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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE TECNOLOGIA ENGENHARIA QUÍMICA Anna Clara Lopes, Gabriela Del Campo, Gabriela Paranha, Maria Regina Magalhães e Natalia Fendler. RELATÓRIO SEMANAL DE SECAGEM RESENDE 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS 3 1.2 OBJETIVO 3 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3 3 MATERIAIS 5 4 METODOLOGIA 5 4.1 PROCEDIMENTOS 6 4.2 TRATAMENTO DE DADOS 6 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 6 6 CONCLUSÃO 11 7 REFERÊNCIAS 12 https://docs.google.com/document/d/1iOTiUpcMSu_w2lKIx257NBI6UctzXBNSBLa56_DWhK8/edit#heading=h.gjdgxs https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.30j0zll https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.1fob9te https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.3znysh7 https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.3dy6vkm https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.1t3h5sf https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.4d34og8 https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.2s8eyo1 https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.17dp8vu https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.26in1rg https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.3o7alnk https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.23ckvvd 1. INTRODUÇÃO O processo de secagem de sólidos é uma das principais etapas em operações de diversos setores industriais como por exemplo; agrícola, química, alimentício e farmacêutico. E pode ser definido como a vaporização e remoção de líquidos, principalmente água, de uma solução, suspensão ou qualquer outra mistura sólido-líquido com o objetivo de formar um sólido seco ou com o teor de líquido desejado. Esse processo ocorre devido ao fenômeno de transferência de calor, que gera a transferência da massa do líquido contido no sólido. É uma das operações unitárias mais complexas, sendo usada majoritariamente em materiais sólidos na forma de pós e grânulos, sendo um processo crítico na fabricação de muitos tipos de produtos. A secagem também pode ser utilizada para estabilizar e melhorar as características de manuseio dos materiais sensíveis à umidade, como alimentos e produtos farmacêuticos. Os secadores industriais são utilizados para processar de forma eficiente grandes quantidades de materiais a granel que necessitam de níveis reduzidos de umidade para ser o produto final ou para seguir em outro processo. A escolha do melhor equipamento leva em consideração alguns pontos, como a fonte de calor que pode ser direta, fornecida pelo ar da secagem, ou indireta, fornecida através de condução ou radiação. O equipamento também pode operar em três diferentes modos, o primeiro deles é o estacionário e consiste basicamente em forçar o ar através da massa sólida. 1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS 1.2. OBJETIVOS A prática consiste em demonstrar e estudar a transferência simultânea de calor e massa no processo de secagem de um sólido em túnel de vento, para obtenção das curvas de secagem e da taxa de secagem. Também objetivou determinação as etapas características do processo de secagem e o teor de umidade de equilíbrio. Além disso, comparar e avaliar o ajuste de modelo teórico com os dados experimentais. