Buscar

TRABALHO FINAL PAISAGISMO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS 
ARQUITETURA E URBANISMO 
ALICE VIANNA REIS FONSECA 
BRUNO VITOR DE OLIVEIRA 
ENEIDA ELIAS NUNES 
FLÁVIA DE AVILA TOFANO 
GIORDANY PEDROSO SOUZA 
IZIS BELATO LOPES 
MICHELI PRADO NAVES 
ROGER WILKER ETO MONTOANI LEITE 
 
 
PROJETO INTERDISCLIPINAR DE CURSO 
Arquitetura Paisagística 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Varginha 
2014 
 
 
ALICE VIANNA REIS FONSECA 
BRUNO VITOR DE OLIVEIRA 
ENEIDA ELIAS NUNES 
FLÁVIA DE AVILA TOFANO 
GIORDANY PEDROSO SOUZA 
IZIS BELATO LOPES 
MICHELI PRADO NAVES 
ROGER WILKER ETO MONTOANI LEITE 
 
 
 
 
PROJETO INTERDISCIPLINAR DE CURSO 
Arquitetura Paisagística 
 
Trabalho apresentado ao curso de Arquitetura e 
Urbanismo do Centro Universitário do Sul de 
Minas como pré-requisito para nota 
interdisciplinar referente ao 1º semestre letivo. 
Sob orientação do Prof. Pedro Paulo Pereira 
Albernaz de Mendonça. 
 
 
 
 
 
 
Varginha 
2014 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À professora Ana Paula Ricepute, à 
Eliana Costa, responsável pelo Arquivo 
da Prefeitura Municipal de Varginha e à 
Cláudia Breias, Arquiteta de Interiores e 
Paisagista, pela orientação apoio e 
confiança. Ao nosso orientador Pedro 
Paulo Mendonça, pelo empenho 
dedicado à elaboração do Projeto. 
A esta universidade, seu corpo docente, 
direção e administração que 
oportunizaram a efetividade da educação 
em nosso processo de formação 
profissional. 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 1-Jardins Suspensos da Babilônia ....................................................................... 15 
Figura 2 - Templo e Jardim de Baha’i, Haifa, ISRAEL. ................................................ 16 
Figura 3 - Taj Mahal, Índia ............................................................................................. 17 
Figura 4 - Jardim Chines ................................................................................................ 18 
Figura 5 - Jardim Egípicio .............................................................................................. 19 
Figura 6 - Jardim Grego ................................................................................................. 20 
Figura 7 - Villa Adriana,Tivoli, Roma ........................................................................... 21 
Figura 8 - Piazza del Campo, Siena. foto: BECKY DAVE ........................................... 22 
Figura 9 - Villa D’Este, Tivoli, Roma ............................................................................ 22 
Figura 10 - Jardins de Vaux-le-Vicomte, França ........................................................... 23 
Figura 11 - Pagode – Kwe Garden. Arquiteto Sir William Chambers ........................... 23 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8 
2 CONCEITOS BÁSICOS DE PAISAGISMO ......................................................... 10 
2.1. Paisagismo ....................................................................................................... 10 
2.1.1. Micro paisagismo ..................................................................................... 11 
2.1.2. Macro paisagismo ..................................................................................... 12 
2.2. Paisagem .......................................................................................................... 12 
2.3. Jardim ............................................................................................................... 13 
3 HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DO PAISAGISMO.................................................... 14 
3.1 Jardins Suspensos da Babilônia ....................................................................... 15 
3.2 Jardins Persas ................................................................................................... 16 
3.3 Jardins Indianos ............................................................................................... 17 
3.4 Jardins Chineses ............................................................................................... 18 
3.5 Jardim Egípcio ................................................................................................. 19 
3.6 Jardim Grego .................................................................................................... 20 
3.7 Jardins Romanos .............................................................................................. 21 
3.8 Jardins Medievais ............................................................................................ 22 
3.9 Jardins Renascentistas ...................................................................................... 22 
3.10 Jardins Barrocos ............................................................................................... 23 
3.11 Jardim Inglês .................................................................................................... 23 
4 HISTÓRIA DO PAISAGISMO NO BRASIL ........................................................ 24 
5 PAISAGEM URBANA .......................................................................................... 27 
5.1 As diferentes funções das áreas verdes urbanas .............................................. 28 
6 PAISAGISMO NA ARQUITETURA .................................................................... 30 
6.1 Paisagismo e o homem .................................................................................... 31 
7 O PROFISSIONAL PAISAGISTA ........................................................................ 33 
8 PROJETO PAISAGÍSTICO ................................................................................... 35 
8.1 A arte da Topiaria ............................................................................................ 36 
8.2 Plantas Ornamentais utilizadas em Paisagismo ............................................... 37 
8.2.1 Forrações .................................................................................................. 37 
 
 
8.2.2 Arbustos .................................................................................................... 38 
8.2.3 Árvores ..................................................................................................... 38 
8.2.4 Palmeiras .................................................................................................. 39 
8.2.5 Trepadeiras ............................................................................................... 39 
8.2.6 Plantas Entoucerantes ............................................................................... 39 
8.2.7 Plantas Aquáticas ...................................................................................... 40 
8.2.8 Gramas ...................................................................................................... 40 
8.2.9 Bromélias .................................................................................................. 40 
8.2.10 Suculentas ................................................................................................. 41 
8.3 Elementos paisagísticos ................................................................................... 42 
8.3.1 Elementos Naturais ................................................................................... 42 
8.3.2 Elementos Arquitetônicos ........................................................................43 
8.3.3 Iluminação ................................................................................................ 45 
9 REGULAMENTAÇÃO DA ARQUITETURA PAISAGÍSTICA ......................... 47 
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 50 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 51 
 
 
 
8 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
No final do século XX, ouviu-se muito que diversas profissões e ações cairiam 
em desuso, mas a evidência aponta que o Paisagismo continuará cada vez mais forte. 
Falar em paisagismo é falar sobre uma atividade que sempre esteve a serviço do homem 
e torna-se cada vez mais necessária para a vida harmônica no próximo milênio. 
As enciclopédias, em geral, referem-se ao paisagismo como arquitetura 
paisagística. E não é sem razão. O paisagismo provavelmente surgiu, ou mostrou seus 
primeiros sinais, quando o homem sentiu a necessidade de modificar o ambiente em que 
vivia, adaptando a natureza que o cercava, de forma a tornar sua sobrevivência mais 
atraente; mais agradável e conveniente. Diversas descobertas arqueológicas provam que 
essa necessidade manifestou-se em tempos muito remotos, embora não se tenha como 
situar exatamente essa data. 
A arte do paisagismo tem acompanhado e participado da história do homem. 
Dos Jardins Suspensos da Babilônia - uma das sete maravilhas do mundo -, à época do 
Renascimento vê-se que a arte do paisagismo alcançou um notório desenvolvimento. 
Podemos perceber, ao longo da história, que a arte paisagística europeia atingiu 
grande expressão num momento em que a sociedade era dominada pela hierárquica 
nobreza. Com as transformações que foram ocorrendo ao longo do tempo, a arte do 
paisagismo começou a alcançar a sociedade em geral. Um dos primeiros exemplos de 
arquitetura paisagística que pode ser encarada como um serviço público é o Central 
Park de Nova York, uma obra com objetivos bem definidos à população. 
No Brasil a história do paisagismo praticamente tem inicio com a vinda de 
Dom João VI para o Rio de Janeiro, quando foram criadas praças e parques, num 
processo de urbanização da cidade, para receber as instalações da corte. 
A arquitetura e urbanismo em relação ao paisagismo vivem em estreitas 
relações e conotações históricas e culturais, caminhando numa relação simbólica, a 
serviço do homem e de sua necessidade de abrigo e proteção, da maneira mais 
conveniente: em harmonia com a natureza. Os valores que se atribuem ao paisagismo 
9 
 
atualmente passam a ser o prazer estético, o status, a criatividade e a emotividade, todos 
intimamente ligados com o termo. 
As áreas verdes, os parques, a arborização das ruas, as avenidas, as praças 
públicas, os clubes, os jardins públicos ou particulares, passaram de locais com algumas 
plantas dispostas sem nenhum cuidado a locais desenhados e com composições de 
cores, formas e texturas, proporcionando um visual extremamente amenizador e 
relaxante e despertando a arte e o contato com o belo que provoca uma nova visão de 
mundo. 
O Paisagismo, portanto, vem com o intuito de amenizar o “cinza” dos prédios, 
do asfalto, e anular o efeito da poluição urbana. Além de sua função estética e 
ecológica, independente das condições naturais climáticas ou culturais, possui uma 
função social inegável, que promove o convívio comunitário e leva a natureza para 
lugares antes não imaginados, pois a vegetação, como um todo, é de grande importância 
na melhoria das condições de vida nos centros urbanos. 
 
