Trabalho de Direito Administrativo

FACULDADE ESTÁCIO TERESINA CURSO: DIREITO DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO DOCENTE: ANDRÉ ARAÚJO DISCENTE: MÔNIKA PEREIRA DA SILVA MATRÍCULA: 201902690095 TRABALHO PARA AVALIAÇÃO 1 TERESINA (PI), ABRIL DE 2022 RESPOSTAS 1) Os limites da probidade determinam obediência aos princípios do direito administrativo. A atitude do prefeito afronta o princípio da i mpessoalidade, previsto no caput do art 37 da CF. A administração pública deve agir para atender interesses públicos, e não pessoais. 2) O caso em tela viola diversos princípios administrativos e constitucionais, como o princípio da isonomia, fere o princípio constitucional da discriminação, porque não pode haver discriminação de nenhum gênero, nem para homem, nem para mulher e fere também os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade que direcionam a aplicação do ordenamento jurídico para que atenda à situação concreta de forma adequada e proporcional. Os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade asseguram a coerência entre a aplicação e a finalidade do direito, garantindo a sua utilização justa. Por esse motivo, os princípios também são chamados de princípio da proibição do excess o. No caso concreto faltou coerência, adequação, proporcionalidade e sobrou excesso uma vez que o fato de não ter o hímen rompido, ou seja, ser virgem não faz parte das atribuições de um bombeiro ou que venha a interferir na execução do trabalho. Entre as atribuições do bombeiro estão: \uf0b7 Combate a incêndios de qualquer natureza; \uf0b7 Resgastes diversos; \uf0b7 Desencarceramento em acidentes rodoviários e ferroviários; \uf0b7 Intervenções em acidentes elétricos, hidráulicos, redes de gás e materiais perigosos; \uf0b7 Corte de árvores com riscos iminente de queda; \uf0b7 Captura de animais que ofereçam risco à sociedade; \uf0b7 Entre outras funções. Portanto, o teste em questão, é irrelevante para determinar a aptidão das candidatas à profissão, não impedindo o exercício de cargo de bombeiro ou policial ou qualquer cargo, não tendo relação nenhuma com as atribuições do cargo de bombeiro. 3) Dispõe a teoria do órgão que, quando um agente ou um órgão do Poder Público manifesta a sua vontade, o que se verifica não é a manifestação isolada do agente ou do órgão, mas sim a manifestação da própria Administração Pública por meio das entidades e pessoas que a constituem. A teoria do órgão considera que o ato do agente é o ato do órgão e, portanto, imputável a o Esta do. Para que se reconheça es sa imputabilidade, é necessário que o agente esteja investido de poder jurídico, ou seja, de poder reconhecido pela lei ou que, pelo menos, tenha aparência de poder jurídico. Trata-se de uma teoria que estabelece que toda atuação do agente público deve ser imputada ao órgão que ele representa e não à sua pessoa. Diante do exposto, conclui- se que a polícia militar estadual tem legitimidade passiva para figurar no polo passivo na referida ação judicial. 4) O decreto autônomo, conhecido também como regulamento autônomo, pode ser expedido pelo presidente em apenas duas circunstâncias: para extinguir cargos e funções públicas vagas ou para organizar a administração pública, desde que não promova o aumento dos gastos públicos nem cause a criação nem extinção de órgãos públicos. O STF entende que os decretos autônomos são atos normativos primários, isto é, inovam na ordem jurídi ca e, consequentemente, têm força de lei e podem pas sar pelo controle de constitucionalidade. Os decretos autônomos são mais rápidos e eficientes que as leis, mas na hierarquia do ordenamento jurídico, eles equiparam-se às leis Federais. Já o decreto regulamentar significa explicar ou detalhar uma lei. Serve para garantir a fiel execução de uma lei que já existia, ou seja, ele apenas detalha como a lei deve ser aplicada. Assim como o STF já definiu, o decreto regulamentar não inova na ordem jurídica, sendo classificado como um ato normativo secundário por não decorrer diretamente da constituição. O decreto regulamentar também não pode sofrer controle de constitucionalidade, já que decorre de uma lei e não diretamente da Constituição. Ainda assim, esse tipo de decreto pode sofrer dois tipos de controle: o controle de legalidade e o controle político repressivo. Quanto à observância dos limites do poder regulamentar por parte do P oder Executivo se dá pelo fato do referido decreto não poder inovar a ordem jurídica, criando direitos e obrigações, até mesmo porque ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Noutras palavras, o Presidente da República pode editar um ato normativo que tenha por finalidade esclarecer e viabilizar o exato cumprimento de direitos previstos em lei, sem ultrapassar os horizontes da legalidade. O decreto tem que se limitar ao estabelecimento de normas sobre a forma como a lei vai ser cumprida pela Administração Pública, visto que ele está hierarquicamente subordinado a uma lei prévia. REFERÊNCIAS ALENCAR, Talyta. Desconcentração, descentralização e Teoria do Órgão na Administração Pública. Jusbrasil.com.br , 2017. Disponível em: Acesso em 22 de abril de 2022. Rede de Ensino Luíz Flávi o Gomes. Teoria do Órgão no Direito Administrativo. Jusbrasil.com.br , 2009. Disponível em: Acesso em 22 de abril de 2022. SILVA, Anne. Concurso dos bombeiros exige \u2018teste de virgindade\u2019 ou Papanicolau no DF. Jusbrasil.com.br , 2016. Disponível em: Acesso em 22 de abril de 2022.

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