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. Tipos de secador Há mais de 400 tipos de secadores relatados até hoje, sendo secadores de bandeja, tipo túnel, transportadores, pulverizadores, infravermelhos e muitos outros. Toda essa variedade é devido ao fato de cada material possuir características e formas diferentes, além dos sólidos submetidos à secagem poderem diferir em formas, estando como flocos, grânulos, pós, cristais e etc. Alguns tipos de secadores são: ● Secador rotatório Utilizado para secagem de grãos, soja, milho, sólidos biológicos e lama. É um secador versátil e de fácil operação, possui baixo custo de implantação e manutenção se comparado a outros modelos. É um dos mais utilizados. Figura 1 - Secador rotatório Fonte: SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS, 2021 ● Secador tipo túnel Utilizado para secar tabuleiros de cera de parafina, gelatina ou sabão, artigos de cerâmica, alimentos como massa, cereais, batatas e frutas. Figura 2 - Secador tipo túnel Fonte: SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS, 2021 ● Secador de leito fluidizado Utilizado para secagem de areia, minerais, misturas químicas, polímeros e alimentos. Tem alto rendimento, fácil manutenção e é baixo custo, fácil operação. Figura 3 - Secador de leito fluidizado Fonte: MFRURAL, 2022 2.2. Curvas características As curvas características do processo de secagem representam a taxa de secagem em função do tempo. Cada material possuirá uma curva característica diferente devido às suas propriedades e sua quantidade de umidade. Na figura 4 está apresentado um exemplo de uma curva característica típica de um material higroscópico. Figura 4 - Curva característica de secagem Fonte: MUJUMDAR, 2006 Como pode ser visualizado na figura, há três estágios de secagem nesse caso. No primeiro estágio, a taxa de secagem é constante, ocorrendo a vaporização da umidade livre na superfície do sólido, podendo haver seu encolhimento. O mecanismo predominante nesta etapa é o convectivo. (MUJUMDAR, 2006) Quando a superfície do material não mais se mantém saturada, inicia-se o segundo estágio. Neste estágio a grande parte da água está dentro dos poros do sólido, de modo que a secagem ocorre por difusão da umidade no interior do sólido e a evaporação da umidade da superfície . Logo, a taxa de secagem é controlada pelos mecanismos convectivos e difusivos. Esta curva pode estar completamente faltando ou constituir todo o período decrescente da taxa. O terceiro estágio é controlado pelo mecanismo de difusão da umidade no interior do sólido para a superfície causada pelo gradiente de concentração. A transmissão de calor consiste na transferência de calor para a superfície e a condução de calor no produto, que passa a influenciar significativamente a taxa de secagem. Porém, quando os poros dos sólidos são muito pequenos, há uma grande resistência à difusão, fazendo a condução não influenciar tanto quanto em outros casos. 2.3. Umidade No processo de secagem, é muito importante o acompanhamento da água, sendo necessário a utilização de alguns conceitos. O primeiro seria o teor de umidade de um sólido, conforme definido na equação 1 como a razão entre a diferença de massa do sólido úmido e seco pela massa do sólido seco. Vale notar que a diferença citada seria a própria massa de água no sólido úmido. (1) O próximo é a porcentagem de água de um sólido, que é definido como a razão da massa de água pela massa do sólido úmido, conforme apresentado na equação 2. (2) Por último, é importante conceituar a umidade relativa de um gás, que é a relação entre a quantidade de água existente no ar e a quantidade máxima que teria naquela temperatura. Comumente é expressa pelas pressões, de forma que é traduzida na razão da pressão parcial da água contida no gás e a pressão de vapor da água na temperatura do gás, conforme a equação 3. (3) 2.4. Carta psicométrica A carta psicométrica, apresentada na figura 5, permite representar graficamente as propriedades termodinâmicas da mistura ar seco e vapor de água. Desta forma, ela é bastante utilizada para a obtenção de propriedade e acompanhamento da umidade durante um processo (MCCABE et al., 2004). Existem diferentes tipos de carta psicométrica, contendo diferentes conjunto de propriedades, dentre as quais pode-se citar: temperatura de bulbo seco, temperatura de bulbo úmido, umidade relativa, umidade absoluta, volume específico, entalpia específica, ponto de orvalho, etc. Figura 