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ECONOMIA RURAL
MACROECONOMIA
Victória Maria Ferreira Diniz
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Olá!
Você está na unidade . Conheça aqui os principais indicadores macroeconômicos e análise deMacroeconomia
dados econômicos. Aprenda sobre as políticas econômicas agrícolas. Esses conceitos são muito importantes para
a compreender os fatores econômicos, como se relacionam e como afetam diversos setores da economia, dentre
eles o agronegócio.
Bons estudos!
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1 Principais indicadores macroeconômicos
Para Neves et al. (2012), a é uma área da teoria econômica que estuda o fundamento damacroeconomia
economia de maneira geral. Busca analisar fatores que determinam o volume de produção, nível de emprego e o
nível geral de preços do sistema econômico, e sua introdução na economia.
Enquanto a microeconomia analisa as partes individuais da economia a macroeconomia analisa os setores de
maneira mais ampla. No entanto, as duas analisam as atividades de consumo e produção, a mudança está no
foco. Um conjunto de dados estatístico passíveis de oscilações e mudanças, com condições de darem informações
a respeito do estado de uma economia em um determinado período é chamado de indicadores macroeconômicos
(SANDRONI, 2005).
Entre os indicadores macroeconômicos mais relevantes no Brasil destaca-se o Produto Interno Bruto (PIB);
Índices de Preços; Índices do Mercado de Trabalho; Balanço de Pagamentos; Contas Nacionais; Base Monetária;
Risco-País ou Risco Soberano; Reservas Internacionais; e Índices de Commodities. Esses indicadores ajudam a
explicar a economia brasileira como um todo.
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1.1 Produto Interno Bruto (PIB)
Uma das mais fundamentais abordagens da economia refere-se ao tamanho e crescimento das economias. A
medida mais utilizada para analisar o tamanho econômico é o .Produto Interno Bruto (PIB)
Para compreendermos o PIB, devemos analisar dois conceitos importantes: ebens e serviços finais bens e
. Veja a seguir suas definições:serviços intermediários
Bens e serviços finais
Bem ou serviço comprado por um usuário final.
Bens e serviços intermediários
Insumos que compõem bens e serviços finais.
O PIB está relacionado com à produção de bens e serviços finais. Ele mede o valor de vários bens e serviços
ofertados pelas empresas dentro de um período, podendo ser de 3 meses a 12 meses. A estimativa do PIB pode
ser afetada pelo não registro do pagamento de atividade econômica, ou seja, quando bens e serviços são
adquiridos por meio de mercado clandestino (GARRATT, 2015).
Nada é calculado caso tenha havido transações em uma economia informal. A economia informal é a parte da
economia que as pessoas ocultam do governo, seja porque desejam sonegar impostos ou por considerar a
atividade praticada ilegal. Podendo ser a empregada doméstica que não tem sua carteira de trabalho assinada,
assim como o comércio de droga ilegais. A dimensão da economia informal varia entre países. Segundo Mankiw
(2018), nos Estados Unidos a economia informal corresponde a 10% da economia formal. Em alguns países
como a Tailândia, a economia informal é praticamente do mesmo tamanho que da economia formal. Portanto, o
PIB pode ser calculado sob três aspectos, pelo da produção, da renda e do dispêndio, como veremos a seguir.
Na produção, o PIB se refere ao somatório dos valores agregados dos setores primário (extrativismo e
agropecuária), secundário (industrial) e terciário (serviços) da economia, adicionado aos impostos indiretos,
mais a depreciação do capital subtraído dos subsídios governamentais. Sob o aspecto da renda, o PIB é obtido a
partir das remunerações realizadas dentro do território de um país, podendo ser salários, aluguéis, juros e lucros
distribuídos. Somando os lucros não distribuídos, os impostos indiretos e a depreciação do capital, subtraindo os
subsídios. E ainda, sob o aspecto do dispêndio, em que o PIB corresponde ao somatório dos gastos em consumo,
investimento, despesas dos governos e exportações liquidas, ou seja, exportações menos importações
(SANDRONI, 2005).
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Assista aí
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1.2 Índices de preços
Os medem as variações dos preços em uma economia, são índices que medem a inflação daíndices de preços
economia. Para Neves et al. (2012), a é a alta, persistente e generalizada dos preços da economia. Aoinflação
apontar que a alta deve ser persistente, eles destacam que não deve sofrer queda ao longo de um período e ao
destacar que deva ser generalizada defende que todos os produtos da economia devem sofrer um aumento em
seus preços, não apenas alguns bens e serviços. Desse modo a pode ser definida como uma elevaçãoinflação
persistente do nível geral de preços ao longo do tempo. Se a inflação se refere ao crescimento do preço, a taxa de
 mede o ritmo desse crescimento. Quando a taxa de inflação decresce é chamado de , assiminflação desinflação
como quando há uma queda do nível geral do preço da economia chama-se deflação.
Desse modo, os índices de preços permitem a medição das variações dos preços dos produtos consumidos pela
população e variação dos preços dos insumos e fatores de produção (SANDRONI, 2005).
1.3 Índices do mercado de trabalho
Os estão relacionados a elementos do mercado de trabalho e â força deíndices de mercado de trabalho
trabalho. Diversas informações são observadas, tais como ocupação, horas trabalhadas, grupos de
vulnerabilidade, formas de trabalho dentre outros.
