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GESTÃO DA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS E RESÍDUOS DE 
SAÚDE 
 
 
 
2 
Sumário 
 
CADEIA DE SUPRIMENTOS ......................................................................................... 4 
GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS ................................................................... 5 
GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS DA SAÚDE ................................................ 6 
LOGÍSTICA APLICADA A CADEIA DE SUPRIMENTOS ............................................ 10 
LOGÍSTICA EMPRESARIAL .......................................................................... 12 
RESÍDUOS ................................................................................................................... 14 
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ................................ 17 
IMPACTOS AMBIENTAIS ............................................................................................ 21 
LOGÍSTICA REVERSA ................................................................................................ 22 
NORMAS E LEGISLAÇÃO REFERENTE AOS RESÍDUOS SÓLIDOS E DE SERVIÇOS 
DE SAÚDE ................................................................................................................... 25 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ................................ 29 
REFERENCIAS ............................................................................................................ 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
FACULESTE 
 
A história do Instituto FACULESTE, inicia com a realização do sonho de um 
grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a FACULESTE, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A FACULESTE tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
CADEIA DE SUPRIMENTOS 
 
Atualmente, visando minimizar custos e melhorar a eficiência no atendimento 
ao cliente, as empresas expandiram sua gestão agregando todos os processos 
inerentes ao seu negócio de forma a considerar que melhorias globais exigem 
integração e alinhamento. Assim, surge a ideia de trabalhar com a cadeia de 
suprimentos, objeto que será tratado por todo esse estudo. Chopra e Meindl (2001, p. 
5) assim definem cadeia de suprimentos: 
Uma cadeia de suprimentos consiste em todas as partes envolvidas, direta ou 
indiretamente, na realização do pedido de um cliente. Ela inclui não apenas o 
fabricante e os fornecedores, mas também transportadoras, armazéns, 
varejistas e até mesmo os próprios clientes. Dentro de cada organização, 
assim como em um fabricante, a cadeia de suprimentos inclui todas as 
funções envolvidas na recepção e na realização de uma solicitação do cliente. 
Essas funções incluem – mas não estão simplesmente limitadas a – 
desenvolvimento de produto, marketing, operações, distribuição, finanças e 
serviço ao cliente. 
 
Tais autores defendem que o objetivo de cada cadeia de suprimentos deve ser 
maximizar o valor geral que é definido como “a diferença entre o que o produto final 
vale para o cliente e os custos que incorrem a ela ao atender à solicitação do cliente” 
(CHOPRA E MEINDL, 2001, p. 5). Este conceito, porém vem sendo atualizado em 
interpretações mais recentes. Por exemplo, Porter e Kramer (2006) defendem a 
adoção do conceito de “valor compartilhado”, definido como “a geração de valor 
econômico de forma a criar também valor para a sociedade (com o enfrentamento de 
suas necessidades e desafios)” (PORTER E KRAMER, 2006). 
No aspecto estrutural, Chopra e Meindl (2001) nomeiam, de maneira genérica, 
os seguintes elementos como componentes de uma cadeia de suprimentos: clientes; 
varejistas; atacadistas/distribuidores; fabricantes; fornecedores de 
componentes/matéria-prima. No trabalho de Cox et al. (2001), é feita a analogia da 
cadeia de suprimentos a uma corrente, em que cada elo representa uma empresa, 
 
 
 
5 
que agrega valor ao produto/serviço a fim de satisfazer as necessidades do cliente 
final. 
Entre esse elos passam produtos, estoques, informações e capital nas duas 
direções da cadeia. Ao mesmo tempo, Chopra e Meindl (2001) destacam que o fato de se 
denominar cadeia de suprimentos pode induzir que somente um participante esteja envolvido 
em cada etapa, mas na realidade a estrutura é composta por inúmeros fornecedores e clientes, 
sendo definido pelos autores como rede de suprimentos ou teia de suprimentos. 
 
GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 
 
O conceito de gestão da cadeia de suprimentos advém da ideia de logística, 
conforme apresenta Ballou (2010, p. 5), tendo suas primeiras definições relacionadas 
ao contexto militar como “as atividades de obtenção, manutenção e transporte de 
material, pessoal e instalações”. Essas mesmas atividades eram também realizadas 
nas empresas pelos setores de Finanças, Marketing e Produção de maneira 
independente e limitada à fronteira da organização. Em 1962, o Council of Logistics 
Management (CLM), a fim de incentivar estudos no campo, redefiniu o conceito de 
logística empresarial com a ampliação da aplicação para os fluxos de serviços e a 
alteração do escopo começando na matéria-prima até o descarte do produto. 
Rodrigues (2004) mostra que nos anos 1970 a logística passa a ganhar espaço 
com exemplos de resultados positivos de sua utilização, mas com a resistência de 
alguns gestores ainda focados na geração de lucros, e não na gestão dos mesmos. 
Durante essa década, com o surgimento de sistemas de produção mais flexíveis e a 
disseminação das tecnologias de informação, a logística tornavase cada vez mais 
estratégica no desenvolvimento do negócio. Durante a década de 1980, com a 
mudança no cenário macroeconômico, a logística ganhou a atenção dos gestores. 
 
