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12 - Composição do Patrimônio Público Patrimônio Público Ativo Passivo Saldo Patrimonial Balanço Patrimonial Lei n 4 320 64 e MCASP

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Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 06 
 
 
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Contabilidade Pública 
 
 
 
Aula 06 – pós-edital 
Contabilidade Pública para Auditor do TCE/SC 
Profs. Indio Artiaga do Brasil e 
Marcel Guimarães 
2021 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 06 
 
 
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Contabilidade Pública 
Sumário 
ATIVO ....................................................................................................................................................... 3 
CONCEITO ............................................................................................................................................................. 3 
RECONHECIMENTO E DESRECONHECIMENTO DE ATIVOS ................................................................................................ 5 
CLASSIFICAÇÕES DO ATIVO ...................................................................................................................................... 7 
Ativo Circulante e Não Circulante ..................................................................................................................... 7 
Ativo Financeiro e Permanente ......................................................................................................................... 9 
PASSIVO .................................................................................................................................................. 9 
CONCEITO ............................................................................................................................................................. 9 
RECONHECIMENTO E DESRECONHECIMENTO ............................................................................................................. 10 
CLASSIFICAÇÕES DO PASSIVO ................................................................................................................................ 12 
Passivo Circulante e Não Circulante ................................................................................................................ 12 
Passivo Financeiro e Permanente ................................................................................................................... 13 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO............................................................................................................................ 15 
BALANÇO PATRIMONIAL ........................................................................................................................ 17 
CONCEITO ........................................................................................................................................................... 17 
ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL SEGUNDO A LEI Nº 4.320/1964 (ESTRUTURA ANTIGA) ....................................... 20 
Estrutura ....................................................................................................................................................... 20 
Saldo patrimonial .......................................................................................................................................... 20 
ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL SEGUNDO O MCASP.................................................................................... 21 
Quadro Principal do BP .................................................................................................................................. 22 
Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes ................................................................................ 28 
Quadro das Contas de Compensação .............................................................................................................. 30 
Quadro do Superavit/Deficit Financeiro .......................................................................................................... 32 
Notas explicativas ......................................................................................................................................... 34 
ANÁLISE DO BALANÇO PATRIMONIAL .................................................................................................... 34 
QUESTÕES COMENTADAS ...................................................................................................................... 37 
LISTA DE QUESTÕES............................................................................................................................... 62 
GABARITO .............................................................................................................................................. 71 
REFLEXÃO .............................................................................................................................................. 71 
RESUMO DIRECIONADO ......................................................................................................................... 72 
ATIVO ................................................................................................................................................................ 72 
PASSIVO ............................................................................................................................................................. 73 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................................................................................................................... 75 
BALANÇO PATRIMONIAL ....................................................................................................................................... 75 
Estrutura ....................................................................................................................................................... 75 
Notas Explicativas ......................................................................................................................................... 78 
ANÁLISE DO BALANÇO PATRIMONIAL ...................................................................................................................... 79 
 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 06 
 
 
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Contabilidade Pública 
Aula 06 – Balanço Patrimonial 
 Olá, pessoal! Firmeza? 
 Avançando no nosso estudo sobre demonstrações contábeis, chegamos ao Balanço Patrimonial. 
 Nesta aula veremos algumas estruturas básicas da Contabilidade Pública: ativo, passivo e patrimônio 
líquido; e suas respectivas classificações. 
 Após, adentraremos o conceito de Balanço Patrimonial, sua estrutura e respectivos quadros conforme 
previsto no MCASP e em comparação com o disposto na Lei nº 4.320/1964. Também falaremos sobre o cálculo do 
saldo patrimonial e sua interpretação. 
Vamos começar! 
Ativo 
Conceito 
Pessoal, antes de conceituarmos ativo, vamos relembrar a definição de patrimônio público vista na 
Aula 01: 
Patrimônio público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, 
formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja 
portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços 
públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações. 
Ou seja, o patrimônio público contém uma parte “positiva” (bens e direitos) e uma parte “negativa” 
(obrigações). 
O ATIVO é entendido como a parte positiva desse patrimônio, os bens e direitos. Veremos que eles podem 
ser de diferentes tipos: tangíveis ou intangíveis, onerados ou não. Além disso, podem ser adquiridos, formados, 
produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados. 
Vamos ver agora a definição de ativo segundo a NBC TSP – Estrutura Conceitual: 
Ativo é um RECURSO controlado pela entidade como resultado de eventos passados. 
 Atenção! Ser “controlado” não quer dizer que a entidade tem a “propriedade”do recurso. Fiquem espertos! 
Controle do recurso, quer dizer que a entidade possui a capacidade de utilizar o recurso, diretamente ou por meio 
de terceiros controlados, de forma a auferir potencial de serviços ou benefícios econômicos para o cumprimento 
dos objetivos da entidade. 
 Todavia, é claro que se a entidade tem a propriedade do recurso, então ela o controla. De fato, esse é um 
dos indicadores de controle elencados pela Estrutura Conceitual, para avaliar se a entidade controla o recurso no 
presente. Vejamos: 
a) propriedade legal; 
b) acesso ao recurso ou a capacidade de negar ou restringir o acesso a esses; 
c) meios que assegurem que o recurso seja utilizado para alcançar os seus objetivos; ou 
d) a existência de direito legítimo ao potencial de serviços ou à capacidade para gerar os benefícios 
econômicos advindos do recurso. 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
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 Aula 06 
 
 
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Contabilidade Pública 
No entanto, a Estrutura Conceitual ressalta que, embora esses indicadores não sejam determinantes ou 
conclusivos acerca da existência do controle, sua identificação e análise podem nos auxiliar a decidir se são, de 
fato, recursos. 
 Sobre ser resultado de um evento do passado, não teceremos muitas considerações, bastando termos em 
mente que o ativo surge quando o poder for exercido e os direitos de receber recursos existirem, podendo surgir 
como resultado de uma transação ou outro evento passado, tal como compra de ativos por meio de uma transação 
comercial (com contraprestação) ou lançamento de tributos em desfavor de contribuintes (sem contraprestação). 
Ok, mas agora você diria: “macacos me mordam, professor! Que raio é esse negócio de “recurso” que está 
na definição de ativo?!?!” Para nossa sorte, a NBC TSP – Estrutura Conceitual também essa definição: 
RECURSO é um item com potencial de serviços ou com a capacidade de gerar benefícios econômicos 
controlado pela entidade como resultado de eventos passados. 
Sobre as características do recurso, a Estrutura Conceitual acrescenta que: 
A forma física NÃO é uma condição necessária para um recurso. 
O potencial de serviços ou a capacidade de gerar benefícios econômicos podem surgir diretamente do 
próprio recurso ou dos direitos de sua utilização. 
Por via de consequência, isso também se aplica para o ativo. 
 Além disso, a Estrutura Conceitual elenca que alguns recursos incluem os direitos da entidade a uma série 
de benefícios, por exemplo, o direito a: 
a) Utilizar o recurso para a prestação de serviços (inclusive bens); 
b) Utilizar os recursos de terceiros para prestar serviços como, por exemplo, arrendamento mercantil; 
c) Converter o recurso em caixa por meio da sua alienação; 
d) Beneficiar-se da valorização do recurso; 
e) Receber fluxos de caixa. 
Agora vamos voltar ao conceito de ativo. Como já sabemos o que é um recurso, podemos dizer então que o 
ativo precisa atender, simultaneamente, os seguintes requisitos: 
 
