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RUBENS FCO SILVA NETO PORTFÓLIO CICLO AULA PRATICA P RUBENS FCO SILVA NETO R.A.: 8114817 PORTFÓLIO CICLO I e II AULA PRATICA I (CAPOEIRA) PÓLO FLÓRIANOPOLIS ANO 2021 Trabalho apresentado ao Centro Universitário Claretiano para o Curso de Bacharelado em Educação Física na disciplina ESPORTES DE LUTAS, ministrada pelos Tutores Profº Evandro Marianetti Fioco e Profº Arthur Marques Zecchin Oliveira. Trabalho apresentado ao Centro Universitário Claretiano para o Curso de Bacharelado em Educação Física na disciplina ESPORTES DE LUTAS, ministrada pelos Tutores Profº Evandro Fioco e Profº Arthur Marques Capoeira Aula Pratica I Esportes de Luta Quanto aos aspectos históricos e conceituais da capoeira temos relatos e evidencias que ela chegou ao Brasil trazido pelos povos africanos cativos e escravizado pelos portugueses durante a colonização, e com o passar do tempo teve uma interação com a cultura brasileira e ganhando identidade se tornando uma expressão corporal de raízes nacional, passou por muitos períodos conturbados, marginalizada e sendo até proibida sua pratica por varias vezes, mas bravamente graças ao ímpeto, dedicação e resistência de seus mestres e praticantes espalhados pelo Brasil que chegou aos nossos dias, tendo grande expressão principalmente nos atuais estados de Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. A Capoeira Regional é uma manifestação que teve seu inicio na Bahia, que foi criada em 1928 por Manoel dos Reis Machado ( Mestre Bimba ). Bimba utilizou os seus conhecimentos da Capoeira Angola e do Batuque (espécie de luta - livre comum na Bahia do século XIX) para criar este novo estilo. Para modificar as características da capoeira marginalizada, mudou alguns movimentos, eliminou a malícia da postura do capoeirista, colocando-o em pé, criou um código de ética rígido, que exigia até higiene, estabeleceu um uniforme branco e a conduta ética na vida social dos alunos. O Mestre criou o primeiro método de ensino da capoeira, que consta de uma seqüência lógica de movimentos de ataque, defesa e contra-ataque, podendo ser ministrada para os iniciantes na forma simplificada, o que permite que os alunos aprendam jogando com uma forte motivação e segurança. A seqüência original completa de ensino é formada com 17 golpes, onde cada aluno executa 154 movimentos e a dupla 308, o que desenvolve sobremaneira o condicionamento físico e a habilidade motora específica dos praticantes. A “Seqüência do Mestre Bimba” foi, sem duvida, uma das grandes revoluções na capoeira, até então aprendida e praticada apenas na beira do cais, nas vielas, nos quintais, no meio da rua... Das técnicas da Capoeira Regional vemos os seguintes movimentos demonstrados: Ginga: é o movimento básico da capoeira. Consiste num movimento repetitivo de colocar a mão direita para frente e a perna direita para trás, e em seguida fazer o mesmo com o lado esquerdo do corpo, sincronizando o movimento com o ritmo do berimbau. A partir deste movimento básico, se desferem todos os demais golpes da capoeira. Armada: Aplica-se estando em pé, e consiste em firmar-se com um pé no chão e com a outra perna livre, fazer um movimento de rotação, varrendo na horizontal, atingindo o adversário com a parte lateral externa do pé. Meia Lua de Compasso: É um golpe no qual o praticante agacha-se sobre a perna da frente, e com a outra perna livre, faz um movimento de rotação, varrendo na horizontal ou diagonal. Quando inicia-se o movimento de rotação, as duas mãos vão ao solo para melhor equilíbrio. Atinge-se o adversário com o calcanhar. Queixada: É um golpe traumático que se aplica de pé, estando-se em base em uma das pernas e suspendendo a outra contra o