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É uma prótese total confeccionada sobre um modelo obtido antes de completar todas as exodontias e instalada na mesma sessão da exodontias e dos dentes remanescentes. É considerada um trabalho cirúrgico-protético-laboratorial. são de confecção mais difícil e mais caras que as PT convencionais podem haver limitações, por ser feita antes das extrações (não é possível prova estética completa dos dentes montados em cera e retenção inicial costuma ser menor) preparar psicologicamente o paciente para a perda brusca de todos os dentes remanescentes. Após as exodontias, devemos aguardar idealmente 3 meses (para que haja o 1º mm de reabsorção de crista óssea) para a inserção da prótese total convencional, pois a maior reabsorção ocorre entre 6 a 14 meses. Para a PT imediata, se tivermos que trocar ou fazer um reembasamento indireto, a literatura sugere aguardarmos entre 6-14 meses. Contudo, esse tempo pode ser variável de acordo com a idade do paciente, envolvimento de problemas sistêmicos. Indicações ESTÉTICA pacientes com dentes condenados e impossibilitados de se apresentarem desdentados (trabalham com público; sentem medo, vergonha) pacientes decididos, colaboradores e bem esclarecidos sobre possíveis limitações iniciais. Contra-indicações risco inerente à cirurgia pacientes indiferentes à estética e pacientes não colaboradores com higiene e consultas de manutenção (não virão para as consultas de proservação e os reembasamentos) impossibilidade econômica ou de tempo. Vantagens impede grande alteração das relações intermaxilares originais paciente que ainda tem alguns dentes posteriores: mantêm a posição vertical e horizontal não tem determinar uma DVO e uma RC; muito vantajoso pois se tem uma referência e adaptação é facilitada não há alterações bruscas na ATM impede colapso labial e também o aprofundamento de bochechas e sulcos naturais da face impede alargamento lingual acontece quando o paciente fica muito tempo sem dentes posteriores a musculatura continua funcionando em uma posição normal, sem alterações bruscas evita grandes reajustes fonéticos reduz alterações na mastigação e dieta: sem perda de peso ou desnutrição impede o colapso da musculatura facial possibilidade de se obter próteses com dentes de forma, tamanho e cor similares aos que o paciente possuía evita-se a humilhação de apresentar-se sem dentes vida social continua normalmente bem estar psicológico leva o paciente a acostumar-se mais rapidamente com a PT protege a ferida cirúrgica e o coágulo cicatrização é mais rápida (menos inflamação e infecção) menor sangramento pós-cirúrgico menos dor menor reabsorção óssea rebordo não ficará sofrendo carga direta sobre o osso, como acontece com o paciente edêntulo (mantendo maior proporção de rebordo residual ao longo do tempo). Desvantagens estética final não pode ser testada testes prévios completos dos dentes em cera não são possíveis a retenção inicial pode não ser ideal risco de alveolotomias causa desadaptação maior custos adicionais Exame do paciente Anamnese: estado geral de saúde do paciente. Exame clínico: extra-oral, intra-oral e das relações intermaxilares Exame radiográfico Exame dos modelos de estudo: guia para a montagem dos dentes na PTI e indicar as necessidades de ajustes no plano oclusal antagonista Preparo da boca RAP, profilaxia, instruções de higiene oral ajuste oclusal do arco antagonista exodontia dos dentes posteriores: para uma melhor retenção na instalação da PTI, pois estas áreas já terão sofrido remodelação óssea) Exceto se estiverem mantendo a DVO e a posição horizontal. Prótese dentária imediata Nesses casos mantem os dentes posteriores e extrai os anteriores e aguarda a reabsorção (cerca de 3 semanas) para a moldagem preliminar. Espera pois pode haver uma reabsorção maior no início, assim, no dia da instalação da PTI, essas áreas já terão sofrido reabsorção, remodelação, os alvéolos já terão fechado, logo, tem chance de uma melhor adaptação. Ademais, a cirurgia será melhor e menos traumática para o paciente. Moldagem preliminar (anatômica) aguarda 4 a 6 semanas após exodontia dos posteriores (para a cicatrização dos alvéolos) faz com moldeiras de estoque e moldagem convencional; pode individualizar com cera utilidade faz os movimentos funcionais obtenção dos modelos de estudo com gesso pedra tipo III e confecção de uma moldeira individual (mais alta e com cabo mais baixo Desenho, confecção e teste das moldeiras individuais com cera 7 cria muralhas expulsivas sobre os dentes remanescentes (para deixar espaço para o material de moldagem eliminar retenções mecânicas: lâmina de cera 7 nas áreas de alívios para moldagem com pressão seletiva (papila incisal, rugosidades palatinas, rafe, crista do