 
 
6 
Segundo o autor, essa tem como funções primárias o transporte, a gestão de 
estoques e o processamento de pedidos; elementos que mais contribuem para o custo 
logístico. Como apoio às atividades primárias, a logística trabalha na armazenagem, 
manuseio de materiais, programação de produtos e manutenção de informações. 
Para Ballou (2011, p. 28), a distinção entre logística empresarial e gestão da 
cadeia de suprimentos é muito difícil. O autor relata que na prática ambas têm a 
mesma missão de “colocar os produtos ou serviços certos no lugar certo, no momento 
certo, e, nas condições desejadas, dando ao mesmo tempo a melhor contribuição 
possível para a empresa”. 
A grande diferença da gestão da cadeia de suprimentos, para o autor, seria a 
integração com todas as empresas da cadeia, o que, na visão do mesmo, não se 
efetiva já que as empresas que praticam a gestão da cadeia de suprimentos acabam 
se limitando a um elo a montante/jusante da cadeia, pois focam na eficiência do elo 
que representam, e não de toda a cadeia. 
Lambert et al. (1998) mostram que, no princípio, a gestão da cadeia de 
suprimentos era entendida como uma logística fora dos limites da organização, ligada 
a clientes e fornecedores. No entanto sua diferença aflorou no momento que 
executivos entenderam que era necessária a integração de todosos processos chaves 
da cadeia. Destarte, Rodrigues (2004) destaca que, a partir da maior integração entre 
elos, é possível desenvolver novas competências e produtos/serviços customizados, 
aumentando o valor agregado e, consequentemente, gerando maior lucratividade, 
tanto para fornecedores quanto clientes. 
 
GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS DA SAÚDE 
 
A gestão da cadeia de suprimentos hospitalar é um recurso muito útil quando o 
objetivo é produzir e prestar serviços de saúde com qualidade a custos razoáveis. A 
 
 
 
7 
adoção desta prática originalmente desenvolvida em ambiente industrial, entretanto, é 
muitas vezes dificultosa. 
O bom funcionamento do sistema hospitalar está diretamente relacionado à 
capacidade de suprimento adequado dos materiais e insumos que garantam a 
produtividade, execução dos procedimentos com qualidade e satisfação dos pacientes. 
Percebe-se, entretanto, que melhorar a eficiência interna não é suficiente para 
que estas organizações se mantenham competitivas, sendo necessário administrar 
fatores externos que exercem influência sobre a organização. 
Operando num cenário de custos elevados e crescentes, observa-se por parte 
dos hospitais um movimento ascendente de busca e atenção à gestão da cadeia de 
suprimentos. 
Segundo o Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP), 
gestão da cadeia de suprimentos consiste no planejamento e gestão de todas as 
atividades associadas à logística interna e inter-organizacional, bem como a 
coordenação e colaboração entre todos os parceiros da cadeia, sejam eles 
fornecedores, prestadores de serviço ou consumidores. 
Assim, a cadeia de suprimentos é uma rede complexa, pois engloba várias 
empresas em diferentes níveis: fornecedores, fabricantes, distribuidores e 
consumidores. 
Embora a diversidade de definições sobre o termo seja ampla, comum a elas é 
o objetivo da integração. Ela se estende não apenas a empresas e entidades, mas 
também engloba processos e fluxos de informação. 
Com a globalização dos mercados e clientes cada vez mais exigentes, muitas 
empresas têm recorrido à gestão da cadeia de suprimentos como forma de melhorar 
a competitividade pela contenção de custos, eficiência sistêmica e agilidade nas 
respostas ao mercado, como lançamento de novos produtos. 
 
 
 
8 
Essas organizações têm encontrado caminhos para superação do paradigma 
“produtos e serviços com mais qualidade e preços mais baixos”. 
São considerados fatores relevantes que afetam o desempenho da cadeia de 
suprimentos: 
• – Integração: diz respeito à colaboração estratégica com os parceiros 
da cadeia de suprimentos a montante e a jusante, considerando as 
atividades de suprimentos, fabricação e distribuição; 
• – Coordenação: gerenciamento dos fluxos de produtos, serviços, 
pessoas e informações nos diversos níveis de gestão, envolvendo os 
diversos membros da cadeia; 
• – Alinhamento de objetivos: ter compartilhado com os demais 
membros da cadeia de suprimentos o mesmo objetivo e foco no 
atendimento aos clientes; 
• – Relacionamento com clientes: conjunto de processos para o 
gerenciamento das reclamações e sugestões, construção de 
relacionamentos de longa duração e satisfação do cliente; 
• – Parceria estratégica com fornecedores: relação de longo prazo com 
fornecedores para compartilhamento otimizado de informações e 
construção de confiança; 
• – Práticas Lean: voltadas para a eliminação de desperdícios e eficiência 
interna; 
• – Princípios Just in Time: são baseados na produção puxada, ou seja, 
impulsionada a partir da demanda e com estoque reduzido; 
• – Estratégia de suprimentos: envolve seleção estratégica de 
fornecedores, alinhamento estratégico e planejamento de longo prazo; 
 
 
 
 
9 
• – Compartilhamento de riscos e recompensas: distribuição justa dos 
riscos, custos e benefícios entre os membros da cadeia de suprimentos, 
visando o benefício coletivo e a longo prazo. 
Hospitais prestam serviços de saúde e, para isso, mobilizam uma série de 
recursos em benefício do diagnóstico e tratamento dos pacientes. São os recursos 
humanos, como médicos e enfermeiros, equipamentos, salas de cirurgia, consumíveis 
como gaze e ataduras, dispositivos e implantes de alta tecnologia, além dos diversos 
tipos de fármacos. Pensando de forma menos direta, temos ainda os insumos 
aplicados aos serviços de alimentação, limpeza, lavanderia, resíduos, tecnologia da 
informação e veículos. 
Percebe-se o quanto a cadeia de suprimentos dos hospitais é ampla, diversa e 
complexa. Seus principais desafios estão em organizar as atividades para atendimento 
das demandas com a melhor utilização de recursos possível. A gestão da cadeia de 
suprimentos em hospitais estende-se também ao fluxo de pacientes, abrangendo tudo 
o que se refere às decisões de planejamento e controle para adequação à demanda. 
Em relação a sua composição, são retratados quatro agentes principais: 
 
• – Produtores: são os fabricantes de fármacos, dispositivos médicos e 
cirúrgicos, implantes e suprimentos em geral; 
• – Compradores: são os agentes que facilitam a distribuição das 
mercadorias atuando como intermediários entre os produtores e os 
prestadores de serviços; 
• – Provedores de serviço: são as clínicas, consultórios e hospitais, que 
utilizam os bens produzidos; 
• – Pacientes: são os clientes finais, juntamente com médicos – nos casos 
em que cirurgias são agendadas e realizadas nos hospitais por estes 
indicados/escolhidos. 
 