Por sua vez, potencial de serviços é definido pela Estrutura Conceitual como sendo a capacidade de prestar 
serviços, para consumo coletivo ou individual, que contribuam para alcançar os objetivos da entidade sem, 
necessariamente, gerar entrada líquida de caixa. Exemplos de ativos que ensejam potencial de serviços são os 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
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ativos de recreação, do patrimônio cultural (por exemplo, centros históricos), comunitários, de defesa nacional 
(por exemplo, baterias antiaéreas) e outros que sejam mantidos pelos governos e outras entidades do setor público 
e que sejam utilizados para a prestação de serviços a terceiros. 
Já os benefícios econômicos correspondem a entradas de caixa ou a reduções das saídas de caixa, as quais 
podem derivar, por exemplo: 
a) da utilização do ativo na produção e na venda de serviços; ou 
b) da troca direta do ativo por caixa ou por outros recursos. 
 Nesse ponto, vale relembrar os tipos de bens públicos existentes (Código Civil, art. 99) e que, em geral, 
integram o ativo: 
Bens de uso comum do povo ou bens do domínio público: são aqueles de uso indistinto do povo, tais 
como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
Bens de uso especial: são os de propriedade do Estado, destinando principalmente à prestação de serviços 
públicos, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração 
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
Bens dominiais ou bens dominicais ou bens do patrimônio Fiscal ou bens de patrimônio disponível: 
são os que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, integrando o Estado como 
objeto de direito pessoal ou real, ou seja, sobre esses bens a Administração exerce poderes de proprietário. 
 No entanto, existe uma classe de bens públicos que não integra o ativo, não sendo, em geral, controlados 
pela Contabilidade Pública, embora pertençam ao patrimônio público. Essa exceção foi citada na Aula 01 e vamos 
revê-la agora: são os bens de uso comum do povo ou bens do domínio público. ENTRETANTO, alguns deles 
são controlados pela Contabilidade Pública, conforme dispõe na NBC T 16.10, itens 30 e 31: 
Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos ou aqueles eventualmente 
recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua 
administração ou controle, estejam ou não afetos a sua atividade operacional. 
Embora a NBC T 16.10 tenha sido revogada pela NBC TSP 07 desde 1º/01/2019, a ideia doutrinária 
demonstrada anteriormente permanece válida. 
Nesse sentido, apenas os bens de uso comum do povo que NÃO foram doados e nem absorvem ou 
absorveram recursos públicos é que NÃO constituem objeto da Contabilidade Pública, embora integrem o 
patrimônio público. 
Reconhecimento e desreconhecimento de ativos 
Sobre o reconhecimento de ativos, segundo o MCASP, o ativo deve ser reconhecido quando atender a 
AMBOS os requisitos a seguir: 
a) Satisfizer a definição de ativo, isto é, quando se demonstrar que o ativo é: 1) controlado pela 
entidade; 2) é resultado de eventos passados; e 3) tem potencial de serviços ou capacidade de gerar 
benefícios econômicos. 
b) Puder ser mensurado, observando as características qualitativas, e considerando as restrições sobre 
a informação contábil. 
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Contabilidade Pública 
 ATENÇÃO!!! O MCASP ressalta que também são reconhecidos no ativo os depósitos caracterizados como 
entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiro. São exemplos destes depósitos as cauções em 
dinheiro para garantia de contratos, consignações a pagar, retenção de obrigações de terceiros a recolher e 
outros depósitos com finalidades especiais, como os para garantia de recursos. 
O processo de reconhecimento de um ativo envolve a análise da incerteza relacionada à existência e à 
mensuração do item que se pretende reconhecer. Uma vez que essas condições podem mudar, faz-se necessário 
que a incerteza seja avaliada em cada data da demonstração contábil, o que pode ensejar, inclusive, o 
desreconhecimento do ativo. 
Vamos ver como esses assuntos têm sido exigidos em prova: 
(FCC – TRT 24ª Região – 2017) De acordo com a NBC TSP Estrutura Conceitual, o Ativo é um recurso 
controlado no presente pela entidade como resultado de evento passado. Para ser considerado um recurso, 
um item de um Tribunal Regional do Trabalho deve, necessariamente, 
A) gerar benefícios econômicos diretamente do próprio recurso e não do seu direito de uso. 
B) gerar entradas líquidas de caixa. 
C) ser de propriedade legal da entidade. 
D) ter a possibilidade de trocar o recurso por outro ativo. 
E) ter potencial de serviços ou capacidade de gerar benefícioseconômicos. 
RESOLUÇÃO: 
Gente, vamos relembrar a definição de recurso: 
RECURSO é um item com potencial de serviços ou com a capacidade de gerar benefícios econômicos 
controlado pela entidade como resultado de eventos passados. 
Agora vamos analisar as alternativas: 
A alternativa A) está errada. Pois não há obrigação no sentido de que a geração de benefícios econômicos 
provenha diretamente do recurso. 
A alternativa B) está errada, pois, igualmente, não há obrigação no sentido de que o recurso gere entradas 
líquidas de caixa. Um exemplo de recurso que não gera entradas líquidas de caixa é um imóvel. 
A alternativa C) está errada, pois o recurso não precisa ser de propriedade pública. Apenas o controle dele é 
indispensável. 
A alternativa D) também está errada, pois não há obrigação nesse sentido também. 
Por fim, a alternativa E) está certa, pois o item descreve uma condição expressa para caracterizar um recurso. 
Vamos lembrar a sua definição: 
RECURSO é um item com potencial de serviços ou com a capacidade de gerar benefícios econômicos controlado pela entidade 
como resultado de eventos passados 
Note que as alternativas A), B), C) e D) são condições suficientes para caracterizar um recurso, mas nenhuma 
delas é necessária/indispensável. Note também que estamos treinando até raciocínio lógico aqui! 
Gabarito: LETRA E 
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Classificações do ativo 
Agora vamos ver duas classificações do ativo segundo o MCASP. ATENÇÃO! Elas serão muito úteis adiante! 
Ativo Circulante e Não Circulante 
 
Os ativos devem ser classificados como CIRCULANTES quando satisfizerem a UM dos seguintes critérios 
(MCASP, 8ª ed., pg. 432): 
a) espera-se que esse ativo seja realizado, ou pretende-se que seja mantido com o propósito de ser 
vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade; 
b) o ativo está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; 
c) espera-se que o ativo seja realizado até DOZE MESES após a data das demonstrações contábeis; 
d) o ativo seja caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para pagamento de passivo 
se encontre vedada durante pelo menos DOZE MESES após a data das demonstrações contábeis. 
 O MCASP destaca que o ciclo operacional da entidade é o tempo levado para converter entradas 
(inputs) ou recursos em saídas (outputs). Quando o ciclo operacional normal da entidade não for 
claramente identificável, pressupõe-se que sua duração seja de doze meses. 
Os demais ativos devem ser classificados como NÃO CIRCULANTES. 
Esquematicamente, temos: 
 
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 Aula 06 
 
 
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Contabilidade Pública 
É importante que você saiba todos os critérios que podem caracterizar o Ativo Circulante. No entanto, os 
mais relevantes e úteis na resolução de questões são os seguintes (MCASP, 8ª ed., pg. 143): 
a) Estiverem disponíveis para realização imediata; e 
b) tiverem a expectativa de realização até doze meses após a data das demonstrações contábeis. 
Vale mencionar que a segregação de ativos em circulante e não circulante toma como base o atributo de 
conversibilidade. Apesar de ter sido revogada pela NBC TSP 11, a NBC 16.6 (R1) define conversibilidade como 
sendo: a qualidade do que pode ser conversível, ou seja, característica de transformação de bens e direitos em 
moeda. Esse conceito continua válido, principalmente porque o MCASP faz referência a essa definição e à NBC T 
16.6 (R1). 
Assim, as contas do ativo devem ser dispostas nas demonstrações contábeis em ordem decrescente de grau 
de conversibilidade. Assim, os ativos mais conversíveis em moeda, ou seja, os bens e direitos que podem ser 
transformados mais facilmente em moeda, são dispostos antes nas demonstrações contábeis do que aqueles com 
conversão mais difícil. 
Por exemplo, depósitos em poupança são dispostos antes de imóveis. 
Questão para fixar 
(FCC – Prefeitura de Teresina - PI – 2016) No Balanço Patrimonial de determinada autarquia da capital do Estado, 
referente ao exercício de 2015, o ativo circulante somou o valor de R$ 985.780.000,00. Segundo as Normas de 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público, entre outros critérios, os ativos devem ser classificados como “circulante” 
quando: 
A) corresponderem a valores exigíveis com vencimentos até doze meses da data das demonstrações 
contábeis. 
B) corresponderem a valores a receber com vencimentos até seis meses da data da publicação do Balanço 
Patrimonial. 
C) tiverem a expectativa de realização até dezoito meses da data das demonstrações contábeis. 
D) corresponderem a valores a receber com vencimentos até doze meses da data do fato gerador. 
E) tiverem a expectativa de realização até doze meses da data das demonstrações contábeis. 
RESOLUÇÃO: 
 Antes de resolver essa questão, vamos rever os critérios mais utilizados para definir se um ativo é circulante 
ou não: 
 a) Estiverem disponíveis para realização imediata; 
 b) tiverem a expectativa de realização até doze meses após a data das demonstrações contábeis. 
 Agora vamos analisar as alternativas: 
 A alternativa A) está errada, pois fala em “valores exigíveis”, o que se aplica ao passivo apenas. No ativo, o 
certo são valores realizáveis. 
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 A alternativa B) está errada, pois a questão prevê um período de seis meses para o recebimento, enquanto 
que o correto são doze meses. 
 A alternativa C) está errada, pois novamente o período está equivocado. O correto são doze meses. 
 A alternativa D) está errada, pois o período de doze meses começa a contar das demonstrações contábeis e 
não do fato gerador. 
 A alternativa E) está certa, pois está de acordo com o texto do critério. 
Gabarito: LETRA E 
Ativo Financeiro e Permanente 
No Balanço Patrimonial, o ativo é classificado em Ativo Financeiro e Ativo Permanente (não financeiro) 
conforme o art. 105 da Lei nº 4.320/1964: 
§1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis INDEPENDENTEMENTE de 
autorização orçamentária e os valores numerários. 
§2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação 
DEPENDA de autorização legislativa. 
O MCASP ainda destaca que essa classificação guarda estrita relação com aspectos legais definidos no 
âmbito da Lei nº 4.320/1964. Desse modo, a conceituação presente em normas contábeis é distinta da 
apresentada na referida lei. 
Esquematicamente, temos: 
 
