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Trabalho de Conclusão de Curso acessibilidade em ambiente escolar

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Prévia do material em texto

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA
CAMPUS GUARABIRA
CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM EDIFICAÇÕES
Maria Érica Sousa de Assis
Maria Helena Pereira Borges
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Acessibilidade e inclusão social no ambiente escolar.
GUARABIRA
2021
1
MARIA ÉRICA SOUSA DE ASSIS
MARIA HELENA PEREIRA BORGES
Acessibilidade e inclusão social no ambiente escolar
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado como requisito parcial para
conclusão do curso Técnico em
Edificações do Instituto Federal da
Paraíba.
Orientador (a): Mayara Cynthia Brasileiro
de Sousa.
Coorientador: Hilton Messias de Souto Filho
GUARABIRA
2021
2
Sumário
1º INTRODUÇÃO 5
2. REFERENCIAL TEÓRICO 7
2.1 Deficiência física e acessibilidade. 7
2.1.1 Acessibilidade: 7
2.1.2 Deficiência física 7
2.2 Acessibilidade e inclusão no ambiente escolar 8
2.3 Acessibilidade arquitetônica e ABNT 10
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 17
4. Análise 19
4.1 Estudo de campo 19
5. CONCLUSÃO 26
BIBLIOGRAFIAS: 27
3
Resumo:
O direito à educação é primordial na vida de qualquer ser humano, sendo assim, o
ambiente estudantil deve estar preparado para comportar e assegurar cada um. A
educação inclusiva vem sendo um tema bastante discutido. Mesmo com tantas leis
e propostas em defesa da inclusão ainda se tem um grande espaço a ser
preenchido, o que reduz as chances de as pessoas com deficiência desenvolverem
suas tarefas no trabalho, na escola ou até mesmo em suas próprias casas. Este
trabalho teve como objetivo geral verificar parâmetros de inclusão de pessoas com
deficiência e mobilidade reduzida em uma escola do ensino fundamental na cidade
de Dona Inês, Paraíba, conforme estabelecido na ABNT e na NBR 9050/2020. Os
resultados foram obtidos através de uma visita técnica com levantamento da
infraestrutura. E foi possível analisar que a o ambiente escolar não possui acessos
adaptados de acordo com a norma.
Palavras-chave: Acessibilidade. Educação inclusiva. NBR 9050/2020
Abstract:
The right to education is paramount in the life of any human being, therefore, the
student environment must be prepared to behave and ensure each one. Inclusive
education has been a widely discussed topic. Even with so many laws and proposals
in defense of inclusion, there is still a large space to be filled, which reduces the
chances of people with disabilities to develop their tasks at work, at school or even in
their own homes. This work aimed to verify the inclusion parameters of people with
disabilities and reduced mobility in an elementary school in the city of Dona Inês,
Paraíba, as established in ABNT and NBR 9050/2020. The results were obtained
through a technical visit with a survey of the infrastructure. And it was possible to
analyze that the school environment does not have access adapted according to the
norm.
Keywords: Accessibility. Inclusive education. NBR 9050/2020
4
1º INTRODUÇÃO
Segundo a Lei Brasileira de inclusão da pessoa com deficiência, Lei n°
13.146/ 2015, o termo acessibilidade consiste em possibilidades e condições de
alcance, com segurança e autonomia de edificações, espaços, mobiliários,
equipamentos urbanos para qualquer pessoa com deficiência ou mobilidade
reduzida.
A inclusão escolar é direito fundamental na vida de crianças, jovens e adultos
com deficiência. A educação de qualidade, aprimora os seus conhecimentos
distante de violências, discriminação e todo ato de crueldade, é dever do estado,
dos docentes, assim como da família assegurar os direitos educacionais da pessoa
com deficiência (BRASIL,2006).
As legislações atuais buscam aprimorar ainda mais os direitos da pessoa
com deficiência, inclusive no âmbito escolar. Congruente ao Artigo 27 da Lei nº
13.146 de 06 de julho de 2015, o direito à educação inclui todos os níveis de ensino,
durante toda a vida, desenvolvendo os interesses e responsabilidades diante da
necessidade de aprender, ajudando nas condições físicas, sociais, sensoriais e
elevando o conhecimento.
