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Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 GABARITO - 5º SIMULADO COMPLETO - PCRJ 2021 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 C D E B C E A A D B 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A C A E B B A D A A 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 E B C A A A E B C D 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 C A D D A D C E B A 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 E E B B A D A C E E 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 B C D D E C D C A A 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 B C C D A D C C E A 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 E E D C D E A E B B 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 B A D E D A B C B E 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 A E A C E E D B A E Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 1 CONHECIMENTOS GERAIS Língua Portuguesa 1 Assinale o item que apresenta um pensamento que se estrutura a partir do sentido conotativo ou figurado da linguagem. (A) “Tudo é precioso para aquele que foi, por muito tempo, privado de tudo.” (Friedrich Nietzsche) (B) “Um dos princípios essenciais da sabedoria é o de se abster das ameaças verbais ou insultos.” (Nicolau Maquiavel) (C) “Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar.” (Zygmunt Bauman) (D) “Se você agir sempre com dignidade, talvez não consiga mudar o mundo, mas será um canalha a menos.” (John F. Kennedy) (E) “Onde não há lei, não há liberdade.” (John Locke) Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveira, não confunda termo abstrato com sentido conotativo, figurado! Quando se fala em sentimentos ou emoções, como “sabedoria”, “dignidade”, “liberdade” etc, estamos trabalhando com termos abstratos, os quais não devem ser confundidos com o sentido conotativo da linguagem – a menos que haja uma ironia ou repouse sobre aqueles termos alguma outra figura de linguagem. O único item em que há sentido figurado é C, especificamente na expressão “tempos líquidos”, já que o tempo não é um estado da matéria para ser líquido, sólido ou gasoso. 2 “Nenhum homem jamais se perdeu em uma estrada reta.” (Abraham Lincoln) Aprende-se, com essa frase, que: (A) na vida, só há um caminho que pode ser trilhado. (B) o homem deve ter iniciativa em seus projetos. (C) precisamos ser altruístas. (D) deve-se sempre andar em integridade. (E) é necessário que evitemos lugares desconhecidos. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveira, o adjetivo “reta” tem sentido de “retidão”, “justiça”, “integridade”, assim como a “estrada”, referida no texto, diz respeito à vida do ser humano. Em outras palavras, Lincoln nos legou que os homens não se perderão, ou seja, não se arruinarão caso andem em justiça, em integridade. Quanto aos outros itens: (A) Errado. Infere-se que há dois caminhos que podem ser percorridos: o da retidão e, por lógica, aquele da não retidão, tortuoso, desvirtuoso. (B) Errado. Nada há nenhum termo, na citação, que se relacione com “iniciativa”. Seria muito forçado confundi-la com “retidão” ou “justiça”. (C) Errado. Ser altruísta é pensar no outro. Extrapola-se as ideias da citação ao confundir altruísmo com “retidão”. Ser íntegro não implica, necessariamente, que você pense sempre nos outros. (E) Errado. O item traz a ideia de lugar como espaço físico, o que constatamos não o ser. Os caminhos podem até mesmo ser desconhecidos, mas, ainda nessa condição, o homem deve conduzir sua vida de forma reta, íntegra. 3 “O verdadeiro sábio é aquele que assim se dispõe para que os acontecimentos exteriores o alterem minimamente. Para isso precisa couraçar-se cercando- se de realidades mais próximas de si do que os fatos, e através das quais os fatos, alterados para de acordo com elas, lhe chegam.” (Bernardo Soares) Como toda frase, essa também apresenta elementos de coesão interna, que ligam ou repetem elementos anteriores; a única afirmativa abaixo que é INADEQUADA em relação aos elementos coesivos da frase é: (A) “aquele” é retomado pelo pronome relativo “que” a seguir. (B) “isso” retoma “os acontecimentos exteriores o alterem minimamente.”. (C) “elas” repete “realidades”. (D) “lhe” liga-se, semanticamente, a “aquele”. (E) “assim” retoma a oração imediatamente anterior Gabarito: E COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Comentemos os itens, futuro Inspetor PCERJ, à procura do INCORRETO. (A) Certo. O pronome relativo substitui um termo, geralmente anterior, da oração, de modo a evitar repetições e contribuir com a coesão textual. Observe, abaixo, que temos duas orações, uma que gira em torno do verbo “é” e a outra do verbo “dispõe”: “O verdadeiro sábio é aquele que assim se dispõe”. Veja que o termo “aquele” é o sujeito semântico do verbo “dispõe”. Assim, para não repeti-lo, optou-se pelo uso do relativo “que”. (B) Certo. Veja o trecho: Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 2 “O verdadeiro sábio é aquele que assim se dispõe para que os acontecimentos exteriores o alterem minimamente. Para isso precisa couraçar-se ”. O pronome demonstrativo “isso” encapsula, resume toda a oração imediatamente anterior. Em outras palavras, para que os “acontecimentos exteriores” alterem as pessoas minimamente, é preciso “couraçar- se...”. A partir daí é que é possível se tornar um verdadeiro sábio. (C) Certo. Vamos ao trecho: “Para isso precisa couraçar-se cercando-se de realidades mais próximas de si do que os fatos, e através das quais os fatos, alterados para de acordo com elas, lhe chegam.” O pronome oblíquo (tônico) “elas” funciona como mecanismo de coesão textual para evitar a repetição do termo “realidades” – afinal, são elas que alteram os fatos. Ademais, “realidades” é a única palavra no feminino e no plural a que o pronome “elas” pode fazer referência. (D) Certo. O “lhe”, Caveira, deve ser lido sempre como “a ele(a)”, “nele(a)” ou “dele(a)”. Uma provocação: os “fatos”, citados no trecho, chegam a quem? A ele, àquele “que assim se dispõe…”. (E) Errado. Eis o nosso gabarito! O termo “assim” é morfossintaticamente adverbial, equivalendo à expressão “dessa forma” ou “dessa maneira”, não podendo ser considerado um mecanismo de coesão que seja capaz de ligar ou repetir elementos anteriores. Esse é papel, em regra, dos pronomes. 4 Assinale a alternativa em que a voz verbal indicada não tem correspondência com a frase que classifica. (A) Os policiais civis e militares do Rio de Janeiro cumprimentaram-se. / voz reflexiva recíproca. (B) Realizou-se grandes operações de combate ao tráfico no Rio de Janeiro. / voz passiva. (C) O policial feriu-se com sua faca. / voz reflexiva. (D) O criminoso foi abatido pelo atirador de elite. / voz passiva. (E) O bandido reagiu à ação policial. / voz ativa. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Direto aos itens, buscando, outra vez, o ERRADO. (A) Certo. A voz reflexiva recíproca ocorre quando os sujeitos de uma oração (sempre mais de um) praticam a ação verbal, obviamente, de forma recíproca - o primeiro pratica contra o segundo e o segundo pratica contra primeiro. O policial civil cumprimentou o militar ao mesmo tempo que o militar cumprimentou o civil. (B) Errado. Eis o nosso gabarito! Temos um caso, aqui, de voz ativa com sujeito indeterminado, e não de voz passiva sintética. Para que houvesse, nesse caso, uma voz passiva, o verbo (“realizar”) deveria estar no plural. (C) Certo. A voz reflexiva propriamente dita ocorre quando um sujeito (singular ou plural) pratica uma ação contra si, sendo, pois, agente e paciente da ação verbal de forma simultânea. Observe que o policial feriu alguém – ele mesmo. Assim, ele foi agente (feriu) e paciente (foi ferido), concomitantemente.(D) Certo. Estamos diante de um caso de voz passiva analítica, formada pelo verbo ser (“foi”) + particípio do verbo principal (“abatido”). Lembrando que, para haver voz passiva, o verbo principal deve ter transitividade direta (quem abate, abate algo ou alguém). (E) Certo. Veja que o sujeito da oração (“O bandido”) praticou uma ação verbal (“reagiu”), sendo, assim, um sujeito agente, marca principal da voz ativa. 5 “Deputados derrubam o veto presidencial e aprovam Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões.” Essa manchete é composta de duas orações; a relação lógica que se estabelece entre elas é: (A) a segunda oração indica a causa da primeira; (B) a primeira oração é ratificada pela segunda; (C) a segunda oração ocorre após a primeira; (D) a segunda oração é uma explicação da primeira; (E) as duas orações são cronologicamente simultâneas. Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveira, se você observar bem, há uma relação lógica entre as orações: primeiro teria que haver o veto presidencial para que o Fundo Eleitoral, naquele valor, pudesse ser aprovado, especificamente nessa ordem. Dessa forma, a segunda oração é consequência da primeira (que é causa, então). Não poderia acontecer simultaneamente porque a segunda oração dependia da ocorrência da primeira. Destarte, o item C é o único correto. (A) Errado. A segunda oração é consequência da primeira, e não causa, como já explanado. (B) Errado. A segunda oração não ratifica (confirma) a primeira, apenas, como já vimos, indica a consequência da derrubada do veto presidencial. (D) Errado. Já vimos que a segunda oração é uma consequência da primeira. Se é consequência, logicamente não pode ser explicação. (E) Errado. Já explicado no início do comentário da questão. Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 3 6 Todas as citações abaixo são atribuídas a Machado de Assis. Aquela que é criada a partir de uma outra citação famosa (intertextualidade) é: (A) “Amor de mãe é a mais elevada forma de altruísmo.”. (B) “Os fatos explicarão melhor os sentimentos: os fatos são tudo.”. (C) “O coração é a região do inesperado.”. (D) “Tudo é aliado do homem que sabe querer.”. (E) “A ocasião faz o furto; o ladrão nasce feito.” Gabarito: E COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Pois é, Caveira, nesse tipo de questão, você vai ter que exercitar seus conhecimentos enciclopédicos, sua “bagagem de mundo”. O item E, nosso gabarito, é criado a partir do ditado popular que “a ocasião faz o ladrão”, sendo, dessa maneira, claramente intertextual, já que um texto é criado a partir de outro ou faz referência, ainda que indireta a ele. 7 Observe o trecho abaixo. “A riqueza está lá fora. Quando se fala em minerar asteroides, não é sem uma razão forte. Elementos extremamente raros por aqui existem em abundância no espaço. Ouro, cobalto, platina, tungstênio, paládio: todos esses são metais não só raros e caros, mas essenciais para tecnologia moderna.” (SUPERINTERESSANTE) O segmento sublinhado da frase pode ser reescrito de modo adequado na seguinte forma: (A) são metais raros, caros e essenciais à tecnologia moderna. (B) são metais não apenas raros e caros, conquanto essenciais à tecnologia moderna. (C) são metais só não raros e caros, mas essenciais para a tecnologia moderna. (D) não são metais raros e caros, contudo são essenciais para a tecnologia moderna. (E) são metais raros, caros – malgrado essenciais para a tecnologia moderna. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Futuro PCERJ, é necessário esclarecer, primeiramente, a expressão conjuntiva “não só… mas” tem valor aditivo, somando, pois, as ideias. De posse dessa informação, analisemos os itens. (A) Certo. A conjunção “e” liga os três predicativos do sujeito enumerados, de forma a somar as ideias, já que aquele síndeto é contextualmente aditivo. Por fim, a regência nominal de “essencial” aceita perfeitamente a preposição “a”, a qual se funde com o artigo “a”, que acompanha o substantivo “tecnologia”, para formar a crase. (B) Errado. A conjunção “conquanto” tem valor concessivo e sua inclusão altera os sentidos do excerto. (C) Errado. Nessa construção, os metais citados no excerto são apenas essenciais, mas não raros nem caros, alterando, assim, substancialmente os sentidos do trecho. (D) Errado. Aqui, ocorre a mesma coisa do item anterior: os metais citados no excerto são apenas essenciais, mas não raros nem caros, alterando, assim, os sentidos do trecho. (E) Errado. A conjunção “malgrado” tem valor concessivo e sua inclusão altera os sentidos do excerto. 8 “O Brasil vive em guerra contra a corrupção.” Nesse segmento acima, o verbo sublinhado indica um estado permanente. A frase abaixo que indica um estado mutatório é: (A) As carreiras policiais tornaram-se extremamente concorridas nos últimos anos. (B) O concurseiro anda preocupado com suas notas nos simulados. (C) O Projeto Caveira é imbatível em simulados para concursos policiais! (D) O estudante parece mais focado que antes. (E) Quem estuda permanece evoluindo. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveira, a questão reclama conhecimentos sobre os valores expressos pelos verbos de ligação, os quais podem representar os seguintes estados: I. permanente; II. transitório; III. mutatório; IV. continuidade; V. aparente. Deve ser levado em conta, claro, o contexto. Não se esqueça disso. E estude o assunto! O estado mutatório, solicitado pelo enunciado, é aquele em que há a passagem de um estado para o outro (de alguém ou de algo) de forma permanente, ou seja, que, em tese, não é mais passível de alterações. Isso o difere, por exemplo, do estado transitório, que representa uma mudança temporária do estado da coisa. Vamos aos itens. Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 4 (A) Certo. Observe que as carreiras policiais deixaram o estado de não serem tão concorridas para o estado de serem extremamente concorridas, o que, em tese, é uma situação permanente. Isso acontece devido à semântica do verbo “tornar-se”. (B) Errado. A semântica do verbo “andar”, nesse contexto, indica um estado transitório: o concurseiro não é sempre preocupado; ele está, naquele momento, preocupado. (C) Errado. A semântica do verbo “ser” (“é”) indica um estado permanente. O Projeto Caveira não passou a ser e nem vai deixar de ser, ele simplesmente é imbatível! (D) Errado. Os sentidos do verbo “parecer” indicam, inequivocamente, um estado de aparência. (E) Errado. Os sentidos de “permanece” indicam um estado de continuidade, progressivo, não estanque. 9 Em uma discussão sobre a vacinação contra o coronavírus, um cidadão disse o seguinte: “Não é seguro tomar nem a segunda nem a terceira dose da vacina contra do Covid-19. Até mesmo o Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, é contra isso!” A afirmação acima, de caráter argumentativo, mostra uma falácia, que é: (A) generalização excessiva. (B) ataque ad hominem. (C) apelo à ignorância. (D) apelo à autoridade. (E) falso dilema. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: A questão exige conhecimentos sobre falácias argumentativas. Temos diversas, Caveira, não apenas essas listadas nos itens. Estude-as! Ah, e não adianta reclamar que está fora do edital, pois, para a FGV, esse assunto está situado em interpretação de textos e em tipologia textual (argumentativa). Falácias, a saber, são raciocínios errados que têm a aparência de que são verdadeiros. Vamos aos itens,então. (A) Errado. A generalização excessiva acontece quando tomamos um único exemplo para rotular todo um grupo de coisas/pessoas. O espaço amostral, portanto, é muito pequeno para apoiar uma conclusão séria. Exemplo: “O policial Fulano de Tal é corrupto, logo, todos os policiais são corruptos.” (B) Errado. Ataque ad hominem é o famoso ataque pessoal, direcionado à pessoa com quem se está argumentando, apelando, portanto, para seus traços subjetivos, como caráter, nacionalidade, raça, religião, etc. Exemplo: “Você diz que dirigir alcoolizado é errado, mas está com “contatinhos” no seu celular!” (C) Errado. O apelo à ignorância acontece quando se conclui que algo é verdadeiro ou falso por não se poder provar o oposto. Exemplo: Thor existe! Você pode provar que ele não existe? Então pronto! (D) Certo. Observe que, para justificar sua argumentação, o enunciador apelou para o discurso de uma autoridade: o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora Adhanom Ghebreyesus seja uma autoridade no assunto, sua opinião isolada não pode ser levada em consideração para que tenhamos uma definitividade sobre o assunto. (E) Errado. O falso dilema ocorre quando se limitam as opções a duas – opostas, obviamente -, quando, na verdade, há mais de duas possíveis. Exemplo: “Ou você concorda comigo ou não!” Podemos concordar parcialmente com uma opinião. Por isso é um falso dilema. 10 Veja a notícia abaixo, retirada do sítio oficial da PCERJ. Policiais civis da 90ª DP (Barra Mansa) prenderam, nesta quarta-feira (29/12), um homem acusado de lesão corporal, ameaça, associação para o tráfico de drogas e posse de artefato explosivo. Ele foi capturado após troca de informações de inteligência. Segundo os agentes, o acusado espancou sua vizinha e ateou fogo na residência dela após descobrir que ela estava de mudança para um bairro dominado por uma facção rival. Os policiais já haviam tentado prender o traficante anteriormente. Em uma das ações, os agentes foram até a casa dele e localizaram uma granada com a inscrição de uma organização criminosa que atua no estado do Rio de Janeiro. O bandido havia fugido. Contra o acusado foi cumprido um mandado de prisão expedido pela Justiça. Após a ação, ele foi encaminhado ao sistema prisional.” Os termos sublinhados no texto acima são conectores, ou seja, ligam partes do texto; a opção abaixo em que o valor semântico de um desses termos NÃO está corretamente indicado é: (A) para = finalidade. (B) contra = companhia. (C) segundo = conformidade. (D) da = lugar. (E) após = tempo. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: A questão reclama conhecimentos sobre o valor nocional das preposições. Estes termos, sozinhos, não Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 5 possuem qualquer valor semântico. Porém, aliados a um contexto, eles ganham significado. Vejamos os itens, Caveira, buscando o ERRADO. (A) Certo. A preposição “para” indica, de fato, finalidade, pois os fins, os objetivos da referida associação é o tráfico de drogas. (B) Errado. Eis o nosso gabarito! A preposição “contra”, indica oposição, adversidade, afinal, o mandado de prisão foi expedido contra o acusado, em desfavor dele. (C) Certo. A preposição “segundo” indica conformidade - algo que está de acordo com outra coisa. (D) Certo. A contração “da” (de + a) indica procedência, lugar de onde eram/são os policiais civis referidos no texto. (E) Certo. A preposição “após” indica ações sequenciais, que acontecem, temporalmente, uma depois da outra. 