Passivo 
Conceito 
Pessoal, lembram-se que o patrimônio público contém uma parte “positiva” (bens e direitos) e uma parte 
“negativa” (obrigações), certo? 
Pois bem, o PASSIVO é entendido como a parte negativa desse patrimônio, as obrigações. 
Vamos ver agora a definição de ativo segundo a NBC TSP – Estrutura Conceitual: 
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 Aula 06 
 
 
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Contabilidade Pública 
Passivo é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extinção deva resultar na saída de 
recursos da entidade. 
Segundo o MCASP, obrigação presente é aquela que ocorre por força de lei (obrigação legal ou obrigação 
legalmente vinculada) ou não (obrigação não legalmente vinculada), a qual não possa ser evitada pela entidade. É 
a característica essencial para a existência do passivo. 
Já fizemos considerações sobre evento passado. De acordo com o MCASP (8ª ed., pg. 149), “a complexidade 
inerente ao setor público faz com que eventos diversos referentes ao desenvolvimento, implantação e execução 
de determinado programa ou atividade possam gerar obrigações”, sendo necessário determinar se tais 
compromissos e obrigações, derivados ou não de lei, são obrigações presentese satisfazem a definição de 
passivo. 
Sobre a saída de recursos da entidade, tem-se que essa característica é indispensável para a caracterização 
de um passivo. A obrigação que pode ser extinta sem saída de recursos NÃO é um passivo. 
Por fim, acerca do tipo da origem da obrigação, o MCASP faz as seguintes considerações: 
 A obrigação legal (ou legalmente vinculada) é exigível por força de lei. 
 Por sua vez, a obrigação não legalmente vinculada se diferencia da obrigação legal, pois as partes a 
quem a obrigação diz respeito não podem tomar ações legais para extingui-la. A obrigação não 
legalmente vinculada que gera passivo tem as seguintes características: 
a) A entidade indica a terceiros, por meio de um padrão estabelecido de práticas passadas, políticas 
publicadas ou de declaração específica, que aceitará certas responsabilidades; 
b) Como resultado de tal indicação, a entidade cria uma expectativa válida para terceiros de que cumprirá 
com essas responsabilidades; e 
c) A entidade tem pouca ou nenhuma alternativa factível para evitar o cumprimento da obrigação gerada 
a partir dessas responsabilidades. 
Tem-se que a obrigação DEVE estar relacionada a um terceiro. Segundo o MCASP, a identificação de 
terceiros é uma indicação da existência de obrigação que gera um passivo. Todavia, para que a obrigação presente 
exista, não é indispensável conhecer a identidade dos terceiros antes da época da extinção do passivo. 
Por fim, o MCASP ressalta que a ausência de prazos para extinção da obrigação presente não impede que 
a obrigação origine um passivo. 
Reconhecimento e desreconhecimento 
Analogamente aos ativos, os passivos, segundo o MCASP, devem ser reconhecidos quando atenderem a 
AMBOS os requisitos a seguir: 
a) Satisfizer a definição de passivos, isto é, quando se demonstrar que o elemento é: 1) uma obrigação 
presente; 2) derivada de evento passado; e 3) cuja extinção deva resultar na saída de recursos da 
entidade. 
b) Puder ser mensurado, observando as características qualitativas, e considerando as restrições sobre 
a informação contábil. 
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 Segundo o MCASP, analogamente ao que ocorre com os ativos, também são reconhecidos no passivo os 
depósitos caracterizados como entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiro, uma vez que constituem 
obrigações a terceiros. São exemplos destes depósitos as cauções em dinheiro para garantia de contratos, 
consignações a pagar, retenção de obrigações de terceiros a recolher e outros depósitos com finalidades 
especiais, como os para garantia de recursos. 
Além disso, as obrigações em que o fato gerador não tenha ocorrido NÃO são geralmente reconhecidas 
como passivos nas demonstrações contábeis. Exemplo de situação em que não ocorre o reconhecimento de 
passivo, são as obrigações decorrentes de pedidos de compra de produtos e mercadorias, mas ainda não 
recebidos. 
Por fim, aplicam-se aos passivos os mesmos critérios para o desreconhecimento de ativos, desde que se 
justifiquem a remoção de elemento previamente reconhecido nas demonstrações contábeis. 
Vejamos como esse assunto foi exigido em prova: 
Questão para fixar 
(Funcab – Sefaz/BA – 2014 - adaptada) Segundo a NBC TG 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos 
Contingentes, o seguinte fato impossibilita o reconhecimento de uma provisão: 
A) Uma entidade tem uma obrigação presente não formalizada, como resultado de um evento passado. 
B) Uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja necessária para a extinção da 
obrigação. 
C) Quando possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. 
D) Uma entidade tem uma obrigação presente legal, como resultado de um evento passado. 
E) É remota a possibilidade de uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos necessários 
para a extinção da obrigação. 
RESOLUÇÃO: 
Basta lembrar dos requisitos para que um passivo seja reconhecido. São eles: 
a) Satisfizer a definição de passivos, isto é, quando se demonstrar que o elemento é: 
 1) uma obrigação presente; 
 2) derivada de evento passado; e 
 3) cuja extinção deva resultar na saída de recursos da entidade 
b) Puder ser mensurado, observando as características qualitativas, e considerando as restrições sobre a informação 
contábil. 
Note então que as alternativas A), B), C) e D) estão de acordo com esses requisitos. A única que fica de fora 
é a alternativa E), uma vez que considera a saída de recursos uma possibilidade remota para extinguir a obrigação. 
Gabarito: LETRA E 
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Classificações do Passivo 
Passivo Circulante e Não Circulante 
O passivo deve ser classificado como CIRCULANTE quando satisfizer a qualquer dos seguintes critérios (8ª 
ed., pgs. 432 e 439): 
a) Espera-se que o passivo seja pago durante o ciclo operacional normal da entidade; 
b) O passivo está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado; 
c) O passivo deve ser pago no período de até DOZE MESES após a data das demonstrações contábeis; 
d) A entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze 
meses após a data do balanço. 
 O MCASP destaca que o ciclo operacional da entidade é o tempo levado para converter entradas 
(inputs) ou recursos em saídas (outputs). Quando o ciclo operacional normal da entidade não for 
claramente identificável, pressupõe-se que sua duração seja de doze meses. 
 Além disso, o MCASP acrescenta que também é passivo circulante os valores de terceiros ou 
retenções em nome deles, quando a entidade do setor público for FIEL DEPOSITÁRIA, 
independentemente do prazo de exigibilidade. 
Os demais passivos devem ser classificados como NÃO CIRCULANTES. 
Esquematicamente, temos: 
 
É importante que você se lembre de todos os critérios que podem caracterizar o Passivo Circulante, no 
entanto, o MAIS relevante e útil na resolução de questões é o seguinte (MCASP, 8ª ed., pg. 145): 
 Os passivos devem ser classificados como circulantes quando corresponderem a valores exigíveis até 
DOZE meses após a data das demonstrações contábeis. 
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Vale mencionar que a segregação de passivos em circulante e não circulante toma como base o atributo de 
exigibilidade. Apesar de ter sido revogada pela NBC TSP 11, a NBC 16.6 R1 define exigibilidade como sendo: a 
qualidade do que é exigível, ou seja, característica inerente às obrigações pelo prazo de vencimento. Esse conceito 
continua válido, principalmente porque o MCASP faz referência a essa definição e à NBC T 16.6 (R1). 
Assim, as contas do passivo devem ser dispostas nas demonstrações contábeis em ordem decrescente de 
grau de exigibilidade. Desse modo, os passivos mais exigíveis, ou seja, as obrigações com vencimento mais 
próximo são dispostas antes que aquelas com vencimento mais distante. 
Por exemplo, obrigações a vencer no mês corrente são dispostas antes de obrigações com vencimento em 
cinco anos. 
Vejamos como esse assunto foi exigido em prova: 
Passivo Financeiro e Permanente 
No Balanço Patrimonial, o passivo é classificado em passivo financeiro e passivo permanente (não 
financeiro) conforme o art. 105 da Lei nº 4.320/1964: 
§3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outros pagamentos que independam 
de autorização orçamentária. 
4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de 
autorização legislativa para amortização ou resgate. 
Note que a Lei nº 4.320/1964 dispõe que tanto o passivo financeiro quanto o permanente devem 
compreender as dívidas fundadas. Aqui, vale mencionar que há uma divergência de textoentre versões publicadas 
da Lei nº 4.320/1964 no site do Planalto (texto transcrito acima) e a versão original da mesma lei, a qual dispõe 
que o passivo financeiro compreenderá as “dívidas flutuantes” e outros pagamentos que independam de 
autorização orçamentária. 
Que confusão, hein?! Mas nada temam. O que interessa aqui é a dependência ou independência de 
autorização orçamentária para o pagamento da dívida. Além disso, em geral, ambas as formas têm sido aceitas 
e cobradas pelas bancas de concurso como corretas. 
De toda forma, vamos conceituar dívida flutuante e fundada (ou consolidada): 
 Dívida flutuante é aquela cujo prazo de vencimento, em geral, é inferior a 12 meses. Trata-se, 
portanto, de uma dívida de curto prazo. A Lei nº 4.320/1964, art. 92, traz os seguintes exemplos: 
- Restos a Pagar – as despesas empenhadas, não pagas até 31 de dezembro, e devidamente inscritas; 
- Serviço da Dívida a Pagar – as parcelas de amortização e de juros da dívida fundada ou consolidada; 
- Depósitos – as cauções ou garantias recebidas de terceiros para execução de contratos de obras e 
fornecimentos, em dinheiro; 
- Débitos de Tesouraria – as dívidas provenientes de operações de crédito por antecipação de receita 
orçamentária (ARO). 
 Dívida consolidada é aquela cujo prazo de vencimento, em regra, é superior a 12 meses. Trata-
se, portanto, de uma dívida de longo prazo. 
Exemplos: Empréstimos a Pagar, Títulos a Pagar. 
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ATENÇÃO! A LRF incluiu na dívida consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze 
meses cujas receitas tenham constado do orçamento. 
Analogamente à conceituação de ativos financeiros e permanentes, o MCASP destaca que essa classificação 
guarda estrita relação com aspectos legais definidos no âmbito da Lei nº 4.320/1964. Desse modo, a conceituação 
presente em normas contábeis é distinta da apresentada na referida lei. 
Esquematicamente, temos: 
 
