Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Vontade “A vontade é elemento interno da pessoa, de sua psique, examinada em distintas dimensões. É o livre arbítrio, sobre o qual se debruça a filosofia como motor da ação humana.” Bruno miragem • Teoria da vontade (savigny) a vontade é o elemento principal do negócio jurídico. ➢ Teoria da declaração “...consideração do conteúdo da declaração de vontade de modo independente da vontade interna do declarante, em acordo com a compreensão objetiva do destinatário e, igualmente, visando a proteção de terceiros...” Bruno Miragem → Não é a vontade e sim a declaração da vontade ➢ Teoria preceptiva (Emillio Betti) “...reconhecer que a manifestação da vontade não se encerra em uma atuação isolada e formal de declaração, mas deve tomar em consideração o comportamento daquele que manifesta a vontade como um todo, que ademais deve ser consciente, e as circunstâncias em que se estabelece. ...o exercício da autonomia privada é suficiente e socialmente reconhecido, nos limites que o ordenamento jurídico dispõe...” Bruno Miragem → Existe manifestação de vontade só que essa manifestação de vontade deve ser associada ao comportamento ➢ Teoria da declaração ...consideração do conteúdo da declaração de vontade de modo independente da vontade interna do declarante, em acordo com a compreensão objetiva do destinatário e, igualmente, visando a proteção de terceiros... Bruno Miragem Declaração de vontade ➢ Declaração expressa → quando a sua manifestação da vontade é clara → “ ...aquela que se realiza com o uso da linguagem, de modo claro e ostensivo sobre a finalidade de constituir negócio jurídico.” Bruno miragem ➢ Declaração tácita “ ...é aquela que, não sendo expressa, é deduzida de fatos e circunstâncias.” (Bruno Miragem) Exemplo: Art. 659. A aceitação do mandato pode ser tácita, e resulta do começo de execução. ➢ Declaração presumida → É quando a lei confere a certo fato a Declaração de vontade “...resulta da atribuição que a lei confere a certo fato, tomando-o como declaração de vontade. Admitindo prova em contrário, há presunção iuris tantum...” Bruno Miragem Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento → devedor é todo mundo que tem uma obrigação (exemplo: tem a obrigação de pagar a fatura dia 4, mesmo que ela ainda não tenha fechado, ele possui e sabe dessa obrigação) ➢ .Declaração ficta → manifestação ficta de vontade Art. 1.807. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá, vinte dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior de trinta dias, para, nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança por aceita. ➢ Declaração de vontade recepticia “...é aquela destinada à constituição de negócio jurídico, mas que precisará ser recebida pelo destinatário para realizar este propósito.” Bruno Miragem → A maioria é reptícia → Declara e espera uma recepção (promoção de loja: ela anuncia a promoção e espera que a pessoa entre para comprar) ➢ Declaração de vontade não recepticia “...cuja eficácia plena, com a Constituição do Negócio Jurídico, não depende que sejam recebidas.” Bruno Miragem → declara, mas não a recepção Silêncio como manifestação de vontade Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. Exemplo: Art. 1.807. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá, vinte dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior de trinta dias, para, nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança por aceita. Regras do código civil a respeito de interpretação do negócio jurídico Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. § 1º A interpretação do negócio jurídico deve lhe atribuir o sentido que: I. for confirmado pelo comportamento das partes posterior à celebração do negócio; II. corresponder aos usos, costumes e práticas do mercado relativas ao tipo de negócio; III. corresponder à boa-fé; IV. for mais benéfico à parte que não redigiu o dispositivo, se identificável; e V. corresponder a qual seria a razoável negociação das partes sobre a questão discutida, inferida das demais disposições do negócio e da racionalidade econômica das partes, consideradas as informações disponíveis no momento de sua celebração. § 2º As partes poderão livremente pactuar regras de interpretação, de preenchimento de lacunas e de integração dos negócios jurídicos diversas daquelas previstas em lei . Boa fé subjetiva → Quando não tinha intenção de causar o mau → teve como contrário a má fé → A intenção não tem como ser comprovada sendo assim sendo subjetiva Boa fé objetiva → está ligada a conduta → transparência: informar de maneira clara e precisa → Lealdade: exemplo: a construtora que vende um apartamento mais caro por cauda da vista para praia, porém constrói outro prédio na frente e assim tira a vista do outro prédio que vendeu anteriormente) Regras do Código Civil a respeito de Interpretação do Negócio Jurídico Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente. Reserva mental Reserva Mental ou Reticência “ocorre quando o agente faz a ressalva de não querer o negócio que é objeto da declaração. A regra é que, se a reserva é comunicada à outra parte, é válida; mas, se a pessoa a quem o negócio se dirige a ignora, não pode ter o efeito de anular a declaração, prevalecendo então o negócio jurídico, como se reserva nenhuma existisse. → Penso uma coisa e declaro outra (o que foi declarado é o que valerá) → Exceção da reserva mental: se o destinatário tiver conhecimento e se aquele tipo de negócio é passível de confusão Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento Causa → anticausalista A princípio o direito civil é anticausalista mas é possível celebrar um negocio pela causa, seja subjetiva ou objetiva (fim econômico, existencial e social) → Causalista • Subjetiva: motivação subjetiva • Objetiva: fim econômico, existencial e social
Compartilhar