11 Todo texto argumentativo inclui normalmente elementos de defesa da tese apresentada; leia, por exemplo, o texto a seguir. “Observo que a má conduta moral não consiste na ação física exterior, mas na visão interior da vontade, fora das leis da razão e da religião. Isso é claro, já que matar um inimigo na batalha e dar a pena de morte a um criminoso não são considerados pecados; no entanto, o ato exterior é exatamente o mesmo que no caso de um assassinato.” (Berkeley) Para defender sua tese, apresentada no primeiro período do texto, o autor apelou para: (A) a citação de exemplos. (B) as suas opiniões pessoais. (C) o testemunho de autoridades. (D) a força das leis. (E) as decisões dos tribunais. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveira, preste atenção ao enunciado da questão. Ela diz que a TESE do autor está no PRIMEIRO PERÍODO do excerto. Então, esta é a tese: “Observo que a má conduta moral não consiste na ação física exterior, mas na visão interior da vontade, fora das leis da razão e da religião.” Logo abaixo, então, temos a ARGUMENTAÇÃO do autor: “Isso é claro, já que matar um inimigo na batalha e dar a pena de morte a um criminoso não são considerados pecados; no entanto, o ato exterior é exatamente o mesmo que no caso de um assassinato.” O autor, aqui, se utiliza de dois exemplos (da morte de um inimigo em batalha e da pena de morte a um criminoso), para justificar sua tese de que a má conduta moral vem da visão interior da vontade, pois, exteriormente, por fora, o assassinato tem resultado idêntico à pena de morte e também à matança de um inimigo em batalha. O que muda, portanto, são as intenções (a “visão interior da vontade”). Quanto aos outros itens: (B) Errado. A opinião do autor foi dada na tese. Como vimos, porém, na fase argumentativa (foco da questão), ele utilizou-se de exemplos, de comparativos que dessem sustentação à sua visão sobre o assunto. (C) Errado. O autor não se utilizou de argumentos de especialistas no assunto para proceder à sua argumentação. (D) Errado. Não há apelo a leis ou regulamentos. A menção a leis da razão e da religião não se aplica aqui. (E) Errado. Definitivamente, não há qualquer menção a decisões de tribunais. 12 Certa revista mostra o seguinte texto: “O ômicron apareceu primeiro na África do Sul, mas já foi detectada em diversos outros países. Ela tem 52 mutações, sendo 32 na proteína spike – os “espetos" que o vírus usa para se conectar às células (e que também são o alvo das vacinas e dos anticorpos). É muita coisa: quase quatro vezes mais mutações do que a variante Delta e suas nove alterações na spike.” O tipo de texto a que pertence esse segmento é: (A) descrição argumentativa. (B) narrativa didática. (C) divulgação científica. (D) injunção jornalística. (E) texto científico. Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: A questão reclama conhecimentos sobre gêneros e tipologias textuais, Caveira. Estamos diante de um texto de divulgação científica, de tipologia predominantemente informativa (mesmo contendo mais descrições!), no qual uma descoberta da ciência é trazida à baila de forma inteligível, com explicações de termos/jargões técnicos, enfim, acessível a todas as pessoas – diferente, por exemplo, de um texto científico propriamente dito. Neste, não há a necessidade de esclarecimentos sobre certos termos ou palavras Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 6 (como o termo “spike”, por exemplo), já que a comunidade de cientistas já os conhece. Comentemos os demais itens. (A) Errado. Malgrado o texto se apresente aparentemente como descritivo, não há visões subjetivas (argumentativas) acerca dos termos descritos. Tudo é tratado de forma objetiva, sem valoração pessoal, como é típico dos textos de divulgação científica. (B) Errado. O texto narrativo, como deve ser de sua sapiência, se propõe a contar uma história. Tem,portanto, narrador, personagens, lugar e tempo, etc. Fora de cogitação. (D) Errado. O texto injuntivo se propõe a instruir alguém a fazer algo, influenciar seu comportamento, geralmente por meio de verbos no imperativo. Encontrado em textos publicitários, receitas, bulas, etc. (E) Errado. Já abordado no início do comentário. 13 Assinale a alternativa em que o verbo o verbo em destaque não é considerado um verbo de ligação. (A) O bandido estava em casa. (B) O interrogado permaneceu calado frente às autoridades. (C) O Delegado ficou satisfeito com o resultado da operação. (D) O bandido era escorregadio em suas declarações. (E) O inspetor de polícia continuou sereno frente à operação. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveira, o verbo “estar”, em regra, é de ligação. Porém, quando ligado apenas a um adjunto adverbial (“em casa”), ele é considerado como intransitivo. Todos os demais são, com efeito, verbos de ligação, os quais unem um sujeito a seu respectivo predicativo (característica ou estado): B) Errado. Sujeito: “interrogado” / P.S.: “calado”. C) Errado. Sujeito: “delegado” / P.S.: “satisfeito”. D) Errado. Sujeito: “bandido” / P.S.: “escorregadio”. E) Errado. Sujeito: “inspetor” / P.S.: “sereno”. *P.S.: Predicativo do Sujeito. 14 Veja o texto a seguir extraído do site da PCERJ. Sobre esse texto, é incorreto afirmar que: (A) trata-se de um texto publicitário, destinado a vender a ideia de denúncias de atos de corrupção. (B) o texto apela, entre outros, ao status de “cidadão”, de que a maioria das pessoas desfrutam, para influenciá-las. (C) infere-se que o cidadão denunciante teme por sua segurança no tocante à denúncia de crimes. (D) as tipologias predominantes no texto são injuntiva e informativa. (E) o “telefone” – o “novo aliado do cidadão contra a corrupção” – representa o policial que irá responder ao telefonema ou o chamado do cidadão. Gabarito: E COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Analisemos os itens, Caveira, buscando o INCORRETO. (A) Certo. De fato, o texto é um anúncio publicitário, que tem como propósito influenciar o leitor a denunciar atos de corrupção por ele conhecidos - em termos populares, “comprar essa ideia”. (B) Certo. O item exige conhecimentos extratextuais, enciclopédicos. É necessário saber que nem todas as pessoas são cidadãs. Este é um status daqueles que desfrutam de todos os seus direitos e cumprem todas as suas obrigações. Dessa forma, corriqueiramente, divide-se a sociedade entre cidadãos e não-cidadãos – estes últimos seriam os infratores da lei. Isso dá, portanto, aos cidadãos, como já mencionado, um status diferenciado, uma qualidade positiva. (C) Certo. Se o cidadão não temesse por sua segurança, não haveria necessidade de se ressaltar que o seu “anonimato” estaria garantido, após/durante a denúncia. Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 7 (D) Certo. A tipologia injuntiva é aquela que procura influenciar o comportamento do leitor, geralmente o fazendo por meio de verbos no imperativo (“Disque”). No mais, a tipologia é, sim, expositiva, já que há a utilização de frases declarativas que servem apenas para prestar informações ao leitor (que o anonimato está garantido, quais são os dias e horários para denúncias, etc.). (E) Errado. Eis o nosso gabarito! Extrapolam-se as ideias do texto ao se supor que será necessariamente um policial que irá responder ao telefonema. O “telefone”, no texto, é uma mera personificação da própria polícia. 15 Abaixo aparecem cinco frases com marcadores textuais; assinale a frase em que se indica corretamente o valor textual de um desses marcadores: (A) Nesta pequena cidade Cláudio quase não sai, então conhece muito pouca gente / tempo. (B) Márcio é trabalhador, leal, sincero... em poucas palavras, é um bom sujeito / resumo. (C) João dava aula para turmas diferentes. Na verdade, só coordenava os estudos na sala / ratificação. (D) Todo ensaio filosófico atende, pois, a dois aspectos: o que as coisas são e o que se pensou sobre elas / consequência. (E) Fulano escreveu uma carta anônima? Bom caráter que ele deve ser / determinação. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Sem enrolação, direto aos itens, futuro PCERJ. Marcadores textuais ou marcadores do discurso são vocábulos que expressam relações estabelecidas entre os enunciados que compõem um texto. Podem ser preposições, conjunções, pronomes, entre outros. As relações podem ser as mais diversas possíveis: oposição, tempo, lugar, modo, comparação, etc. Aos itens! (A) Errado. O marcador textual que se apresenta nesse trecho (“então”) possui caráter conclusivo, e não temporal. (B) Certo. A expressão adverbial “em poucas palavras” tem a função de resumir o que fora dito anteriormente: “trabalhador, leal, sincero” = “bom sujeito”. (C) Errado. O termo explicativo “na verdade” introduz uma correção acerca do que se acabou de falar. Assim, trata-se de uma retificação – e não de uma ratificação (confirmação). (D) Errado. A conjunção “pois”, quando posposta ao verbo, introduz uma ideia conclusiva, e não consecutiva. (E) Errado. É o oposto: o termo “fulano” passa uma ideia de indefinição, indeterminação, já que não podemos dizer exatamente de quem se trata. São nossos velhos amigos “fulano”, “sicrano”, “beltrano” … 16 Os raciocínios dos textos argumentativos ora se apoiam no método indutivo – do particular para o geral – ora no método dedutivo – do geral para o particular. A frase que exemplifica o método indutivo é: (A) Os jogos do Campeonato Brasileiro já deveriam ser abertos ao público, pois, assim, haveria mais emoção e incentivo; o Atlético Mineiro, por exemplo, obteria ainda melhor resultado ontem, se a torcida estivesse na arquibancada. (B) O hospital Getúlio Vargas atendeu ontem um número excessivo de emergências e enfrentou as dificuldades oriundas da falta de pessoal, mas, na verdade, os hospitais públicos, em todas as grandes cidades, estão passando por isso. (C) As livrarias estão fechando as portas em muitos lugares, em função da substituição dos livros pela mídia digital; a livraria de um shopping no centro da cidade resiste ainda porque, espertamente, abriu um café dentro da loja. (D) O circo deixou de existir, pelo menos nos grandes centros, já que não encontra mais espaço nem nos terrenos nem no coração das pessoas; um pequeno circo ainda está presente no subúrbio de Realengo, onde as crianças se divertem com o palhaço Cascão. (E) Nem todos os divertimentos eletrônicos custam caro, já que há pequenos produtores que investem em games mais simples e mais baratos, como no caso do Pequena Batalha. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Raciocínio analítico em língua portuguesa? Temos! Rsrs. O pior de tudo é que o edital não traz o conteúdo de modo específico. Mas você é Caveira, vai estar preparado para tudo! O item quer um enunciado que se apoie em um raciocínio indutivo, ou seja, particular → geral. Analisemos os itens, então. (A) Errado. Temos os pares “jogos do campeonato” e “jogo do Atlético Mineiro”. Veja que o raciocínio, aqui, partiu de um enunciado mais geral (jogos) para um mais específico, particular (o jogo de um time só). Conclui-se, facilmente, que estamos diante de um raciocínio dedutivo. (B) Certo. O “Hospital Getúlio Vargas” é o termo particular, o qual “evolui” para “hospitais públicos”, um termo mais abrangente, geral. Temos, assim, um exemplo de raciocínio indutivo. (C) Errado. “livrarias” é o termo geral, à medida que “livraria de um shopping no centro da cidade” é (bem) mais específico, mais particular. Raciocínio dedutivo, portanto. Michel Lima CPF: 135.401.457-02203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 8 (D) Errado. O termo “o circo”, logo no início do período, traz uma designação geral sobre essas instituições. Dessa forma, fala de todos os circos. “um pequeno circo…” em “Realengo”, por sua vez, é o termo particular, nos levando, então, novamente, ao raciocínio dedutivo. (E) Errado. “divertimentos eletrônicos” é termo geral em relação a um específico, particular: “Pequena Batalha”. Outra vez, raciocínio dedutivo. 17 O termo misantropia é definido no dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, p. 1338, como “aversão à sociedade, aos homens”. A frase abaixo que poderia exemplificar esse sentimento é: (A) “O inferno são os outros.” (Sartre) (B) “Morte a todos os fanáticos!” (anônimo) (C) “Deus deve amar os medíocres. Fez muitos deles.” (Abraham Lincoln) (D) “A única maneira de ter amigos é ser amigo.” (Emerson) (E) “Do nada, nada vem e ao nada, nada pode reverter.” (Pérsio) Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: (A) Certo. Caveira, o “inferno” é visto, pelo menos normalmente, como algo ruim. Se os “outros” (a sociedade, as outras pessoas) são algo ruim, é porque não se gosta deles. Há, portanto, uma aversão à sociedade, aos homens (homem e mulher). (B) Errado. Não pode haver, nesse enunciado, misantropia, pois uma suposta “aversão” aqui não é direcionada a toda a sociedade, mas apenas a um grupo específico de pessoas: os fanáticos. (C) Errado. Assim como no item a anterior, a “aversão” aqui seria direcionada a um grupo específico de pessoas: os medíocres. (D) Errado. Fazer amigos definitivamente não é misantrópico, já que a pessoa tem aversão às pessoas. (E) Errado. Não há, no item, qualquer avaliação que diga respeito a pessoas misantrópicas. 18 Muitos vocábulos empregados em frases têm seu sentido histórico documentado em dicionários; outros, porém, só possuem significados quando situados em um contexto. A frase abaixo em que o vocábulo destacado tem significado dependente do contexto é: (A) A vida de concurseiro não é fácil. (B) Fizemos o simulado cronometrando o tempo. (C) O café é o melhor amigo daquele que estuda para concursos. (D) Ontem a prova foi sucesso! (E) Obteremos êxito, com certeza, no concurso da PCERJ. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Em uma frase escrita, para sabermos que dia foi “ontem”, é necessário um contexto que nos diga em que dia estamos. Portanto, o item D é o correto. Os demais itens, por sua vez, não apresentam elementos em destaque que necessitem de contexto para serem decodificados e compreendidos. 19 Para que as frases abaixo façam sentido, o leitor deve colaborar com alguma inferência. A frase em que a inferência dada é adequada ao sentido da frase é: (A) As únicas pessoas normais são aquelas que você não conhece bem / Inferência: todas as pessoas são anormais. (B) O psiquiatra é a primeira pessoa com quem você deve falar depois que começa a falar sozinho / Inferência: os psiquiatras são simultaneamente médicos e loucos. (C) Se você está tentando me deixar louco, chegou tarde / Inferência: eu ficarei louco de qualquer modo. (D) Antes eu era vaidoso, mas agora sou perfeito / Inferência: todas as pessoas podem superar seus defeitos. (E) É melhor morrer de pé do que viver de joelhos / Inferência: as doenças graves levam o melhor de nossa vida. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveira, a questão aborda pressupostos e subentendidos. Vamos lá. (A) Certo. Quando o trecho fala em “únicas pessoas normais”, pressupõe-se que todas as outras são anormais. E se, quando você conhece essas outras pessoas descobre que elas também não são normais, todas são, pois, anormais! (B) Errado. Extrapola-se as ideias caso consideremos que os psiquiatras são loucos. Médicos, ok, já que, quando estamos com alguma alteração, física ou mental, procuramos um. Houve no item apenas um trocadilho em torno do verbo “falar”. (C) Errado. A inferência correta para o item é que a pessoa já está louca, no presente, já que a pessoa que tenta deixar a outra louca já chegou tarde, ou seja, já chegou após o acontecimento. (D) Errado. Não é possível inferir que “todas as pessoas podem superar seus defeitos” a partir das premissas apresentadas. Em verdade, o que podemos depreender Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 9 do fragmento é o oposto: que a pessoa não conseguiu superar seus defeitos, já que agora ela se tornou prepotente, arrogante, “convencida”. (E) Errado. Extrapolação total. A frase, em outras palavras, nos diz que é melhor viver com dignidade. Uma inferência que podemos fazer daí é que há pessoas que vivem humilhadas, que não possuem orgulho ou amor próprios. Não tem absolutamente nada a ver com doenças. 20 Um pleonasmo é uma figura que repete termos; um anacoluto é marcado por uma interrupção. A frase abaixo que contém um anacoluto, e não um pleonasmo, é: (A) Às mulheres, não se pode dar um elogio atualmente. (B) Os livros, o aluno não os trouxe para a aula. (C) Paisagens, quero-as comigo por toda a vida. (D) Ao homem mesquinho, basta-lhe pouquinho. (E) A mim até me pareceu que ia chover forte. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: A questão trata de figuras de linguagem. Professor, está no edital? Expressamente, não. Mas a FGV tem cobrado, inserindo o assunto dentro dos tópicos de interpretação de textos. Não adianta espernear. Treinamento difícil, combate fácil. O anacoluto consiste na quebra da estrutura sintática do período, geralmente com a inserção de um termo deslocado de sua posição original ou de expressões que não têm relação sintática com o referido período. O pleonasmo, por sua vez, consiste na repetição de ideias, geralmente por meio de pronomes. Analisemos os itens: (A) Certo. O termo “às mulheres” poderia ter sido inserido após o substantivo “elogio” ou simplesmente suprimido, sem qualquer prejuízo sintático (ou semântico) para o período. Sendo assim, estamos diante de um anacoluto. (B) Errado. O termo “os livros” é repetido por meio do pronome oblíquo “os”, afinal, foram os livros que o aluno não trouxe. Se houve repetição, estamos diante de um pleonasmo. (C) Errado. O termo “as paisagens” é repetido por meio do pronome oblíquo “as”, pois são elas que a pessoa quer consigo. Mais uma vez, pleonasmo. (D) Errado. O termo “ao homem mesquinho” é repetido por meio do pronome oblíquo “lhe”, já que são a eles que “basta um pouquinho”. Lembre-se daquele bizu: o “lhe” deve ser lido como “a ele(a)”, “nele(a)” ou “dele(a)”. Outra vez, pleonasmo. (E) Errado. O termo “a mim” é repetido por meio do pronome oblíquo “me”, porquanto foi à própria pessoa que pareceu que ia chover. Se houve repetição, estamos, de novo, diante de um pleonasmo. 