rebordo alveolar inferior) godiva de boa qualidade (Kerr) para o vedamento periférico Vendamento periférico: godiva de baixa fusão Moldagem final: técnica em 2 tempos PREPARO DA MOLDEIRA: pequenas perfurações na moldeira com dentes remanescentes pois se molda com alginato, mas não se tem um adesivo, assim, enche-se de orifícios com uma broca esférica para dar retenção ao alginato. alívio na godiva do selamento periférico remover a cera de alívio. PREPARO DO PACIENTE: vaselinar 1/3 inferior da face e dentes remanescentes secar mucosa com gaze paciente em posição ereta. PREPARO DO MATERIAL: Manipulação do material e carregamento da moldeira na área edêntula. remover excessos de zinco-enólica que escoaram para a área dentada travamento posterior com o material de escolha (cera de moldagem tanto para reforço do vedamento periférico quanto reforço do travamento na linha do “ah“). pode usar uma resina composta de menos carga, mais fluída. pois precisa usar um material com mais elasticidade se necessário, aliviar áreas retentivas nos dentes com cera utilidade encaixotamento e vazamento do modelo com gesso pedra Tipo III Confecção da chapa de prova confecção e prova das placas articulares com rodetes de cera alívio das retenções mecânicas (com cera), isolamento de gesso, resina acrílica autopolimerizavel; rodetes de cera nas áreas edentulas. Seleção dos dentes artificiais usar dentes remanescentes para seleção do tamanho, forma e com dos dentes artificiais, se possível se não for possível, usar as mesmas regras que na PT convencional Registros das relações intermaxilares se possível, usar dentes remanescentes como guias para registro da DVO e RC na montagem da ASA, usa arco facial se não for possível, usar as mesmas regras que na PT convencional (extrair todos os dentes e usar o método convencional com o método métrico, de Willis, fonético, estético) montar modelo superior em ASA com arco facial e avaliação da DVO registro da relação cêntrica e montagem do modelo inferior (virar o articulador). Montagem dos dentes artificiais posteriores e prova em cera em boca montar e provar em boca pelo menos os dentes posteriores, para testar se DVO e RC estão corretas PROVA ESTÉTICA DOS ANTERIORES: marca com lápis ao nível do colo e faze extrações seriadas, para não perder referências: ICD, ICE, ILD, ILE, CD, CE; cria um “alvéolo“ no gesso (simula o futuro alvéolo com uma broca esférica no modelo) 1 a 2 mm abaixo do colo, sem retirar a região da gengiva marginal e, inicia a montagem dos dentes em cera. Enceramento e escultura Pigmentos de caracterização extrínseca de porcelana: KIT do Sistema Tomas Gomes (STG) para a caracterização gengival. Inclusão, abertura da mufla e eliminação da cera após a montagem de dentes, faz apolimerização na base da mufla fica o modelo todo irregular na contra-mufla fica os dentes que foram montados no articulador (dentes que se fez as retenções para evitar que eles soltem). a montagem de dentes é seriada: extrai um dente de cada vez e uso o próximo como referência a montagem dos dentes posteriores normalmente começa pelos inferiores, onde a fossa central dos posteriores ficará na crista do rebordo alveolar inferior Os dentes vão tendo inclinações para ter a curva do sorriso mais natural. irregular, logo, não pode prensar a resina ainda, pois a parte interna (a base) da prótese ficará muito irregular e machucando o paciente. Por isso, deixa-se a crista do rebordo alveolar lisa, arredondada como se tivesse sofrido reabsorção (deixar o alvéolo liso, arredondado). Faz-se aleatoriamente, desgastando o modelo com um bisturi ou uma fresa, ou mede- se o sulco do paciente com uma sonda periodontal, marca ao redor do modelo e mede-se o quanto irá desgastar daquela crista do rebordo alveolar inferior. Esse desgaste irá representar a futura reabsorção óssea ou futura alveoloplastia que o CD fará no dia da cirurgia (extrações). Cirurgia do modelo logo após abertura da mufla desgaste aleatório do 1/3 superior do rebordo alveolar residual (correspondendo a crista óssea) ou usar sonda periodontal antes da extração para medir profundidade do sulco gengival dos dentes transferir medidas ao modelo por meio de pontos e uni-los por uma linha contínua na cirurgia do modelo, regularizar o rebordo com fresas, facas para gesso e lâmina de bisturi até 1 mm aquém dessa linha acabamentos com lixas d’água rebordo deve ficar liso e arredondado (representa alveoloplastia). Confecção do guia cirúrgico finalidade: permite visualizar por isquemia as áreas de compressão e remover tecido para melhorar a adaptação da PTI. deve ser igual a base da prótese (sem os dentes), transparente, pelo menos 2 mm de espessura para ter rigidez. idêntico a futura prótese (base da prótese), porém transparente e sem os