma forma, ele viu isso acontecendo de maneira diferente em sua cabeça. Ele iria confessar o seu amor, e eles ririam como bobos que eram e fazer amor no chão da cozinha. Um por um, ele assistiu seus devaneios quebrar quando Kacey avançou em direção a ele. ― Você disse a toda a turma da quinta série que eu fiz xixi nas calças durante o recreio! Sim, sim, ele tinha. ― Você escondeu uma aranha na minha caixa de almoço, e quando eu chorei você disse a todos o motivo de que eu chorava porque minha mãe deixou a casca no meu sanduíche. ― Não foi tão ruim assim, vamos lá, Kace... ― Eu estava na escola. E sim, era tão ruim assim. As pessoas pensavam que eu tinha algum fetiche estranho sobre cascas até eu me formar. Encontrei cascas no meu armário por um ano inteiro. Travis se apoiou contra o balcão. ― Oh, olha a hora! ― Vovó riu. ― Vejo você mais tarde, vocês dois. Agora não vá lutar por coisas que você não pode mudar! Travis mentalmente pediu a sua avó para ficar. Realmente, ele estava de joelhos, com lágrimas derramadas de seu rosto. Ele começou a suar. E então, quando ela desapareceu, ele recorreu a orar pela intervenção de Deus. Kacey parecia prestes a explodir. Não é bom. ― Você cortou meu cabelo. ― Seu tom foi cortado como se fosse a última gota de seu livro. ― Eu cortei ― ele confirmou, avançando lentamente mais para baixo do balcão em direção à porta. ― Mas, em minha defesa, eu estava tentando tirar o chiclete fora. ― A GOMA QUE COLOCOU LÁ! ― Você não pode provar isso! ―Por que ele estava gritando? ― Além do mais! Você disse a todos que no primeiro ano que eu só fingia gaguejar para obter ajuda extra dos professores! ― Você fez isso! ― Uma vez! ― Isso não é nada comparado ao que você me fez passar. ― Ela empurrou seu peito. Travis chegou por trás dela. A caixa de ovos estava no balcão. Sua mãe deve ter estado preparando o jantar. Lentamente, ele enfiou a mão dentro e pegou dois. ― Bem, eu acho que eu gostaria de estar um passo à frente de você, Kacey. ― Com isso, ele jogou os ovos em sua cabeça. E tentou tirar em outra direção. Kacey tropeçou nele. Ele continuou navegando para o chão. Xingando, ela agarrou seus braços, prendendo-o ao chão. ― Eu vou te matar! ― Kacey, eu estava brincando, me desculpe, eu... Seus olhos estavam brilhando como se estivesse possuída. Ela olhou freneticamente ao redor da sala, e um sorriso surgiu em seu rosto. ― Então... você quer fazer isso aqui? Agora? Obter tudo o que angustia foi sua infância toda? Tudo bem vamos lá. ― Vamos? ― Oh Deus, ele podia sentir a gagueira chegando, como sua língua parecia grossa na boca. ― Sim, vamos. ― Ela chegou em cima do balcão e pegou dois ovos, em seguida, com habilidade, enquanto ele ainda estava congelado de medo, puxou a calça e colocou os ovos em frente, montando-o quando eles rachavam e escorria pelas pernas.Ele fechou os olhos. Nunca tinha estado tão zangado ou excitado. Sério? O que estava acontecendo com ele e comida? Primeiro, frango na mesa de jantar, e agora ovos. Ele provavelmente nunca comeria uma refeição normal novamente, sem ficar dolorosamente ligado. ― É isso. ― Ele sabia que era mais forte, maior, mais difícil. Ele agarrou seus braços e virou-a de costas, ovo manchava suas calças. Porra, isso era desconfortável. Ela gritou e jogou a cabeça de um lado para o outro. Prendeu os braços de cada lado da cabeça dela. O ovo estava começando a secar em seu rosto. ― Diga que você está arrependida e eu vou deixar você ir. ― Nunca. ― Ela sorriu. ― Bem. ― Braços ainda presos, ele se inclinou sobre ela e reuniu algum cuspi na boca. ― Não, não, Travis, não se atreva. ― Ela lutou debaixo dele. Droga ela se sentia bem. ― Tudo que você tem a fazer é dizer que sente muito. Seus olhos brilharam. ― Tudo bem. ― Ele deixou o cuspe em queda de sua boca ligeiramente. Ela gritou. E de repente ele estava sendo puxado para fora dela. ― O que diabos está errado com vocês dois? ― Jake gritou. Seus pais vieram correndo para o quarto. E ele só podia imaginar o que eles pensavam. Travis com manchas molhadas na parte da frente da calça, como se tivesse tido um acidente, Kacey com o ovo no cabelo dela, e Jake com um olho roxo. Como uma deixa, Kacey e Jake ambos apontaram para Travis. Ele amaldiçoou. Sua mãe cerrou os punhos em seus lados. ― Travis Titus! ― Uh-oh, ela usou seu nome completo ― Jake interrompeu. ― Ele está morto agora ― Kacey acrescentou. Travis queria rugir. Sua mãe balançou a cabeça. ― Realmente Travis, não sei como você pode ser tão imaturo! Oh céus, Kacey, é ovo em sua cabeça? Kacey assentiu solenemente. Travis apertou os dentes. Sua mãe o inspecionou mais de perto. ― Querido, você teve um acidente? Jake riu e começou a tossir descontroladamente ao lado dele. Ele olhou para Kacey, e ela mordeu o lábio e desviou o olhar. ― Sim, eu tenho vinte e três anos, e eu tive um acidente. Realmente, mamãe? ― Bem, querido, eu estou triste, isso só parece... ― Ela apontou então corou. ― E, logo, eu sei como você era quando pequeno. ― Oh, não. ― Como exatamente ele era? ― perguntou Kacey, subitamente intrigada. ― Oh, ele costumava ter pequenos acidentes e pesadelos, nada sério. Kacey sorriu. ― Sério? Bem, eu tenho certeza que o coelho com quem ele dormiu foi um enorme conforto durante esses tempos difíceis. ― Coelho? ― Jake e seu pai disseram em uníssono. As únicas pessoas que sabiam sobre o coelho estúpido foram Kacey e sua mãe. Tinha sido um presente de seu avô, antes de morrer, mas ele tinha nomeado de Kacey, não que ele já tinha dito isso a ela. Depois de uma noite descuidada dormindo com a maldita coisa no colegial, Kacey tinha andado em seu quarto e encontrou. Foi à única vez que tinha sido civilizada. Agora, todas as apostas estavam fora. ― Realmente, Kacey, eu duvido que seja pior do que aquele cordeiro estúpido que você usou para dormir com ele. Você sabe, aquele que você se recusou a deixar que alguém lavasse? ― Não estava sujo,― ela argumentou. ― Era cinza. ― Então? ― Sua cor original é branco. A boca de Kacey entrou em uma linha firme, e ela levantou a mão. A mãe de Travis bateu. ― Crianças, realmente. Por Deus. Todo mundo vão se lavar e estar aqui na próxima hora. Vamos ter um jantar mais cedo e passar os planos do casamento, e, então, a noite do jogo da família, uma noite normal de jogo da família. ― Tudo bem ― todos eles estalaram e caminharam em direções diferentes. CAPITULO 20 Jake tentou parecer afetado pelo pequeno discurso de Kacey, mas depois de ir para o quarto dele e sentindo pena de si mesmo, ele percebeu que precisava dar-lhe um pedido de desculpas real. Ele tinha chegado a pensar. E se? E se ele pudesse mudar? E se ele pudesse ser o homem necessário para Kacey? O que a vida realmente seria com ela? Será que ele ficaria entediado fora de sua mente? Ou será que ele deve isso a ambos, pelo menos, tentar? Confuso, ele tinha corrido lá embaixo só para ver seu irmão mais velho montando Kacey e tentando cuspir em seu rosto. Sua imaturidade não conhecia limites, mas pelo menos agora ele sabia que não havia absolutamente nada romântico acontecendo entre os dois. Travis tinha vinte e três anos, e nessa idade, se ele ainda usa a violência para atrair meninas, bem, então não é de admirar que ele ainda era solteiro. E uma garota como Kacey não iria cair prostrada por um cara que ainda recorreu a brincadeiras de infância, a fim de ganhar seu favor. Nossa, se Jake fosse um cara mais legal ele tinha que realmente dar algumas dicas para o seu irmão. Ele precisava desesperadamente delas. Talvez todo mundo estivesse mais seguro se ele simplesmente mantivesse Kacey e Travis longe um do outro. Como se trouxeram à tona o pior um do outro. Até o momento eles haviam retornado para a sala de jantar, sua mãe tinha realmente colocado as cartas na mesa. Clássico. Kacey estava sentada entre ele e a avó. Boa escolha. Travis estava sentado no lado oposto da mesa, com... Espere! Por que houve outro ajuste de lugar? “Companhia, esta noite?” Sério? Será que sua mãe acha que seguro após a aventura na cozinha? Sem mencionar seu irmão o socando no rosto sem motivo. Ok, então ele deu um soco nele porque ele estava chateado com Jake por não prestar atenção a Kacey. É possível que ele tipo merecesse, mas apenas um pouco. –Oh, vovó convidou o Sr. Casbon. Jake se engasgou com sua risada. – O nosso vizinho, o Sr. Casbon? Aquele que vive para os sorrisos da avó? Bem, isso deve ser interessante. –Isso é um eufemismo,– Travis murmurou, entrando na cozinha. –É bom ver que você mudou suas calças, mano. Travis olhou feio. –Pelo menos eu posso mudar minhas roupas. Você, por outro lado, está preso com essa personalidade maravilhosa. Jake cerrou o punho. Seu irmão sorriu. Kacey entrou. –Bem, eu acho que o meu cabelo parece mais brilhante do que jamais foi. Obrigado, Trav. Eu devo tudo isso a você. Ela piscou. Travis revirou os olhos. –Sim, e minhas bolas estão... –Travis!– Bets quase gritou. –Nós vamos ter companhia a qualquer minuto. Poderiam todos, pelo menos tentarem agir conforme sua idade? Meu Deus, Jake, você foi preparado para assumir a empresa, aja como tal! Travis, você possui esse rancho de vocês há anos, por tudo que é sagrado, seja maduro! –Você possui um rancho? – perguntou Kacey. Ele assistiu a troca. Travis mudou seus pés como se desconfortável, então limpou a garganta. –Sim, um pequeno. Não é grande coisa. –Oh, isso é rico. – Bets riu. –Você possui um dos maiores ranchos na costa oeste, mas se você quiser fingir que é pequeno, eu acho que é sua prerrogativa. Era um sentimento novo, estar sendo ignorado, mas Jake estava interessado em ver como Kacey iria responder. Ele cruzou os braços e encostou-se ao balcão. –Mas você disse que era um rancheiro. Jake riu. –Ele? Um rancheiro? Querida, ele não é mais um rancheiro que eu sou um porteiro. –Mas...– Kacey franziu a testa. –Não é grande coisa. – Travis deu de ombros e começou a encher os copos com água. Kacey se virou para Jake. –Quaisquer outros segredos de família? Provavelmente não é o melhor momento para dizer-lhe que sua avó estava manipulando todos eles. –Um...– Jake enfiou as mãos nos bolsos. –Travis costumava ter uma queda por você? Pelo menos é o que eu assumi, considerando que ele gaguejava cada vez que estava em torno de qualquer mulher. Travis congelou. –Sim, volte para cerca de uma hora atrás, e você vai ver como ela reagiu a certo pedaço de informação. Jake riu. –Então foi isso que começou a briga. Eu vejo... Kaceyparecia irritada novamente, então Jake decidiu torná-la melhor. Lentamente, ele caminhou até onde ela estava. -Kace, tenho certeza de que você se aborreceu, mas o que você não sabe é que mesmo que ele tenha feito algumas coisas terríveis... Ênfase no terrível... –Obrigado, Jake. –Não tem problema.– Ele sorriu. –Ele é também a razão de sua festa de aniversário de dezesseis anos ter sido um sucesso. –O que você quer dizer?– Seus ombros relaxatam. –Bem...– Jake pôs o braço em torno de sua pequena estrutura. – Este aqui, o que tem a gaguejar, estava com tanta raiva por seu namorado na época não aparecer, que implorou para o pai pedir um favor. –Que favor? Travis olhou para eles nervosamente e balançou a cabeça. –Não importa, Jake. Foi há muito tempo atrás. –Ei, eu só estou tentando ajudar. Mas sim, Travis foi quem convenceu o pai para obter essa banda local para vir tocar na sua festa. Você sabe, aquela que todo mundo estava tão obcecada? Kacey assentiu. –Todo mundo ouviu falar que eles estavam tocando exclusivamente na minha festa, assim que chegou, mesmo quando o idiota do meu namorado Tanner disse a todos para me barrar, porque eu não iria dormir com ele. –Sim, bem...– Jake deu de ombros. –Travis também teve o cuidado de esse cara. – Por que diabos ele estava sendo tão bom para seu irmão? Se ele tivesse qualquer suspeita que eles estavam fisicamente atraídos um pelo outro, ele não estaria ajudando em tudo, mas ele não gostava quando eles estavam brigando tanto. Salientou. E ele não queria ter rugas antes do tempo, ou cabelos grisalhos. –Jake, – Travis acenou para ele. –Não faça isso. –Ele bateu nele, o ameaçou, em seguida, disse a todos que tinha uma obsessão por vampiros. –É por isso que as pessoas continuaram trazendo alho para a escola?– Kacey riu. –Ah! Travis, por que você não me contou nada disso? Eu poderia não ter recheado suas calças de ovos. –Puxa, obrigado – Travis murmurou. Jake usou esta oportunidade de ouro para puxar Kacey para um abraço. –Bem, não posso ter uma recompensa por compartilhar boas informações sobre meu irmão? Seus olhos corriam entre os dois. Ela balançou a cabeça e devolveu o abraço. E nesse momento ele se lembrava exatamente porque que ele tinha caído por ela, em primeiro lugar. Ela se encaixava. Perfeitamente em seus braços. Como se feita para ele. O cheiro dela, a maneira como seu cabelo fez cócegas no nariz, tudo sobre ela gritou conforto e casa. Ele não queria deixá-la ir. Travis limpou a garganta. –Sinto muito. – Jake puxou de volta. –Eu devo ter viajado. –Está tudo bem.– Kacey corou e se aproximou do balcão. Oh, inferno não. Não desta vez. Não desta vez. Travis estava pronto para desencadear qualquer truque que tivesse para obter Kacey longe de Jake. Ele iria sequestrá-la e levá-la para o México antes dele deixar o seu irmão afundar suas garras nela tudo de novo. –Kace. – Travis empilhava os guardanapos em suas mãos. –Quer ajudar a definir o resto da mesa? –Claro. – Ela foi ao redor da mesa colocando guardanapos nos pratos, enquanto Travis assobiou. Jake finalmente se cansou, como Jake sempre fazia, e deu uma desculpa de ver o que estava na TV. Finalmente. –Então, vampiros, né? –Foi o melhor que eu pude fazer. Eu tinha uma gagueira, você sabe, e minha única interação social era o de minha família e o clube de teatro. –Ah, sim, o adoravel clube de drama. Diga-me, qual a parte que você reproduziria de novo? Ele sorriu. -Não é o cão, muito obrigado. Kacey levantou uma sobrancelha, fazendo uma pausa com os guardanapos no ar. Travis soltou uma gargalhada. –Tudo bem, era o gato, mas em minha defesa foi o musical Cats, então você não pode tirar sarro de mim. –Eu acho que não,– Kacey projetava o lábio inferior para fora, como se fazendo beicinho. –Você se lembra da música? –Não vai acontecer, Kace, por isso não tenha muitas esperanças. Você tem que me ter muito, muito bêbado para ouvir essa canção dos meus lábios novamente. –Valeria realmente a pena. Ele riu. –Talvez para você. –Ah, vamos lá, uma pequenina frase. Eu não vou contar para uma alma.– Kacey pôs as mãos nos quadris enquanto ela se movia para mais perto dele. Droga, se ele não se sentir como um gato, enquanto observava os quadris balançar. Na verdade, ele estava quase feliz o suficiente para sair cantando. Ele abriu a boca para cantar, possivelmente, ou, talvez, maldição, ele não tinha certeza de que, quando ouviu a porta bater. –Nós estamos aqui!– Vovó anunciou enquanto ela entrava na cozinha, Sr. Casbon a reboque. O homem estava com um sorriso bobo e uma camisa havaiana enfiada nas calças cáqui. Ao todo, o homem perfeito para a avó. Ela ama o Havaí. E os homens. Sr. Casbon sortudo. -Então, estamos tendo pupu13 primeiro? Os olhos de Kacey arregalaram de horror. Travis sussurrou em seu ouvido: –Ela quer dizer aperitivos. Isso é como eles chamam no Havaí. –E de repente ela é Havaiana? 13 Pupu – cocô, merda. Naquele momento a avó começou a dançar hula na frente do Sr. Casbon. Travis exalava. –Aparentemente. Jake entrou na sala, deu uma olhada na dança da avó, e se virou. É bom saber que Travis não era o único alarmado com o comportamento da vovó. Sr. Casbon sorriu e se juntou a ela. Kacey riu para Travis e deu um tapinha no ombro. – Devemos mostrar-lhes como se faz? Confuso, ele a olhou lentamente mover os quadris. Seu cérebro disse para fechar a boca. Ele também disse a si mesmo que se ele continuasse cobiçando-a estaria condenadamente desconfortável na frente de sua avó. –Vamos, Trav.– Kacey piscou e ergueu os braços acima da cabeça. Ele a puxou para perto e começou a um ritmo que era tudo menos uma dança hula. Ele era lento, fluido, sensual. Suas mãos esfregando lentamente seus lados, até que caiu a seus quadris, mantendo-se ali, incapaz de se mover enquanto ele fechava os olhos. Travis não se importava. Ele foi além do carinho. Então, e se ele estava envergonhando a si mesmo? Ele estava acima disso, feito. Ele só queria tocá-la, abraçá-la. –Travis– Ele abriu os olhos, e Kacey estava a centímetros do seu rosto. –Eu acho que nós temos um pouco de audiência.– Seu rubor disse que ele deveria olhar, mas ele estava muito envergonhado. Rapidamente ele se afastou dela e depois olhou. Avó e Sr. Casbon ficaram observando-os, cada uma de suas cabeças inclinadas em um ângulo. –Bem, isso foi romântico. – Vovó piscou. –Eu estava apenas...– Travis arranhou a parte de trás da sua cabeça. O quê? Cobiçando? Tendo devaneios gráficos de qual seria a sensação de segurar Kacey nua em seus braços? –Dançando – Kacey interrompeu. –Na minha época...– Sr. Casbon pigarreou. –Quando rapazes dançavam como eles, conseguiam que as meninas ficassem grávidas. Travis sentiu seu rosto queimar. –Você não vai deixa-la grávida, você vai, meu filho? Esse cara era real? –Umm... – Não, apenas diga não. Por que sua boca não fazia seu trabalho? –Não, a menos que você possa engravidar se dançar muito perto, Sr. Casbon. – Kacey deu um tapinha no ombro de Travis, sacudindo-o de seu estado de paralisia. –Eu tenho certeza que é possível. – O velho apontou o dedo para o ar, em seguida, virou-se para avó e puxou-a contra ele. –Estou feliz por estarmos velho o suficiente para não me importar. –Oh Senhor misericordioso, – Kacey murmurou. Travis deu uma cotovelada nela. Eles continuaram a olhar como avó riu enquanto estava nos braços do Sr. Casbon. –Ela é uma espécie de vadia, – Kacey sussurrou. -Espécie de...? - Vovó não estava apenas flertando. Ela era... Bem, a palavra não era algo que Travis queria usar na mesma frase com avó. –Hora de comer!– Sua mãe anunciou, caminhando para a sala. – Oh, céus.– Ela colocou a mão sobre o coração quando seus olhos encontraram aavó e Sr. Casbon se abraçando. –Vamos, er, basta tomar os nossos lugares, então! Jake! Jake, entre aqui. É hora de comer! Todos se sentaram ao redor da mesa. –Wescott!– Bets gritou. – Wescott, é hora, querido. Pare de brincar com o computador e venha aqui. Seu pai correu para a sala e sentou-se. –Por que temos cartões de lugares? Bets olhou. –Pensei que seria melhor, considerando...– Ela olhou para Travis, então Kacey e, finalmente, Jake, que sentiu a necessidade de agir inocente e encolheu os ombros, em seguida, piscou na direção de Travis. Idiota. –Então, – Sr. Casbon disse enquanto começou servindo quantias de bolo de carne em seu prato. –Eu entendo que vamos ter um jogo empolgante de Monopoly hoje? Vovó riu e corou. Ele disse empolgante, não excitante. Eles não estavam jogando Strip Monopoly. Imagens que nunca queria ver começaram a bater em sua cabeça, e então ele olhou para Kacey. Imediatamente, as imagens foram substituídas por visões de saborear seus lábios fazendo beicinho, passando as mãos pelos cabelos, beijando pelo corpo dela até... –Travis? Você ouviu o que a vovó perguntou? Preso, ele olhou em volta da mesa de jantar, todos os olhos estavam sobre ele, que era uma espécie de bênção, considerando que ele provavelmente estava envergonhado além das palavras, se eles olhassem para o estado em que ele estava em baixo da mesa. –Desculpe, o que você disse, vovó? –Eu disse...– Ela deu a ele um olhar aguçado. – ...que a última vez que joguei Monopoly com você, você teve a audácia de vencer. –Esse é o ponto. –Eu sou mais velha. Você deve deixar a vitória aos idosos. –Vovó, se bem me lembro, você não só tentou me embebedar batizando meu refrigerante, mas você esmagou meio Benadryl na minha bebida quando eu não estava olhando. Temos sorte que eu estava respirando quando o jogo terminou. Avó fungou. –Não há nada de errado com um pouco de concorrência forte ou alguma manipulação para tornar as coisas mais interessantes. Além disso a ideia de Benadryl foi completamente de Kacey. É a resposta para tudo. Assim como o filme casamento grego e Windex. –Perdão?– Travis inclinou para frente. –Oh, você sabe. – Vovó acenou com a mão de joias para o ar. – Tem uma picada de mosquito? Dê um Benadryl. Não consegue dormir? Dê um Benadryl. Não é possível desempenhar no quarto... –Eu duvido que Benadryl vai ajudar nessa situação,– Travis interrompeu. –Oh, eu não sei nada sobre isso, – Casbon acrescentou um brilho malicioso nos olhos dele quando ele pegou a mão da Vovó e beijou-a. Travis virou a cabeça na direção de sua mãe, querendo que ela mudasse de assunto. Ela estava corada e brincando com a comida, seu pai estava tentando abafar uma risada. Ele era a única pessoa sã na mesa? –Então, você nunca me respondeu.– Vovó apunhalou a salada com o garfo. –Qual foi a pergunta? Desculpe, eu estava distraído com a conversa de atividades extracurriculares provocadas por drogas. –Você vai ser parceiro de Kacey? Ela sempre trapaceia como uma criança, e eu preciso de alguém com mão firme para espancá-la, se ela sair da linha. A água que deveria, por todos os meios, descer pela garganta de Travis, saiu de sua boca, caindo diretamente no rosto de Jake. –Obrigado, cara. –S-sinto muito.