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15 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA Álvaro Henrique Bruno Mateus Gabriel Wandalsen Henrique Tavares José Filipe de Pinho Vasconcelos Júlio César A. Gontijo Willian Soares Jardim LABORATÓRIO DE MATERIAS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA: Recristalização do Cobre Contagem 2015 Álvaro Henrique Bruno Mateus Gabriel Wandalsen Henrique Tavares José Filipe Pinho Tavares Júlio César A. Gontijo Willian Soares Jardim LABORATÓRIO DE MATERIAS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA: Recristalização do Cobre Trabalho Apresentado à disciplina de Materiais de Construção Mecânica, ao curso de Engenharia Mecânica da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Orientador (a): Professora Dra. Sara Silva Ferreira Dafé. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 3 2. OBJETIVOS 4 3. MATERIAL UTILIZADO 4 4. PROCEDIMENTOS 6 5. RESULTADOS 6 6. DISCUSSÃO 6 7. CONCLUSÃO 6 8. REFERÊNCIAS 6 INTRODUÇÃO Segundo CALLISTER 1999 “ é a formação de um novo conjunto de grãos livre de deformação no interior de um material previamente deformado a frio”. Para que essa formação aconteça é necessária uma força motriz, e a mesma advém da diferença existente entre a energia interna do material submetido a deformação e do material sem nenhuma deformação. Os grãos inicialmente constituem-se de pequenos grãos, e crescem até atingir o tamanho do seu material de origem. É valido salientar que o número de discordâncias cai consideravelmente, e que após o processo de recristalização algumas propriedades mecânicas do material são recuperadas. O material se torna mais macio, apresenta menor resistência, porem uma maior ductilidade. Dois fatores afetam diretamente o resultado a recristalização que são: tempo e temperatura. Percebe-se um aumento na porção (fração) recristalizada do grão a medida que aumenta o tempo. Através da formula abaixo é possível relacionar a porção (fração) recristalizada do cobre com a equação de Avrami: Através do qual o valor de “t” é o tempo, e k e n são constantes. Figura 1: Fração transformada X Tempo FONTE: Manual do Usuário Laboratório de Materiais PUC Minas Através da linearização da equação de Avrami obtemos o valor de K e n: Figura 2: Gráfico da linearização da equção FONTE: Manual do Usuário Laboratório de Materiais PUC Minas Ainda é possível calcular a fração transformada relacionando com a dureza do matéria através da equação 1: Y = (Hencruado-Hrecozido) / (Hencruado-Hrecristalizado) Onde novamente o Y representa a fração transformada. 2. OBJETIVOS Analisar a variação da recristalização do Cobre (Cu) submetido ao recozimento a 300, 400 e 450 °C, observando onde ocorreu a recristalização de 100%, encontrar as constantes K e n, criar gráfico de dureza. 3. MATERIAL UTILIZADO Barra de cobre eletrolítico, forno MAGNUS, durômetro WOLPERT TESTOR HT 2000, penetrador com formato de uma pirâmide de diamante com base quadrada ou esfera de aço de diâmetro 1/16”, cortadora Metalográfica TECLAGO CM 80. 4. PROCEDIMENTOS Cortou-se a barra de cobre em 30 pedaços onde, posteriormente aqueceu-se o forno a 350º C e colocaram-se 10 amostras dentro do mesmo, após decorrido dois minutos retirou-se a primeira amostra e então as demais foram retiradas, uma por vez a cada dois minutos. O mesmo procedimento foi realizado para a temperatura de 400ºC e 450º C. Ressaltando-se que o tempo necessário para a recristalização completa foi de 20 minutos, então decorrido este tempo encontrou-se a amostra com 100% de recristalização. Posteriormente ao processo de recristalização, mediu-se a Dureza Vickers de cada amostra, fazendo-se três medidas e calculando-se a média das três, para uma menor imprecisão. Também calculou-se a dureza do cobre encruado e através dos dados encontrados de durezas calculou-se a fração recristalizada. Porém encontrou-se alguns valores discrepantes que seguem descritos abaixo. 