 
10 
 
2 CONCEITOS BÁSICOS DE PAISAGISMO 
 
 
2.1. Paisagismo 
 
Tomando como referência a evolução das conceituações de Paisagismo, das 
atas oficiais da primeira entidade corporativa desta área, a ASLA (American Society of 
Landascape Architecture), será possível uma visão da ampliação e complexidade do 
campo. 
A primeira definição retirada das atas de 1902-1920 coloca: “A arquitetura da 
paisagem é a arte de adequar a terra para uso e deleite humanos”, abordagem que se 
estende à profissão e ao campo de pesquisa. 
 Com os progressos sócio-culturais, inovações técnicas e a 
preocupação com as questões ambientais, o paisagismo continuou ampliando 
gradativamente sua área de ação. Em 1983, a definição da ASLA classificou a 
arquitetura da paisagem como: 
 “a profissão que aplica princípios artísticos e científicos à pesquisa, ao 
planejamento, ao projeto e manejo de ambientes construídos e naturais. Os profissionais 
atuantes utilizam habilidades criativas e técnicas, além de conhecimento científico, 
cultural e político na organização planejada de elementos naturais e construídos. Os 
ambientes resultantes devem atender a propósitos estéticos, funcionais, de segurança e 
fruição”; 
 “pode incluir, para fins de desenvolvimento, valorização e preservação 
da paisagem: pesquisa, seleção e alocação de recursos hídricos e do solo, para uso 
apropriado; estudos de viabilidade; elaboração de critérios gráficos e escritos, a fim de 
nortear o planejamento e projetos concernentes ao desenvolvimento territorial; 
elaboração, revisão e análise de planos diretores; produção de planos territoriais 
abrangentes, projetos de movimento de terra, drenagem, irrigação, plantação e detalhes 
construtivos; especificações; orçamentos e planilhas de custo para desenvolvimento do 
território; colaboração no projeto de estradas, pontes e estruturas no tocante aos 
aspectos funcionais e estéticos das áreas envolvidas; negociação e organização dos 
11 
 
projetos para fins de execução; vistorias e inspeção de execução, restauro e 
manutenção”. 
O Grupo de Desenho Urbano no México, Dani Freixes e Vicente Miranda na 
Espanha e George Hargreaves nos Estados Unidos, entendem paisagem, como algo que 
não pode nascer da invenção, mas das raízes culturais do lugar. Então a paisagem é 
essência cultural do passado, transmitida de forma unitária em um conjunto de 
metáforas significativas e coetâneas. 
O conceito de paisagismo está na verdade relacionado com a arte ambiental, 
que é um trabalho de completa interação do autor com o meio ambiente, tanto que o 
paisagismo combina os conhecimentos de Arte, que é a forma de expressão cuja 
ocorrência se verifica quando um conjunto de emoções atua sobre a sensibilidade 
humana; Ciência que é a reunião de leis abstratas, deduzidas dos fenômenos da 
realidade exterior ou interior e técnica, que se define pela aplicação nos trabalhos de 
rotina, das leis abstratas que vêm da ciência e etc. 
Apesar da aparente simplicidade, o Paisagismo só atingirá sua expressão 
máxima se levar em conta diversas ciências, ou técnicas, a ele relacionadas, tais como: 
Matemática, psicologia, botânica, estudo de solos (edafologia), geografia, história, 
topografia, engenharia, arquitetura, urbanismo e agronomia entre outras. 
 
 
2.1.1. Micro paisagismo 
 
Consiste no trabalho de paisagismo realizado em pequenos ou micro espaços. 
Na maioria dos casos, o micro paisagismo pode ser desenvolvido por um só 
profissional, por ser, predominantemente, criação artística, envolvendo soluções 
técnicas simples. Normalmente o micro paisagismo apresenta características como: 
Escala visual pequena (pequenas áreas); Estética como item principal; Aplicações em 
jardins internos, vasos, jardineiras ou floreiras, arborização em vias públicas, jardins 
particulares, praças públicas, jardins de vizinhança, campos esportivos, etc.; Na 
12 
 
representação gráfica desse tipo de projeto, a escala está entre 1:50 e 1:1000; Áreas 
menores do que 1.000m2. 
 
2.1.2. Macro paisagismoConsiste no trabalho realizado em espaços amplos. Quase sempre, é um 
trabalho de equipe com profissionais de diferentes áreas, porque envolve problemas 
técnicos complexos. As características que o macro paisagismo apresenta são: Escala 
visual ampla (áreas extensas); Preocupa-se primeiramente com a preservação da 
natureza. 
 
2.2. Paisagem 
 
A paisagem deve ser vista não como produto, mas como processo, em uma 
dinâmica de evolução no tempo e no espaço, com pesquisa de tecnologias sustentáveis, 
projeto com práticas de regeneração e visão da cidade como ecossistema (MCHARG, 
1967). 
Paisagem é uma forma de expressão física e visual do ambiente o qual estamos 
inseridos. Paisagismo não é só falar sobre jardim, é algo mais amplo. É o tratamento e a 
discussão dos espaços livres de edificação ou de urbanização (MACEDO, 1991). 
A paisagem refere-se ao espaço de terreno abrangido em um lance de vista, ou 
extensão territorial a partir de um ponto determinado. Pode ser classificada em: 
 Natural: sem a intervenção do homem; 
 Artificial: planejada, ou seja, um jardim. 
 
 
 
13 
 
2.3. Jardim 
 
 
Jardim é uma palavra de origem hebraica e vem de gan (proteger, defender) + 
eden (prazer, satisfação, encanto, delícia). A concepção inicial e, ainda hoje, a mais 
comum de jardim está ligada às palavras hebraicas originais: um mundo ideal, pequeno, 
perfeito e privativo. Na tradição judaico-cristã, a ideia primitiva de jardim é de paraíso, 
um lugar com plantas ornamentais e frutíferas formando um ambiente de harmonia, 
beleza e satisfação espiritual. 
Um jardim é a representação idealizada da paisagem como cada civilização (ou 
até cada pessoa) desejaria que ela fosse. É um local que pode ser percebido pelos cinco 
sentidos. É dinâmico, porque o elemento vegetal, como o ser vivo, está sujeito a um 
ciclo biológico. O jardim se modifica com o passar do tempo (devido ao crescimento) e 
durante as estações do ano (floração, frutificação, queda das folhas, mudança de cor, 
etc.). (ALVES, 2012) 
 
 
 
14 
 
3 HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DO PAISAGISMO 
 
 
A história do Paisagismo não é linear e existem variações entre os modelos de 
uma determinada época, como por exemplo, a concepção paisagística inglesa do século 
XVIII e o que a França adotou, em seguida, como sendo o “Jardins Anglais” e mesmo 
diferenças bastante marcantes entre os paisagistas ingleses e os adeptos dos impulsos 
naturalísticos do mesmo período. 
O campo projetual do Paisagismo em sua evolução, por tradição, acha-se 
fortemente ligado à história dos jardins. Veem-se diferentes culturas gerando diferentes 
projetos, dentro de um mesmo paradigma. Percebem-se até mesmo no modernismo, 
com suas tendências predominantes, assimilações de nuances com interpretações 
concomitantes. 
No estilo contemporâneo, a crise de paradigmas gera uma busca para atender 
as demandas, desejos e necessidades crescentes da sociedade urbana, que motivou o 
aparecimento de diferentes enfoques não excludentes, na apreensão, no planejamento e 
projeto da paisagem. 
Essa crise de paradigmas deu margem a uma certa especialização, contrariando 
visões de síntese que eram ensaiadas no final do século passado, principalmente pelo 
paisagista Olmsted, o idealizador de um grande número de parques urbanos que 
procurou atribuir à profissão uma dimensão mais totalizante, compatibilizando o 
entendimento dos processos naturais na cidade e na região, com os processos sócio-
culturais, sem deixar de trabalhar com as possibilidades criativas na conformação das 
paisagens. 
Ao longo da história, os jardins passaram por uma complexa evolução até 
atingirem a concepção atual do espaço verde funcional. Ao aliar conhecimentos 
científicos de botânica, variações climáticas, estilos arquitetônicos, agricultura, arte e 
vários outros fatores (equilíbrio de cores, formas, texturas, etc.) pretende-se resultar 
num projeto harmônico, utilizando-se de plantas adequadas a cada área, que além de 
ornamentais sejam compatíveis com o clima, solo e lugar onde será implantado o 
15 
 
jardim. Por menor ou mais simples que seja, um jardim bem elaborado valoriza o 
ambiente. 
 Veja a seguir alguns estilos de jardins: 
 
3.1 Jardins Suspensos da Babilônia 
 
Desde a Antiguidade, o verde esteve associado às atividades lúdicas do ser 
humano. Os jardins suspensos da babilônia foram construídos em 800 a.C., e são 
considerados uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Eles eram compostos por 
terraços arborizados alimentados por irrigação. Esse nome não retrata a realidade. Na 
verdade, os jardins eram construídos em andares, ao invés de serem suspensos, como o 
nome indica. 
A construção dos jardins em terraços fazia com que estes se parecessem com 
pequenas elevações, ou montanhas, com as árvores ao topo, sendo vistas de uma 
distância considerável. Sem dúvida, este fato fez perpetuar o sentido de ilusão e 
maravilha se perpetuasse. Os jardins botânicos com flores e esculturas surgiam dentre 
piscinas e fontes. Árvores frutíferas acentuavam as áreas retangulares cultivadas, sob a 
sombra das árvores. A água descia em cascata do lago reservatório por sobre a 
vegetação localizada em baixo. 
 
FIGURA 1-JARDINS SUSPENSOS DA BABILÔNIA 
 
16 
 
3.2 Jardins Persas 
 
Os antigos persas criaram jardins de grande exuberância, destinados à diversão, 
ao prazer e ao luxo, compostos por árvores frutíferas e flores aromáticas, carregados de 
valores religiosos e simbólicos. De traçado cruciforme, possuíam um cano d’água 
circundado por áreas verdes ornamentais. 
Os jardins persas tinham configuração baseada em plano quadrado, rodeados 
por muros altos com estilo bem formal. Quatro canais simbolizando os quatro rios da 
vida dividiam o plano: cada canal tinha em sua borda fileiras de ciprestes que 
representavam a eternidade. Cada parte era adornada com árvores frutíferas, símbolo do 
renascimento da vida na primavera. Um pavilhão coberto na parte central se constituía 
em um lugar para descanso e meditação ao abrigo do sol. Todo o conjunto possuía rosas 
e outras flores perfumadas, como complemento de poesia, de introspecção e de muita 
beleza. 
 