Agora, vamos ver como esses assuntos vem sendo cobrados em prova: 
Questão para fixar 
(FGV – Sefin/RO – 2018) Entre as demonstrações contábeis, definidas na Lei nº 4.320/64, está o Balanço 
Patrimonial. 
Em relação aos componentes dessa demonstração, assinale a afirmativa correta. 
A) O Ativo Financeiro compreende os créditos e valores realizáveis que dependem de autorização 
orçamentária e os valores numerários. 
B) O Ativo Permanente compreende os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação depende de 
autorização legislativa. 
C) O Passivo Financeiro compreende as dívidas fundadas e as flutuantes que dependem de autorização 
orçamentária. 
D) O Passivo Permanente compreende as dívidas fundadas e as flutuantes que não dependem de autorização 
legislativa para amortização ou resgate. 
E) As Contas de Compensação compreendem os bens e as obrigações que não afetam o patrimônio. 
RESOLUÇÃO: 
Vamos ver nossos esquemas sobre Ativos Financeiro e Permanente e Passivos Financeiros e Permanentes: 
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Agora vamos analisar as alternativas: 
A alternativa A) está errada, pois os créditos e valores do Ativo Financeiro independem de autorização 
orçamentária para serem realizados. 
A alternativa B) está certa, conforme, de fato, o Ativo Permanente compreende os bens, créditos e valores, 
cuja mobilização ou alienação depende de autorização legislativa, conforme mostra nosso resumo esquemático. 
A alternativa C) está errada, pois as dívidas do Passivo Financeiro independem de autorização orçamentária. 
A alternativa D) está errada, pois as dívidas do Passivo Permanente compreendem as dívidas fundadas que 
dependem de autorização orçamentária para amortização ou resgate. 
A alternativa E) está errada. Veremos esse conceito mais adiante nesta aula, mas já adiantamos que as 
contas de compensação compreendem as contas representativas dos atos potenciais ativos e passivos. 
Gabarito: LETRA B 
Patrimônio Líquido 
 O patrimônio líquido (ou situação patrimonial líquida) pode ser definida da seguinte maneira: 
Situação patrimonial líquida é a diferença entre os ativos e os passivos após a inclusão de outros recursos 
e a dedução de outras obrigações, reconhecida no Balanço Patrimonial como patrimônio líquido. A 
situação patrimonial líquida pode ser um montante positivo ou negativo. 
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Outros recursos e outras obrigações podem ser reconhecidos nas demonstrações contábeis, mesmo que 
não satisfaçam a definição de ativo e passivo, respectivamente, para que se alcance os objetivos da informação 
contábil. Se for o caso, deve-se proceder a inclusão dos outros recursos e dedução das outras obrigações no 
cálculo do patrimônio líquido. 
 Note que, em geral, pode-se encontrar o montante referente ao patrimônio líquido através da seguinte 
equação patrimonial: 
Equação Patrimonial: Patrimônio Líquido = Ativo – Passivo 
 Ou seja, se o ativo for maior que o passivo, tem-se uma situação patrimonial líquida positiva. Igualmente, 
se o passivo for maior que o ativo, tem-se uma situação patrimonial líquida negativa. 
Convém adiantar que, como detalharemos no tópico seguinte, integram o Patrimônio Líquido: patrimônio 
ou capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, demais reservas, ações 
em tesouraria, resultados acumulados e outros desdobramentos. 
Além disso, segundo o MCASP, no Patrimônio Líquido, deve ser evidenciado o resultado do período 
segregado, isto é, de forma separada, dos resultados acumulados de períodos anteriores. 
Por fim, após todas essas explicações sobre elementos patrimoniais, você deve ter reparado que existe uma 
certa subjetividade, ou até incerteza, na identificação de um item como ativo ou passivo, o que impactará, por via 
de consequência, no patrimônio líquido. Desse modo, tenha sempre em mente na avaliação do enquadramento 
de itens como elementos como ativo ou passivo a primazia da essência sobre a forma. Isto é: 
A essência de uma transação deve ser valorizada, por vezes, em detrimento do que consta formalmente 
em algum documento, nota fiscal ou contrato. 
Esse é um princípio que permeia toda a ciência contábil e não apenas a Contabilidade Aplicada ao Setor 
Público. 
Agora, vamos ver como esse assunto vem sendo cobrado em prova: 
 (Cespe – STM – 2010) Patrimônio líquido é o conjunto de recursos controlados e utilizados pela entidade, fruto de 
suas transações passadas e cujo objetivo é a geração de benefícios futuros. 
RESOLUÇÃO: 
Pessoal, essa é a definição de ativo. O conceito de patrimônio líquido é o seguinte: 
Patrimônio líquido ou Situação Patrimonial líquida é a diferença entre os ativos e os passivos após a 
inclusão de outros recursos e a dedução de outras obrigações, reconhecida no Balanço Patrimonial como 
patrimônio líquido. A situação patrimonial líquida pode ser um montante positivo ou negativo. 
Assim, o item está errado. 
Gabarito: ERRADO 
 
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Balanço Patrimonial 
Conceito 
 Segundo o MCASP, o BALANÇO PATRIMONIAL – BP é a demonstração contábil que evidencia, qualitativa 
e quantitativamente, a situação patrimonial da entidade pública por meio de contas representativas do 
patrimônio público, bem como os atos potenciais, que são registrados em contas de compensação (natureza de 
informação de controle). 
 
 Vale ressaltar que o Balanço Patrimonial visa demonstrar uma situação ESTÁTICA sobre um momento 
específico por meio o registro de contas de natureza patrimonial. Assim, esse demonstrativo evidencia a 
composiçãodo patrimônio (bens direito e obrigações – variáveis de estoque), qualitativa e quantitativamente, 
bem como das contas de compensação, no dia em que o balanço é emitido. 
 Portanto, o Balanço Patrimonial não versa sobre contas de resultado, as quais representam uma situação 
DINÂMICA, ou seja, as contas de receita e de despesa (variáveis de fluxo). Estas contas são encerradas ao final do 
exercício, para apuração do resultado, que, por meio da conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados será 
incorporado ao patrimônio, aumentando-o ou diminuindo-o. 
 A título de comparação, perceba a diferença entre as informações contidas no Balanço Patrimonial em 
relação aos Balanços Financeiro e Orçamentário, já vistos por nós em aulas anteriores: 
• Os Balanços Orçamentário – BO e Financeiro – BF se assemelham a um filme e descrevem dados 
relativos à execução financeira e orçamentária (BO) ou sobre a movimentação financeira da entidade 
(BF) num determinado período de tempo. 
• O Balanço Patrimonial se assemelha a uma fotografia do patrimônio em uma data específica (data 
de apuração do demonstrativo). 
 