5 - Carta psicométricaFonte: PAIVA, 2014 2.5. Tubo de Pitot ‘ O Tubo de Pitot é um instrumento de medição de pressão que é utilizado para medir a velocidade de escoamento, e indiretamente, a vazão. Ele é formado por dois tubos, o primeiro consiste em um tubo de diâmetro pequeno instalado no interior do tubo por onde passa o fluido cuja velocidade deseja-se medir, de modo que sua abertura é perpendicular à direção do escoamento, e um segundo tubo cuja abertura é paralela ao escoamento. Assim, o fluido impacta diretamente contra o bocal do tubo de Pitot, deste modo, o medidor não determina a velocidade média do fluido na área, e sim a velocidade da linha do fluido na posição em que o bocal está localizado. (FOX et al., 2010). Os tubos são conectados a um manômetro que faz a medição da pressão estática do fluido, captada através da tomada de pressão aberta diretamente na parede do duto, com a pressão no bocal do tubo de Pitot exercida pelo impacto direto do fluido, conforme pode ser visualizado na figura 6. Figura 6 - Esquema do Tubo de Pitot Fonte: GUIA DA ENGENHARIA, 2019 A equação de Bernoulli considerando os pontos 1 e 2 pode ser visualizada na equação 4. Como os dois pontos estão na mesma altura e a velocidade no ponto 2 é zero, obtém-se a equação 5 para a determinação da velocidade de escoamento do ar na câmara de secagem. (4) (5) 3. MATERIAIS 1 - Soprador 2 - Aquecedor elétrico 3 - Tubo pitot 4 - Manômetro inclinado 5 - Painel 6 - Rotor 7 - Placas distribuidoras 8 - Tunel 9 - Câmara de secagem 10 - Desumidificador de ar 11 - Suporte painel pesagem 12 - Painel 13 - Botoeira 14 - Psicrômetro 15 - Suporte de cados de compensação 16 - Base de apoio acrílica/balança 17 - Visor acrílico 18 - Box dryer 19 - Controlador medidor temperatura 20 - Suporte soprador 21 - Suporte tipo bandeja 22 - Resistências elétricas 23 - Ventilador 24 - Abafador de ruído T1 - Termopar Bulbo Seco T2 - Termopar Bulbo úmido T3 - Termopar área extendida T7 - Sensor controle de temperatura L1 -Linha de insuflação de ar L2 - Linha tronco exaustão/reciclo L3 - Linha de descarga de ar L4 - Linha de reciclagem de ar L5 - Linha de sucção de ar V1 a V4 - Válvulas Figura 7 - Conjunto experimental de secagem em túnel de vento 4. METODOLOGIA 4.1 Procedimento ● Medir as dimensões do “box-dryer” e pesá-lo ● Encher o “Box-dryer” com a amostra e pesar ● Encher o reservatório no qual estará imerso o termopar do bulbo úmido (T2), instalado na parte frontal do tubo do psicrômetro, com água “limpa” até a altura de interesse, recomenda-se próximo ao topo do frasco ● Abrir a válvula tipo gaveta (V1), conectada à tubulação L1 de descarga do soprador, girando-a no sentido anti-horário; abrir fechar totalmente as válvulas (V2) e (V3), instaladas nas linhas L3 e L4, respectivamente, girando-os no sentido horário ● Anotar o valor da posição inicial do nível do manômetro inclinado (4) ● Ligar o soprador (1) via botoeira (13). A velocidade do ar para a operação será obtida a partir do desnível do manômetro inclinado (4), conectado no tubo Pitot, instalado na linha L6, e com suporte no painel (5) ● Ligar a chave seletora do painel de controle e ajustar set point no valor desejado. Não esquecer que as condições operacionais deverão estar com valores constantes para o início do processo de secagem ● Remover o visor acrílico (17), posicionar o “box-dryier”(18) no interior da câmara de secagem (9) contendo o material a ser processado e recolocar o visor de acrílico (17) ● Abrir a válvula V4 do psicrômetro (14) para fazer a medida de temperaturas dos termopares do bulbo seco, T1, e do bulbo úmido, T2, indicadas no medidor de temperatura (19) ● Anotar os valores de temperatura (T1, T2 e T3), assim como, da variação de massa da amostra em função do tempo (a cada 10 minutos) durante o processo de dessorção de vapor d’água da amostra até atingir o teor de umidade de equilíbrio higroscópico, nas condições operacionais utilizadas ● Após o término das experiências desligar o soprador (1) e chave seletora do controlador de temperatura ● Alimentar a planilha previamente elaborada com os dados experimentais adequados e calcular o que se pede no formulário em anexo ● Apresentar ao professor a planilha e explicar os cálculos realizados ● Por fim, identificar os componentes do grupo e entregar o formulário ao professor no final da prática. 