FIGURA 2 - TEMPLO E JARDIM DE BAHA’I, HAIFA, ISRAEL. 
 
 
 
17 
 
3.3 Jardins Indianos 
 
Na Índia, o jardim possuía traçado geométrico e simétrico, composto por 
canais, repuxos e canteiros de vegetação, de inspiração persa. Suas características mais 
marcantes eram a modulação, a decoração profusa e a temática fantástica (animais, 
deuses e monstros). 
A Índia tem um clima tropical, o que influencia bastante no paisagismo, com 
variadas topografias incluindo picos de montanhas, grandes rochas, rios, e vastas 
florestas. A paixão pelos jardins e o simbolismo foi herdado dos persas e podem ser 
vistos pelo uso constante de lagos em formas geométricas, fontes, percursos de águas e 
plataformas de pedra para que o Rajah (imperador) possa se sentar. O espaço ao ar livre 
é muito valorizado para o descanso, a meditação e a contemplação. É prática comum na 
Índia a larga utilização de canais de água elevados. 
 
FIGURA 3 - TAJ MAHAL, ÍNDIA 
 
 
 
 
18 
 
3.4 Jardins Chineses 
 
 
O paisagismo chinês procurava evidenciar, de forma simbólica, os elementos 
da natureza, da qual o homem era subordinado. Explorando os diferentes desníveis do 
terreno e baseado em um traçado curvilíneo e suave, expressava equilíbrio e harmonia. 
O jardim chinês é irregular, assimétrico e misterioso. Não tem um eixo central 
nem um panorama geral. É um passeio variado, cada vez diferente para o próprio 
visitante; nunca revelapor completo a sua composição e assim conserva o encanto do 
seu segredo. Ele procura um contato com a natureza, e a combinação de diversos 
elementos: luzes e sombras, construções e plantas; lagos e pedras. E embora estejam 
cercados oferecem uma permanente sensação de liberdade. Todo encanto reside na troca 
de paisagem de acordo com as mudanças de estações. 
 
 
FIGURA 4 - JARDIM CHINES 
 
 
 
19 
 
3.5 Jardim Egípcio 
 
 
No Egito antigo, os jardins repetiam as linhas retas e formas geométricas em 
simetria do Oriente Médio. Eles eram situados próximos a templos e residências, 
formados por palmeiras, sicômoros, figueiras e parreiras, tendo caráter mais prático que 
ornamental. Os jardins mais antigos de que se tem notícia foram os egípcios – há cerca 
de 4000 anos. Eram influenciados pela crença deste povo em astrologia, ocupavam 
grandes espaços às margens do rio Nilo e tinham traçados geométricos. As plantas 
usadas eram, em sua maioria, úteis e frutíferas. Algumas tinham um significado 
simbólico, como o lótus e o papiro. 
Os antigos egípcios gostavam imensamente de possuir jardins em suas 
residências. Os que tinham poucas posses plantavam pelo menos algumas árvores nos 
quintais de suas moradias. As pessoas abastadas mandavam construir jardins que 
rivalizavam com as próprias residências. Os jardins egípcios influenciaram os gregos 
que, no entanto, não usavam formas geométricas devido à topografia da região. 
 
 
FIGURA 5 - JARDIM EGÍPICIO 
20 
 
3.6 Jardim Grego 
 
Os jardins gregos, apesar de fortemente influenciados pelos jardins egípcios, 
apresentaram diferenças notáveis em razão da topografia acidentada da região e o tipo 
de clima. Eles possuíam características próximas das naturais, fugindo da simetria dos 
egípcios. Desenvolviam-se em recintos fechados, onde eram cultivadas plantas úteis, 
principalmente maçãs, peras, figos, romãs, azeitonas, uva e até horta. 
A introdução de colunas e pórticos fazia uma transição harmoniosa entre o 
exterior e interior e o jardim era um prolongamento das partes da casa, às quais ele se 
ligava. A sua principal característica era a simplicidade. 
Os jardins também ficaram marcados por possuir esculturas humanas e de 
animais mais próximas da realidade. Os gregos tendiam a recusar as linhas rígidas, 
buscando a simplicidade e respeitando a topografia. Seus jardins ocorriam em recintos 
fechados, onde cultivavam plantas aromáticas e medicinais. Foi a partir deles que surgiu 
a ideia dos pomares. Os gregos tendiam a recusar as linhas rígidas, buscando a 
simplicidade e respeitando a topografia. Seus jardins ocorriam em recintos fechados, 
onde cultivavam plantas aromáticas e medicinais. Foi a partir deles que surgiu a ideia 
dos pomares. 
 
FIGURA 6 - JARDIM GREGO 
 
21 
 
3.7 Jardins Romanos 
 
Foi em Roma que surgiu ohortus, um jardim cercado destinado ao cultivo de 
legumes, ervas, frutas e também flores. Os jardins de recreação apareceram somente no 
final do século II a.C., caracterizando-se pelo traçado metódico e ordenado, composto 
por estátuas, pergolados, fontes e bancos, dispostos de forma regular e retilínea. 
 
 
FIGURA 7 - VILLA ADRIANA,TIVOLI, ROMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
3.8 Jardins Medievais 
 
Na Idade Média, os jardins praticamente desapareceram, reduzindo-se a áreas 
confinadas em claustros e destinadas ao cultivo. Por sua vez, pareceram as praças, que 
se tornaram espaços importantes na cidade, devido às funções que desempenhavam. 
 
FIGURA 8 - PIAZZA DEL CAMPO, SIENA. FOTO: BECKY DAVE 
 
3.9 Jardins Renascentistas 
 
Foi a partir do século XVI que as praças e os jardins passaram a ter maior 
importância no espaço urbano. Nessa fase adquiriram valor estético e utilitário, 
principalmente na Itália, França e Inglaterra, onde se transformaram em elementos 
fundamentais de composição da cidade renascentista e barroca. No Renascimento, o 
jardim italiano retomou os elementos decorativos da antiga Roma, explorando seu 
caráter geométrico, traçado linear e profusão de estátuas e fontes. Aplicavam-se eixos e 
coordenadas na sua composição, geralmente monumental. 
 
 
FIGURA 9 - VILLA D’ESTE, TIVOLI, ROMA 
23 
 
3.10 Jardins Barrocos 
 
No século XVII, o Barroco conduz à exuberância dos jardins , os quais 
adquirem grandiosidade, complexidade e uma rígida distribuição, marcada por 
perspectivas sem fim e a ideia do domínio do homem sobre a natureza. 
 
FIGURA 10 - JARDINS DE VAUX-LE-VICOMTE, FRANÇA 
 
3.11 Jardim Inglês 
 
No século XVIII, como reação aos franceses e por influência oriental, os 
ingleses propuseram uma reaproximação das formas orgânicas e naturais, através de 
paisagens pitorescas que propunham uma continuidade com os sistemas existentes. 
 
FIGURA 11 - PAGODE – KWE GARDEN. ARQUITETO SIR WILLIAM CHAMBERS 
 
24 
 
4 HISTÓRIA DO PAISAGISMO NO BRASIL 
 
Os trabalhos de paisagismo têm longa tradição no país, tendo suas origens no 
final do século XVII com o projeto para o Passeio Público do Rio de Janeiro, concebido 
por Mestre Valentim, durante a gestão do vice-rei Dom Luís de Vasconcelos em 1773. 
Durante o século XIX, com a construção da nação brasileira, com o aumento 
das populações urbanas e a mudança dos hábitos sociais, o projeto de paisagismo 
urbano se consolida no país, tendo como principal cliente e mecenas, a elite do Império 
e da República Velha, que patrocinou o ajardinamento e tratamento paisagístico das 
suas áreas de moradia, propiciando a criação de praças, parques públicos e privados, 
boulevards, promenades e jardins sofisticados, pelas quais passeavam as famílias de 
posses da época. 
Até meados do século XIX, influenciados pelas mulheres, membros da corte 
solicitavam aos cônsules e embaixadores, sementes e mudas de espécies floríferas para 
ornamentar os jardins dos palacetes que se localizavam no bairro São Cristóvão, no Rio 
de Janeiro. Com isso chegaram ao Brasil algumas espécies como: agapantos, roseiras, 
copos-de-leite, dálias, jasmins, lírios e craveiros entre outras. 
A palmeira-imperial (Roystoneaoleracea), originária da Venezuela e da 
Colômbia, chegou ao Brasil trazida pelos portugueses libertados da Ilha de Maurício. 
Sementes dessa espécie foram presenteadas ao príncipe D. João VI, que as plantou no 
Horto Real. Já a palmeira-real (Roystonea regia), nativa de Cuba e Porto Rico, de porte 
mais baixo e estipe mais grosso, foi introduzida no país quase um século depois. 
Em 1859, Dom Pedro II contratou o engenheiro hidráulico francês August 
Marie Glaziou, integrante de uma missão francesa, que foi o principal paisagista do 
Império e que ocupou o cargo de Diretor Geral de Matas e Jardins. 
Glaziou projetou os parques da Corte, entre eles o da Quinta da Boa Vista, o de 
São Cristóvão, o do Palácio de Verão de Petrópolis, o do Barão de Nova Friburgo, o 
Parque São Clemente e muitos outros, e ainda a requalificação do Passeio Público. Sua 
obra, de alta qualidade, incorporou a tradição anglo-saxônica do tratamento da paisagem 
a tropicalidade da vegetação local, criando uma simbiose perfeita entre a rica flora 
existente e os cânones românticos de seu modo de projetar. 
25 
 