 
 
10 
 
Vale considerar que o cliente não vai ao hospital adquirir um produto pronto, 
mas procurar ajuda médica, passando então a fazer parte integrante do processo de 
produção. 
Toda cadeia de suprimentos da área da saúde deve ser trabalhada juntamente 
com a logística, otimizando tal atividade para atingir as metas com eficiência. 
 
LOGÍSTICA APLICADA A CADEIA DE SUPRIMENTOS 
 
Existe um conjunto de atividades chamado de logística, onde se tem suprimento 
de insumos, distribuição de produtos acabados e alguns fluxos reversos relacionados 
aos processos produtivos em geral. São usadas estratégias baseadas em transporte, 
estoque e informação nesses processos. O sistema de Logística foca no serviço de 
atendimento ao cliente com base no projeto e escolha de canais de suprimentos e de 
distribuição através de recursos de transporte, mesmo estas estratégias vêm se 
alterando no tempo. Nos anos 60 e 70, produtividade e informática era a grande 
questão. Já nos anos 80 vem o desafio de menor tempo e qualidade. Finalmente nos 
anos 90 surgiu a ideia de coordenação externa dos colaboradores e com ela a 
reestruturação organizacional, gerenciamento de riscos, custos baseados em 
atividades, e a globalização das operações. 
O planejamento logístico nas organizações está relacionado à adoção de 
medidas contínuas que visam à economia de valores gastos com frete e redução de 
estoques. Nesse sentido, a identificação de modais mais apropriados ao tipo de carga 
ou ao tipo de infraestrutura presente na região de origem é fundamental para a redução 
dos valores gastos com fretes, armazenagens, embalagens e transbordos. 
Conforme Siqueira (2010), a palavra logística é derivada francês Logistique e 
tendo como significado: "a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da 
realização de projeto, desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, 
 
 
 
11 
distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material para fins operativos ou 
administrativos". Ainda Segundo Siqueira (2010), a Logística também se refere a 
satisfação do cliente ao menor custo total. 
Assim definimos que os termos Logísticos e Cadeia de Suprimentos significam 
a mesma coisa, já que ambos têm a finalidade de satisfazer o cliente com o menor 
custo possível. A palavra logística, segundo outros historiadores, é proveniente do 
antigo grego logos, que significa razão,cálculo, pensar e analisar, a logística é vista 
também como ramo da ciência militar responsável por obter, dar manutenção e 
transportar material, pessoas e equipamentos. 
Outra definição para logística é: O tempo relativo ao posicionamento de 
recursos. Filho (2001.p.26), nos diz que, Logística é definido como o “Processo de 
planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e 
armazenagem de matéria-prima, estoque durante a produção e produtos acabados, 
desde do ponto de origem até o consumidor final, visando atender os requisitos do 
cliente.” 
De acordo com Rabelo (2014), a logística teve inicio na década de 50, onde o 
mercado vivia seus dias de tranquilidade, sem grandes cobranças por parte dos 
consumidores, onde o marketing era responsável pela distribuição dos produtos, os 
primeiros conceitos de logística surgiram a partir das atividades logísticas militares da 
Segunda Guerra Mundial, onde a administração mudou o foco da produção para a 
orientação do marketing começando a avaliar as necessidades dos clientes. 
 Mas o foco na distribuição física, que é o primordial da logística, veio em 
meados da década de 50 e 70, onde houve um desenvolvimento representativo em 
relação às teorias e práticas logísticas. Assim, as empresas passaram a melhorar a 
filosofia econômica de uma gestão melhor dos suprimentos em vez de estímulo de 
demanda. 
Ballou (1993), nos fala que, a logística são todas atividades de movimentação 
e armazenagem que melhoram o fluxo dos produtos desde a fabricação até o consumo 
 
 
 
12 
final, e também os fluxos de informação que disponibilizam os produtos em 
movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço de qualidade e menor 
preço possível. “A Logística é responsável pelo planejamento, operação e controle de 
todo o fluxo de mercadorias e informação, desde a fonte fornecedora até o consumidor 
[...]” (MARTINS; ALT, 2005, p.252). E com o desenvolvimento do capitalismo mundial, 
sobretudo a partir da Revolução Industrial, a logística tornou-se cada vez mais 
importante para as empresas num mercado competitivo uma vez que a quantidade de 
mercadorias produzidas e consumidas aumentou, e nos dias de hoje, com a 
globalização da economia, os conhecimentos de logística são de fundamental 
importância para as empresas. 
Goulart e Zanatta (2009), falam que foi em meados de 1980 que a logística surgiu 
no Brasil, exatamente depois de acontecer a explosão da Tecnologia da Informação. 
Surgindo algumas entidades dando enfoque a Logística como: ASBRAS (Associação 
Brasileira de Supermercados), ASLOG (Associação Brasileira de Logística), IMAM (Instituto 
de Movimentação e Armazenagem), entre outras, com objetivo de disseminar este novo 
conceito voltado para as organizações. Atualmente, é comemorado no dia 6 de junho é o 
Dia da Logística. A data é uma referência ao dia em que ocorreu possivelmente o maior 
movimento logístico já conhecido na história que foi o desembarque das forças aliadas na 
Europa, ao término da II Guerra Mundial, imortalizado como o “Dia D”. 
Enfim, a Logística é o principal departamento para exercer a atividade de 
redução de custo em uma organização, é impossível se pensar em otimização dos 
recursos, redução de custo, sem que não se pense em Logística antes. Com isso vem 
a necessidade de aliar conhecimento, habilidade e atitude ao capital humano na área 
de logística. 
 