Conforme a Lei n°10.098/ 2000 que diz respeito às normas gerais e aos
critérios básicos para ascensão da acessibilidade das pessoas com deficiência ou
mobilidade reduzida, para suprir os obstáculos e barreiras em vias públicas, tais
como construção e reformas de edifícios, transporte e comunicação, todas as
escolas carecem de eliminar as barreiras arquitetônicas tendo ou não alunos com
deficiência matriculados.
Muitos são os obstáculos e dificuldades que as crianças com deficiência
podem encontrar na escola no que diz respeito à acessibilidade. Em um ambiente
escolar é primordial que todos os alunos aprendam juntos, independentemente das
suas diferenças e adversidades (SALAMANCA,1994).
A partir do exposto, esta pesquisa tem o objetivo de verificar as condições
físico-espaciais de acessibilidade de uma escola municipal da cidade de Dona
5
Inês-PB. A mesma abrange uma sala de recursos multifuncionais (SRM), na qual é
ofertado o Atendimento Educacional Especializado (AEE). A sala de recursos
multifuncionais é um local complementar onde os alunos com deficiência recebem
um atendimento especializado com materiais, equipamentos pedagógicos e com
profissionais qualificados com o objetivo de desenvolver uma aprendizagem, através
de práticas didáticas adaptadas às necessidades de cada aluno para assim
conseguirem acompanhar a grade curricular da escola. Assim, para alcançar-se o
objetivo geral, foram traçados os seguintes objetivos específicos:
a) Verificar parâmetros de inclusão de pessoas com deficiência e mobilidade
reduzida em escola do ensino fundamental conforme ABNT e a NBR 9050/2020.
b) Apresentar aos estudantes e professores aspectos relacionados à
acessibilidade, enquanto democratização do espaço como um direito.
O artigo está estruturado em 5 capítulos, iniciando pela introdução que
aborda os objetivos e a contextualização da pesquisa. Em seguida o referencial
teórico que apresenta conceitos para se assegurar sobre o tema exposto.
Posteriormente os procedimentos metodológicos foram baseados por uma
visita técnica com levantamento da infraestrutura. Tendo em vista as condições
estruturais da escola municipal Senador Humberto Lucena serão analisadas as
dificuldades enfrentadas no cotidiano de vida dos alunos com deficiência e
mobilidade reduzida. Por fim, serão exibidos os resultados da pesquisa e logo após
as considerações finais.
6
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Procurando um aprofundamento em estudos anteriores que tratam dos problemas
de acessibilidade nas escolas, este capítulo foi dividido em duas partes: primeiro
uma análise sobre deficiência física e acessibilidade, seguido de uma averiguação
acerca da acessibilidade e inclusão no ambiente escolar.
2.1 Deficiência física e acessibilidade.
2.1.1 Acessibilidade:
De acordo com a lei N 13.146, de 6 de julho de 2015, o conceito de
acessibilidade consiste em fornecer às pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida, condições de utilizar de forma independente espaços públicos e privados
sem barreiras arquitetônicas e com segurança.
No Brasil diversas leis foram criadas acerca da acessibilidade a fim de assegurar
a igualdade dos direitos de inclusão para que as pessoas com deficiência possam
ter uma qualidade de vida em igualdade aos demais. A lei estabelece diretrizes
básicas para que a pessoa com deficiência consiga viver bem. Como, por exemplo,
rampas de acesso, sinalização visual, barras de apoio, retirada de obstáculos em
certos espaços; como também determinam normas da construção civil. Deste modo,
todas as alterações em um espaço físico urbano de determinada localidade devem
respeitar a lei de acessibilidade, Lei nº 10.098/2000 e a norma brasileira de
acessibilidade, ABNT NBR 9050/ 2020. Mas, no entanto, isso nem sempre
acontece na prática.
7
2.1.2 Deficiência física
De acordo com o decreto N°3.298, de dezembro de 1999, artigo 3, deficiência é
toda anomalia ou perda de uma estrutura ou função anatômica, psicológica ou
fisiológicaque ocasione incapacidade para o desenvolvimento de ações, dentro do
modelo considerado normal para o ser humano.
A deficiência permanente é definida como aquela que se estabeleceu ao longo
de um período de tempo considerável, sem tratamento e sem recuperação total,
mesmo com condições cirúrgicas se mantém estável e sem avanço. E a
incapacidade é a redução efetiva da capacidade de realizar uma função normal do
corpo humano, que é primordial o uso de equipamentos para suas adequações ou
artifícios essenciais para que a pessoa com deficiência possa receber ou conduzir
informações de seu cotidiano e ao funcionamento de funções ou atividades
realizadas (BRASIL, 1999).