Muitos foram os paisagistas que trabalharam com a categoria no século XIX e 
no século XX. Durante a Primeira República, especialmente no Rio de Janeiro e São 
Paulo, paisagistas como Paul Villon, Arsene Puttmans e Reynaldo Dierberguer, 
produziam projetos tanto particulares como para o Estado. 
A tradição cultural do período, influenciada pelas tradições europeias - 
francesas, italianas e inglesas - se refletediretamente na configuração do projeto 
paisagístico nacional, numa mescla de formas, materiais e vegetação tropical ou não. A 
este modo de pensar e conceber o projeto, denominamos de Eclético, que tem dentro de 
si três correntes formais principais: Clássica, Romântica e Mista Clássico-Romântica. 
O século XX marca a consolidação da atividade paisagística no país, com o 
aumento das demandas de espaços tratados paisagisticamente pela população urbana, 
em constante expansão. 
Muitos segmentos sociais começam a demandar espaços para atividades ao ar 
livre e a recreação é um dos argumentos para a organização do espaço livre, tanto 
público como privado. Os playgrounds e quadras esportivas, as piscinas (principalmente 
nos prédios de classe média e residenciais de classe média-alta) e o encontro na praia, se 
tornam hábitos em todas as cidades praianas brasileiras. A instalação de praças e 
parques passa a ser solicitada nos bairros e subúrbios populares distantes, carentes de 
qualquer estrutura espacial mínima de lazer. 
O século XX é um período de rupturas formais no paisagismo, a primeira delas 
originando o que denominamos de Escola Modernista, com forte influência do trabalho 
geometrizado e funcionalista dos paisagistas californianos, como Church, Eckbo e 
Halprin e dos fortes e pessoais traçados plasticamente rocambólicos ou por vezes 
também geométricos de Roberto Burle Marx. 
Burle Marx, este foi o primeiro paisagista a romper os cânones tradicionais do 
Ecletismo em obras de porte para o governo do Estado Novo. Sua obra, fundamental na 
história do paisagismo nacional e internacional, baseada em um sentimento nacionalista 
forte e formalmente diferenciada, se tornou ícone da modernidade de então, sendo o 
paisagista constantemente chamado para colaborar nos grandes projetos do período 
getulista e dos primórdios da Nova República. 
26 
 
Paralelamente, outros projetos de qualidade são produzidos, como os de 
Miranda Magnoli, Rosa Kliass, Benedito Abbud e Maria de Lourdes Nogueira são 
executados ao mesmo tempo em que dentro da universidade pública são estabelecidos e 
firmados os conceitos e métodos do paisagismo por Miranda Magnoli e equipe (na 
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo) de 1975 em 
diante. 
A segunda ruptura, a qual origina o que designamos linha projetual 
Contemporânea, começa nos anos 1980, com a introdução dos conceitos ecológicos no 
país e com a chegada de informações das novas obras feitas no exterior se estrutura em 
duas correntes básicas. A primeira ecologista, na qual se valorizam os cenários rústicos, 
a conservação e o contato com a natureza e a segunda cênica, produzindo verdadeiras 
colagens, que vão de um radical, chegando a situações de irreverência formal absoluta. 
Este modo de projetar redireciona a obra de muitos dos pioneiros do 
paisagismo modernista, que utilizam em suas obras da virada do século os novos ícones 
projetuais de particulares e agências de governo, que criam vários projetos com tal teor. 
São exemplos desta forma de projeto a maioria das intervenções do projeto 
Rio-Cidade (anos 1990 na cidade do Rio de Janeiro), a nova orla de Salvador, alguns 
parques de Curitiba, centenas de jardins particulares e a Praça Itália em Porto Alegre, de 
autoria de Carlos Fayet e equipe (1992), o marco desta nova geração projetual. 
 
 
27 
 
5 PAISAGEM URBANA 
 
A finalidade do paisagismo é a integração do homem com a natureza, buscando 
melhores condições de vida pelo equilíbrio do meio ambiente. Ele abrange todas as 
áreas onde se registra a presença do ser humano. 
O objeto de trabalho do paisagista é a Paisagem, ou seja, a relação entre a 
paisagem natural e a paisagem construída. Se entendermos o conceito de paisagem 
como tudo o que pode ser compreendido num lance de vista, é exatamente aí que está a 
área de atuação do paisagista. Assim, além de especificação de espécies, de plantas, as 
especificações e paginações de pisos, os desenhos de mobiliário urbano, elementos 
construídos como pérgulas, floreiras, painéis, piscinas, espelhos d’água, gazebos, 
esculturas entre outros elementos também fazem parte do projeto paisagístico. O 
objetivo final é dialogar da melhor forma o ambiente construído com o natural, gerando 
bem estar e consequente melhora da qualidade de vida. 
Devido à sua formação, os arquitetos tem maior domínio do trabalho de 
intervenção e criação do espaço, além de grande sensibilidade artística e sensorial, que 
também serão conceitos exigidos para o trabalho projetual. No entanto, conceitos 
técnicos principalmente de botânica, solos, de pragas e doenças de plantas também são 
necessários. Engenheiros agrônomos e florestais têm grande conhecimento nestas áreas. 
Assim, diferentes profissionais dão diferentes contribuições e, como sempre, o 
trabalho em equipe tem sempre um melhor resultado. 
O paisagismo urbano tem por objeto os espaços abertos (não construídos) e as 
áreas livres, com funções de recreação, amenização e circulação, entre outras, sendo 
diferenciadas entre si pelas dimensões físicas, abrangência espacial, funcionalidade, 
tipologia ou quantidade de cobertura vegetal. 
Está presente tanto em grandes quanto em pequenas áreas, restaurando locais 
que sofreram algum processo de perda de recursos, ou modificando-os para que se 
tornem mais funcionais e agradáveis. 
Nos centros urbanos é comum observarmos a cor cinza do concreto, sendo que 
nestes locais o paisagismo bem desenvolvido e implantado, integra as áreas e promove a 
28 
 
vida. As áreas degradadas podem ser recuperadas por técnicas de arborização urbana e 
calçadas verdes. Se os espaços forem limitados, podem apresentar material verde 
através de uso do paisagismo em paredes e tetos. 
As árvores existentes ao longo das vias públicas integram-se às áreas verdes de 
uma cidade. Esta arborização propicia equilíbrio ao ambiente natural modificado. A 
crescente expansão e complexidade das malhas urbanas impõem o adequado 
planejamento e a correta implementação da arborização viária para que a população 
possa melhor desfrutar desses espaços. 
Da mesma forma, desempenham significativo efeito de controle da poluição 
sonora, uma vez que absorvem sons e ruídos. Não bastasse isso, nas ruas tecnicamente 
arborizadas, a poeira suspensa na atmosfera é 25% menor do que nos locais onde não há 
árvores, suas folhas retêm partículas de pó e também de outros agentes poluentes 
suspensos na atmosfera. 
 
5.1 As diferentes funções das áreas verdes urbanas 
 
Com o crescimento populacional e o aumento do stress nos centros urbanos, o 
homem sente a necessidade de estar cada vez mais em contato com a natureza, suprida 
em parte, pelo aumento de áreas verdes, propiciando áreas de lazer, meditação, prática 
de esportes, estudo e entre outras, neste contexto o paisagismo atua modificando ou 
reconstruindo a paisagem de maneira planejada, contribuindo para manter o homem em 
integração com a natureza. 
As áreas verdes urbanas proporcionam melhorias no ambiente impactado das 
cidades e benefícios para os habitantes; 
 A função ecológica - a presença da vegetação, do solo não impermeabilizado e 
da fauna, com melhorias no clima da cidade e na qualidade do ar, água e solo. 
 A função social- relacionada com a possibilidade de lazer que essas áreas 
oferecem à população. 
 A função estética- diversificação da paisagem construida e o embelezamento da 
cidade. Importância da vegetação. 
29 
 
 A função educativa - a possibilidade de oferecer ambiente para desenvolver 
atividades extra-classe e programas de educação ambiental. 
 A função psicológica- as pessoas em contato com os elementosnaturais dessas 
áreas, relaxam, funcionando como anti-estresse. Este aspecto está relacionado com o 
exercício do lazer e da recreação nas áreas verdes. 
 
