APG 18 - Malária

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Objetivos 
 
OBJETIVO 1: Compreender a fisiopatologia da malária, seu diagnóstico e manifestações clínicas
OBJETIVO 2: Entender como a contrução das usinas hidrelétricas impacta na prevalência da malária 
OBJETIVO 3: Analisar o tratamento e a epidemiologia da malária
Fisiopatologia 
Definição: 
• Doença infecciosa febril aguda 
Etiologia: 
• Protozoários do gênero plasmodium ➜ 
plasmodium vivax, P. falciparum, P malarie e P. ovale 
NO BRASIL: 
• Plasmodium vivax 
• Plasmodium falciparum 
• Paslmodium malarie 
 
 
Transmissão/Vetor: 
• Picada do mosquito do gênero Anopheles – 
anofelinos ou mosquito prego (fêmea) 
• Metamorfose completa – ovo ➜ larva ➜ 
pupa ➜ adulto 
• Ovo, larva e pupa (aquáticos) 
• Adultos (terrestres) 
• Desenvolvimento: 
necessita de criadouros de 
porte pequeno a médio, água limpa, fria e corrente 
e sombra 
CICLO DE VIDA: 
O plasmodium apresenta um ciclo de vida no mosquito 
e um ciclo de vida no homem 
CICLO DO PARASITO NO HOMEM (ASSEXUADO): 
Primeiro Ciclo de Reprodução Assexuada: 
→ Denominado de assexuado ou esquizogônico 
→ Inicia com a picada do mosquito prego (anofelino) 
→ Inoculação de esporozoítos infectantes no 
homem 
→ Esporozoítos circulam na corrente sanguínea por 
alguns minutos e após, penetram nas células do 
fígado (hepatócitos) 
→ Inicia-se assim o ciclo pré-eritrocítico ou 
esquizogonia tecidual 
→ A duração deste ciclo varia de acordo com a 
espécie (P. falciparum 6 dias; P. vivax 8 dias e P. 
malarie 12 a 15 dias) 
→ Ao final do ciclo os esquizontes rompem o 
hepatócito liberando elementos-filhos na corrente 
sanguínea chamados merozoítos 
Segundo Ciclo de Reprodução Assexuada: 
→ Merozoítos invadem as hemácias dando início 
ao segundo ciclo de reprodução assexuada, o 
ciclo sanguíneo ou eritrocítico 
→ Entre 48 e 72h o parasito se desenvolve dentro da 
hemácia até provocar sua ruptura 
→ Quando rompe há liberação de mais merozoítos 
que irão infectar mais hemácias 
Malária 
 
→ O parasito sofre uma serie de transformações 
morfológicas – sem divisão celular- até chegar no 
estágio de esquizonte, quando se divide e origina 
novos merozoítos que serão lançados na 
corrente sanguínea para que seja possível infectar 
outros insetos e dar continuidade ao ciclo 
 
 
 
 
 
 
 
CICLO DO PARASITO NO MOSQUITO (SEXUADO): 
→ Reprodução sexuada ou esporogônica 
→ Mosquito pica e adquire sangue infectado 
→ Ocorre no estômago do mosquito, após a 
diferenciação dos gametócitos em gametas, com 
formação de ovo ou zigoto 
→ O ovo se tranforma em forma móvel (oocineto) e 
migra até a parede do instestino formando o 
oocisto, no qual se desenvolvem os 
esporozoítos 
→ O tempo para desenvolvimento depende da espécie 
e temperatura, deralmente variando entre 10 a 12 dias 
→ Os esporozoítos produzidos nos oocistos são 
liberados na hemolinfa do mosquito e migram para 
as glandulas salivares 
→ O mosquito pica o humano transmitindo o protozoário 
por meio da saliva 
RESUMO DO CICLO DE VIDA DO PLASMODIUM 
QUADRO CLÍNICO: 
Tríade clássica: 
• Febre 
• Calafrio 
• Dor de cabeça 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sintomas Gerais: 
• Mal-estar 
 
• Dor muscular 
• Sudorese 
• Náusea e tontura 
Tem-se ainda a divisão sintomática entre forma clínica não 
complicada e complicada 
Forma clínica não complicada: 
→ Ocorre geralmente no período de incubação (7-10 dias) 
→ Em algumas espécies (P vivax e malarie) pode durar 
meses 
→ Caracteriza-se por sintomas gerais (mal-estar, febre, dor 
muscular, náusea, tontura e sudorese) e com o passar 
dos dias a febre pode se tronar intermitente 
Forma clínica grave e complicada: 
Apresenta mais sintomas como perda de consciência, 
dispneia, hiperventilação, convulsões, hipotensão arterial ou 
choque, hemorragia, icterícia 
 
Sintomas que determinam perigo para malária 
grave: 
→ Hiperpirexia (temperatura >41º) 
→ Convulsão 
→ Hiperparasitemia >200.000mm3 
→ Vômitos repetidos 
→ Oliguria 
→ Dispneia 
→ Anemia intensa 
→ Icterícia 
→ Hemorragias 
→ Hipotensão 
Malária e usinas hidrelétricas 
• A construção de grandes represas gera benefícios 
sociais e econômicos e promove qualidade de vida da 
população 
• Entretanto cria um grande impacto ambientar que pode 
afetar a saúde humana 
• Grandes empreendimentos como a construção de 
usinas hidrelétricas, são um dos fatores determinantes 
para a transmissão de malária 
• O aumento da área dos rios para a implantação das 
usinas mantém as áreas permanentemente alagadas e 
propícias a proliferação do principal vetor da malária, o 
mosquito anófeles. Mesmo em épocas de poucas 
chuvas, as áreas permanecem alagadas e estão situadas 
sob a vegetação existente as margens do rio, criando 
um imenso ambiente natural para a procriação do vetor. 
DIAGNÓSTICO: 
Gota espessa: 
• Visualização microscópica do plasmódio pela técnica de 
Giemsa ou de Walker 
Testes rápidos imunocromatográficos: 
• Detectam o antígeno do parasito por anticorpos 
monoclonais; 15-20 minutos 
• Não é muito específico pois não distingue algumas 
espécies e não calculam nível de parasitemia 
Epidemiologia: 
• Responsável por mais de 1 milhão de mortes no mundo 
• Mais comum em países na faixa tropical do planeta: 
países africanos, américa central, caribe, sul e sudoeste 
da Ásia, América do sul 
 
Regiões prevalentes no Brasil: 
• Amazonia 
• Maranhão 
• Pará 
• Amapá 
• Tocantins 
• Rondônia 
• Roraima 
• Mato Grosso (norte) 
 
 
 
Tratamento: 
Consiste em atingir o parasito em pontos chaves de seu 
processo evolutivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
• Malária: Epidemiologia, prevenção e controle - 
Joel G Breman, MD, DTPH - 
https://www.uptodate.com/contents/malaria-
epidemiology-prevention-and-
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display_rank=4 
• Malária: Manifestações clínicas e diagnóstico em 
adultos e crianças não grávidas - Joel G Breman, 
MD, DTPH - 
https://www.uptodate.com/contents/malaria-
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ult&display_rank=1 
• Infectologia: Bases clínicas e tratamento / 
Reinaldo Salomão - 1. ed. - Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017. 
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