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No século XVIII, época em que já se começavam a desenvolver dispositivos para armazenar e produzir eletricidade, uma das primeiras aplicações desse novo conhecimento ocorreu na Medicina. Muitos médicos passaram a utilizar a eletricidade por acreditar que ela poderia curar diversas doenças. Chegou-se a pensar na eletroterapia como procedimento que pudesse curar todos os males. Alguns experimentos foram bem documentados e estudados; outros se aproximavam mais do fantástico e do charlatanismo do que da própria Ciência. Não podemos, entretanto, julgar os acontecimentos históricos tendo como base o conhecimento atual, pois erros na Ciência contribuem tanto como os acertos e, na falta de uma verdade absoluta, resta-nos estudar e tentar compreender a aceitação e a utilização dessas ideias em seu próprio contexto. Por exemplo, Benjamim Franklin (1706-1790), cientista estadunidense, concluiu que o fato de as pessoas, em geral, se sentirem mais dispostas no inverno no que no verão se dava pela maior presença de cargas elétricas no ar durante a estação fria e seca. Pierre Jean Claude Mauduyt (1732 – 1792), médico francês, por sua vez, concluiu que os batimentos cardíacos de uma pessoa aceleravam de 80 para 85 pulsações por minuto quando era eletrizada com cargas elétricas positivas, e que desaceleravam de 80 para 73 quando eletrizadas com cargas elétricas negativas. Nicolas-Phillipe Ledru (1731 – 1807), médico francês, entendia que o nervo era condutor do fluido elétrico pelo corpo e que qualquer torção, obstrução ou rompimento, interrompia o fluxo elétrico, causando mal-estar no paciente. Com o tempo, muitos tratamentos foram descartados pela comprovada ineficácia, ao passo que outros permaneceram e foram aperfeiçoados. O ressuscitador cardiopulmonar (desfibrilador), por exemplo, destinado ao socorro das vítimas de parada cardiorrespiratória, tem seu princípio de funcionamento baseado no armazenamento de cargas elétricas. 1. Quando o ressuscitador cardiopulmonar (desfibrilador) é utilizado, o médico, paramédico ou enfermeiro responsável dá um comando para a equipe e para todos que estão em volta: “Afaste- se!” Por que isso é necessário? Como o desfibrilador apresenta carga elétrica extremamente alta, o médico pede para que a equipe se afaste, deste modo, ninguém irá levar um choque do aparelho. 2. Você conhece outros tratamentos que utilizam a eletricidade? Pesquise caso não conheça nenhum e mencione ao menos dois desses tratamentos. • Laserterapia: Controla a dor e estimula a regeneração do tecido lesionado; • Estimulação elétrica funcional: Favorece o fortalecimento muscular em pessoas que não conseguem controlar seus movimentos corporais. 3. O eletroencefalograma analisa a atividade elétrica espontânea do cérebro. O objetivo desse exame é obter o registro da atividade elétrica cerebral para o diagnóstico de eventuais anormalidades. Faça uma busca para saber como é obtido esse registro e que tipos de anomalias podem ser encontrados. A análise da atividade elétrica espontânea do cérebro é captada através de eletrodos que são colocados sobre o cabelo da pessoa. Esse exame diagnostica AVC, encefalite, tumor, epilepsia, entre outras anomalias.
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