LOGÍSTICA EMPRESARIAL 
 
 
 
 
13 
A logística é uma das atividades econômicas mais antigas e um dos conceitos 
gerenciais mais modernos. Resumidamente a logística está ligada diretamente à 
compra, armazenagem e distribuição de materiais e mercadorias, ou seja, é uma 
ferramenta que está presente desde o início da produção até seu destino final, sempre 
procurando diminuir custos (CAMPOS; BRASIL, 2008). 
Diante do contexto de globalização, onde cada vez mais as empresas estão 
inseridas em um mercado de concorrência global, a logística, ferramenta de gestão 
moderna, pode assegurar a competitividade das organizações. Esta nova dinâmica de 
mercado é marcada pela rapidez que transitam as informações tornando o ambiente 
empresarial cada vez mais incerto e inseguro. Dessa forma, a logística, como 
ferramenta empresarial, busca garantir a competitividade de um novo modelo de 
gestão que acompanhe o paradigma pós-industrial, aonde os fluxos de materiais 
tendem a se movimentar mais rapidamente. (SILVA, 2011). 
A partir da Segunda Guerra mundial tornou-se nítida a importância das 
atividades logísticas nas organizações. Com o advento de novas metodologias de 
produção, exemplificadas pelo just-in-time, no qual se substituiu a antecipação pela 
reação à demanda, o equacionamento logístico dos fluxos de materiais em toda a 
cadeia de suprimentos tornou-se fundamental. (LEITE, 2009) 
A figura a seguir demonstra as diversas áreas de atuação da logística empresarial: 
 
 
 
14 
 
As definições de logísticas rementem à conclusão de um processo estratégico 
de gerenciamento das aquisições, movimentações e armazenagem de peças e 
produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) através das organizações 
e dos seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades 
presentes e futuras por meio do atendimento de pedidos a baixo custo (CAMPOS; 
BRASIL, 2008). Os fluxos logísticos são fundamentais para a atividade empresarial, o 
objetivo de um gestor da área de logística é na verdade gerir toda a cadeia para reduzir 
custo e tempo, aperfeiçoar processos e consequentemente ganhar competitividade 
perante o mercado (SILVA, 2011). 
Não basta apenas saber que a demanda afeta todo o processo produtivo, desde fornecedores 
até clientes. A adequada administração do abastecimento de forma integrada exige o 
conhecimento dos impactos causados (presentes e futuros) nas organizações envolvidas, 
assim como na sociedade em geral. (CAMPOS; BRASIL, 2008). 
 
RESÍDUOS 
 
 
 
 
15 
Segundo Faria (2016), os restos sólidos ou semi-sólidos das atividades 
humanas ou não-humanas compõe o que chamamos de resíduos sólidos , que 
apesar de descartáveis para quem os criou inicialmente, podem ser de grande valia 
para outras áreas diferente. Antigamente os resíduos sólidos, até pouco tempo atrasa, 
eram definidos como objeto sem valor ou utilidade alguma, totalmente descartável, 
mas com o tempo essa definição foram revistas pela sociedade, devido ao acumulo e 
a falta de descarte adequado para os mesmos. 
Nos dias de hoje, a maioria desses materiais pode ser reaproveitada para 
alguma outra atividade, seja de forma direta, que é o caso das aparas de embalagens 
laminadas jogadas fora pelas indústrias e reutilizadas na confecção de placas e 
compensados, ou de forma indireta, no caso de combustível fornecidos para gerar 
energia usada em diversos processos. 
Para as empresas, esse resíduos são considerados prejuízos, uma vez que no 
processo industrial, esse nada mais é do que matéria-prima e insumo não convertidos 
em produto, assim, sua geração significa perda de lucro para a indústria e, por isso, 
tecnologias e processos que visem à diminuição dessas perdas ou reaproveitamento 
dos resíduos são cada vez mais visados (FARIA, 2016). Veja ainda a classificação 
segundo a norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) (2004): 
Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de 
origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de 
varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas 
de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de 
controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades 
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de 
água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em 
face à melhor tecnologia disponível. (NBR10004:2004,p. 7). 
 
A Figura 1: Origem de resíduos sólidos mostra que esses resíduos são 
provenientes de vários setores da sociedade atual. 
 
 
 
16 
 
Fonte: Resumo Escolar, 2020. 
Como se pode ver, resíduos sólidos, são resto de produções que não deram 
certos, ou descartes biológicos e químicos, se não houver uma gestão adequada 
desse lixo, é certo que haverá grandes danos ambientais, resultando no 
comprometimento da qualidade de vida, tais como: a emissão de gases nocivos pela 
putrefação; descarte em galerias pluviais provocando alagamentos e inundações, 
depósito em áreas de preservação ambiental que contaminam o solo e poluem as 
águas superficiais e subterrâneas, disposição inadequada que contribui para 
transmissão de doenças, entre tantos outros. 
Devido a essa degradação demorada dos resíduos indevidamente descartados, 
que se instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que define os princípios, 
objetivos e instrumentos, bem como diretrizes, relativos à gestão e ao gerenciamento 
desses resíduos sólidos, incluindo os perigosos, em âmbito nacional. Essa Lei , mostra 
que o governo se preocupa com isso, sendo este um progresso importante para 
atenuarmos os impactos que os resíduos trazem na vida da sociedade, sendo que a 
Logística reversa é um dos instrumentos necessários a operação do correto descarte 
dos resíduos sólidos. 
 
