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Doenças negligenciadas

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Doenças negligenciadas – ainda matam 1 milhão por ano no mundo 
• Brasil lidera lista de países que tem aplicado recursos em estudos para novas formas de tratamento para doença negligenciadas 
(R$ 75 milhões por ano) 
• A cada dia três mil pessoas morrem vítimas de doenças negligenciadas, como malária, leishmaniose visceral, doença de Chagas e 
doença do sono. 
• Mais de um milhão de mortes por ano, por falta de ferramentas adequadas para diagnóstico e tratamento destas doenças, elas 
afetam populações empobrecidas em países menos desenvolvidos. 
• Segundo artigo da revista LANCET, apenas 1,3% dos medicamentos disponibilizados entre 1975 e 2004 foi para doenças 
negligenciadas (representam 12% da carga global de doenças). 
• Apenas 5% dos recursos globais para pesquisa e desenvolvimento na área de doenças negligenciadas são oriundos de instituições 
privadas (indústrias farmacêuticas). 
• No Brasil, os incentivos para P&D para doenças negligenciadas é crescente em torno de 75 milhões ao ano. 
• Em 2008 o CNPq e a FINEP investiram mais de 25 milhões em projetos de P&D para doenças negligenciadas. O Brasil está em 
sexto lugar no ranking de países que mais investem neste segmento. 
• Um dos projetos recentes da FINEP, que irá avaliar a eficácia dos medicamentos de primeira e segunda linha usados atualmente 
pelo Ministério da Saúde em pacientes com leishmaniose. 
• No Brasil o tratamento recomendado pelo Ministério da saúde é o “antimonial pentavalente”, porém o uso rotineiro pode 
desenvolver resistência do parasita. 
• Isabela Ribeiro, diretora de Projetos da DNDi, afirma: “Aproveitaremos a estrutura criada pelo projeto financiado pela FINEP 
para pesquisar novas opções para o controle desta doença. Acreditamos que a combinação de drogas em um único medicamento 
pode evitar o desenvolvimento de resistência, com esquemas de curta duração, aumento de aderência, redução de toxidade e 
potencial de redução de custo”. 
Nova droga contra a malária 
As doenças negligenciadas também podem ter impacto social e econômico, no Vale do Juruá, estão concentrados 90% dos casos de 
malária no estado do Acre. 
Família, conta que mãe e cunhado pegaram malária 26 vezes, e filha com menos de 20 anos, pegou malária oito vezes no ano. A família 
fez parte do estudo para testar eficácia e segurança do Artesunato + Mefloquina (ASMQ), medicamento desenvolvido pela Fiocruz 
em parceria com a DNDi. 
O novo medicamento reduziu os casos da doença em 46% e as internações em 37% na região. Recentemente o ASMQ foi incorporado 
como medicamento de primeira linha no Programa Nacional do Ministério da Saúde. 
Doença de chagas 
Parasita Tripanossoma cruzi, transmitido pelo barbeiro, mata mais pessoas na América Latina (14 mil ao ano), 100 milhões de pessoas 
tem risco de contrair a doença. 
Sintomas: Fase aguda: febre, mal-estar, falta de apetite, edemas (inchaço) localizados na pálpebra ou em outras partes do corpo. 
Fase crônica: nessa fase muitos pacientes podem passar um longo período, ou mesmo toda a sua vida, sem apresentar nenhuma 
manifestação da doença. 
Tratamento: as drogas hoje disponíveis são eficazes apenas na fase inicial da enfermidade, daí a importância da sua descoberta 
precoce. 
Leishmaniose 
São transmitidas ao homem pelo protozoário Leishmania, por cerca de 30 espécies de vetores flebótomos. Apresenta-se de duas 
formas: visceral (fatal se não tratada) e cutânea (com cura espontânea ou lesões crônicas na pele). 
Sintomas: febre prolongada, baço e fígado aumentados, perda de peso e anemia. 
Tratamento: Os remédios podem ser combinados ou não, e o objetivo é conter o parasita para que a pessoa possa voltar a ter 
sua qualidade de vida. Para a leishmaniose cutânea, é preciso realizar um acompanhamento e uma boa higiene para evitar o 
surgimento de úlceras e infecções, mas muitas vezes as feridas se curam de forma espontânea. 
 