21 Considere o comentário a seguir: Frase nominal. Superlativo relativo ou comparativo de excelência. Elipse do verbo. Dentre as cinco frases publicitárias abaixo, a que está relacionada ao comentário acima é: (A) Para teu pequeno gigante. Nestlé Junior. (B) Peugeot 306. O Rival. (C) Marlboro. Fragrância para homens. A atração da aventura. (D) Opel Astra. Engenharia alemã do futuro. (E) Voyager. O mais vendido do mundo em sua classe. Gabarito: E COMENTÁRIO DO PROFESSOR: A questão exige que se identifique, entre os itens, o enunciado que se estrutura a partir de três ideias: I. Frase nominal (sem verbo); II. Superlativo relativo ou comparativo de excelência; e III. Elipse de um verbo. Analisando o item correto, temos oseguinte: I. Voyager (frase nominal). II. Mais vendido (superlativo relativo de superioridade) - → se é o mais vendido, com certeza tem excelência naquilo que faz. III. “É o mais vendido...” (omissão do verbo “ser”). Analisemos os demais itens. (A) Errado. Temos uma frase nominal (Nestlé Junior) e a omissão de um verbo (“serve”/”é” para seu pequeno gigante), mas não temos nenhum comparativo ou superlativo. (B) Errado. Da mesma forma que o anterior, o item possui uma frase nominal (Peugeot 306) e a omissão de um verbo (“é” o rival), mas nada de comparativo ou superlativo. (C) Errado. Nesse item, temos uma frase nominal (Marlboro) e a omissão de dois verbos (“É” fragrância para homens. “É” a atração da aventura.). Mais uma vez, nada de comparativo ou superlativo. (D) Errado. Outra vez, aqui são apresentadas uma frase nominal (Opel Astra) e a omissão de um verbo (“É” a engenharia alemã do futuro.) Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 10 22 “Quando é que seremos, enfim, empossados no cargo de Inspetor da PCERJ?” Nessa frase, os elementos sublinhados são dispensáveis (expletivos); a frase abaixo em que se sublinha(m) termo(s) expletivo(s) é: (A) A verdade é que nunca te amei. (B) Foram os vários simulados que também nos conduziram à aprovação. (C) As vítimas foram socorridas pelos bombeiros. (D) A vida é aquilo que acontece quando você faz planos. (E) Há cinco anos eu não falo com meu irmão. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: O enunciado da questão já foi “gente boa” conosco, Caveira, esclarecendo-nos o que são termos expletivos, também chamados de “partículas de realce”. Para identificar o item correto, portanto, fica fácil: basta retirarmos os termos em destaque. Se o período se mantiver correto – sintática e semanticamente -, teremos termos expletivos. (A) Errado. Embora a expressão “é que” apareça diversas vezes como item expletivo, esse não é o caso do item. O “é que”, aqui, é a soma de um verbo de ligação com uma conjunção integrante, a qual introduz uma oração subordinada substantiva predicativa. Não podemos, assim, retirá-los do período. A verdade nunca te amei. (B) Certo. A expressão “é… que”, nesse caso “foram... que”, pode ser retirado sem qualquer prejuízo para o período: “Foram os vários simulados que também nos conduziram à aprovação.” “Os vários simulados também nos conduziram à aprovação.” (C) Errado. O termo “pelos bombeiros” é agente da passiva da oração em que se encontra. Sua supressão, assim, prejudicaria a semântica do período. As vítimas foram socorridas. (D) Errado. Dessa vez, a expressão “é… que” não é um termo expletivo, mas sim o conjunto de dois termos independentes - o verbo de uma oração e um pronome relativo, respectivamente. A retirada de ambos causaria prejuízo sintático e semântico ao período. A vida aquilo acontece quando você faz planos. (E) Errado. A retirada do objeto indireto “com meu irmão” causaria prejuízo semântico ao período. Há cinco anos eu não falo. 23 Um sítio na internet lista dez fobias que são mais comuns entre as pessoas. Todas elas contém um prefixo - o qual indica o tipo de medo que a pessoa possui - e o termo “fobia”, que é sinônimo de “medo”. Assinale a alternativa em que a associação entre o nome da fobia e o medo das pessoas está feita de forma incorreta. (A) Aracnofobia / aranhas. (B) Zoofobia / animais. (C) Agorafobia / palhaços. (D) Acrofobia / altura. (E) Tanatofobia / morte. Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveira, todos os itens estão corretos, exceto o C; agorafobia se trata de medo de multidão e não de palhaços (coulrofobia). Em questões de prefixos, tente associar as palavras listadas a outras, as quais você saiba o significado. Exemplos: Aracnofobia – aracnídeos – aranhas; Zoofobia – zoológico – animais; Agorafobia – ágora – reunião (gregos) – pessoas – multidão; Acrofobia – acrobata – acrobacias – altura; Tanatofobia – tanato – procedimento funerário – morte. 24 “Dirigir defensivamente é essencial para prevenir os desastres ou pelo menos minimizar suas consequências”. Assinale a opção que apresenta a forma de reescrever esse período do texto de modo a manter o sentido original, a correção e o paralelismo na construção. (A) Dirigir defensivamente é essencial para a prevenção dos desastres ou pelo menos a minimização de suas consequências. (B) Dirigir defensivamente é essencial para que se previnam os desastres ou pelo menos a minimização de suas consequências. (C) Dirigir defensivamente é essencial para a prevenção dos desastres ou pelo menos para que minimizem suas consequências. (D) Dirigir defensivamente é essencial para que se previna os desastres ou pelo menos se minimize as suas consequências. (E) Dirigir defensivamente é essencial para que seja prevenido os desastres ou pelo menos sejam minimizadas as suas consequências. Gabarito: A Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 11 COMENTÁRIO DO PROFESSOR: A questão reclama conhecimentos de concordância verbal e de paralelismo sintático. Caveira, concordância verbal você certamente já sabe o que é. O paralelismo é a relação harmônica entre as funções de certos termos de um texto. Pode ser, em regra, semântico ou sintático. Em termos bem informais, é o seguinte: se começa de um jeito, tem que terminar da mesma maneira. Se eu comecei a enumerar substantivos, não é adequado, em regra, pôr um verbo no meio. Exemplo: “Gosto de mar, serra e brincar em piscinas.” Veja que há uma quebra de paralelismo aí. Ciente disso, vamos aos itens. (A) Certo. No trecho, houve a manutenção da correção gramatical e do paralelismo sintático. Este ocorreu porque os dois complementos nominais do substantivo “essencial” mantiveram a mesma classe gramatical: ambos são substantivos (“prevenção” e “minimização”), assim como ocorreu no trecho original – a diferença é que neste, em vez de substantivos, tínhamos verbos como complementos nominais de “essencial”. “Dirigir defensivamente é essencial para a prevenção dos desastres ou pelo menos a minimização de suas consequências.” (B) Errado. Erro de paralelismo sintático. O nome “essencial” é referente para dois termos: “previnam” e “minimização”. Contudo, o primeiro é verbo e o segundo é substantivo. Isso rompe o paralelismo do período. “Dirigir defensivamente é essencial para que se previnam os desastres ou pelo menos a minimização de suas consequências.” C) Errado. Erro de paralelismo sintático. Assim como no item anterior, o nome “essencial” é referente para dois termos: “prevenção” e “minimizem”. Contudo, o primeiro é substantivo e o segundo é verbo. Isso rompe o paralelismo do período. “Dirigir defensivamente é essencial para a prevenção dos desastres ou pelo menos para que minimizem suas consequências.” (D) Errado. Erro de concordância verbal. As locuções verbais “se previna” e “se minimize” deveriam estar no plural para concordarem com seus sujeitos “os desastres” e “as suas consequências”, respectivamente. “Dirigir defensivamente é essencial para que se previna os desastres ou pelo menos se minimize as suas consequências.” (E) Errado. Erro de concordância verbal. A locução verbal “seja prevenido” deveria estar no plural para concordar com seu sujeito “os desastres”. Dirigir defensivamente é essencial para que seja prevenido os desastres ou pelo menos sejam minimizadas as suas consequências. 25 “A maior ameaça à democracia,à justiça socioeconômica e ao crescimento econômico neste país é que predomina a ideia de controle monopolista de algumas empresas sobre a economia”. (Nelson Mandela) Assinale o comentário adequado aos componentes da citação de Nelson Mandela sobre democracia: (A) o vocábulo “maior” equivale à forma superlativa do adjetivo “grande”. (B) o acento grave em “à democracia” tem seu emprego justificado por razão diferente do termo “à justiça socioeconômica”. (C) no termo “neste país”, a forma do demonstrativo “este” é justificada pela referência ao tempo presente. (D) a expressão “é que” tem valor expletivo, ou seja, pode ser retirada do texto sem prejuízo da forma ou do sentido. (E) o conector “sobre” está mal empregado, devendo ser substituído por “sob”. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Essa é uma questão para se analisar item a item, Caveira. Vamos lá. (A) Certo. Em relação ao grau dos adjetivos (pois é, a FGV cobra esse conteúdo!), de fato o termo “maior” é o superlativo relativo de superioridade em relação ao adjetivo “grande”, já que é gramaticalmente incorreto o uso da expressão “mais grande”. (B) Errado. Embora o paralelismo force a inclusão da crase, esse fenômeno ocorre, primariamente, devido à fusão da preposição “a”, exigido pela regência do substantivo “ameaça”, com o artigo “a”, que acompanha o substantivo “democracia”. (C) Errado. O pronome demonstrativo “este” tem conotação espacial (e não temporal), ou seja, diz respeito ao lugar em que o enunciador se encontra. (D) Errado. A expressão “é que” não tem valor expletivo (facultativo, realce), ou seja, não pode ser retirada do contexto sem causar prejuízo gramatical e/ou semântico. Em verdade, ela é o encontro de um verbo de ligação com uma conjunção integrante, a qual introduz uma oração subordinada substantiva predicativa. (E) Errado. A preposição “sobre” está corretamente empregada, tendo conotação de “assunto”, podendo ainda, dessa maneira, por exemplo, ser substituída, por exemplo, por “a respeito de”. Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 12 26 “Assaltar os cofres públicos é um ato democrático porque o dinheiro é poder e o poder emana do povo”. A frase mostra uma estrutura argumentativa, que teria validade, mas não verdade, na seguinte forma: (A) o poder emana do povo / o dinheiro é poder / assaltar os cofres públicos é um ato democrático. (B) o dinheiro é poder / o poder emana do povo / assaltar os cofres públicos é um ato democrático. (C) assaltar os cofres públicos é um ato democrático / o poder emana do povo / o dinheiro é poder. (D) o dinheiro é poder / assaltar os cofres públicos é um ato democrático / o poder emana do povo. (E) o poder emana do povo / assaltar os cofres públicos é um ato democrático / o dinheiro é poder. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveira, estamos, outra vez, diante de uma questão que envolve conhecimentos sobre teoria da argumentação. É bom dar uma boa olhada nesse assunto! A questão trata, especificamente, sobre silogismo, o qual se utiliza, por sua vez, do método dedutivo - aquele o qual, como já vimos, parte das ideias gerais em direção a uma ideia particular. Outra característica do silogismo é partir de duas premissas em direção a uma conclusão. Lembrando que pouco importa se a afirmação é verdadeira ou não – importa apenas que ela seja válida. Vejamos um exemplo: Todo concurseiro faz simulado. Mévio é concurseiro. Logo, Mévio faz simulado. Posso dizer que, certeiramente, que todo concurseiro faz simulado? Não! Mas o argumento é válido! Se o enunciado procura justificar que “assaltar os cofres públicos é um ato democrático” (já que essa expressão está antes do “porque”), devemos considerar esse enunciado como nossa conclusão, devendo, pois, ficar no fim do silogismo. Com isso, eliminamos os itens C, D e E. Agora precisamos apenas descobrir qual a premissa maior, que virá, certamente, primeiro. Geralmente essa premissa vem com um termo generalizante (“todo”, “nenhum”, etc,). A premissa em isso pode ser observado, ainda que de maneira oculta, é “o poder emana do povo”. Assim ficaria a estruturação do silogismo: I. (Todo) poder emana do povo; (premissa maior) II. O dinheiro é poder; (premissa menor) III. (Logo) Assaltar os cofres públicos é um ato democrático. (conclusão) Destarte, o item A é o nosso gabarito. 27 “Desde 2008, o ibope pergunta à população em idade de votar quão satisfeita ela está com o funcionamento da democracia no Brasil”. O termo “desde 2008” causa modificação de sentido quando colocado na posição seguinte: (A) O ibope, desde 2008, pergunta à população em idade de votar quão satisfeita ela está com o funcionamento da democracia no Brasil. (B) O ibope pergunta, desde 2008, à população em idade de votar quão satisfeita ela está com o funcionamento da democracia no Brasil. (C) O ibope pergunta à população, desde 2008, em idade de votar quão satisfeita ela está com o funcionamento da democracia no Brasil. (D) O ibope pergunta à população em idade de votar, desde 2008, quão satisfeita ela está com o funcionamento da democracia no Brasil. (E) O ibope pergunta à população em idade de votar quão satisfeita ela está com o funcionamento da democracia no Brasil desde 2008. Gabarito: E COMENTÁRIO DO PROFESSOR: O adjunto adverbial de tempo “desde 2008” modifica o verbo “perguntar” em quase todos os itens, exceto no E, no qual sua posição faz com que aquele termo modifique a forma verbal “está”. 28 “Embora tenha surgido na Grécia Antiga, a democracia foi pouco usada pelos países até o século XIX”. O sentido adequado dessa frase é: (A) a Grécia é um país culto, mas não conseguiu implantar a democracia no mundo. (B) a Grécia é muito antiga, mas só no século XIX a democracia passou a vigorar em alguns países. (C) a Grécia é a pátria da Filosofia, mas as ideias democráticas não conseguiram êxito. (D) a Grécia é o país criador da democracia, mas só com o surgimento dos EUA, ela foi conhecida. (E) a Grécia usou a democracia por muitos séculos, mas os países modernos a adotam por pouco tempo. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Comentemos os itens, futuro Inspetor da PCERJ. (A) Errado. Extrapola-se as ideias do trecho ao se afirmar que a Grécia é um país culto. Ser democrático não implica, necessariamente, ser culto, nem vice e versa. Outrossim, a Grécia também não tinha a “responsabilidade” de implantar a democracia no mundo. (B) Certo. No trecho, há uma vinculação da ideia da idade de democracia à ideia da antiguidade da própria Grécia. Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 13 Assim, a democracia é tão antiga quanto a Grécia Antiga. A preposição “até” também nos diz, inferencialmente, que a partir daquele momento (século XIX) a democracia passou a vigorar em alguns outros países. (C) Errado. Extrapola-se as ideias do trecho ao se falar sobre Filosofia. Ademais, a ideia de democracia logrou êxito, sim, em alguns países, como podemos inferir do enunciado (“foi pouco usada pelos países até o século XIX”). (D) Errado. Outra extrapolação absurda das ideias do trecho, afinal não se fala nada sobre os EUA! (E) Errado. Mais uma extrapolação das ideias do texto. Quando se diz que a “a Grécia usou a democracia por muitos séculos”, infere-se que ela não a utiliza mais – o que não podemos afirmar, textualmente. O texto abaixo é referência para as questões 29 e 30. O MITO DA MAIORIDADE PENALMarcelo Freixo, O Globo, 02/04/2015 “Quando falo sobre redução da maioridade penal, costumo dizer que a sociedade precisa decidir em que banco quer ver a juventude. Se no banco da escola ou no banco dos réus. Anteontem, o Congresso Nacional sinalizou que prefere a segunda opção. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou a constitucionalidade da PEC que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos”. 29 Segundo o expresso no texto, depreende-se que o autor do texto: (A) apoia a decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. (B) critica o sistema educacional, incapaz de manter as crianças na escola. (C) desaprova a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. (D) lamenta afetivamente o encaminhamento de menores para a prisão. (E) aplaude a aprovação da constitucionalidade da PEC que reduz a maioridade penal. Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Direito aos itens. (A) Errado. Na verdade, o autor do texto discorda da decisão da CCJ – posição que pode ser vista desde o título, “Mito da maioridade”, até à criação da dualidade entre “banco da escola” e “banco dos réus”, afirmando que a referida Comissão optou por esta, o que pode ser considerado, obviamente, como algo ruim. (B) Errado. Extrapolação das ideias do texto. Em momento algum há a crítica ao sistema educacional brasileiro, mas apenas à decisão da CCJ da Câmara. (C) Certo. O título do texto já nos antecipa uma visão negativa do autor do texto acerca do maioridade penal: ele considera um mito, uma ilusão, a ideia de que a redução da maioridade penal possa, de algum modo, reduzir a delinquência. Ademais, como mencionado um pouco mais acima, Freixo cria uma dualidade entre “banco dos réus” e “banco da escola”, esclarecendo que a CCJ “optou pelo ruim” – pelo “banco dos réus”. (D) Errado. Extrapola-se as ideias do texto ao se afirmar que há uma lamentação de Freixo sobre o “encaminhamento de menores para a prisão”. Na verdade, sua crítica é pontual e é voltada à decisão da CCJ sobre a redução da maioridade penal. (E) Errado. Outra extrapolação das ideias do texto. Não há qualquer avaliação – positiva ou negativa – que repouse sobre a constitucionalidade da PEC que reduz a maioridade penal. O trecho é exclusivamente expositivo. 30 O autor do texto apela para algumas estratégias argumentativas; a estratégia identificada de forma correta e adequada ao texto é: (A) a criação de autoridade para os seus argumentos ao citar a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. (B) o aumento da força de seus argumentos ao colocar as opiniões em primeira pessoa do singular. (C) o apelo à intimidação do leitor, antecipando os perigos sociais de uma parte delinquente de nossa juventude. (D) a utilização de um falso argumento “ou um ou outro”, ao dizer “no banco da escola ou no banco dos réus”. (E) o uso de argumento apoiado em pública autoridade ao indicar a preferência do Congresso Nacional pela redução da maioridade penal. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Como já explanado na questão anterior, Caveira, houve, sim, como estratégia de argumentação, a criação de uma falsa dualidade – uma falácia (falso dilema): ou um ou outro, ou “o banco dos réus” ou o “banco da escola”. Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 14 Conhecimentos Básicos de Informática 31 Após preparar um relatório no MS Word com aproxima- damente 100 páginas, contendo texto, tabelas e outros elementos gráficos, João pretende distribuir uma versão eletrônica do mesmo para um grupo de pessoas, tanto da sua empresa como de fora dela. Nesse grupo, são utili- zados diferentes computadores e sistemas operacionais, com plataformas de software diversificadas. Uma opção de formato adequada para essa distribuição seria: (A) .DOC (B) .JPG (C) .PDF (D) .TXT (E) .XML Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveira, uma opção de formato adequada para essa dis- tribuição seria o .PDF. O formato PDF é conhecido como arquivos de formato de documento portátil, sendo classificado como arquivos de dados. Esse formato foi criado com o objetivo de fornecer su- porte à compatibilidade cruzada mais ampla para vi- sualização e compartilhamento de conteúdo entre sis- temas mais utilizados e, uma das suas vantagens, é que o arquivo PDF NÃO pode ser alterado, isso ajuda a man- ter a autenticidade do documento. Por fim, cuidado com a extensão .txt (acredito que mui- tos alunos podem ter marcado essa alternativa). Esse for- mato se refere aos arquivos simples de texto criados com o bloco de notas, por exemplo. Como a questão deixa claro que o arquivo possui TABELAS e outros ELEMEN- TOS GRÁFICOS, esse formato não é adequado para es- ses tipos de arquivos. 32 No Windows 10, se um arquivo localizado na pasta C:\Documentos for arrastado com o mouse para o diretó- rio destino C:\TEMP e, simultaneamente, a tecla SHIFT for pressionada, o arquivo será: (A) movido para o destino. (B) mantido onde está, porém, uma cópia será criada na pasta destino. (C) mantido onde está, porém, um atalho para este ar- quivo será criado na pasta destino. (D) movido para o destino, porém, um atalho será criado na área de trabalho para este arquivo. (E) enviado para a lixeira. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveira, ao realizar o procedimento acima, o arquivo será MOVIDO para o destino, ou seja, ao arrastarmos um ar- quivo dentro da mesma unidade de disco atual, por exemplo, de uma pasta contida em C: para outra pasta contida em C:, e pressionando a tecla SHIFT, o arquivo – por padrão – é MOVIDO. No entanto, fique atento! Se você arrastar o arquivo utilizando a tecla CTRL, o ar- quivo será COPIADO. Se você arrastar o arquivo utilizando a tecla ALT, irá criar um ATALHO do arquivo. Se você arrasar o arquivo utilizando a tecla SHIFT, o ar- quivo será MOVIDO. 33 No Windows, a função principal do “Windows Defender” pode ser caracterizada como a proteção contra: (A) perda de dados no caso de falha de hardware; (B) picos de tensão na rede elétrica; (C) spam por meio do correio eletrônico; (D) spywares e outros programas maliciosos; (E) tentativas de quebra da senha do administrador. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveira, uma das funcionalidades do Windows Defen- der é impedir que vírus, spyware e outros softwares mal- intencionados ou indesejados sejam instalados no computador sem você saber, ou seja, ajuda a PROTE- GER o computador contra vírus e outros malwares. Portanto, é uma aplicação de proteção integrada do sis- tema operacional Windows que ajuda na segurança pro- tegendo seus usuários contra acessos indesejados em um computador ao qual está instalado e ativo. 34 A memória de um computador é constituída por um con- junto de circuitos capazes de armazenar dados e progra- mas. A memória que permite o armazenamento de uma grande quantidade de dados e instruções, por um período de tempo mais longo, é a: (A) RAM. (B) principal. (C) de trabalho. (D) secundária. (E) cache. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 15 Caveira, a Memória Secundária ou “memórias de arma- zenamento em massa”, é utilizada para armazena- mento PERMANENTE de dados. Nesta categoria estão os pendrives, por exemplo. Ela é do tipo NÃO VOLÁTIL, ou seja, os dados não são per- didos quando o computador é desligado. Você pode perceber isso através do uso do seu pendrive, em quequando você o desconecta do computador, seus dados não são perdidos, podendo ser usado novamente de- pois por um período de tempo mais longo. Ou seja, é uma memória não volátil. Por outro lado, a Memória Principal é onde fica guar- dada as informações dos programas utilizados naquele exato momento, ou seja, é usada para guardar algum dado momentâneo que esteja em execução no computa- dor, tratando-se de uma memória VOLÁTIL. FONTE: Manual de Hardware Completo 3º ed. - Carlos E. Morimoto. 35 João quer enviar uma mensagem para Maria, mas asse- gurar que somente Maria será capaz de lê-la. Então, João deve utilizar: (A) uma criptografia de chave pública e aplicar a chave- pública de Maria para fazer o ciframento da mensagem. (B) uma criptografia assimétrica e aplicar a chave-privada de Maria para fazer o ciframento da mensagem. (C) uma criptografia simétrica para fazer o ciframento da mensagem e não compartilhar a chave criptográfica. (D) uma criptografia assimétrica para João colocar sua assinatura digital na mensagem. (E) uma função de dispersão criptográfica para cifrar a mensagem e informar a Maria o algoritmo utilizado. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Nesse caso, João deve utilizar uma criptografia de CHAVE PÚBLICA e aplicar a chave-pública de Maria para fazer o ciframento da mensagem, pois ele quer as- segurar que somente Maria será capaz de ler a mensa- gem, isto é, garantir a CONFIDENCIALIDADE. Caveira, de acordo com o tipo de chave usada, os méto- dos criptográficos podem ser subdivididos em duas gran- des categorias: criptografia de chave assimétrica e criptografia de chaves simétricas. A Criptografia de chaves assimétricas, também conhe- cida como criptografia de CHAVE PÚBLICA, utiliza duas chaves distintas: uma publica, que pode ser livremente divulgada; e uma privada, que deve ser mantida em se- gredo por seu dono. Quando uma informação é codificada com uma das cha- ves, somente a outra chave do par pode decodificá-la. Qual chave usar para codificar depende da proteção que se deseja, se confidencialidade ou autenticação, integri- dade e não-repúdio. Já a Criptografia de chave simétrica, também cha- mada de criptografia de chave secreta ou única, utiliza uma mesma chave tanto para codificar como para deco- dificar informações, sendo usada principalmente para ga- rantir a confidencialidade dos dados. FONTE: Cartilha de Segurança para Internet, versão 4.0 / CERT.br – São Paulo: Co- mitê Gestor da Internet no Brasil. 36 Em um correio eletrônico, o endereço do destinatário se- cundário, que irá receber uma cópia de uma mensagem, é preenchido no campo: (A) Assunto. (B) Cco. (C) Para. (D) Cc. (E) Anexo. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveira, o endereço do destinatário secundário, que irá receber uma CÓPIA de uma mensagem, é preenchido no campo Cc. Isso porque o campo CC – Carbon Copy – serve para indicar destinatários que devem receber uma cópia da mensagem. Funcionalmente é equivalente ao campo Para, mas dá a indicação ao destinatário da men- sagem de que esta é um duplicado de uma mensagem enviada a outrem. Por outro lado, se você adicionar o nome de um destina- tário à caixa Cco (com cópia oculta) em uma mensagem de email, uma cópia da mensagem será enviada ao des- tinatário especificado, ou seja, destinatários incluídos na caixa Cco NÃO SERÃO EXIBIDOS aos outros destinatá- rios que receberem a mensagem. Portanto, o campo Cco permite endereçar uma mensa- gem a um grande número de pessoas e, ao mesmo tempo, OCULTAR suas identidades para os outros des- tinatários. Ele também é chamado de campo BCC – Blind Carbon Copy. 37 Assinale a alternativa que apresenta corretamente a op- ção que, ao ser digitado no site de buscas Google, per- mitirá restringir resultados de documentos com um for- mato específico. (A) intitle. (B) define. (C) filetype. (D) related. (E) linurl. Gabarito: C Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 16 COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveira, o filetype é o parâmetro utilizado para pesquisar arquivos com a extensão especificada. Por exemplo, Projeto Caveira filetype:pdf irá retornar arquivos em for- mato .pdf. Já o parâmetro intitle permite procurar no TÍTULO da pá- gina. Por outro lado, a função inurl permite procurar por palavras na URL das páginas web. Já o operador define permite apresentar definições para um determinado termo. Por fim, a função do related serve para pesquisar páginas de sites relacionados. 