oponente em forma de giro, de dentro para fora, visando especialmente seu queixo. A perna é deslocada e retesada e a parte que toca o adversário é a parte lateral externa do pé. Martelo em Pé: Estando-se em base, a perna de trás sobe lateralmente e flexionada, distendendo-se para tocar o adversário. Martelo de Chão: É o martelo aplicado tendo-se como base uma das mãos no solo. A mão que vai ao solo é a oposta à perna que aplica o martelo. Benção: O capoeirista em base, procura atingir o adversário com a perna de trás, com a planta do pé. Negativa: também é um golpe de desequilíbrio. Existem variações e combinações desses golpes, que desequilibra e traumatiza. Existe um controvérsia em torno da Capoeira Angola, o que faz com que este seja um dos mais difíceis, senão o mais difícil tema para se discutir na capoeira. Relatos dizem que a capoeira Angola era praticada nas senzalas trazidas pelo povo escravizado angolano e devido ao espaço reduzido era mais lenta e sem acrobacias, era muito objetiva e sem golpear o parceiro de ginga, muitos capoeiristas ainda acreditam que a Angola é simplesmente uma capoeira jogada mais lentamente, menos agressiva e com golpes mais baixos, com maior utilização do apoio das mãos no chão. Outros explicam que ela contém o que há de essencial da filosofia da capoeira. De uma maneira geral, a Angola é vista como a capoeira antiga, anterior à criação da Capoeira Regional. Dessa forma, a distinção Angola/Regional é muitas vezes entendida como uma separação nestes termos: capoeira “antiga”/capoeira “moderna”. No entanto, a questão não é tão simples assim, uma vez que não houve simplesmente uma superação da Angola pela Regional. Além disso, defender hoje em dia a prática da Capoeira Angola não é apenas querer voltar ao passado, mas buscar na capoeira uma visão de mundo que questionou desde o princípio, o conceito de eficiência e diversos padrões da cultura urbano-ocidental. Quando a Regional surgiu, já existia uma tradição consolidada na capoeira, principalmente nas rodas de rua do Rio de Janeiro e da Bahia. Seu maior divulgador foi Vicente Ferreira Pastinha. Nascido em 1889, dizia não ter aprendido a Capoeira em escola, mas “com a sorte”. Afinal, foi o destino o responsável pela iniciação do pequeno Pastinha no jogo, ainda garoto, “...Um dia, da janela de sua casa, um velho africano assistiu a uma briga minha e de um garoto mais velho que me batia sempre que me via. ‘Vem cá, meu filho’, ele me disse, vendo que eu chorava de raiva depois de apanhar. Você não pode com ele, sabe, porque ele é maior e tem mais idade. O tempo que você perde empinando raia vem aqui no meu cazuá que vou lhe ensinar coisa de muita valia. Foi isso que o velho me disse e eu fui (…)”Começou então a formação do mestre que dedicaria sua vida à transferência do legado da cultura africana a muitas gerações. “Capoeirista não é aquele que sabe movimentar o corpo, e sim aquele que se deixa movimentar pela alma!” Mestre Pastinha Das técnicas da Capoeira Angola vemos os seguintes movimentos demonstrados: Ginga: é o movimento básico da capoeira. Consiste num movimento repetitivo de colocar a mão direita para frente e a perna direita para trás, e em seguida fazer o mesmo com o lado esquerdo do corpo, sincronizando o movimento com o ritmo do berimbau. A partir deste movimento básico, se desferem todos os demais golpes da capoeira. Negativa: Basicamente é uma maneira de evitar pontapés (ver Cocorinha) mas pode ser feita por si mesma. Pode-se cair na Negativa a partir da Ginga, de um Aú, de uma Queda de Rins, o que quer que seja, mas fá-lo sempre de uma maneira fluida. Cruzada: É um golpe no qual o praticante agacha-se sobre a perna da frente, e com a outra perna livre, faz um