 
 
 
17 
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 
 
O estabelecimento de saúde pode ser considerado, como uma estrutura física 
que atende a sociedade, seja ela voltada para a educação, cuidado, recuperação ou 
qualquer outro serviço que envolva a saúde. De acordo com a definição da RDC nº 
306 de 7 de dezembro de 2004, estabelecimentos de saúde são: 
“todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou 
animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de 
campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias 
e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e 
somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias 
inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área 
de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos 
farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e 
controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; 
serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, dentre outros similares. Esta 
Resolução não se aplica a fontes radioativas seladas, que devem seguir as 
determinações da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, e às 
indústrias de produtos para a saúde, que devem observar as condições 
específicas do seu licenciamento ambiental.” 
 
De certa forma podemos concluir que estabelecimento de saúde é qualquer 
local que esteja ligado à saúde e aos cuidados necessários a vida humana ou animal. 
Os resíduos de serviços de saúde sempre constituiu-se um problema bastante 
sério para os gestores de saúde, devido principalmente a falta de informações a seu 
respeito, gerando mitos e fantasias entre trabalhadores, pacientes, familiares, a 
comunidade vizinha, os aterros sanitários e principalmente aos estabelecimentos de 
saúde que são por si só fantásticos geradores de resíduos, independente da 
diversidade de atividades que são desenvolvidas dentro deste local. 
O desconhecimento e a falta de informações sobre o assunto faz com que, em 
muitos casos, os resíduos, ou sejam ignorados, ou recebam um tratamento que não 
condiz com o estremo perigo que esse material pode representar dentro do ambiente 
de saúde, deixando a própria sorte todos que ali transitam. Não raro lhe é atribuída a 
culpa por casos de infecção hospitalar e outros tantos males. 
Assim como qualquer outro estabelecimento, as atividades desenvolvidas 
nesses locais também produzem resíduos que por sua vez são de alta periculosidade 
 
 
 
18 
em função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, podendo 
representar risco a saúde pública e ao meio ambiente. Estes resíduos apresentam 
diferentes características, o que determinam uma grande variedade de classificações 
conforme a descrição da RDC 306 de 7 de dezembro de 2004: 
GRUPO A - Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por 
suas características, podem apresentar risco de infecção. 
A1 
- Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de 
produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de 
microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para 
transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de 
manipulação genética. 
- Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com 
suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, 
microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador 
de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo 
mecanismo de transmissão seja desconhecido. 
- Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas 
por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e 
aquelas oriundas de coleta incompleta. - Sobras de amostras de laboratório contendo 
sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de 
assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. 
A2 
- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes 
de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de 
microorganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de 
serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de 
disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anátomo-patológico ou 
confirmação diagnóstica. 
 
 
 
19 
A3 
- Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação 
sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 
centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor 
científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou familiares. A4 
- Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando 
descartados. 
- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante 
de equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares. 
- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, 
urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam 
suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância 
epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença 
emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de 
transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons. 
- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura 
ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo. 
- Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, 
que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. 
- Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de 
procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de confirmação 
diagnóstica. 
- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes 
de animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de 
microorganismos, bem como suas forrações. 
- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão. 
A5 
 
 
 
20 
- Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou 
escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou 
animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons. 
GRUPO B 
- Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à 
saúde pública ou aomeio ambiente, dependendo de suas características de 
inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. 
- Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; 
antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, 
quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de 
medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos 
Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações. 
- Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos 
contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes 
contaminados por estes. 
- Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores). 
- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises 
clínicas; - Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 
10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos). 
GRUPO C 
Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham 
radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados nas 
normas do CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. 
- Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com 
radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clinicas, serviços de medicina 
nuclear e radioterapia, segundo a resolução CNEN-6.05. 
GRUPO D 
- Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à 
saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. 
 
 
 
21 
- papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças 
descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente, material utilizado em 
antissepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e outros similares não 
classificados como A1; 
- sobras de alimentos e do preparo de alimentos; 
- resto alimentar de refeitório; 
- resíduos provenientes das áreas administrativas; 
- resíduos de varrição, flores, podas e jardins. 
- resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde 
GRUPO E 
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: Lâminas de barbear, 
agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas 
diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e 
lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, 
tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares. 
 
IMPACTOS AMBIENTAIS 
 
Os resíduos de serviços de saúde constitui uma parte respeitável do total de 
resíduos sólidos urbanos, não pela demanda gerada, mas pelo potencial de risco que 
significam à saúde da população e do meio ambiente, através da contaminação do 
solo, das águas superficiais e subterrâneas, pelo lançamento de RSS em lixões ou 
aterros controlados, que também proporcionam riscos à população local. 
Segundo a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) número 1, 
de 23 de janeiro de 1986, impacto ambiental é: 
 
 
 
22 
“qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio 
ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das 
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I. A saúde, a 
segurança e o bem-estar da população; II. As atividades sociais e 
econômicas; III. A biota; IV. As condições estéticas e sanitárias do meio 
ambiente; V. A qualidade dos recursos ambientais”. 
 