A deficiência está dividida em diversos tipos, de acordo com a Tabela Nacional
de Incapacidade aprovada pelo Decreto de lei nº 341/93, de 20 de setembro, esta
pode ser intelectual, auditiva, visual, múltipla e física. A deficiência física refere-se a
modificação completa ou parcial de um ou mais fragmentos do corpo humano,
comprometendo a função física, manifestando-se sob a forma de paraplegia,
paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia,
hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membros, paralisia cerebral,
membros com deformações congênitas ou adquirida.
2.2 Acessibilidade e inclusão no ambiente escolar
A educação inclusiva vem sendo um tema bastante discutido. Mesmo com
tantas leis e propostas em defesa da inclusão ainda se tem um grande espaço a ser
preenchido, o que reduz as chances de as pessoas com deficiência desenvolverem
suas tarefas no trabalho, na escola ou até mesmo em suas próprias casas.
"A inclusão total e irrestrita é uma oportunidade que temos para
reverter a situação da maioria de nossas escolas, as quais atribuem
aos alunos as deficiências que são do próprio ensino ministrado por
elas — sempre se avalia o que o aluno aprendeu, o que ele não
8
sabe, mas raramente se analisa “o que” e “como” a escola ensina,
de modo que os alunos não sejam penalizados pela repetência,
evasão, discriminação, exclusão, enfim."(MANTOAN,2003).
A inclusão lida com as diferenças em todos os meios, inclusive no ambiente
educacional. Atualmente ainda se pode observar o baixo número de alunos com
deficiência que frequentam escolas públicas, talvez por não oferecerem espaços
adequados para locomoção e participação desses alunos. Segundo a Norma
Brasileira de Acessibilidade, as barreiras arquitetônicas a edificações, mobiliário,
espaços e equipamentos urbanos, elementos naturais, instalados ou edificados, que
impedem a aproximação, transferência ou circulação no espaço, mobiliário ou
equipamento urbano referem-se às dificuldades e limitações que a pessoa com
deficiência enfrenta. (ABNT NBR 9050, 2020)
De acordo com o último censo do IBGE (2010), 45,6 milhões de pessoas
declararam ter algum tipo de deficiência, correspondente a 23,9% da população
brasileira. Sendo a Paraíba o segundo estado com maior índice de pessoas com
deficiência do país. Mesmo com uma grande porcentagem, temos o conhecimento
vago em relação aos sofrimentos vividos por estas pessoas.
A Lei N° 10.098, conhecida como Lei de acessibilidade, visa os critérios básicos
para impulsionar a acessibilidade de todas as pessoas com deficiência, retirando e
eliminando os obstáculos e barreiras. Estas barreiras impedem o direito mais básico
de qualquer cidadão: a liberdade de locomoção. Escadas, banheiros não
adequados, degraus e portas estreitas são alguns dos incontáveis possíveis
exemplos.
O Decreto n° 6.571/2008 Art. 1º assegura:
"A União prestará apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos
de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na
forma deste Decreto, com a finalidade de ampliar a oferta do
atendimento educacional especializado aos alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, matriculados na rede pública de ensino regular." (O
Decreto n° 6.571/2008 Art. 1º)
O Art. 4 da Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Base da
Educação Nacional destaca que o atendimento educacional especializado gratuito é
9
um direito aos alunos deficientes. É direito da pessoa com deficiência ter a
instituição de ensino adaptada para suas particularidades. A adequação de espaços
para a circulação e o acesso das pessoas com deficiência necessita de grandes
cuidados; assim, sabendo que é um direito dos discentes a acessibilidade
arquitetônica nas escolas é fundamental. O estudo do espaço escolar pode ajudar a
tornar este um ambiente mais acessível e adaptado para a inclusão dos alunos,
assim como a modificação das estruturas físicas eliminando qualquer barreira ao
ensino de qualidade, tendo em vista a remoção e a construção de novos
empreendimentos, mantendo a segurança em todos os âmbitos sociais, e como
prioridade o escolar.