Atenção!! 
Como as contas patrimoniais demonstram uma situação estática, sendo 
variáveis de estoque, elas representam uma FOTOGRAFIA da entidade 
(caso do Balanço Patrimonial). 
De outro lado, como as contas de resultado demonstram uma situação 
dinâmica, sendo variáveis de fluxo, elas representam um FILME da 
entidade (Balanços Orçamentário, Financeiro e Demonstração das 
Variações Patrimoniais). 
Balanço 
Patrimonial
Demonstração contábil
que evidencia, qualitativa
e quantitativamente, a
situação patrimonial da
entidade pública.
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 Ok! Agora que sabemos o que o Balanço Patrimonial evidencia e que ele descreve uma situação estática 
sobre a composição do patrimônio e sobre atos potenciais que podem vir a afetá-lo, resta ver o que vem a ser os 
aspectos qualitativos e quantitativos das informações nele descritas: 
As informações qualitativas referem-se ao tipo e as características dos bens, direitos e obrigações que 
compõe o patrimônio. 
Exemplo 1: a entidade X pode ter bens apenas na qualidade de disponibilidade financeira (ativo circulante) 
e/ou bens imóveis, como terrenos (ativo não circulante – imobilizado). 
Exemplo 2: A entidade X pode ter em seu passivo, obrigações de curto prazo (menos de 12 meses) as quais 
integram a sua dívida flutuante (passivo circulante) e/ou dívidas de longo prazo (mais de 12 meses), as 
quais integram sua dívida fundada ou consolidada (passivo não circulante). 
Já as informações quantitativas referem-se ao valor do bem, direito ou obrigação. 
Exemplo 1: O bem imóvel da entidade X, digamos um terreno, encontra-se avaliado em R$ 500.000,00, 
enquanto que ela possui R$ 1.000.000,00 em disponibilidade de caixa. 
Exemplo 2: As dívidas de curto prazo da entidade X são de R$ 10.000,00, enquanto que as dívidas de longo 
prazo, constituem R$ 500.000,00. 
 Agora vejamos o conceito de Balanço Patrimonial trazido pela Lei nº 4.320/1964: 
Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará; 
I - O Ativo Financeiro; 
II - O Ativo Permanente; 
III - O Passivo Financeiro; 
IV - O Passivo Permanente; 
V - O Saldo Patrimonial; 
VI - As Contas de Compensação. 
§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização 
orçamentária e os valores numerários. 
§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação 
dependa de autorização legislativa. 
§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outras cujo pagamento independa de 
autorização orçamentária. 
§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização 
legislativa para amortização ou resgate. 
§ 5º Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e situações não 
compreendidas nos parágrafos anteriores e que, mediata ou indiretamente, possam vir a afetar o 
patrimônio. 
 Note que a Lei nº 4.320/1964 confere um certo viés orçamentário ao prever a separação no Balanço 
Patrimonial do ativo e passivo em dois grupos, Financeiro e Permanente, em função da dependência ou não de 
autorização legislativa ou orçamentária para realização dos itens que o compõem. De fato, a estrutura antiga 
do Balanço Patrimonial, prevista no anexo da Lei nº 4.320/1964, está estruturada segundo essa lógica, conforme 
veremos adiante nesta aula. 
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 Por isso, conforme o MCASP, as estruturas das demonstrações contábeis contidas nos anexos da Lei nº 
4.320/1964 foram alteradas pela Portaria STN nº 438/2012, em consonância com os novos padrões da 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP). A partir de então, no Balanço Patrimonial tem-se a visão 
patrimonial como base para análise e registro dos fatos contábeis. 
 Assim, o Balanço Patrimonial é composto atualmente pelos seguintes quadros: 
a. Quadro Principal; 
b. Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes; 
c. Quadro das Contas de Compensação (controle); e 
d. Quadro do Superávit / Déficit Financeiro. 
 No quadro principal do Balanço Patrimonial, o patrimônio é evidenciado conforme a conceituação e 
segregação dos ativos e passivos em circulante e não circulante, com base em seus atributos de conversibilidade 
e exigibilidade, respectivamente (vista anteriormente nesta aula). 
 Adicionalmente, o Balanço Patrimonial demonstra, de forma secundária (no quadro dos Ativos e Passivos 
Financeiros e Permanentes), a composição do patrimônio conforme a Lei nº 4.320/1964, ou seja, por meio da 
classificação dos elementos patrimoniais em financeiro e permanente, em função da dependência ou não de 
autorização legislativa ou orçamentária para realização dos itens que o compõem. 
 Vejamos o resumo esquemático sobre a nova estrutura do Balanço Patrimonial: 
Balanço 
Patrimonial 
Aspecto 
Classificação dos 
elementos em: 
Atributos para classificações 
dos elementos 
Principal Patrimonial 
- Circulante, e 
- Não circulante 
- Conversibilidade, e 
- Exigibilidade 
Secundário Orçamentário 
- Financeiro, e 
- Permanente 
- Autorização orçamentária 
 Por fim, convém mencionar que dada a multiplicidade de informações contidas no Balanço Patrimonial em 
seus respectivos quadros, ele permite diversas análises acerca da situação patrimonial da entidade, como sua 
liquidez e seu endividamento, dentre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
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Estrutura do Balanço Patrimonial segundo a Lei nº 4.320/1964 (estrutura antiga) 
Estrutura 
 Primeiramente, vejamos a estrutura do Balanço Patrimonial conforme a Lei nº 4.320/1964, que ainda é alvo 
de cobrança por parte das bancas de concurso: 
Ativo Passivo 
Ativo Financeiro Passivo Financeiro 
Disponível Restos a Pagar 
Créditos em Circulação Retenções de Terceiros 
Patrimoniais [...] 
Ativo Permanente (não financeiro) Passivo Permanente (não financeiro) 
Circulante Circulante 
Realizável a longo prazo Exigível a longo prazo 
Bens móveis e imóveis 
Ativo Real (AF + ANF) Passivo Real (PF + PNF) 
Saldo patrimonial líquido = passivo 
real a descoberto 
 
Saldo patrimonial líquido = ativo real 
líquido 
 
Ativo Compensado Passivo Compensado 
Responsabilidades, títulos, valores e 
bens 
 Títulos, valores s/ responsabilidades 
Garantia de valores Valores em garantia 
Direitos e obrigações conveniadas Direitos e obrigações conveniadas 
Direitos e obrigações contratuais Direitos e obrigações contratuais 
Total do Ativo Total do Passivo 
Note que ao somarmos o valor dos ativos financeiro e permanentechegamos ao valor do ativo real, e, 
analogamente, ao somarmos o valor dos passivos financeiro e permanente chegamos ao valor do passivo real. 
Além disso, essa estrutura evidencia as contas de compensação (ativo e passivo compensado), por meio do 
qual são demonstrados os atos potenciais que podem vir a afetar o patrimônio, mediata ou imediatamente. 
 
Atenção!! 
O valor do ativo compensado SEMPRE SERÁ IGUAL ao valor do 
passivo compensado. 
Saldo patrimonial 
O saldo patrimonial é obtido por meio da diferença entre o Ativo Real e o Passivo Real: 
Saldo Patrimonial = Ativo Real – Passivo Real 
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Vejamos as três situações possíveis para o valor do saldo patrimonial: 
Ativo Real < Passivo Real ➔ 
(Saldo patrimonial < 0) 
Passivo Real a descoberto 
Ativo Real > Passivo Real ➔ 
(Saldo patrimonial > 0) 
Ativo Real líquido 
Ativo Real = Passivo Real ➔ 
(Saldo patrimonial = 0) 
Neutro 
Fique atento 
A estrutura antiga previa um procedimento de registro do saldo patrimonial negativo (passivo real a descoberto) 
na coluna do Ativo e do saldo patrimonial positivo (ativo real líquido) na coluna do Passivo, a fim de igualar as 
colunas do Balanço Patrimonial. 
 
Atenção!! 
Não confundam Saldo Patrimonial com Resultado Patrimonial. Essa é 
uma pegadinha clássica de concursos. 
O Saldo Patrimonial é calculado no Balanço Patrimonial e o Resultado 
Patrimonial é calculado na Demonstração de Variações Patrimoniais, a 
qual veremos mais adiante. 
Portanto, não vacilem! Se virem Balanço Patrimonial E Resultado 
Patrimonial ou Demonstração das Variações Patrimoniais E Saldo 
Patrimonial, o item está errado! 
Vejamos como esse assunto foi exigido em prova: 
Questão para fixar 
(Cespe – TCE/PA – 2016) Com relação à contabilização dos fatos contábeis e às demonstrações da situação 
econômica das entidades do setor público, julgue o item que se segue: 
 No balanço patrimonial, o ativo real corresponde à soma dos ativos financeiro e compensado subtraída da 
soma dos passivos financeiro e compensado. 
RESOLUÇÃO: 
 Conforme a estrutura antiga, o Ativo Real é a soma dos Ativos Financeiro e Permanente. 
Gabarito: ERRADO 
Estrutura do Balanço Patrimonial segundo o MCASP 
Conforme vimos anteriormente, segundo o MCASP, o Balanço Patrimonial é atualmente composto por 04 
(quatro) quadros: 
Quadro Principal: é o balanço que descreve o patrimônio com aspecto patrimonial, segregando ativos e passivos 
em circulante e não circulante, com base nos atributos de conversibilidade e exigibilidade, respectivamente. 
Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes: é o balanço que descreve o patrimônio com viés 
orçamentário, segregando ativos e passivos em financeiro e permanente, em função da dependência ou não de 
autorização orçamentária/legislativa para a realização dos itens que o compõem. 
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Quadro das Contas de Compensação (controle): é o balanço que evidencia os atos potenciais do ativo e do passivo 
que possam, mediata ou imediatamente, vir a afetar o patrimônio, tais como: direitos e obrigações conveniadas ou 
contratadas, responsabilidade por bens de terceiros, garantias e contragarantias de valores recebidas e concedidas. 
Quadro do Superávit / Déficit Financeiro: é o balanço utilizado para apurar e demonstrar o superavit ou deficit 
financeiro. 
 Agora veremos a estrutura dos quadros do Balanço Patrimonial segundo o MCASP. 
Quadro Principal do BP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVO Nota 
Exercício 
Atual 
Exercício 
Anterior 
Ativo Circulante 
Caixa e Equivalente de Caixa 
Créditos a Curto Prazo 
Investimento e aplicações temporárias a curto prazo 
Estoques 
Ativo Não Circulante mantido para a venda 
VPD pagas antecipadamente 
Total do Ativo Circulante 
 