– Travis engasgou, olhando para sua avó. Ela deu- lhe uma piscadela atrevida e tomou um gole de vinho. Ela sabia exatamente o que ela havia dito. Se ela não ficar de olho, ele realmente estava indo para drogá-la, e seria um inferno de muito mais forte do que Benadryl. Ela podia contar com isso. –Eu adoraria. – Travis limpou a boca com o guardanapo e sorriu para sua avó. –Depois de tudo, eu duvido que Kacey vá sair da linha. Ela já sabe que é uma batalha perdida quando ela tenta ir contra mim. –Oh, mas Travis, -Kacey balbuciou outro lado da mesa. –Isso é exatamente onde eu quero estar. Ela estava brincando. Ele sabia que ela estava brincando, mas ele ainda não podia forçar seu coração a não saltar, ou sua respiração voltar ao normal. Incapaz de falar, ele simplesmente levantou o copo de água em sua direção e orou para que ninguém notasse o quão irregulares eram seus movimentos. Conforme a conversa ficou mais calma e as pessoas começaram a comer, Travis, de repente teve um sentimento de pavor caindo sobre ele, como se alguma coisa estivesse prestes a ir terrivelmente errado. Ele olhou para cada indivíduo na mesa, tentando descobrir por que se sentia assim, arisco. E justamente quando ele estava se preparando para rir disso, com os olhos focados em sua mãe. Ela tinha o olhar. O mesmo que crianças pequenas temem. O olhar que cada mãe tem quando tem algo que ela precisa dizer, mas prefere assustar a merda fora de você antes de abrir a boca. É o olhar silencioso, o que traz um homem de volta à sua infância em poucos segundos. No final do jantar, todos saíram para mudar suas roupas mais confortáveis para o jogo Monopoly, mas Travis ficou. Sua mãe limpou a garganta e inclinou-se para frente, colocando os cotovelos sobre a mesa. –O que está acontecendo, Travis? –Nada, – ele mentiu, e desviou o olhar, muito óbvio . –Ela não é sua, – disse sua mãe suavemente. –O quê?– Sua cabeça se ergueu. –Kacey. – Ela balançou a cabeça e afastou-se da mesa, lentamente o circulando para tomar um assento ao lado de Travis. – Querido, ela está noiva de seu irmão. –Eu sei disso. – Ele também sabia que Jake era uma mentira, filho da puta manipulador, mas ele se manteve em silêncio. –É apenas uma paixonite. Ela estava falando com ele como se ele tivesse quinze anos, e de repente ele estava com raiva. Ele não tinha crescido? Ele era um homem, um homem capaz de tomar suas próprias decisões. –Mãe, eu tenho vinte e três anos. –Você está agindo como se estivesse na escola, Travis. Vocês estão constantemente na garganta um do outro, e eu juro que se você ficar olhando para ela do jeito que estava durante o jantar, Jake vai descobrir. Ele vai ficar com o coração partido. Travis bufou. –Ele tem que ter um coração em primeiro lugar. –Travis Titus! –Desculpe, – ele murmurou, se sentindo um ancião e imaturo de uma vez. –Não é um grande negócio, ela não significa nada para mim, você sabe disso. Estamos apenas nos divertindo. Um prato caiu atrás dele. Ele se virou para ver Kacey de pé na cozinha. –Sinto muito. – Seu sorriso era forçado, enquanto ela se ajoelhou e pegou o prato caido. –Eu não sei o que aconteceu. Ele só escorregou. Espero que eu não esteja interrompendo nada. Eu encontrei este prato na sala e queria ter certeza de que foi lavado com o resto deles. – Kacey apenas divagava quando ela estava realmente irritada ou nervosa. Bets rapidamente a ajudou a limpar a bagunça. –Você ainda está pensando em jogar o jogo mais tarde, certo? –Claro. – Kacey sorriu docemente, em seguida, olhou para Travis. –Eu tenho um parceiro para carregar, depois de tudo. Raiva. Ela estava definitivamente com raiva. CAPITULO 21 No momento em que todos estavam reunidos na sala de estar, Kacey estava fumegando. Ela sentou-se na mesa grande e suspirou. Travis era um idiota, de modo que ela se recusou a olhar para ele. E Jake estava olhando para o seu reflexo em sua colher. Sério? As coisas tinham mudado entre Travis e ela, ou assim ela pensava. Mas seu mundo tinha mudado tremendamente, tudo dentro do espaço de cinco minutos. Ela estava limpando a sala de estar, literalmente, recolhendo depois da sessão de lanches de Jake, quando ela ouviu Travis e sua mãe conversando em voz baixa. Não pensando em nada disso, ela entrou na sala, e, em seguida, ouviu o tema da conversa. Era ela. E Travis estava negando ter qualquer tipo de afeição por ela em tudo. Se houve alguma coisa que ele basicamente disse a sua mãe foi que ele odiava Kacey. Ela não significa nada para mim. Por que essa simples frase fez seu coração apertar?Não era como se ela gostasse de Travis. Ela engoliu em seco. Foi uma pequena atração, um pouco de dor inconveniente em seu coração. Talvez fosse apenas porque ele estava lhe dando atenção e ele estava lindo. De qualquer maneira, isso estava terminando. Agora. E ela sabia exatamente como se vingar. Esfregando as mãos, ela sorriu. –Eu conheço esse olhar – Jake disse, sentado em frente a ela. –E eu sou homem o suficiente para admitir que eu estou com um pouco de medo agora. –Por favor, – Kacey bufou. –Quando eu fiz qualquer coisa remotamente cruel com você? –Você quer dizer exceto partindo meu coração na nona série, quando eu vi você beijando Tom Williams atrás do ginásio? Os outros na mesa os ignoraram, mas Travis, que estava agora se mexendo sem parar ao seu lado. –Eu nem sequer gostava dele. Eu estava apenas experimentando, – Kacey argumentou. –Além disso, todos nós sabemos que o melhor beijo que eu já tive é... Travis limpou a garganta. –Ah, sim, e quem é esse?– Jake se inclinou para frente. –Eu não estou dizendo. – Ela mordeu o lábio enquanto examinava cada peça do jogo tentando decidir o que ela queria ser. –Eu aposto que eu sei. – Jake cruzou as mãos atrás da cabeça. – Quero dizer, além de mim.– Ele piscou. –Foi John Davis? –John Davis?– Kacey torceu o nariz. –Não, não foi John. –Kevin Tatus? Kacey balançou a cabeça. Talvez ela devesse ser o sapato. E então, quando ela passou o tabuleiro de jogo para Travis para que ela pudesse pisar em sua parte do jogo. –Sean Halverson? Kacey revirou os olhos. –Por favor, esse menino estava no fim da lista e acho que você sabe o porque. –Mãos errantes que ele tinha. – Jake balançou a cabeça. –Eu tenho isso!– Ele estalou os dedos. –Cooper Reynolds! Tem que ser ele. Meninas choravam quando ele rompia com elas, como se alguém estivesse morrendo ou algo assim. Eu garanto que é ele. Você sabia que ele está solteiro agora. Travis bateu com o punho na mesa, silenciando a conversa. – Desculpe, pensei ter visto um inseto. Kacey olhou para ele e, em seguida, levantou a sobrancelha. – Sério? Eu não vi nada. –Ele estava lá.– Ele apontou, com os dentes cerrados. –Tem certeza que não está imaginando coisas?– Disse ela com firmeza. –Afinal de contas, nós dois sabemos o quanto você gosta de coisas imaginárias. Tomemos, por exemplo, o seu coelhinho. Você ainda dorme com isso? Travis sorriu firmemente. –Eu não sei Kace, você ainda chupa o dedo? Seus olhos se estreitaram. –Oo, maduro Travis. Diga-me, você tem que planejar as conversas em sua cabeça para você não gaguejar, ou você está, além disso, agora? Ela sabia que tinha atingido um nervo. Ele murmurou um palavrão. –Podemos jogar o maldito jogo? Vovó riu. –Oh crianças, vocês sempre foram tão implicantes. Sim, vamos jogar. Agora Kacey, lembre-se de não trapacear. –Eu não trapaceio. – Kacey cruzou seu coração. –Eu não sou o tipo que trapaceia. Os olhos de Jake piscaram para ela antes dele olhar para baixo e limpar a garganta. Kacey agradecida que ninguém percebeu a troca, mas, em seguida, olhou para a direita. Travis estava olhando para os dois, com a cabeça olhando para trás e para frente. Ela forçou um sorriso e encolheu os ombros. –Kace, você quer um pouco de chá ou algo assim? Você sabe, para você se acalmar. –Eu estou calma. – Ela era por nenhum esforço da imaginação calma, sentada ao lado de Travis e seus olhos perspicazes a fazia querer gritar. No topo disso, sua colônia decidiu flutuar fora dele muito perto de seu nariz, fazendo a sua boca secar e sentir a língua grossa na boca. –Eu volto logo, independentemente de quanto nós desprezamos um ao outro. Eu ainda preciso de você para ser uma boa parceira para que eu possa vencer Jake. –Em seus sonhos. – Jake riu, então olhou para o seu dinheiro. – Ok, pessoal, é hora. Vamos rolar para ver quem vai em primeiro lugar! Travis saiu da sala, mas rapidamente voltou com o chá e entregou a Kacey. –É envenenado? –Não. Você deve estar orgulhosa. Eu nem sequer coloquei qualquer Benadryl ai. –Piedade – Vovó disse do outro lado da mesa. –Vamos fazer isso.– Wescott ergueu o punho no ar. Ao todo, a família Titus era muito animada para a noite de jogo familiar. Ela havia esquecido o quão intensa, geralmente era. Ela logo lembrou-se quando sua avó começou a gritar que Wescott estava desviando dinheiro do banco. –Um...– Kacey levantou a mão. –Como é que rouba no Monopoly? Wescott encolheu os ombros. Vovó olhou. Bets riu e deu um tapinha no seu marido sobre o joelho. Kacey assistiu a troca, em seguida, percebeu que sim, o dinheiro havia sido deixado em sua perna. –Trapaceiros – ela empurrou a cadeira para trás. –Vocês dois, são trapaceiros! De repente, ela se sentiu muito, muito ligada, como se alguém lhe tivesse dado um café espresso duplo. A cafeína empurrou para cima. Ela não tinha uma boa reação quando tomava muito. –Eu não tenho ideia do que você está falando, querida.– Bets sacudiu a cabeça inocentemente. –Mentiras!– Jake apontou para os dois e virou-se para o Sr. Casbon, que também foi nomeado como juiz do jogo. –Peço uma investigação, senhor. –Com que fundamentos? –Trapaça, o dinheiro muda de mãos por debaixo da mesa. Se você olhar para as provas, você vai ver tão claramente como eu faço. Mãe está escondendo alguma coisa e o Pai está suando. Sr. Casbon levantou-se da cadeira e começou a andar em círculos em volta da mesa. Todo mundo ficou em silêncio. –Wescott, o que você diria? –Inocente. –Hmm.– Sr. Casbon parou atrás de Bets e olhou por cima do ombro. –E você, o que você tem a dizer por si mesma, senhorita? –N-não sou culpada.– Ela engoliu em seco. –Então você não vai se importar se eu olhar sob sua cadeira? –Hum, bem, eu não tenho certeza que é... –Ah-hah!– Sr.Casbon acenou com algumas peças de dinheiro de papel no ar, então se levantou em toda sua estatura. –A minha decisão. – Ele limpou a garganta. –Desclassificados! Bets e Wescott gargalharam em seguida se beijaram. –Nós tentamos, querida,– Wescott cantava no ouvido de Bets. –Tivemos uma boa partida. –Bem, isso termina nossa noite.– Bets riu. –Kacey, eu espero que você e Travis tenham sobrevivido. –E eu?– Jake parecia ferido, mas todos sabiam que ele estava apenas brincando. –Você, meu querido, ganha toda vez. Então, eu nunca vou torcer por você, apenas pelos perdedores. –Tudo bem.– Ele fez beicinho, em seguida, começou a contar o dinheiro em uma voz muito irritante. Ficaram só cinco deles. Kacey sentia como se seus olhos fossem cair fora de sua cabeça, pois eles pareciam estar muito abertos, como se ela não conseguisse relaxar e muito ar foi o atingindo, tornando-os secos. –Você tem mais chá?– Ela sussurrou para Travis. Ele sorriu e acenou com a cabeça. –Claro, eu já volto. Em poucos minutos ele tinha outra caneca fumegante de chá. – Isso deve ajudar. Ela bebeu rápido, totalmente esperando para fazer o truque. Uma hora mais tarde, Jake também tinha sido desclassificado - aparentemente desfalque correu na família, isso e trapaça. Ele saiu da sala num acesso de raiva, deixando um rastro de papel de dinheiro que caiam dos bolsos recheados. Elegante. Era quase meia-noite e avó parecia estar ganhando apesar da tentativa de Kacey colocar um hotel em cada propriedade que possuía. –Isso pode durar para sempre, – disse Casbon amuou. –Eu digo que temos um critério de desempate. –Combinado.– Kacey não estava cansada, mas ela calculou que as pessoas de idade queriam... socializar. –A primeira pessoa que rolar um duplo seis, ganha o jogo. –Facil suficiente.– Travis pegou os dados e rolou. –Um dois e quatro. Vovó rolou. –Um e cinco. Mr. Casbon amaldiçoou quando seu rolo acabou em uma dupla de um. –Sua vez.–Vovó entregou os dados para Kacey. –Por que você não pede para Travis soprar sobre eles para dar sorte? Travisficou rígido ao lado dela. O idiota. Ele poderia pelo menos fingir não ser tão ofendido por sua presença. Revirando os olhos, ela se virou para ele e abriu a mão. –Sopre. Os olhos de Travis escureceram, os lábios entreabertos, e por um segundo ele olhou como se fosse beijá-la. Lentamente, sua cabeça desceu, e ele soprou suavemente em suas mãos, enviando arrepios por todo o caminho até os dedos dos pés. Os dados voaram através da placa. –Você ganhou, você ganhou!– Vovó bateu palmas. –Muito bem, crianças! Mas Kacey não olhou para o tabuleiro. Ela não olhou para a avó. Seus olhos ainda estavam treinados nos lábios de Travis. Maldito. Para seu crédito, ele não sorriu, nem ele puxou o olhar. Eles simplesmente ficaram olhando um para o outro, cada respiração entrecortada. –Nós estamos saindo então.– Vovó anunciou. Kacey saiu de sua névoa. –Saindo? Mas vovó você vive aqui. –Eu faço,– Vovó confirmou, ajudando Sr. Casbon a levantar. –Mas o meu amante é o menino da porta ao lado, então eu estarei andando até lá com ele. –Quais são as suas intenções com a minha avó? – perguntou Travis, entrando na conversa. Sr. Casbon sorriu. –Eu vou fazê-la uma mulher honesta. Travis riu. –Isso é tudo que eu peço.– Ele jogou as mãos para o ar em sinal de rendição. Eles desapareceram pela porta, deixando Kacey e Travis e o jogo de tabuleiro. O silêncio era ensurdecedor. CAPITULO 22 Será que eles nunca se darão bem? Como se para responder a essa pergunta, Kacey soprou o cabelo longe de seu rosto e olhou para ele. –Você vai me ajudar a limpar a bagunça ou o quê? –Hmm, deixe-me pensar.– Ele se recostou na cadeira. –Ajudá-la a limpar o jogo ou assistir você se curvar e fazer isso sozinha. Decisão difícil. –Você. É.Um.Id... –Ei agora. – Travis lentamente se levantou da cadeira e caminhou até a mesa de jogo. –Você acha que podemos ir para uma conversa inteira sem xingar um ao outro? –Sim,– ela disse com firmeza. Ela era horrível em mascarar suas emoções, e ela estava obviamente chateada. –O que há Kace? Você não está sendo você. Ela bufou. –Como você sabe? –Eu passei mais tempo com você do que Jake neste fim de semana. Acho que posso dizer quando você está chateada, especialmente considerando que você esta endireitando aquela pilha de dinheiro durante os últimos cinco minutos. Sua mão congelou sobre o dinheiro. Ela desabou na cadeira. Ele não tinha certeza se ele deveria pegá-la em seus braços e beijar sua raiva ou apenas tê-la justo ali mesmo. –Eu quero dar um soco,– disse ela suavemente, como se ela estivesse comentando sobre a cor do tapete. –Tudo bem...– ele falou –Agora? –Agora é bom. Ela fez uma investida para ele e golpeou-o no ombro. Seu equilíbrio estava fora, fazendo-o cair no chão com um grunhido alto. Kacey ficou em cima dele, claramente desconhecendo o quanto ele queria rasgar suas roupas de seu corpo e ter sua maneira com ela na mesa de cartas. –Você era um valentão feio quando eu era pequena. Ela lhe deu um soco no braço novamente. –E então você tem a audácia de crescer e ficar bonito? Oh Deus, ela estava finalmente perdendo a cabeça. Ele empurrou- a com sucesso para fora da borda. –Como você se atreve a ser qualquer coisa, mas muito atraente!– Ela apertou seu braço. Ele gritou de dor. –O que você quer que eu faça? –Desculpas,– ela grunhiu. –Por quê? –Por...– Ela olhou para suas mãos e sussurrou: –Por dizer que não importa. Travis gemeu e colocou as mãos sobre o rosto. –Você ouviu isso? Kacey assentiu, ainda montada nele. Ela olhou para baixo e lançou-lhe um sorriso. –Não é um grande negócio. Eu só queria que você sofresse um pouco. –Kace, olhe.– Ele agarrou seus braços. –Você é importante, você sabe. Se você não fosse importante... Ele não podia fazer isso. O que o impedia? –Se você não fosse importante,– ele repetiu. –Então, por que eu iria perder todo esse tempo mexendo com você? Seus olhos se estreitaram. –Eu acho que isso é o mais perto que vou chegar a um pedido de desculpas, não é? –Absolutamente.– Ele sorriu. –Pelo menos eu tenho algumas oscilações,– ela murmurou, afastando-se dele, apesar de seu corpo pedir para ficar. –Sim, você faz.– Ele se levantou. –E, quem sabe? Talvez eu vá acordar com algumas contusões que você fez, amanhã de manhã. –Só podemos esperar.– Ela estendeu a mão. –Trégua? Claro que não. Sem trégua, o corpo dele gritou para ele, em vez disso, como um idiota, ele apertou a mão dela. Amigos. Ele podia fazer amigos. Ele era um adulto, afinal. Kacey sorriu e inclinou-se para pegar o dinheiro de papel do chão. Seus olhos focados na bunda dela. Então, talvez ele fosse um cara de quinze anos preso no corpo de um adulto. Foi alarmante o quão rápido ele estava ligado apenas olhando para ela. –Hum, Kace? Por que não vai para a cama? Eu vou limpar. Eu provavelmente mereço depois de dizer que não importa. –É verdade.– Ela piscou, então deixou cair o dinheiro de volta para o chão deixando espalhar para que ele tenha que recolher novamente. –Maduro.– Ele acenou com a cabeça. –Sempre.– Ela saltou fora. Nossa, ela tinha muita energia para... Oh merda. Ele esqueceu. Ele tinha ficado tão louco que ela estava flertando com Jake e não prestou atenção que ele tinha feito o seu chá com cafeína. E então ela o levara tão insano ao próximo pote que ele tinha feito o mesmo. Ele tinha uma suspeita muito furtiva que a trégua estava prestes a acabar. –Bem, isso durou pouco – ele murmurou enquanto juntava as peças do jogo e começou a jogá-los na caixa. No momento em que o jogo foi limpo, já era quase 01h00. Cansado, ele caminhou lentamente para a nova ala da casa e entrou no quarto principal. Tudo parecia estranho. Kacey estava em seu quarto, que era tecnicamente o quarto de hóspedes, e ele estava nesta suíte master monstruosa com nada além dos grilos cantando lá fora para lhe fazer companhia. Como, em dois dias, ele tinha feito uma bagunça das coisas? Sua mente era um redemoinho de confusão. Primeiro Kacey, então a avó agindo como se ela não tivesse tido mini-derrames nos últimos meses, e agora Jake agindo como um cara legal. Ele podia lidar com Jake sendo um idiota, mas quando ele era legal parecia tão forçado e falso. Ele não queria Kacey apaixonanda por ele. Mas como não poderia? Jake era muito, muito bom em ser carismático. Travis sentou-se na cama e gemeu em suas mãos. Kacey era uma obsessão, que ele não conseguia superar, não importa quantos anos levava para um ver o outro. Um minuto ela parecia irritada com ele, o próximo, quase podia jurar que ela queria que ele a beijasse. O que provavelmente significava que sua mente estava brincando com ele. A última vez que eles se beijaram, ela admitiu estar semi- bêbada, o que não era nada bom para sua confiança de que ela queria repetir o ato. Xingando, ele foi para o banheiro e escovou os dentes em seguida, tirou a roupa e pulou na cama. CAPITULO 23 -Bastardo!- Kacey socou o travesseiro com seu punho. -Claro que o chá não era descafeinado, seu idiota.- Ela amaldiçoou e jogou as pernas sobre a cama. Com um gemido, ela abriu a porta do quarto e caminhou pelo corredor até a nova ala da casa. Eu não vou me permitir ficar assustada com as esculturas estranhas, ela repetiu varias vezes, enquanto entrava na nova ala. Travis era o único hospedado nesta seção da casa. O que, por um lado, era bom, pois significava que ela não tinha que vê-lo tão frequentemente, considerando que ele tinha entrada separada e independente para a gigantesca propriedade. Não que isso importasse. Tinha passado praticamente cada momento do dia com o homem. Por outro lado, também significa que, quando ela tivesse que ir procurá-lo às 2:00 am, ela teria que atravessar uma galeria de máscaras reais que, em sua opinião,poderia de repente estourar para a vida a qualquer momento. Ela finalmente chegou ao fim do corredor, onde duas portas duplas residiam. A suíte principal. Vou castrá-lo. –Travis. - Ela bateu a porta. -Eu sei que você está aí! Venha aqui e lute como um homem! Nenhuma resposta. -Filho de uma... -Que diabos, Kace? Sabe que horas são? -Travis abriu a porta quando ela estava prestes a mandá-lo para o inferno, ele se arrastou para fora. As palavras, no entanto, não fluíram como ficou de queixo caído. O homem estava nu, bem, não completamente. Ele estava usando uma curta cueca boxer que não fazia nada para esconder os músculos fortes das pernas. Ele encarnava verdadeiramente o pecado. Um grande choque. -Você!- Ela bateu seu peito esculpido e empurrou-o para o quarto, batendo a porta atrás dela. -Você e sua malandragem não são bem- vindos, Travis Thomas Titus! -Uau, calma aí, não vá soltando o meu nome completo. As coisas não podem ser tão ruins assim. -Ele empurrou seu cabelo castanho- dourado encaracolado de seu rosto e bocejou. -Agora, você pode, por favor, me dizer o que eu fiz para que eu possa voltar a dormir? Alguns de nós não ficam até altas horas da noite pensando em maneiras de torturar outras pessoas. -O chá...- Kacey empurrou novamente. - ...não era descafeinado! Um sorriso irrompeu no rosto de Travis. -Oh? Kacey atingiu seus ombros, mas ele era muito rápido, jogando-a de costas na cama muito confortável e pairando sobre ela. Não é bom. Oh Deus de acima, ele era quente e, não olhe, Kacey. Simplesmente não olhe. -Kace, por que está com os olhos fechados? Vamos lá, abra-os, e lute comigo como um homem. -Ele piscou e inclinou-se perto o suficiente para roçar um beijo em seus lábios. Para sua vergonha final ela se inclinou para frente com expectativa. -Sinto muito sobre o chá, mas eu tenho uma reputação a zelar. E você me prometeu nunca contar a ninguém sobre o coelho, que eu costumava dormir com ele, bem como tudo mais que você colocou sobre a mesa esta noite. -Saiu sem querer! -Fizemos um juramento de sangue, - ele argumentou, seu hálito quente arrepiando seu pescoço. -E eu queria vingança. -Tudo bem!- Seus dentes se apertaram em aborrecimento. -Mas agora você vai ter que sofrer as consequências. -Eu tremo de medo. - Travis afastou-se dela e mergulhou sob as cobertas. -Ei, você pode apagar as luzes quando sair? Riso maníaco irrompeu de seus lábios. Sim, definitivamente ficando sem dormir. -Eu não estou indo embora. -Normalmente, quando uma mulher seminua diz isso, e ela está tão perto de minha cama, isso significa que eu estou prestes a fazer sexo. Mas a julgar pelo olhar em seu rosto, eu acho que não é o que você está querendo. -Eu vou dormir com você. Os olhos de Travis saltaram de sua cabeça. Ele olhou da direita para a esquerda e, em seguida, cuidadosamente puxou os cobertores para trás e cobriu-se com as duas mãos como se ela fosse um animal perigoso pronto para atacar. -E você não vai transar. Você vai dormir também. Então estará dividindo a cama amigo. Você acaba de adquirir um colega de quarto! Travis olhou nervosamente, em seguida, olhou ao redor da sala. - Eu ronco como um porco dormindo. Confie em mim, é melhor você dormir no chão. -Não, eu acho que fico com a cama.