2.3 Acessibilidade arquitetônica e ABNT
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) formulou normas
específicas, visando proporcionar, de forma independente, com autonomia e
segurança a utilização de ambientes, mobiliário, equipamentos urbanos, edificações
e elementos com grande quantidade de pessoas, independentemente de idade,
mobilidade ou tamanho (ABNT, 2020).
"Desenvolver a acessibilidade em um ambiente é promover
condições de mobilidade eliminando as barreiras arquitetônicas e
urbanísticas nas cidades. É um direito de todos, de ir e vir, uma
conquista social salientando a cidadania de cada
um."(BARROS,2010)
A norma de acessibilidade é uma das normas mais revisadas atualmente,
com sua última revisão em 2020. Contudo, este trabalho foi realizado usando como
base a norma de 2015, que estava vigente quando o capítulo foi escrito. Sobre a
norma, elencou-se os principais aspectos que impactam diretamente a construção e
o uso de espaços escolares.
I. A entrada de alunos deve estar, preferencialmente, localizada na via de
menor fluxo de tráfego de veículos (ABNT 9050/2020.135). Deve
existir pelo menos uma rota acessível interligando o acesso de alunos
10
às áreas administrativas, de prática esportiva, de recreação, de
alimentação, salas de aula, laboratórios, bibliotecas, centros de leitura e
demais ambientes pedagógicos. Todos estes ambientes devem ser
acessíveis (ABNT 9050/2015.135).
Figura 1- rampa com barras de acesso
I
Fonte: Avance acessibilidade. Disponível
em:https://avanceacessibilidade.com.br/loja/servicos/adequacao_rampas_de_acess
o/adequacao-de-rampas-de-acesso/ acesso em 12 de janeiro de 2021
II. Todos os elementos do mobiliário interno devem ser acessíveis,
garantindo-se as áreas de aproximação e manobra e as faixas de
alcance manual, visual e auditivo (ABNT, 2015. p. 135).
III. Em complexos educacionais e campus universitários, quando existirem
equipamentos complementares, como piscinas, livrarias, centros
acadêmicos, locais de culto, locais de exposições, praças, locais de
11
https://avanceacessibilidade.com.br/loja/servicos/adequacao_rampas_de_acesso/adequacao-de-rampas-de-acesso/
https://avanceacessibilidade.com.br/loja/servicos/adequacao_rampas_de_acesso/adequacao-de-rampas-de-acesso/
hospedagem, ambulatórios, bancos e outros, estes devem ser
acessíveis (ABNT,2015. p.135).
IV. Quando forem utilizadas cadeiras do tipo universitário (com prancheta
acoplada), devem ser disponibilizadas mesas acessíveis à pessoa em
cadeira de rodas (P.C.R) na proporção de pelo menos 1 %, para cada
caso, do total de cadeiras, com no mínimo uma para cada duas salas
(ABNT, 2015. p.136).
Figura 2 e 3- mobília adaptada
Fonte: mover acessibilidade Disponível em: https://moveracessibilidade.com.br/
acesso em: 12 de janeiro de 2021
V. As lousas devem ser acessíveis e instaladas a uma altura inferior
máxima de 0,90 m do piso. Deve ser garantida a área de aproximação
lateral e manobra da cadeira de rodas (ABNT, 2015. p. 136).
VI. Todos os elementos do mobiliário da edificação, como bebedouros,
guichês e balcões de atendimento,bancos de alvenaria, entre outros,
devem ser acessíveis (ABNT, 2015. p. 136).
VII. Nas bibliotecas e centros de leitura, todo o mobiliário deve ser acessível
(ABNT,2015.p.136).
12
https://moveracessibilidade.com.br/a
VIII. Pelo menos 5 %, com no mínimo uma das mesas, devem ser
acessíveis. Recomenda-se, além disso, que pelo menos outros 10 %
sejam adaptáveis para acessibilidade (ABNT, 2015. p.136).
IX. A largura livre nos corredores entre estantes de livros deve ser de no
mínimo 0,90 m de largura. Nos corredores entre as estantes, a cada 15
m, deve haver um espaço que permita a manobra da cadeira de rodas.
Recomenda-se atender às necessidades de espaço para circulação e
manobra.