Cabe destacar que nem sempre todos que integram a força de trabalho estão empregados o tempo todo. Em
todas as economias de livre mercado, em algum momento, algumas pessoas ficam desempregadas. A força de
trabalho é definida por pessoas que estão empregadas e desempregadas. É possível observar todos os dias um
fluxo existente entre pessoas que perdem ou abandonam seus trabalhos e ficam desempregadas, assim como
pessoas que conseguem trabalho e se tornam empregadas. Em todos os períodos, um percentual das pessoas
empregadas perde seus empregos e um percentual das pessoas desempregadas consegue emprego. As taxas de
perda de emprego e de obtenção de emprego determinam a taxa de desemprego.
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1.4 Balanço de pagamentos
O é um indicador que registra todas as transações econômico-financeiro realizadas porBalanço de pagamentos
moradores de um país com moradores dos demais países (SANDRONI, 2005). É composto pelos níveis
macroeconômicos da balança corrente, a balança de capital e a balança financeira.
Na balança corrente é registrada pela balança comercial (exportações, importações e receitas e despesas de
serviços), os rendimentos e transferências unilaterais correntes. A balança de capital registra a entrada líquida
de investimentos e créditos externos líquidos recebidos (de curto e de longo prazo). E, enfim, a balança
financeira estão os registos relacionados aos investimentos diretos, em ações e títulos, investimentos em
derivativos e outros investimentos de estrangeiros.
1.5 Contas nacionais
As são compostas da atividade econômica global de um país em um determinado período,contas nacionais
geralmente em doze meses. Os agregados são contabilizados duas vezes a débito e a crédito, pelo método das
partidas dobradas. Os sistemas de contas nacionais são ferramentas essenciais para análises macroeconômicas.
As contas nacionais são compostas por conta do produto interno, renda nacional, conta dos consumidores, conta
do governo, conta das transações com o exterior, e a conta consolidada de capital. No desenvolvimento do
cálculo, cada uma das contas é composta de agregados e subagregados, apresentados a preços deflacionados
(SANDRONI, 2005).
1.6 Base monetária
A é um indicador de moeda e crédito, nela é possívelobter o volume de moeda em circulação nobase monetária
país mais os depósitos à vista junto às autoridades monetárias. No Brasil, corresponde ao resultado líquido de
todas as transações ativas e passivas do Banco Central do Brasil. Diferente do que ocorre em outros países, o
modelo de regulação do sistema bancário brasileiro permite a formação de depósitos não apenas pelos bancos
comerciais, mas também pelo Banco Central. Dornbusch et al. (2013) destacam que, de maneira resumida, as
ações que dizem respeito à base monetária estimulam sua expansão ou provocam sua contração, sendo
fundamental no combate à inflação.
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1.7 Risco-país ou risco soberano
O risco-país ou risco soberano representa o risco que investidores estrangeiros estão sendo submetidos caso
invistam em outro país. Ou seja, quanto maior o risco-país, menor é a capacidade de atração de capital
estrangeiro para esse país. Por outro lado, maior é o prêmio pelo risco desse investidor, já que ao realizar
investimentos muito arriscados resultam em prêmio maiores também. E quando se tem um risco-país menor,
mais investidores se sentem atraídos a investir nesse país, logo, o prêmio de risco também é menor.
1.8 Reservas internacionais
As são as reservas que um país possui. Ela é realizada com uma moeda forte,reservas internacionais
valorizada, sendo geralmente adotado o dólar americano. Essa reserva ajuda o país a manter a estabilidade da
taxa de câmbio e do seu setor externo. Também, sob ótica macroeconômica, são as reservas que permitem que
os países tenham liquidez internacional.
O tamanho das reservas internacionais demonstra a capacidade que um país possui em cumprir seus
compromissos financeiros com agentes econômicos de outros países. A reserva internacional, é utilizada por
investidores estrangeiros quando estão decidindo se devem investir em um país ou não.
1.9 Índice de commodities
O é um indicador da economia internacional mede a variação de preços dos produtosíndice de commodities 
básicos mais sensíveis a mudanças nas condições macroeconômicas. No Brasil, é monitorado, todo mês, a
cotação de produtos agropecuários como algodão, óleo de soja, trigo, milho, café, carne suína, carne bovina e
açúcar. Também são monitorados os metais, como alumínio, cobre, chumbo, estanho, níquel, minério, zinco e
minério de ferro. Na área de energia, também são acompanhados o gás natural, carvão e o petróleo.
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2 Análise de dados econômicos
Muitas vezes ouvimos pessoas, principalmente em organizações, falarem que é necessário realizar uma análise
econômica, até mesmo financeira ou técnica. E por que isso é importante? Bom, a análise econômica nos permite
compreender como alguns fatores econômicos estão se comportando e como eles podem de algum modo afetar a
dinâmica dos negócios mundos a fora. A economia é composta por diversos elementos e mexer uma peça desse
quebra-cabeça tem impacto direto ou indireto em outra peça. Muito dos fatores econômicos estão de algum
modo conectados.