- Kacey sorriu. -Ah, e eu ronco, e às vezes tenho pesadelos. Então, se eu começar a gritar basta balançar-me, mas certifique-se de ser gentil. Se você acorda alguém de um terror noturno e assustá-lo... bem, vamos apenas dizer que é quando ele se transforma em homicida. Travis parecia querer dizer alguma coisa, mas ao invés disso ele caminhou até a luz e desligou. Então rastejou de volta para a cama. -Se você me pedir para acolher você, eu vou sufocá-la com meu travesseiro, - ele resmungou. -Por favor, como eu quisesse o seu apêndice em qualquer lugar perto do meu corpo. -Continue dizendo para você mesma Kace. -Tenha uma noite infernal. -Boa noite, querida. Oh Deus, me senti tão bem. Tão bom. O que diabos ele fez em seu passado para merecer tal castigo a ter uma garota que ele tinha uma queda por praticamente toda a sua vida, dormindo em sua cama? Ele lutou para controlar seu desejo, sabendo que era uma batalha perdida. Mas o que ela acharia se ele de repente a atacasse? Sem dúvida, ele seria esfaqueado. Então, depois de duas horas incansáveis, Travis finalmente caiu no sono sonhando com Kacey dançando de camisola. Mas o que...? Travis sacudiu acordando quando Kacey deu um soco em seu estômago. Ele recuou e trouxe os joelhos contra o peito, em um esforço para proteger sua masculinidade. -O que você está fazendo! -Oh, desculpe, - disse Kacey grogue. -Minha mão escorregou. -Sua mão escorregou, minha bunda...- ele resmungou, conseguindo fugir para longe e voltar a dormir. Em poucos minutos, foi novamente despertado por Kacey, desta vez falando em seu sono sobre o queijo e, em seguida, citando todos os tipos diferentes em ondem alfabética. -G para gouda, e... Ele apertou a mão sobre a boca, na esperança de silenciar a megera, mas em vez disso ela continuou resmungando sob sua mão, ao mesmo tempo que esticava seu corpo debaixo dos cobertores. Como poderia ajudar se seus olhos naturalmente foram para a curva de seus seios? Ou como seu sangue ficou aquecido apenas com a visão de sua pele cremosa vestindo sua blusa e shorts curtos? Ele disse aos seus olhos para se moverem. Ele pediu a sua mente para parar de reproduzir imagens de como ela ficaria sem a parte superior do top cobrindo-a. Na verdade, ele estava tentando ser um cavalheiro, e, em seguida, o inevitável aconteceu, não porque ele tivesse planejando isso, e porque eles estavam em uma cama, e ele estava exausto e ela estava...lá. Realmente, isso não tem nada a ver com seus sentimentos ou amor por Kacey. Com uma maldição, ele tirou a mão da boca e esmagou seus lábios contra os dela. Suas mãos agarraram seus ombros e, em seguida, ele estava em cima dela, abrangendo ela. Agressão derramando dele quando ele bateu os braços contra os lados e continuou seu ataque. Kacey gemeu, e depois saltou para a ação, enfiando a língua em sua boca com uma necessidade quente como fogo, que ele estava meio tentado a cair de joelhos em êxtase e, depois, novamente ele já estava de joelhos, abrangendo a deusa como ela chegou por trás de sua cabeça e puxou o pescoço mais perto dela. Deitado sobre ela, ele sabia que ia acontecer, provavelmente porque era o próximo passo lógico. Lógica, a lógica, qual foi o significado dessa palavra de novo? E então...então alguém estava à porta. -O que... Ele se afastou de Kacey, de repente pousando no chão em um emaranhado de lençois. -Sim?- Sua voz agitado estava cortada. -Desculpe, querido, é a mamãe. -Oh, não!- Kacey gritou, tropeçando no mesmo lençol e desabando em cima dele. Seus olhos se arregalaram e sua boca se abriu. Travis bateu com a mão sobre ela e lhe deu um olhar mortal. -Eu acabei de acordar, mãe. Você precisa de algo? -Que diabos era a essa hora? -Oh, não. Eu pensei ter ouvido algum barulho, como uma pessoa gritando ou ronco, ou... Eu não sei. É provavelmente a minha imaginação, mas eu queria ter certeza de que você estava bem. -Eu estou bem, mamãe - disse ele, em silêncio, pedindo a ela para sair. Kacey moveu-se em cima dele, e depois deu um beijo molhado em seus lábios. Ele estava indo para estrangulá-la. E então ela montou nele. -...e eu sei que você não tem mais o seu coelho.- A voz abafada de Sua mãe entrou pela porta. -Engraçado como eu não tinha pensado nisso até Kacey lembrar esta noite. -Eu não...- disse ele entre beijos. -Preciso do...- Oh Deus, sua boca estava tão quente. -...do coelho maldito!- Ele quase gritou. -Eu sei, querido, você era tão ligado a ele antes de ir para a faculdade, e eu sei como você o chama de Kacey. Hmm. Por que o nomedele é Kacey? Eu esqueço. Não foi ela que deu ele para você. Estranho. Kacey congelou em cima dele, o beijo parou, e ele pediu a Deus que ela não tivesse escutado tanto. Kacey deu-lhe um olhar quase horrorizado de pânico. Ela estava assustando seu parceiro de cama. -Oh, bem,- sua mãe disse quando ele não respondeu. -Vejo você no café da manhã. Daqui a duas horas, assim você tenha algum tempo. Tchau! CAPITULO 24 Kacey lutava para manter suas mãos em seus lados, quando na verdade, tudo o que ela queria fazer era estrangular o homem que ela ainda estava montando. -Você deu ao seu coelho o meu nome? Você me odiava no colégio. Por quê? -Ela cruzou os braços. Travis olhou para longe. -Não se iluda Kace. Eu nomeei o coelho depois porque achei que era o único nome que eu estava convencido de que iria evocar o medo, mesmo o mais assustador dos monstros. -Por isso não tinha nada a ver comigo?- Kacey se perguntou por que ela de repente estava chateada. -Oh, tinha tudo a ver com você.- Travis agarrou-a e puxou seu corpo apertado contra ele enquanto ele se inclinou e beijou-a novamente. -Afinal...- Seus lábios torturando seu pescoço, ele gemia em seu cabelo, e Kacey odiava que ela estava tão facilmente seduzida pelo homem que estava tentando não cair durante toda a viagem. -...eu não tinha permissão para torturá-lo fisicamente. Fui educado para ser um cavalheiro. Assim, sempre que você... me frustrou... -Ele mordeu sua orelha e reivindicou seus lábios novamente. -...eu chegava em casa e batia no meu coelho. -Você tirou a sua frustração sexual em um coelho?- A voz de Kacey estava sem fôlego. -Quem disse que eu estava sexualmente frustrado? Porcaria. Agora, o que ela vai fazer? Mentir? Beijá-lo novamente? Dar uma joelhada nas bolas? -Eu, uh,- ela gaguejou. -Eu apenas assumi que era a vida que levou, quase como um eunuco. Você sabe, porque você não namorava muito e teve que levar aquela Jezebel ao baile com você. Travis revirou os olhos. -Eu vou deixar a minha prima saber que você disse oi. -Ela sempre foi uma querida.- Kacey e a prima de Travis, Lucy, tinham tido uma briga naquela noite, quando ambas apareceram com o mesmo vestido. Lucy, com todos os seus dons naturalmente dados por Deus, quase tinha saído para fora do vestido, enquanto Kacey precisava de enchimento no dela para preenchê-lo. Não era culpa dela ter um início tardio! A noite inteira foi arruinada quando Lucy, em um ataque de luxúria - e, mais álcool provávelmente - fez um movimento para Jake. Eles eram, afinal, apenas primos de segundo grau. Isso não a torna menos assustadora, ou errada, ou triste de ver como ela tentou molestá-lo na pista de dança. Ah, o ensino médio. Bons tempos. Kacey balançou a cabeça e deu a Travis um sorriso doce, empurrando seu peito para que ela pudesse se levantar. -Onde você está indo?- Travis agarrou seu pulso. Ela tinha que sair, tinha que deixá-lo antes que ela o atacase e perdese o controle. -O meu quarto. -Você não pode ir para seu quarto. E se alguém a vê? -Quem vai me ver?- Os pássaros? Os pequenos esquilos fora da janela de seu quarto? Travis piscou várias vezes antes de responder. -Qualquer um poderia ver você, e se você sair do meu quarto olhando assim, eles vão achar suspeito. -Sua família sabe que nos odiamos.- Kacey resmungou. Travis, o diabo, deu-lhe um sorriso sedutor, ela se perguntou se seu coração pararia de bater. -Sim, mas, a minha família sabe da minha reputação, a de um playboy, não um eunuco como você tão carinhosamente me descreveu. -Certo, bem, desde que você é paranóico, eu vou tomar banho aqui, e nós podemos escapar pelos fundos. Parece bom? Travis gemeu em suas mãos. -Muito bom Kace. Muito bom. Não querendo ficar por perto, ou até mesmo permitir que o duplo sentido penetrase os seus pensamentos já misturados, ela deslizou em direção ao banheiro. -Certo, então.- O que eu ia dizer? Algo mal-humorado. Algo engraçado. Maldita a sua abstinência! Ela não tinha o direito de ser tão escancarada! Kacey empurrou a porta e bateu duro atrás dela. Fechadura onde estava a fechadura? -Não há nenhuma fechadura, Kace,- profundo timbre de Travis explicou a situação. -Eles não chegaram realmente a consertar o banheiro ainda, então está meio ainda em frangalhos, mas a água é quente e as toalhas são limpas. Só não vá deixar tudo aí dentro cheirando a garotas. Como diabos ela ia fazer isso? Apenas, naturalmente, seu cheiro feminino banharia o vapor de seu banheiro? Idiota. -Tudo bem!- Ela foi para o chuveiro e ligou. Vapor de água vinha à tona. Perfeição. Dentro de dois segundos, ela estava despida e no chuveiro, sonhando com bacon e um escaldante café. Foi por isso que ela não ouviu a porta abrir. Ou a voz de Travis quando ele perguntou se ela estava bem. Ou o grito que veio de quando ele escorregou em sua calcinha e agarrou a cortina do chuveiro no caminho para o chão. Nua. Gloriosamente nua. Sem dúvida, ele ia ficar um pouco chateado com o fato de que ela tinha deixado mais do que o seu cheiro para trás. Travis amaldiçoou, por um grande tempo, e então, finalmente, colcocou os olhos em cima dela. Tudo dela. Seguindo o seu exemplo, ela amaldiçoou como um marinheiro. Seus olhos o percorreram corajosamente, sem vergonha. Ficaram em silêncio, nenhum deles querendo fazer o primeiro movimento, ou até mesmo respirar, parecia. -Que diabos!- Uma voz masculina gritou. Horrorizada, Kacey olhou para assassinos olhos verdes e engoliu em seco. -Oi, Jake. CAPITULO 25 -Isso não é o que você pensa!- Kacey conseguiu agarrar uma toalha por perto e cobrir a sua nudez, embora fosse difícil de ver o ponto de tudo isso, considerando-se que os dois homens estavam boquiabertos para ela. Tinha que haver algo eticamente, ou pelo menos religiosamente errado com dois irmãos receberem mimos de uma mulher no banheiro. -Oh?- Jake cruzou os braços. -Porque você não quer saber o que eu penso agora? Como você pode?! -Ele empurrou Travis contra a parede. -Como eu poderia?- Travis rugiu. -Que tipo de pergunta é essa? Quando você está correndo atrás de um rabo de saia todo o fim de semana estragando tudo? -Dá um tempo!- Jake gritou. -Você deveria estar fingindo estar noivo! -Nem sequer importa mais!- Jake empurrou-o contra a parede novamente, seu braço chegando sob o queixo. Obviamente Travis estava permitindo, considerando que Jake era mais jovem e claramente não tão forte como Travis. -Por que não?- A voz de Travis estava tensa. -Vovó não disse! Ela só queria Kacey de volta! Além disso, ela sabe que não estou noivo, certo? Eu fiz isso por minha reputação. Aparentemente namorar strippers é ruim para a empresa. Foi ideia do conselho de qualquer maneira. É uma situação em que todos ganham! Eu precisava salvar a minha reputação, de modo que fingi ser noivo. Você acha que eu quero casar? Kacey estava ali atordoada. Ela sabia que o casamento não era real, mas por algum motivo, suas palavras ainda ardiam, como se ele fosse terminar com ela mais uma vez. E o que era pior era que ela estava observando toda a conversa quase nua. -Qual foi o ponto de trazê-la para cá se não era real, afinal? E por que vovó fingiu um derrame! -Travis empurrou Jake, fazendo-o cair no chão com um baque. -Como eu deveria saber? Eu estava sendo o neto obediente! -Jake apontou para si mesmo e zombou. -Hum, caras?- Kacey levantou a mão. -Agora não!- Eles gritaram em uníssono. -Gente. Eles ignoraram e continuaram a lutar sobre a possibilidade ou não da vovó está doente, Jake estava deitado, e por que era tão importante subornar Kacey para ir para Portland. Ao todo, foram os piores cinco minutos de sua vida. E depois... Bets, Wescott e avó entraram no quarto. Adorável. Kacey orou para ser atingida por um raio.Sem sorte. -O que significa isso?- Wescott rugiu então ficou roxo brilhante quando ele olhou para Kacey de toalha. -Ela estava nua!- Jake apontou para Kacey. Travis revirou os olhos. -No chuveiro, onde as pessoas geralmente estão nuas. Jake zombou. -E você estava olhando para ela, porque você acha anatomia humana é fascinante? Travis saltou para a garganta de Jake, mas Wescott empurrou entre os dois. -Pare! Agora eu não sei o que os deixou tão chateados, mas somos adultos. Sentem e discutam o assunto. Não comecem a trocar socos, especialmente quando Kacey está ali em nada além de uma toalha. Os olhos de Travis e Jake brilharam para ela. Ela queria morrer de vergonha. -Vou apenas, um... eu vou estar no meu, ou a seu...- Ela apontou para Travis e balançou a cabeça. -...quarto de hóspedes. Travis estava tremendo de raiva. Não ajudava que toda vez que ele fechava os olhos para tentar se acalmar tudo o que via eram imagens mentais de Kacey sem roupa, de pé em seu banheiro. Jake estava resmungando ao lado dele. -Vocês dois, - Wescott, disse, apontando. -Falem. Agora. -Ao mesmo tempo?- Jake zombou. -Espertinho, -Travis murmurou. Vovó ficou atrás de seu pai, com os braços cruzados. Um pequeno sorriso se formou em seus lábios. -Vou conduzir a partir daqui, Wescott,- ela instruiu. Seu pai ergueu as mãos no ar e saiu, puxando sua mãe com ele. -Escuta aqui!- Vovó estalou, fazendo ambos os homens se assustarem. -Eu precisava que Kacey viesse até aqui e esse é o meu negócio e só meu. Eu disse a Jake para suborná-la, se necessário. Obviamente, ele usou o meu derrame como uma desculpa, bem como dinheiro, o que foi bom para mim, como eu planejo deixar a essa menina uma herança de qualquer maneira. Embora eu esteja honestamente desapontada por Jake usar um compromisso falso para salvar sua cara diante do conselho. Cresça um pouco, filho. Travis abriu a boca para falar. -Não, -ela retrucou. -Eu vou lidar com você mais tarde, Travis, mas agora o meu desprezo é para seu irmão mais novo.- Ele tentou não olhar satisfeito quando os olhos da vovó brilharam na direção de Jake. -Como você pôde! Solicitei a você uma simples tarefa, e você está correndo por aí atrás de rabos de saias! Travis limpou a garganta. -Em sua defesa, algumas das meninas estavam usando calças. Jake olhou. Vovó continuou a palestra. -Agora, Jake, eu acho que é seguro dizer que você fez uma confusão de coisas, especialmente na frente de Kacey. Eu quero que você arrume suas coisas e passe a noite no condomíno do centro da cidade. Você não sai da cidade até segunda- feira, o que vai me dar tempo suficiente para fazer o controle de danos com seus pais. Além disso, até onde eu sei, os jornais têm fotografias suficientes correndo sobre vocês dois o que denota você está se estabelecendo. Travis era apenas meia-escuta. Ele ainda não entendia por que eles precisavam do pretexto de um compromisso falso. Se a avó não estava morrendo, as únicas pessoas que estavam sendo enganadas eram seus pais e Kacey. Bem, eles e o resto dos Twiteiros que seguiam as atualizações de Jake religiosamente. Vovó disse mais algumas palavras escolhidas para Jake e disse- lhe para sair. Ele saiu, muito parecido com um cachorro com o rabo entre as pernas. -E você!- Vovó o cutucou no peito. -Eu estava contando com você! -Contando comigo? -Sim, você é um tolo! Eu te dei todas as oportunidades, e você estava indo tão bem na outra noite! -Vovó pulou na cama ao lado dele. - Você sabe como é difícil fingir um acidente vascular cerebral quando você está no seu auge? Se eu tiver que fingir mais uma vez... -Perdão?- Ela estava louca? -Você a ama há muito tempo, meu filho.- Suas mãos começaram a tremer em seu colo quando sua avó acariciou suas costas. -Sei que foi duro para você crescer, e nenhuma menina ter despertado o seu interesse desde então. Eu apenas pensei, bem... eu pensei tê-la aqui com seu irmão faria inveja suficiente para finalmente fazer algo sobre isso. -Bem, você tem a peça da certa inveja. Você tem sorte de eu não matá-lo na outra noite, quando eu dei um soco. Vovó balançou a cabeça, e de repente Travis sentia como se estivesse muito frágil. -O que você não está me dizendo, vovó? Um pouco de lágrima correu pelo seu rosto, mas ela empurrou-a com a mão enrugada. -Eu não desisti de Jake, por isso nem por um segundo pense isso, mas você, você é diferente.- Ela olhou para cima, com os olhos vidrados. -Você me faz lembrar tanto de seu avô, Travis. Você precisa de uma mulher forte, uma boa mulher ao seu lado. Eu acho que Kacey é essa mulher. Eu sempre pensei assim e agora eu sei. Faz o favor de falar com ela. Travis riu amargamente. -E dizer o quê, exatamente? Que eu sou apaixonado por ela e tenho sido por tanto tempo quanto me lembro? Implorar para que não ame meu irmão, mas me amar e ficar comigo? -É um começo, - disse a vovó. -Além disso, há algo que nenhum de vocês meninos sabem. -Oh? -Kacey é como uma neta para mim. Eu mantive contato com ela, tanto quanto possível ao longo dos anos, apesar de admitir que eu fui preguiçosa na minha escrita. Estas mãos antigas não funcionam tão bem como antigamente. -Ela inclinou a cabeça em seu ombro. -Quando seus pais morreram... Oh Travis, foi a pior tragédia. Ela se tornou uma casca da menina que eu conhecia. Eu pensei que se eu a deixase curar e lidar com isso sozinha, ela iria encontrar seu caminho de volta. Eu a conhecia bem o suficiente para saber que, se eu a mimase, ela se afastaria. Não ajudou Jake mentir para todos nós sobre o quão perto eles realmente estavam esses últimos quatro anos. O sangue de Travis gelou. -Eu imaginei. Quero dizer, ela deu a entender isso muito mais cedo. -Oh querido, Jake e Kacey não se falaram durante anos. Ele manteve o controle sobre ela, mas nunca se uniram. Desde a morte de seus pais, ele tem sido nada além de um amigo de infância, um conhecido. Eu costumava enviar recortes de jornais sobre os negócios de seus pais, mas eu não sei se ela realmente via ou lia. Era como se ele tivesse morrido junto com eles. -Isso explica muita coisa.- De repente ele estava doente de preocupação. Que diabos que realmente tinha acontecido entre os dois? Não poderia ter sido apenas a morte de seus pais. Não. Havia algo mais, alguma tensão subjacente. -Em seu testamento me nomearam sua guardiã. -Sinto muito, o quê?- Travis tinha certeza que ele não estava ouvindo sua avó corretamente. Vovó riu. -Eu sou sua guardiã legal. Naturalmente, ela é uma adulta agora, por isso pouco importa. Eles redigiram os documentos quando ela ainda era muito pequena. Mas Kacey é tanto minha como ela era deles. Eu sempre zelei por ela, sempre quis o que era melhor para ela, e na minha mente o melhor era para ela fazer parte da nossa família. -Só não por meio de Jake?- Travis cutucou sua avó. -Céus, não.- Ela riu. -Kacey sabia que havia algo acontecendo, sabia que eu não estava realmente doente. Eu disse a ela para usar este tempo para se encontrar, e eu acho que ela estava começando. -Até eu continuar estragando tudo?- perguntou Travis. -Eu não diria que você estragou tudo, mas você fez uma confusão de coisas. Você é tão quente e frio ao redor dela. Mas eu vou lhe dizer uma coisa, eu vou te dar exatamente 24 horas a sós com a menina para descobrir as coisas. Travis sorriu e estendeu a mão atrás de seu pescoço para esfregar um local dolorido. -Sim, e como você vai fazer isso? Ela se levantou em toda sua estatura e puxou sua jaqueta apertada. -Eu sou a vovó. Eu posso fazer o que eu quiser. A mulher tinha um ponto. -Seja feliz, Travis.- Ela beijou seu nariz e caminhou em direção à porta. -Seus pais e eu vamos desaparecer dentro de uma hora. Ouvi dizer que a casa em Seaside é encantadora nesta época do ano. Posso até ter pena de seu irmão e deixá-lo ir junto, em vezde apodrecer naquele condomíno maldito do centro. Travis recostou-se na cama e olhou para o teto. Coisinha manipuladora, sua avó. Pensar que ela chegou a tais extremos só porque ela queria que ele fosse feliz, bem, ele e Kacey. Ele não tinha certeza de quanto tempo ele ficou olhando para o ventilador de teto, mas foi um pouco antes de ele conseguir saltar no chuveiro e prepare-se para o dia. Travis correu pelo corredor. A casa estava estranhamente silenciosa. Ele silenciosamente esperava que Kacey não tivesse de alguma forma fugido, deixando-o sozinho na casa. Ele bateu em sua porta. Nenhuma resposta. Ele bateu de novo, em seguida, abriu-a. As malas ainda estavam no quarto, mas ela não estava lá. Seu perfume, no entanto, dançava nas paredes, enchendo o nariz com o cheiro dela. Ótimo, agora ele estaria desconfortável durante toda a procura. -Kacey?- Ele chamou enquanto ele descia as escadas. Ele entrou na sala de estar, na cozinha... Onde ela estava? A porta para o pátio estava aberta. Ele saiu e chamou por ela de novo. -Eu estou aqui!- Respondeu ela, em seguida, acenou da casa na árvore. Claro que ela estava. Se ele tivesse pensado racionalmente, ele teria percebido que o primeiro lugar a procurar deveria ter sido a casa da árvore. Sempre que ela tinha tido um dia ruim na escola ela corria para sua casa, deixava cair sua mochila sobre o balcão da cozinha, roubava um biscoito do pote, e subia para a casa da árvore. Às vezes levava horas para ela aparecer. Mas quando aparecia, Kacey estava sempre feliz, como se o dia na escola já não importase. Ele suspirou e subiu lentamente a escada até que ele se levantou na casa da árvore. Kacey estava sentada no canto, seus braços em volta dos joelhos. -Sinto muito.