38 Observe abaixo uma planilha sendo editada no Microsoft Excel, em sua configuração padrão. Ao clicar com o botão principal do mouse na alça de pre- enchimento da célula A3, segurar e arrastar até a célula A6 e soltar o botão principal do mouse. O valor que será exibido na célula A6 é: (A) 1 (B) 6. (C) 5. (D) 4. (E) 3. Gabarito: E COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Pessoal, o valor que será exibido na célula A6 é o 3, pois esse procedimento irá apenas COPIAR valor da célula. Por outro lado, caso você queira continuar a contagem em 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7...você deverá segurar e arrastar até a célula A6 utilizado a tecla CTRL. 39 Paulo, ao preparar um documento no Microsoft Word, de- seja criar uma lista com marcadores, isto é, inserir sím- bolos ou caracteres no início de cada parágrafo. Ele poderá acessar a ferramenta Marcadores na guia pá- gina inicial do grupo: (A) Fonte. (B) Parágrafo. (C) Estilos. (D) Símbolos. (E) Editando. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Ele poderá acessar a ferramenta Marcadores na guia página inicial do grupo Parágrafo. Com ela você pode criar uma lista de marcadores (quadrado, redondo, etc). ESQUEMATIZANDO: Guia Página Inicial > Grupo Parágrafo > Opção Marca- dores, sendo representada pelo ícone abaixo: 40 Assinale a opção que indica o atalho de teclado usado para digitar letras bem pequenas abaixo da linha de texto no Microsoft Word, em sua configuração padrão. (A) CTRL+= (B) CTRL++ (C) CTRL+S (D) CTRL+* (E) CTRL+I Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveira, para digitar letras bem pequenas abaixo da linha de texto, o usuário poderá utilizar as teclas de atalho CTRL+=. Essa ferramenta se chama Subscrito, que permite inse- rir um símbolo ou um indicador menor do que a linha de tipo normal e é definido ligeiramente abaixo do texto. Além das teclas de atalho, você pode acessá-la por meio da Guia Página Inicial > Grupo Fonte > Opção Subs- crito, sendo representada pelo ícone abaixo: Veja a função das outras teclas de atalho: CTRL+S: permite SUBLINHAR o texto, isto é, inserir uma linha abaixo do texto. CTRL+*: permite MOSTRAR TUDO, ou seja, mostrar marcas de parágrafos e outros símbolos de formatação ocultas. Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 17 CTRL+I: permite aplicar um ITÁLICO ao texto, ou seja, permite deixar a palavra levemente inclinada à direita. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Direito Constitucional 41 Imagine que o Estado do Rio de Janeiro, para assegurar os frequentes avanços na consagração de direitos dos cidadãos, modifica o texto de sua Constituição estadual, implementando as reformas realizadas nos limites impos- tos na própria constituição estadual e na Constituição Fe- deral. Diante disso, verifica-se no caso em tela o poder constituinte: (A) originário. (B) derivado difuso. (C) derivado reformador. (D) derivado decorrente instituidor. (E) derivado decorrente de revisão estadual. Gabarito: E COMENTÁRIODO PROFESSOR: A alternativa “E” é o gabarito, sendo que o poder cons- tituinte derivado (subordinado e condicionado) é institu- ído pelo poder constituinte originário. Subdivide-se em re- formador, decorrente e revisor. Por sua vez, o Decorrente é o poder investido aos esta- dos-membros para elaborar as suas próprias Constitui- ções, estabelecendo-se uma divisão em Poder Consti- tuinte Decorrente Inicial/Instituidor (Criar a Constituição Estadual) ou Poder Constituinte Decorrente Reforma- dor/de Revisão Estadual (alterar/revisar a const. estadual que já existe). Desta maneira, temos um claro exemplo de poder cons- tituinte derivado decorrente de revisão estadual, quando o enunciado da questão traz o fato de que o Estado do Rio de Janeiro modificou o texto de sua Constituição es- tadual. 42 Quanto ao grau de aplicabilidade das normas constituci- onais, as normas no texto constitucional classificam-se conforme seu grau de eficácia. Segundo a classificação doutrinária, a norma constitucional segundo a qual é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabe- lecer é classificada como norma constitucional: (A) de eficácia limitada. (B) diferida ou programática. (C) de eficácia exaurida. (D) de eficácia plena. (E) de eficácia contida. Gabarito: E COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveiras, A alternativa “E” é o gabarito, pois a doutrina estabe- lece como normas de eficácia contida aquelas que po- dem sofrer algum tipo de restrição, mas caso não houver limitação, terão eficácia plena, possuindo aplicabilidade direta e imediata, mas não integral. Nesse sentido, o Art. 5, XIII da CF/88 é um clássico exemplo de norma constitucional de eficácia contida - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabe- lecer. 43 A respeito dos direitos e deveres individuais e coletivos previstos na Constituição Federal de 1988 (CF), assinale a alternativa correta. (A) São inafiançáveis e imprescritíveis os crimes de ra- cismo e terrorismo, bem como a ação de grupos armados contra a ordem constitucional e o Estado democrático. (B) A obrigação de identificação do responsável por con- duzir o interrogatório do preso está expressamente pre- vista na Constituição Federal. (C) Se a autoridade policial deixar de informar à pessoa indicada pelo preso a prisão e o local onde ele se encon- tra, mas comunicá-los ao juiz competente, estará asse- gurado o cumprimento da CF. (D) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, asse- gurada ao proprietário indenização prévia. (E) Será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: A alternativa “B” é o gabarito – nos termos do Art. 5, LXIV, da CF/88 - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório po- licial. Vejamos as assertivas errôneas: A alternativa “A” está incorreta, pois o Art. 5º, XLIII da CF/88 prevê que - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o TERRO- RISMO e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, po- dendo evitá-los, se omitirem. A alternativa “C” está incorreta, pois o Art. 5º, LXII da CF/88 prevê que - A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao JUIZ competente E a família do preso ou à pessoa por ele indicada. Michel Lima CPF: 135.401.457-02 203102185530 PROJETO CAVEIRA SIMULADO NACIONAL – PCRJ – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 18 A alternativa “D” está incorreta, pois o Art. 5º, XXV da CF/88 prevê que - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade par- ticular, assegurada ao proprietário indenização ULTE- RIOR, se houver dano. A alternativa “E” está incorreta, pois o Art. 5º, LII da CF/88 prevê que - não será concedida extradição de es- trangeiro por crime político ou de opinião. 44 Ao constatar que o esgoto produzido em uma edificação que sediava um órgão da administração pública era lan- çado diretamente no principal rio da cidade, um cidadão local, inconformado com tal situação de descaso com o meio ambiente, decidiu pleitear, pela via judicial, a obten- ção de medida que protegesse o meio ambiente da agressão constatada. Nessa situação hipotética, para requerer a medida prote- tiva pretendida, o referido cidadão deverá impetrar: (A) habeas corpus. (B) ação popular. (C) mandado de segurança coletivo. (D) habeas data. (E) mandado de injunção. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: A alternativa “B” é o gabarito – sendo que a situação hipotética acima contempla a figura da ação popular, nos termos do Art. 5º, LXXIII da CF/88 - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus de sucumbência. 45 A respeito dos direitos e deveres individuais e coletivos, bem como dos direitos sociais previstos na Constituição Federal de 1988 (CF), assinale a alternativa correta. (A) A garantia de salário nunca inferior ao mínimo para os que percebem remuneração variável configura direito social do trabalhador, porém essa garantia não se aplica às praças prestadoras de serviço militar obrigatório. (B) A criação de associações e de cooperativas depende de autorização na forma da lei. (C) Os autores de inventos industriais terão privilégio de caráter permanente para sua utilização, haja vista a pro- moção do desenvolvimento tecnológico do país. (D) Não haverá prisão civil por dívida do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel. (E) Quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem, é defeso que a lei restrinja a publicidade dos atos processuais. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: A alternativa “A” é o gabarito – Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: VII - garantia de salá- rio, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem re- muneração variável. Entretanto, tal direito não está no rol dos direitos sociais assegurados aos militares, como previsto no Art. 142, VIII da CF/88 - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, inci- sos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alí- nea "c. Vejamos as assertivas errôneas: A alternativa “B” está incorreta, pois o Art. 5º, XVIII da CF/88 prevê que - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funciona- mento. A alternativa “C” está incorreta, pois o Art. 5º, XXIX da CF/88 prevê que - a lei assegurará aos autores de inven- tos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à proprie- dade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País. A alternativa “D” está incorreta, pois viola o Art. 5º, LXVII da CF/88 - não haverá prisão civil por dívida, SALVO a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel. A alternativa “E” está incorreta,
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