São diversas as possibilidades de análise de dados econômicos. Pensando no agronegócio, como apenas um setor
da nossa economia, temos uma infinidade de elementos que uma vez modificados, geram impacto em todos os
elos da cadeia de produção. Por exemplo, com a desvalorização cambial, os exportadores de soja, carne suína,
frango, milho acabam tendo maior retorno, já que na conversão da moeda estrangeira para a moeda nacional,
gerará um montante maior. Mas essa análise está sendo desenvolvida apenas observando um dado, ou variável,
que é o câmbio, existem uma série de outros fatores que são afetados economicamente, com essa variação
cambial. Se o Estado subsidia um insumo na produção, na ração, por exemplo, isenta algum imposto sob a ração,
gera um impacto na produção, que terá um custo de produção reduzido, também impactando os demais elos. Ou
seja, são muitos os movimentos políticos e econômicos, e como compreender os impactos dessa dinâmica no
meu segmento, ou no meu negócio? Isso é possível por meio de análises econômicas.
Fique de olho
No texto desenvolvido por Miranda et al. (2020), de título “Peste Suína Africana: os desafios e
as oportunidades que a globalização adiciona à gestão sanitária”, os autores destacam de
maneira muito assertiva alguns aspectos fundamentais para a compreensão de questões
econômicas e sanitárias na agropecuária. Esse é um excelente modelo de análise econômica no
setor do agronegócio, em que é analisado o cenário tendo como abordagem o enfrentamento
de uma doença na suinocultura – a peste suína africana, em um ambiente de incerteza
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2.1 Análise econômica no Agronegócio
Vamos observar aspectos econômicos no agronegócio. Como exemplo, temos relações comerciais que o Brasil
possui com a Arábia Saudita, um dos nossos maiores compradores. Ao realizar uma análise econômica é
necessário buscar informações relevantes sobre as variáveis que estamos analisando no caso do Brasil e Arábia
Saudita e suas transações, fatores que afetam nossa relação com eles.
Inicialmente observamos que os principais produtos comercializados pelo Brasil em 2019 foram a carne de
frango, açúcar, milho, carne bovina desossada e minério de ferro. Esses produtos correspondem a 70% de todos
os produtos exportados para a Liga Árabe. Os principais produtos comprados pelo Brasil (importado) incluem
combustíveis minerais (petróleo e outros) e adubos (fertilizantes). Eles correspondem a 80% do valor total
realizado pelo Brasil em 2019. É importante observar que os países da Liga Árabe possuem elevadas rendas per
capita além de dependência por alimentos importados.
Nesse contexto, cabe destacar que há uma previsão de aumento de 73% da população muçulmana mundial
(2010 e 2050), as projeções apontam para um aumento de produção e exportação do Brasil para os países da
Liga Árabe. Mostrando uma grande oportunidade de consolidar e ampliar o fluxo comercial de produtos
agropecuários e agroindustriais brasileiros, especialmente carnes e seus derivados (PEW RESEARCH CENTER,
2015; MAPA, 2018).
No mercado de proteína animal, o Brasil é um dos países mais importantes, especificamente por possuir a
certificação (bovino e frango). Algumas empresas brasileiras, decidem realizar internacionalização com Halal
presença física em alguns países árabes. Estrategicamente isso é importante, pois permite que empresa adquira
mais conhecimento sobre a cultura, hábitos e padrões de exigência desse mercado.
Fique de olho
O termo “Halal” significa lícito ou permitido e é aplicado para qualquer ato ou produto cujo uso
ou consumo não seja proibido (Haram), de acordo com a Lei Islâmica (Sharia). A certificação
Halal atesta que a produção de determinado produto foi conduzida sob as normas islâmicas e é
exigida para os produtos que entram em contato com o corpo humano, como produtos
farmacêuticos, cosméticos e, principalmente, os alimentícios, em especial, os produtos de
origem animal (cárneos e seus derivados). Quanto às proteínas animais, a certificação Halal se
concentra no momento do abate. As exigências para esse abate de acordo com a Lei Islâmica.
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Cuervo-Cazurra (2007) aponta para duas estratégias referente a internacionalização no mercado de carnes. Uma
delas se refere a subsidiária de produção em países que são reconhecidos pelo seu poder no mercado como
produtores (Austrália, Estados Unidos e Argentina). A outra é a subsidiária de venda, que são aqueles países
reconhecidos no mercado por serem compradores, como é o caso dos países Árabes.
O que é importante observar quando se realiza uma análise de dados e informações a respeito de um setor ou
segmento da economia é identificar os elementos que afetam e se relacionam com ele. Quando trouxemos esse
exemplo, conseguimos mostrar que o Brasil é um importante no comércio internacional de produtosplayer
agrícolas, e que questões ambientais, sanitárias, políticas públicas e parcerias entre setor privado e público, são
fundamentais para continuar promovendo o desenvolvimentodo setor. Isso permitirá que seja mais eficiente e
competitivo no comercio internacional, estreitando relações com grandes mercados consumidores, como o
exemplo utilizado aqui dos países do Oriente Médio.