 
 
30 
 
6 PAISAGISMO NA ARQUITETURA 
 
O paisagismo é hoje denominado por arquitetura da paisagem, sendo definido 
como a arte e técnica de promover o projeto, planejamento, gestão e preservação de 
espaços livres, urbanos ou não, de forma a processar o micro e macro-paisagens. 
Inicialmente, surgiu como uma simples ornamentação do ambiente, sendo introduzidos 
posteriormente estudos mais avançados, tornando-se parte da arquitetura. Hoje, o 
paisagismo é altamente tecnificado, sendo aplicado para melhorar tanto a estética, 
quanto a funcionalidade, segurança, conforto e privacidade dos ambientes. 
É a arte de recriar a beleza da natureza, proporcionando paisagens bonitas e 
melhorando a qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade. É uma necessidade para 
a sobrevivência dos habitantes das grandes cidades também serve para manter o 
equilíbrio do ecossistema destruído pelo homem em suas construções e estradas. 
Além disso, ele é uma arte que alia o conhecimento técnico à sensibilidade, 
para a criação de paisagens, com o objetivo de integrar o homem a natureza e é 
responsável pela elaboração de ambientes externos, que sejam, ao mesmo tempo, 
contemplativos e funcionais principalmente nesta era, onde predomina o concreto e a 
poluição em grande parte das cidades, é importante criar ambientes que tragam a 
natureza para o convívio do homem, proporcionando-lhe bem estar, conforto térmico, 
acústico e, acima de tudo, uma pequena contribuição individual para a manutenção da 
biodiversidade do planeta. 
Podemos definir o paisagismo como a ciência e a arte que estuda a organização 
do espaço exterior em função das necessidades atuais e futuras e aos desejos estéticos 
do homem (Studart, 1983). 
O Paisagismo não é como muitos acreditam, tão somente a elaboração de 
jardins e praças. Ele constitui uma técnica cada vez mais apurada, voltada para a criação 
de áreas paisagísticas que possam substituir espaços destruídos pela constante e 
desordenada onda de construções. O paisagista tem a missão, portanto, de recompor as 
extensões geográficas afetadas, servindo-se de elementos de botânica, ecologia, 
mudanças climáticas de cada região e de estilos arquitetônicos. 
31 
 
Esta arte conjuga, neste esforço de recriação, planos, planificações, 
a administração e a manutenção de áreas livres, no interior das cidades ou à margem 
delas, com o objetivo de organizar pequenas e vastas paisagens. Não basta semear aqui 
e ali plantações decorativas. É necessário aliar recursos artesanais à percepção estética, 
sendo essencial, igualmente, saber combinar formatos e cores, para assim alcançar um 
resultado equilibrado e compatível. 
Como a decoração das paisagens é um desafio semelhante ao enfrentado 
na arquitetura, o Paisagismo constitui uma extensão do curso de Arquitetura, pois o 
cenário natural também é algo a ser edificado, tanto quanto qualquer construção. 
Esta disciplina nasceu do ato singelo de decorar um espaço, posteriormente 
conquistando uma maior complexidade, um aprofundamento das pesquisas em torno de 
suas possibilidades. Atualmente o Paisagismo adquiriu um caráter extremamente 
técnico, direcionado no sentido de aperfeiçoar esteticamente uma área, mas igualmente 
para nela imprimir o máximo de praticidade, proteção, aconchego e intimidade. 
O Paisagismo pode ser praticado, hoje, por engenheiros agrônomos, arquitetos, 
entre outros profissionais técnicos. Atualmente ele evoluiu do design de pontos de vista 
estéticos e relativos ao cenário de um local, para projetos mais amplos, de espaços mais 
complexos. 
 
6.1 Paisagismo e o homem 
 
Um jardim que desperta os cinco sentidos: a visão, por meio das cores, flores e 
formas; o olfato, a partir dos aromas; o paladar, com as plantas frutíferas; o tato, com 
texturas; e a audição, estimulada pelo barulho de fontes e cascatas, pelo canto dos 
pássaros ou pelo som das folhas que balançam com o vento é um jardim projetado. 
O paisagismo é a única expressão artística onde podem estar presentes esses 
cinco sentidos do ser humano (visão, olfato, audição, paladar e tato). É muito bom 
encantar-se com as mais diferentes cores e formas, se deliciar com perfume das flores, 
sentir as sombras e as texturas das plantas, saborear os frutos e ouvir o barulho da água, 
o farfalhar da vegetação e o canto dos pássaros. Quanto mais um jardim consegue 
aguçar todos os sentidos, melhor cumpre o seu papel. 
32 
 
O jardim de uma moradia - casa ou apartamento - é um elemento fundamental 
para estimular as percepções e sensações humanas e, consequentemente, proporcionar 
melhora na qualidade de vida. 
Acredita-se que as pessoas têm predisposição para interagir com a natureza e, 
para conseguir isso, basta um pouco de atenção aos pequenos detalhes que, a princípio, 
passam despercebidos quando criamos um jardim. 
É preciso criar a cultura de se tentar observar a flora e a fauna com mais 
sensibilidade. Vivemos em centros urbanos extremamente movimentados, onde a 
maioria das pessoas não tem contato direto e profundo com a natureza no seu dia a dia. 
O hábito de morar em apartamentos pode dificultar, mas não tornar impossível uma boa 
convivência e integração com o verde. 
Que os jardins têm uma função terapêutica intrínseca tanto ao cultivá-lo quanto 
ao apreciá-lo, ninguém duvida. O que poucos se dão conta é que essa experiência pode 
tornar-se palpável, visível e sentida de forma literal se o ambiente for planejado para ser 
inclusivo. Crianças, idosos, portadores de deficiências motoras ou visuais… todos 
podem se beneficiar das diversas “belezas” contidas em um jardim pensado para ser 
visto, tocado, cheirado e até consumido. 
Os caminhos do jardim sensorial precisam estimular os passos e privilegiar as 
planícies, sem muitos desníveis. Espaços para a contemplação, com bancos 
estrategicamente colocados, para que os visitantes possam curtir a harmonia da 
paisagem. É preciso cuidado com as plantas escolhidas para este tipo de jardim; 
espécies tóxicas devem ser evitadas. No mais, um paisagista saberá quais espécies 
utilizar e como harmonizar isso em um espaço inclusivo. 
 
 
 
 
33 
 
7 O PROFISSIONAL PAISAGISTA 
 
Até nos sonhos mais românticos a paisagem principal é a de um jardim, rico 
em cores e pureza. O próprio paraíso, constantemente idealizado por artistas, poetas, 
cineastas, é representado por meio de imensos jardins verdes, desenhados por flores, 
enfeitados por pássaros, denotando a inquestionável predominância da natureza. 
O paisagista é considerado um artista da natureza. É ele quem faz o 
planejamento de espaços públicos, como praças e parques, além de atuar em residências 
e empresas privadas, criando jardins e áreas verdes em setores urbanos, rurais, 
recreativos e ecológicos. Ele realiza os cortes, elevações e detalhamento construtivo 
externo realizando a leitura e interpretação de projetos. 
Está sob as responsabilidades de um Arquiteto Paisagista atuar principalmente 
com O desenvolvimento e compatibilização de projetos, realizar a leitura e interpretação 
de projetos complementares, desenvolver perspectivas obras, acompanhar os projetos, 
fazer o controle dos prazos de entrega dos projetos, responder pela representação 
gráfica, elaborar a planta baixa, realizar os cortes, elevações e detalhamento construtivo 
externo de cada projeto paisagista. 
Para que o profissional tenha um bom desempenho como Arquiteto Paisagista, 
além da graduação é essencial que possua visão de projeto, metodologia, dinamismo e 
responsabilidade.Precisa possuir algumas características específicas: Ter habilidade, 
destreza, perícia e arte na tomada de decisões; Conhecimento técnico; Compreensão 
estética da aparência. Dentre as diversas finalidades de um paisagista, estão: 
 Reconhecer os aspectos essenciais do complexo de elementos e 
fatores que conferem a aparência e a ecologia da paisagem; 
 Avaliar as consequências de formas de evolução na paisagem, produto 
da participação do homem. Os profissionais da área recebem formação multidisciplinar 
e holística, tendo como prioridade a preservação o meio ambiente e inserir elementos 
que agreguem valor à paisagem, por isso a importância da consciência na utilização 
consciente de recursos naturais. 
34 
 
A maioria dos profissionais em paisagismo é autônoma e conta com o apoio da 
Associação Nacional de Paisagismo ANP, fundada em 1995 com o intuito de 
desenvolver e valorizar a atividade paisagística no Brasil. 
Existe, ainda, a polêmica sobre a regulamentação da profissão, já que a 
Organização Internacional do Trabalho reconhece as profissões de Arquiteto, Urbanista 
e Arquiteto Paisagista como independentes. A questão é intensamente discutida em 
Congressos e Organizações envolvidos com a atividade. 
A grande preocupação é criar órgãos reguladores e fiscalizadores que garantam 
a qualidade do profissional que atua na área e dos serviços prestados à sociedade. 
 
 
 
 
35 
 
8 PROJETO PAISAGÍSTICO 
 
O Projeto de Arquitetura Paisagística consiste na solução dos espaços 
explorando o potencial construtivo, social, cultural, emocional, climático e topográfico 
do meio. Ao elaborar um projeto, o paisagista dispõe de elementos naturais compostos 
por uma combinação de componentes físicos (solo, água, clima) e biológicos (plantas e 
animais), bem como de elementos construídos pelo homem, os quais são chamados de 
elementos arquitetônicos (construções, vias de acesso, pérgulas, piscinas, playgrounds, 
obras-de-arte, etc), além do próprio homem, principal componente da paisagem, e para 
o qual o ambiente é construído. 
Existem no mercado vários tipos de projetos, como, por exemplo, os com 
finalidades arquitetônicas, elétricas, sociais, de pesquisa, culturais ou educacionais. 
Em várias profissões, antes de se executar qualquer coisa, o essencial é 
elaborar um projeto, pois ele conterá todas as informações necessárias para a realização 
de um trabalho. No paisagismo não é diferente. O projeto é concebido de forma a 
atender todas as necessidades do cliente. 
Para obter tais resultados, é preciso haver um estudo preliminar da área e da 
expectativa do cliente. Assim, o profissional passará a compreender todos os seus 
gostos, costumes, rotina e o que realmente ele espera de um jardim ou paisagem. A 
partir daí, os dados são analisados e o seu perfil é traçado. 
Traçado o perfil do cliente, o profissional considera todas as características da 
área do jardim. Analisa o estilo arquitetônico, os tipos de solo, o clima predominante, 
a exposição ao sol/sombra, a disponibilidade hídrica, a topografia e presença de 
crianças ou animais domésticos. Definindo isso, poderá apontar a vegetação mais 
adequada para o lugar. 
O paisagista pode optar por fazer um jardim com formas orgânicas ou 
simétricas, brincando assim com formas, iluminação, volumes e composições das 
vegetações, mas sempre preocupado com a harmonia resultante. Depois que a forma do 
jardim está definida, o próximo passo é a escolha das espécies. Mais uma vez, tudo 
baseado na entrevista com o cliente e a análise do profissional. Estas escolhas fazem 
parte de um processo que exige muito estudo e conhecimento acerca das plantas. 
36 
 
Em seguida, é elaborado um anteprojeto, a ser apresentado para o cliente. De 
posse deste trabalho, ele passa a ter uma noção de como ficará o seu jardim. O 
paisagista explica com quais conceitos trabalhou e o porquê de cada espécie, o seu 
posicionamento e o seu porte. E o cliente se posiciona quanto às ideias. Neste momento, 
ele também poderá ter a noção de custo da execução deste jardim. 
Tudo aprovado, o paisagista se dedica ao projeto executivo, no qual detalha 
cada procedimento: tamanho das covas para cada espécie, quantidade e tipo de adubo 
para cada cova, porte e quantidade da vegetação, cuidados no transporte, espaçamento 
entre as plantas e cuidados no preparo do solo. Um fator que muitos definem como 
essencial é conhecer com precisão os gastos e o custo final da obra. 
Durante todo este processo, o paisagista acompanha o projeto e trabalha em 
parceria com profissionais nas áreas de iluminação e irrigação, que realizam os projetos 
atendendo aos efeitos sugeridos por ele. 
 