- Ela mordeu o lábio e suspirou. -Eu só precisava pensar, por isso vim para cá. -Sim, bem, somos dois. Eu suponho que você pegou os biscoitos da cozinha também? Ela chegou para o lado dela e tirou um saquinho com três biscoitos de chocolate. -É claro. Ele tomou um da bolsa e sorriu. -Kace. Ela olhou para cima. -Eu tinha um discurso muito bom para você. Quero dizer, foi fantástico, algo que lhe traria às lágrimas... -Sem dúvida, - ela concordou, levando uma mordida de seu cookie. -Mas, sentado aqui, olhando para você, tudo o que eu realmente quero fazer é beijar você e fazer a tristeza ir embora. Eu sei que o que aconteceu no início foi estranho, mas eu espero que seus sentimentos não tenham sido feridos. O que Jake disse foi... Kacey riu. -O que Jake disse foi exatamente o que eu esperava. Eu sei que ele não quer se casar, e nós dois sabemos que eu não sou louca o suficiente para querer casar com ele também. Travis respirou aliviado. -Mas...- Kacey balançou a cabeça. Ele não gostou do som de sua voz. -...mas, eu não sei. Dói tudo de novo por algum motivo. Isso não é bobo? Ele sabia que provavelmente não ia ter outra oportunidade, então ele perguntou: -O que aconteceu entre vocês dois? Seu rosto congelou, e sua respiração ameaçou parar. -Ele, um...- Ela nervosamente afastou o cabelo do rosto e mordeu o lábio. -Nós... tínhamos...- Uma lágrima correu pelo seu rosto. Alarmado, Travis agarrou-lhe os pulsos e puxou-a em seu colo, embalando-a para trás e para frente. -O quê? Diga-me. -Ele esfregou os braços com as mãos. -Nós dormimos juntos. Seu coração parou. Raiva e frustração, bem como o ciúme empurrou através de seu corpo com tanta força que ele não tinha certeza se ele queria ir acertar seu irmão ou culpar a si mesmo, mesmo não sendo culpa dele. Ainda assim, ele se sentia responsável por Kacey. Ele sempre se sentia. -Na faculdade?- Ele estava grato por ser capaz de perguntar sem gritar. Ela assentiu com a cabeça nos braços. -Foi horrível. Graças a Deus. -Nós ainda eramos muito jovens, e isso foi um erro estúpido, e ambos nos sentimos tão mal e estúpidos. Foi tão confuso! Na manhã seguinte, tudo o que eu queria fazer era ligar para o meu melhor amigo, mas ele não era mais o meu melhor amigo. Eu não sabia o que era, e no dia seguinte foi quando seus pais me ligaram para dizer que o meus pais tinham sofrido um acidente. Eu não podia contar a ninguém. Eu me senti tão envergonhada.-Ela começou a chorar baixinho em seus braços, enquanto ele beijava seus cabelos e a balançava. Kacey não sabia por que ela estava derramando seus segredos mais profundos para Travis, mas era hora de colocar tudo para fora. Ela estava cansada de guardar tudo para si mesma, cansada de tentar ser forte quando realmente na maioria das vezes se sentia tão assustada e fraca. -Eu tentei ligar para ele, mas ele não atendia o telefone. Finalmente alguém atendeu. E era uma garota. Travis amaldiçoou sob sua respiração. -Nada mais foi o mesmo. Ele me abraçou e disse que sentia muito por meus pais, e foi isso. Nós nunca conversamos sobre isso. Nós nunca consertamos o que quebramos, de modo que a distância apenas cresceu lentamente, como se não tivesse causado este afastamento gigante no que tinha sido uma amizade para toda a vida. Ele era o único laço que eu tinha com a sua família, então quando ele me empurrou, eu me senti... Senti-me como uma órfã. Ela começou a chorar mais forte em seu peito. Ele sussurrou palavras de incentivo em seu ouvido. -Eu teria morrido naquele ano, sem a vovó. -O que quer dizer sem a vovó? Kacey sorriu apesar de suas lágrimas. -Lembra-se daquele verão, que ela disse que estava em turnê nos Estados Unidos? Ele riu. -Oh sim, eu recebi um cartão a cada duas semanas. -Bem, esses cartões foram comprados em uma livraria, e a vovó passou o verão inteiro comigo. -O quê? -Sim. -Kacey enxugou mais lágrimas e sorriu. -Ela me salvou, disse que estaria sempre lá para mim e cuidaria de mim. É por isso que foi tão estranho quando ela parou de escrever no mês passado, e, em seguida, Jake entrou com esta grande história sobre como ela estava doente e morrendo, e... bem, eu tinha que vir mesmo que isso significase que eu estava manipulando todo mundo a fazer isso. -Eu entendo. -Travis usou seu polegar para enxugar uma lágrima que escapou de seu rosto. A respiração de Kacey acelerou. Seus olhos olhavam para os lábios, em seguida, de volta para o seu olhar. -Kace...- Seus lábios desceram lentamente, apesar de seu corpo está cem quilômetros por hora. -Eu vou te beijar agora. -Ok. CAPITULO 26 Kacey sabia que ela não devia se sentir nervosa, não era como se eles não tivessem se beijado antes, mas agora que tudo o que estava alí na sua frente, sentia-se ainda mais vulnerável. E se ele a rejeitasse também? Ela não tinha percebido como era insegura até este momento nos braços de Travis. Seus lábios se tocaram. Não era nem mesmo um beijo. Ele se afastou. Seus olhos semicerrados com o desejo. -Eu não posso. -O quê?- Seu coração gelou no peito. -Você não pode me beijar? -Não.- Ele balançou a cabeça e riu. -Não seria justo beijá-la na casa da árvore. Kacey endureceu. -Por quê? -Eu vi que você e Jake tiveram seu primeiro beijo na casa da árvore. -Nós tínhamos dez anos. -Ele ainda conta. -Eu chorei depois!- Kacey empurrou contra seu peito, mas seus braços a apoiaran contra ele. -Eu não quero que você chore desta vez, -ele murmurou em seu cabelo, e depois beijou seu pescoço. Seus lábios eram quentes e suaves quando ele tomou sua pele entre eles, sugando suavemente. -Vamos lá. Ele se afastou, deixando Kacey completamente abalada. Ele esperava que ela caminhase em sua condição? Ela tinha acabado de compartilhar seus segredos mais íntimos com o homem, ele a beijou, e agora ela deveria descer uma escada sem cair sobre a sua cabeça? Ela lentamente se arrastou até o buraco onde a escada estava pendurada e quase caiu da casa da árvore quando ela perdeu o equilíbrio completamente.-Tem certeza que você não está bêbada?- Travis riu. Kacey olhou e continuou descendo. Quando ela chegou ao último degrau, a perna escorregou pelo buraco da escada de corda solta, e ela caiu no chão, com sua perna ainda presa. Abraçando o momento, ela deitou a cabeça contra a grama e fechou os olhos, atando as mãos atrás da cabeça. -Confortável?- Travis pairava sobre ela. -Imensamente. Eu fiz isso de propósito, por falar nisso. -Foi tão gracioso que tinha que ter sido de propósito.- Ele piscou e estendeu a mão. Ela estendeu a mão e puxou-o para baixo em cima dela, sem fazer muito esforço. Travis se inclinou sobre ela, montando-a. -Estamos fora da casa da árvore agora. -Sim, sim, nós estamos.- A voz de Kacey estava tremendo. -Então, eu acho que eu posso beija-la agora. -Você acha? -Eu quero beija-la agora. -Assim é melhor, -ela murmurou enquanto seus lábios desceram em direção aos dela. Parecia estranho que um beijo tão simples poderia fazer todo o seu corpo tremer com a necessidade. Mas seu beijo fazia isso com uma garota. Estendeu o braço e sua língua abriu os lábios quando ele abriu a boca para ela. Musculosos braços em volta de seu corpo, puxando-a para fora da terra suficiente para que ela arquease em seu abraço. Kacey puxou seu pescoço, querendo derrubá-lo ao chão. Ela queria rolar com ele se ele deixasse. Gemendo, ele a empurrou para o chão e puxou a camisa para fora da calça jeans, com as mãos mal tocando o chão. -Droga, -ele murmurou. -Huh?- Kacey disse sem fôlego. -Grama, maldita grama! -O quê?- Kacey não tinha certeza de que ela estava entendendo. Por que ele estava xingando a grama? E por que ele parou de beijá-la? Os lábios de Travis formaram um sorriso enquanto ele se afastou. -Eu sou alérgico a grama. Kacey levantou sobre seus cotovelos e sorriu. -Tenho certeza que todo mundo é alérgico a grama. Travis sacudiu a cabeça e desviou o olhar, um leve rubor manchando suas bochechas. -Não, não é assim. Preciso obter algum Benadryl14. -Você está brincando. 14 um anti-histamínico, de primeira geração, manifestando atividade anticolinérgica é usado para melhorar as reações alérgicas ao sangue ou plasma, em anafilaxia, como adjunto da epinefrina. -Eu gostaria de estar.- Mostrou-lhe os braços, e com certeza eles estavam começando a inchar. -Você vai me deixar medica-lo com Benadryl? -Kacey, eu juro que se você não contar a ninguém, de bom grado lhe permito medicar-me. -Seu segredo está seguro comigo.- Kacey atravessou seu coração. Sabendo o tempo todo que estava mentindo. -Você é um pouco mentirosa.- Travis resmungou e começou a coçar os braços. -Eu não posso acreditar que na primeira vez que eu a tenho só para mim, eu estou tendo uma reação alérgica. -Pelo menos você não gagueja, -Kacey retrucou. -Uau, isso foi incrivelmente útil. Eu me sinto como um homem. - Sua coçeira continuou até que finalmente ele gritou e tirou a camisa. Kacey cobriu a boca com as mãos para não rir em voz alta. Toda a sua parte superior do corpo estava ficando inchada. Pobre homem. - Vamos pegar algum medicamento. Ele revirou os olhos e estendeu a mão para puxá-la para seus pés. -La se foi o romantismo. -Quem disse que Benadryl não é romântico?- Kacey perguntou uma vez que eles estavam andando de volta para casa. -Quem diz que é?- Travis rebateu. -Venha, você vai ver. -Não tenho certeza que eu quero ver, mas tudo bem. A coceira foi piorando. Travis estava prestes a desempenhar o papel de uma criança pequena e esfregar-se em loção de calamina15. Qualquer coisa para se livrar da coceira e vergões vermelhos. Ele nunca tinha se sentido mais atraente. Kacey o fez tomar um banho rápido, no início ele ficou mais do que animado, mas depois ele descobriu que ela quis dizer sozinho. Bem, apenas só como uma pessoa pode ser quando a sua pele decide tornar-se um monstro inchado. Era como se estivesse se transformando em duas pessoas de tão inchado. Quando ele terminou, sentou-se desanimado no sofá do andar de baixo e esperou. Kacey veio correndo com algum tipo de mistura, sem dúvida destinada a torturar os homens. -Que cheiro é esse?- Ele se afastou, mas ela deu um tapa no ombro. -Sente-se quieto. Kacey deu-lhe um copo de água com uma pílula rosa, em seguida, começou a esfregar meticulosamente a pasta de cheiro bruto em seu corpo. -Você está tentando se vingar de mim, não é?- A pasta de odor fétido começou a arder em seus braços. Meu Deus, ela seria a morte dele. -Ela vai por tudo dormente, -explicou ela, massageando-o em seus braços, que estavam bastante agradáveis até que a palavra dormente começou a penetrar seus sentidos. -Não!- Travis empurrou Kacey. -Eu não quero ficar dormente! Se eu estou entorpecido isso significa que eu não posso... 15 usado para aliviar a coceira, dor e desconforto das irritações de pele suave, como a provocada pela hera venenosa, carvalho venenoso e sumagre venenoso. Este medicamento também seca o inchaço e exsudação causada por estas condições. Kacey arqueou a sobrancelha. -Não pode? Merda, ele não estava saindo de um presente. -Hum, se sente. Eu não posso sentir... as coisas. -O que é tão importante que você precisa sentir? Ele deu um tapa em sua mão afastando-a, passando a mão por trás do pescoço. -Se você precisa perguntar, então você não merece saber. Kacey riu e beijou-lhe o nariz. Como uma mãe faria para uma criança pequena. Esqueça o creme analgésico. Agora ele estava perdendo sua masculinidade. -Queixo para cima. -Kacey passou a língua ao longo de seu lábio inferior e suspirou em sua boca. -Eu não vou passar este material em suas partes de homem. -Partes de homem, - ele gaguejou. Ela balançou a cabeça e riu. -Agora, continue sentado enquanto eu passo no restante do seu corpo. Isso era mais parecido com ele. E então ela mergulhou a mão na taça e pegou mais pasta. Ah, mais uma vez com a tortura. -Quanto tempo eu tenho que manter isso? -Uma hora. -Uma hora?- Travis murmurou uma maldição. -E o que é que eu vou fazer por uma hora inteira. Eu não posso mover meus braços nem nada. Tenho essa porcaria em todos os lugares. -Você...- Ela colocou a tigela no chão e limpou as mãos na toalha. -...você não tem que fazer nada. Sorrindo, ele se rescostou, sentindo-se bastante convencido que seria recompensado por um bom comportamento. Travis bocejou e sacudiu a cabeça. Droga, ele estava cansado. Kacey mordeu o lábio e começou a beijar em seu estômago. Ele bocejou novamente e fechou os olhos. Sua língua fez pequenos círculos em sua pele, abrindo caminho quente durante todo o caminho até seu peito. Ele tentou se inclinar para baixo, para capturar a língua com sua boca, e dar prazer a ela do jeito que ela estava dando prazer a ele. Ela se afastou e balançou a cabeça, suas unhas cavando em suas costas enquanto ela o puxou para mais perto, com cuidado para não deixar nenhuma pasta sobre ela. Suas mãos deslizaram por seu pescoço e enfiou a mão no cabelo. Ela puxou o lábio inferior e sussurrou: -Eu sempre quis ter você só para mim. -Para me torturar?- Disse ele com voz rouca. -Absolutamente. Afinal, você me torturava quando eu era pequena, por isso é justo um pouco de retaliação. -Ela lambeu sua orelha. Ele quase caiu do sofá. Ele estava tendo um momento difícil, maldito, sem poder mover as mãos para qualquer parte de seu corpo. Ele sentia como se fosse explodir. A única coisa boa foi que ele não sentiu o creme anestesiante chegar na região inferior de seu corpo. Isso, ele sabia com certeza absoluta. Porém, se ela continuase a beijá-lo assim, ele ia implorar por algo para impedi-lo de passar vergonha. -Kace.- Sua boca encontrou a dela. Ele separou os lábiose rodou sua língua em sua boca, saboreando cada parte dela, tomando seu tempo e sentindo a sensação quente de sua boca na dele. Sentindo-se mais à vontade, ele se inclinou para trás, permitindo- lhe ficar em cima dele. Ele manteve seus braços firmes ao seu lado. Seus beijos o relaxaram de alguma forma, e fizeram-no sentir-se confortável e... -Merda. -Perdão?- Kacey levantou a cabeça dando-lhe uma vista gloriosa para abaixo de sua camisa. -O Benadryl.- Oh Deus, ele estava balbuciando? Não, não, isso não estava acontecendo, e não quando as coisas estavam indo tão bem. -O que tem isso?- Kacey voltou a trabalhar, beijando até seu estômago. -Deixa-me dopado.- Travis começou a ver duplo. Kacey de repente cresceu duas cabeças, e seus braços estavam tão pesados que ele tinha certeza de que haviam se separado de seu corpo. -Kacshy?- Talvez se ele apenas fechase os olhos por um minuto, não mais, ele iria ficar rejuvenescido e... -Travis?- Kacey balançou, e ele gemeu e soltou um ronco. Muito Benadryl. -E isso é o que acontece quando as pessoas não constroem uma imunidade, - ela disse para si mesma. Ela encolheu os ombros e pegou a bacia e toalha. Quando ela entrou na cozinha, ela ouviu outro ronco e não pôde deixar de rir. Pobre homem. Voltando à sala, ela colocou uma xícara de café sobre a mesa e sentou-se ao lado dele no sofá. Ele parecia tão pacífico. Ele parecia perfeito. Kacey suspirou. Era bom demais para ser verdade? Por que o fato de que parecia não haver obstáculos no caminho assustava-a mais do que quando ele parecia inalcançável? Pelo menos quando eles se odiavam ela não precisava se preocupar com o seu coração. Mas agora parecia que ele tinha conquistado-a sem sequer tentar. Era a maneira como ele a alegrava e passou um tempo com ela. Até mesmo indo ao ponto de resgatá-la da reunião. Na verdade, ela mordeu o lábio, Travis tinha estado sempre lá. Em segundo plano. Ela suspirou e olhou para a TV em branco, seus olhos se estreitaram quando ela pegou nos DVDs ao lado. Memórias Familiares de 2002. Calmamente, ela foi na ponta dos pés para o DVD e colocou o disco. Ela não tinha mais nada para fazer, então ela podia muito bem viajar pelas pistas das memórias. Ela imaginou apostando que eles já teriam todas as memórias em DVD. Aqueles pobres garotos não tinham a menor chance. Ela cuidadosamente sentou-se e apertou Play. N-Sync começou a tocar em segundo plano, e então Jake e Travis apareceram na tela. E eles estavam dançando. Não apenas qualquer dança. Não, porque isso não seria nem de perto tão engraçado quanto o que ela estava assistindo atualmente. Travis estava com uma peruca loira encaracolada. E ele estava fazendo o vocalista. Jake estava no fundo balançando a bunda. Mas a melhor parte? Ambos estavam com idade suficiente para saber o que estavam fazendo e ainda assim mortalmente sérios sobre seu pequeno videoclipe. Quando a canção chegou ao fim, e a vovó Nadine fez uma aparição em collant de leopardo e começou a tocar guitarra de ar. Kacey bufou e cobriu a boca com as costas da mão. A única coisa que conseguia pensar era em como ela iria obter uma cópia e levar para a imprensa. Jake iria matá-la. E valeria totalmente a pena. O filme pulou para o Natal de 2007. Ela lembrou que esse Natal foi dois anos antes da morte de seus pais. Ela se mexeu no sofá, colocando os pés debaixo dela e observou o pequeno e perfeito Natal ocorrer. Ela e Jake estavam sentados debaixo da árvore. Suas chaves estavam brilhando à luz das velas da sala, e Jake, como um conquistador, mesmo na idade madura de dezesseis anos com o seu cabelo castanho encaracolado e sorriso megawatt. Ela riu com a lembrança, paralisada com o que viu. Travis estava no fundo, de mau humor, ou o que parecia emburrado. Seus olhos estavam baixos, e ele estava brincando com um pacote embrulhado brilhantemente em suas mãos. No vídeo com zoom, via-se que ele estava tremendo e murmurando algo para si mesmo. -Basta dar a ela, - Vovó Nadine pediu de lado. Kacey assistiu com horror quando ela leu a etiqueta vermelha. Para Kacey. Engolindo um nó de emoção, ela viu quando Travis limpou as mãos em suas calças e, lentamente, levantou-se e caminhou em direção a ela. Ela queria voltar no tempo e gritar com ela mesma. -Olhe para ele! Olhe! Em vez disso, com dezesseis anos de idade, Kacey lançou-lhe um olhar de aborrecimento e, em seguida, levantou-se e usou um pretexto sobre a necessidade de cidra mais temperada. Travis congelou. Jake zombou. -O quê? Você realmente acha que ela iria aceitar um presente de você? Depois de tudo que você fez? Travis sacudiu a cabeça e lambeu os lábios, o pacote lentamente caiu de suas mãos no chão. Ele enfiou as mãos nos seus jeans e saiu. Jake revirou os olhos quando vovó Nadine foi atrás de Travis. E então Jake fez a coisa mais estúpida que já tinha visto em sua vida. Ele rasgou a etiqueta fora do pacote, e quando Kacey voltou para o quarto, ele estendeu para ela, como se tivesse comprado para ela um presente. -Para mim?- Kacey gritou com entusiasmo. -Oh, Jakey! Oh vou vomitar, ela pensou, mas não conseguia distanciar seus olhos. Lentamente, ela observou como ela aos 16 anos de idade desembrulhou o pacote e engasgou com entusiasmo, jogando os braços em volta do pescoço de Jake. -É tão perfeito! E nesse momento Kacey sabia exatamente o que o presente tinha sido. As lágrimas corriam livremente pelo rosto enquanto o filme passava. Era um retrato emoldurado dela e de seus pais em férias com a família, e por baixo estava a palavra amor. Ela desligou a TV e começou a soluçar em suas mãos. Era a mesma imagem que ainda estava colocada ao lado de sua cama à noite. A mesma imagem em que ela chorou quando seus pais morreram, a mesma imagem que ela falava quando ela tinha um dia ruim. E ele nunca foi de Jake. Mas de Travis. Ela olhou para ele agora. Seus olhos estavam totalmente abertos, mas ela foi incapaz de decifrar se ele estava chateado ou apenas cauteloso a respeito de como proceder. -Você...- Ela engoliu as lágrimas. -Você me deu o melhor presente que eu já tive. Quando meus pais morreram... -Ela não poderia mesmo terminar, seu corpo torturado com soluços. Travis resmungou e imediatamente puxou-a para ele, beijando-a no cabelo. -Shh, baby, está tudo bem. Vai ficar tudo bem. O presente sempre tinha sido de Travis. Sempre. Ela virou-se para encará-lo e limpou as lágrimas dos olhos. Então sua boca estava quente na dela, possessivo, violento. Derretia cada parte dela, e fez os joelhos fracos, embora ela estivesse deitada. Ele beijou suas lágrimas, seus beijos queimando uma trilha pelo seu rosto até que ele encontrou sua boca outra vez, buscando e devorando. O constrangimento caiu sobre Travis quando ele abriu os olhos. Era como se ele estivesse revivendo o momento, tudo de novo. Revivendo a dor de ser rejeitado e, ridicularizado o deixando com um gosto amargo na boca. Tudo o que ele queria de volta, depois, era dizer que estava arrependido, e dar Kacey algo que pudesse estimar antes de sair para a faculdade. Jake tinha arruinado tudo, mas no final, Travis não se importou que Jake assumiu o crédito. Ele tinha ficado puto e irritado, mas quando ele viu o olhar no rosto de Kacey, ele sabia que valia a pena. Independentemente de quem lhe dera a imagem, pelo menos ela recebeu, e por isso ele estava agradecido. Ele só queria que ela fosse feliz. Seu único desejo era ver o seu sorriso. Missão cumprida. Ele saiu sozinho, afastou-se, e não tinha falado com ela desde aquele dia fatídico. -Travis. -Kacey beijou-o mais ou menos em seus lábios. Ele deveria ter se importado que ela tinha creme anestesiante bruto em seus braços, mas isso não importava. Tudo o que importava era que ela estavaagora em seus braços, exatamente onde ela pertencia. -Travis, -disse ela novamente, desta vez se afastando. -O quê? -Eu não estou sentindo meus lábios. -Huh?- Ele olhou para baixo. Com certeza, uma parte do creme tinha ficado em seus lábios, e eles estavam inchando a um ritmo alarmante. -Hum, Kace, talvez você deva tomar algum Benadryl. -Por quê?- Seus olhos se arregalaram. -Hum, basta ter a minha palavra, ok? Ele ligeiramente a empurrou, pegou o frasco de comprimidos, e atirou-lhe uma pílula rosa. O mesmo que o tinha enviado para a terra dos sonhos, pelo menos, meia hora. Ela tomou a pílula e fez uma careta quando a água tocou seus lábios. -Chuveiro. -Ele olhou para seus braços, em seguida, em seus lábios. Ela corou. -O quê? De repente, se transformando em uma puritana comigo? -Não.- Kacey mordeu o lábio e forçou uma mecha de cabelo atrás da orelha. -É só que, bem, as coisas que eu usei, tem cravo e algumas outras coisas nele, e água só faz piorar. Você tem que usar óleo para tirá-lo de sua pele. -Óleo. -Ele repetiu, a boca ligeiramente entreaberta. -Que tipo de óleo? -O óleo de coco. -Certo.- Ele engoliu em seco e se virou, erguendo o braço acima da cabeça para arranhar seu pescoço. -Então nós temos que esfregar com óleo. Ela assentiu com a cabeça. -Mas eu não posso realmente...