Assista aí
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3 Política Econômica
A apresenta seus e . Os objetivos podem ser divididos em doispolítica econômica objetivos instrumentos
grupos os objetivos de curto prazo e os de longo prazo. Os objetivos de curto prazo, também chamadas de
conjuntura tem como objetivo a estabilidade de preços (baixa inflação), o alto nível de emprego (estabilidade do
produto) e o equilíbrio das contas externas. Já os objetivos no longo prazo são chamados de ,estruturais
possuindo dois duas propósitos que é a distribuição de renda socialmente justa e o crescimento econômico.
Os instrumentos são o meio para atingir os objetivos, ou seja, os instrumentos são as ferramentas disponíveis
para alcançar os objetivos. Alguns exemplos são a taxa de juros, a taxa de câmbio, os impostos, o gasto público
etc. Vamos tratar as principais políticas macroeconômicas, que são a fiscal, a monetária e a cambial.
3.1 Política Fiscal
A possui dois instrumentos: os impostos e as despesas públicas. É uma abordagem que define epolítica fiscal
contém os níveis de gastos públicos e impostos de variáveis econômicas e políticas. Ou seja, envolve todas as
decisões do governo a respeito das receitas e dos gastos públicos.
De maneira básica o governo possui três funções econômicas a cumprir: a função alocativa, distributiva e
estabilizadora. Veja a seguir suas definições:
F u n ç ã o
alocativa
Diz respeito ao fornecimento de bens e serviços que não é oferecido de maneira adequada
ao mercado, e assim o governo assume o papel de fornecer, especialmente os tipos de bens
e serviços que são para a coletividade. 
F u n ç ã o
distributiva
Refere-se à função que o governo faz de retirar renda de setores que possui maiores
riquezas e transferir para segmentos menos favorecidos da sociedade. 
F u n ç ã o
estabilizadora
Relacionada com a interferência, intervenção governamental afetando os níveis de preço e
emprego.
A política fiscal pode ser expansionista ou contracionista, dependendo dos objetivos macroeconômicos que os
governos almejam alcançar. Para citar alguns exemplos, dentre as políticas expansionistas o aumento do gasto
público, já dentre as políticas contracionistas aumento dos impostos.
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3.2 Política Monetária
Para Vasconcellos (2011), a está relacionada a atuação do Banco Central que estabelece apolítica monetária
quantidade de moeda gerada e consequentemente a quantidade de crédito e a taxa de juros. A política monetária
é uma alternativa que os governos utilizam para intervir na economia e atingir os objetivos macroeconômicos.
Outro aspecto é considerado, em que a política monetária é uma alternativa à política fiscal, ainda que haja
combinação de instrumentos fiscais e monetários (SANDRONI, 2005).
A política monetária pode ser ou . Veja a seguir suas definições:expansionista contracionista
Políica monetária expansionista
Possui um aumento da quantidade de moeda em circulação e o crédito fica mais barato, isso permite aquecer a
demanda e contribuir para o crescimento econômico. 
Política monetária contracionista
A quantidade de moeda em circulação é reduzida e o crédito fica mais caro, essa ação tem o objetivo de
desaquecer a economia e evitar o aumento do preço, a inflação. 
Os governos possuem basicamente cinco instrumentos para estabelecer suas políticas monetárias o controle ao
crédito, as reservas compulsórias, a compra e venda de títulos públicos, redesconto e regulamentação sobre a
taxa de juros. Como veremos futuramente, essas políticas têm um impacto cabal sobre as políticas agrícolas. Veja
a seguir suas definições, de acordo com as abordagens desenvolvidas por Sandroni (2005), Vasconcelos (2009) e
Dornbusch et al. (2013):
Controle ao
crédito
As autoridades monetárias determinam se vão estimular ou restringir o acesso ao
crédito em alguns setores da economia. O controle pode ser realizado estabelecendo a
quantidade (volume) e/ou preço do crédito. Por exemplo, se o governo deseja expandir
o setor de metalomecânica, pode definir incentivos para conceder créditos às indústrias
desse setor. Agora se tem objetivo restringir o consumo do segmento, do agronegócio
por exemplo, ele restringe o acesso ao crédito pelos produtores rurais. Ou seja, o
governo pode estabelecer estratégias diferenciadas de acesso a crédito entre os
diferentes segmentos, buscando atingir os objetivos macroeconômicos.
As taxas compulsórias é o mesmo que a taxa de reserva e diz respeito a porcentagem
que os bancos comerciais devem depositar no Banco Central (BC). Os bancos comerciais
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Reservas
compulsórias
devem reter parte dos seus recursos no BC, isso é uma condição obrigatória. Essa
estratégia é utilizada pelo governo com objetivo de restringir o poder que os bancos
comerciais têm em multiplicar a moeda em circulação. Os bancos fazem isso por meio
de empréstimos, que podem aumentar ou diminuir a liquidez do sistema econômico.
Quanto maior as reservas estabelecidas pelo BC, menor será a capacidade dos bancos de
realizarem empréstimos. Se o BC estabelecer uma taxa de reserva menor, os bancos
comerciais terão maior capacidade de emprestar dinheiro.
Compra e venda
de títulos
públicos
A compra e venda de títulos públicos é também chamado de essa ação,open Market, 
definida pelo Banco Central afeta de maneira direta a quantidade de moeda em
circulação. Então, temos que se o Banco Central decide vender títulos públicos, ele quer
na verdade retirar moeda em circulação, promovendo uma política monetária
contracionista. Agora se decide comprar títulos públicos, o Banco Central injeta mais
moeda no mercado, ou seja, em circulação, promovendo uma política monetária
expansionista.