Atualmente a geração dos resíduos sólidos de saúde, pode ser considerada um 
dos maiores desafios enfrentados pelas administrações municipais. Conforme o 
crescimento da demanda de resíduos nos depósitos, aumentam os custos e a 
dificuldade por áreas ambientalmente seguras para acomodá-los. Devido a isso, é 
necessário um conjunto de medidas, com vista à redução de geração de lixo, partindo 
da busca por um método se segregação eficiente que diminua o volume de resíduos 
a serem despejados no solo. Com a retificação dos procedimentos de manejo, é 
possível prevenir grande parte dos impactos causados pela incorreta eliminação 
desses resíduos. 
 
LOGÍSTICA REVERSA 
 
Segundo Leite (2002), a Logística Reversa é uma área da Logística que é 
responsável por planejar, operar e controlar o fluxo, e as informações logísticas 
correspondentes ao retorno dos produtos a indústria, onde os produtos pós-venda, 
serão recolhidos através dos canais de Distribuição reversos, agregando-lhes valor 
de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem 
corporativa, entre outros. A implantação do sistema de logística reversa é mais um 
elemento rumo ao desenvolvimento sustentável do planeta, pois possibilita a 
reutilização e redução no consumo de matérias-primas. 
Conforme O Eco (2014), em 2013 a ABRELPE (Associação Brasileira de 
Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), publicou no ano de 2012, que 
aproximadamente 40% dos resíduos sólidos no Brasil não foram coletados e, assim, 
tiveram descarte impróprio. Ou seja, aproximadamente 24 milhões de toneladas de 
 
 
 
23 
lixo foram descartados de forma irregular nos aterros e lixões, locais sem o devido 
leque de sistemas necessários para a proteção do meio ambiente e da saúde pública. 
Toda as pesquisas e outros dados já antigos mostravam a necessidade de 
descartar adequadamente os resíduos sólidos, foi criado em 2010 a Lei nº 12.305/10, 
que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), onde a logística reversa 
é definida como instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por 
um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a 
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu 
ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente 
adequada. A logística reversa possibilita a volta dos resíduos sólidos para as indústrias 
de origem, evitando a poluição e contaminação do meio ambiente (O ECO, 2014). 
Com a implantação da logística reversa, da conscientização para a educação 
ambiental e seus benefícios, será possível reduzir os impactos originados por 
descartes residuais indevidos, melhorar a qualidade de vida dos cidadãos urbanos e 
obter um balanço ambiental positivo. E Ainda, será um passo enorme rumo ao 
desenvolvimento sustentável do planeta, onde possibilita a reutilização e redução no 
consumo de matérias-primas. 
A responsabilidade socioambiental é cada vez mais valorizada pelos 
consumidores, que se tornam mais exigentes e atentos à conduta das organizações, 
exigindo informações sobre o relacionamento da empresa com o meio ambiente e 
sobre a forma como a empresa lida com a sustentabilidade de produtos e serviços que 
oferecem, de forma que a observação desses fatores impacta diretamente na decisão 
de compra dos consumidores brasileiros (INSTITUTO AKATU, 2013). 
Atrelada a esse fator, está a velocidade no descarte de produtos após o primeiro 
uso e a obsolescência programada, que gera desequilíbrio entre as quantidades 
descartadas e as quantidades reaproveitadas de materiais, resultando no crescimento 
do lixo urbano e, consequentemente, fazendo com que o lixo se transforme em um 
fator relevante à saúde pública. 
 
 
 
24 
Há uma tendência mundial na descartabilidade dos produtos, motivada por 
crescente surgimento de inovações e ciclos de vida cada vez menores. Atrelado a isso, 
está o aumento da sensibilidade ecológica dos consumidores, que faz com que os 
mesmos pressionem o poder público no sentido de sancionar novas leis que obrigam 
a gestão de resíduos de pós-consumo, além das que abordam questões relativas à 
proteção de defesa do consumidor (SILVEIRA, 2017). Todos esses fatores, somados, 
impelem as empresas a adotar práticas de logística reversa. 
Leite (2009) destacou alguns fatores como pontos principais davisibilidade que 
o tema vem tomando. O primeiro deles é o aumento da demanda, que vem ocorrendo 
desde a Segunda Guerra Mundial. Em seguida, ele apresenta a variedade da oferta 
aliada à alta obsolescência de produtos. Leite (2009) apresenta, também, a fidelização 
dos clientes com serviços de pós-venda; a valorização da imagem da empresa que se 
mostra socioambientalmente responsável; por fim, e provavelmente um dos mais 
importantes desses fatores, o surgimento de legislações e regulamentos que obrigam 
a organização a agir de maneira ambientalmente adequada. 
Desse modo, a logística reversa apresenta-se no sentido de reduzir o impacto 
ambiental gerado pelos processos logísticos empresariais. De acordo com o Conselho 
Executivo de Logística Reversa, “Logística reversa é o processo de movimentação de 
mercadorias do seu destino final típico para outro ponto, com o objetivo de obter valor 
de outra maneira ou efetuar a disposição final dos produtos”. O que significa verificar 
se há alguma possibilidade de atribuir àquele produto valor econômico, ecológico, 
logístico, legal, de imagem corporativa, entre outros, fazendoo retornar ao ciclo 
produtivo. E, em último caso, fazer a disposição final do produto, quando do final de 
sua vida útil, ou seja, quando o resíduo se torna rejeito (LEITE, 2009). A diferença de 
resíduos e rejeitos está no fato de que os resíduos apresentam um valor econômico 
agregado, já que são reaproveitados no processo produtivo, enquanto os rejeitos não 
possuem essa característica (DEMAJOROVIC, 1995). A lei 12.305/2010 conceitua a 
Destinação Final Ambientalmente Adequada de Resíduos Sólidos da seguinte forma: 
 
 
 
25 
Destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a 
compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras 
destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do 
Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais 
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança 
e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL, 2010). 
 