- Ele acenou com a cabeça em direção a ela, e ela deu-lhe um olhar vazio. Ele olhou para o teto. -Eu realmente não posso tocá-la, porque então o azeite e o creme anestesiante vão ficar com você. Ela mordeu o lábio e piscou. -Então eu posso olhar, mas eu não posso tocar?- Por que ele precisa manter se torturando? Não importa quantas maneiras ele disse isso. Não significava nada. Ele teria que vê-la ensaboar-se com óleo, enquanto ele estava ali como um idiota, mantendo suas mãos para si mesmo. -Talvez seria melhor se fizéssemos isso separadamente. Você sabe... você entra em um quarto e eu vou para o outro. -Seu corpo estremeceu na oposição. -Travis. -Kacey pôs as mãos nos quadris. -Onde está seu senso de aventura? -Perdi-o junto com a minha masculinidade na hora que eu caí no sono e começei a babar. -Vamos lá, você pode fazê-lo. -Oh, eu sei muito bem que eu posso fazer isso, muito obrigado. Eu sou apenas incapaz de realizar neste momento no tempo. Acredite em mim, meu corpo não tem nenhum problema em entender o que pode e não pode fazer. Os olhos de Kacey o digitalizaram da cabeça aos pés, os olhos parando exatamente onde os olhos de uma senhora nunca deve ficar. - Eu vejo. Sim, qualquer um podia ver. Ela teria que ser cega para não ver. O sangue começou a pulsar através de seu sistema em todos os lugares errados. Poderia um homem morrer de desejo? -Nós vamos resolver isso o mais rápido possível.- Ela colocou a mão na dele. -Sim, porque todo homem sonha em ir rápido quando está na presença de uma mulher bonita quando ela passa óleo em seus seios nus, e gemidos e... -Travis? -Sim, -ele disse com voz rouca. -Nós não estamos fazendo um filme pornô, então não haverá qualquer gemido. -Ei, é minha tortura, e eu estou imaginando-a gemendo. Deixe-me sonhar. Ela levantou as mãos para o ar como se desistisse e marcharam pela frente até as escadas. Contou cada degrau com seu pé, esperando e rezando para que de alguma forma ele passaria por isso sem explodir ou fazer qualquer coisa remotamente embaraçosa. Seu histórico provou que as chances não estavam em seu favor. Droga de referência ‘Jogos Vorazes’. Ele praguejou e pisou os dois últimos degraus para o chuveiro da suíte master. Era o maior deles na casa e tinha dois chuveiros e os efeitos faziam você se sentir como se estivesse na chuva. Ele entrou no banheiro e viu como Kacey pegou um tubo de óleo de coco e esfregou entre as mãos. Sua fantasia foi imediatamente esmagada. -Tudo é duro. -Isso é óleo de coco, -disse ela e piscou. -Ele aquece e se transforma em líquido quando você esfrega-o em suas mãos.- Ela demonstrou rapidamente e, em seguida, deu-lhe um pedaço dela. -Eu só tenho o creme de entorpecente no meu rosto, graças a você, e em meus braços, mais uma vez graças a você. -Não há problema, -disse ele com os dentes cerrados, enquanto a observava aplicar o óleo nas mãos. -Dispa-se, - ela ordenou quando ele ficou imóvel, boquiaberto como um adolescente. -Desculpe, o quê? -Dispa-se.- Ela acenou para sua camisa. –Agora. -Mas, é somente em meus braços e... -Travis, não seja um bebê. Apenas tire a roupa como um homem para que assim esta mulher possa esfregar a pasta para fora. Suando. Ele estava realmente começando a suar com o pensamento das mãos de Kacey em qualquer lugar perto de seu corpo. Nada poderia ser mais constrangedor do que ser dolorosamente excitado e incapaz de fazer qualquer coisa sobre ele, com a mulher dos seus sonhos acariciando-o com óleo. Especialmente quando se sabe que ela era a razão pela qual ele estava tão excitado. Xingando, ele levantou a camisa e jogou-a no chão. Suas calças seguido rapidamente, e então ele pegou sua cueca... -Eu...- a boca de Kacey se abriu e ela cobriu os olhos. -Eu só quis dizer sua camisa. Inferno. O que ele deveria dizer? Desculpe, mas eu estava muito distraído por sua boca exuberante para entender o que você estava dizendo? Desculpe, outras partes da minha anatomia estão nublando as minhas habilidades de tomar decisão? Assim, ele não disse nada, em vez disso, ele sorriu e estendeu os braços, sabendo muito bem que ela tinha que chegar muito perto para colocar o óleo. O rosto dela ardeu em vermelho quando entrou em seu espaço e começou a esfregar muito lentamente óleo para cima e para baixo nos braços. Ele fechou os olhos enquanto suas mãos assumiram um ritmo sedutor. Ele teve que lutar para manter de inclinar-se para frente e levá-la no chão do banheiro de seus pais. -Umm,- a voz de Kacey vacilou. -Seus braços estão bem. Você pode lavá-los e as suas mãos. Ele abriu os olhos, e susurrou um Ok sem fôlego, ele entrou no chuveiro e enxaguou a parte inferior de seus braços e as mãos. Os vergões se foram, e eles já não estavam dormentes. Ele enrolou uma toalha em torno de si e caminhou de volta para fora. -E agora? -Você ainda tem algum aqui.- Ela tocou seus ombros com o óleo e começou a esfregar. Era tão bom, ele não tinha certeza se poderia continuar de pé. E então ele percebeu que ela não tinha colocado qualquer creme anestésico em seus ombros. Ela não tinha chegado tão longe, porque ele tinha em uma camiseta. Seus olhos se abriram. Ela estava sorrindo. -Provocadora. -Absolutamente.- Ela beijou-o com força na boca. Ele riu e puxou- a diretamente para o chuveiro,com roupas e tudo mais. -Oh, desculpe, você vai ter que tirar isso agora.- Ele deu de ombros, enquanto ela deu um tapa no braço dele. A pequena provocadora levantou as mãos acima da cabeça. Lentamente, ele puxou a sua camisa até que estava fora. Seu coração batia em seu peito enquanto ele viu seu sutiã preto. -Esses também.- Ele puxou a calça jeans, empurrando-a contra ele. Ela riu e puxou a toalha. Ela caiu no chão. Sorrindo, ele desabotoou o primeiro botão da calça e abriu o zíper. Ela se mexeu, e logo ela estava em pé na frente dele, uma bela deusa sensual. Caramba! Ele não merecia. Mas ele a queria tanto que naquele momento ele não se importava. Ele a puxou para debaixo do chuveiro. A água provocando por seu corpo, pequenas gotas pingando dos lábios e escorrendo pelo pescoço, só para parar em seu sutiã e deslizar para baixo sua barriga elegante. Ele abaixou-se e lambeu uma gota cativa entre os lábios enquanto ele beijava-lhe o queixo e fechou os olhos. Ela tinha gosto de casa. Como sempre. CAPITULO 27 Claramente, ela estava fora de sua mente. Nunca tinha estado nua com um homem antes. Nunca. Ela não contava Jakeporque, após esse momento particular, ela não tinha certeza de que ele tinha sido um homem real. Não depois de ver Travis e seu corpo nu. As pessoas poderiam escrever romances sobre esse corpo. Todo músculo ondulante estendeu sobre o peito. Ela suspirou feliz em seus braços enquanto ele lambeu as gotas de água fora de seu pescoço. Sem mencionar... bem, as partes inconfessáveis das senhoras, portanto, não deveria mencionar. Ela riu nervosamente. Jake não conseguia segurar uma vela para ele, principalmente porque ele não era ele. Travis passou o braço em volta do pescoço e mergulhou-a debaixo do chuveiro novamente. Ele pegou o sabonete e começou a ensaboar sobre o peito. Ele recuou. – Droga, eu queria ter coragem para tirar isso também.- Ele apontou para o sutiã e sorriu. -Mas você parece muito bem nele.- Com um movimento fluido, ele estava ajoelhado em frente a ela. Os joelhos dela quase cairam juntos, ela estava tão nervosa quando ele colocou beijos em seu estômago. Com os dentes, ele beliscou em seu quadril e se inclinou para beijar atrás de seu joelho, levantando lentamente os olhos para olhá-la. Travis colocou as mãos nos quadris. -Perfeita. Suas mãos não se moveram. Ele nem sequer tentou tirar o resto das roupas, em vez disso, ele continuou ajoelhado na frente dela. Ele fechou os olhos e encostou a testa contra seu estômago. Ela acariciou sua cabeça por alguns minutos, com a água em cascata pelas costas. Então ele olhou para ela novamente, seus olhos sorrindo junto com sua boca. Ele passou as mãos enormes até as coxas e, em seguida, continuou ensaboando seu corpo. Ela o queria tanto, mas ele nunca fez um movimento para fazer nada mais do que beijá-la. Travis pegou o shampoo e lavou o cabelo, tomando cuidado especial massageando o couro cabeludo. Ela inclinou suas costas contra ele e fechou os olhos. Musculos nús envolta do corpo dela, e ela queria ficar lá para sempre. -Enxaguar, -ele sussurrou em seu ouvido quando a puxou para trás para debaixo do chuveiro novamente. Seus dedos trabalharam magia quando ele lavou o shampoo de sua cabeça e, em seguida, essas mesmas mãos quentes em volta da cintura dela puxou-a com mais força contra ele. -Devemos sair daqui. Não eram as palavras que ela estava esperando que ele iria dizer. -O quê?- Ela não queria parecer ou soar irritada. -Eu acho que...- Ele mordeu sua orelha e soprou.-...que devemos sair, antes de batizar o banheiro dos meus pais. Rejeição tomou conta dela. Tremendo, ela lentamente se afastou. Ele agarrou-a e empurrou-a levemente contra a parede fria da telha. -Não é assim, -ele murmurou em seu ouvido quando ele acariciou seu pescoço debaixo de seu cabelo. -Além disso, é a nossa primeira vez juntos... Você realmente quer se lembrar de ser no chuveiro dos meus pais?- Pensando bem. Ela riu e beijou-o na boca. Seus olhos vacilaram quando seu faminto olhar varreu de cima a baixo. Com um beijo duro final, ele a empurrou e lhe disse que ele sairia em um minuto. Ela pulou para fora, enrolou uma toalha em torno dela, e ouviu o chuveiro desligado. Travis saiu, um sorriso arrogante colocado firmemente em seu rosto bonito. -Algo engraçado? -Não.- Ele continuou sorrindo e coçou o queixo. -Por que eu não acredito em você, então? -Porque eu estou mentindo.- Ele inclinou o braço contra a parede e estabeleceu todo o seu peso para o lado. -Então? Ele balançou a cabeça. -Não, não vou lhe contar. Você só vai ter que ver, mas não são as surpresas o melhor? -Não. Não, não são, -disse ela secamente. Ele soprou-lhe um beijo e em seguida deu um tapa na bunda dela enquanto saía do banheiro. Um arrogante, incrível Travis. Quem teria pensado que o garotinho com a gagueira tinha jogo? Ou beijava como uma estrela de cinema? Não que ela tinha beijado uma estrela de cinema antes, mas ela imaginou que beijando Johnny Depp era praticamente, como beijar Travis. Devia ser. Era bom demais para ser menos que isso. Ela olhou para seu reflexo no espelho. Cada pedaço de pele visível estava corado. Seus dedos agarraram ao lado da pia. Um barulho estridente soou quando ela agarrou mais a pia. O anel. O anel de Jake para ser exata, olhava para ela, zombando dela. Em vez de culpa, ela sentiu um pequeno aborrecimento. Kacey estendeu a mão e deslizou o anel fora. Decisão tomada, ela caminhou para o quarto de Jake. Tudo estava exatamente como ele deixou. Troféus estavam espalhados em sua cômoda. Algumas imagens de The Pussycat Dolls16 penduradas na parede, e sua colcha era a mesma vermelha desbotada. Tantas lembranças eram parte deste quarto. Mas isso acabou. Concluído. Amanhã ela teria que ir embora, mas ela esperava que Travis pedisse a ela para ficar. Na verdade, ela esperava que ele fizesse o grande gesto. Uma coisa era certa. Ela estava dizendo adeus. Adeus a Jake, adeus à dor e as memórias, e olá para um futuro brilhante com o rapaz ao lado. Ela mordeu o lábio para não gritar com entusiasmo enquanto pensava em seu tempo com Travis. Ela colocou o anel no armário e correu para seu quarto e colocou algumas roupas frescas. Seja qual for a surpresa que Travis tinha esperando por ela, ela queria, o mais breve possível. Especialmente se ele estava dando e ela estava recebendo. Kacey desceu as escadas na direção da cozinha, onde ela supôs que Travis estaria localizado. Afinal, eles não tinham comido nada o dia todo, além dos cookies e estava se aproximando do horário do almoço. O barulho confirmou suas hipóteses. Ela caminhou até a cozinha e começou a rir. Travis estava em suas mãos e joelhos, colocando pedaços de macarrão duro em uma tigela. - Com dificuldades para cozinhar?- Ela inclinou a cabeça e sorriu. 16 um grupo musical fundado pela coreógrafa Robin Antin. Inicialmente criado como uma trupe burlesca, em 1995, na cidade de Los Angeles, Califórnia, o grupo atraiu a atenção nacional e Robin negociou um contrato com a gravadora Interscope Records em 2003, criando um grupo musical da trupe - que ainda existe. Ele olhou para cima e fez uma careta. -Ninguém nunca disse que ser multi facetado era tão difícil.- Ele jogou um último pedaço de macarrão na panela e se levantou. -Felizmente, temos mais de uma caixa dessas coisas. -Você sabe que você deveria ferver a água em primeiro lugar.- Kacey apontou para o macarrão seco. -Eu sei.- Travis riu convincente e jogou o macarrão no lixo e colocou a panela debaixo da pia. Kacey teve plena oportunidade para contemplar seus jeans apertados. Ela se sentiu sorrir quando ele estendeu a mão e pegou uma toalha para limpar a mesa. Era quase como se estivesse em transe. Tanto, na verdade, que quando Travis virou ela teve que virar sua cabeça para os lados. Ela sentiu seu rosto queimar com o calor quando um sorriso puxou os cantos de sua boca. -Encontrou algo que você gosta? -Não.- Ela olhou para o lado e começou a inspecionar as unhas. - Então, por que macarrão? -Por que não? Homens. Travis deu de ombros. -Eu tenho autoridade para dizer que ele era o único alimento que você comia até que você fez oito anos. -Por favor. -Kacey revirou os olhos. -Eu comi outras coisas também. -Diga eles. Kacey procurou em sua memória, mas a única coisa que ela conseguia lembrar era mesmo de macarrão instantâneo. -Eu posso ter tido uma obsessão por espaguete. -Com ou sem almôndegas?- Travis perguntou quando ele se lançou para ela e envolveu seus braços ao redor de seu corpo, prendendo-a dentro de seu domínio. -Com.- Ela inclinou-se e beijou-lhe o queixo. -Por quê? Você vai fazer para mim também? Ele deu de ombros. -Se eu queimar o macarrão, vamos ter de contar com o micro-ondas para corrigir o espaguete.- Ele beijou sua testa, em seguida, desceu para sua bochecha. -Eu tenho uma confissão a fazer. -E qual é?- Kacey estremeceusob seu toque. -Eu não sei cozinhar. Não, mas você sabe beijar. – Bem, eu acho que isso significa que eu não posso dormir com você. -Pensei que você ia dizer isso.- Sua boca encontrou seu pescoço enquanto ele inclinou-a de volta. – Mas tivemos um bom funcionamento, não é? Ela se perguntou se era uma pergunta retórica enquanto seus lábios pressionavam contra a base de sua garganta. Travis se afastou. -Desculpe, eu tendo a me empolgar quando estou com fome. Kacey levantou uma sobrancelha. -Para a comida, -esclareceu ele e, em seguida, limpou a garganta. -Um, de qualquer maneira, vamos, uh, vamos terminar isso e poderemos ir. -Podemos ir?- Kacey pegou a caixa ao lado e começou a colocar o espaguete na água que estava fervendo. -Sim, eu tenho um plano. -Oh,- Kacey disse rindo e jogou a caixa em Travis. -Então, a comida não é a surpresa. -Claro que não.- Travis estremeceu. -Eu não tenho certeza se eu deveria ficar ofendido ou agradecido por você pensar que eu não tenho muita originalidade. - Ele pareceu pensar por um momento, então assentiu. - Grato. Vou ficar com o agradecido. Agora despeje essa coisa laranja, para que possamos ir para a surpresa. -Planejando algo, não é?- Kacey brincou. Travis resmungou e empurrou-a contra o balcão. - Você não tem ideia. - Seus lábios encontraram os dela em um beijo agressivo. Exatamente quando Kacey colocou os braços ao redor de seu pescoço, ela ouviu o vapor acertar o fogão. Travis amaldiçoou e virou-se para a panela de macarrão, que parecia bastante patético com o material laranja nele. -Eu esqueci de escorrer a água. -Sim. -Kacey assentiu. -Pizza? -Chinesa? -Tailândesa? -Italiana, -disseram em uníssono. Kacey foi para o telefone da casa, enquanto Travis acessou a Internet em seu telefone para encontrar alguma comida italiana para entrega. Rápidos 30 minutos mais tarde eles estavam comendo frango alfredo e abrindo uma garrafa de vinho tinto. -Então... bom,- Kacey murmurou entre mordidas. -Eu não sei cozinhar, mas posso pedir...- Travis ostentava enquanto ele levava um pedaço de bruschetta com queijo de cabra aos lábios. Era o tipo de refeição que ela nunca iria comer em um primeiro encontro. Possivelmente, nem mesmo no segundo. Tinha muito alho. Era comida caseira no seu melhor, e ela não podia imaginar uma refeição mais perfeita para compartilhar com Travis. Eles haviam pedido o suficiente para alimentar um pequeno país, mas havia algo sobre ter tantas opções disponíveis ao redor deles. -Eu não posso fazer isso, -Kacey disse enquanto exalava e tomava um gole de vinho. -Eu estou cheia. Eu realmente não consigo comer mais. Travis colocou as mãos atrás da cabeça e recostou-se na cadeira. -Isso é muito ruim. -Por quê? Ele deu de ombros. -Parte da sua surpresa é a sobremesa. Será que a sua versão de sobremesa inclue muita pele, chantilly e chocolate? Porque neste momento Kacey estava começando a pensar que ela realmente gostaria de um pouco mais de comida. Com água na boca, ela se inclinou para frente. -Bem, o que você está esperando? -Então, você está pronta? Ele estava falando sobre ir lá em cima, certo? -Eu estou se você estiver.- Seu coração pulou uma batida quando Travis caminhou ao redor da mesa e puxou-a em seus braços. -Música para os meus ouvidos. Agora, vá pegar um casaco. -Huh?- Que raio de preliminares são essas? -Para a sobremesa - esclareceu ele, com um brilho zombador em seus olhos. Kacey mordeu o lábio e saiu do seu abraço. -Tudo bem, mas é melhor isso não ser um truque. -Por favor. -Travis ergueu as mãos. -Como se eu já a tivesse enganado. -Diz quem colocou sapos em minha cama, quando eu tinha dez anos. -Em minha defesa, eles estavam mortos. -Sim, Travis,- Kacey disse, revirando os olhos. -Isso faz com que seja muito melhor. Rãs mortas. Sério? -Basta pegar seu casaco. - De repente, ele parecia nervoso e inseguro quando enfiou as mãos nos seus jeans e olhou para o chão. -Ok. -Kacey decolou em alta velocidade e pegou o primeiro casaco que ela poderia encontrar em sua bolsa. Quando ela correu de volta para baixo da escada Travis já estava pegando as chaves e levando-a para fora. -Ok, para onde estamos indo? -É tudo parte da surpresa. -Certo. -Kacey entrou no carro. -E meu charme. Revirando os olhos, puxou um pedaço de chiclete de sua bolsa e esperou enquanto o carro de Travis saia da longa entrada de automoveis. Levou 10 minutos para que eles chegassem ao seu destino. Kacey honestamente não poderia ter adivinhado. Nem mesmo se alguém tivesse lhe dado dicas. Porque estava no lugar onde tinha sido realizado o baile do seu último ano do ensino médio. Ele também costumava ser o restaurante de seus pais antes deles morrerem. Tantas lembranças ameaçaram sair dela. Ela teve que segurar a respiração para mantê-las dentro, engolindo em seco, ela se forçou a exalar lentamente enquanto as luzes piscavam na frente dela. Parecia exatamente como ela lembrava. Situado maravilhosamente no rio Columbia, que tinha sido um dos pontos quentes para os moradores locais. A seleção de cerveja era lendária. Ele tinha tantos vinhos de todo o Rio Columbia e Yakima Valley que as pessoas muitas vezes tinham brincado dizendo que o melhor lugar para degustação de vinhos durante todo o dia era uma mesa em River Edge. -River Edge, - ela sussurrou e olhou para suas mãos. Elas estavam apertadas junto como se para manter a dor dentro. Todas as lembranças...a morte de seus pais, as vezes que ela e Jake vieram aqui para tentar convencer seu pai a ter apenas um copo de vinho, apesar de ser ilegal... Ele nunca faria isso, mas ainda assim. Seus muitos beijos roubados pela entrada do garçom na parte de trás. Foi também o único lugar onde Travis e Kacey tinham conversado nos últimos cinco anos. Lembrou-se como se fosse ontem. Seus pais haviam deixado o negócio para ela, naturalmente, mas ela não queria ter nada a ver com Portland ou sua antiga vida, então ela tinha vendido a um amigo da família e usado o dinheiro para comprar um carro e pagar as dívidas de seus pais. Ele também tinha sido uma fuga, foi exatamente o que Travis disse a ela no dia que assinou os papéis. -Que diabos você está fazendo, Kacey? Lembrou-se do olhar raivoso em seus olhos, como se ele estivesse pronto para arrancar algo à parte, mas não conseguiu encontrar o objeto. Agora que pensava sobre isso, olhando para o tempo, ele estava muito bem, mas ela estava tão frustrada com ele, com tanta raiva por ele fazer pouco caso de sua dor, ele parecia feio e insuportavelmente frustrante. -É a minha vida!- Ela gritou. -É o seu legado! -Eu não quero isso!- Ela bateu em seu peito outra vez. Mas ele não se mexeu. Em vez disso, ele a abraçava como se ele nunca quisesse deixá-la ir. Ele então sussurrou em seu cabelo que ela ficaria bem. -Coloque para fora, pequena menina. -Eu não sou seu bebê.- Ela soluçou em seu peito. -Eu sei disso, - ele disse tristemente enquanto limpava grandes lágrimas de suas bochechas inchadas. -Está tudo bem aqui?- Vovó Nadine chamou, logo antes de aparecer em torno do canto. -Tudo bem, tudo bem. -Kacey freneticamente enxugou seu rosto e colocou um sorriso no rosto. -Nada demais. Você sabe como Travis e eu somos. -Ela sem jeito deu um soco no ombro e saiu. Mas ela não podia imaginar até agora o que a vovó Nadine disse a Travis quando ela estava fora do alcance da sua voz. -Ela vai vir um dia, Travis. Não desista. -Droga, vovó,- Travis murmurou. –Primeiro aquela garota nunca foi minha. CAPITULO 28 Travis assistiu a exibição de emoções caírem no rosto de Kacey. Inferno, enquanto ele viveu, ele nunca se cansou de assistir aquele olhar de soslaio, quando ela estava pensando, ou a forma como ela mantinha apertado o lábio entre os dentes da frente quando ela tentava não dizer algo de que searrependeria. E, finalmente, o pior de tudo, ela fala. O jeito que ela apertou as mãos no colo, como se aquele gesto simples iria manter todas as paredes firmemente no lugar. -Kace, diga alguma coisa.- Ele estendeu a mão para seu ombro e gentilmente colocou a mão através dele. -A última vez que estive aqui foi com você. -Sim. - As suas primeiras lembranças. -Você estava com tanta raiva de mim. -Kace, -Travis disse, desligando o carro. -Você estava com raiva de si mesma. Eu estava com raiva de você estar dando ou, pelo menos na minha mente, dando algo que eu pensei que você queria. Mas, principalmente, Kace, eu estava com raiva porque quando as coisas ficaram difíceis, você correu. -O que você esperava que eu fizesse?