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Histórico da saúde no Brasil - Ausência de modelo de atenção à saúde - Curandeiros e boticários - 1808- vinda da família real portuguesa → médicos vinham de portugal → Necessidade de estrutura sanitária -1808 D. João VI→ Faculdade de medicina da Bahia e RJ Período Colonial (1500-1822): - Até a proclamação da república: mínimo controle sanitário dos portos Brasil Imperial(1822- 1889): - Saúde caótica: Varíola, malária, febre amarela e peste em expansão no Brasil Brasil República(1889- 1920): Oswaldo Cruz: - (diretor do departamento federal de saúde pública) → Modelo sanitarista campanhista. - Lutou contra a varíola pela lei 1261 de 31 de outubro de 1904 → Vacinação obrigatórias para todos no território nacional contra varíola → Revolta da vacina - Erradicou a febre amarela no RJ, fortaleceu o modelo campanhista. - Não conseguiu apoio do governo para o combate à tuberculose - Fez registro demográfico → possibilitando conhecer melhor a composição e os fatos vitais para a população - Introdução do laboratório como auxiliar do diagnóstico etiológico - Fabricação organizada de produtos profiláticos para uso em massa - Assistência médica em situações de epidemias - Controle de condições de saúde no eixo central da economia - Assistência hospitalar- Sociedades de socorro mútuo e entidades beneficentes Carlos Chagas: - Propaganda e educação sanitária - Expansão das atividades de saneamento - Ações contra tuberculose, hanseníase e DST’s Brasil República(1920- 1930): Lei Eloy Chaves (1923): - Organização das CAPs (caixas de aposentadorias e pensões)→ Início da previdência no Brasil e criada por trabalhadores - 1923- CAP dos ferroviários - 1926- Portuários e marítimos - Dinheiro da agroexportação, industrialização, urbanização, mão de obra imigrante nas indústrias e péssimas condições de trabalho para os imigrantes Industrialização e Saúde: - Depressão econômica ( crise do café) - IAPs- CAPS controlados pelo estado → Instituto de aposentadoria e pensão. Benefícios somente para registrados em carteira - 1949- SAMDU (serviço de atendimento móvel domiciliar de urgência) - Maior pressão por assistência médica (instabilidade política) - Crescimento de complexo médico-hospitalar - 1960- LOPS: Uniformização dos benefícios nos IAPs Era Vargas (1930-1945): - Garantia de previdência para todos os trabalhadores e dependentes - IAPs → INPS (instituto nacional de previdência social) que teve uma arrecadação grande - 1970- “Milagre econômico” - INAMPS→ Assistência médica no INSS Ditadura Militar (1960-1980): - 1970- Prorural e Funrural (Assistência) - 1974- Ministério da previdência e assistência social - 1974- FAS (fundo de apoio social) - 1% do orçamento geral da união era destinado para a saúde - Ampliação da rede privada de hospitais com empréstimo → Boom na rede privada - Medicina curativa (diagnóstico e tratamento) - Era dos convênios com predomínio da classe média (22% da população) 1975→ crise do modelo econômico - Baixos salários, desemprego, marginalidade e mortalidade infantil Características do modelo previdenciário - Direito à saúde: População trabalhadora com vínculo formal de emprego - Medicina curativa Falhas do modelo previdenciário - População marginalizada sem cobertura, aumento de custo da medicina curativa, desvio de verbas e diminuição da arrecadação - Reformulação das concepções práticas de saúde no Br, envolvendo diversos segmentos da sociedade civil Contribuições: - Concepção ampliada de saúde - Saúde como direito de todos e dever do estado - Proposta do SUS como sistema nacional de saúde - CEBES, ABRASCO Reforma Sanitária: - Mário magalhães da Silveira: Reação ao campanhismo, centralização e fragilidade. Relação entre pobreza e doença, transformação social e política - CONASP (conselho consultivo de administração de saúde previdenciária) - conter custos e combater fraudes - AIHs (autorização de autorização hospitalar)- controle de gastos - AIS (ações integradas em saúde)- responsabilidade para estados e municípios Transição demográfica (1980-1990) - 8a conferência de saúde (1986) - Ápice da reforma sanitária Brasileira (SUDS), com participação comunitária - Alicerce para SUS Constituição 1988 - Artigos 196-198 - Criação do SUS, redefine o conceito de saúde - Josué de Castro- Geografia da fome e geopolítica da fome Outras informações - 3a conferência nacional de saúde 1963 propôs a incorporação dos municípios em uma rede básica de serviços médicos sanitários - IAP- sistema de seguro em saúde do tipo Bismarckiano - Em 1942 teve acordo entre o governo Brasileiro e o norte americano e foi criado o SESP (Serviço especial de saúde pública) para combate à febre amarela e à malária. Conhecido como “Programa da amazônia” com interesse em aumentar a produção de borracha - Lei 8080 + lei 8142 = Leis orgânicas de saúde Leis Orgânicas de saúde - Modelo previdenciário→ reforma sanitária (8a conf. nacional de saúde)→ modelo universal (constituição de 1988, artigos 196-200) História: Lei de 8.080 (1990): - SUS: conjugação de ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde, organizadas de forma regionalizada e hierarquizada, executados pelos entes federativos (municípios, estados, distrito federal e união) mediante participação complementar da iniciativa privada - * no texto original era universalidade, integralidade e igualdade, depois foi percebido que equidade seria melhor Lei de 8.142 (1990): - Participação social na gestão do SUS - Transferência intergovernamentais de recursos financeiros na saúde Normas operacionais Básicas (NOB): Pacto pela Saúde (2006): - Conjunto de reformas institucionais pactuado entre as 3 esferas de gestão do SUS com objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão - O pacto deve ser revisada anualmente com ênfase nas necessidades de saúde da população e implica o exercício simultâneo de definição de prioridades, articuladas e integradas em 3 (pacto de gestão do SUS, pacto pela vida e pacto pela defesa do SUS) Normas operacionais da assistência à saúde (NOAS): - Plano Diretor de Regionalização, definindo que compete ao gestor estadual sua confecção - Todos os municípios da microrregião devem ser, no mínimo, gestores da atenção básica ampliada - NOAS 01/2001: I regionalização e organização da assistência, III- fortalecimento da habilitação de municípios e estados e II- fortalecimento da capacidade de gestão do SUS Decreto n° 7508 (2011): - Comissões intergestoras: municípios que dividem alta complexidade (Guarapuava → Curitiba), como fazer o encaminhamento, o que deve ser realizado em cada município, como pagar - COAP: contrato entre os entes federativos, responsabilidades individuais e solidariedade entre eles, indicadores e metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos financeiros destinados e forma de controle e fiscalização Sistema Único de Saúde - Saúde antes de 1988: Modelo de saúde previdenciário- INAMPS. Particular ou santas casas (filantropia). Organização fragmentada e centralizada, financiada por produção. Curativista/ hospitalar - Movimento da reforma sanitária, 8a conferência nacional de saúde e constituição de 1988 art 196-200→ formação do SUS→ Formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços e das ações de saúde Pontos importantes: Princípios do SUS Princípios doutrinários: - Universalidade: Garantia de atenção à saúde a todo e qualquer cidadão - Equidade: tratar desigualmente os desiguais (“dar mais a que precisa de mais”). A lei traz igualdade e não equidade. - Integralidade: Indivíduo como ser integral (biopsicossocial), com promoção da saúde, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação Princípios organizacionais: - Regionalização e hierarquização: Dividir o território em diferentes regiões de saúde, de unidades mais simples a mais complexas comreferência e contrarreferência de usuários e informações - Descentralização: Distribuição entre vários níveis de governo - Participação social: Conselhos e conferências de saúde - resolubilidade e complementaridade do setor privado - Municipal: ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, além de gerir os serviços públicos de saúde - Estadual: consolidar necessidades municipais, corrigir distorções existentes e executar ações que não cabe ou os município não consegue fazer - Federal: liderar o conjunto de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, identificando riscos e necessidades, além de controlar e fiscalizar procedimentos Gestão e financiamento : Financiamento do SUS: federal, com recursos da união: PIS + COFINS -Lei 8142/1990: transferências fundo a fundo. Gov federal transfere para estados e municípios. Gov estadual (parte federal+ parte com impostos) transfere parte para os municípios. Gov municipal (parte federal+ estadual + impostos próprios). Requisitos:I-alimentação e atualização regular dos sistemas de informação que compõem a base nacional,II- conselho de saúde instituído e em funcionamento, III- fundo de saúde instituído por lei, IV- plano de saúde, programação de saúde - Emenda constitucional (EC) 29/2000: Obriga 3 níveis de governo a destinar parte dos recursos para a saúde. Estados 12%, municípios 15%, união montante do ano anterior e variação nominal do PIB. Não definiu “gasto de saúde” e a progressividade do IPTU. - Lei complementar 141/2012: Metodologia de distribuição de recursos da união para estados e municípios. - EC 86/2015: Definiu o percentual mínimo da união em 15% - EC 95/2016: limita pelos prox 20 anos os gastos federais (inflação do ano interior..) - 2007 e 2017- seis blocos de financiamento - Portaria GM/MS3992/2017: bloco de custeio e o bloco de investimento - Portaria GM/MS 828/2020: bloco de manutenção das ações e serviços públicos de saúde e bloco de estruturação da rede de serviços públicos de saúde - Promoção à saúde: educação em saúde, bons padrões de alimentação e nutrição, adoção de estilo de vida saudável, uso de desenvolvimento de aptidões, aconselhamento - Prevenção e proteção à saúde: vigilância epidemiológica , vigilância sanitária, vacinações, saneamento básico, exames periódicos - Cura e reabilitação: atendimento médico, atendimento odontológico, diagnóstico e tratamentos oportunos, acidentes e danos, limitação da invalidez e reabilitação Ações desenvolvidas pelo SUS : - PNH, instituída em 2003, para efetivar os princípios do SUS na prática e na gestão - Princípios: Transversalidade (inseridas em todas as políticas e programas do SUS), indissociabilidade entre atenção e gestão (trabalhadores e usuários devem conhecer a rede para conseguir participar na tomada de decisões), protagonismo, corresponsabilidade e autonomia (sujeitos e coletivos, não se restringindo a equipe, trazendo a responsabilidade para o indivíduo) - Diretrizes: Acolhimento (dar valor a cada demanda das pessoas), gestão participativa e cogestão (usuários e trabalhadores envolvidos na gestão), ambiência (ambientes acolhedores/ adequados), clínica ampliada e compartilhada (contexto, questões trabalhistas), valorização do trabalhador (capacitação e ouvir), defesa dos direitos dos usuários. Política Nacional de Humanização:
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