5. RESULTADOS Segue tabela com valores encontrados no ensaio de dureza e o os valores da fração recristalizada. DUREZA VIKERS (HV) PARA CADA TEMPERATURA Tempo (min.) 350°C 400°C 450ºC 2 109 117 105 112 117 103 116 110 108 DUREZA MÉDIA 112,33 114,67 105,33 FRAÇÃO RECRISTALIZADA (%) 0,10 1,00 0,85 4 110 105 115 113 111 118 93,6 115 114 DUREZA MÉDIA 105,53 110,33 115,67 FRAÇÃO RECRISTALIZADA (%) 1,34 4,25 0,03 6 110 138 136 102 131 129 107 134 140 DUREZA MÉDIA 106,33 134,33 135,00 FRAÇÃO RECRISTALIZADA (%) 0,3 -13,8 -1,5 8 117 97,7 130 115 95,3 123 102 89,5 132 DUREZA MÉDIA 111,33 94,17 128,33 FRAÇÃO RECRISTALIZADA (%) 0,1 -16,4 1,0 10 91,3 89,1 121 92,6 94,5 130 91 91,6 115 DUREZA MÉDIA 91,63 91,73 122,00 FRAÇÃO RECRISTALIZADA (%) 0,7 18,2 -0,5 12 94,5 90,6 105 111 95,8 108 110 85,8 103 DUREZA MÉDIA 105,17 90,73 105,33 FRAÇÃO RECRISTALIZADA (%) 0,3 19,0 0,8 14 108 99,4 115 117 103 115 132 98,6 115 DUREZA MÉDIA 119,00 100,33 115,00 FRAÇÃO RECRISTALIZADA (%) -0,1 11,8 0,1 16 98,2 85,6 112 102 92,2 118 98,2 88,2 115 DUREZA MÉDIA 99,47 88,67 115,00 FRAÇÃO RECRISTALIZADA (%) 0,4 20,5 0,1 18 89,9 133 117 119 132 110 117 137 117 DUREZA MÉDIA 108,63 134,00 114,67 FRAÇÃO RECRISTALIZADA (%) 0,2 -13,5 0,1 20 85 111 111 72,3 117 98,3 116 101 DUREZA MÉDIA 78,65 114,67 103,43 FRAÇÃO RECRISTALIZADA (%) 0,00 0,00 0,00 VALORES DUREZA COBRE ENCRUADO (HV) Vikers 111 122 115 DUREZA MÉDIA 116,00 Seguem abaixo gráficos da Dureza por tempo. 6. DISCUSSÃO A recristalização do cobre foi feita através do tratamento de recozimento, e a mesma pode ser separada em duas partes distintas: nucleação e crescimento de grão. A nucleação é a criação de pequenos sítios para a construção de novas fases (grãos). Crescimento de grão é onde a estrutura já recristalizada passa a apresentar crescimento anormal de alguns grãos pela continuação do processo de migração dos contornos de grão. Pelos resultados empíricos encontrados, verificaram-se alguns pontos que estão descritos a seguir. Para que se calcule as constantes K e n, é necessário que se calcule o Ln dos valores encontrados de fração transformada, porém encontraram-se alguns valores para a fração transformada com sinal negativo, sendo assim não é possível linearizar a equação através da fórmula . Pois não existe Ln de valores negativos. E também como valores da fração recristalizada encontrados foram superiores a 1, no momento em que esses valores forem inseridos na equação descritas acima, encontraram-se valores negativos e não existe Ln de valores negativos. 7. CONCLUSÃO Inicialmente cortou-se a barra de cobre em 30 pedaços, e posteriormente aqueceu-se o forno a 350 400 e 450º C, para cada temperatura foram colocadas dez amostras no mesmo. E as amostras foram retiradas uma por vez a cada dois minutos, lembrando que as amostras que permaneceram no forno durante 20 minutos apresentam 100% de recristalização. Então calculou-se a dureza de cada amostra e anotaram-se os valores e os mesmos foram descritos na tabela apresentada anteriormente, para que fosse calculada a fração transformada mediu-se também a dureza do cobre encruado e a mesma foi descrita anteriormente. Percebeu-se que para a amostra encruada à temperatura de 400º C foi encontrada a maior dureza. Como discutidoanteriormente não foi possível encontrar os valores das constantes K e n, pois era necessário calcular o Ln da fração recristalizada já que alguns valores encontrados foram negativos, e é impossível calcular Ln de um número negativo. 8. REFERÊNCIAS
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