- Kacey gritou, fazendo com que Travis se assustase. -Lutasse. Eu esperava que você lutasse. -Contra o quê, Travis? Eu? Não tinha mais nada para lutar! Perdi meus pais, eu perdi o meu melhor amigo. Eu perdi tudo! Travis fez uma careta e puxou sua mão. Ele não podia tocá-la, não com o que ele tinha a dizer. -Você não perdeu tudo. Você ainda tinha minha família, e você ainda tinha vovó. Nossa Kacey, você tinha a mim. Você estava viva! Mas esse foi o dia em que eu assisti parte de você desistir, e você deixou uma parte de você mesma morrer. Talvez por isso a vovó quizesse você aqui em primeiro lugar. Você realmente precisa encontrar a si mesma, Kace. E se isso significa que vou lhe perder... mais uma vez, para que isso aconteça, que assim seja. -O quê?- Sua cabeça virou para encará-lo. -O que quer dizer perder-me outra vez? Merda. -Naquele dia, o dia que você se afastou de mim, de nós, de tudo. Eu uh... eu a segui. -Para? Travis engoliu em seco. -Seattle. -Por quê? Travis fechou os olhos e inclinou a cabeça contra o encosto do assento. - Para trazer você para casa, Kace. Para trazê-la para casa. -Eu não entendo. É claro que ela não entenderia. Travis resmungou em voz alta e lutou contra a vontade de bater no volante ou pelo menos estrangular alguma coisa. -Você nunca esteve longe de nós...- Ele engoliu em seco. - Longe de mim. Você nunca esteve longe de mim. -O que você está dizendo? -Eu estou dizendo...- ele podia fazer isso? Ele podia dizer que a amava? Travis olhou para o rosto iluminado e se acovardou. -Tudo o que eu estou dizendo é que eu era um idiota e a segui para trazer você de volta para casa. Era estúpido você correr para outra cidade depois que seus pais morrerem. Eu sei que você precisava de um novo começo, mas por que você não poderia se apoiar em nós? Por que não podia permitir-nos apoiá-la? -Eu não posso falar sobre isso.- Kacey desviou o olhar novamente. Maldito seja seu irmão idiota. Ele faria qualquer coisa para saber o que mais aconteceu naquela noite, além de sexo. De maneira nenhuma fazer sexo arruína pessoas do jeito que arruinou Jake e Kacey. Ela estava realmente dizendo tudo a ele? Parte de seu coração se apertou com o pensamento. -Eu comprei-o, - desabafou, bem como um estudante do oitava série sem habilidades com o sexo feminino, ou comunicação para esse assunto. -Perdão? -O restaurante. Eu comprei. -Hoje?- Kacey deu-lhe um olhar horrorizado. -Não.- Ele sentiu-se de repente envergonhado. -No dia em que você assinou os papéis, você assinou o contrato com o meu parceiro de negócios. Três anos atrás eu comprei. É tudo meu. -Por quê?- Os lábios de Kacey tremeram. -Porque eu sou um bom homem de negócios?- E ele tinha um enorme fundo fiduciário quando ele tinha dezoito anos. Kacey revirou os olhos. O interior do carro ficou em silêncio, exceto para a respiração pesada de Travis. As janelas estariam cozinhado a qualquer minuto. Ele se perguntou se ela podia ouvir seu coração batendo em seu peito. -Por sua causa, Kace. Tudo o que faço, tudo que eu fiz na minha vida, é tudo por sua causa. Lá, ele disse. Agora, ela poderia arrancar seu coração e pisar nele. Com um soluço, ela se jogou em todo o console e em seu colo, segurando os lábios entre os dela em um beijo tão forte que ele estava sem fôlego. -Você sabia, - disse ela ao beijar seu queixo. -Você sabia o quanto esse lugar significava para mim, Travis. Adrenalina misturada com luxúria bateu por ele quando ela se enrolou mais e mais em torno dele. Era difícil pensar direito, muito menos fazer nada além de, estrategicamente pensar maneiras de remover a roupa de maneira mais rápida possível. -Eu sabia. -Ele estremeceu quando ela lambeu sua orelha. -Eu acho que... -Que diabos esta acontecendo aqui?- Uma voz de homem gritou do lado de fora da janela. Alarmado, Travis virou-se, então relaxou e sorriu. O Velho Casbon estava sorrindo de orelha a orelha e já abrindo a porta do carro. Muita coisa para a privacidade. -Sr. Casbon, - Kacey balbuciou. -Não sabia que você, um, estava aqui. -Sim, bem, a mulher sempre me envia para buscar a sobremesa. Recebi um telefonema um pouco atrás, dizendo que ela precisava que levasse um pouco de chocolate para sua casa de campo. Apetite aquele. Além disso, eu conheço o dono. -Ele cutucou Travis e continuou. -Ela tinha uma coceira por algum tipo de suflê de chocolate, então eu dirigi adiante para pegar o que seu coração deseja. -Soa como o amor.- Infelizmente, Kacey pulou do colo de Travis e encostou no carro. -Oh, garota, é sim. Embora às vezes eu me pergunto se eu estou acima do chocolate que ela gosta. Diga, Travis... -Ele virou-se para encará-lo. -Tem mais desse material?- -Com certeza, siga-me.- Travis desligou o carro e os levou para o restaurante. Era quase hora de fechar, ou seja, havia apenas algumas pessoas espalhadas. Ele esperava que Kacey não ficasse muito alarmada com as mudanças que ele havia feito. Quando seus pais eram donos o lugar tinha uma espécie de olhar de café italiano. Hoje em dia, parecia mais um café do velho mundo. Ele ostentava pisos originais de madeira, tapetes grossos, móveis modernos, relógios antigos e imagens, bem como algumas lanternas suspensas. Kacey apertou sua mão em seu braço. -Eu realmente gosto do que fez. Seus olhos se iluminaram quando ela se separou dele e começou a andar pelo espaço. Sua parte favorita do restaurante tinha de ser o lado de fora. A varanda com vista para a água era linda. Estava decorada como um deck de estilo fazenda completa com ventiladores de teto. Seu favorito. Kacey caminhava do lado de fora, então Travis virou-se para o Sr. Casbon. -Soufflé? Certo. Estou pegando. -Ele correu para a parte de trás e acenou para o gerente quando ele pegou uma caixa e recheou de algumas guloseimas para a vovó. Sr. Casbon pegou uma nota de cinquenta. Travis sacudiu a cabeça. -Não, você vai precisar dela para a próxima vez. É por conta da casa. Sei que o proprietário não vai se importar. Com uma piscadela e um tapinha no ombro, o Sr. Casbon saiu, e Travis foi em busca de Kacey. Quando chegou ao convés, notou-a sentada em uma cadeira próxima à água. -Este era o local favorito do meu pai. Ele dizia que ele podia ver todo o caminho para a China a partir deste ponto. -Hmm. -Travis ajoelhou-se ao lado dela. -Não a China, mas talvez, apenas Vancouver. Kacey suspirou profundamente. -Eu não sei nem por onde começar. Posso dizer muito obrigado por fazer algo que eu não tinha coragem de fazer? Posso dizer que sinto muito por tratá-lo tão horrivelmente? Ou peço desculpas aos meus pais mortos por ser menos do que o que me levou a ser... -Ei! Espere aí. -Travis sacudiu aos pés dela. -Você não quer dizer isso. Vou jogá-la por cima do meu ombro e pular no rio da próxima vez que você disser coisas tão estúpidas. Os olhos de Kacey começaram a lacrimejar. -Oh bebê, você pode chorar. Chore o quanto quiser, mas você precisa ouvir isso, ouvir isso de mim, ok? Este não era o seu sonho. Eu sei disso. E você provavelmente deveria ter ido embora um pouco para tentarse curar. Eu fiz isso por você, por mim, por seus pais. Eu os amava muito, você sabe. E deu certo no final, não é? Seus pais... -Ele engoliu em seco para que ele não começasse a ficar engasgado. Quando ele sentia que tinha o controle sobre suas emoções novamente, continuou, -Eu me considero sortudo, por todos os dias vê-la respirar, andar e falar ao mesmo tempo. Porque cada dia que você faz essas coisas é mais um dia em que seus pais não fizeram. Para mim, isso é vida. Você está vivendo, e isso é o que seus pais querem Kace. Eles querem que você viva, para amar, para ferir, para rir, para chorar. Eles queriam tudo porque viveram tudo. Aqui olhe para isso... Travis levantou Kacey da cadeira em que estava sentada e a virou de ponta cabeça, lia-se, -Um X marca o local. Aqui está o meu tesouro. Ele se virou para olhar para ela. -Meu tesouro está bem perto de mim.- Uma seta vermelha apontava diretamente para a outra cadeira, e então, como se houvesse alguma dúvida de que a mensagem estava sendo recebida, uma pequena imagem de Kacey ainda bebê estava gravada na parte inferior. -Você colocou isso aqui?- Kacey engasgou. -Não.- Travis sorriu. -Seus pais fizeram, ou pelo menos eu estou supondo que eles fizeram, considerando que era assim quando comprei o lugar. Acabei mantendo em bom estado, o que teria sido mais fácil se tivessem tomado as precauções de revestir a imagem. Não se preocupe. Tenho determinação nos meus genes. Eu só troquei a foto com outra do seu álbum de bebê. -Como você conseguiu... -Mamãe... -Como é que ela ainda tem isso? Travis deu de ombros. Ela não precisava saber que a sua família tinha um galpão inteiro cheio de coisas que Kacey recusou-se a olhar depois da morte de seus pais. -Nós tinhámos. -Isso é...- Kacey ergueu as mãos no ar e bufou. -Uma responsabilidade muito grande, eu sei. Eu posso ser assim. Então, agora, eu vou alimentá-la. -Ah, então esse é o seu plano maligno. Me emocionar, então me alimentar. -É claro. - Ele beijou seu nariz. -Ouvi dizer que chocolate faz maravilhas. É também um afrodisíaco, pelo menos é o que eu ouço. -Sorte sua.- Kacey socou seu braço. -Não, Kace.- Ele soprou em seu ouvido e lambeu o lado de seu pescoço, amando o sabor da sua pele salgada e doce ao mesmo tempo. - Sorte sua. -Bastardo arrogante, - Kacey disse, brincando e empurrando-o. -Sempre. Agora, sente-se. Eu estarei de volta. Kacey de repente estava grata por seu casaco quando o vento aumentou. Mas ela não queria ir para dentro para o calor. Ela queria ficar plantada exatamente onde ela estava, e nunca mais sair. Nunca. De repente, a ideia de voltar para Seattle parecia muito deprimente para pensar, e seu voo era cedo na manhã seguinte. Ela se encosto em una cadeira e brincou com um pacote de açúcar da mesa. Horror encheu seu estômago enquanto ela pensava em sair. E se ela ficasse? E se ela ficasse aqui? Kacey riu enquanto olhava ao seu redor, para o lugar que ela fugiu. As memórias fizeram seu coração doer, no entanto, lhe deu esperança, e quanto mais ela olhava, mais fácil parecia respirar. Como se a sua vida cheia de estresse estava diretamente correlacionada com a mentira que estava vivendo. Ela tinha realmente sido boa em negócios, com ênfase em empreendedorismo, até que seus pais morreram. Ela passou por um curso mais intenso no ano seguinte e teve aulas extras para terminar em tempo com seus estudos e carteira de professora. Bem, ela tinha muito o que pensar, e tudo por causa de Travis. O menino bobo que a perseguia pela casa da árvore. O mesmo que atirava pedras nela e puxava suas tranças. E ela estava desesperadamente apaixonada por ele. Aparentemente, ela também era boa em evocar o próprio homem, pois segundos depois, ele estava se aproximando de sua mesa com uma bandeja grande. O avental branco era malditamente sexy também. -Por acaso você tem um chapéu de chef? -Minha equipe me mataria por fingir ser qualquer coisa menos do que um garçom, acredite. Eu só estou autorizado a usar o avental em feriados, e mesmo assim é um grande negócio. Eu não vou entrar nisso. Mas geralmente há um monte de aplausos e champanhe. -Você quer que eu começe a aplaudir agora?- Ela perguntou descaradamente. -Bem, o meu olhar atual lhe da razão para aplaudir? -Eu não sei. -Kacey inclinou a cabeça. -Vire-se. Ele fez um círculo. -Agora, pare!- Ela riu quando teve uma bela vista de seu bumbum apertado. -Sim, eu vou bater palmas para isso.- Ela também acrescentou um assobiu de apito. -Eu não sou só um pedaço de carne, Kacey. Nossa, eu também tenho sentimentos. -Desculpa. Travis revirou os olhos. -Ok, eu trouxe diverssas opções para a senhora, assim como um vinho para acompanhar cada seleção. Qual é o seu desejo? -Tudo isso. -E o que você vai me dar em troca? Ela engoliu em seco e trêmula encontrou seu olhar. -Tudo. Travis olhou para os lábios, os olhos assumindo um brilho faminto quando sua boca se curvou em um sorriso sedutor. -Tenho certeza de que pode ser arranjado. Mas, primeiro, nós comemos. -Você quer comer antes de me violentar, é isso? -Kacey, minha mente esteve pensando em você durante toda a manhã e à tarde. Acredite em mim, você não tem ideia. Mas, primeiro, vou alimentá-la. -Obrigado.- Kacey sentia-se leve com prazer enquanto se servia de um copo de vinho tinto e deslizava sobre um prato cheio de diferentes tipos de chocolate. CAPITULO 29 Travis exibiu oito tipos diferentes de chocolate de todo o mundo. -O truque é dar uma pequena mordida e depois acompanhá-lo com um copo de vinho ou café, se você preferir, mas eu acho que nós dois sabemos o que aconteceu da última vez que você teve a cafeína. -Eu acabei em sua cama. -É café expresso. -Travis sorriu. Kacey riu e pegou um pedaço de chocolate escuro. -Eu gosto de estar aqui. Travis disse ao seu coração parar de apertar no peito toda vez que ela sugeria ficar. -Em Portland? -No restaurante.- Ela encolheu os ombros. -É como se eu nunca tivesse partido. -Eles ficariam orgulhosos de você, Kacey.- Ele chegou do outro lado da mesa e segurou a mão dela. -Eu sei que eu estou. Kacey balançou a cabeça. -Do que eles iriam se orgulhar? Da menina que não terminou a faculdade? Que vive sozinha e tem um peixinho triste como um animal de estimação? -Não.- Travis ajoelhou-se ao lado dela. -Eles se orgulhariam do seu espírito, da mulher que você se tornou. Você é forte, você é brilhante, sem mencionar bonita. Os pensamentos de Kacey foram apanhados. -Você realmente acha que eu sou bonita? -Não. Acho que você é de tirar o fôlego. Kacey corou. -Eu acho que você mudou a minha vida. Ela tentou se afastar. -Eu acho que você é única, maravilhosa... você. Seus lábios tremeram. -Eu acho que eu vou beijá-la. -Eu acho que eu quero que você beije, -Kacey sussurrou enquanto seus lábios desceram em direção dela. Ela tinha gosto de chocolate amargo e vinho. Suas mãos se moveram para tocar sua pele, em seguida, deslizou sobre suas bochechas e mergulhou em seu cabelo. -Obrigada...- Sua voz era rouca. -Por dizer isso.- Ela se afastou e fungou enquanto seus olhos começaram a lacrimejar. -A última pessoa que me disse que eu era bonita foi a minha mãe. -Isso, -disse ele enquanto a beijava no nariz. -É uma vergonha. Deve ser dito que você é linda todos os dias. Porque cada dia é verdade, e cada vez que eu a vejo, você cresce em sua beleza. Só porque as pessoas não dizem as palavras, não significa que elas são menos verdadeiras, Kace. Ela mordeu o lábio e olhou para baixo. Ele beijou sua testa e pegou o chocolate. -Chocolate faz tudo melhor. -Onde você esteve toda a minha vida, - ela disse, com os olhos lacrimejantes. -Casa, -Travis respondeu uma nota de seriedade em sua voz. -Eu estive em casa, esperando por você. Eles voltarampara casa em silêncio. A chuva tamborilava através do pára-brisa. Travis não tinha certeza do que tinha mudado entre eles, mas algo havia mudado. Talvez tenha sido muito vulnerável com ela, suas emoções cruas vivenciadas, mas, novamente, Kacey provavelmente fez o mesmo. Estava escuro no momento em que o carro puxou de volta para a calçada. Eles passaram pelo menos três horas conversando e compartilhando memórias de infância. Várias vezes Travis queria afogar-se no rio. Afinal, a maioria de suas memórias de infância eram dele perseguindo ou sendo odioso e Kacey chorando. Mas eles ainda se divertiram. Ele não se lembrava de ter passado tanto tempo com uma menina e não queria que o dia acabasse nunca. Sem falar da noite. Ele virou o carro e correu para o outro lado para abrir a porta de Kacey. -Cansada?- Sua voz falhou. -Você acha que depois de todo o vinho e chocolate eu estaria. - Kacey pulou e deu um encolher de ombros. -É para um filme? Eu estou pronto para qualquer coisa. -Tudo o que você quiser. -Ótimo.- Ela saltou para a porta e se virou. -Mas é a minha escolha. -Não para Ursinhos Carinhosos. -Não para Alice no País das Maravilhas. Eles falaram sobre isso como se tivessem cinco anos de idade e começaram a gargalhar quando Travis levou-os para casa. Tudo estava escuro. Em toda a sua pressa para começar a sua noite romântica, ele não tinha deixado nenhuma luz acesa. A porta se fechou. De repente, me senti muito pequeno na gigante sala de estar. Como se o ar estivesse sendo sugado para fora das janelas. Travis disse a si mesmo para se acalmar. Mas ele estava dolorosamente ciente da garota que estava ao lado dele. Aquela que realmente tinha fugido. A menina da casa ao lado. Ele suspirou, não parecendo tão alto para ele. E a próxima coisa que ele sabia, a boca de Kacey estava na sua. -E sobre o filme, -ele perguntou sem jeito, seu corpo ficou tenso em protesto. -Esqueça o filme.- Ela colocou os braços ao redor do pescoço e suspirou em seu ouvido. -Esquecido. Ele levantou-a facilmente em seus braços e a levou até as escadas, parando apenas quando estavam dentro de seu quarto. Câmera lenta, tudo estava em câmera lenta. A música de fundo não foi ainda suficiente para abafar o rugido do sangue em seus ouvidos. Ele deve ter deixado o seu iPod ligado esta manhã, quando o alarme disparou. Ele engoliu em seco, em seguida, estendeu a mão para tocar o braço dela. Esse gesto simples, a sensação de sua pele, foi o suficiente para fazê-lo tonto. -Kace...- Como ele deveria querer? Para amá-la como ela merecia, quando tudo o que podia pensar era limpar o irmão de sua memória completamente. Kacey olhou para cima, seus olhos claros e brilhantes. Ela moveu a mão lentamente sobre o peito. Ele fechou os olhos e se permitiu sentir - tudo. Ele sabia que sua respiração soava irregular. Ele sabia que seu controle foi desaparecendo lentamente em uma poça a seus pés, mas ele não se importava. Nada o fez mais nervoso do que o olhar que ela tinha acabado de dar a ele, como se ele pudesse, sozinho, salvar o mundo, curar o câncer, e ainda estar em casa para o jantar, tudo dentro do período de vinte e quatro horas. Era uma responsabilidade que ele não tinha certeza se ele estava pronto, mas eles não tinham mais para onde ir. Eles não podiam voltar a serem amigos. E ele não queria. Mas ele não podia deixar de se preocupar que em algum momento, ele ia estragar tudo. Ele não tinha certeza de como, mas ele tinha a sensação de que as coisas dariam errado, se ele apressasse as coisas com ela. A amizade deles era muito frágil. Travis abriu os olhos. Eles estavam sozinhos em seu quarto, e de repente ele sentiu como se estivesse na escola novamente. Revivendo a mais viva de suas fantasias. Ele tinha de dizer não. Ele precisava levar as coisas devagar. Kacey puxou sua cabeça para a dele e beijou-o com tanta força que quase perdeu o equilíbrio, para não mencionar o seu coração. A expressão, eu não posso deixar de levar isto lento, não importava como ele agarrou seus braços e apoiou-os acima de sua cabeça contra a parede. Com um gemido, ela inclinou a cabeça para trás, expondo seu pescoço e seios. Ele aproveitou. Ele beijou o pescoço dela, lambeu sua bochecha, mergulhou sua língua em sua boca, e gemeu quando ela mordeu o lábio e tentou lutar com ele. -Faça-me esquecê-lo, - ela choramingou. -O prazer é meu.- Ele mordeu o lábio e puxou-a em seus braços, em seguida, às pressas jogou-a sobre a cama. Ela soltou uma gargalhada. Que, naturalmente ele tomou como um mau sinal, considerando as mulheres não riem durante as preliminares, ou pelo menos em sua experiência, elas não fizeram. Uma lágrima correu pelo seu rosto. -Sinto muito, é só que...- Ela continuou rindo e chegou por trás dela puxando o seu coelhinho. - Parece que eu apenas sentei em seu coelho, você sabe o que tem tirado a sua frustração sexual ultimamente, o que tem o meu nome? Rumo interessante de eventos, você não acha? -Merda. Ele pensou que tivesse escondido esse coelho há muito, muito tempo atrás. Como diabos ele saiu debaixo de sua cama? -Me dê aqui.- Ele estendeu a mão. -Não.- Ela escondeu atrás das costas. -Tire sua camisa primeiro. -Ah, então vai ser assim? Ela assentiu com a cabeça. Caramba, como ele deveria dizer não a uma coisa tão bonita? -Tudo bem, mas este é mais um daqueles momentos do Juramento de Sangue. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, você está autorizada a dizer a outro ser humano que eu tirei minha camisa, a fim de tomar o meu coelho de você. Sem falar que tudo isso está acontecendo antes do que eu planejo para fazer você gritar de prazer. - Com movimentos bruscos, ele tirou a camisa. O sorriso de Kacey cresceu. -As calças também.- Ela balançou a cabeça em seus jeans e se inclinou. -Nós vamos ter um desses relacionamentos, não vamos? -O quê? -O tipo onde nós brigamos. -É claro. -Kacey inclinou-se sobre os cotovelos, em seguida, lentamente desabotoou a camisa, deixando apenas um botão fechado. Sua boca ficou completamente seca. Suas mãos estavam paralisadas perto do botão de sua calça jeans. -Além disso, -disse ela enquanto suas mãos lentamente acariciava seu próprio estômago e arqueava as costas. -Pense em quão divertido será beijar e fazer as pazes. Nunca, em sua vida, ele já tinha tirado um par de jeans tão rápido. -O coelhinho.- Ele estendeu a mão. -A cueca.- Ela estendeu a dela. -Você tem que estar brincando comigo. -Eu pareço estar brincando?- Ela abraçou o coelho perto de seu peito, fazendo-o um ciúme doentio. Sem nada sobre o bicho de pelúcia. -Tudo bem.- Ele empurrou fora de sua cueca e jogou-a para ela. O coelho veio voando em direção à sua cabeça. Ele abaixou-se e com uma maldição abordando Kacey na cama. -Agora, é minha vez. -Sua vez?