4.2 Tratamento de dados ● Velocidade do ar de secagem Com o valor da altura manométrica (Δh) conseguimos determinar a velocidade do ar no túnel de vento, sendo esta altura lida no manômetro diferencial de tubo inclinado acoplado ao tubo de Pitot. Pelo desnível do manômetro, calculou-se a diferença de pressão ( ΔP), e após o valor da velocidade máxima do ar no tubo e o valor da velocidade média (utilizando relação indicada no manual do experimento): Δ𝑃 = 𝑔∆ℎ(ρ𝑚𝑎𝑛 − ρ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜) υ = 2∆𝑃ρ𝑎𝑟 Velocidade média= 0,8 x velocidade máxima O cálculo da vazão volumétrica se dá pelo produto da velocidade média e a área da seção transversal do tubo: Aduto, circ = π𝐷2 4 Q = 𝑉 𝑑𝑢𝑡𝑜, 𝑐𝑖𝑟𝑐 π𝐷2 4 O experimento ocorre em regime permanente, logo a vazão volumétrica de ar ao longo da tubulação é constante. Ao passar do duto de seção circular para o de seção retangular (túnel de vento), o ar faz com que ocorra uma redução na velocidade do fluido em decorrência ao aumento da área da seção transversal ao escoamento e obedecendo a equação da continuidade. 𝐴 𝑑𝑢𝑡𝑜, 𝑟𝑒𝑡 = 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑥 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 υ 𝑑𝑢𝑡𝑜, 𝑟𝑒𝑡 = 𝑄𝐴 𝑑𝑢𝑡𝑜, 𝑟𝑒𝑡 ● Umidade relativa do ar Para determinar a umidade relativa do ar, fazemos uso da carta psicrométrica utilizando dois valores de propriedades já conhecidas. Assim, a partir de dados obtidos do sistema como temperatura do bulbo úmido e temperatura do bulbo seco para diferentes tempos juntamente com uma carta psicrométrica para pressão atmosférica conseguimos determinar as demais propriedades termodinâmicas do ar úmido ao longo do tempo (umidade relativa, umidade absoluta, volume específico, entalpia específica e ponto de orvalho). ● Curvas de secagem Determinação do teor de umidade em base seca se dá pela seguinte equação: 𝑋 𝑏𝑠 = 𝑀 𝑎 𝑀 𝑏𝑠 Onde, Xbs = teor de umidade em base seca Ma = massa de água (Kg) Mbs = massa de matéria seca (Kg) E para determinar a massa de água: 𝑀 𝑎 = 𝑀 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝑡) − 𝑀 𝑏𝑜𝑥 − 𝑀 𝑏𝑠 Onde, Mtotal(t) = massa do box-dryer+ amostra úmida (Kg); Mbox = massa do box-dryer (Kg); Mbs,box= massa de matéria seca na amostra presente no box -dryer (Kg). Determinamos a massa do suporte e do conjunto box-dryer + amostra úmida por pesagem direta, enquanto que a amostra da massa de matéria seca é determinada a partir da sequência de cálculos abaixo: 1. Determinar a quantidade de água presente na amostra de amido de milho original pesada em béquer pelo seguinte cálculo: 𝑀 á𝑔𝑢𝑎, 𝑜𝑟𝑖𝑔 = 𝑀 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎, 𝑜𝑟𝑖𝑔 − 𝑀 𝑏𝑠, 𝑜𝑟𝑖𝑔 2. Massa de água adicionada à amostra original: 𝑀 á𝑔𝑢𝑎, 𝑎𝑑𝑑 = 𝑀 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎, ú𝑚𝑖𝑑𝑎 − 𝑀 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎, 𝑜𝑟𝑖𝑔 3. Teor de umidade em base seca (Xbs) inicial da amostra úmida: 𝑋 𝑏𝑠 = 𝑀 á𝑔𝑢𝑎, 𝑜𝑟𝑖𝑔 +𝑀 á𝑔𝑢𝑎, 𝑎𝑑𝑑 𝑀 𝑏𝑠, 𝑜𝑟𝑖𝑔 4. Massa de matéria seca presente na fração de amostra transferida para o box-dryer: 𝑀 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎, ú𝑚𝑖𝑑𝑎, 𝑏𝑜𝑥 = 𝑀 á𝑔𝑢𝑎, 𝑏𝑜𝑥 − 𝑀 𝑏𝑠, 𝑏𝑜𝑥 Onde, Mamostra,úmida,box= massa de água + matéria seca na amostra presente no box-dr yer (Kg); Mágua,box= massa de água na amostra presente no box -dryier (Kg); Mbs,box= massa de matéria seca na amostra presente no box -dryier (Kg). Essas variáveis podem ser obtidas também através das seguintes equações: 𝑀 á𝑔𝑢𝑎, 𝑏𝑜𝑥 = 𝑋 