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Anotações da Aula de “Princípios biomecânicos no preparo de prótese parcial fixa” na data 04/05/2022 – UFCG, Patos-PB. PRINCÍPIOS BIOMECÂNICOS NO PREPARO DE PRÓTESE PARCIAL FIXA Sucesso em Prótese fixa = longevidade + saúde + satisfação do paciente. - Saúde gengival, retenção e saúde pulpar - Preparo protético Desgaste dental seletivo em quantidade e áreas pré-determinadas, dentro de uma sequência, operatória pré-estabelecida, empregando instrumental selecionado e específico, com a finalidade de espaço pra uma prótese unitária ou para um retentor de PFF ou PPR. Preparo dental com finalidade protética Princípios mecânicos; Princípios biológicos; Princípios estéticos. Princípios Mecânicos 1. Retenção: Habilidade do preparo de impressa o deslocamento da restauração quando submetida às forças de tração; Qualidade que uma prótese apresenta para atuar contra as forças de deslocamento ao longo da sua vida de inserção. Grau de inclinação ou conicidade: quanto mais paralelas as paredes axiais do dente preparado, maior será a retenção friccional (contato entre a superfície da interna da coroa e da superfície externa do preparo); O paralelismo dessas paredes não pode ser excessivo porque irá dificultar o escoamento do cimento e impedir o seu assentamento final; Comicidade entre 2° e 6°, aproximadamente 3° em cada face. Área total de superfície do preparo: quanto maior a altura, maior será a área de retenção; quanto maior o volume, maior será a área de retenção. o Dentes curtos: deve apresentar parede próximas ao paralelismo e receber meios que possam aumentar a superfície de contato; o Dentes longos: aumentar a inclinação da parede; o Confecção de sulcos, caixas, canaletas, pinos ou orifícios. Aspereza da superfície: a adesão do cimento dentário depende primariamente da projeção do cimento dentro das irregularidades microscópicas e em pequenas retenções de superfície. Rugosidade exagerada prejudica outras etapas, como a moldagem. Anotações da Aula de “Princípios biomecânicos no preparo de prótese parcial fixa” na data 04/05/2022 – UFCG, Patos-PB. 2. Resistência: Habilidade do preparo impedirá o deslocamento da restauração quando submetida a forças apicais, oblíquas ou horizontais. Previne a rotação da restauração quando submetida às forças pra oblíquas. Área total da superfície do preparo Altura do preparo: quanto maior for a altura do preparo, maior a estabilidade; Largura do preparo: para a mesma altura, quanto maior for a largura do preparo, menor a estabilidade; Confecção de canaletas criando nos área de resistência ao descolamento; Conicidade do preparo para a mesma altura, quanto maior for a conicidade do preparo, menor a estabilidade. Rotação ao redor do eixo vertical Preparos cilíndricos com sulcos adicionais anulam a rotação e preparos piramidais conferem maior estabilidade. Plano de inserção Paralelo ao longo eixo do dente ou perpendicular ao plano oclusal. Linha imaginária ao longo da qual a restauração será colocada ou retirada do preparo; Paredes opostas paralelas ao plano oclusal. 3. Rigidez estrutural: O preparo deve ser executado da tal forma que a restauração apresenta espessura suficiente de metal e ou porcelana, para resistir às forças mastigatória, sem que ocorra deformação/fratura da mesma. Redução oclusal: uma das características mais importantes para conferir volume adequado de material e resistência à restauração é o espaço oclusal; Reflete a geometria dos planos inclinados, conforme a morfologia do dente, para se obter espaço sem encurtar demais o preparo. Biselamento da cúspide funcional: cúspides funcionais dos dentes posteriores com arredondamento do ângulo cavo superficial (VIPS = vestibular inferior e palatina superior) para ganhar mais resistência na área crítica. Redução axial: criar espaço para o correto volume de