8.1 A arte da Topiaria 
 
A palavra topiaria, vem do latim topiarius e significa “a arte de adornar os 
jardins”. A arte de podar plantas em formas ornamentais. A topiaria é uma técnica 
avançada de jardinagem que tem por objetivo dar formas esculturais, artísticas às 
plantas, mediante corte com tesouras de podar e de acordo o desejo do jardineiro e do 
cliente. 
É uma arte antiga, sua origem remonta a 500 A.C, desde os tempos romanos 
onde foi explorada nos jardins suspensos da Babilônia, com os primeiros jardins 
intensamente trabalhados pelo homem, mas teve seus tempos áureos na época 
de Versailles, em meados dos anos de 1600. 
Sendo uma arte sofisticada, sua presença no paisagismo, está historicamente 
relacionada com a nobreza e o clero. 
Com a revolução paisagística provocada pelos jardins informais ingleses, no 
século XVIII, a topiaria perdeu sua força. 
No Brasil, os jardins tropicais de Burle Marx também eram contrários às 
topiarias, assim como qualquer técnica que modificasse a forma natural das plantas. 
Mas a topiaria sobreviveu a estas intempéries, mesmo sendo rotulada de cafona e 
37 
 
antiquada. Ela ressurgiu nos jardins contemporâneos e minimalistas, com formas 
geométricas simples ou abstratas, que conferem modernidade aos ambientes. Nos 
jardins orientais elas também são bem vindas desde que tenham formas naturais de 
plantas, à semelhança da arte bonsai (árvore num vaso). 
Em 1960, surge a técnica stuffed, desenvolvida pelos americanos, que utiliza 
suportes revestidos com trepadeiras, ervas e gramíneas, novas formas se tornaram 
possíveis, com maior variedade nas cores e texturas das esculturas. A topiaria feita desta 
forma é muito mais prática e rápida de ser realizada e tornou-se popular mundialmente 
através dos jardins dos parques Walt Disney. 
Dentre as cidades que se destacam na topiaria, atraindo muitos visitantes, 
encontra-se Batatais em São Paulo, Monte Sião em Minas Gerais e Victor Graeff no Rio 
Grande do Sul. 
 
8.2 Plantas Ornamentais utilizadas em Paisagismo 
 
 
Para a execução de um projeto paisagístico, é fundamental que se tenha 
conhecimento das plantas. É importante saber tipo, porte, folhagem, época de floração, 
local de melhor adaptação, entre outras características. As plantas ornamentais podem 
ser divididas em grupos conforme seu aspecto morfológico, hábito de crescimento ou 
mesmo usos mais frequentes. Essa classificação é bastante variável, mas do ponto de 
vista paisagístico/ornamental, as plantas podem ser divididas em forrações, arbustos, 
árvores, palmeiras, trepadeiras, plantas entouceirastes, plantas aquáticas, gramas, 
bromélias e suculentas. 
 
8.2.1 Forrações 
 
Forrações constituem um grupo de plantas herbáceas de pequeno porte e que 
são utilizadas em paisagismo com as seguintes finalidades: 
• Fazer o acabamento nos jardins, em composição com espécies de porte maior; 
38 
 
• Revestir o solo, evitando a ocorrência de áreas nuas, as quais podemsofrer com 
erosão ou ainda serem motivo de poeira ou lama; 
• Quebrar a monotonia dos gramados quando são utilizadas intercaladas a esses; 
• Recobrir o solo, em locais onde há a impossibilidade de uso de gramas; 
• Manter a umidade do solo; 
• Evitar a incidência de plantas invasoras (plantas daninhas). 
 
8.2.2 Arbustos 
 
Arbustos são espécies vegetais lenhosas, com ramificação desde a base, e 
altura média de até 4 m de altura. Quanto à luminosidade, existem arbustos de pleno sol, 
meia-sombra e sombra. 
De modo geral, são plantas que aceitam poda, o que harmoniza a sua condução, 
permitindo obter um formato ajustado ao jardim onde estão inseridos ou ainda a 
formação de figuras, denominadas topiarias. 
 
 
8.2.3 Árvores 
 
Constitui toda espécie vegetal lenhosa, geralmente sem bifurcações na base do 
caule, com portes variados e diferentes formas de copas. Quanto ao porte, este pode ser 
dividido em pequeno (até 5,0 m), médio (5,0 a 8,0 m) e grande (acima de 8,0 m). 
Quanto à forma da copa, as árvores podem ser colunar, cônica, globosa, pendente, 
umbeliforme. 
Principais funções: 
• Proteger contra ventos fortes 
• Proteger contra ruídos 
• Dar privacidade a determinado local 
• Fornecer sombra 
• Contribuir para aspectos estéticos da paisagem. 
 
39 
 
8.2.4 Palmeiras 
 
As palmeiras pertencem à família Arecaceae (Palmae) e são espécies de grande 
uso nos jardins. Apresentam a desvantagem de crescimento lento, além da ocorrência de 
desprendimento das folhas quando envelhecem. 
As palmeiras têm grande importância em projetos paisagísticos, principalmente 
em função de sua forma e rusticidade. Podem ser cultivadas isoladamente ou em grupos, 
sempre em posições dominantes no jardim. Existe um grande número de palmeiras 
nativas e diversas outras exóticas, mas bastante adaptadas ao nosso ambiente. A escolha 
deve depender das características do projeto em harmonia com as características de cada 
espécie. 
 
8.2.5 Trepadeiras 
 
Corresponde a toda espécie vegetal de caule semilenhoso ou mesmo herbáceo, 
que necessita de um suporte para se desenvolver. Como seu crescimento pode ser 
conduzido, as trepadeiras geralmente são utilizadas na formação de cercas-vivas, 
separação de ambientes, revestimento de muros ou paredes, formação de pérgolas, arcos 
e treliças. 
 
 
8.2.6 Plantas Entoucerantes 
 
Plantas entoucerantes são aquelas que se desenvolvem formando diversos 
caules, com crescimento indefinido, em forma de touceira. A propagação é geralmente 
feita através de divisão de mudas que são emitidas na base da touceira. Existem diversos 
exemplos de plantas pertencentes a este grupo, com grande importância nos projetos de 
paisagismo. 
 
 
40 
 
8.2.7 Plantas Aquáticas 
 
As plantas aquáticas, em função da posição em que se desenvolvem na água, 
podem ser classificadas em flutuantes, emergentes e submersas. 
 
 
8.2.8 Gramas 
 
Os gramados representam quase sempre de 60 a 80% da área ajardinada. Em 
geral, as espécies de grama necessitam de sol pleno ou meia luz para se desenvolverem 
bem. Existem algumas espécies de grama disponíveis para formação de gramado e a 
escolha deve ser em função do clima da região, da finalidade de uso, da luminosidade 
da área, da manutenção que será destinada à área, do sistema de irrigação disponível, do 
tipo de vegetação que circunda o gramado (existem espécies mais nobres e outras 
menos). 
 
Existem algumas plantas que não se enquadram nos grupos citados 
anteriormente, apesar de serem de grande importância nos projetos de paisagismo, 
constituindo assim os grupos especiais como: 
 
8.2.9 Bromélias 
 
Dada à sua rusticidade e grande variedade de cores, formas e texturas, as 
bromélias vêm, a cada dia, tornando-se uma presença constante nos jardins. 
Dificilmente não encontraremos bromélias em jardins projetados, tanto residenciais, 
como públicos. 
O uso de bromélias no paisagismo teve como marco inicial os projetos 
paisagísticos de “Burle Marx”, que revolucionaram totalmente o paisagismo brasileiro 
e mundial. As bromélias podem ser usadas como forrações em arranjos, juntamente com 
41 
 
outras plantas tropicais, em contornos de canteiros e gramados, fixadas em rochas, 
esculturas, construções, árvores, tocos, entre outras opções. 
As bromélias ao serem utilizadas em jardins, deve-se ter um conhecimento 
prévio sobre algumas exigências de cada espécie, principalmente no que diz respeito às 
exigências de luz e de substrato. 
 A combinação entre bromélias e entre estas com outras plantas deve-se 
fundamentar no contraste de cores, formas e textura, reproduzindo condições naturais. 
As matas e ambientes naturais são as melhores fontes de ideias para se atingir o máximo 
da beleza em um jardim. 
 