Redesconto
Os redescontos são operações de empréstimo do BC aos bancos comerciais. As
operações se realizam pela cobrança de taxa pelos empréstimos que é a taxa do
redesconto. Nesse contexto, o BC passa a assumir um papel de banco dos bancos
comerciais. Desse modo, ele desconta títulos dos bancos a uma taxa prefixada, com
objetivo de atender as necessidades que os bancos possuem de obter caixa (o chamado 
dinheiro em caixa), no curto prazo. O que varia nesse caso é a taxa de redesconto. 
Regulamentação
sobre taxas de
juros
A regulamentação da taxa de juros possibilita que o Banco Central regule o custo do
dinheiro. Isso possui um efeito direto na poupança e nos investimentos, estimulando a
remuneração do capital e do custo do capital, respectivamente. Ou seja, se o governo
tem o objetivo de aplicar uma política monetária expansionista, haverá uma redução da
taxa de juros, o que aumentara a quantidade de moedas em circulação, nesse caso
haverá um incentivo para o consumo e investimentos.
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3.3 Política externa
A diz respeito às medidas adotadas pelo governo que afetam variáveis relacionadas com opolítica externa
setor externo da economia. Para Vasconcellos (2009), a política externa é composta pela e pela política cambial
 Os objetivos da política cambial são o equilíbrio do balanço de pagamentos e a estabilidadepolítica comercial.
de preços, baixa inflação. Ela está relacionada ao controle, pelo governo da taxa de câmbio. Já a política comercial
se refere aos instrumentos de incentivo às exportações, incentivos e desincentivo às importações. De maneira
geral, a política externa afeta de maneira direta o fluxo internacional de um país.
No tocante à política cambial, o governo federal regula a principalvariável relacionada com o comercio exterior,
que é a taxa de câmbio. A taxa de câmbio é um dos principais preços de uma economia, e pode ser usada para
estabilizar os preços internos. Ela é o preço em moeda nacional, para uma unidade de moeda estrangeira. Assim,
quando a taxa de câmbio está desvalorizada, ou seja, a moeda nacional possui um valor reduzido frente à moeda
estrangeira, esse fator estimula a exportação, por exemplo, já que os exportadores passarão a receber mais reais
por dólar de produto exportado. Esse cenário também desestimula as importações, pois os compradores
precisarão de mais moeda nacional para obter o produto importado, ficando mais caro.
A política cambial define o regime cambial. Nele, o governo adota estratégias a respeito das taxas de câmbio,
podendo ser . No regime de cambo fixo, o preço da moeda estrangeira em relação à moedafixo ou flutuante
nacional é fixo, estabelecido pelo Banco Central. Já no regime cambial flutuante, o Banco Central permite que o
próprio mercado defina o preço da moeda estrangeira, por meio do fluxo de oferta e demanda de entrada ou
saída do país. Nessa modalidade de regime flutuante, pode acontecer de duas formas: o flutuante limpo, no qual
o Banco Central nunca interfere, e o flutuante sujo, em que o governo interfere caso julgue conveniente
(SANDRONI, 2005).
Referente a , ela está relacionada aos mecanismos adotados pelo governo para interferir naspolítica comercial
relações comerciais com os estrangeiros. Isso pode ser de duas formas, incentivando as exportações ou
incentivando e/ou restringindo as importações.
Quando um país exporta ele está vendendo produtos ou serviços para outro país. Quando ele importa, ele está
comprando. Isto é, o processo de compra e venda no comércio exterior é a importação ou exportação de um país.
Para realizar tal política, os governos adotam algumas medidas destacado por Vasconcellos (2009):
Imposto sobre importação (tarifas);
Subsídios, para estimular as exportações ou para desestimular as importações;
Restrições de quantidade seja de volume ou o valor das importações (quotas de importação);
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Manipulação da taxa de câmbio pelo governo (controles cambiais) que permite aumentar ou reduzir as
importações;
Proibição de importações, pode estar relacionada a mercadoria ou ao país de origem;
Monopólio estatal, onde o governo concentra a importação de um produto e impede a atuação de outros acessem
esse mercado;
Depósito antecipado à importação, onde o governo recolhe o valor total da importação de maneira antecipada,
antes mesmo que a operação comercial aconteça;
Barreiras não tarifárias, que são barreiras burocráticas, geralmente relacionadas a questões de sanidade e
normativas técnicas. Isso contribui na redução de importações.
3.4 Política de rendas
A está relacionada aos controles dos governos sobre os preços e salários. Geralmente essespolítica de rendas
controles são utilizados para combater a inflação. No Brasil, podemos citar a política do salário mínimo, em que o
governo estabelece legislação com o valor mínimo do preço do trabalho. Outro exemplo, são as políticas de preço
dos produtos agrícolas, política de preço mínimo e a política de garantia de preços da agricultura familiar. De
maneira resumida, é todo controle que impacta a renda, podendo ser salários, lucros, juros e aluguéis
(VASCONCELLOS, 2009).