Figura 4 e 5- Estantes em bibliotecas e terminais em consulta
Fonte: (ABNT NBR 9050, 2020)
X. Os sanitários, banheiros e vestiários acessíveis devem obedecer aos
parâmetros desta Norma quanto às quantidades mínimas necessárias,
localização, dimensões dos boxes, posicionamento e características
das peças, acessórios barras de apoio, comandos e características de
pisos e desnível. Os espaços, peças e acessórios devem atender aos
conceitos de acessibilidade, como as áreas mínimas de circulação, de
transferência e de aproximação, alcance manual, empunhadura e
ângulo visual (ABNT, 2015.p. 83).
XI. As dimensões do sanitário acessível e do boxe sanitário acessível
devem garantir o posicionamento das peças sanitárias e os seguintes
parâmetros de acessibilidade:
13
 a) circulação com o giro de 360°;
 b) área necessária para garantir a transferência lateral, perpendicular e diagonal
para a bacia sanitária;
 c) a área de manobra pode utilizar no máximo 0,10 m sob a bacia sanitária e 0,30 m
sob o lavatório;
 d) deve ser instalado lavatório sem coluna ou com coluna suspensa ou lavatório
sobre tampo, dentro do sanitário ou boxe acessível, em local que não interfira na
área de transferência para a bacia sanitária, podendo sua área de aproximação ser
sobreposta à área de manobra.
 e) os lavatórios devem garantir altura frontal livre na superfície inferior, e na
superfície superior de no máximo 0,80 m, exceto a infantil (ABNT, 2015.p.85).
Figura 6 e 7- Banheiros adaptados
Fonte: (ABNT NBR 9050, 2020)
XII. Todas as barras de apoio utilizadas em sanitários e vestiários devem
resistir a um esforço mínimo de 150 kg no sentido de utilização da
barra, sem apresentar deformações permanentes ou fissuras, ter
empunhadura e estar firmemente fixadas a uma distância mínima de 40
mm entre sua base de suporte (parede, painel, entre outros), até a face
interna da barra (ABNT, 2015.p.88).
14
XIII. As dimensões mínimas das barras devem respeitar as aplicações
definidas nesta Norma com seção transversal entre 30 mm e 45 mm
(ABNT, 2015.p.89).
Figura 8- barras de apoio
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
XIV. Recomenda-se prever uma área de descanso, fora da faixa de
circulação, a cada 50 m, para piso com até 3 % de inclinação, ou a
cada 30 m, para piso de 3 % a 5 % de inclinação. Recomenda-se a
instalação de bancos com encosto e braços. Estas áreas devem estar
dimensionadas para permitir também a manobra de cadeiras de rodas
(ABNT, 2015.p.58).
XV. A inclinação transversal da superfície deve ser de até 2 % para pisos
internos e de até 3 % para pisos externos. A inclinação longitudinal da
superfície deve ser inferior a 5 %. Inclinações iguais ou superiores a 5
% são consideradas rampas (ABNT,2015. p.55).
XVI. Desníveis de qualquer natureza devem ser evitados em rotas
acessíveis. Eventuais desníveis no piso de até 5 mm dispensam
tratamento especial. Desníveis superiores a 5 mm até 20 mm devem
possuir inclinação máxima de 1:2 (50%). Desníveis superiores a 20 mm,
15
quando inevitáveis, devem ser considerados como degraus (ABNT,
2015.p.55).
XVII. A largura das escadas deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de
pessoas. A largura mínima para escadas em rotas acessíveis é de 1,20
m (ABNT, 2015.p.62).
XVIII. Os corrimãos devem ser instalados em rampas e escadas, em ambos
os lados, a 0,92 m e a 0,70 m do piso, medidos da face superior até o
ponto central do piso do degrau (no caso de escadas) ou do patamar
(no caso de rampas). Quando se tratar de degrau isolado, basta uma
barra de apoio horizontal ou vertical, com comprimento mínimo de 0,30
m (ABNT, 2015.p.63).
Figura 9 - Escada e rampa com corrimão
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
Todas as diretrizes citadas até o presente momento estão contidas na ABNT
9050 revisada no ano de 2015. A Associação Brasileira de Normas Técnicas
abrange todos os critérios e métodos a serem analisados na construção e no
aprimoramento das condições de acessibilidade, adaptando os espaços,
equipamentos e mobiliários.
16
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este tópico exibe a metodologia utilizada na pesquisa, como forma de
desenvolver e explorar a maneira como as pessoas com deficiência lidam com a
falta de acessibilidade em seu cotidiano. Para Lênin (1965) "o método é a alma da
teoria", que se faz referência a nossa pesquisa, visando também a intenção de
trazer ao leitor uma melhor experiência, conhecimento e teoria a partir do objetivo
exposto neste artigo.