- Kacey disse sem fôlego. -Sim, de torturá-la, assim como você está me torturando, não há apenas dias, mas para toda a minha vida. Kacey sorriu para ele, em seguida, beijou-o levemente na boca. -Eu me rendo. Travis tentou manter sua alegria sob controle, considerando que provavelmente era impróprio para cantar a Aleluia na cama, nú. Droga. Seus dedos alcançaram o botão final da camisa de Kacey. Ele puxou-a e disse a si mesmo para agir com maturidade, embora ele se sentise como um garoto vendo os seios de uma menina pela primeira vez. Mas era Kacey. Sua Kacey. E ele queria amá-la, valorizá-la, fazê-la ver o que ele viu cada vez que ele olhava para ela. Perfeição. Seus lábios acariciaram os dela. Sua língua, estendeu um pouco a mão e tocou-lhe, o que poderia ter sido um raio dada a forma que afetou seu corpo. Ele precisava de alguma ajuda ou incentivo quando ele tirou dela o resto de suas roupas, em seguida, lutou contra o impulso de gritar novamente quandosua pele fez contato. Parecia um sonho. Suas mãos fizeram, lânguidos movimentos lentos até suas coxas enquanto ele suspirou contra seus lábios. Ele queria mais do que tudo. Sua vida inteira. Quantas pessoas realmente poderiam reivindicar isso? Durante toda a sua existência, a única pessoa com quem quis compartilhar a eternidade, nunca mudou, nunca vacilou. Ela. Ele sempre tinha sido dela, e ele estava indo mostrar a ela o quanto a amava. Nunca em um milhão de anos Kacey iria imaginar que ela acabaria na cama de Travis - em seus braços. Seus olhos brilhavam quando ele pegou em seu corpo nu e depois estremeceu quando ele concedeu um beijo em seu estômago. -Você percebe como malditamente você é linda? Kacey gemeu de prazer quando ele inclinou os quadris em direção ao seu e a pegou por trás da cabeça, puxando-a para um beijo ardente. Seu beijo era tão diferente de Jake, diferente de qualquer cara que ela tinha estado. Considerava mais do que promessas de uma noite só, ele prometeu a ela o para sempre, e ela não tinha percebido até agora o quanto ela precisava desse compromisso. Ele era tão cuidadoso com ela, como se ela fosse todo esse tempo um tesouro perdido que ele estava descobrindo. Cada beijo, cada toque, foi suave e lento. Tortura não podia sequer começar a descrever o que sentia por suas mãos quentes a correr para baixo de seu corpo. Com uma ardente boca, ele a beijou como um homem faminto. Como se cada momento que ele já tinha vivido, cada respiração que ele já tinha tomado, tinha sido guardada até então. Kacey não tinha percebido. Nunca soube que Travis era o que estava faltando. Em qualquer outro relacionamento havia sempre alguma coisa. Mesmo com Jake. Com Travis, ela finalmente se sentiu completa, amada, inteira, bonita. Ela suspirou. -Isso é bom.- Kacey lambeu o lábio inferior e riu contra sua boca. -Mulher, você vai me matar.- Com um estremecimento, ele gemeu e fechou os olhos enquanto se afastava. -Essa é uma deliciosa maneira de morrer, né?- Ela agarrou suas costas, roçando todo o caminho e beijos em baixo de sua mandíbula. Seu corpo era tão firme e apertado. O homem era lindo, e era dela, todo dela. -Absolutamente.- Travis resmungou tomando sua boca novamente e fixando os braços contra a cama. Seu toque era dominante, possessivo - algo que deveria ter assustado ela, em vez disso, a fez quente como o inferno. Tudo o que ela queria era que ele a reclamasse, marcasse como sua e só sua. Cada toque, cada carícia, era como um presente. Kacey queria ficar lá para sempre. Ela tomou sua decisão. Ela ficaria. Mesmo que isso significasse abandonar tudo em Seattle. Mesmo que isso significasse superar demônios antigos. Pela primeira vez em sua vida, um homem que se preocupava com o que ela realmente amava, estava oferecendo-lhe tudo. Ele queria lutar por ela, para resgatá-la, e pela primeira vez em sua vida, ela realmente acreditava que era possível ter um final feliz. Travis fechou os olhos, permitindo que seu corpo memorizasse o momento. A pele dela contra a dele, suas mãos corriam para cima e para baixo os seus braços enquanto ele se acomodou sobre ela. Ela estava queimando sobre a sua alma, e ela nem sabia como isso era permanente - ele faria qualquer coisa para nunca deixá-la ir. -Travis, -ela sussurrou contra seus lábios, envolvendo os braços em volta do pescoço. Precisando ir devagar, ele beijou o canto de sua boca e fez o seu caminho para sua orelha. Seus dentes roçaram a pele macia de seu pescoço. Ela engasgou. -Você é tão sexy.- Ele se afastou e olhou nos olhos dela. Ele estava mudando tudo. Este momento estava mudando tudo e ele queria voltar. Ela se moveu debaixo dele ficando assim mais vulnerável. Os olhos dela disseram, e ele sabia. Ele não podia parar. Ele não queria. Porque nesse momento, ela precisava saber de quem ela era. Sua. Ele cerrou os dentes. Com um suspiro, ela puxou sua cabeça para baixo e beijou-o, e ele se foi. Perdido em um mar de paixão e desejo. Uma atração tão forte que ele não conseguia se impedir de entrar nela - de fazê-la sua. Kacey gemeu seu nome quando ele mergulhou avidamente nela. Ela levou-o, sacudindo quando gotas de suor correram entre seus corpos. Ele parou, amaldiçoando seu próprio entusiasmo. Caramba, mas a mulher seria a morte dele. Ele deveria ter sido mais suave, mas o inferno se ele poderia parar agora que ele a sentiu ao redor dele, agora que ele sabia que eles se encaixam como uma peça de um quebra cabeça perfeito. -Eu estou bem, eu estou bem.- Ela sorriu sedutoramente, pegando sua cabeça e persuadindo-a para ela. Suas testas se tocaram quando ele a puxou ainda mais apertado contra ele, suas pernas foram, naturalmente, em torno de sua cintura. E eles se sentaram ali, em um abraço íntimo apenas olhando um para o outro. E mais uma vez, seu coração bateu com a ideia de que ela estava finalmente em casa, finalmente, exatamente onde queria estar. Em seus braços. Ele fechou os olhos e começou a fazer amor em um ritmo lento. Ela sorriu quando ele a puxou com força contra ele reivindicando ela. O único pensamento que passou pela sua cabeça foi que ele ficaria feliz em ficar dentro dela para sempre. No momento em que se desfizeram, era cedo demais. Seu corpo já estava querendo levá-la de novo e de novo até que ambos estavam esgotados. Ele caiu contra ela e suspirou, seu corpo ainda vibrando com as consequencias do encontro que abalou suas vidas. -Eu te amo, -Kacey sussurrou contra seu rosto, enquanto ela deu-lhe um beijo. Era o esperado. Ele não tinha pensado a mesma coisa uma e outra vez? Mas, por alguma razão, ele congelou. A grave desidratação que fazia a um homem após o sexo. Então, ele olhou para ela, um olhar vazio, e então se afastou e sentou. De repente, sentindo- se como um idiota nervoso. -Travis. - Ela esfregou suas costas. -Oh Deus, eu sou um idiota.- Ele precisava dizer essas palavras, mas havia algo de muito errado sobre apenas admitir seus verdadeiros sentimentos depois de ter acabado de dar seu corpo a ele. Ela era muito mais do que sexo, muito mais do que um momento. Ela puxou a mão de volta. -O quê? -Eu sou um idiota. Sinto muito, Kace. -Como ele poderia explicar a ela a profundidade de seus sentimentos? Ela precisava saber que não era sobre sexo. Tratava-se de algo muito mais. Algo que ele não era capaz de descrever. Ele se virou e olhou para o seu rosto, incapaz de encontrar seu olhar. Ele deveria ter sido o único a dizer em primeiro lugar. Ele era melhor do que isso, e ela merecia mais do que isso. Ele desviou o olhar nervosamente. De repente, inseguro, ele caminhou até o banheiro e fechou a porta silenciosamente. Ele só precisava de tempo para pensar, tempo para decidir as palavras certas, para dizer para não estragar a melhor coisa que já tinha acontecido com ele. Kacey estava dormente. Pela segunda vez em sua vida, teve perda total. Uma perda tão grande que ela não conseguia nem chorar. Ela tinha sido amaldiçoada a sempre ter experiências sexuais ruins? Não que a experiência em si foi horrível. Era exatamente o oposto, perfeita, maravilhosa. Que mudam a vida e depois, nada. Ele olhou para o espaço. Ele colocou a cabeça entre as mãos. E ele foi embora. Assim como Jake. O nó na garganta tornou difícil para ela respirar. Ela pegou suas roupas descartadas e correu para fora do quarto. Ela trancou a porta do quarto de hóspedes e deslizou contra ela, as lágrimas finalmente chegando e, com elas, uma dor que ela nunca soube que era possível. A dor de um coração que está sendo quebrado, uma garota que está sendo rejeitada por outro homem da família Titus. E de repente ela se sentiu exatamente como uma stripper, como uma daquelas meninas que Jake salivava depois. Rapidamente, ela arrumou suas coisas, trocou de roupae espiou o corredor. Travis estava longe de ser encontrado. Era quase meia-noite. Ela podia ver os vôos que estavam saindo e simplesmente partir. Qualquer coisa era melhor do que encarar Travis, e ver o desgosto em seu rosto. Ela se apressou a descer as escadas e saiu pela porta da frente e correu diretamente para a vovó. -Vovó, - ela falou, de repente sentindo-se envergonhada e culpada. -Querida, onde você vai? Onde está o Travis? Kacey lutou muito para segurar as lágrimas que caiam pelo seu rosto, mas a vovó em segundos estendeu os braços e abraçou-a, ela quebrou em um milhão de pedaços. -Ele não me ama, - ela chorou no ombro da vovó. -Sim, ele ama,- Vovó disse simplesmente. Kacey balançou a cabeça e tentou limpar a garganta. -Não, ele não ama. Era exatamente como Jake e então... -O quê?- Vovó puxou Kacey de seu ombro e segurou a sua cabeça entre as mãos. -O que aconteceu com Jake, menina querida? -Dormimos juntos, na faculdade, a minha primeira vez.- Ela soluçou. -Na noite em que meus pais morreram. E ele congelou. Ele apenas ficou lá depois. Eu estava tão vulnerável e ele apenas ficou lá, e então ele deixou-me sem dizer adeus. -As lágrimas corriam livremente pelo rosto. Era como se tudo o que aconteceu há tantos anos finalmente estava voltando para a superfície. Toda a mágoa, a raiva, a traição. -E Travis, você e ele?- Vovó perguntou suavemente. Kacey acenou com a cabeça e continuou: -E ele apenas ficou lá! Ele chamou a si mesmo um idiota e foi para o banheiro! Vovó colocou as mãos nos quadris. -Posso ser velha, mas isso não é maneira de deixar o seu parceiro de cama. -Vovó, -Kacey disse, conseguindo um pequeno sorriso. -Isso não importa. Estou indo embora. -Você não pode!- Vovó segurou suas mãos firmemente junto com as dela. -Você precisa falar com ele. Ele ama você. Eu o conheço, ele ama! Ele está com medo! -E eu não estou?- Kacey gritou. -Estou com medo! Vovó lhe deu um olhar peculiar. -Será que Travis sabe como Jake reagiu naquela noite? Kacey balançou a cabeça lentamente, sentindo-se um pouco culpada por permitir que seu coração ferido pudesse colocá-los na mesma categoria. -Vá,- vovó disse, surpreendendo-a. -Pegue seu avião. Eu vou cuidar disso. Kacey balançou a cabeça. -Não há nada a fazer senão pegar os pedaços quebrados. -Há sempre algo para fazer. - Vovó lhe entregou as chaves da BMW. -Basta deixá-lo no aeroporto, e eu vou fazer Wescott me levar até lá para pegá-lo amanhã. -Obrigada, vovó. Eu a amo. -Eu também a amo, querida.- Vovó beijou sua bochecha e saiu muito rapidamente para dentro da casa. A última coisa que Kacey ouviu antes ligar o carro foi vovó gritando por Travis a todo pulmão no pé da escada. Kacey saiu da garagem sentindo completamente crua conforme ela saia da casa, cheia de memórias, pela segunda vez em sua vida, sabendo com certeza que ele não estava em seu futuro. -Desculpe, mãe, pai.- Kacey enxugou as lágrimas de seus olhos. - Eu acho que não sou boa o suficiente. CAPITULO 30 Travis olhou para a água corrente por um tempo que mais pareceram horas. Realmente, era provavelmente 30 minutos, mas ele precisava para obter seu discurso perfeito. Palavras muitas vezes não era o seu forte, mas ele estava indo para tentar transmitir a necessidade emocional crua, que tinha por Kacey, e não apenas por uma noite. Mas sempre. - Travis. –A voz da vovó ecoou em seu quarto. - O que diabos ela estava fazendo de volta? -Vá embora. - Ele correu para seu quarto e colocou um par de jeans bem a tempo de sua avó vir estourando através da porta. - Você é oficialmente o meu neto menos favorito. Travis sorriu. - Então, eu era o seu favorito antes? -Você é um idiota. -Vovó, eu acho que dificilmente é apropriado... - Ela se foi. Travis sentiu a inclinação do seu mundo. Ele se sentou na cama e colocou as mãos sobre o rosto. - O que quer dizer com ela se foi? Ela estava aqui. - Ela foi embora. -Por quê? -Porque você é um idiota. Seu coração apertou. - O que eu fiz? Quer dizer, eu não disse ‘eu amo você’ de volta, mas eu estava tão envergonhado de mim mesmo por não ter dito isso em primeiro lugar, para levá-la para a cama e não contar a ela o quanto... - Sua voz foi rouca e, em seguida, em silêncio. -Bem, ela acha que você tem vergonha dela. -O quê? - Travis fugiu da cama. - Isso é impossível! Eu não disse nada ofensivo! -Eu sei. - Vovó suspirou. - Esse é o problema. Você não disse nada. -O quê? -Assim como Jake. -Perdão? -Ele cerrou o punho e começou a suar. Ele e Kacey... Ela nunca lhe disse? Travis sacudiu a cabeça. - Eu sei que eles dormiram juntos, mas... -Quando tudo foi dito e feito, Jake pegou as coisas dele, disse que estava arrependido e saiu de sua vida. -Mas... Vovó bateu em sua mão. - Você, meu caro rapaz, teve a mesma reação. Seus motivos eram diferentes. Eu sei disso e você sabe disso. Kacey, no entanto, acha que você cometeu um erro, e agora ela está no aeroporto. -Você deixou-a ir. Ele rugiu, envergonhado por está gritando com sua avó. -Não. - Ela virou-se e caminhou até a porta. - Você fez. Travis não sabia o que dizer. Ao contrário, ele passou apressado por sua avó e desceu as escadas. Não foi até que ele estava do lado de fora que ele percebeu que não tinha uma camisa. Xingando, ele correu de volta para dentro da casa e pegou uma camiseta da lavanderia. Sua caminhonete não seria rápido o suficiente. Ele nunca iria pegá-la naquela coisa. Era enorme e duro o suficiente para entrar e sair do trânsito. Ele correu para a garagem, quase sem fôlego. A Ducati preta e branco estava confortavelmente no meio. - Isso vai servir. -Ele pegou o capacete e saiu em disparada em direção ao aeroporto. O tempo todo ele costurou dentro e fora do tráfego, ele rezou para que não fosse ser tarde demais. Como ele podia ser tão estúpido? Ele não tinha pensado. Ele ainda cheirava a Kacey. Seu perfume era inebriante, e parecia que cada vez que ele inclinava a cabeça, ele ainda podia sentir o cheiro dela em sua pele. Senti o toque de seus lábios contra os dele. -Droga. - Ele virou para o aeroporto de Portland e correu para estacionamento de curta duração do desenbargue. Ele quase se esqueceu de retirar seu capacete, com ele e tropeçou tentando sair da moto, mas finalmente ele foi através da entrada e olhando freneticamente para o cabelo castanho de Kacey. Ela tinha que estar voando no Alasca Airlines, ou isso ou Sudoeste. Ele correu para o balcão. -Você já viu uma menina com cabelos castanhos, olhos castanhos, muito bonita... -Oh Deus, ele estava se transformando oficialmente no cara dos filmes que se decompõe em um aeroporto internacional. A mulher balançou a cabeça. - Sinto muito, o nosso último vôo partiu há uma hora. -Certo. Ele foi até o balcão Sudoeste. -Você já viu... -Senhor, você precisa entrar na fila. -Olha, eu não estou aqui para voar. Estou aqui para... -Senhor! Entre na fila! Travis bateu a mão contra o balcão. Que, aparentemente, a senhora não gostou. Em poucos minutos, os seguranças estavam escoltando-o de volta para fora. Fabuloso. -Eu estou procurando a minha... O que ela era? Sua amiga? Nunca, nunca seria apenas um amigo. Ela era mais do que uma namorada. Ela era sua amante... sua - bem, ele queria que ela fosse sua esposa. Ele sorriu, apesar de ser sendo escoltado para fora do aeroporto. Ele agarrou o segurança mais próximo a ele e sorriu. - Eu vou me casar com ela! -Bom para você, meu filho. -O cara deu-lhe um olhar perplexo. - Agora, precisamos que você saia. Abatido, Travis foi para a moto, em seguida, tirou o celular e discou o número de Kacey. Que foi direto para a caixa postal. O que significava apenas uma coisa. Ela estava voando, de volta para casa, e ele nem sequer chegou a dizer que a amava. CAPITULO 31 Kacey deitou a cabeçacontra a parede. Não há vôos para fora hoje à noite significava que ela tinha que dormir no aeroporto. Claro, ela poderia ir para um hotel, mas por algum motivo ela queria sentir pena de si mesma. Bem, aí foi que e a pequena oportunidade que ela teve para obter um vôo mais cedo do que o de Jake. Isso era exatamente o que ela precisava. Para sentar-se ao lado de Jake depois de dormir com seu irmão. Sua vida era como um programa de TV dramática. Ela balançou a cabeça e estremeceu. O aeroporto estava desolado. Ela não estava fazendo nada para seu humor horrível. Talvez ela realmente devesse ir para outro lugar, para que ela não acabasse chorando sozinha no canto. Isso seria o máximo de baixas. Puxando o celular apertou Menu, mas a tela estava preta. Ela sacudiu-lo, talvez balançando o telefone realmente iria acontecer alguma coisa. Morto. Assim como o seu coração. Figurado. Ela jogou-o de volta em sua bolsa e suspirou. Talvez se ela apenas. -Fechou os olhos por um tempo para que pudesse dormir um pouco. Mas no momento em que se fecharam, ela ouviu uma voz. -Ei ... Seus olhos se abriram. -Jake? -Eu sei, eu sei. Eu deveria estar no condomínio ou em qualquer lugar, mas eu fiquei entediado e avó saiu dizendo algo sobre ter sobremesa com o vizinho longe dos olhos vigilantes da família, deixando-me ainda mais aborrecido. Em seguida, a mãe e o pai estavam tratando-se como uma outra lua de mel, se você sabe o que quero dizer. De qualquer forma, eu decidi nada era pior do que isso, então eu fui para casa. -Oh. - Kacey se ajeitou na cadeira e quebrou o contato visual. -Mas então. -Jake continuou a falar. -Travis tinha ido embora e avó estava murmurando alguma coisa sobre seu maldito neto. Eu não posso ajudar, mas acho que ela estava se referindo a mim. Kacey bufou. -O quê? - Jake cutucou. - Não há observações irreverentes? Sem concordar? O que há de errado? Você está doente ou algo assim? Ela balançou a cabeça e, em seguida, caiu em prantos. -Deus, eu sinto muito. Sinto muito. Eu não sabia que você estava triste. Eu sou um bastardo egoísta às vezes. O que há de errado? Você está doente? Você está bem? - Ele puxou-a em seus braços e a segurou. Senti-se estranho, não como Travis. Foi reconfortante para uma extensão, mas apenas como um amigo, não uma alma gêmea. Ela estremeceu, tentando ganhar fôlego. -Nada. É bom, é... - Ela continuou a soluçar, mesmo quando estava disposta a parar a si mesma. -Kace? -Jake sussurrou em seu cabelo. -O que há de errado? O que aconteceu? -Travis. -Eu vou matá-lo. -Jake me empurrou e se levantou. - Ele fez isso com você? É por isso que você está chorando? Aquele filho da... -Não, não.- Kacey chorou. –Foi só ele também. Foi nós dois. Mas no final foi ele. -Huh? -Jake se agachou ao seu nível de olho. - Por que não começa do começo? Ele não tinha nenhuma pista. Este espécime perfeito de um homem não tinha ideia da dor que ele causou. Bem, ele estava prestes a fazer. -Na verdade... - Sua voz vacilou. - Começa com você. -Eu? Ela assentiu com a cabeça. - Sim, na noite em que você me deixou e nunca mais voltou. Surpreendentemente, ela estava se segurando muito bem, considerando. -Você está se referindo à noite, que enquanto eu viver me arrrependerei todos os dias da minha vida. Naquela noite? Ela não tinha certeza se isso era um elogio ou uma coisa muito cruel de se dizer. Jake amaldiçoou e colocou seu braço ao redor dela. -Eu estava com medo. -O quê? - De todas as coisas que ele poderia ter dito, isso era o que menos esperava. -Sim, eu sei. Jake Titus, com medo? Mas é a verdade. Eu sabia que tinha estragado tudo. Eu sabia que nós éramos amigos, e é claro que estávamos atraídos um pelo outro. Quero dizer, como poderíamos não estar? Éramos inseparáveis, e deixe-me dizer-lhe que é quase impossível para as meninas e rapazes para ser apenas amigos. Kacey suspirou em seu ombro. -Eu sabia que tinha errado e não sabia como corrigi-lo. Pela primeira vez na minha vida eu não tinha um plano. Eu não tinha ideia do que fazer. Devo pedir desculpas? Devo fazer isso de novo? - Ele riu. - Devo dizer que eu amei? Eu só não sabia, então eu fiz a única coisa que eu podia em uma idade tão imatura. -Você me deixou. -Kacey terminou. Jake balançou a cabeça. Ele olhou para os olhos lacrimejantes e amaldiçoado. -Eu era um idiota. Kacey riu. –Nisso podemos concordar. -Eu nunca disse que estava arrependido. Seus lábios tremiam. Jake estendeu a mão e levantou o queixo. –Eu sinto ter ido embora. Sinto muito, Kace. Eu nunca quis magoá-la. Eu era jovem e estúpido e bem, às vezes é mais fácil ser egoísta e cruel do que ser verdadeiro. Eu escolhi o caminho estúpido, esperando que ele iria apenas fazer tudo ir embora. - Sinto muito. -Kacey murmurou. -Eu deveria ter feito mais, dito mais, ou até mesmo dizer que não. Eu só, eu não sei... Jake puxou-a para seus pés. - Kace, tanto vamos concordar que más escolhas foram feitas, mas vamos superá-lo. Eu não sei o que Travis fez, mas eu sei de uma coisa. Esse garoto tem sido obcecado por você desde que você era velha o suficiente para fugir quando ele jogava pedras. -Ele se inclinou e beijou sua bochecha. -Ele vai lhe falar disso, eu prometo. Kacey assentiu, ainda não confiando em sua voz a falar. -E, eu acho que nós temos esperado o suficiente. Vamos para casa. - São quatro horas da manhã. -Nós vamos pagar a alguém. -Ele encolheu os ombros. -Bilionário sem coração. Jake jogou a cabeça para trás e riu. - Sem coração, não. Bilionário, sim. -Com uma piscadela, ele passou o braço em volta dela e levou-a de volta através do aeroporto. E diretamente na cova do leão. As câmeras dos paparazzi enlouqueceram. As luzes piscando cegou Kacey tanto que ela disparou. Jake agarrou seu braço e, com uma maldição, tentou cobri-la com sua jaqueta enquanto caminhavam para o carro à espera. Ele olhou para a rua e amaldiçoado. - Vamos, por aqui. Kacey seguida em uma névoa emocional com Jake levando-a de volta para dentro e tirou seu telefone celular. -Eu não me importo se é meia-noite, é só me pegar em um carro aqui, agora. - Ele jogou o telefone na cadeira e se sentou. -Sinto muito, Kace. Eu não tinha ideia. Quero dizer, nós estivemos aqui durante todo o fim de semana sem realmente correr para os paparazzi. Eu só disse para os que contratratei. Kacey estava sentada com um mau humor e colocou a mão em suas costas. -Está tudo bem, não é