dentes. após a confecção desse guia, extrai os dentes e insere o guia em boca se o guia-cirúrgico adaptar perfeitamente, a dentadura também irá se adaptar. áreas isquêmicas: significa que o guia não adaptou bem. remoção de tecido ósseo e tecidos moles, caso necessário) para confecção, duplica o modelo no qual se fez a cirurgia e deixa regularizado (arredondado). Para tanto, molda com alginato e, no novo modelo obtido, encera o guia cirúrgico com uma lâmina de cera 7 (plastifica a cera, insere no modelo, adapta, incluí em uma outra mufla, faz a polimerização, prensa com resina incolor, acabamento e polimento Entulhamento e polimerização da resina, remonte e ajuste oclusal, acabamento e polimento da PTI. Fase cirúrgica incisão, sindesmotomia, exodontias, alveoloplastias o ideal é sem remoção óssea, mas se necessário, se faz uma remoção óssea conservadora remoção óssea extensa: casos em não temos como não fazer o guia cirúrgico protrusão maxilar acentuada; rebordo muito alto e lábio curto; rebordo em lâmina de faca. casos onde os dentes vestibularizaram, extruíram, o tecido ósseo extrui juntamente; se faz um guia cirúrgico e a cirurgia no modelo antes. Não tem como fazer uma prótese em cima desses casos, pois o paciente ficará como se tivesse uma Classe II, os dentes ficarão fora da boca. lavar e esterilizar PTI e guia cirúrgico em glutaraldeido a 2% ou hipoclorito de Na a 1% enxaguar a PTI e guia em soro fisiológico autoclavar fresas, brocas e pontas polidoras; armazenar todos os itens em invólucro estéril até a cirurgia. Instalação da PTI logo após a cirurgia evitar o início do edema na falta de retenção, pode-se reembasar com condicionador de tecidos pode ser necessário um ajuste oclusal inicial. Cuidados pós-operatórios imediatos não remover a PTI por 24h: sucção do coágulo, edema e risco de não conseguir recolocar depois evitar movimentar ou comprimir a prótese sobre o rebordo para evitar a dor primeiros 3 a 4 dias, dormir com a PTI. Cuidados posteriores 24 HORAS APÓS remover e limpar PTI limpar coágulos com gaze estéril e clorexidina aliviar áreas de traumatismo interno ajuste de contatos prematuros mais grosseiros orientações sobre alimentação, higiene, fonação, etc. 7-10 DIAS APÓS remoção das suturas e repetir ajustes avaliar a oclusão, os contatos prematuros, fazer a prova com zinco-enólica, com alguma pasta evidenciadora de pressão (silicone leve) para verificarmos onde pode estar machucando e vamos ajustando aos poucos. Reembasamento indireto ou novas próteses se houver rápida perda de retenção, reembasar temporariamente com material macio ou usar adesivos para PT adesivo não pode ficar por muito tempo, pois irá absorver placa, células mortas, resíduos alimentares; elle endurece, perde o plastificante; portanto, normalmente 1x por mês o paciente tem que vir trocar esse material. se a reabsorção for muito grande pode-se usar algum adesivo em forma de creme aos 14 dias: refinar ajuste oclusal o ideal é que o paciente retorne ao consultório toda semana para refinar o ajuste oclusal reembasamento definitivo (indireto) ou novas PT: ideal aguardar 10 a 14 meses perda de volume de 20 a 30% do rebordo ósseo. Ao observar que aquela reabsorção maior que acontece no primeiro ano já aconteceu (onde o paciente perderá de 20-30% do volume ósseo original), pode-se fazer um reembasamento definitivo (indireto) ou confecção de uma nova PT. Moldagem preliminar - técnica mista usa materiais clássicos como alginato e pasta zinco-enolica) individualização da moldeira com cera moldagem com alginato obtenção do modelo anatômico; moldeira individual para a região edentada. Moldagem funcional - técnica mista º faz-se a individualização da moldeira com cera e molda-se com alginato. obtém-se um modelo anatômico faz-se uma moldeira individual apenas na parte edentula. selamento periférico da moldeira individual e moldagem da região edentada travamento posterior moldagem com alginato englobando a moldeira individual vazamento do modelo de trabalho. Outras possibilidades selamento periférico da moldeira individual com silicona pesada no lugar da godiva: o bom da godiva é que colocamos ela na água e conseguimos retirar para repetir a moldagem moldagem da área edentula com silicona leve (ou pasta zinco-enolica moldagem da área dentada com alginato ou elastômeros (evitar materiais muito rígidos nessa região). região posterior edêntula com silicone pesada e sobremoldagem total com alginato Telles, Daniel de M. Prótese Total Convencional - Livro do Estudante. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2011. Capítulos 17 Turano, José C. Fundamentos de Prótese Total, 10ª edição. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2019. Capítulos 25
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