Ativo Não Circulante 
Realizável a Longo Prazo 
Investimentos 
Imobilizado 
Intangível 
Total do Ativo Não Circulante 
 
TOTAL DO ATIVO 
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Segundo o MCASP, no quadro principal tem-se a visão patrimonial como base para análise e registro dos 
fatos contábeis. Agora, vamos ver alguns pontos mencionados pelo MCASP que merecem destaque. 
O patrimônio líquido ou situação patrimonial líquida pode ser calculado da diferença entre o total do Ativo 
(Ativo Circulante + Ativo Não Circulante) e o total do Passivo (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante). 
Vejamos: 
Patrimônio Líquido = Total do Ativo – Total do Passivo 
Patrimônio Líquido = (Ativo Circulante + Ativo Não Circulante) – (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante) 
Vejamos as três situações possíveis para o valor do Patrimônio Líquido: 
 
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Nota Exercício 
Atual 
Exercício 
Anterior 
Passivo Circulante 
Obrigações trabalhistas, previdenciárias e assistenciais 
a curto prazo 
 
 
Empréstimos e Financiamentos a curto prazo 
Fornecedores e contas a pagar a curto prazo 
Obrigações Fiscais a Curto Prazo 
Obrigações de repartições a outros entes 
Provisões a curto prazo 
Demais obrigações a curto prazo 
Total do Passivo Circulante 
 
Passivo Não Circulante 
Obrigações trabalhistas, previdenciárias e assistenciais 
a longo prazo 
 
 
Empréstimos e Financiamentos a longo prazo 
Fornecedores e contas a pagar a longo prazo 
Obrigações fiscais a longo prazo 
Provisões a longo prazo 
Demais obrigações a longo prazo 
Resultado diferido 
Total do Passivo Não Circulante 
 
Patrimônio Líquido 
Patrimônio social e Capital Social 
Adiantamento para futuro aumento de capital 
Reservas de capital 
Ajustes de avaliação patrimonial 
Reservas de lucros 
Demais reservas 
Resultados acumulados 
(-) ações / cotas em tesouraria 
Total do Patrimônio Líquido 
 
TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
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Total do Ativo < Total do Passivo ➔ 
(Patrimônio Líquido < 0) 
Patrimônio Líquido Negativo 
Total do Ativo > Total do Passivo ➔ 
(Patrimônio Líquido > 0) 
Patrimônio Líquido Positivo 
Total do Ativo = Total do Passivo ➔ 
(Patrimônio Líquido = 0) 
neutro 
 
