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Via das Pentoses fosfato: um desvio da via glicolítica @iasmimbarreto_ Primeiramente, o que é uma pentose? É um açúcar com cinco carbonos. E no nosso organismo o açúcar de cinco carbonos mais conhecidos e usados é a ribose, que é utilizado para síntese de ácidos nucleicos. Então quando houver a necessidade de síntese de ácidos nucleicos, teremos uma necessidade elevada de pentose fosfato. Nesse processo vamos ver que o substrato é glicose, então teremos glicose indo à ribose. Deste modo, se estou indo de um composto que tem seis carbonos (glicose) para um que tem 5 carbonos (ribose), estou tendo uma descarboxilação. Essa descarboxilação citada, será uma descarboxilação oxidativa, ou seja, se é oxidativa perderá hidrogênio, sendo carregado por coenzimas, que nesse caso é o NADP. Qual a diferença do NADH para o NADP? O NADP é o NADH, porém fosforilado. Além disso, a função do NADH é levar hidrogênio para a cadeia transportadora de elétrons, mas o NADP é usado em vias biossintéticas. Essa imagem, que mostra a mãe amamentando, representa um dos momentos em que as vias da pentoses estão extremamente ativa, pois nesse momento está ocorrendo um aumento do número de células, logo necessita de RNA e DNA, que necessitam das vias das pentoses. Os principais compostos das vias das pentoses são: - Ribose-5-F - NADPHH OBS.: Ambos são moléculas usadas em rotas biossintéticas. - Dois processos oxidativos seguidos por cinco passos não oxidativos - Ocorre no citoplasma de fígado e células adiposas - NADPH é usado no citoplasma para a síntese de ácidos graxos Nessa imagem mostra a primeira fase da Via das pentoses que são a Glicose-6-fosfato sofrendo oxidação, formando a Ribose-5-Fosfato e o NADP, formando NADPH. Primeiro ocorre uma Desidrogenase, que é a retirada de hidrogênio pelo NADP (formando NADPH+H), a enzima que atua nesse processo é a Glicose-6-P desidrogenase, formando um composto que é o 6-fosfo-D-gluconolactona. No segundo passo, a 6-fosfo-D-gluconolactona, passa por outra desidrogenase, formando mais um NADPH e forma um outro composto intermediário e depois passa pela descarboxilação que forma a Ribulose-5-Fosfato. No entanto, nossa via precisa de Ribose, que é uma aldose de cinco carbonos, e o composto formado (ribulose) é uma acetose, também de cinco carbonos. E para ir de acetose para uma aldose, preciso fazer uma isomerase. Resumo das reações já vistas: Conversão de Glicose 6-P em açúcar de 5 carbonos e formação de NADPH Passos Oxidativos Da via das Pentoses Fosfato Glicose-6-P Desidrogenase 1º passo irreversível – altamente regulado! 6-Fosfogluconato Desidrogenase Uma descarboxilação oxidativa Na etapa seguinte, Ribulose 5P é convertida por uma isomerase a Ribose-5P Essa etapa como é uma isomerização que está ocorrendo a enzima que atua aqui é a Fosfo-pentose Isomerase. Depois que a ribose foi formada, eu precisarei dar um destino a essa ribose. Vamos supor, por exemplo, que o organismo esteja precisando muito de NADPH, mas não tanto de ribose. O NADPH foi formado, mas a ribose precisarei dar um destino. A via das pentoses e a via glicolítica são ligadas por enzimas transcetolases e transaldolases A via das pentoses se entrelaçam com a via glicolítica, a partir da ribose que já vimos em sua produção. Na primeira reação vimos a ribose + um composto de 5 carbonos, formando dois composto, um de 3 carbonos e outro de 7 carbonos. Esse composto de 3 carbonos vai reagir com um de 7 carbonos e gerar dois composto, uma com 6 carbonos e outro com 4 carbonos. Esse composto de 4 carbonos pode interagir com um composto de 5 carbonos, formando então um composto de 6 carbonos e outro de 3 carbonos. A importância