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É uma doença crônica, degenerativa, progressiva, idiopática, que acomete os motoneurônios, o 1º motoneurônio inferior e superior (córtex, tronco encefálico e medula espinhal). Apresenta manifestações clínicas que da via piramidal (hiperrefelxia, clônus, babinski) e da ponta anterior, do corno anterior da medula espinhal, comprometimento do 2º motoneurônio (arreflexia, fasciculação e paresia. INCIDÊNCIA Varia entre 0,6 e 2,6 casos a cada 100 milhões. Sexo masculino mais acometido; Pessoas brancas. Taxa aumenta com a idade, tendo seu pico entre 70- 80 anos. Relaciona-se com a presença de algum fator genético e a sua expressão clínica estaria relacionada com a exposição a algum agente, que funcionaria como um gatilho para o desencadeamento do processo de degeneração do motoneurônios. Esses gatilhos podem ser: processo inflamatório, exposição a agentes tóxicos, trauma físico e atividade física. ELA FAMILIAR – 10% Mutação no gene superóxido dismutase (SOD). ELA ESPORÁDICA – 90% Excesso de glutamento. Diminuição de defesas contra radicais livres. Anormalidade no formato e transporte de substância dentro do neurônio. Apoptose antecipada. FORMA CLÁSSICA Perda de força muscular. Perda de massa muscular. FORMA BULBAR Fasciculação de língua. Fraqueza facial – não tem mímica facial. Disfagia – dificuldade de deglutir. Disartria – distúrbio da articulação da fala. Insuficiência respiratória. PARTICULARIDADES CLÍNICAS Atrofia das mãos (palma das mãos). Atrofia de língua. QUADRO CLÍNICO Disfunção do motoneurônio superior e inferior. Fraqueza. Câimbra. Disfagia – dificuldade de deglutir. Distonia – não fixação do tônus. Atrofia. Perda de destreza. Desequilíbrio. DISFUNÇÃO MOTONEURÔNIO SUPERIOR: Hiperreflexia. Espasticidade. Clônus. DISFUNÇÃO MOTONEURÔNIO INFERIOR: Fasciculação. Hipotonia. Atrofia. FASE INDEPEDENTENTE – diminuição da habilidade para realizar movimentos muito delicados e precisos. PROGNÓSTICO: pode ser de meses ou décadas, mas normalmente ocorre em um período médio de 3 a 5 anos após os primeiros sintomas. A SOBREVIDA DEPENDE DE FATORES COMO: Integridade física. Idade mais jovem. Melhor função motora. Maior capacidade respiratória. Peso estável. Intervalo entre o início dos sintomas e o diagnóstico. DIAGNÓSTICO: história clínica e exame; eletromiografia; RNM do córtex. AV. FISIOTERAPÊUTICA AV. NEUROMUSCULAR Padrões posturais – postura que adota a partir da patologia. Análise de marcha. Presença de retrações, encurtamentos e deformidades. Avaliação postural. AV. RESPIRATÓRIA FC; PA. Frequência e padrão respiratório. Comprometimento pulmonar. Ausculta. Tosse e Secreção. Pico de fluxo expiratório. OBJETIVOS E TRATAMENTOS FASE INDEPENDENTE: Promover o máximo de independência. Manter a flexibilidade. Promover endurance muscular (resistência a fadiga). Melhorar endurance muscular resp.; prevenir ou minimizar complicações e desconforto respiratório. Melhorar condicionamento cardiorrespiratório e promover descarga de peso. TRATAMENTO: Auto alongamento global mantido por 30s. Exercício concêntrico com carga livre (não põe carga). e número considerados de repetições (MMSS e MMII) Uso de respiron; threshold; exercícios resp. associados à movimentação ativa de MMSS VNI (à noite) ventilação mecânica não invasiva. Caminhadas matinais; exercícios aeróbicos de baixo impacto. Conservar energia para AVDS, adaptar o paciente para atividades e adaptar o ambiente. Preservar atividade ativa (deixar o paciente fazer enquanto ele consegue. Podemos acompanhar, mas deixar ele fazer). Estimular ADM ativa. Prevenir contraturas e deformidades. Promover endurance muscular. Prevenir ou minimizar alterações posturais. FASE SEMI-DEPENDENTE: Estimular locomoção, auxilia paciente, promove relaxamento muscular. Parado não significa estar relaxado. Manutenção da função muscular e estímulo da locomoção visando maior independência. Prevenir ou minimizar complicações respiratórias Melhorar a capacidade respiratória e indicar suporte ventilatório Promover relaxamento muscular Podemos usar KABAT, extensão de tronco Estimular percepção corporal, estimular deambulação com barras, órtese, exercícios resp., manobras de higiene brônquica. OBS: nessa fase paciente pode estar no hospital Exercícios ativo-assistido Alongamentos passivos ou auto alongamento global mantido por 30s Exercícios isotônicos concêntricos livres com maior número de repetições e carga livre Exercícios de extensão de tronco e alinhamento corporal. Estimular percepção corporal. FASE DEPENDENTE: Minimizar impacto do imobilismo. Prevenir úlceras de decúbito; constipação; edema. Prevenir contratura e deformidade. Manter ADM passiva completa – ajuda nas AVDS Prevenir complicações resp. Favorecer e orientar o uso e adaptação de suporte ventilatório. Promover relaxamento muscular. Oferecer suporte familiar. Mudança de decúbito a cada 2 horas, casos + críticos 1 hora. Orientar família quanto ao posicionamento. Alongamentos passivos globais mantidos por 30s. Cinesioterapia (mobilização articular passiva). MHB (vibro compressão, AFE, tapotagem, tosse, etc.) Oxigenoterapia, VNI e VMI. Pompages. Orientar quanto aos cuidados com o paciente: manuseios e cuidados com a postura; sugerir apoio psicológico RECURSOS DE TEC. ASSISTIVA: Dispositivo para ortostatismo, mobilidade, MMSS, marcha.
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