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4. Política Econômica Agrícola
O tema que abordaremos agora diz respeito à política agrícola em nosso país. Como veremos, os temas tradados
anteriormente impactam de forma decisiva nessas políticas, uma vez que tudo em econômica está intimamente
ligado. Para tanto vamos recordar alguns elementos históricos, sem ousar fazer uma abordagem mais profundo,
mas no sentido de apresentar principais acontecimentos e trabalhar elementos da política econômica voltada à
questão agrícola.
No Brasil, a se desenvolveu no próprio processo da construção histórica no nossopolítica econômica agrícola
país. Lembremos que o processo de ocupação do território brasileiro, iniciado em seus tempos de colônia, foi
baseado na exploração de riquezas para atender as demandas do Império português. Dentre elas, podemos
marcar as principais atividades como o extrativismo vegetal (por exemplo, os canaviais no Nordeste) e riquezas
minerais (como ouro) no período colonial e a monocultura do café; já no Brasil império, estendendo-se ao
período da República Velha (1889-1930). Esses acontecimentos históricos nos ajudam a entender o processo de
industrialização tardia no país, que somente vem a acontecer de fato a partir da Era Vargas (1930-1945).
Entretanto, tendo suas origens no período imperial de Dom Pedro II, o Ministério da Agricultura, Indústria e
Comércio é criado em 1909, durante a República Velha.
Já no período de Regime Militar (1964-1985) com a linha ideológica do desenvolvimentismo para
impulsionamento da Indústria, marca uma proposta de modernização tecnológica da Agricultura no Brasil,
chamada . No entanto, isso gerou impactos negativos como aumento da violência agrária,Revolução Verde
concentração de terra, enfraquecimento da agricultura familiar, gerando mais condicionantes à hiperinflação
deflagrada na década de 80, aprofundando assim a chamada . Nesse período temos aquestão agrária
identificação de três conceitos diretores como parte da política macroeconômica: o destinadocrédito subsidiário
à aquisição de tecnologias (insumos e mecanização), (política de extensão rural) e a extensão do setor agrícola
(Política de pesquisa).pesquisa agrícola 
Criada em 1973, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é uma das principais instituições
vinculadas ao Ministério da Agricultura para desenvolvimento de pesquisas do setor, de apoio e fomento de
políticas extensionistas. De fato, o crédito subsidiário foi fundamental para o desenvolvimento do setor, porém o
devido ao baixo retorno financeiro, principalmente ao pequeno produtor, gerou um grande endividamento da
agricultura familiar e concentração de renda por parte dos grandes produtores. Interessantes tabelas mostram o
aumento de crédito subsidiários no período podem seres vistas de forma mais completa e detalhada em
(Albuquerque, 1987).
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Os problemas da questão agrária se sucedem e se aprofundam durante a década de 1990. Porém, notadamente a
agricultura apresenta em alguns períodos uma melhora na participação do PIB total, mesmo em um período de
instabilidade monetária (de recuperação e controle da inflação pelo plano Real) e da produção de grãos, tais
como arroz, feijão, soja e milho. Na tabela a seguir é apresentada a participação do setor agrário no PIB na
:década de 1990
Figura 1 - Participação do setor agrário no PIB na década de 1990
Fonte: IBGE apud. CAMPOS, et al., 2002 (Adaptado).
#paracegover: A imagem mostra uma tabela de onze linhas e seis colunas apresentando a participação do setor
agrário da agropecuária, indústria e serviços do PIB na década de 90.
Já nos anos 2000, com aumento da produção pela mecanização e aumento do valor das commodities, em grande
parte para atender o grande mercado chinês emergente, o país entrou em um período de alto crescimento (2004-
2010) com surgimento de uma ‘nova’ classe média e alto consumo, até a recessão 2014-2016 (CAPUTI et al.,
2019).
Nesse brevíssimo resumo que fizemos, é importante resgatarmos algumas definições importantes. Como citamos
anteriormente, o Brasil entra em um período de rápido crescimento com o aumento do valor das commodities
em particular na primeira década dos anos 2000. Lembremos que elas são definidas como produtos de base do
setor primário que sevem de matéria-prima, mas que possibilitem alta estocagem, como por exemplo, grão de
soja, milho etc. Lembre-se ainda que na divisão tradicional da economia, o setor secundário toma como base os
produtos do setor primário para uso e transformação pela Indústria e aplicação no comércio. Bens e serviços
representam o setor terciário.
A ideiade agronegócio (agrobusiness) firma a relação entre o setor agrário (e pecuário) a toda cadeia de
relações (cadeia produtiva) mantida por eles, na produção, na distribuição e na indústria. Nesse sentido, cabe
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lembrar que o termo “agropecuária” diz respeito às atividades rurais relacionadas, porém bem definidas.
Enquanto a agricultura se refere à cultura vegetal, a pecuária centra-se na produção animal. Abordaremos a
seguir as principais diretrizes para políticas ao setor agropecuário no Brasil.
Fique de olho
Um fator muito importante para a compreensão das políticas econômicas agrícolas é
compreender o conceito do agronegócio. Ele é composto por elos produtivos que estão
interligados e são interdependentes, composto por fornecedores, produtores, processadores,
transformadores, distribuidores, revendedores, da produção até o consumidor final. Observa-
se, portanto, que elos que compõem uma cadeia sugerem uma organização dos elementos que
compõe o Agronegócio (BATALHA, 2007).