Observou-se a necessidade de dar este tema ao artigo e analisar mais a
fundo todos os dados arquitetônicos da escola por enxergar de perto as dificuldades
enfrentadas por uma estudante da instituição que possui vínculo familiar com uma
das discentes escritoras deste trabalho, sendo assim o motivo primordial da
pesquisa.
Para a desenvoltura da pesquisa, a princípio iniciou-se com uma sondagem
bibliográfica em termos de acessibilidade referente às instituições de ensino, com
enfoque na cidade de Dona Inês, analisando os direitos dos alunos com deficiência
física. Foi realizada então uma visita na instituição pelos dirigentes deste artigo,
para a verificação da existência ou inexistência de acessibilidade, onde a instituição
foi fotografada para melhor estudo e análise dos ambientes.
Logo em seguida foi determinado o método para a coleta de dados, buscando
analisar as condições dos ambientes e determinar as normas conforme o que
domina a lei, segundo a NBR 9050/2015. A pesquisa qualitativa tem como intuito
aprofundar a pesquisa no âmbito social e físico, assim como dizia Minayo (2001) "A
pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas
17
ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado."
realizada através de um questionário que buscou compreender as dificuldades de
cada pessoa com deficiência, visando as condições e adaptações da estrutura
escolar. A corporificação da metodologia foi de maneira qualitativa, onde a
instituição estava ciente de se referenciar com os dados da mesma.
4. ANÁLISE
4.1 Estudo de campo
18
Todo o contexto da pesquisa nos traz conclusões quanto à acessibilidade de
pessoas com deficiência física em instituições de ensino, mais especificamente,
tratando desde o início de uma escola de ensino fundamental da cidade de Dona
Inês. O desejo de abordar um tema tão importante para o convívio social surgiu há
alguns anos quando nós, escritoras deste artigo, já estudávamos na instituição da
qual nos referimos. Pelo convívio com alguns deficientes que estudaram conosco
em nossa trajetória de conclusão do ensino fundamental podemos ver a grande
necessidade que a escola enfrenta por não ter uma estrutura ideal que acomode as
pessoas com deficiência física.
Para realizarmos esta pesquisa ficamos em torno de sete meses observando e
coletando informações necessárias que contribuíssem para a finalização da mesma.
Ao decorrer dos meses alguns questionamentos apareceram, como por exemplo:
● Quais exigências as escolas estão tendo para assegurar a acessibilidade de
pessoas com deficiência?
● Quais os principais desafios encarados pela pessoa com deficiência ?
● A escola consegue se adaptar de alguma forma à falta de acessibilidade?
Como todoquestionamento, as respostas são bem aparentes. Muitos
obstáculos atrapalham e atrasam a vida estudantil e social de várias pessoas com
deficiência física, a falta de componentes mínimos na arquitetura da edificação
escolar interfere de todas as formas na acessibilidade de cada cidadão, discente ou
docente da instituição.
O direito à educação é primordial na vida de qualquer ser humano, sendo
assim, o ambiente estudantil deve estar preparado para comportar e assegurar cada
um. Quando uma instituição não tem uma estrutura integrada nas normas da ABNT,
sobre acessibilidade, isso faz com que haja uma exclusão da comunidade social.
Por outro lado, se a instituição é portadora das normas, esta, por sua vez, é
qualificada como inclusiva.
Figura 10 : Entrada da escola 1 Figura 11: Entrada da escola 2
19
Nas imagens acima é possível ver as duas entradas principais da escola, onde na
imagem 10, existe uma rampa com uma inclinação maior que a indicada pela norma
e também não conta com corrimãos. Na segunda imagem é possível observar uma
escada dando acesso a rampa que também não tem corrimãos.
Figura 12: Entrada lateral da escola
Na lateral da escola existe uma saída que dá acesso direto para a rua com uma
pequena rampa e corrimãos. É por esse acesso que os alunos com deficiências
20
físicas adentram o espaço escolar. O acesso não consta como nenhum tipo de
identificação como um local de uso para pessoas com deficiências.
Figura 13: Entrada para o pátio
Observa- se na entrada do pátio da escola um desnível impossibilitando a entrada
de pessoas com cadeiras de rodas sozinhas.