𝑏𝑠 * 𝑀 𝑏𝑠, 𝑏𝑜𝑥 𝑀 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎, ú𝑚𝑖𝑑𝑎, 𝑏𝑜𝑥 = 𝑋 𝑏𝑠 * 𝑀 𝑏𝑠, 𝑏𝑜𝑥 + 𝑀 𝑏𝑠, 𝑏𝑜𝑥 𝑀 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎, ú𝑚𝑖𝑑𝑎, 𝑏𝑜𝑥 = 𝑀 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎, ú𝑚𝑖𝑑𝑎, 𝑏𝑜𝑥 − 𝑀 𝑏𝑜𝑥 Após determinar a massa de matériaseca presente no box dryer conseguimos obter o teor de umidade e também construir a curva do teor de umidade versus tempo de secagem: 𝑋 𝑏𝑠 = 𝑀 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝑡)−𝑀 𝑏𝑜𝑥 −𝑀 𝑏𝑠 𝑀 𝑏𝑠 Já para se fazer a curva da taxa de secagem versus teor de umidade, utiliza-se os valores da massa total obtida em cada instante de tempo. Assim, para a taxa de secagem temos a divisão da diferença de massa (água evaporada) pelo intervalo de tempo e pela área da base do Box Dryer: 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑐𝑎𝑔𝑒𝑚 = ∆𝑀 á𝑔𝑢𝑎 𝑒𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑎𝑑𝑎 ∆𝑡𝐴 𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑏𝑜𝑥 𝑑𝑟𝑦𝑒𝑟 ● Modelo aplicado Encontra-se na literatura vários modelos para representar a curva de teor de umidade. Neste trabalho será usado o modelo de Sherwood e Newman. ○ Modelo de Sherwood e Newman: Baseado na Lei de Fick, o modelo é representado pelo somatório de termos infinitos sendo representado pela seguinte equação: Esta equação pode ser truncada no primeiro termo quando o número de Fourier mássico (FoM) for maior que 0,2. 𝐹𝑜𝑀 = 𝐷 𝐿 𝑡 𝐿2 Porém FoM é um número adimensional dependente do coeficiente de difusividade equivalente, DL*, não sendo possível determiná-lo inicialmente. Então realiza-se os cálculos utilizando o modelo truncado no primeiro termo para se obter o DL* e posteriormente calcular o FoM para confirmar se a simplificação utilizada é coerente. Para se encontrar o valor de DL*, fez-se o uso do método dos mínimos quadrados e em seguida utilizou-se o Solver do Excel. Primeiramente fez-se o uso dos valores dados do teor inicial, , e do teor de equilíbrio, e calculou-se a diferença entre𝑋' 0 𝑋' 𝐸𝑞 eles. Logo após, atribui-se uma estimativa inicial para DL* e com os valores das constantes e do tempo calculou-se o valor de , para cada tempo apresentado. Calculou-se também a𝑋' 𝑐𝑎𝑙𝑐(𝑡) diferença entre o e o , elevando o resultado ao quadrado e em seguida tirando a𝑋' 𝐸𝑥𝑝 𝑋' 𝑐𝑎𝑙𝑐(𝑡) raiz quadrada. Definiu-se a função objetivo (FO) como a soma dos últimos resultados e pelo Solver, realizou-se a minimização da função objetivo a partir da alteração do valor DL*, podendo assim traçar melhor uma curva correspondente aos dados experimentais. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES Primeiramente as tabelas com os dados experimentais das dimensões do box-dryer e da preparação da amostra foram preenchidas: Tabela 1: Tabela com os dados experimentais Box Dryer. Tabela 2: Dados experimentais da preparação da amostra. Em seguida, os dados relativos ao ar de secagem foram inseridos na tabela abaixo: Tabela 3: Dados experimentais de secagem, vazão e velocidade. A tabela com as medidas experimentais foi completada, adicionando a ela os valores calculados de água da amostra, teor de umidade, taxa de secagem e umidade relativa do ar, cujos cálculos foram realizados com o auxílio de uma carta psicrométrica, através da temperatura de bulbo seco e bulbo úmido dadas: Figura 8: Carta psicrométrica. Tabela 4: Dados experimentais. Tabela 5: Umidade relativa. O gráfico de curva de secagem, ou seja, do teor de umidade em relação ao tempo foi plotado, como mostrado a seguir: Gráfico 1: Curva de secagem. A curva anterior descreve a diminuição do teor de água da amostra durante o processo de secagem, os dados são obtidos através da pesagem do produto durante o processo, numa determinada condição. Conforme era esperado, o teor de umidade ao decorrer do tempo vai diminuindo, assim como a inclinação da curva, devido a redução da força motriz da transferência de massa, ou seja, do