Em seu Art. 3º, Inciso VII, a lei 12.305/2010 define Disposição Final 
ambientalmente adequada como a distribuição ordenada de rejeitos em aterros, de 
acordo com normas operacionais específicas, visando evitar danos ou riscos à saúde 
pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL, 2010). 
As formas mais conhecidas de disposição final de resíduos são: o aterro sanitário, o 
aterro controlado e o lixão a céu aberto. No Brasil, o Aterro Sanitário é a única forma 
permitida por lei. 
 
NORMAS E LEGISLAÇÃO REFERENTE AOS RESÍDUOS SÓLIDOS E 
DE SERVIÇOS DE SAÚDE 
 
Ao longo dos anos 1970 e 1980, quando o conceito de desenvolvimento 
sustentável foi proposto pela primeira vez, no Relatório Brundtland, em 1988, as 
pessoas começaram a prestar atenção nas questões ambientais relacionadas à 
logística (BURSZTYN, Marcel; BURSZTYN, Maria, 2012), mas apenas na década de 
1990 consolidou-se o principal marco regulatório a tratar do gerenciamento ambiental 
do País: a Política Nacional do Meio Ambiente, instituída pela Lei n° 6.938 de 1981 
(BURSZTYN, Marcel; BURSZTYN, Maria, 2012). 
A legislação pertinente aos Resíduos de Serviços de Saúde é ampla no país. 
Seguindo uma ordem cronológica, o primeiro instrumento legal a ser desenvolvido foi 
a portaria nº 53/1979 do Ministério do Interior, que trata do uso de incineradores como 
tratamento de resíduos de serviços de saúde. 
No ano de 1981, foi sancionada a Lei Federal nº 6.938, que dispõe sobre a 
Política Nacional de Meio Ambiente e, logo no ano seguinte, a Lei Federal nº 8.080, 
 
 
 
26 
que dispõe da Política Nacional de Saúde. Em 1991, com o Decreto Federal nº 100, 
instituiu-se a Fundação Nacional de Saúde e, no mesmo ano, a Resolução nº 6, de 
19/09, que dispõe sobre o tratamento dos resíduos sólidos provenientes de 
estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos. Dois anos mais tarde, estabeleceu-
se a Resolução Conama nº 5, que dispunha sobre o gerenciamento de resíduos 
sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários, e 
estabelecimentos prestadores de serviços de saúde. Ela foi alterada pela Resolução 
nº 358, revogando-se as disposições que tratam de resíduos sólidos oriundos de 
serviços de saúde. 
Em 1999, foi instituída a Lei Federal nº 9.782, que define o Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras 
providências. A Resolução Conama 283, de 2001, dispõe sobre o tratamento e 
destinação final dos RSS, altera o Plano de gerenciamento de Resíduos de Saúde 
para PGRSS, além de explicar seu funcionamento prático. 
No ano de 2002, duas resoluções foram estabelecidas. A Resolução da 
Diretoria Colegiada da Anvisa nº 50, que dispõe sobre o regulamento técnico para 
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de 
estabelecimentos assistenciais de saúde. A outra Resolução foi a do Conama nº 316, 
que dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de 
tratamento térmico de resíduos. A Resolução RDC Anvisa nº 306, de 07/12/2004, 
estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para a realização de 
auditorias ambientais. No ano seguinte, foram instituídas a Lei Federal nº 11.105, que 
dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança e a Resolução Conama nº 358, 
que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde 
e dá outras providências. 
Em 2007, foi instituída a Lei Federal nº 11.445, que dispõe sobre a Política 
Nacional de Saneamento Básico e após tramitar 20 anos no Congresso, em 2 de 
agosto de 2010, foi promulgada a Lei nº 12.305, que estabelece a Política Nacional de 
Resíduos Sólidos (PNRS), que visa a obrigatoriedade da Logística Reversa de pós-
 
 
 
27 
consumo de resíduos: pneus; pilhas e baterias; óleos lubrificantes, seus resíduos e 
embalagens; produtos eletroeletrônicos e seus componentes; lâmpadas fluorescentes, 
de vapor de sódio e mercúrio e luz mista; e embalagens em geral. 
A lei determina que deve envolver, como atores, a União, os Estados, o Distrito 
Federal, os Municípios, além das empresas, que tem como obrigação elaborar o plano 
de gerenciamento de resíduos sólidos e a sociedade civil, no sentido de efetuar a 
devolução após o uso, aos comerciantes ou distribuidores, dos produtos e de suas 
embalagens (BRASIL, 2010). A lei, ainda, apresenta e define termos como logística 
reversa, resíduos, rejeitos e gerenciamento de resíduos sólidos. A Lei nº 12.305/2010 
representa um grande avanço, uma vez que institucionaliza a responsabilidade e a 
corresponsabilidade de cada participante da cadeia de suprimentos e resíduos. 
A legislação também prevê a não geração de resíduos e, quando não for 
possível, que haja uma redução, em sequência, a reutilização, a reciclagem e, por fim, 
o tratamento dos resíduos sólidos (BRASIL, 2010). Com o Decreto Federal nº 7.404, 
de 23/12/2010, a lei 12.305/2010 foi regulamentada, criando-se o Comitê 
Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para 
a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. Por fim, 
apresenta-se a Resolução Conama nº 430, de 13/05/2011, que dispõe sobre as 
condições e os padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a 
Resolução nº 357, de março de 2005, do Conama. 
De todos os instrumentos legais, os que mais têm sido utilizados como 
referência para boas práticas no gerenciamento de resíduos de serviços de saúde são 
a Resolução RDC ANVISA nº 306, de 2004, que dispõe sobre o regulamento técnico 
para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde; e a Resolução Conama nº 
358/2005, que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos 
serviços de saúde e dá outras providências. A RDC 306/04 defineo GRSS da seguinte 
forma: 
 
 
 
28 
O gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos de 
gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, 
normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e 
proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma 
eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde 
pública, dos recursos naturais e do meio ambiente (AGÊNCIA NACIONAL DE 
VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2004). 
 