material restaurador dentro dos contornos normais do dente. Anotações da Aula de “Princípios biomecânicos no preparo de prótese parcial fixa” na data 04/05/2022 – UFCG, Patos-PB. 4. Integridade marginal: O objetivo máximo de toda peça fundida e cimentada é apresentar um selamento marginal tão correto, com uma linha de cimento reduzida, que possa garantir pelo maior tempo possível a longevidade dessa restauração, num ambiente biológico desfavorável, que é a boca. Tipos de terminação cervical Chanfro: o ângulo entre a parede axial e a cervical é arredondada. Espessura adequada para o material restaurador. Considerado o ideal: melhor escoamento do cimento, menor linha de cimento, mais conservador. Indicações: coroas metálicas, coroas metaloceramicas, coroas totais cerâmicas. Chanfro raso ou chanfrante: 1/4 de circunferência de menor diâmetro, mais conservador do que o chanfro e menos estético do que o chanfro. Indicado: coroa total metálica, lente de contato. Ombro: Parede cervical 90° com a axial: dificulta o escoamento do cimento, aumento do desajuste oclusal e cervical, maior linha de cimento; o Proporciona espessura material: menor risco de fratura é melhor estética (+ espaço) o Linha nítida e definida: maior desgaste dentário. o Indicações: preparos estéticos e porcelana pura. Ombro biselado: o Indicações: coroa metalocerâmica (Au liga de ouro), estética. o Vantagens: melhora a adaptação (maior escoamento do cimento). Lâmina de faca: Vai terminando suavemente acompanhando o dente. Diz-se que termina em zero. Representa um pequeno desgaste. Possui margens facilmente deformável, não permite aplicação de material estético, apresenta dificuldade na identificação laboratorial. o Indicação: dentes inclinados para lingual ou em superfícies muito convexas, onde para executar o chanfro teria que remover muito tecidos saudáveis. Anotações da Aula de “Princípios biomecânicos no preparo de prótese parcial fixa” na data 04/05/2022 – UFCG, Patos-PB. Princípios Biológicos 1. Preservação da estrutural dental Cuidados em relação à polpa durante o preparo: ⁃ Profundidade e extensão do preparo; ⁃ Idade do paciente; ⁃ Velocidade de rotação; ⁃ Calor e pressão. Cuidados em relação à polpa após o preparo: ⁃ Limpeza do preparo; ⁃ Secagem do preparo; ⁃ Confecção da coroa provisória; ⁃ Reação exotérmica dos matérias; ⁃ Forramento do preparo. *Desgaste excessivo: prejudica a retenção e a resistência do remanescente e compromete a saúde pulpar. *Desgaste insuficiente: prejuízo para o periodonto e compromete a estética. 2. Preservação da saúde periodontal Nenhum trabalho protético ficará impune às cobranças do periodonto, ou seja, qualquer alteração das características biológicas será elucida pela apresentação de sinais e sintomas de doenças periodontal. ⁃ Adaptação marginal; ⁃ Forma, contorno e localização da margem cervical do preparo; ⁃ Facilidade de higienização. A extensão cervical pode variar de 2mm aquém da margem gengival livre de até 0,5mm no interior do sulco. Anotações da Aula de “Princípios biomecânicos no preparo de prótese parcial fixa” na data 04/05/2022 – UFCG, Patos-PB. Razões para a colocação intra-sulcular do término cervical: ⁃ estética; ⁃ Presença de cárie que se estende para dentro do sulco; ⁃ Fraturas que terminam subgengivalmente; ⁃ Mecânica. Quanto mais profunda for a localização do término cervical, mais difícil será a moldagem, a adaptação e a higienização. 3. Dentes adjacentes Botar matriz pra proteger o dente vizinho. Princípios estéticos ⁃ Saúde periodontal; ⁃ Forma; ⁃ Contorno; ⁃ Cor da prótese. Considerações finais O preparo dental não deve ser iniciado sem que o profissional saiba quando indicá-lo e como executa-lo, buscando preencher os princípiosfundamentais para conseguir preparos corretos: mecânicos, biológicos e estéticos.
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