8.2.10 Suculentas 
 
 As suculentas em geral, conseguem sobreviver á falta de água e luz, pois são 
plantas capazes de armazenar água, seja nos troncos, raízes ou folhas – característica 
que as protege das altas temperaturas e do clima árido, originárias de áreas secas como 
desertos e caatingas. 
As plantas suculentas ornamentais têm como principal diferencial as folhas 
mais largas e que acumulam mais líquidos e seiva, perfeitas para resistir por meses sem 
regas em condições adversas. Para que a perda de água com o ambiente seja 
minimizada, as folhas ainda são recobertas por uma espécie de cera que diminui a 
evapotranspiração em excesso das suculentas. 
Desta forma as suculentas são a essência da planta rústica, exigindo pouca 
manutenção e regas. 
 
 
 
 
42 
 
8.3 Elementos paisagísticos 
 
 
Na estética e composição de jardins, os elementos artificiais e os naturais 
fazem parte do ambiente existente ou projetado. Consideram-se elementos artificiais 
aqueles que são construídos ou colocados pelo homem no ambiente natural, tais como 
caminhos, escadas, muretas, bancos, mesas, coretos, gradis, portões, tanques, caixas 
d’água, piscinas, cascatas, vasos, lixeiras, postes, quadras esportivas, etc. 
Os elementos naturais são aqueles existentes ou plantados no local, compostos 
por uma combinação de componentes físicos (água, solo e clima) e biológicos (plantas e 
animais), tais como gramados, árvores, bosques, pomares, maciços de arbustos, plantas 
aromáticas e medicinais, hortas, orquidários, lagos naturais, etc. 
 
8.3.1 Elementos Naturais 
 
Os componentes naturais estão todos intimamente relacionados entre si, 
influenciando a paisagem com seu tamanho, forma, cor, aroma, som, movimento, entre 
outros caracteres. Assim, as plantas e os animais deixam de ser apenas parte da 
decoração, apresentando alto valor estético e funcional e, se necessário, alguns podem 
ser modificados ou melhorados para que se obtenha um jardim esteticamente adequado 
e agradável aos usuários. 
A vegetação é constituída por espécies de formas, portes, cores e texturas as 
mais variadas. 
Quando combinadas com arte são a verdadeira essência do jardim. Algumas de 
suas características devem ser observadas quando do planejamento paisagístico: por ser 
um ser vivo, é também dinâmico; apresenta um ciclo de vida; deve-se observar os 
atributos estéticos do vegetal; as crenças devem ser respeitadas, assim como outros 
aspectos 
43 
 
Sempre que possível, os animais devem fazer parte do paisagismo, tendo em 
vista apresentarem uma forma e colorido, enriquecendo a paisagem. Podem mostrar fins 
ornamentais e/ou utilitários. 
A água no jardim é também um elemento de decoração, quer seja de forma 
corrente ou parada, sendo desejável qualquer que seja a maneira de uso. Pode ser 
encontradasob a forma de reservatórios naturais (lagos, lagoas) ou artificiais (piscinas), 
nos cursos d’água (rios, riachos, cachoeiras, etc.), ou em fontes que jorram água em 
determinadas épocas do ano (intermitentes) ou continuamente, ou simplesmente para 
uso na irrigação do jardim. 
Além da água, outro elemento natural presente com frequência nos jardins são 
as pedras que, em diferentes tamanhos e formas, emprestam à paisagem belas 
composições, sendo muito usadas para efeitos de contraste. O formato e o tipo das 
pedras devem ser escolhidos em relação direta com o ambiente onde serão colocadas. 
Os troncos e as raízes mortas de árvores também podem ser usados nos jardins; 
porém, quando tratados, devido à artificialização, são incluídos na categoria de 
elementos arquitetônicos. 
 
8.3.2 Elementos Arquitetônicos 
 
Para complementar o paisagismo, são necessários outros elementos além dos 
naturais, de forma que harmonizados com esses, constituam um jardim que atenda às 
necessidades estéticas e funcionais, de acordo com os desejos dos usuários, tornando o 
local mais criativo e aconchegante, valorizando a paisagem. 
Os elementos arquitetônicos podem definir o estilo da composição a ser 
seguido e transmitir sensações tanto ilusórias como reais. Assim, devem ser planejados 
de maneira que não choquem com os naturais, levando-se em consideração a sua 
frequência, linhas e formas predominantes e os materiais de sua composição. 
44 
 
Na apostila de paisagismo (2008) da Escola de Agronomia e Engenharia de 
Alimentos Paisagismo e Floricultura da UFG (Universidade Federal de Goiás) são 
apontados os seguintes elementos: 
 
8.3.2.1 Caminhos – Circulação e piso 
 
Os caminhos são locais destinados ao trânsito de pedestres ou de veículos, que 
permitem ao usuário dirigir-se e apreciar um determinado local da paisagem. Além de 
direcionar os usuários do jardim, a circulação faz as ligações internas e externas do 
jardim, constituindo-se no elemento de integração entre os componentes da paisagem. 
São desenvolvidos de acordo com o tipo de jardim, e suas dimensões dependem do fim 
a que se destinam. Podem ser pavimentados ou não, tendo o pavimento função 
ornamental valiosa quando bem explorada. Os caminhos devem ser, preferencialmente, 
traçados segundo o nível do terreno; os declives fortes são valorizados por meio de 
escadas (tijolos, pedras, secções de toras de madeira, dormentes, lajes, etc.), podendo-se 
aproveitar a parte superior como mirantes. 
Podem apresentar várias formas e larguras, serem permeáveis ou 
impermeáveis, devendo ocupar a menor área possível, pois setorizam o jardim, ou seja, 
fazem um zoneamento dos espaços, dividindo o terreno e as áreas ajardinadas. 
A pavimentação pode ser feita com diferentes materiais: pedras toscas, lajotas 
de concreto, seixos rolados ou branco, ladrilhos, tijolos prensados ou de barro, lajotas de 
cimento ou granito, mosaico português, saibro, asfalto, brita, cimento, placas de 
concreto, paralelepípedo, ardósia, pedrisco, cerâmica, dormentes, cruzetas, tábuas de 
madeira, arenito, etc. 
 
 
 
45 
 
8.3.2.2 Construções para lazer 
 
 Alguns elementos constituem-se em infra-estrutura para se obter o lazer 
passivo ou ativo. O lazer passivo é desenvolvido sem atividade física programada, como 
por exemplo, uma reunião informal à beira da piscina. Já, o lazer ativo corresponde às 
atividades em que o exercício e a movimentação são uma constante, ou seja, são 
atividades dinâmicas, como por exemplo, a prática de futebol. Para tal, algumas 
construções são necessárias no jardim, tais como: piscina, deck, pérgula, caramanchão, 
quiosque, treliça, telado e greenhouse, estufa, mirante, reservatórios e espelhos d’ água, 
cascata, ponte entre outros elementos. 
 Áreas específicas de lazer recreativo: 
 LAZER INFANTIL: casas de bonecas, play-ground, gangorras, escorregadores, 
balanços, gira-gira, tanques de areia, etc.; 
 QUADRAS POLIESPORTIVAS: vôlei, futebol, basquete, futebol de salão, 
tênis. 
 
8.3.3 Iluminação 
 
 O jardim não é feito apenas para ser frequentado durante o dia, podendo se 
converter em ambientes extremamente agradáveis, com ótimos efeitos visuais 
produzidos pela iluminação artificial durante à noite, além do aspecto de segurança. 
Deve ser planejada com a intensidade aproximada da iluminação interna, lembrando-se 
de que os focos de luz não devem incidir diretamente sobre as pessoas. A iluminação, 
além de ser funcional, é também decorativa, servindo para focalizar a luz sobre a planta, 
deixando o fundo no escuro; iluminar apenas um setor focando a parede com objeto na 
frente enfatizando sua silhueta, com foco por trás e de baixo para cima (objetos com 
transparência) ou com foco sobre a planta de modo a conseguir sua sombra sobre a 
parede. 
46 
 
 As luminárias podem servir para uso do jardim à noite, para realce e para 
valorização de elementos que merecem destaque, ornamentar o jardim quando possui 
características peculiares interessantes e criar efeitos especiais. Dependendo do objetivo 
da iluminação, são escolhidas as luminárias adequadas para cada situação. 
 A coloração da luz também é importante, tendo grande influência no efeito 
visual que se quer produzir. A luz verde pode ser usada para iluminar arbustos e 
folhagens das copas de árvores, enquanto a luz rosa é ideal para folhagens de coloração 
cobre; já a luz vermelho-escura serve para realçar as flores, e a amarela é recomendada 
para iluminar troncos de árvores; para estátuas ou estruturas que se destacam, não é 
necessário o uso de luz colorida. 
 Como a iluminação artificial pode trazer algum prejuízo às plantas, podem ser 
usadas lâmpadas especiais, que emitem quantidade suficiente de radiação luminosa nas 
faixas do vermelho e do laranja, o que permite melhor desenvolvimento dos vegetais. 
 