Com relação às normas brasileiras referentes aos RSS, apresentam-se a NBR 
12.807, de 1º de abril de 1993, que define os termos empregados em relação aos 
resíduos de serviços de saúde (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 1993); além da NBR 12.808, que classifica os resíduos de serviços de 
saúde quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, dividindoos 
em resíduos de classe A (infectantes), classe B (químico, farmacêutico e radioativo) e 
classe C (comum), para que tenham gerenciamento adequado (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2006); a NBR 12.809, que fixa os 
procedimentos exigíveis para garantir condições de higiene e segurança no 
processamento interno de resíduos infectantes, especiais e comuns, nos serviços de 
saúde (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1993); e, por fim, a 
NBR 12.810, de mesma data, que fixa os procedimentos exigíveis para coleta interna 
e externa dos serviços de saúde, sob condições de higiene e segurança 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1993) e, ainda, a NBR 
13.853 que fixa as características de coletores destinados ao descarte de resíduos de serviços 
de saúde perfurantes ou cortantes, tipo A.4, conforme a NBR 12808 (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1997). 
Com relação às normas técnicas referentes aos RSS, além das que já foram 
abordadas, apresentam-se a NBR 7500, que estabelece a simbologia convencional e 
o seu dimensionamento para produtos perigosos, a ser aplicada nas unidades de 
transporte e nas embalagens, visando explicitar os riscos e os cuidados a serem 
tomados no transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento, de 
acordo com a carga contida. Surgiu no sentido de substituir a NBR 8286, que tratava 
do emprego da sinalização nas unidades de transporte e de rótulos nas embalagens 
de produtos perigosos, sendo cancelada em 2003 (ABNT, 1994). 
 
 
 
29 
A NBR 9190, de 1993, que classificava sacos plásticos para acondicionamento 
de lixo quanto à finalidade, espécie de lixo e dimensões foi cancelada e substituída 
pela NBR 9191, que estabelece os requisitos e métodos de ensaio para sacos 
plásticos destinados ao acondicionamento para coleta. Por fim, em 2004, foi criada a 
NBR 10.004 que tem por objetivo classificar os resíduos sólidos quanto aos seus riscos 
potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados 
adequadamente, considerando que os resíduos radioativos não são objeto desta 
norma, pois são de competência exclusiva da Comissão Nacional de Energia Nuclear 
(ABNT, 2004). Para o gerenciamento interno dos RSS no estabelecimento de saúde, 
a classificação adotada deve ser a indicada pela Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (BRASIL, 2004). 
 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 
 
O GRSS abrange um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e 
implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, visando 
minimizar a produção de resíduos e proporcionar destinação e disposição final 
ambientalmente adequada aos resíduos gerados, de forma eficiente, visando à 
proteção aos trabalhadores, à preservação da saúde pública, dos recursos naturais e 
do meio ambiente (BRASIL, 2004). O gerenciamento envolve todas as etapas de 
planejamento, bem como todos os recursos necessários ao processo, o que contempla 
recursos físicos, recursos financeiros, recursos técnicos, recursos materiais, entre 
outros, envolvidos no manejo dos RSS (BRASIL, 2004). 
O principal material legal que deve ser desenvolvido pelos hospitais é o Plano 
de Gerenciamento de Resíduos Serviços de Saúde (PGRSS) (CONAMA 358/2005; 
RDC 306/2004). Só é possível desenvolvê-lo e implementá-lo com eficácia, segundo 
a resolução, conhecendo-se a classificação de resíduos de acordo com suas 
características de grau de risco e aspectos de biossegurança, bem como as normas 
 
 
 
30 
locais relativas à coleta, transporte e disposição final dos resíduos gerados nos 
serviços de saúde, estabelecidas pelos órgãos locais responsáveis por estas etapas 
(BRASIL, 2004). O PGRSS aponta e descreve as ações relativas ao manejo de 
resíduos sólidos, no âmbito das organizações, observando suas características e 
riscos, de acordo com o Quadro 1, apresentado a seguir. 
 
 
 
31 
 
 
 
 
32 
O manejo é a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos intra e extra 
estabelecimento, desde a geração até a disposição final. Ele contempla os aspectos 
referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, 
transporte, reciclagem, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde 
pública e ao meio ambiente (BRASIL, 2005). 
É obrigatória a segregação dos resíduos na fonte e no momento da geração, de 
acordo com suas características, para fins de redução do volume dos resíduos a serem 
tratados e dispostos, garantindo a proteção da saúde e do meio ambiente (BRASIL, 
2015). Observar para que a coleta seletiva aconteça de forma adequada na fonte 
também é fundamental para que o gerenciamento de resíduos seja menos oneroso, já 
que a ação corretiva custa mais do que a preventiva. 
Define-se coleta seletiva como a “coleta de resíduos sólidos previamente 
segregados conforme sua constituição ou composição” (BRASIL, 2010). É o meio que 
permite a separação dos resíduos gerados, para em seguida, terem sua destinação e 
disposição final de forma adequada. Para o gerenciamento interno dos 
RSS no estabelecimento de saúde, a classificação adotada deve ser a indicada pela 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (BRASIL, 2004) 
O acompanhamento do gerenciamento de resíduos deve acontecer desde a 
geração até a disposição final dos mesmos, por parte dos geradores e do responsável 
legal, nos termos da lei nº 6.938/1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio 
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras 
providências. 
 
REFERENCIAS 
 
 
 
 
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