Atenção!! 
Positivo, negativo ou neutro, o valor do Patrimônio Líquido da 
entidade deve ser registrado na coluna do Passivo. 
Por consequência lógica, tendo em vista o cálculo do patrimônio 
líquido, ao final do exercício, o valor da coluna do ativo será sempre 
igual ao valor da coluna do passivo e do patrimônio líquido. 
Além disso, segundo o MCASP, o Quadro Principal do Balanço Patrimonial será elaborado utilizando-se a 
classe 1 (Ativo) e a classe 2 (Passivo e Patrimônio Líquido) do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP). 
Os ativos e passivos serão apresentados em níveis sintéticos (3º nível ou 4º nível). 
Muita calma nessa hora! É verdade que ainda não vimos a codificação das contas de acordo com o Plano de 
Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP). Mas tenham em mente, desde já, que essa codificação possui 07 (sete) 
níveis, sendo que o o primeiro, chamado classe, define, por exemplo, se a conta pertence ao Ativo (classe 1) ou ao 
Passivo e Patrimônio Líquido (classe 2). 
Além disso, nesse caso, o segundo nível, chamado grupo, define se o Ativo é Circulante ou Não Circulantee se o Passivo é Circulante ou Não Circulante, ou ainda, se a conta é do Patrimônio Líquido. Vejamos: 
1 – Ativo 2 – Passivo e Patrimônio Líquido 
1.1 – Ativo Circulante 2.1 – Passivo Circulante 
1.2 – Ativo Não Circulante 2.2 – Passivo Não Circulante 
 2.3 – Patrimônio Líquido 
 Essa terminologia de classes e níveis, bem como o seu significado ficará mais clara conforme estudamos o 
Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP). Todavia, desde já, convém que você guarde essas 
informações acerca do nível de detalhamento do Balanço Patrimonial. Elas facilitarão a resolução de questões. 
Além disso, conforme exposto acima e visto anteriomente, as contas do ativo devem ser dispostas em 
ordem decrescente de grau de conversibilidade. Enquanto que as contas do passivo, em ordem 
decrescente de grau de exigibilidade. 
 Aqui vale relembrarmos o conceito dos atributos de conversibilidade e exigilibidade: 
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Conversibilidade: a qualidade do que pode ser conversível, ou seja, característica de transformação de 
bens e direitos em moeda. Assim, os ativos mais conversíveis em moeda, ou seja, os bens e direitos que 
podem ser transformados mais facilmente em moeda, são dispostos antes nas demonstrações contábeis 
do que aqueles com conversão mais difícil. 
Exigibilidade: a qualidade do que é exigível, ou seja, característica inerente às obrigações pelo prazo de 
vencimento. Desse modo, os passivos mais exigíveis, ou seja, as obrigações com vencimento mais próximo 
são dispostas antes que aquelas com vencimento mais distante. 
 O MCASP também destaca que os saldos das contas dos ativos e passivos são apresentados no quadro 
principal por seus valores líquidos das respectivas deduções, como, por exemplo, as contas de ativo imobilizado 
líquidas das depreciações. 
 Ainda, conforme o MCASP, os saldos das contas intragovernamentais deverão ser excluídos para viabilizar a 
consolidação das contas no ente. 
 Por fim, convém mencionar que são elencados os valores relativos ao exercício atual e ao exercício anterior, 
o que possibilita a comparação dos itens do patrimônio em dois instantes temporais. 
 Agora vejamos o conceito dos itens patrimoniais constantes do quadro principal do Balanço Patrimonial 
segundo o MCASP (8ª ed., pgs. 438/442): 
ATIVO 
Ativo circulante: Compreende os ativos que satisfazem um dos dois seguintes critérios: 
a. estarem disponíveis para realização imediata; ou 
b. terem expectativa de realização até doze meses da data das demonstrações contábeis. 
Compreende os ativos que atendam a qualquer um dos seguintes critérios: sejam caixa ou equivalente de caixa; sejam 
realizáveis ou mantidos para venda ou consumo dentro do ciclo operacional da entidade; sejam mantidos 
primariamente para negociação; sejam realizáveis no curto prazo 
Caixa e Equivalentes de Caixa: compreende o somatório dos valores em caixa e em bancos, bem como equivalentes, 
que representam recursos com livre movimentação para aplicação nas operações da entidade e para os quais não 
haja restrições para uso imediato. 
Créditos a Curto Prazo: compreende os valores a receber por fornecimento de bens, serviços, créditos tributários, 
dívida ativa, transferências e empréstimos e financiamentos concedidos realizáveis até doze meses da data das 
demonstrações contábeis. 
Investimentos e Aplicações Temporárias a Curto Prazo: compreendem as aplicações de recursos em títulos e 
valores mobiliários, não destinadas à negociação e que não façam parte das atividades operacionais da entidade, 
resgatáveis no curto prazo, além das aplicações temporárias em metais preciosos. 
Estoques: compreende o valor dos bens adquiridos, produzidos ou em processo de elaboração pela entidade com o 
objetivo de venda ou utilização própria no curso normal das atividades. 
Ativo Não Circulante Mantido para Venda: Compreende os ativos não circulantes cuja recuperação esperada do seu 
valor contábil venha a ocorrer por meio de uma transação de venda em vez do uso contínuo, segundo um plano de 
venda com prazo inferior a 12 meses. 
Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD) Pagas Antecipadamente: compreende pagamentos de variações 
patrimoniais diminutivas (VPD) de forma antecipada, cujos benefícios ou prestação de serviço à entidade ocorrerão 
no futuro. 
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Ativo Não Circulante: compreende os ativos que têm expectativa de realização após doze meses da data das 
demonstrações contábeis. 
Integram o ativo não circulante: o ativo realizável a longo prazo, os investimentos, o imobilizado, o intangível e 
eventual saldo a amortizar do ativo diferido. 
Realizável a Longo Prazo: compreende os bens, direitos e despesas (VPD) antecipadas realizáveis no longo prazo. 
Investimentos: compreende as participações permanentes em outras sociedades, bem como os bens e direitos não 
classificáveis no ativo circulante nem no ativo realizável a longo prazo e que não se destinem a manutenção da 
atividade da entidade. 
Imobilizado: compreende os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados a manutenção das 
atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela 
os benefícios, os riscos e o controle desses bens. 
Intangível: compreende os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados a manutenção da entidade 
ou exercidos com essa finalidade. 
PASSIVO 
Passivo Circulante: compreende os passivos exigíveis até doze meses da data das demonstrações contábeis. 
Compreende as obrigações conhecidas e estimadas que atendam a qualquer um dos seguintes critérios: tenham 
prazos estabelecidos ou esperados dentro do ciclo operacional da entidade; sejam mantidos primariamente para 
negociação; tenham prazos estabelecidos ou esperados no curto prazo; sejam valores de terceiros ou retenções em 
nome deles, quando a entidade do setor público for fiel depositária, independentemente do prazo de exigibilidade. 
Obrigações Trabalhistas, Previdenciárias e Assistenciais a Pagar a Curto Prazo: compreende as obrigações 
referentes a salários ou remunerações, bem como benefícios aos quais o empregado ou servidor tenha direito, 
aposentadorias, reformas, pensões e encargos a pagar, benefícios assistenciais, inclusive os precatórios decorrentes 
dessas obrigações, com vencimento no curto prazo. 
Empréstimos e Financiamentos a Curto Prazo: compreende as obrigações financeiras externas e internas da 
entidade a título de empréstimos, bem como as aquisições efetuadas diretamente com o fornecedor, com 
vencimentos no curto prazo. 
Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo: compreende as obrigações junto a fornecedores de matérias-primas, 
mercadorias e outros materiais utilizados nas atividades operacionais da entidade, bem como as obrigações 
decorrentes do fornecimento de utilidades e da prestação de serviços, tais como de energia elétrica, água, telefone, 
propaganda, aluguéis e todas as outras contas a pagar, inclusive os precatórios decorrentes dessas obrigações, com 
vencimento no curto prazo. 
Obrigações Fiscais a Curto Prazo: compreende as obrigações das entidades com o governo relativas a impostos, 
taxas e contribuições com vencimento no curto prazo. 
Obrigações de Repartições a Outros Entes: compreende os valores arrecadados de impostos e outras receitas a 
serem repartidos aos estados, Distrito Federal e municípios. 
Provisões a Curto Prazo: compreende os passivos de prazo ou de valor incertos, com probabilidade de ocorrerem 
no curto prazo. 
Demais Obrigações a Curto Prazo: compreende as obrigações da entidade junto a terceiros não inclusas nos 
subgrupos anteriores, com vencimento no curto prazo, inclusive os precatórios decorrentes dessas obrigações, comvencimento no curto prazo. 
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Passivo Não Circulante: compreende os passivos exigíveis após doze meses da data das demonstrações contábeis. 
Compreende as obrigações conhecidas e estimadas que não atendam a nenhum dos critérios para serem classificadas 
no passivo circulante. 
Obrigações Trabalhistas, Previdenciárias e Assistenciais a Pagar a Longo Prazo: compreende as obrigações 
referentes a salários ou remunerações, bem como benefícios aos quais o empregado ou servidor tenha direito, 
aposentadorias, reformas, pensões e encargos a pagar, benefícios assistenciais, inclusive os precatórios decorrentes 
dessas obrigações, com vencimento no longo prazo. 
Empréstimos e Financiamentos a Longo Prazo: compreende as obrigações financeiras da entidade a título de 
empréstimos, bem como as aquisições efetuadas diretamente com o fornecedor, com vencimentos no longo prazo. 
Fornecedores e Contas a Pagar a Longo Prazo: compreende as obrigações junto a fornecedores de matérias-
primas, mercadorias e outros materiais utilizados nas atividades operacionais da entidade, inclusive os precatórios 
decorrentes dessas obrigações, com vencimento no longo prazo. 
Obrigações Fiscais a Longo Prazo: compreende as obrigações das entidades com o governo relativas a impostos, 
taxas e contribuições com vencimento no longo prazo. 
Provisões a Longo Prazo: compreende os passivos de prazo ou de valor incertos, com probabilidade de ocorrerem 
no longo prazo. 
Demais Obrigações a Longo Prazo: compreende as obrigações da entidade junto a terceiros não inclusas nos 
subgrupos anteriores, inclusive os precatórios decorrentes dessas obrigações, com vencimento no longo prazo. 
Resultado Diferido: compreende o valor das variações patrimoniais aumentativas já recebidas que efetivamente 
devem ser reconhecidas em resultados em anos futuros e que não haja qualquer tipo de obrigação de devolução por 
parte da entidade. Compreende também o saldo existente na antiga conta resultado de exercícios futuros em 31 de 
dezembro de 2008. 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Compreende o valor residual dos ativos depois de deduzidos todos os passivos. 
Patrimônio Social e Capital Social: compreende o patrimônio social das autarquias, fundações e fundos e o capital 
social das demais entidades da administração indireta. 
Adiantamento Para Futuro Aumento de Capital: compreende os recursos recebidos pela entidade de seus 
acionistas ou quotistas destinados a serem utilizados para aumento de capital, quando não haja a possibilidade de 
devolução destes recursos. 
Reservas de Capital: compreende os valores acrescidos ao patrimônio que não transitaram pelo resultado como 
variações patrimoniais aumentativas (VPA). 
Ajustes de Avaliação Patrimonial: compreende as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a 
elementos do ativo e do passivo em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos pela lei 6.404/76 
ou em normas expedidas pela comissão de valores mobiliários, enquanto não computadas no resultado do exercício 
em obediência ao regime de competência. 
Reservas de Lucros: compreende as reservas constituídas com parcelas do lucro líquido das entidades para 
finalidades especificas. 
Demais Reservas: compreende as demais reservas, não classificadas como reservas de capital ou de lucro, inclusive 
aquelas que terão seus saldos realizados por terem sido extintas pela legislação. 
Resultados Acumulados: compreende o saldo remanescente dos lucros ou prejuízos líquidos das empresas e os 
superávits ou déficits acumulados da administração direta, autarquias, fundações e fundos. 
Ações / Cotas em Tesouraria: compreende o valor das ações ou cotas da entidade que foram adquiridas pela própria 
entidade. 
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 Vamos ver um exemplo sobre o quadro principal do Balanço Patrimonial e o cálculo do patrimônio líquido 
correspondente? 
 
Patrimônio Líquido de 2018 = (Ativo Circ.+ Ativo não Circ.) – (Passivo Circ. + Passivo Não Circ.) 
Patrimônio Líquido de 2018 = (500 + 1.000) – (300 + 1.000) = - 100 
Patrimônio Líquido de 2017 = (Ativo Circ.+ Ativo não Circ.) – (Passivo Circ. + Passivo Não Circ.) 
Patrimônio Líquido de 2017 = (800 + 1.500) – (400 + 2.000) = 200 
 
Atenção!! 
Por ocasião do encerramento do exercício, em 31 de dezembro, o 
valor que constar no “Caixa e Equivalentes de Caixa” no BALANÇO 
PATRIMONIAL será idêntico ao valor que constar no BALANÇO 
FINANCEIRO como “saldo para o exercício seguinte”. 
Tome nota! Isso pode ser útil em exercícios! 
 
 
= 
 
Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes 
<ENTE DA FEDERAÇÃO> 
Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes 
(Lei nº 4.320/1964) 
Exercício: 20XX 
 Exercício Atual Exercício Anterior 
Ativo (I) 
Ativo Financeiro 
Ativo Permanente 
Total do Ativo 
 
Passivo (II) 
Passivo Financeiro 
Passivo Permanente 
Total do Passivo 
 
Saldo Patrimonial (III) = (I) – (II) 
Caixa e Equivalente de Caixa
(Ativo Circulante)
Balanço Patrimonial
Saldo para o Exercício Seguinte
Balanço Financeiro
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É fácil notar que a estrutura desse balanço é uma versão resumida da estrutura antiga do Balanço 
Patrimonial, atendendo, desse modo, ao disposto na Lei nº 4.320/1964 (art. 105). 
Segundo o MCASP, esse quadro é contruído utilizando-se a classe 1 (Ativo), a classe 2 (Passivo e Patrimônio 
Líquido) do PCASP, bem como as contas que representem passivos financeiros, mas que não apresentam 
passivos patrimoniais associados, como as contas da classe 6 “Crédito Empenhado a Liquidar” e “Restos a Pagar 
Não Processados a Liquidar”. 
Atenção!! 
Esse procedimento visa evitar registros em duplicidade, uma vez que 
eventuais contas de outras classes que apresentam passivos patrimoniais 
associados tem seus valores já relacionados na classe 2. 
Esse quadro nos possibilita calcular o saldo patrimonial, o qual é obtido da mesma forma que na estrutura 
antiga, ou seja, por meio da diferença entre a soma do Ativo Financeiro e do Ativo Permanente (chamado de Ativo 
Real na estrutura antiga) e a soma entre o Passivo Financeiro e Passivo Permanente (chamado de Passivo Real na 
estrutura antiga):1 
Saldo Patrimonial = Total do Ativo – Total do Passivo 
Saldo Patrimonial = (Ativo Financeiro + Ativo Permanente) – (Passivo Financeiro + Passivo Permanente) 
Vamos relembrar as três situações possíveis para o valor do saldo patrimonial: 
Total do Ativo < Total do Passivo ➔ 
(Saldo patrimonial < 0) 
Passivo Real a descoberto 
Total do Ativo > Total do Passivo ➔ 
(Saldo patrimonial > 0) 
Ativo Real líquido 
Total do Ativo = Total do Passivo ➔ 
(Saldo patrimonial = 0) 
Neutro 
Ainda, conforme o MCASP, os ativos e passivos financeiros e permanentes e o saldo patrimonial serão 
apresentados pelos seus valores totais, sendo facultativo o detalhamento dos saldos em notas explicativas, cuja 
utilização será detalhada adiante. 
Vejamos um exemplo desse quadro e do cálculo do saldo patrimonial: 
 