dessa parte não oxidativa é dar destino a ribose, que talvez o organismo não esteja precisando, por isso que ela é o produto inicial da via. No final dessa via, produzimos um composto de 3 e de 6 carbonos. Estes compostos de 3 e 6 carbonos formados são os nossos conhecidos lá da via glicolítica. As enzimas chaves que participam desse processo, são as transcetolase e transaldolase. TODOS OS COMPOSTOS PRODUZIDOS ESTÃO FOSFORILADOS, POR ISSO QUE O NOME DA VIA É VIA DAS PENTOSES FOSFATO Quando preciso de muito NADPH eu produzo ribose-6-fosfato. Deste modo, é a minha demanda metabólica que vai mostrar o que estará mais ativo nessa minha via das pentoses. Em resumo: Se eu preciso de NADPH para sintetizar lipídios, preciso de pentoses. Este é o objetivo principal, o resto são caminhos produzidos em função das demandas. Os passos Não -oxidativos Cinco passos, 4 tipos de reações... Fosfopentose isomerase converte cetose em aldose Fosfopentose Epimerase epimeriza no C-3 Transcetolase (TPP-dependente) Transfere unidades de 2-carbonos Transaldolase (Schiff base mecanismo) Transfere uma unidade de três carbonos Nessa reação mostra a ação da enzima epimerase que transforma a Ribulose-5-P em Xilulose-5-P. Nessa reação temos a Xilulose-5-P mais a Ribose 5-P, formando o Gliceraldeído-3-P mais o composto de 7 carbonos. Xilulose-5-P mais o comporto de 4 Crabonos, formando mais outro Gliceraldeído-3-P e Frutose-6-P Variações da Via das Pentoses Fosfato (momentos em que a via das pentoses são ativadas) 1) Tanto Ribose-5 quanto NADPH são necessários 2) Mais ribose-5-P que NADPH é necessária 3) Mais NADPH que ribose-5-P é necessário 4) NADPH e ATP são necessários, mas ribose-5-P não é necessária 1) Tanto Ribose-5 quanto NADPH são necessários Ocorre quando as demandas biossintéticas forem altas, as primeiras quatro reações da via das pentoses-P predominam e os principais produtos são ribose-5-P e NADPH . 2) Mais ribose-5-P que NADPH é necessária 5 Glucose-6-P + ATP 6 ribose-5-P + ADP + H+ Os passos oxidativos da via das pentoses-P podem ser bypassadas se a necessidade primária é de ribose-5-P Nesse caso eu pego moléculas de Glicose-6-P e transformo diretamente para Ribose-6-P, não passando necessariamente pela produção de NADPH (processos oxidativos) Nessa imagem mostra essa questão de produção de Ribose-6-P, sem a produção de NADPH. Aqui eu produzo Ribose, uso os componentes das vias das Pentoses, sem necessariamente reduzir NADPH. São particularidades das vias das pentoses, de conseguir produzir aquilo que o organismo precisa. 3) Mais NADPH que ribose-5-P é necessário 6 Glucose-6-P + 12 NADP+ + 6 H2O 6 ribulose-5-P + 6 CO2 + 12 NADPH + 12 H+ 6 Ribulose-5-P 5-glucose-6-P + Pi Ocorre quando a síntese de lipídeos é necessária Grandes quantidades de NADPH podem ser produzidas pela via das pentoses-P sem uma produção significante de ribose-5-P. Nesta versão da via, ribose-5-P é reciclada para produzir intermediários da via glicolítica. Nesse caso eu preciso de NADPH, mas não preciso regenerar célula, então não necessito de Ribose-6-P. Nesse caso, produziu NADPH à vontade e vou dar destino aquela Ribulose convertendo ela em Glicose-6-P. 4) NADPH e ATP são necessários, mas ribose-5-P não é necessária 3 Glicose-6-P + 5 NAD+ + 6 NADP+ + 8 ADP + 5 Pi 5 piruvato + 3 CO2 + 5 NADH + 6 NADPH + 8 ATP + 2 H2O + 8 H+ Tanto ATP quanto NADPH (assim como NADH) podem ser produzidos por esta versão da via das pentoses-P Nesse desvio, eu preciso de ATP, mas de onde vem o ATP? O ATP vem das moléculas de glicose A ribose vai a glicose e de glicose eu produzo o piruvato, nessa produção de piruvato eu tenho a liberação de NADPH e de ATP.
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