Malária 
Causada pelo parasita Plasmodium, através da picada do mosquito Anopheles, existe quatro espécies de plasmodium sendo o P. 
falciparum o mais agressivo. 
Presente em 110 países, ameaçando metade da população mundial, retarda o crescimento econômico anual em 1,3% em áreas 
endêmicas com alta prevalência. 
Sintomas: semelhantes a gripe com febre, cefaleia, dores musculares, fraqueza, vômito e diarreia. 
Tratamento: Terapias que combinam duas substâncias em um único comprimido são os recomendados pela OMS, como os de 
primeira linha. 
Doença do sono 
Transmitida pela mosca tsé-tsé, causada por duas subespécies do protozoário cinetoplastida Trypanosoma brucei. 
Sintomas: Fase 1 (dores de cabeça e surtos de febre) e Fase 2 (perturbações no ciclo do sono, paralisia, gradativa deterioração 
mental e em última instância morte). 
Tratamento: São dois tratamentos disponíveis, sendo um extremamente tóxico, matando 5% dos pacientes e o outro de difícil 
administração com necessidade de hospitalização por 14 dias. 
O que é a DNDi ? Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi em inglês, parceria de produtos sem fins lucrativos que trabalha 
para pesquisar e desenvolver novos tratamentos para as doenças negligenciadas. Criada em 2003 pela ONG Médicos sem Fronteiras, 
a DNDi tem como parceiros fundadores do Instituto Pasteur na França, Fiocruz no Brasil, o Ministério da Saúde da Malásia e os 
institutos de pesquisa clínica da Índia e do Quênia. 
O principal objetivo é fornecer até 2014, de seis a oito novos medicamentos que atendam às necessidades dos pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Novo tratamento de tuberculose 
• O Ministério da Saúde anunciou que a partir do segundo semestre de 2009 começará a distribuir novo tratamento de 
tuberculose. 
• Trata-se da combinação em dose fixa dos medicamentos já em uso, reduzindo de seis para dois comprimidos diários. 
• Reduzindo o custo do tratamento a 10 dólares por paciente, espera-se que o uso do DFC (dose fixa combinada) reduza o 
índice de abandono do tratamento. 
• Segundo a OMS, nos países que já utilizam o DFC a taxa de abandono caiu de 8% para 5%. 
• O DFC será produzido pela Fiocruz com financiamento da FINEP, no valor de R$ 1.26 milhão. 
• A tuberculose pode ser considerada também como doença negligenciada, afeta 1/3 da população mundial e mata 2 milhões 
de pessoas ao ano e 80% dos casos são encontrados em 22 países em desenvolvimento, inclusive o Brasil. 
Chagas: 100 anos e 100 milhões ainda em risco 
• Doença descoberta em 1909 pelo cientista brasileiro Carlos Chaga, apesar de reduzido a quase zero novos casos de chagas 
no Brasil por meio da transmissão vetorial (barbeiro), ainda existem oito milhões de infectados nos 21 países da América 
Latina. 
• Dois milhões se encontram na fase crônica e correm risco de morrer, cerca de 0,5% recebem tratamento. 
• Estima-se que o número de mortes anuais por Chagas esteja acima dos 14 mil estimados. 
• A maioria dos infectados morrem de cardiopatias, com sintomas iguais aos de um infarto comum. 
• A doença é a que mais mata na América Latina, com números de casos superiores inclusive aos da malária. 
• Doença vem se tornando preocupação de saúde pública nos Estados Unidos e Espanha. Nos Estados Unidos estima-se que 
para 30 mil doadores de sangue, um esteja infectado por Chagas. 
• Los Angeles, concentra o maior número de casos, sendo um infectado para sete mil pessoas testadas. 
• A maioria de pessoas infectadas nesses países veio de regiões endêmicas, recebeu órgão transplantado ou sangue de pessoas 
com Chagas, ou nasceram de mães chagásicas.

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