gradiente de concentração de água entre a amostra e o ar. Assim, o último ponto representado na curva no qual apresenta o menor teor de umidade, é o chamado de teor de equilíbrio do sistema, com valor de 4,75%. A partir da seleção de alguns pontos iniciais do gráfico, foi realizado uma tentativa de obtenção de regressão linear no qual fosse encontrado um R2 satisfatório. Porém, foi necessário a redução do número de pontos para a obtenção de uma melhor regressão e desta forma foi possível encontrar o ponto no qual não há mais secagem, no qual chamamos de teor crítico. Logo, este ponto se encontra no tempo igual a 3000 segundos com um teor de umidade igual a 43,54%. Também foram plotadas as curvas de taxa de secagem x tempo, e taxa de secagem x teor de umidade, como mostradas abaixo: Gráfico 2: Taxa de secagem x Tempo. Gráfico 3: Taxa de secagem x Teor de umidade. Podemos observar maiores valores dessa taxa no início do processo, quando havia um maior teor de umidade. No entanto, comparando a curva do Gráfico de Taxa de Secagem x Taxa de Umidade, plotada através dos dados obtidos experimentalmente, com a curva característica encontrada na literatura, vemos uma grande divergência, não se ajustando ao modelo. Tal problema pode ter ocorrido devido a medidas erradas de algum dos parâmetros considerados. Entre os pontos 40 e 60 de umidade podemos identificar o ponto crítico de umidade, já que a taxa de secagem é constante, e a partir dele esta começa a decrescer. Já o teor de equilíbrio é identificado como sendo o último valor do teor de umidade obtido no experimento. Para os cálculos teóricos, foi utilizado o modelo de Sherwood e Newman, para que se alcançasse um valor mais adequado para o coeficiente de difusividade, DL*, onde inicialmente foi truncado o primeiro termo e calculado o Fom no valor de 1,969*1013 , não sendo satisfatório ,por isso, foi feito o cálculo novamente da difusividade, utilizando n=1, truncando no 2° termo , porém o Fom obtido não se enquadrou no valor desejado, sendo encontrado um valor de 1,961*1013. Através do gráfico plotado a seguir, percebe-se que o modelo não descreve bem os resultados obtidos experimentalmente, principalmente em relação aos primeiros pontos, que não tiveram um bom ajuste na curva. No entanto, alguns pontos intermediários obtiveram um bom ajuste em relação ao modelo teórico descrito. Gráfico 4: Modelo teórico de Sherwood e Newman. 6. CONCLUSÃO Após a plotagem do gráfico de teor de secagem x tempo, podemos analisar que o comportamento do mesmo foi o esperado, quando comparado com a literatura, evidenciando que o teor de umidade foi reduzido ao longo do tempo, e identificar seus principais pontos. Para determinarmos o valor da umidade relativa foi utilizado uma carta psicrométrica para auxiliar na determinação dos valores, cujas oscilações nos valores podem ser devido ao sistema não estar completamente estabilizado durante a anotação das temperaturas de bulbo seco e de bulbo úmido. Notou-se também que o modelo teórico de Sherwood e Newman não descreve muito bem o comportamento experimental observado, em especial para os primeiros valores do teor de umidade, sendo mais compatível com os pontos intermediários. Seria mais viável a comparação com outros modelos teóricos existentes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1]Conheça uma das principais tecnologias de secagem para o processamento de sólidos na indústria. Disponível em: solucoesdynamicair.com.br [2] INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS DE PROCESSO SOBRE A SECAGEM OSMO-CONVECTIVA DE PIMENTÃO VERDE - Tales Prado Alves talles, Joel Fernando Nicoleti, Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial. [3] SILVA JÚNIOR, Agton Firmino; JUNQUEIRA JÚNIOR, Anderson Inácio. Medição de velocidade de fluido utilizando tubo de Pitot. Universidade de Rio Verde, Goiás.
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