movimentode rotação, varrendo na horizontal ou diagonal. Quando inicia-se o movimento de rotação, as duas mãos vão ao solo para melhor equilíbrio. Atinge-se o adversário com o calcanhar. Negativa Angola: A Negativa Angola evidencia todas as marcas da clássica Angola: está-se dobrado mesmo muito em baixo, ambos os pés e ambas as mãos tocam o chão enquanto tudo o resto flutua ligeiramente acima do chão. Vindo da Ginga passa a paralela e baixa- te, de um modo semelhante ao da Cocorinha (os pés ficam um bocadinho mais afastados). Agora 'desliza' para o lado para onde o pontapé vai. Negativo de fuga: É um golpe traumático que se aplica de pé, estando-se em base em uma das pernas e suspendendo a outra contra o oponente em forma de giro, de dentro para fora, visando especialmente seu queixo. A perna é deslocada e retesada e a parte que toca o adversário é a parte lateral externa do pé. Negativo de Angola trocando Rolê: Começa pela Negativa. Inclina- te para o lado em vais fazer o Rolê (na imagem a esquerda, é sempre a perna esticada) e transfere o teu peso um pouco para frentes. Impulsiona-te esticando a perna que está dobrada enquanto giras apoiado no pé esquerdo até que o peito esteja virado para o chão. A mão de suporte é sempre a mesma. Negativo Cruzado: É o martelo aplicado tendo-se como base uma das mãos no solo. A mão que vai ao solo é a oposta à perna que aplica o martelo. Cocorinha Cruzada: É um meio de evitar pontapés circulares a curta distância. Agacha-te debaixo do golpe e levanta o braço do lado de onde veio o pontapé, de modo a proteger a cabeça. A outra mão toca o chão e ajuda o equilíbrio. Tem a certeza de que as solas dos pés assentam por inteiro no chão; de outra forma podes ser facilmente derrubado. Conserva sempre o contacto visual com o outro jogador. Rodas de capoeira Angola e Regional e suas diferenças, musicais, de vestimentas e movimentos! Maculelê Hoje em dia o Maculelê é Manifestação cultural, de origem indígena / afro- brasileira é uma mistura danças folclóricas, cânticos e expressões corporais baseadas em lutas enraizada na lenda de um jovem guerreiro que sozinho defendeu sua tribo de rivais usando apenas dois bastões de madeira e se tornou o herói! Mas em seus primórdios o Maculelê foi uma arte marcial armada de bastões, chamados de grimas (esgrimas), com os quais os participantes desferem e aparam golpes no ritmo da música em línguas africanas, indígenas e portuguesa. Em um grau maior de dificuldade e ousadia, pode-se dançar com facões em lugar de bastões, o que causa um bonito efeito visual pelas faíscas que saem a cada golpe. Esta dança é muito associada a outras manifestações culturais brasileiras, como a capoeira e o frevo. Como maior expoente e divulgador desta arte temos Popó do Maculelê que foi um dos responsáveis pela sua divulgação, formando um grupo com seus filhos, netos e outros habitantes da Rua da Linha, em Santo Amaro (Bahia), chamado Conjunto de Maculelê de Santo Amaro da Purificação. Existem também outras comunidades, como a comunidade quilombola Monte Alegre, no sul do município de Cachoeira do Itapemirim (Espírito Santo), onde o Maculelê ainda é passado de geração à geração, com o objetivo de não perder a cultura tradicional. E-Referências: < https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/movimentos-da-capoeira> < http://www.evora.net/altoastraljunior/capoeira%20basica.htm> < https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/capoeira-angola> <https://sway.com/s/MJHP9Zn3KldJwHwW/embed> Referências Bibliográficas: DOS ANJOS, ELIANA D. Glossário Terminológico Ilustrado de Movimentos e Golpes da Capoeira: Um estudo Término-Lingüístico. São Paulo - 2003
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