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4.1 Política de Crédito
A foi criada durante o Regime Militar, com a criação do Sistema Nacional de Crédito Ruralpolítica de crédito
(SNCR) em 1965. As modalidades de crédito se subdividem em: custeio (capital de giro para a empresa),
Investimento (voltado à infraestrutura e melhoria tecnológica) e comercialização (para segurança de estoque da
produção ajudando na redução de excesso de oferta e adoção de preço mínimo no mercado).
No gráfico abaixo, mostra-se a evolução do crédito rural em bilhões de reais no período de 2003-2016. É
importante citar o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), criado em 1952,
volta-se ao financiamento para melhoria de infraestrutura de vários setores da economia. No que diz respeito à
agricultura, visa apoiar pequenos e médios agricultores e cooperativas, com programas por exemplo, como a
MODERFROTA (voltado à aquisição de nova mecanização) e o MODERINFRA (voltado à irrigação e estocagem de
grãos).
Figura 2 - Evolução do crédito rural (2003-2016)
Fonte: INPUT BRASIL, 2020 (Adaptado).
#pracegover: A imagem mostra um gráfico que apresenta a evolução do crédito rural de 2003-2016.
Uma outra importante modalidade de financiamento é o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (PRONAF) voltado à assistência e desenvolvimento do pequeno produtor.
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Assista aí
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/2b6c7cfe10b93a4d21304b861b1fcb19
4.2 Política de garantia de pagamentos mínimos
Originada em 1943, a política de preços mínimos foi pensada para dar uma maior estabilidade aos preços no
mercado a partir do estoque da produção de alimentos, mediante as Aquisições do Governo Federal (AGF) e o
Empréstimo do Governo Federal (EGF). A dinâmica do processo inicia-se na fixação de dois preços pelo Governo
Federal: o preço para compra, que define o preço mínimo; e o preço para a venda ou preço de intervenção. O
preço mínimo regula a intervenção do Governo o qual compra o produto do produtor realizando o estoque
quando o preço de mercado estiver abaixo do preço mínimo. Caso contrário, se o preço de mercado estiver acima
do preço de intervenção, o Governo então realiza leilão do estoque de alimentos (CONCEIÇÃO, 2003).
4.3 Política de Abastecimento
A é a resultante de outras políticas agrícolas para assegurar a disponibilidade depolítica de abastecimento
produtos advindos do agronegócio e matérias-primas bem como sua distribuição, armazenagem e
comercialização, principalmente na garantia dos mesmo em tempos de instabilidade nacional e/ou
internacional. Atualmente, temos a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que está vinculada ao
Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento (MAPA), responsável pela fiscalização e execução de
programas, como na política de preços mínimos, mediando as relações entre produtores, distribuidores e
varejistas, bem como na aquisição de dados para planejamento e tomada de decisão do Governo Federal.
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4.4 Política de extensão rural
Entende-se por o conjunto de atividades direcionadas a transmitir aos agricultores novosextensão rural
conhecimentos técnicos e comerciais a respeito de culturas e criação de animais. O estímulo à expansão rural
seria uma das consequências da política do crédito rural. Nesse sentido, a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) é órgão do Governo Federal a quem cabe promover e executar as tarefas de pesquisas
agropecuárias no Brasil, integrando os Estados, instituições privadas (empresas e cooperativas) e universidades
envolvidas com pesquisas agropecuárias. As denominadas A Associação de Crédito e Assistência Rural (Acar)
foram substituídas pelas Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), as quais passaram a
dedicar-se basicamente na questão da extensão rural, deixando de se preocupar com a busca de recursos para o
crédito rural.
4.5 Política tributária
A procura instituir mecanismos de regulação e arrecadação de tributos para o poder públicopolítica tributária
gerir e reaplicar em políticas públicas em benefício da sociedade. Em geral, podemos classificar os tributos em
três divisões. A primeira se refere à taxa que é um tributo sobre alguma prestação de serviço público, como a
taxa de energia elétrica ou de água. O segundo tipo de tributo é a contribuição (de melhoria) no qual permite ao
poder público cobrar por uma benfeitoria realizada. Por fim, temos o Imposto, que pode ser subdivido em
imposto direto (destinado diretamente ao pagador, isto é, o contribuinte) e indireto (está ‘embutido’ nas
operações de comércio, bens e serviços). É importante lembrar que essas tributações podem ser executadas em
todas as esferas públicas, isto é, nas esferas municipais, estaduais e federais. No setor rural, por exemplo, o
principal imposto a ser pago é o Imposto sobre a propriedade Territorial Rural (ITR), que quanto maior seja a
propriedade, maior será o ITR. Em parte, o ITR ajudou a forçar grandes donos de terras (latifundiários) a tornar
suas terras produtivas, pois o aumento da produtividade da terra resulta na diminuição do ITR.
Sendo o Brasil um dos maiores produtores mundiais de alimentos atingindo a marca, por exemplo, de US$ 2
bilhões de dólares em 2018 (Fiesp, 2018) de grãos de soja, talvez o maior desafio no setor seja a questão
tributária, que aflige toda a cadeia produtiva, do grande ao pequeno produtor uma vez que o Brasil possui uma
das maiores cargas tributárias do mundo. Todavia, há incentivos para alívio do setor como por exemplo
desoneração fiscal e isenções advindos de programas de governo (federal e estaduais).