1 Note que foi utilizada a mesma terminologia para as parcelas das quais resultam o patrimônio líquido, apurado no quadro 
principal no Balanço Patrimonial, e que resultam o saldo patrimonial, apurado no Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros 
e Permanentes. Entretanto, no quadro principal, Total do Ativo = Ativo Circulante + Ativo Não Circulante e Total do Passivo 
= Passivo Circulante + Passivo Não Circulante, enquanto que no Quadrodos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes, 
Total do Ativo = Ativo Financeiro + Ativo Permanente e Total do Passivo = Passivo Financeiro + Passivo Permanente. 
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 Sem segredos, certo? Assim, temos um saldo patrimonial superavitário em ambos os exercícios. 
Quadro das Contas de Compensação 
<ENTE DA FEDERAÇÃO> 
Quadro de Contas de Compensação 
 (Lei nº 4.320/1964) 
Exercício: 20XX 
 Exercício 
Atual 
Exercício Anterior 
Atos Potenciais Ativos 
Garantias e Contragarantias recebidas 
Direitos Conveniados e outros 
instrumentos congêneres 
Direitos Contratuais 
Outros atos potenciais ativos 
Total dos Atos Potenciais Ativos 
 
Atos Potenciais Passivos 
Garantias e Contragarantias concedidas 
Obrigações conveniadas e outros 
instrumentos congêneres 
Obrigações Contratuais 
Outros atos potenciais passivos 
Total dos Atos Potenciais Passivo 
Como era de se esperar, esse quadro apresenta os atos potenciais do ativo e do passivo a executar, que 
podem vir a afetar o patrimônio do ente mediata ou imediatamente. 
Atenção!! 
Os valores dos atos potenciais já executados NÃO devem ser 
considerados. 
Conforme o MCASP, para elaborar o Quadro de Contas de Compensação 3, utiliza-se a classe 8 (Controles 
Credores) do PCASP. 
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Também segundo o MCASP, o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público não padroniza o desdobramento 
dos atos potenciais ativos e passivos em nível que permita segregar os atos executados daqueles a executar. Tal 
desdobramento deverá ser feito por cada ente, a nível de item e subitem (6º nível e 7º nível). 
Vamos ver também o conceito dos itens patrimoniais constantes do quadro principal do Balanço Patrimonial 
segundo o MCASP (8ª ed., pg. 443): 
Contas de Compensação: compreendem as contas representativas dos atos potenciais ativos e passivos. 
Atos Potenciais: compreende os atos a executar que podem vir a afetar o patrimônio, imediata ou 
indiretamente, por exemplo: direitos e obrigações conveniadas ou contratadas; responsabilidade por 
valores, títulos e bens de terceiros; garantias e contragarantias recebidas e concedidas. A definição é 
orientada pelo fluxo de caixa a ser envolvido na execução futura do ato potencial. 
Atos Potenciais Ativos: compreende os atos a executar que podem vir a afetar positivamente o 
patrimônio, imediata ou indiretamente. 
Atos Potenciais Passivos: compreende os atos a executar que podem vir a afetar negativamente o 
patrimônio, imediata ou indiretamente. 
 
Atenção!! 
Não confunda esse quadro com a parte da estrutura antiga do Balanço 
Patrimonial que tratava do ativo compensado e do passivo compensado, 
na qual os valores desses elementos patrimoniais tinham que ser iguais. 
Diferentemente, no Quadro de Contas de Compensação, o valor do total 
dos atos potenciais ativos e do total dos atos potenciais passivos 
raramente são iguais. 
A título exemplificativo, vejamos o Quadro das Contas de Compensação do Ministério dos Esportes 
referente a 2017: 
 
 Note que o total dos atos potenciais ativos e do total dos atos potenciais passivos são diferentes. 
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Quadro do Superavit/Deficit Financeiro 
 Antes de falarmos sobre a estrutura desse quadro, vamos primeiramente conceituar o superavit financeiro, 
conforme dispõe a Lei nº 4.320/1964, art. 43, §2º: 
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, 
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas. 
 
<ENTE DA FEDERAÇÃO> 
Quadro do Superavit/Deficit Financeiro 
 (Lei nº 4.320/1964) 
Exercício: 20XX 
Fontes de Recursos 
Exercício 
Atual 
Exercício 
Anterior 
 
<código da fonte> <descrição da 
fonte> 
 
<código da fonte> <descrição da 
fonte> 
 
<código da fonte> <descrição da 
fonte> 
 
[...] [...] 
Total das Fontes de Recursos 
 Esse quadro evidencia a diferença, positiva ou negativa, entre o Ativo e o Passivo Financeiro, ou seja, o 
superavit ou deficit financeiro apurado conforme o § 2º do art. 43 da Lei nº 4.320/1964. 
Superavit/deficit Financeiro = Ativo Financeiro – Passivo Financeiro 
Vejamos as três situações possíveis para essa equação: 
Ativo Financeiro < Passivo Financeiro ➔ Deficit Financeiro 
Ativo Financeiro > Passivo Financeiro ➔ Superavit Financeiro 
Ativo Financeiro = Passivo Financeiro ➔ Situação neutra 
 Essa apuração se faz por fonte/destinação de recursos, que é um mecanismo de identificação que estudamos 
na aula de Receita Pública. Segundo o MCASP, poderão ser apresentadas algumas fontes com deficit e outras com 
superavit financeiro, de modo que o total seja igual ao superavit / deficit financeiro apurado pela diferença entre 
o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, conforme o Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e 
Permanentes. 
 Destaca-se que, é necessário conjugar, ou seja, descontar, os saldos dos créditos adicionais reabertos no 
exercício, bem como as operações de crédito vinculados ao superavit financeiro. 
 Conforme o MCASP, esse quadro será elaborado utilizando-se o saldo da conta 8.2.1.1.1.00.00 – 
Disponibilidade por Destinação de Recurso (DDR), segregado por fonte / destinação de recursos. Como a 
classificação por fonte / destinação de recursos não é padronizada, cabe a cada ente adaptá-lo à classificação por 
ele adotada. 
 
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Fique atento 
 No caso de superavit financeiro, que corresponde à diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, 
pode-se utilizá-lo como fonte de recursos para abertura de créditos suplementares e especiais, devendo-se conjugar os 
saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas (Lei nº 4.320/1964, art. 43). 
 Essa “conjugação” é feita adicionando-se as operações de crédito a eles vinculadas e subtraindo-se os saldos dos 
créditos adicionais transferidos. 
A título exemplificativo, vejamos o Quadro do Superavit/Deficit Financeiro do Ministério dos Esportes 
referente a 2017: 
 
Agora vamos ver como esse assunto tem sido cobrado em prova. 
Questão para fixar 
(FGV – ALERJ – 2 017) Durante o exercício financeiro, em um determinado ente público foram levantadas as 
informações apresentadas no quadro, a seguir, com o objetivo de apurar o montante do superávit financeiro do 
exercício anterior para fins de abertura de créditos adicionais. 
 
A partir das informações apresentadas, o montante disponível é: 
 A) 24.000,00; 
 B) 45.000,00; 
 C) 66.000,00; 
 D) 81.000,00; 
 E) 113.000,00. 
RESOLUÇÃO: 
 Tá tranquilo! Para achar o superavit/deficit financeiro, basta tomar a diferença ente o ativo financeiro e o passivo 
financeiro, subtrair os créditos adicionais transferidos e somar as operações de crédito vinculadas. No caso, os créditos 
extraordinários abertos no exercício não entram no cômputo (entrariam apenas os reabertos no exercício). Vejamos: 
Superavit Financeiro = Ativo Financeiro – Passivo Financeiro – (saldos dos créditos adicionais transferidos) + (operações de 
crédito vinculadas) = 185.000,00 – 72.000,00 – 53.000,00 + 21.000,00 = 81.000,00 
Gabarito: LETRA D 
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