Figura 14: Acesso ao ginásio Figura 15: Entrada do ginásio
21
Conforme as imagens, o estudante com cadeiras de rodas não tem acesso ao
ginásio sozinho, precisando de ajuda para chegar a este espaço, deste modo
perdendo a sua autonomia.
Figura 16: Área de lazer Figura 17: Pátio da escola
22
Na imagem podemos observar que não existe espaço para os alunos
cadeirantes possam usar as mesas, observemos também a inexistência de qualquer
sinalização de identificação. Na imagem mais uma vez um desnível causando a
incapacidade de uma pessoa com cadeira de rodas consiga ter acesso a essa área
sozinha.
Figuras 17,18 e 19: Banheiro
Tendo em vista as imagens podemos constar que não existe espaço para que
alunos com cadeiras de rodas consigam fazer manobras. A Cuba está em uma
altura inadequada e faltam barras de apoio..
23
Figuras 20 e 21: Banheiro acessível
Observa- se que o vaso sanitário está em uma altura inadequada, as barras
de apoio estão em uma tamanho menor que o recomendado e está faltando a barra
vertical. A cuba não está adequada, altura menor que o recomendado, o sifão pode
ser um obstáculo e a torneira não é de fácil utilização.
Figuras 22 e 23: corredor
24
Conforme podemos observar nas figuras 22 e 23, os corredores apresentam barras
em locais inapropriados, e especialmente, obstáculos para o uso das mesmas
Figura 24: acesso ao segundo piso
Uma das maiores segregações sociais se encontra no inexistente acesso aos
estudantes que usam cadeiras de rodas para o segundo piso.
25
Figura 25: Bebedouro Figura 26: Saída Lateral
Podemos verificar a falta do piso tátil, o guarda-corpo não está respeitando o
formato e altura de acordo com a norma. O bebedouro apresenta altura adequada.
Figura 27: AEE
Portas com menos de 80cm de largura, portanto inadequadas.
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5. CONCLUSÃO
Ao final deste estudo, que teve como objetivo geral verificar as condições
físico-espaciais de acessibilidade em uma escola na cidade de Dona Inês-PB, foi
possível concluir que para a inclusão de pessoas com deficiência em uma instituição
de ensino as necessidades são muito diferentes, quando a instituição não tem
preparo ideal para atender os critérios arquitetônicos para exercer o direito destas
pessoas não se é possível atendê-los. É um direito de todo ser humano o acesso à
educação, inclusive para as pessoas com deficiência, seja ela de qualquer tipo. Há
leis e normas a serem cumpridas pelas instituições educacionais, facilitando assim o
aprendizado de todos.
Ao analisar os dados, é perceptível a falta de acessibilidade em quase todos
os ambientes da escola, ou seja, os alunos deixam de realizar diversas atividades
se prendendo apenas em um único espaço. Sabe-se que o direito dos cidadãos não
é apenas ir para a escola, mas sim, usufruir de todos os espaços nela oferecidos.
Podemos então concluir que a instituição não atende as normas mínimas exigidas
por lei, a ABNT. Como exemplo, pode-se citar: a falta de rampas, rampas fora do
padrão ideal, a falta de espaço nos banheiros, falta de identificação, falta de
mobiliário ideal, falta de acesso ao ginásio, falta de acesso ao segundo piso, falta de
acesso nos portões de entrada e saída da escola, dando ênfase que os alunos
deficientes não estudam junto com os demais, ou seja, há uma sala especial para
eles.
A administração escolar busca se unir aos pais e responsáveis para a
realização de adaptações básicas no intuito de incluir estes alunos mesmo sabendo
que as condições não são suficientes para a realização de uma reforma acessível.
Mediante todas estas circunstâncias, é preciso a união não apenas dos pais
com a administração da escola, mas sim com o poder público a população para a
conscientização de toda a comunidade, buscando então aferir as leis e normas
expostas. Este artigo mostra as necessidades da escola estudada e visa trazer em
prática as necessidades de um projeto com as adaptações arquitetônicas ideais
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para cada ambiente. Entendendo a importância de cada especificação descrita
neste artigo, buscamos os direitos destes cidadãos, com uma melhor educação e
qualidade de vida.
BIBLIOGRAFIAS:
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espaços e equipamentos urbanos. NBR 9050.
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http://www.regra.com.br/educacao/
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