47 
 
9 REGULAMENTAÇÃO DA ARQUITETURA PAISAGÍSTICA 
 
 
A profissão de paisagista, fundamental para que planos e projetos paisagísticos 
contribuam para cidades sustentáveis é reconhecida e regulamentada de forma 
independente das áreas de arquitetura, agronomia e engenharia em diversos países 
como: Alemanha, Austrália, Áustria, Canadá, Estados Unidos, Holanda e Inglaterra. 
 Como prova que o profissional paisagista tem ganho cada vez mais autonomia, 
a China é outro exemplo que desponta no cenário internacional pois, tem priorizado a 
regulamentação da profissão de paisagista. Considerando ainda que o paisagismo é um 
fator importante para o planejamento da paisagem e uma área, antes de tudo 
multidisciplinar, entendemos que o Brasil não pode permanecer ancorado a uma visão 
difusa, onde não seja dado o real valor a formação de uma profissional autônomo que 
atue diretamente nesse campo, sobretudo quando se considera um país de dimensões 
continentais e de complexos ecossistemas como o Brasil. Tais questões demonstram a 
urgência do assunto e a importância de repensarmos qual o papel do paisagismo e do 
profissional paisagista no nosso país. 
No Brasil, a prática do paisagismo é desenvolvida por arquitetos, agrônomos e 
engenheiros respaldados pela Lei Federal 5.194, de 24 de dezembro de 1966 (Seção 
IV – Art 7º e pela Resolução 218/73 do CONFEA). Amparados por Lei Federal, os 
biólogos também atuam nessa área. Deve ser sinalizado que o exercício profissional do 
paisagismo, desempenhado por diversos profissionais, gera dúvida no consumidor, além 
de potencializar conflitos de diferentes ordens de interesses e ainda produzir na 
formação acadêmica de profissionais que atuam no mercado de paisagismo. 
O Projeto de Lei – PL 2043/11 dá á profissão de paisagista caráter único, 
independente; estabelecequem é o paisagista; cria condições para a existência de cursos 
superiores específicos de paisagismo, e sinaliza que futuros profissionais terão formação 
própria e adequada a esta área de conhecimento. Não nos parece viável continuarmos 
ignorando a complexidade da questão no que tange a atuação do paisagista ou, ainda, 
mascarar o fato de não haver um instrumento jurídico que atenda profissionais 
diretamente ligados a este campo de atuação. Portanto se faz necessário que esta questão 
48 
 
seja esclarecida, como também, garantida a regulamentação da profissão, dando assim 
legitimidade aos profissionais que atuam nesse campo de trabalho. 
Em 20 de novembro de 2013, os deputados pertencentes a Comissão de 
Educação votaram, por unanimidade, pela aprovação do Projeto de Lei, deixando 
evidente a concordância do Legislativo com a necessidade de termos graduações 
específicas em Paisagismo, a exemplo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 
todo o território nacional. 
O PL ainda será analisado, respectivamente, na CDU – Comissão de 
Desenvolvimento Urbano, CTASP – Comissão de Trabalho, Administração e Serviço 
Público (cujo parecer da relatora Dep. Flava Morais é favorável a aprovação), e na CCJ 
– Comissão de Constituição e Justiça. 
Entidades internacionais como a IFLA – International Federation of Landscape 
Architects e a UIA- Union Internationale das Architects, reconheceram a distinção e a 
independência da arquitetura da paisagem (paisagismo) em relação as outras disciplinas 
de planejamento de espaço como a arquitetura e o urbanismo. O apoio que estamos 
recebendo a cada dia de entidades nacionais e internacionais, como o Instituto Invarde, 
Society for Urban Ecology, ASLA – American Society of Landscape Architects, 
CLARB – Council of Landscape Architectural Registration Boards, e de profissionais 
da maior competência, que se unem aos paisagistas e passam a contribuir com o pleno 
desenvolvimento do paisagismo no Brasil, traz alegria para classe. 
Embora desde 1971 existia curso superior de paisagismo no Brasil reconhecido 
pelo Ministério da Educação, a falta de regulamentação da profissão de paisagista 
impede que os bacharéis formados em “Composição Paisagística” assinem os próprios 
projetos. 
 
Parte da Arquitetura 
Para a presidente da Associação Brasileira de Arquitetos e Paisagistas (ABAP), 
Letícia Peret, o projeto não trata de paisagismo, um item incorporado à arquitetura, mas 
de jardinismo. A Abap entende que nova lei vai perturbar o cumprimento da legislação 
em vigor. “O projeto de planejamento dos espaços é uma atividade dos arquitetos. E 
49 
 
deve ser feita de maneira plena e integrada. Não pode haver um arquiteto que trabalhe 
uma coisa e outro que trabalhe outra. Nós batalhamos muitos anos no Brasil para que a 
formação plena seja consolidada e que não seja desvirtuada”, argumentou. 
 
Horas 
O autor do PL 2043/11, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), afirmou que os 
cursos de arquitetura têm em média 150 horas dedicados ao paisagismo. O curso de 
paisagismo, mais de 3.000. 
Além da Comissão de Educação, a matéria precisa passar pelas comissões de 
Trabalho, Desenvolvimento Urbano e Constituição e Justiça. O relator, Stepan 
Nercessian, não deu prazo para a conclusão do relatório, mas já indicou que é favorável 
à matéria. 
 
Lei Municipal (Varginha, Minas Gerais) 
Lei nº 2.974, de 25 de novembro de 1997, em seu art. 5º ressalta o uso do 
estudo paisagístico nos parágrafos abaixo no que se refere da Competência do 
CODEMA: 
 
XII - solicitar e sugerir plano de arborização das vias e logradouros públicos; 
XIII - solicitar e sugerir projetos de praças, parques, jardins públicos, 
cemitérios e outras áreas correlatas, buscando atingir o índice mínimo de 12 m² de área 
verde por habitante urbano; 
XV - solicitar e sugerir plano de manutenção, utilização e manejo das Áreas de 
Preservação Permanente (APPs), áreas verdes, parques e praças visando sua preservação 
e função social; 
XV - solicitar e sugerir plano de produção de mudas de árvores, atendendo às 
necessidades do meio urbano; 
XVI - solicitar e sugerir estudos e pesquisas básicas e aplicadas que visem 
orientar as ações de preservação e incremento da flora do Município; 
50 
 
CONCLUSÃO 
 
 
O Paisagismo sempre foi relacionado apenas ao desenho de jardins e praças, 
considerando somente os aspectos estéticos e cênicos do projeto de um lugar, porém 
com o passar do tempo vem conquistando escalas e propostas maiores incorporando 
diversas variáveis além da área botânica e estética. 
Esta evolução da arquitetura paisagística pode ser observada numa reconciliação 
entre o homem e a natureza que favorece a consideração do processo paisagístico como 
fator de estudo dos espaços trabalhando grandes ou pequenas áreas, privadas ou 
públicas. 
Atualmente o paisagismo não é mais encarado como uma simples extensão da 
arquitetura. E sim um campo de estudos próprio que abrange um conjunto de disciplinas 
relacionadas ao projeto arquitetônico, ao planejamento regional e urbano, à preservação 
do meio ambiente natural e construído e do patrimônio histórico, ao planejamento de 
sistemas de lazer e recreação e sinteticamente ao planejamento espacial. 
Portanto, a arquitetura da paisagem representa um campo multidisciplinar, assim 
como a própria arquitetura, uma arte, envolvendo a matemática, as ciências naturais e 
sociais, a engenharia, as artes, a tecnologia, a política, etc. Apesar de ser normalmente 
associado à jardinagem pelo público leigo, a arquitetura paisagista envolve todos os 
possíveis elementos constituintes da paisagem, sejam eles naturais ou não. 
 
 
51 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
RICEPUTI, Ana Paula. Paisagismo, entrevista concedida abril 2014. Varginha, Minas 
Gerais. 
BREIAS, Claúdia. Paisagismo e a profissão paisagista, entrevista concebida abril 
2014. Escritório de Design de Interiores e Paisagismo Cláudia Breias, Varginha, Minas 
Gerias. 
ARQUITETURA, Clique. O paisagista e a área de atuação - 13 jan. 2014. Disponível 
em <http://www.cliquearquitetura.com.br/portal/dicas/view/o-paisagista/43>. Acesso 
em 7 abril 2014. 
ABBUD, Benedito. Em Paisagismo. Paisagismo em espaços públicos: benefícios 
para a cidade e para a população. Disponível em 
<http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=16&Cod=661>. Acesso em 
10 abril 2014. 
SOTOMAYOR, Jackelinne. Em Paisagismo. Paisagismo e seus estilos. Disponível em 
<http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=16&Cod=1270> Acesso em 
10 abril 2014. 
SCALISE, Walnyce. Paisagismo: História e Teoria I, São Paulo: Universidade de 
Marília, 2010. 
KARAN, Dora. TV Cultura, Senas do Século XX: Burle Marx. 
Disponível em 
<http://tvcultura.cmais.com.br/aloescola/historia/cenasdoseculo/nacionais/burlemarx.h
m> Acesso em 20 mar. 2014. 
LIMA, Marisa. Origem do Paisagismo, jun. 2009. Disponível em : 
<http://www.paisagismodigital.com/Noticias/default.aspx?CodNot=12>. Acesso em 15 
abril 2014. 
SILVA, Augusto. VENERANDO, Leonardo. Evolução Histórico-Cultural e 
Paisagística das Praças, Lavras, MG. 2006. 238p. Tese (Doutorado), Universidade 
Federal de Lavras/UFLA. 
PATRO. Raquel. A arte da Topiaria, dez. 2013. Disponível em: 
<http://www.jardineiro.net/a-arte-da-topiaria.html>. Acesso em 30 mar. 2014 
KRAUSE, Karla. Topiarias, jun. 2012. Disponível em : 
<http://karlakrause.blogspot.com.br/2012/06/topiarias.html>. Acesso em 14 abril 2014. 
52 
 
G.E PAISAGISMO, G.E. Jardim é qualidade de vida. Disponível em: 
<http://gepaisagismo10.blogspot.com.br/p/jardim-e-qualidade-de-vida.html/>. Acesso 
em 5 abril 2014. 
MUBE, Programa 04.

Outros materiais