como se você fosse uma pessoa normal. Você contratou pessoas para tirar fotos de nós? Você realmente é um idiota às vezes, Jake. Jake ergueu os olhos para encará-la. -Mas não é como se você tivesse que contratar alguém. As pessoas seguem você por toda parte. -Ela encolheu os ombros, em seguida, deu-lhe um pequeno empurrão. -Você é o solteiro mais famoso de Seattle, para não mencionar uma celebridade por aqui. -Certo. -Ele olhou para suas mãos. -Jake. -Kacey disse assim que ela descansou a cabeça em seu ombro. - Vai ficar tudo bem. O carro estará aqui em breve e então nós podemos ir para casa. Além disso, não é isso que você queria? -Casa - Repetiu ele e balançou a cabeça. -Eu pensei que era. Mas não é assim, Kacey. Com um suspiro, ele acenou com a cabeça e disse: -Casa soa bem. Obrigado, Kace. Desculpe por arrastar você para tudo isso. Você sabe que eles vão pensar que estamos juntos. -Ah. -Kacey acenou com a mão no ar. -É como na escola mais uma vez. -Só que este anuário recebe atenção nacional. Kacey assentiu. -E eu tenho certeza que todas as fotos tiradas de mim hoje vai fazer com que pareça que você está namorando uma mulher emocional. -Sim, tem isso também. -Obrigado. -Sem problema. -Jake piscou-lhe com um sorriso. -Venha aqui. - Ele a puxou para um abraço e beijou o topo de sua cabeça. -Você sabe que tudo vai dar certo, né? -Sim, eu sei.Nós vamos ter que esgueirar-se para dentro do carro e... -Não. -Jake disse, apertando-lhe o ombro. -Com Travis. Deus, você me mata escolhendo meu irmão mais velho nerd, mas aparentemente é isso que está acontecendo. Kacey não estava confiante o suficiente para pensar que ela e Travis estavam indo para torná-lo através deste ponto áspero, mesmo que ela conseguisse falar com ele. Ela ainda não conseguia ler sua mente. Será que ele sente minha falta? Ele estava tão chateado como ela estava? Ela deve ter ficado? -Caia fora da minha mulher! -Uma voz masculina gritou. -Ele não foi expulso? - Uma mulher gritou. Kacey olhou para cima para ver Travis cobrando-lhe tanto, as mãos nos punhos e uma mulher apontando para ele como se ele fosse algum tipo de criminoso. Seus olhos estavam arregalados de medo. Para ser justo, Travis parecia um pouco ameaçador. -O que você está falando? -Jake empurrou a seus pés. -Ela não é sua mulher. Se ela fosse sua mulher, por que diabos ela estaria sentada aqui comigo? Mau movimento, Jake. Mau movimento. -Você está mentindo bastardo! -Travis lançou para Jake. Os dois homens caíram no chão com um grunhido. Travis estava em cima, e Jake, infelizmente para ele, estava embaixo. E em breve câmeras estavam piscando tudo de novo. Kacey gritou: -Saia de cima dele! Não há nada acontecendo! -Você a deixou Travis! -Jake deu um soco no queixo. Um forte grito estrondoso saiu de Jake quando ele passou as mãos em torno da garganta de Travis. -Seu bastardo! Pelo menos eu me desculpei. O punho de Travis veio esmagando a mandíbula de Jake. Jake enganchou o pé dentro da perna de Travis, como um movimento de MMA, e, em seguida, Jake estava em cima. Seu punho puxado para trás para acertar Travis, que de repente parou de lutar. E, em seguida, a segurança veio separá-los. A sobrancelha de Travis foi cortada e Jake estava cuspindo sangue. E as câmeras pegaram tudo. Cada coisa sangrenta. -Venha com a gente. Ordenou um guarda da segurança, agarrando os dois homens. -Espere! Espere, eles, hum... - Ela deveria reclamá-los, os dois? Relutante, ela percebeu que tinha que fazer. Eles...eles estão comigo. -Isso é verdade? - Um guarda de segurança perguntou Jake. Ele acenou com a cabeça. E a próxima coisa que ela soube, Kacey estava presa junto com eles. Claro. Os paparazzi os seguiram, fazendo perguntas. -Jake, ela é sua nova namorada? Ele não é seu irmão? O que vai acontecer com a Empresa Titus? Isso é um reflexo de como a empresa está sendo executado desde a aposentadoria de seu pai? Kacey sentiu mal do estômago. Eles foram levados para um quarto escuro e frio que ela só poderia assumir era usado para torturar supostos terroristas. Assim que a porta se fechou, ela olhou para os dois. Ambos os irmãos. Dois homens que tinha conhecido toda a sua vida. Um amigo, o outro algo muito mais. Seu coração doía em seu peito. Ela desviou o olhar e se encolheu no canto. Ela não podia dizer o que ela queria dizer, não agora. -Vim atrás de você. -Travis resmungou em voz baixa. -Cale a boca. -Disse Jake e gemeu. -Imagine minha surpresa quando eu vejo você nos braços de Jake no fim da recepção de seus beijos. Sério, Kace? Horas depois de termos relações sexuais? Sério? Eu pensei... - Sua voz foi sumindo. -...eu pensei que nós éramos mais. Furiosa, Kacey saltou para seus pés e cobrindo Travis. Jake fugiu tão longe de seu irmão possível. Kacey lhe deu um tapa forte no rosto. -Isso é menos do que você merece. Jake riu no seu canto. -Ouch. Kacey virou-se para ele. Ele se contorcia na cadeira, quebrando o contato visual. -Quanto a você! -Ela apontou para ele. -Estamos em terreno muito instável, meu amigo, terreno muito instável. -Ela me chamou de amigo. - Jake se vangloriou em voz alta. Travis amaldiçoado e segurou a cabeça com as mãos. -Sinto muito. -Disse ele, com a voz embargada. - Sinto malditamente muito. Kacey fechou os olhos para lutar contra as lágrimas. -Você deveria mesmo. -Eu gostaria de dizer uma coisa. -Jake pigarreou. Travis virou um olhar assassino em sua direção. -Eu prefiro que você não fale. -Independentemente disso. -Jake disse, levantando-se de seu assento e andando pela sala. -Eu acho que é preciso dizer que ambos estão sendo estúpidos. Isso? De Jake? Kacey fez uma careta. -E o quê? De repente você é a voz da razão? -A voz da razão. -Jake enfiou as mãos no bolso. -Eu meio que me encaixo nisso. -Eu aposto. -Travis resmungou. -Falando de apostas... -Jake caminhou até Travis e levemente chutou seu pé. -Eu acho que você ganhou um presente. -Aposta? -Kacey repetido. -Que aposta? -Eu tinha oito anos. -Travis fervia. -Você estava apaixonado. - Você fez um juramento de sangue! Jake riu. -Mais uma vez com o juramento de sangue. Vamos deixar uma coisa bem clara. Um juramento feito por cuspir não está nem perto de ser um juramento de sangue Travis praguejou e olhou para Kacey. -Eu tinha que ver você. O jeito que você deixou... Kacey ainda estava presa a este negócio da aposta, e assim como ela estava tomando coragem suficiente para perguntar... A porta se abriu. - O que vocês pensavam que estavam fazendo, meus dois netos menos favoritos. -Vovó fervia. Jake recuou e sentou-se ao lado de Travis. -Preso em um aeroporto internacional por lutar! - Vovó Nadine colocou as mãos nos quadris. - Que vergonha, para ambos! E pensar que eu tive que descobrir pela televisão nacional onde os meus doces meninos estavam. -Ela disse doce, isso é um bom sinal. -Disse Jake em voz baixa. Avó jurou. -Vovó. -Disseram os homens em uníssono. -Pobre Kacey. -Vovó disse, caminhando até Kacey e abrindo os braços. Kacey foi para eles de bom grado, confortado que a avó estava lá, mas também encontrá-lo levemente divertido que os dois rapazes estavam recebendo o ombro frio. Apenas seria imaturo mostrar a língua agora? -Você, minha querida, vem comigo. -Vovó pegou a bolsa de Kacey. -E nós? -Perguntou Travis. -Eu disse a bela guarda de segurança para deixá-los sentar-se esfriando a cabeça por um tempo. Ela vai libertá-lo em três horas. -Mas... -Não. -Vovó disse, apontando um dedo no ar. -Quando tudo isso acabar, eu vou deixar você falar com Kacey, Travis. Até então, acho que é bom ter uma hora para acertar as contas com seu irmão. CAPITULO 32 -Droga, ela é assustadora. -Jake murmurou. -Diga-me sobre isso. -Travis manteve os olhos treinados na porta, Kacey poderia estar disposta a voltar completamente. -Então. -Travis sentiu uma lufada de ar pelas orelhas quando Jake sentou-se ao lado dele. -Nós vamos ter isso, aqui? Agora? Por que ela não está de volta? Por que ele tem que agir como um idiota? Por que não podia ter dito que a amava quando ela precisava ouvir. Era difícil lembrar a Kacey que ele poderia ser inseguro. Ela não tinha apenas dito que ninguém tinha dito que ela era bonita desde sua mãe? Para dormir com ela e depois não dizer nada? Ele bateu a mão contra a cadeira em que estava sentado. - Então, não vamos nos beijar e fazer as pazes? -Perguntou Jake. -Sinto muito. -Travis engoliu o nó em sua garganta. -Não é você... -Não é você, sou eu? Você está terminando comigo, mano? Travis riu, apesar da forte vontade de estrangular seu irmão. - Não, e eu não estou dando-lhe o discurso, embora se soubesse que iria humilhá-lo, eu poderia tentar. -Estou humilhado depois de hoje à noite. Acredite em mim. Travis olhou nos olhos de seu irmão, os mesmos que geralmente refletia tanta arrogância que fez Travis querer se tornar violento. Em vez de sua habitual arrogância, tudo o que ele viu foi arrependimento, e talvez um pouco de vergonha. Jake sorriu tristemente e encolheu os ombros. -Eu arruinei a garota perfeita. Ela quer você. Ela me disse que quer. Ninguém mais. - Nem mesmo o grande Jake Titus? -Deus, eu odeio quando vocêquer usar o meu nome completo. Eu não posso nem imaginar o quão ruim ele vai ser quando é dois contra um. -Bem-vindo à minha infância. -Travis deu um tapa nas costas dele. -Sinto muito, você sabe. -Jake disse, balançando a cabeça. - Por tudo. Se eu pudesse voltar atrás... -Eu não quero que você volte atrás. Em sua própria maneira doente, você levou-a direito para os meus braços. -E a humildade só continua vindo. - Jake riu. - Vá atrás dela. - Você não ouviu vovó? Estamos presos aqui por três horas. -Dez dólares, que a avó está mentindo.- Jake acenou para a porta. - Olhe por si mesmo. Travis se levantou de sua cadeira e caminhou para fora da porta. O guarda acenou com a cabeça, mas não disse nada. -Bem, eu vou ser... -Conivente pouca coisa, a nossa avó. -Jake disse, de repente, ao seu lado. -Vá buscá-la. Travis não tinha certeza de que corredor ia para baixo, muito menos saber onde Kacey estaria. -Eu não tenho nenhuma ideia de onde a avó irá levá-la. -Sério? Nenhuma ideia? Nenhuma mesmo? - Jake lhe deu um olhar estúpido e franziu a testa. Travis procurou seu cérebro para qualquer tipo de lembrança de onde avó levaria Kacey. Obviamente, ela quer que ela seja capaz de relaxar e ser feliz e confortável e... -Casa. -Você tem certeza que ele ficará bem com isso. -Perguntou Kacey, uma vez que ela deixou cair as malas na sala de estar da casa da fazenda de 200.000 metros quadrados. -Oh querida, por que outro motivo ele me deu a chave? -Ele não deu uma chave. Você levantou dez pedras para encontrar a chave reserva dele. Vovó deu de ombros. -É a mesma coisa. -Certo. -Kacey olhou ao redor da sala e queria começar a chorar. Tudo parecia tão familiar, mas diferente. Ela se sentiu em casa, mesmo que a casa fosse inteiramente de outra pessoa. Depois que a avó tinha levado Kacey a uma distância do aeroporto, ela havia falado sobre Travis como um menino. Como ele tinha visto ela, tentou protegê-la. Ela disse que ele se sentiu como se fosse seu dever certificar-se de que ela estivesse sempre segura. Então, quando seus pais morreram, ele tentou preservar tudo, mesmo indo tão longe a ponto de colocar pertences de seus pais no galpão quando Kacey vendeu a casa. Ele só tinha guardado algumas coisas que ele sabia que ela iria querer um dia. Algumas dessas coisas, como troféus de caça favorito de seu pai e bichos de pelúcia foram montados na parede de sua sala de estar. Ela engoliu o nó gigante na garganta quando ela entrou para a extremidade leste da sala e viu uma foto de Travis e seu pai, apertando as mãos e rindo em uma de suas viagens de caça. Engraçado, como ela tinha esquecido o quão próximos Travis e seu pai eram, até agora. Eles estavam caçando, e eram amigos durante o tempo que ela conseguia se lembrar. Jake odiava caça. Ele disse que era cruel, preferia fotografar animais, e realmente tinha ido tão longe a ponto de dizer a Kacey que seu pai odiava as coisas peludas para fazer isso. Não tinha importância que seu pai sempre tinha comido tudo o que ele caçava. Jake sempre tinha pensado que um esporte estúpido. Não tinha sido estúpido para Travis, no entanto. Seu pai tinha voltado para casa depois de cada viagem de caça com histórias engraçadas sobre o que Travis tinha feito e quão orgulhoso se sentia dele. Seus olhos caíram para o chão, nas tábuas de madeira. A lua brilhava através das portas francesas que levaram à varanda exterior. Travis tinha feito um belo trabalho de construir a casa. -Devo deixá-la? -Vovó disse atrás dela. -Você não precisa. - A voz de Kacey tremeu. -Acho que ele prefere que eu saia. -Vovó apontou para a porta e deu Kacey mais um abraço. Os olhos de Kacey cairam sobre Travis. Queria correr para ele. Para lançar os braços ao redor do pescoço dele e pedir-lhe para nunca deixá-la ir novamente. Mas, ao mesmo tempo, o que tinha feito era ainda tão crú e doloroso. Especialmente a forma como ele reagiu no aeroporto. Vovó passou por seu neto e murmurou algo que fez Travis dar risada. A porta se fechou atrás dela e eles foram deixados sozinhos. -Kacey. -Travis começou a falar, em seguida, caminhou propositadamente em sua direção, ganhando velocidade e chegado mais perto que dela. –Kacey. - Ele murmurou novamente quando ele a puxou contra seu corpo e beijou-a na boca. –Estou... Peço muitas desculpas. Kacey derreteu em seus braços. -Eu preciso explicar. -Você precisa mesmo. - Kacey tentou se afastar, mas os braços fechados em torno de seu corpo não deixaram. -Eu estava com medo... -Por que eu assusto todos os homens. - Ela interrompeu, frustrada e magoada. -Deixe-me terminar. -Ele sorriu e ela ficou ainda mais irritada que seu estômago caiu com a visão. -Carregando você em meus braços, beijando-lhe, fazer amor com você. Era tudo o que eu sempre quis e então de repente eu me senti como um idiota, porque eu me perdi em tudo sem dizer uma coisa que eu venho morrendo de vontade de dizer por toda a minha vida. - E o que seria isso? -Eu a amo. -Sua voz tremeu. -Você e só você. Eu a amo tanto que eu não consigo respirar. -Você está respirando agora. -Ressaltou, ainda tentando ficar brava com ele, enquanto seu coração batia violentamente no peito. -Bem, isso é porque eu estou usando o seu ar. É porque você está em meus braços. Kacey, eu nunca vou deixar você ir. -Bom. - Ela estendeu a mão para seu pescoço e puxou sua cabeça para baixo, para tocar sua boca. Seus lábios se separaram. Casa. - Eu também amo você. Ela sentiu sua boca formar um sorriso debaixo de seu beijo, e, em seguida, ele levantou-a nos braços e girou em torno da sala. - Isso quer dizer que você vai ficar? -Se você perguntar, bem e prometer não jogar coisas ou puxar meu cabelo. -Você sabe que eu não posso prometer essas coisas. Eu provavelmente vou puxar seu cabelo, pular em você, e empurrá-la contra a parede. E eu tenho certeza que em poucos minutos você estará gritando o meu nome. Kacey sentiu os joelhos virarem geléia. -Mas... - Ele a colocou de volta em seus pés. -Eu posso prometer amar você para todo o sempre. -Você está me pedindo para viver em pecado com você, Travis Titus? -Não. -Seus olhos escureceram quando ele ficou de joelhos na frente dela. -Eu estou pedindo para você ser minha esposa. -Kacey? -Travis ainda estava de joelho. -Você não vai dizer alguma coisa? -Eu pensei que a longa pausa foi necessária depois do que você me fez passar hoje à noite. -Eu não gosto de longas pausas. Kacey encolheu os ombros. -É uma pena. Travis levantou uma sobrancelha. -Sim, eu vou me casar com você, Satanás.... -Ah, está vendo? Nós já temos nomes de animal de estimação! - Travis se levantou e a pegou novamente. -Para onde estamos indo? -Comemorar. -Ele respondeu rispidamente. -Onde? -Ela riu. -O quarto. Onde mais? -Você não pode propor a uma menina, em seguida, dormir com ela. - Kacey apontou. - Não é assim que funciona! Travis fez uma pausa e a colocou em seus pés. -O vinho na varanda? Kacey assentiu com a cabeça. Ela não confiava em sua voz não ranger com entusiasmo. -Você fica bonita, quando sorri desse jeito. -Travis tocou seu rosto com a mão. -Você me faz sentir bonita. -Ela olhou para baixo. -Não faça isso, não olhe para baixo quando eu lhe faço elogios. Kacey encontrou seu olhar. - Eu vou tentar não fazer isso. -Vem cá, quero lhe mostrar uma coisa. - Travis agarrou a mão dela e levou-a para um quarto ao lado da sala principal. Parecia um estúdio. Cada parede era forrada com livros. No meio do espaço era uma mesa de carvalho gigante em cima sobre um tapete circular. O quarto tinha uma entrada privativa para a varanda também. - Eu mantive isso, para você, todos esses anos. - Travis enfiou a mão na mesa e tirou um envelope pardo. - O que é isso? - Kacey estendeu a mão para agarrá-lo, mas Travis puxou-o para trás. -Prometa-me que você não vai ficar com raiva? -Não. -Abra. - Ele riu e entregou a pasta. - Eu vou ficar lá fora chame se você precisar de mim, ok? Ela assentiu com a cabeça quando ele fechou a porta atrás dele. O envelope era grosso. Tremendo, ela derramou o conteúdo sobre a mesa à sua frente. A primeira coisa que viu foi o testamento de seus pais. Ela não tinha olhado para ele, nem ela tinha estado lá para a leitura. Ela tinha acabado de ter avó dizendo-lhe os detalhes. Boa coisa também, porque ele declarou em termos inequívocos, que a avó era sua tutora legal se seus pais morressem antes de seu décimo oitavo aniversário. Não admira que a avó nunca perdeu a noção dela. Avó realmente tinha sido a sua dádiva de Deus. Suspirando pesadamente, ela colocou o testamento de lado e tirou um pequeno envelope com o nome dela. O papel era de um caderno de sua mãe, algo que ela não tinha escrito sobre por anos. A carta foi endereçada a ela. Kacey, Eu não sei por que estou escrevendo isso mesmo. Você provavelmente vai pensar como sua velha mãe é insana, para colocar algo assim em nossos pertences, mas eu estava sentada na escola durante o meu período de preparação e pensei que eu deveria dar-lhe algumas palavras de encorajamento. Eu ouvi de um outro professor que você e Jake terminaram hoje. Eu sei que é difícil. No último ano nunca é fácil. Mas, querida, você não acha que ele é um amigo melhor do que o namorado? O garoto nem sequer passa por um espelho sem olhar nele! Você sabe que você está sorrindo porque é verdade! Eu sei que nós pressionamos você algumas vezes, mas a bondade graciosa, você poderia casar com Travis, e ainda ficariamos orgulhoso. Que me estava a tentar animá-lo. Eu sei o quanto você despreza esse menino, mesmo que ele esteve lá para você, mesmo sem você perceber. Acho que o que eu estou dizendo é. É importante manter suas opções em aberto. É importante para viver e não ficar tão preso ao passado. O passado é chamado de passado por uma razão. Se você está constantemente olhando para trás, seus olhos não estão na estrada à frente. Você não dirige um carro assim, então por que você vive sua vida dessa maneira? Não é a vida mais importante que a condução que bater- se Subaru? Eu te amo muito. Como uma mãe, eu tenho que lhe permitir cometer erros, para aprender e crescer, mas você precisa saber que o meu amor por você é eterno. Independentemente do que você fez, meu amor é incondicional. Onde você for o ajudará a crescer, e, meu pequeno tesouro, eu quero que você cresça! Bem, apenas tocou a campainha. Eu não posso dar isso para você até que você se casar. Sei que está rolando seus olhos agora, mas vamos apenas dizer que você provavelmente não esta pronta para ouvir tudo isso de mim ainda. Mas um dia, um dia esta carta vai fazer sentido, e eu espero que você se encontre nesse mesmo dia. Na verdade, essa é a minha oração agora. Te amo, Mamãe Kacey enxugou as lágrimas do rosto com as costas da mão, porém chorou mais quando viu várias outras cartas na mesma pilha. Sua mãe havia escrito suas cartas e nunca as entregou. Mamãe sempre foi estranha assim, anotando os seus pensamentos, em seguida, esquecendo que ela escreveu-as em primeiro lugar. Kacey sempre viu sua mãe escrevendo coisas em seus cadernos, mas ela não tinha ideia do que era sempre para ela. Ela colocou as cartas de volta para no envelope e saiu para a varanda, onde Travis estava tomando vinho. -Você guardou tudo isso para mim? Travis olhou em seus olhos e assentiu. - Eu não sei o que diz, Kace. Eu nunca olhei. Eu só sabia que, um dia, um dia você iria querer tudo isso, e egoísta eu queria ser o homem a dar para você. Kacey sentou em seu colo e inclinou-se contra seu peito. - Eu tenho uma confissão a fazer. -Ele riu nervosamente. -O que você fez? -Eu fiquei bêbado. -Agora? Travis riu novamente. - Não, agora não. Eu fiquei bêbado algumas semanas atrás, e eu reclamei para a vovó sobre como nenhuma mulher jamais iria se comparar a você. Eu tenho certeza que eu estava sentindo pena de mim mesmo, e eu nunca tive o hábito de fazer as coisas desse jeito, nem tenho o hábito da embriaguez para chocar minha própria avó. -Você acha que é por isso que ela falsificou seu acidente vascular cerebral. -Perguntou Kacey, pegando o vinho de suas mãos e tomando- o. -É possível. -Travis disse, exaltado. -De qualquer forma, eu não me importo. Eu sou grato. -Eu também. Kacey aninhada á ele suspirou. -Eu também. -Talvez agora ela vá dirigir sua atenção para Jake, enquanto nós desfrutamos de uma lua de mel muito, muito distante da família. Kacey riu. -Quer dizer que você não quer que sua mãe, pai, o Sr. Casbon e avó se juntem a nós? -Nos teriam chutado para fora do avião em segundos, admitiu. Kacey riu. - Eu prefiro ter você para mim de qualquer maneira. -Há mais uma coisa. - Travis suspirou profundamente. -O quê? -Jake nos deve um milhão de dólares. -Huh? - Kacey recuou e Travis olhou nos olhos. - Que diabos? Por quê? Travis sorriu presunçosamente. - Eu apostei com ele um milhão de dólares quando tinha oito anos, que eu iria me casar com você. Kacey soltou uma gargalhada. -Vamos chamá-lo amanhã? -Vamos. - Travis concordou, em seguida, sua boca encontrou a dela, e logo ela parou de rir, muito distraída com o que sua boca estava fazendo. Ela saiu de casa para escapar da dor, sem saber que um dia, neste dia, ela voltaria a encontrar a sua verdadeira felicidade.