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4.6 Política de seguro rural
A atividade rural é uma atividade de risco que envolve dois fatores fundamentais: variações de preços de
mercados (nacional e internacional) e fatores climáticos. Como política nacional, temos a Companhia Nacional de
Seguro Agrícola (CNSA) fundada em que 1954 e posteriormente substituída em 1975 pelo Programa de Garantia
da Atividade Agropecuária (Proagro). Uma política de seguro rural, assim como qualquer seguro no senso
comum, visa minimizar prejuízos dadas as flutuações de mercado (que pode ser minimizada pela política de
preço mínimo) ou dada a imprevisibilidade climática levando a perdas de produção e/ou estoque (baixa de
produtividade). Nesse sentido, o produtor paga a uma seguradora uma determinada quantia (prêmio) e caso
necessário o acionamento do seguro, o produtor irá receber o devido valor de apólice conforme contrato com a
seguradora. Com programa vinculado à Embrapa, busca-se dadosZoneamento agrícola de risco climático 
para servir de orientação na tomada de decisão pelas incertezas das condições climáticas.
é issoAí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• compreender um pouco mais sobre os principais indicadores macroeconômicos;
• aprender sobre parâmetros utilizados para realizar análise de dados econômicos;
• conhecer mais sobre as políticas econômicas e as políticas econômicas agrícolas observando fatores que 
afetam essas políticas e como estão conectadas.
Referências
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BACHA, C J. C. . 2. ed. São Paulo: Atlas, 2012.Economia e política agrícola no Brasil
CAPUTI, M. T. et al. O choque nos preços das commodities e a economia brasileira nos anos 2000. In: Revista de
, vol 39, nº 3 (156), pp 427-448, julho-setembro/2019.Economia Política
CAMPOS, A. C. et al. A evolução da agropecuária brasileira nos anos 90. In: , Porto Alegre, v.29, n.Indic. Econ. FEE
4, p.177-199, 2002.
CONCEIÇÃO, J. C. . Brasília: Instituto dePolítica de Preços Mínimos e a Questão do Abastecimento Alimentar
Pesquisa Econômica Aplicada- IPEA, 2003.
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CUERVO-CAZURRA, A. Sequence of value-added activities in the internationalization of developing country
MNEs. In: , v. 13, n. 3, 2007, p. 258-277.Journal of International Management
DORNBUSCH, R. et al. . 11. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.Macroeconomia
GARRAT, D. - Série Express. São Paulo; Saraiva, 2015.Macroeconomia
INPUT BRASIL. : evolução do Crédito Rural no Brasil entre 2003-2016. Disponível em: Mapeamento www.
 Acesso em: 04 maio 2020.inputbrasil.org
MANKIW, N. G . 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.. Macroeconomia
MAPA.. : Brasil 2017/2018 a 2027/2028: Projeções de longo prazo. Brasília-DF:Projeções do Agronegócio
Ministério da Agricultura, da Pecuária e do Abastecimento, 2018
MIRANDA, S.H.G. et al. : os desafios e as oportunidades que a globalização adiciona à gestãoPeste Suína Africana
sanitária. São Paulo: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, 2020.
MIRANDA, S.H.G. et al. : desafios e oportunidades. SãoRelação comercial entre o Brasil e os Países Árabes
Paulo: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, 2020.
NEVES, S. das et al. . São Paulo: Saraiva, 2012.Introdução à economia
PEW RESEARCH CENTER. : Population Growth Projections, 2010-2050 - April,The Future of World Religions
2015. Disponível em: https://www.pewforum.org/2015/04/02/religious-projections-2010-2050/ Acesso em:
05 maio 2020.
SANDRONI, P. . 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.Dicionário de economia do século XXI
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VASCONCELLOS, S., M. A. (org.). . 1. ed. São Paulo: Atlas, 2011.Introdução à Economia
http://www.inputbrasil.org
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https://www.pewforum.org/2015/04/02/religious-projections-2010-2050/
https://www.pewforum.org/2015/04/02/religious-projections-2010-2050/
	Olá!
	1 Principais indicadores macroeconômicos
	1.1 Produto Interno Bruto (PIB)
	Assista aí
	1.2 Índices de preços
	1.3 Índices do mercado de trabalho
	1.4 Balanço de pagamentos
	1.5 Contas nacionais
	1.6 Base monetária
	1.7 Risco-país ou risco soberano
	1.8 Reservas internacionais
	1.9 Índice de commodities
	2 Análise de dados econômicos
	2.1 Análise econômica no Agronegócio
	Assista aí
	3 Política Econômica
	3.1 Política Fiscal
	3.2 Política Monetária
	3.3 Política externa
	3.4 Política de rendas
	4. Política Econômica Agrícola
	4.1 Política de Crédito
	Assista aí
	4.2 Política de garantia de pagamentos mínimos
	4.3 Política de Abastecimento
	4.4 Política de extensão rural
	4.5 Política tributária
	4.6 Política de seguro rural
	é isso Aí!
	Referências

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